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Art. 226 (CF). (...) 6º. O casamento civil pode ser dissolvido pelo divórcio.

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DIREITO DE FAMÍLIA

Palestrante: Loredana Gragnani Magalhães Advogada

Professora das Disciplinas de Prática Cível e de Família e Sucessões

Mestre em Direito

Divórcio

1ª PARTE: a Emenda Constitucional n. 66/2010 foi publicado no DOU em 14 de julho, próximo passado, para alterar o§ 6º do artigo 226 da Constituição Federal que passará a ter a seguinte redação:

“Art. 226 (CF). (....)

§ 6º. O casamento civil pode ser dissolvido pelo divórcio.”

A Emenda, portanto, extingue a separação judicial como extingue a exigência de prazo para a decretação do divórcio.

Guarda – os artigos 1579 c/c 1583 a 15901 já vêm revestidos de uma nova mentalidade: a da família contemporânea, afetiva e igualitária. Além disto, o contido nestes artigos, à luz da CF/88, podem ser sintetizados numa única diretiva: o interesse do menor2. A lei n. 11.698/2008 dá nova redação aos artigos 1583 e 1584 do CC definindo o que é guarda unilateral e guarda compartilhada (§ 1º do artigo 1583 do CC) sendo que será dada preferência à guarda compartilhada (§2º do artigo 1584 do CC).

Formas Consensuais - obedecem ao rito da jurisdição voluntária (artigos 1120 e 1124 do CPC). A forma escolhida poderá ser a extrajudicial consoante os novos comandos da Lei n. 11.441 de 04 de janeiro de 2007, porém somente nos termos previstos na novel legislação que acrescenta o artigo 1124-A ao Código de Processo Civil observando-se que não haja filhos menores ou incapazes.

Formas Contenciosas: quando for litigiosa a modalidade escolhida pela parte autora, o rito a ser observado é o ordinário (artigo 282 e seguintes do CPC) embora sujeito à fase inicial de tentativa de reconciliação (tentativa do

1

Enunciado 336 do Centro de Estudos judiciários do Conselho de Justiça Federal – Art. 1584. O parágrafo único aplica-se também aos filhos advindos de qualquer forma de família.

2 Enunciado 335 do Centro de Estudos judiciários do Conselho de Justiça Federal – A guarda compartilhada deve

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magistrado em reatar o vínculo) ou de conciliação (tentativa do magistrado de transformar a lide para a modalidade consensual).

Restabelecimento da Sociedade Conjugal - de acordo com o artigo 1577 do CCB o restabelecimento da sociedade conjugal somente era permitido aos separados judicialmente. Os divorciados terão que se casar de novo. Atentar para o fato de que as pessoas separadas não serão consideradas automaticamente divorciadas e somente elas poderiam, em tese, postular o restabelecimento.

Possibilidade de decretação do divórcio sem a partilha de bens. Artigo 1581 do CCB3 4.

2ª PARTE: regime de bens em tópicos

1- Regimes de Comunhão: artigos 1658 e seguintes (parcial) e 1667 e seguintes (universal) todos do CCB;

2- Regimes de Separação: artigos 1641, incisos I a III, artigo 1523, todos do CCB (obrigatória – atenção à súmula 377 do STF que reduz a diferença do regime de separação obrigatória do regime de comunhão parcial à proibição de doações entre os cônjuges nas hipóteses legais devendo o operador jurídico vigiar o destino da referida súmula já que o artigo 259 do CCB de 1916 não tem correspondente no CCB e a tendência da jurisprudência parece ser a de não negar vigência à súmula); e artigos 1687 e 1688, também do CCB (separação total).

3- Regime Misto: Participação Final nos Aquestos, artigos 1672 e seguintes.

4- Pacto Antenupcial: artigo 1653 e seguintes. São cláusulas nulas as que dispensam de deveres como fidelidade e mútua assistência, as que privam o genitor do Poder Familiar ou que abram mão da igualdade na chefia familiar, as que alteram a ordem de vocação hereditária, as que ajustam outro regime de bens quando o casamento somente podia realizar-se pelo da Separação

3

Mesmo para casos anteriores ao Código Civil de 2002 é de se recordar o teor da súmula 197 do STJ: O divórcio direto pode ser concedido sem que haja prévia partilha dos bens (de 08 de outubro de 1997).

4 Enunciado 255 do Centro de Estudos judiciários do Conselho de Justiça Federal – Art. 1575: Não é obrigatória

(3)

Obrigatória. STF: não é nula a cláusula que, em caso de filhos, faz passar o regime da Separação para o de Comunhão.

5- Algumas questões.

* O artigo 2039 mantém a outorga uxória ou marital nos regimes de Separação para os casamentos celebrados antes da vigência do NCCB.

* O artigo 2039 não impede postulem os cônjuges a alteração de regime5.

* Efeitos da alteração do regime. Sua retroação ou não deve constar da sentença. Por exemplo, poderão os cônjuges combinar que o regime inicial regerá os bens já adquiridos prevendo efeitos apenas ex nunc.

* O pedido de alteração de regime (artigo 1639, par 2º) deve ser motivado. Por exemplo, para atender os comandos do artigo 977 do CCB.

* Superadas as circunstâncias que obstaram a livre escolha do regime, poderão os cônjuges alterá-lo6.

* A dispensa da outorga uxória ou marital (artigo 1647 CCB) é somente para o regime de Separação convencional.

* São anuláveis os atos praticados sem o consentimento/suprimento. Legitimidade ativa do cônjuge prejudicado e herdeiros (art. 1645 CCB).

* Aval. O artigo 1647 do CC ao listar os atos que não poderiam ser praticados pelo cônjuge sem autorização do outro menciona em seu inciso III a prestação de fiança ou aval, sob pena de nulidade relativa, sendo assim atos passíveis de anulação pelo cônjuge prejudicado. No entanto a jurisprudência parece tender para a invalidação apenas na prestação de fiança não podendo o aval ser anulado por falta de vênia, embora oponível para ressalva de meação ou bens particulares7. Vide a este respeito os Recursos Especiais 586242; 696748 e 113413. * Solidariedade dos cônjuges em qualquer regime (artigos 1643, 1644 e 1568). Já se julgou que não há solidariedade na Separação Absoluta para bens particulares, apenas para os comuns/meação.

* Atos que não exigem consentimento/suprimento. 1642 e 1643.

* O cônjuge com administração exclusiva (art. 1651) poderá ser usufrutuário, procurador (com mandato expresso ou tácito) ou mero depositário e então poderão variar os efeitos como percepção de frutos (usufrutuário) ou prestação de contas até a herdeiros (procurador) ou depositário infiel (depositário).

* O cônjuge empresário pode alienar bens da empresa/gravar de ônus real sem consentimento/suprimento (artigo 1647, a).

* O cônjuge pode intervir no processo de execução ao mesmo tempo como parte (embs.devedor) e como 3º (embs. 3º). REsp 245.183; REsp 434856; REsp 64021.

* Compete ao cônjuge que alega ilidir a presunção de autorização e de proveito comum ou à

5

Enunciado 260 do Centro de Estudos judiciários do Conselho de Justiça Federal – Arts. 1639, p. 2º e 2039: A alteração do regime de bens prevista no p. 2º do art. 1639 do Código Civil também é permitida nos casamentos realizados na vigência da legislação anterior.

6

Enunciado 261 do Centro de Estudos judiciários do Conselho de Justiça Federal – Art. 1641: A obrigatoriedade do regime da separação de bens não se aplica a pessoa maior de sessenta anos, quando o casamento for precedido de união estável iniciada antes desta idade.

Enunciado 263 do Centro de Estudos judiciários do Conselho de Justiça Federal – Arts. 1641 e 1639: A obrigatoriedade da separação de bens, nas hipóteses previstas nos incs. I e III do art. 1641 do Código Civil, não impede a alteração do regime, desde que superada a causa que o impôs.

7

Enunciado 114 do Centro de Estudos judiciários do Conselho de Justiça Federal – O aval não pode ser anulado por falta de vênia conjugal, de modo que o inciso III do artigo 1647 apenas caracteriza a inoponibilidade do título ao cônjuge que não assentiu.

(4)

família. Porém: no aval é ônus do credor (porque o aval é de favor salvo se o cônjuge é sócio da empresa avalizada – Resp 525527).

* A meação é considerada em cada bem do casal e não na totalidade do patrimônio.

* Iterativa jurisprudência mostra que a meação pode ser defendida por embargos de terceiro. Aponta-se, porém, que é considerável o número de julgados que autorizaram o leilão da integralidade do bem apenas reservando ao embargante a metade do preço alcançado ( REsp.

200.251 Min. Sálvio de Figueiredo Teixeira).

* O cônjuge, em qualquer regime, não precisa de vênia para doação remuneratória (pagamento por serviço prestado) ou nupciais a filhos quando casarem ou estabelecerem economia separada (mister que conste no título da doação a motivação).

* O artigo 1668, V CCB ao remeter ao artigo 1659,V a VII CCB acaba por incluir as dívidas advindas de ato ilícito no regime da Comunhão Universal de bens. No entanto: atentar para os artigos 942, 1663, par. 1º e 285 todos do CCB. Já se julgou favoravelmente à mulher casada pelo regime da Comunhão Universal que comprova que o marido emitiu cheque em favor de agiota para pagamento de dívida de amigo.

6- Regime Misto: Participação Final nos Aquestos, artigos 1672 e seguintes.

7- Restabelecimento do Casamento: atentar para a EC n. 66/2010. O regime seria o mesmo.

8- Efeitos civis do Casamento Religioso: efeitos retroativos à data do casamento religioso (artigo 1515 CCB). Efeitos ex tunc.

9- Conversão da União Estável em Casamento: artigo 1726. Procedimento judicial. Não produz efeitos pretéritos, valendo a partir da data do registro. Os provimentos emitidos pelas Corregedorias dos Tribunais de Justiça dos Estados ordenam mencionem os requerimentos, assinados pelos conviventes, a convivência, sua duração, existência de filhos, ausência de impedimentos e a titularidade de bens.

ALIMENTOS

Breve explanação das Ações Alimentares em tópicos

1.Ação Autônoma – Lei n. 5478/68 - Procedimento especial previsto na lei 1.1. Permissão de citação via postal;

1.2. Testemunhas devem acompanhar as partes, dispensando apresentação de rol e requerimento de intimação;

1.3.Possibilidade de ofertar os alimentos em juízo – art. 24;

(5)

decorre do parentesco e matrimônio) ou dever familiar (incongruência do art. 2º - dever familiar está aonde houver dever de mútua assistência, para com os filhos menores e os parentes nos limites legais);

1.5.Nada impede a propositura de ação ordinária de alimentos8;

1.6.Valor da causa obedece ao estatuído no inc.VI do art. 259 CPC ou, se impossível saber o valor, valor de alçada;

1.7.Foro competente obedece ao art. 100, II CPC. 2. Ação Alimentar cumulada a outras ações;

3. Ação Cautelar: artigos 852- 854do CPC e também a recente lei que institui os Alimentos Gravídicos (lei 11.804/2008)

4. Modificações da obrigação alimentar

4.1. Revisão9 (observar art. 13, par. 1º, para revisão de alimentos provisórios fixados em ações pelo rito especial), aplicam-se os artigos 100, II e 259, VI CPC.Quanto ao valor a ser dado à causa, divergem as opiniões ora entre o cumprimento estrito do inciso VI do artigo 259 ora admitindo-se que o valor seja igual a doze vezes a diferença entre o valor postulado e o eu vem sendo pago.

4.2 Exoneração (observar que, para alguns autores, se o pedido fundar-se em mudança de fortuna o rito é especial e se fundar-se em outros fatos o rito é ordinário)10;

4.3 Extinção (observar que alguns fatos implicam na perda definitiva dos alimentos que, então, se extinguem);

5. Execução das parcelas alimentares

8

VIANA, Marco Aurélio S. Alimentos: ação de investigação de paternidade e maternidade. Belo Horizonte: Del Rey, 1998, p. 186.

9

No aumento da pensão, os alimentos fixados retroagem à data da citação; mas na redução da pensão vigoram a partir da sentença, salvo se houve concessão de liminares. De igual sorte se houve interposição de apelação na concessão de majoração da pensão será recebida somente no efeito devolutivo e se houve interposição do recurso na redução dos alimentos, o apelo será recebido também no efeito suspensivo já que a hipótese do artigo 520,II CPC é de condenação.

10 Súmula 358 do STJ: O cancelamento de pensão alimentícia de filho que atingiu a

maioridade está sujeito à decisão judicial, mediante contraditório, ainda que nos próprios autos.

(6)

5.1 sob pena de prisão (artigo 733 CPC - permanece o rito especial)11; 5.2 sob pena de penhora (artigo 732 CPC - remessa ao artigo 646 do CPC ou seja à execução de título extrajudicial cujo comando para citação está no artigo 652 do CPC - alterações dadas pela lei n. 11.382/2006);

5.3 outros meios assecuratórios (vigiar a orientação jurisprudencial quanto ao destino do art. 21 da lei 6515/77 que permite garantia real ou fidejussória bem como que a pensão consista em usufruto de determinados bens; desconto em folha; recebimento de rendas do devedor).

11Súmula 309 do STJ: O débito alimentar que autoriza a prisão civil do alimentante é o que

compreende as três prestações anteriores ao ajuizamento da execução e as que se vencerem no curso do processo.

(7)

Profa. Loredana Gragnani Magalhães

Professora de Práticas de Processo Civil e de Direito de Família e Sucessões

Mestre em Direito Advogada

(8)

Casamento:

• Capacidade matrimonial

-

16 anos

para homens e mulheres (art. 1.517

CC)

• * Menores entre 16 e 18 anos de idade

-necessitam do consentimento de ambos

os pais.

• * Menores de 16 anos de idade - podem

casar com autorização judicial. (art. 1.520

CC)

(9)

Habilitação dos noivos perante

Oficial do Registro Civil:

Impedimentos Matrimoniais

: (art.

1.521 CC)

* Impedimentos de Parentesco - incisos I

a V;

* Impedimento de vínculo - inciso VI;

* Impedimento de crime - inciso VII.

(10)

Habilitação (continuação):

Causas Suspensivas - art. 1.523 CC

* Evitar confusão de patrimônios – inciso I e III; * Evitar confusão de sangue turbatio sanguinis – inciso II;

* Tutela e curatela – inciso IV;

• Possibilidade de dispensa – art. 1.523, § único; • Conseqüências - art. 1.641, inciso I: separação

(11)

No exame da OAB

• Jane e Carlos constituíram uma união estável em julho de 2003 e não celebraram contrato para regular as relações patrimoniais decorrentes da aludida entidade familiar. Em março de 2005, Jane recebeu R$ 100.000,00 (cem mil reais) a título de doação de seu ti o Túlio. Com os R$ 100.000,00 (cem mil reais), Jane adquiriu em maio de 2005 um imóvel na Barra da Tijuca. Em 2010, Jane e Carlos se separaram. Carlos procura um advogado, indagando se tem direito a partilhar o imóvel adquirido por Jane na Barra da Tijuca em maio de 2005.

• Assinala alternativa que indique a orientação correta a ser exposta a Carlos.

(A) Por se tratar de bem adquirido a título oneroso na vigência da união estável, Carlos tem direito a partilhar o imóvel adquirido por Jane na Barra da Tijuca em maio de 2005.

(B) Carlos não tem direito a partilhar o imóvel adquirido por Jane na Barra da Tijuca em maio de 2005 porque, salvo contrato escrito entre os companheiros, aplica-se às relações patrimoniais entre os mesmos o regime da separação total de bens.

(C) Carlos não tem direito a partilhar o imóvel adquirido por Jane na Barra da Tijuca em maio de 2005 porque, em virtude da ausência de contrato escrito entre os companheiros, aplica-se às relações patrimoniais entre os mesmos o regime da comunhão parcial de bens, que exclui dos bens comuns entre os consortes aqueles doados e os sub-rogados em seu lugar.

(D) Carlos tem direito a partilhar o imóvel adquirido por Jane na Barra da Tijuca em maio de 2005 porque, muito embora o referido bem tenha sido adquirido com o produto de uma doação, não se aplica a sub-rogação de bens na união estável.

(12)

No exame da OAB

• Mathias, solteiro e capaz, com 65 anos de idade, e Tânia, solteira e capaz, com 60 anos de idade, conheceram-se há um ano e, agora, pretendem se casar. A respeito da situação narrada, é correto afirmar que Mathias e Tânia

• (A) deverão, necessariamente, celebrar pacto antenupcial optando expressamente pelo regime da separação de bens.

• (B) poderão casar-se pelo regime da comunhão parcial de bens, desde que obtenham autorização judicial, mediante a prévia demonstração da inexistência de prejuízo para terceiros.

• (C) poderão optar livremente dentre os regimes de bens previstos em lei, devendo celebrar pacto antenupcial somente se escolherem regime diverso da comunhão parcial de bens.

• (D) somente poderão se casar pelo regime da separação obrigatória de bens, por força de lei e independentemente da celebração de pacto antenupcial.

(13)

Casamento inexistente

• João foi registrado ao nascer com o gênero masculino. Em 2008, aos 18 anos, fez cirurgia para correção de anomalia genética e teve seu registro retificado para o gênero feminino, conforme sentença judicial. No registro não constou textualmente a indicação de retificação, apenas foi lavrado um novo termo, passando a adotar o nome de Joana. Em julho de 2010, casou-se com Antônio, homem religioso e de família tradicional interiorana, que conheceu em janeiro de 2010, por quem teve uma paixão fulminante e correspondida. Joana omitiu sua história registral por medo de não ser aceita e perdê-lo. Em dezembro de 2010, na noite de Natal, a tia de Joana revela a Antônio a verdade sobre o registro de Joana/João. Antônio, não suportando ter sido enganado, deseja a anulação do casamento. Conforme a análise da hipótese formulada, é correto afirmar que o casamento de Antônio e Joana:

• (A) só pode ser anulado até 90 dias da sua celebração.

• (B) poderá ser anulado pela identidade errônea de Joana/João perante Antônio e a insuportabilidade da vida em comum.

• (C) é inexistente, pois não houve a aceitação adequada, visto que Antônio foi levado ao erro de pessoa, o que tornou insuportável a vida em comum do casal.

(14)

Nulidade do casamento:

Artigo 1548 CC:

• a) realizado pelo enfermo mental, sem o

necessário discernimento para os atos da vida

civil. (Não possui condições de compreender o

ato e suas conseqüências);

• b) realizado com infringência aos impedimentos

matrimoniais.

(15)

Casamento anulável (art.

1550CC):

• I - não completou idade núbil;

• II - do menor em idade núbil, não autorizado por seus representantes legais;

• III - por vício de vontade (1.556 a 1.558 - erro essencial quanto à pessoa do outro cônjuge e coação);

• IV - do incapaz de consentir ou manifestar, de modo inequívoco, o consentimento (discernimento reduzido);

(16)

Casamento anulável

(continuação):

• V - realizado pelo mandatário, sem

que ele ou o outro contraente

soubesse da revogação do mandato,

e não sobrevindo coabitação entre

os cônjuges;

• VII

-

por

incompetência

da

autoridade celebrante.

(17)

Dica:

• O erro essencial deriva de equivocada

concepção sobre o ato praticado, a qual,

influenciando a formação de vontade,

faz

com que esta se manifeste de modo

diverso da real intenção.

O erro deve ser

determinante, pois sem ele a pessoa não

teria consentido no casamento.

(18)

Ainda:

Casamento Putativo

- casamento nulo ou

anulável, contraído de boa-fé por um ou

por ambos os cônjuges. Art. 1.561 CC

Conservam-se os efeitos do casamento

até a data da sentença anulatória.

Prazos

para ação anulatória – art. 1.560

CC

(19)

Separação e divórcio:

• a Emenda Constitucional n. 66/2010 foi publicado no DOU em 14 de julho, próximo passado, para alterar o§ 6º do artigo 226 da Constituição Federal que passará a ter a seguinte redação:

• “Art. 226 (CF). (....)

§ 6º. O casamento civil pode ser dissolvido pelo divórcio.”

• A Emenda, portanto, extingue a separação judicial

como extingue a exigência de prazo para a decretação do divórcio.

(20)

Continuação:

Guarda – os artigos 1579 c/c 1583 a 1590 já

vêm revestidos de uma nova mentalidade: a da

família contemporânea, afetiva e igualitária.

Além disto, o contido nestes artigos, à luz da

CF/88, podem ser sintetizados numa única

diretiva: o interesse do menor. A lei n.

11.698/2008 dá nova redação aos artigos 1583

e 1584 do CC definindo o que é guarda

unilateral e guarda compartilhada (§ 1º do artigo

1583 do CC) sendo que será dada preferência à

guarda compartilhada (§2º do artigo 1584 do

CC).

(21)

Continuação:

• Formas Consensuais - obedecem ao rito

da jurisdição voluntária (artigos 1120 e

1124 do CPC). A forma escolhida poderá

ser a extrajudicial consoante os novos

comandos da Lei n. 11.441 de 04 de

janeiro de 2007, porém somente nos

termos previstos na novel legislação que

acrescenta o artigo 1124-A ao Código de

Processo Civil observando-se que não

haja filhos menores ou incapazes.

(22)

Continuação:

• Formas Contenciosas: quando for litigiosa

a modalidade escolhida pela parte autora,

o rito a ser observado é o ordinário (artigo

282 e seguintes do CPC) embora sujeito à

fase inicial de tentativa de reconciliação

(tentativa do magistrado em reatar o

vínculo) ou de conciliação (tentativa do

magistrado de transformar a lide para a

modalidade consensual).

(23)

Dicas:

Divórcio Conversão – não deve o jurista entender que houve a transformação automática da separação em divórcio. Assim continuaremos convertendo as separações em divórcio.

Parece ser tendência o entendimento de que os separados poderão continuar a postular a reabilitação do casamento. (art. 1577 CC)

Possibilidade de decretação do divórcio sem a partilha de bens. Artigo 1581 do CCB

(24)

Espécies de casamento

– Válido;

– Putativo;

– Nuncupativo;

– Consular;

– Religioso com efeitos civis;

– Conversão da união estável em

casamento;

– Restabelecimento da sociedade

conjugal.

(25)

No exame da OAB

• Acerca do direito de família, assinale a opção correta:

• A) O casamento religioso com efeitos civis passa a produzir efeitos somente a partir da data em que é efetivado o seu registro perante o oficial competente.

• B) A existência de impedimentos dirimentes absolutos acarreta a ineficácia do casamento.

• C) O casamento inexistente não pode ser declarado putativo.

• D) É inválido o casamento contraído por coação a qualquer dos cônjuges.

• OBS. Após a análise dos recursos impetrados, o Centro de Seleção e de Promoção de Eventos da Universidade de Brasília (CESPE/UnB) comunica a anulação das questões 2, 11, 24, 31 e 33 da prova objetiva do Exame de Ordem 2010.1 da Ordem dos Advogados do Brasil.

(26)

Filiação

Profa. Loredana Gragnani Magalhães

Professora de Práticas de Processo Civil e de Direito de Família e Sucessões

Mestre em Direito Advogada

(27)

Filiação matrimonial:

• Art. 1.597. Presumem-se concebidos na constância do casamento os filhos:

• I - nascidos cento e oitenta dias, pelo menos, depois de estabelecida a convivência conjugal;

• II - nascidos nos trezentos dias subsequentes à dissolução da sociedade conjugal, por morte, separação judicial, nulidade e anulação do casamento;

• III - havidos por fecundação artificial homóloga, mesmo que falecido o marido;

• IV - havidos, a qualquer tempo, quando se tratar de embriões excedentários, decorrentes de concepção artificial homóloga;

• V - havidos por inseminação artificial heteróloga, desde que tenha prévia autorização do marido.

(28)

Ações permitidas para a tensão

do estabelecimento da filiação

matrimonial:

• Ação Negatória de Paternidade/Maternidade

*imprescritível

*legitimidade ativa privativa do marido/mãe

• Ação de Investigação de

Paternidade/Maternidade

*imprescritível

(29)

Filiação extramatrimonial:

• Art. 1.609. O reconhecimento dos filhos havidos fora do casamento é irrevogável e será feito:

I - no registro do nascimento;

II - por escritura pública ou escrito particular, a ser arquivado em cartório;

III - por testamento, ainda que incidentalmente manifestado;

IV - por manifestação direta e expressa perante o juiz, ainda que o reconhecimento não haja sido o objeto único e principal do ato que o contém.

Parágrafo único. O reconhecimento pode preceder o nascimento do filho ou ser posterior ao seu falecimento, se ele deixar descendentes.

(30)

Ações permitidas para a tensão do

estabelecimento da filiação

extra-matrimonial:

Ação Negatória de Paternidade/Maternidade *imprescritível

*legitimidade ativa privativa do marido/mãe

Ação de Investigação de Paternidade/Maternidade *imprescritível

*legitimidade ativa privativa de filho

Ação Declaratória. Exemplos: de relação avoenga, de paternidade, de nulidade de escritura pública de reconhecimento

(31)

No exame da OAB

• QUESTÃO 38 – 2010/1 -Considere que Laura, menor absolutamente incapaz, representada por sua mãe, ajuíze ação de investigação de paternidade no foro de seu domicílio. Nessa situação hipotética, caso more em outro estado da Federação, o réu poderá:

• A) apenas contestar a ação, visto que a competência para o conhecimento da ação, nessa hipótese, é do foro do domicílio de Laura, haja vista ser absolutamente incapaz.

• B) alegar a incompetência do juízo, mediante simples petição, a qualquer tempo, independentemente de exceção, haja vista tratar-se de incompetência absoluta.

• C) apresentar exceção de incompetência de juízo, no prazo da resposta, uma vez que a competência para o conhecimento da ação, nesse caso, é do foro do domicílio do réu.

• D) apresentar exceção de incompetência de juízo, a qualquer tempo, desde que o faça antes da sentença, visto que a competência, na referida hipótese, é do foro do domicílio do réu.

(32)

Colocação da criança e do

adolescente em família

Substituta:

• Guarda

• Tutela

• Adoção

(33)

Tutela:

• Testamentária

• Tutor legítimo (na ordem do artigo 1731

CC)

• Tutela dativa (quando o tutor é nomeado

pelo juiz na forma do artigo 1732 CC)

(34)

Curatela no exame da OAB

• Questão 39 – 2010/2

• Com relação ao procedimento da curatela dos interditos, é correto afirmar que:

• (A) na ausência dos pais, do tutor e do cônjuge, um parente próximo pode requerer a interdição.

• (B) a sentença proferida pelo juiz faz coisa julgada material.

• (C) a realização de prova pericial, consistente no exame do interditando, é facultativa, podendo o juiz dispensá-la. • (D) o Ministério Público não tem legitimidade para

(35)

Interdição no exame da OAB

• QUESTÃO 40 – 2010/1 - Fabrício ajuizou ação de interdição contra

José, seu pai, alegando, em síntese, que este sofria de demência senil. José foi, então, citado para comparecer ao interrogatório, ocasião em que respondeu às perguntas feitas pelo juiz e externou seu inconformismo com a ação ajuizada pelo filho. Aberto o prazo de cinco dias, após o interrogatório, para o interditando impugnar o pedido de sua interdição, este se quedou inerte, em que pese não ser portador de doença mental alguma, além de não haver, nos autos, prova da suposta demência. Na situação hipotética acima, em face dos fatos apresentados, o juiz:

• A) não poderá aplicar os efeitos da revelia, pois a ação versa sobre direito indisponível.

• B) deve reconhecer e aplicar os efeitos da revelia, presumindo verdadeiros os fatos alegados pelo autor.

• C) deve ordenar nova citação do requerido, obrigando-o a apresentar resposta.

• D) deve designar audiência preliminar para tentar conciliar as partes.

(36)

Dica:

• Lei n. 12.010/2009 altera vários artigos do

ECA.

(37)

Ponderações acerca dos

vínculos jurídicos

que

originam o direito/dever alimentar

• Vínculos que originam a obrigação

alimentar:

* Para com os filhos menores

* Parentesco

* Casamento e União Estável

* Outros Casos.

(38)

Alimentos decorrentes do

parentesco

• Art. 1.697. Na falta dos ascendentes cabe a

obrigação aos descendentes, guardada a ordem

de sucessão e, faltando estes, aos irmãos,

assim germanos como unilaterais.

• Art. 1.698. Se o parente, que deve alimentos em

primeiro lugar, não estiver em condições de

suportar totalmente o encargo, serão chamados

a concorrer os de grau imediato; sendo várias

as pessoas obrigadas a prestar alimentos, todas

devem concorrer na proporção dos respectivos

recursos, e, intentada ação contra uma delas,

poderão as demais ser chamadas a integrar a

lide.

(39)

Alimentos decorrentes do

casamento

e da

união

estável

:

d

e

v

e

r

• Art. 1.566. São deveres de ambos os cônjuges: I - fidelidade recíproca;

II - vida em comum, no domicílio conjugal;

III - mútua assistência; IV - sustento, guarda e educação dos filhos;

V - respeito e consideração mútuos.

• Art. 1.724. As

relações pessoais

entre os

companheiros

obedecerão aos

deveres de lealdade,

respeito e

assistência

, e de

guarda, sustento e

educação dos filhos.

(40)

Outros casos de obrigação alimentar:

• O tutelado tem direito à

prestação

alimentar por parte do tutor a menos que

tenha bens e rendimentos suficientes ou

que o tutelado tenha parentes em

condições

de

prestar

os

alimentos

necessários, conforme se depreende da

leitura do artigo 1746 combinado com o

artigo 1747, inciso II ambos do novo

Código Civil.

(41)

Outros casos (continuação):

• o guardião face ao dever de prestar

assistência material, moral e educacional

está obrigado à prestação de alimentos.

Também aqui, não se afasta a obrigação

dos pais podendo o guardião exigir que

prestem alimentos.

• Também os pais destituídos ou suspensos

do pátrio poder não estão isentos da

prestação alimentar devida aos filhos

menores.

(42)

Na jurisprudência:

• EMENTA:

PERDA DO PODER FAMILIAR.

VIOLÊNCIA

SEXUAL.

A

FIXAÇÃO

DE

ALIMENTOS EM FAVOR DO FILHO MENOR.

VIOLAÇÃO DE DEVERES MATERNOS. A mãe

que revela desinteresse pela filha e acoberta o

padrasto que desenvolve prática de relações

sexuais e também de atos sexuais diversos da

conjunção carnal reiteradas vezes com a filha,

enteada dele, mantendo-a calada sob ameaça,

evidentemente não tem condições de exercer o

poder familiar, cumprindo-lhe, todavia, prover o

sustento dela mediante pensão alimentícia.

Recurso

desprovido.

(Apelação

Cível

70008798415, Sétima Câmara Cível, Tribunal de

Justiça do RS, Relator: Sérgio Fernando de

Vasconcellos Chaves, Julgado em 30/06/2004)

(43)

Outros casos: ato ilícito

• Art. 948.

No caso de

homicídio

, a indenização

consiste, sem excluir outras reparações:

I - no pagamento das despesas com o tratamento

da vítima, seu funeral e o luto da família;

II - na prestação de alimentos às pessoas a quem o

morto os devia, levando-se em conta a duração

provável da vida da vítima.

• Art. 949.

No caso de

lesão ou outra ofensa à

saúde,

o ofensor indenizará o ofendido das

despesas do tratamento e dos lucros cessantes até

ao fim da convalescença, além de algum outro

prejuízo que o ofendido prove haver sofrido.

(44)

Breve explanação das Ações Alimentares em

tópicos

1. Ação Autônoma – Lei n. 5478/68

-Procedimento especial previsto na lei:

• 1.1. Permissão de citação via postal;

• 1.2.Testemunhas devem acompanhar as partes, dispensando apresentação de rol e requerimento de intimação;

• 1.3.Possibilidade de ofertar os alimentos em juízo – art. 24; • 1.4.Exige prova pré-constituída da obrigação ou dever familiar; • 1.5.Nada impede a propositura de ação ordinária de alimentos; • 1.6.Valor da causa obedece ao estatuído no inciso VI do art. 259

CPC ou, se impossível saber o valor, valor de alçada; • 1.7.Foro competente obedece ao art. 100, II CPC.

• VIANA, Marco Aurélio S. Alimentos: ação de investigação de paternidade e maternidade. Belo Horizonte: Del Rey, 2008.

(45)

2. Ação Alimentar cumulada a outras ações:

(46)

Na jurisprudência:

• EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE EXONERAÇÃO DE ALIMENTOS. RECONVENÇÃO. MAJORAÇÃO DE ALIMENTOS E CUMPRIMENTO DO ACORDO FEITO EM AÇÃO DE SEPARAÇÃO. Em que pese a reconvenção ser autônoma em relação à ação principal, não cabe às reconvintes postular o cumprimento do acordo feito na ação de separação, em razão da incompatibilidade dos ritos do cumprimento de sentença e da exoneração de

alimentos, pelo rito ordinário. Não cabe aplicar os

efeitos da revelia, quanto ao pedido de majoração dos

alimentos feito em reconvenção, pois naturalmente

incompatível com o pedido de exoneração de

alimentos, feito na ação principal. NEGARAM

PROVIMENTO. (Agravo de Instrumento Nº 70030353635, Oitava Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Rui Portanova, Julgado em 13/08/2009)

(47)

Ainda na jurisprudência gaúcha:

• EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCEDIMENTO. CUMULAÇÃO DE AÇÕES.

ALIMENTOS. MOSTRA-SE POSSÍVEL A CUMULAÇÃO DA AÇÃO DE DISSOLUÇÃO DE SOCIEDADE DE FATO COM A SEPARAÇÃO DE CORPOS, UMA VEZ QUE ADOTADO O RITO

ORDINÁRIO, REALIZADA AUDIÊNCIA DE TENTATIVA DE CONCILIAÇÃO, ALÉM DA EXISTÊNCIA DE COMPATIBILIDADE COM A AÇÃO PRINCIPAL. QUANTO AOS ALIMENTOS, CUMPRE SER MANTIDO O PERCENTUAL FIXADO PELO JULGADOR DE PRIMEIRO GRAU, FRENTE AOS ELEMENTOS CONSTANTES DOS AUTOS. AGRAVO IMPROVIDO. DECISÃO MANTIDA. (Agravo de Instrumento Nº 70005553193, Oitava Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Antônio Carlos Stangler Pereira, Julgado em 10/04/2003)

(48)

Continuação:

3. Ação Cautelar: artigos 852- 854 do CPC

e também a recente lei que institui os

Alimentos Gravídicos (lei 11.804/2008).

4. Revisão dos alimentos:

O artigo 13 da lei da alimentos, n.

5.478/68, determina a aplicação, no que

couber, do disposto em seu texto às

ações de revisão de sentenças proferidas

em pedidos de alimentos.

(49)

Dicas:

• No aumento da pensão, os alimentos fixados

retroagem à data da citação;

• mas na redução da pensão vigoram a partir

da sentença, salvo se houve concessão de

liminares.

• De igual sorte se houve interposição de

apelação na concessão de

majoração da

pensão será recebida somente no efeito

devolutivo

e se houve interposição do

recurso na

redução dos alimentos, o

apelo será recebido também no efeito

suspensivo

já que a hipótese do artigo

520,II CPC é de condenação.

(50)

Revisão de alimentos

provisórios

:

• artigo 13, § 1º (lei de alimentos n.

5478/68)

-

os alimentos provisórios

fixados na inicial poderão ser revistos a

qualquer tempo, se houver modificação na

situação financeira das partes, mas o

pedido será processado em apartado.

(51)

Continuação (ações alimentares):

• 5. Exoneração e Extinção: o

bservar que

alguns fatos implicam na perda definitiva dos

alimentos que, então, se extinguem.

Súmula 358 do STJ

: O

cancelamento de pensão

alimentícia de filho que

atingiu a

maioridade está sujeito à

decisão judicial, mediante

contraditório,

ainda que nos próprios

autos.

(52)

Continuação (ações alimentares):

6. Execução das parcelas alimentares:

6.1. sob pena de prisão (artigo 733 CPC

-permanece o rito especial)

Súmula 309 do STJ

: O débito alimentar que

autoriza a prisão civil do alimentante é o que

compreende as três prestações anteriores ao

ajuizamento da execução e as que se

vencerem no curso do processo.

(53)

Ainda a execução de alimentos:

6.2 sob pena de penhora: artigo 732 CPC

-remessa ao artigo 646 do CPC ou seja à

execução de título extrajudicial cujo

comando para citação está no artigo 652

do CPC - alterações dadas pela lei n.

11.382/2006.

6.3 outros meios assecuratórios: garantia

real ou fidejussória bem como que a

pensão

consista

em

usufruto

de

determinados bens; desconto em folha;

recebimento de rendas do devedor.

(54)

Dica:

• Art. 475-O (CPC). A

execução provisória

da

sentença far-se-á, no que couber, do mesmo modo

que a definitiva, observadas as seguintes normas

(Incluído pela Lei nº 11.232, de 2005)

:

(...) III – o levantamento de depósito em dinheiro e

a prática de atos que importem alienação de

propriedade ou dos quais possa resultar grave

dano ao executado

dependem de caução

suficiente e idônea, arbitrada de plano pelo juiz e

prestada nos próprios autos.

(...)§ 2º A caução a que se refere o inciso III do

caput deste artigo

poderá ser dispensada

: (...) I –

quando,

nos casos de crédito de natureza

alimentar ou decorrente de ato ilícito

, até o limite

de

sessenta vezes

o valor do salário-mínimo, o

exeqüente

demonstrar situação de

necessidade

;

(55)

Características da obrigação alimentar:

• Personalíssima;

• Intransacionável;

• Incompensável;

• Impenhorável;

• Irrepetível;

• Imprescritível, e

• Transmissível.

(56)

No exame da OAB

• Assinale a opção correta acerca da prestação de alimentos:

• A) Somente os filhos têm o direito de pedir alimentos. • B) O direito a alimentos é recíproco entre pais e filhos. • C) Após a separação judicial do casal, mesmo que o

cônjuge

• venha a necessitar de alimentos, ele não mais poderá pleitear

• ao outro cônjuge a prestação alimentícia.

(57)

Na OAB:

• Em relação aos alimentos, assinale a alternativa correta.

• (A) Eles não servem apenas para garantir as necessidades básicas do alimentando, mas também para preservar a condição social de quem os pleiteia.

• (B) No atual Código Civil, o cônjuge eventualmente declarado culpado pela separação não sofre qualquer restrição em seu direito de pedir alimentos ao outro cônjuge.

• (C) A obrigação alimentar possui como característica básica ser irrenunciável, não poder ser restituída ou compensável e ser intransmissível.

• (D) A possibilidade de os filhos maiores pedirem alimentos aos pais continua a existir após se atingir a maioridade, em razão da continuação do poder familiar que esses exercem sobre os filhos necessitados.

(58)

SUCESSÕES

Loredana Gragnani Magalhães

loredanamagalhaes@terra.com.br

Mestre em Direito

Professora de Direito de Família, Direito das Sucessões

e de Processo Civil Advogada

(59)

I- Sucessão Legítima e Testamentária –

artigo 1784 CCB.

• a) permanência do droit de saisine - artigo

1572CCB16/artigo1784 NCCB:

Art. 1.784. Aberta a sucessão, a herança

transmite-se, desde logo, aos herdeiros legítimos

e testamentários.

Art. 1.923. Desde a abertura da sucessão,

pertence ao legatário a coisa certa, existente no

acervo, salvo se o legado estiver sob condição

suspensiva.

§ 1

o

Não se defere de imediato a posse da coisa,

nem nela pode o legatário entrar por autoridade

própria.

(60)

b) permanência da natureza de bem imóvel do direito à sucessão aberta - artigo 44,III CCB16/ artigo 80, II NCCB:

• Art. 80. Consideram-se imóveis para os

efeitos legais:

• I - os direitos reais sobre imóveis e as ações

que os asseguram;

(61)

Cessão por escritura pública

• São inúmeros os julgados que, porém,

autorizaram a cessão de direitos hereditários

por termo nos autos sem exigência de escritura

pública. O artigo 1793 do NCCB, sem

correspondente no CCB16, parece ter redação

bastante taxativa o que parece ter mudado

aquela orientação. Vide, v.g., Sílvio Rodrigues:

“Cessão de direitos que não for feita por

Escritura Pública é nula de pleno direito.”

RODRIGUES, Sílvio. Ob.cit., p. 27. Observar

que remanesce a regra de que a renúncia poder

ser feita por escrito público ou termo judicial

-artigo 1581CCB16/-artigo 1806NCCB.

(62)

Cessão: dicas

Artigo 1793, § 1º (CC)

direito

direito

de

de

substituição

acrescer

ambas figuras da sucessão

A cessão

não

(63)

Ainda a cessão de direitos

• Proibição de ceder bens singularmente

considerados :

Art. 1793 (CC). (...)

§ 2o É ineficaz a cessão, pelo co-herdeiro, de seu

direito hereditário sobre qualquer bem da herança considerado singularmente.

§ 3o Ineficaz é a disposição, sem prévia autorização do

juiz da sucessão, por qualquer herdeiro, de bem componente do acervo hereditário, pendente a indivisibilidade.

(64)

Cessão de direitos de meação: mais

dicas

• EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. NULIDADE DE

CESSÃO DE DIREITOS DE MEAÇÃO POR INSTRUMENTO PARTICULAR. Na vigência do Código Civil de 1916 era discutível a exigência de escritura pública para realização de cessão de direitos hereditários. Além disso o contrato prevê que o cessionário pode exigir a outorga de escritura pública. Circunstâncias que impedem o reconhecimento de nulidade. Finalmente não houve partilha e nem cabe aqui examinar sobre a eficácia do instrumento para esse fim. Sentença de improcedência mantida. Apelo improvido. (Apelação Cível Nº 70025142084, Décima Quinta Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Paulo Roberto Felix, Julgado em 17/12/2008)

(65)

c) permanência da competência territorial para abertura da sucessão: último domicílio do autor da herança - artigo 1578CCB16/artigo 1785NCCB:

Art. 96. O foro do domicílio do autor da herança, no Brasil, é o competente para o inventário, a partilha, a arrecadação, o cumprimento de disposições de última vontade e todas as ações em que o espólio for réu, ainda que o óbito tenha ocorrido no estrangeiro.

Parágrafo único. É, porém, competente o foro:

I - da situação dos bens, se o autor da herança não possuía domicílio certo; II - do lugar em que ocorreu o óbito se o autor da herança não tinha domicílio certo e possuía bens em lugares diferentes.

O que deve ser observado é a regra de que deve o juiz abster-se de partilhar bens situados no estrangeiro.

O artigo 5º, XXXI da CF em vigor (c/c Lei de Introdução ao CC) prescreve em seu comando que a sucessão de bens de estrangeiro situados no país é regulada pela lei brasileira, no entanto, ressalvando sempre que não seja mais favorável ao cônjuge ou aos filhos a lei pessoal do de cujus. Lembramos, p.ex., que algumas legislações permitem o pacto sucessório. Vide DINIZ, Maria Helena. Ob. Cit. p. 31. Neste sentido vide, ainda, RT 460:132.

(66)

Competência Internacional:

• Art. 89 (CPC). Compete à autoridade

judiciária brasileira, com exclusão de

qualquer outra:

• I - conhecer de ações relativas a imóveis

situados no Brasil;

• II - proceder a inventário e partilha de

bens, situados no Brasil, ainda que o autor

da herança seja estrangeiro e tenha

residido fora do território nacional.

(67)

d) permanência da lei vigente ao tempo da

abertura para regramento de legitimidade e

sucessão:

Art. 1.787. Regula a sucessão e a

legitimação para suceder a lei vigente ao

tempo da abertura daquela.

Art. 2.041. As disposições deste Código

relativas à ordem da vocação hereditária

(arts. 1.829 a 1.844) não se aplicam à

sucessão aberta antes de sua vigência,

prevalecendo o disposto na lei anterior

(Lei n

o

3.071, de 1

o

de janeiro de 1916)

.

(68)

continuação

• e) permanência do critério de que a herança é

um todo unitário (

sucessão à título universal

) até

a partilha com inclusão, porém, do critério das

regras condominiais até a ultimação daquela –

art. 1791 CC.

Atentar, porém:

para a hipótese de

sucessão à título singular

na

sucessão testamentária. Vide Sílvio Rodrigues:

permanência da indivisibilidade do direito dos

co-herdeiros.

(69)

continuação

• f) prazo de 60 dias para aforamento do

Inventário - alteração dada pela lei n.

11.441/2007 que altera o artigo 1796 do

CCB e o artigo 983 do CPC.

Art. 983. (CPC) O processo de inventário e

partilha deve ser aberto dentro de 60 (sessenta)

dias a contar da abertura da sucessão,

ultimando-se

nos

12

(doze)

meses

subseqüentes, podendo o juiz prorrogar tais

prazos, de ofício ou a requerimento de parte.

(70)

Dica:

• Art. 982. Havendo testamento ou interessado incapaz, proceder-se-á ao inventário judicial; se todos forem capazes e concordes, poderá fazer-se o inventário e a partilha por escritura pública, a qual constituirá título hábil para o registro imobiliário. (Redação dada pela Lei nº 11.441, de 2007).

• Parágrafo único. O tabelião somente lavrará a escritura pública se todas as partes interessadas estiverem assistidas por advogado comum ou advogados de cada uma delas, cuja qualificação e assinatura constarão do ato notarial. (Incluído pela Lei nº 11.441, de 2007).

(71)

O companheiro e as posturas judiciais:

• g)

inclusão

do

companheiro

para

administração da herança e de pessoa da

confiança do juiz – artigo 1797 NCCB e

proibição de testar ao concubino - artigo

1801, III NCCB.

Atentar para que a disposição não se

aplica, “...de modo nenhum...” a quem viva

em união estável. RODRIGUES, Sílvio,

(72)

companheiro(continuação):

• Legitimidade para abrir o Inventário:

• Art. 987. A quem estiver na posse e

administração do espólio incumbe, no prazo

estabelecido no art. 983, requerer o inventário e

a partilha.

• Parágrafo único. O requerimento será instruído

com a certidão de óbito do autor da herança.

(73)

Continuação (abertura de inventário):

• Art. 988. Tem, contudo, legitimidade concorrente: • I - o cônjuge supérstite;

• II - o herdeiro; • III - o legatário;

• IV - o testamenteiro;

• V - o cessionário do herdeiro ou do legatário;

• Vl - o credor do herdeiro, do legatário ou do autor da herança;

• Vll - o síndico da falência do herdeiro, do legatário, do autor da herança ou do cônjuge supérstite;

• Vlll - o Ministério Público, havendo herdeiros incapazes; • IX - a Fazenda Pública, quando tiver interesse.

(74)

Dica:

• Legitimidade para o cargo de

inventariante:

• “Art. 990. (...) I – o cônjuge ou companheiro sobrevivente desde que estivesse convivendo com o outro ao tempo da morte deste;

• II – o herdeiro que se achar na posse e administração do espólio, se não houver cônjuge ou companheiro sobrevivente ou estes não puderem ser nomeados. (...)”

Nova redação ao artigo 990 do CPC dada pela lei n. 12.195 de

(75)

continuação

• h) são irrevogáveis os atos de aceitação ou

de renúncia da herança - artigo 1812CCB.

• i) permanência do critério de que não há

direito de representação na renúncia – artigo

1811 NCCB;

• j) exclusão do indigno (artigo 1814 CCB - não

só quando pratica o crime contra o autor da

herança, mas também quando pratica contra

“... o cônjuge, companheiro, ou familiares

mais próximos do de cujus...” Rodrigues,

Sílvio. Ob.cit., p. 69).

(76)

continuação

• l) exclusão do indigno que incorrer não

apenas em crimes contra a honra do autor

da herança mas também do cônjuge ou

companheiro - artigo 1814, II NCCB.

À propósito

são crimes contra a honra a calúnia, a

difamação e a injúria.

(77)

continuação

• m)

permanência

do

direito

de

representação

dos

descendentes

do

herdeiro excluído - artigo 1816NCCB.

Atentar para que

o herdeiro excluído da sucessão, a teor do

artigo 1693,IV do NCCB, não pode

usufruir nem administrar bens que

couberem aos filhos sob seu poder

(78)

Ação declaratória de

indignidade

• Art. 1.815. A exclusão do herdeiro ou

legatário, em qualquer desses casos de

indignidade, será declarada por sentença.

• Parágrafo único. O direito de demandar a

exclusão

do

herdeiro

ou

legatário

extingue-se em quatro anos, contados da

abertura da sucessão.

(79)

Ação declaratória da

deserdação:

• Art. 1.964. (CC) Somente com expressa

declaração de causa pode a deserdação ser

ordenada em testamento.

• Art. 1.965. (CC) Ao herdeiro instituído, ou

àquele a quem aproveite a deserdação,

incumbe provar a veracidade da causa alegada

pelo testador.

• Parágrafo único. O direito de provar a causa da

deserdação extingue-se no prazo de quatro

anos, a contar da data da abertura do

testamento.

(80)

Continuação:

• n) introdução da rubrica Petição de

Herança, tratada nos artigos 1824 a

1828,

sem

correspondentes

no

CCB16;

Permanece o entendimento

consubstanciado pela súmula 149 do

STF: “É imprescritível a ação de

investigação de paternidade, mas

não o é a de petição de herança.”

(81)

Petição de Herança

• Art. 1.824.

O herdeiro

pode, em

ação de petição de herança,

demandar o reconhecimento de

seu direito sucessório, para obter

a restituição da herança, ou de

parte dela, contra quem, na

qualidade de herdeiro, ou mesmo

sem título, a possua.

(82)

Continuação:

• o) permanência da nomenclatura

por cabeça e por estirpe na

sucessão legítima.

(83)

Vocação Hereditária

• Art. 1.798. Legitimam-se a suceder as

pessoas nascidas ou já

concebidas

(embriões criogenizados?)

no momento

da abertura da sucessão.

• ENTÃO A regra é a

sucessão

por cabeça

e não

por

representação

(84)

Continuação:

• Art. 1.799. Na sucessão testamentária

podem ainda ser chamados a suceder:

• I - os filhos, ainda não concebidos,

de

pessoas

(no

plural)

indicadas

pelo

testador, desde que vivas estas ao

abrir-se a sucessão (a chamada prole

eventual);

• II - as pessoas jurídicas;

• III - as pessoas jurídicas, cuja organização

for determinada pelo testador sob a forma

de fundação.

(85)

Continuação:

Art. 1.800. (...)

§ 4

o

Se, decorridos dois anos

após a abertura da sucessão, não

for

concebido

o

herdeiro

esperado, os bens reservados,

salvo disposição em contrário do

testador, caberão aos herdeiros

legítimos.

(86)

Ilegitimidade para receber por

testamento:

• Art. 1.801. Não podem ser nomeados herdeiros

nem legatários:

• I - a pessoa que, a rogo, escreveu o testamento,

nem o seu cônjuge ou companheiro, ou os seus

ascendentes e irmãos;

• II - as testemunhas do testamento;

• III - o concubino do testador casado, salvo se

este, sem culpa sua, estiver separado de fato do

cônjuge há mais de cinco anos;

• IV - o tabelião, civil ou militar, ou o comandante ou

escrivão, perante quem se fizer, assim como o

que fizer ou aprovar o testamento.

(87)

Ainda o concubino:

• Art. 550. A doação do cônjuge adúltero ao

seu cúmplice pode ser anulada pelo outro

cônjuge,

ou

por

seus

herdeiros

necessários, até dois anos depois de

dissolvida a sociedade conjugal.

(88)

II- Herdeiros Necessários - artigo

1845 NCCB/sem correspondência

no CCB16

os descendentes,

os ascendentes e

o cônjuge

(89)

DICA:

O companheiro não consta da ordem

do artigo 1845.

Alguns já atentaram para que o artigo 1850 do

NCCB

prevê

presuma-se EXCLUÍDO da

sucessão testamentária apenas os colaterais se

o testador ao dispor de seu patrimônio, não os

contemplou, sem mencionar os companheiros.

(90)

III- Ordem de Vocação Hereditária

- artigo

1829

CCB

Art. 1.829.

A sucessão legítima defere-se na

ordem seguinte:

I - aos descendentes, em concorrência com o

cônjuge sobrevivente, salvo se casado este com o

falecido no regime da comunhão universal, ou no

da separação obrigatória de bens (art. 1.640,

parágrafo único); ou se, no regime da comunhão

parcial, o autor da herança não houver deixado

bens particulares;

II - aos ascendentes, em concorrência com o

cônjuge;

III - ao cônjuge sobrevivente;

IV - aos colaterais.

(91)

Na OAB:

• Josefina e José, casados pelo regime da comunhão universal de bens, tiveram três filhos: Mário, Mauro e Moacir. Mário teve dois filhos: Paulo e Pedro. Mauro teve três filhos: Breno, Bruno e Brian. Moacir teve duas filhas: Isolda e Isabel. Em um acidente automobilístico, morreram Mário e Mauro. José, muito triste com a perda dos filhos, faleceu logo em seguida, deixando um patrimônio de R$ 900.000,00. Nesse caso hipotético, como ficaria a divisão do monte?

• (A) Josefina receberia R$ 450.000,00. Os filhos de Mário receberiam cada um R$ 75.000,00. Os filhos de Mauro receberiam R$ 50.000,00 cada um. E, por fim, as filhas de Moacir receberiam R$ 75.000,00 cada uma.

• (B) A herança seria dividida em três partes de R$ 300.000,00. Paulo e Pedro receberiam cada um R$ 150.000,00. Breno, Bruno e Brian receberiam, cada um, R$ 100.000,00. E, por fim, Isabel e Isolda receberiam cada uma a importância de R$ 150.000,00.

• (C) Paulo e Pedro receberiam cada um R$ 150.000,00. Breno, Bruno e Brian receberiam, cada um, R$ 100.000,00. E, por fim, Moacir receberia R$ 300.000,00.

• (D) Josefina receberia R$ 450.000,00. Paulo e Pedro receberiam cada um R$ 75.000,00. Breno, Bruno e Brian receberiam cada um R$ 50.000,00. Moacir receberia R$ 150.000,00.

(92)

Sucessão dos companheiros:

• Art. 1.790. A companheira ou o companheiro participará da sucessão do outro, quanto aos bens adquiridos onerosamente na vigência da união estável, nas condições seguintes:

• I - se concorrer com filhos comuns, terá direito a uma quota equivalente à que por lei for atribuída ao filho;

• II - se concorrer com descendentes só do autor da herança, tocar-lhe-á a metade do que couber a cada um daqueles;

• III - se concorrer com outros parentes sucessíveis, terá direito a um terço da herança;

• IV - não havendo parentes sucessíveis, terá direito à totalidade da herança.

(93)

O vetor da quota mínima para o

cônjuge ascendente:

• Art. 1.832. Em concorrência com os

descendentes (art. 1.829, inciso I) caberá

ao cônjuge quinhão igual ao dos que

sucederem por cabeça, não podendo a

sua quota ser inferior à quarta parte da

herança, se for ascendente dos herdeiros

com que concorrer.

(94)

O problema do direito real de habitação

para cônjuges e companheiros

• Art. 1.831. Ao cônjuge (atentar para o uso de

nomenclatura específica) sobrevivente, qualquer que seja o regime de bens, será assegurado, sem prejuízo da participação que lhe caiba na herança, o direito real

de habitação relativamente ao imóvel destinado à residência da família, desde que seja o único daquela

natureza a inventariar.

Dica: para os companheiros

(95)

Doutrina:

Sílvio Venosa assevera que na hipótese

de existirem filhos comuns assim como

filhos somente do autor da herança, é de

se assegurar a quarta parte ao cônjuge.

parece lógico que no caso da participação

do companheiro na sucessão do outro, em

hipótese idêntica, isso é filhos comuns e

filhos somente do falecido, também se

assegurará

ao

sobrevivo

a

quota

equivalente nos termos do artigo 1790,I do

NCCB.

(96)

Jurisprudência majoritária:

• EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO. INVENTÁRIO. SUCESSÃO LEGÍTIMA. CÔNJUGE SOBREVIVENTE. INC. I DO ART. 1.829 DO CCB. VOCAÇÃO HEREDITÁRIA. CONCORRÊNCIA. O cônjuge sobrevivente casado pelo regime da comunhão parcial de bens detém o direito de meação e herança, na forma do art. 1.829 do CCB, na hipótese de o autor da herança deixar bens particulares. Todavia, no caso, inexistindo bem particulares, conforme reconhece a própria viúva-meeira, deve o Juízo, desde logo, porque questão de direito, excluí-la da classificação de herdeira, mantida, apenas, a sua condição de meeira. RECURSO PROVIDO. (Agravo de Instrumento Nº 70013227533, Sétima Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Ricardo Raupp Ruschel, Julgado em 21/12/2005)

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