Profª. Msc. Flávia Luciane Bidóia Roim
Universidade Norte do Paraná 1o Semestre de 2013
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Doenças
GRUPO DE DOENÇAS
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Classificação das doenças de plantas:
Baseando-se no agente causal, no hospedeiro ou nos processos fisiológicos do hospedeiro que são interferidos pelas doenças (classificação de McNew).
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GRUPOS DE DOENÇAS:
GRUPO I: podridões de órgãos de reserva
GRUPO II: danos em plântulas
GRUPO III: podridões de raízes e colo
GRUPO IV: murchas vasculares
GRUPO V: manchas foliares
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Grupo I – Podridões de órgãos de reserva:
Neste grupo os sintomas típicos é podridão mole, devido à
ação de enzimas celulolíticas e pectinolíticas, e podridão seca
que podem ocorrem em frutos, sementes e órgão de reserva.
Como estratégias de controle para esse grupo de doenças
podemos utilizar atmosfera modificada, armazenamento em
baixas temperaturas, controle químico preventivo e
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Pectobacterium sp. em pimentões e batatas
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Penicillium sp. em tangerinasGr
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Grupo II – Danos em plântulas (“damping off”):
Os danos ocorrem em pré-emergência e pós-emergência.
Os patógenos deste grupo são necrotróficos, tais como Pythium sp., Phytophthora sp. e Rhizoctonia sp.
Estes patógenos são favorecidos por alta umidade, podem penetrar diretamente e sobrevivem no solo (clamidósporos, escleródios).
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Grupo III – Podridões de raízes e colo:
Os danos ocorrem em plantas adultas.
Os patógenos deste grupo são necrotróficos, tais como Pythium sp., Phytophthora sp., Rhizoctonia sp., Sclerotium sp. e Fusarium solani. Estes patógenos são favorecidos por alta umidade, podem penetrar diretamente e sobrevivem no solo (clamidósporos, escleródios).
São mais específicos que os Patógenos do grupo II, por exemplo, F. solani f.sp. phaseoli.
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O controle é similar para as doenças dos grupos II e III,
principalmente evitando a entrada do patógeno ou escolhendo
locais isentos.
Também pode ser feito tratamento do solo em pequenas áreas
(químico, físico, solarização), tratamento químico sementes,
irrigação controlada para evitar encharcamento.
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Grupo IV – Murchas vasculares:
Os sintomas reflexo na parte aérea são murchas, devido a obstrução do xilema pelos patógenos.
Os patógenos deste grupo são Fusarium oxysporum, Verticillium e Ralstonia solanacearum.
Estes patógenos colonizam o xilema, podem penetrar diretamente pelas raízes e sobrevivem no solo (clamidósporos).
São específicos ao hospedeiro e ao tecido.
Como estratégias de controle para esse grupo de doenças pode-se usar resistência genética.
Também é importante evitar a entrada do patógeno, escolher locais isentos e a rotação de culturas.
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Sclerotium sp. em feijão, Rhizoctonia sp. em feijão e Fusarium em tomate.Gr
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Doenças do Grupo V:
Interferem na fotossíntese do hospedeiro.
Essas doenças são bastante importantes pelo fato de que as
estruturas da maioria de seus agentes causais são facilmente
disseminadas pelo vento e por consequência os mesmos
podem se disseminar e infectar campos de cultivos vizinhos,
entre regiões, países ou até mesmo continentes.
Os patógenos desse grupo são específicos, ou seja, cada
espécie de patógeno é capaz de infectar uma espécie de
hospedeiro em particular.
Esse grupo de doenças é subdividido em 4 subgrupos:
Manchas Foliares, Míldios, Oídios e Ferrugens.
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1. Manchas Foliares:
Agentes causais - várias espécies de fungos e bactérias
Fungos: Conídios em conidióforos livres, pícnidios ou acérvulos. Bactérias: Células bacterianas
Os patógenos causadores de manchas são
necrotróficos/hemibiotróficos e capazes de produzir toxinas durante o processo de infecção e colonização.
Essas características explicam as lesões necróticas (acinzentadas, marrons ou pretas) circundadas por um halo clorótico característicos desse grupo de doenças.
Essas manchas apresentam tamanhos e formas diversas e geralmente estão distribuídas ao longo do limbo foliar.
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2. Míldios:
Agentes causais – Cromistas.
Possuem hifa asseptada, produzem esporângio em esporangióforos e esporos móveis (flagelados) denominados zoósporos.
Estruturas são hialinas e observadas em ambas faces da folha do hospedeiro (onde encontram-se os estômatos).
São patógenos favorecidos em temperaturas amenas e ambiente ÚMIDO (épocas chuvosas, baixadas e irrigação por aspersão). Patógenos específicos.
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3. Oídios:
Agentes causais – Espécies do gênero Oidium.
Produzem hifas septadas, conídios em cadeia em conidióforos.
Estruturas hialinas encontradas como “pó ou talco” na superfície foliar do hospedeiro.
Essas estruturas podem ser facilmente removidas da folha por ação de chuva e/ou irrigação por aspersão e por isso são favorecidos em ambientes SECOS (época seca e cultivo protegido).
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4. Ferrugens:
Agentes causais: várias espécies de basidiomicetos.
Produzem esporos denominados Urediniósporos/Uredóporos que são ornamentados (espículas – “espinhos”) de coloração amarela, laranja em pústulas (rompimento da epiderme do hospedeiro).
As pústulas produzidas nos órgãos do hospedeiro possuem coloração de ferrugem e são características desse grupo de doenças.
Esses patógenos penetram via estômatos e são específicos (exceto o agente causal da ferrugem asiática da soja).
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Hospedeiro 1: Bananeira, Nome da doença: Sigatoka amarela, Agente causal: Fungo do gênero Cercospora.
Hospedeiro 2: Citros (limão cravo), Nome da doença: Verrugose, Agente causal: Fungo.
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Hospedeiro 3: Cucurbitácea (abobrinha) ou soja, Nome da doença: Oídio, Agente causal: Fungo do gênero Oidium.
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Hospedeiro 4: Cafeeiro, Nome da doença: Ferrugem, Agente causal: Fungo do gênero Hemileia.
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DOENÇAS DO GRUPO VI
São representados por Viroses, as Galhas e os Carvões. Os patógenos deste grupo são biotróficos e apresentam o
parasitismo evoluído e alta especificidade em relação à planta hospedeira.
Vírus: São agentes infecciosos que não possuem metabolismo próprio.
São parasitas obrigatórios e utilizam os sistemas de síntese de ácido nucléico e de proteínas da célula hospedeira para sua replicação.
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Vírus da Leprose dos citros (CiLV)
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Carvões: Doença caracterizada pela produção de massa pulverulenta
escura, sendo esta massa escura constituída de estruturas reprodutivas do patógeno.
Carvão do milho: Ustilago maydis
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Galhas: Galha é o nome dado ao intumescimento do tecido do vegetal, decorrente da infecção por um patógeno.