NCE/11/01206 — Relatório final da CAE
-Novo ciclo de estudos
Caracterização do pedido
Perguntas A.1 a A.10
A.1. Instituição de ensino superior / Entidade instituidora: Universidade De Évora
A.1.a. Identificação da Instituição de ensino superior / Entidade instituidora (Proposta em associação) Universidade De Évora
A.2. Unidade orgânica (faculdade, escola, instituto, etc.): Escola De Ciências E Tecnologias
A.2.a. Identificação da Unidade orgânica (faculdade, escola, instituto, etc.) (Proposta em associação):
Escola De Ciências E Tecnologias A.3. Ciclo de estudos:
Engenharia Agronómica A.4. Grau:
Mestre
A.5. Área científica predominante do ciclo de estudos: Engenharia Rural
A.6.1 Classificação da área principal do ciclo de estudos de acordo com a Portaria n.º 256/2005, de 16 de Março (CNAEF):
52
A.6.2 Classificação da área secundária do ciclo de estudos de acordo com a Portaria n.º 256/2005, de 16 de Março (CNAEF):
62
A.6.3 Classificação de outra área secundária do ciclo de estudos de acordo com a Portaria n.º 256/2005, de 16 de Março (CNAEF):
na
A.7. Número de créditos ECTS necessário à obtenção do grau: 120
A.8. Duração do ciclo de estudos (art.º 3 DL-74/2006): 4 semestres
A.9. Número de vagas proposto: 20
A.10. Condições de acesso e ingresso:
A via normal de acesso a este Mestrado é a formação de 1º Ciclo de Agronomia da Universidade de Évora, ou formações equiparáveis, nomeadamente de 1ºs Ciclos em Agronomia, Engª Agricola ou Engª Agronómica que tenham lugar noutras Universidades ou Instituto
Relatório da CAE - Novo Ciclo de Estudos
1. Instrução do pedido
1.1. Deliberações dos órgãos que legal e estatutariamente devem ser ouvidos no processo de criação do ciclo de estudos.
Existem e satisfazem completamente as condições legais
1.2. Docente responsável pela coordenação da implementação do ciclo de estudos. Foi indicado e tem o perfil adequado
2. Condições de acesso e ingresso, estrutura curricular e plano de estudos.
2.1. Condições de acesso e ingresso.Existem, são adequadas e cumprem os requisitos legais 2.2. Estrutura Curricular e Plano de Estudos.
Existe e satisfaz as condições legais
2.3. Explicitação das evidências que fundamentam as classificações de cumprimento assinaladas em 2.1 e 2.2.
Condições de acesso e ingresso precisas e claras e de acordo com as exigências legais e com os objectivos do Curso.
A estrutura curricular e o plano de estudos enquadrados nos objectivos do curso e coerentes com estes e com a especialização dos seus docentes
3. Descrição e fundamentação do ciclo de estudos
3.1. Dos objectivos do ciclo de estudos
3.1.1. Foram formulados objectivos gerais para o ciclo de estudos. Sim
3.1.2. Foram definidos objectivos de aprendizagem para o ciclo de estudos (conhecimentos, aptidões e competências a desenvolver pelos estudantes).
Sim
3.1.3. Os objectivos definidos são coerentes com a missão e a estratégia da instituição. Sim
3.1.4. Explicitação das evidências que fundamentem as classificações de cumprimento assinaladas em 3.1.1, 3.1.2 e 3.2.3.
O objectivo central deste ciclo de estudos é o de garantir acesso à profissão de Engenheiro Agrónomo, através do fornecimento das competências necessárias aos actos de engenharia agronómica.
Os objectivos de aprendizagem são a formação e treino nas competências necessárias à
conceptualização, projecção, implementação e direcção das soluções para os problemas dos sistemas agrícolas e do desenvolvimento do mundo rural.
O indicado está de acordo com os objectivos da Instituição que visam, entre muitos outros, fornecer competências concretas que habilitem ao exercício profissional de funções e actividades técnicas especializadas.
3.1.5. Pontos Fortes.
A proposta de curso, centrada na Engenharia Rural, garante níveis elevados de formação
devidamente apoiados em investigação decorrente de centro de investigação (ICAAM) classificado com muito bom
3.1.6. Recomendações de melhoria.
Outras matérias para além da Engenharia Rural, parte integrante da Engenharia Agronómica, têm menor expressão no curriculum do curso e procura-se compensar com um leque elevado de opções das quais os alunos podem escolher uma UC. Este factor correctivo só faria sentido se os alunos pudessem escolher maior numero de opções, por exemplo no semestre par do primeiro ano. Deste modo, para que haja coerência entre a denominação do curso e o conteúdo há dois caminhos: no primeiro acentua-se a formação em Engenharia Rural e altera-se a denominação para Engenharia Rural e no segundo, reforça-se a formação noutras áreas da Agronomia e faz sentido manter a
designação de Engenharia Agronómica.
3.2. Da adequação ao Projecto Educativo, Científico e Cultural da Instituição
3.2.1. A instituição definiu um projecto educativo, científico e cultural próprio. Sim
3.2.2. Os objectivos definidos para o ciclo de estudos são compatíveis com o projecto educativo, científico e cultural da instituição.
Sim
3.2.3. Explicitação das evidências que fundamentem as classificações de cumprimento assinaladas em 3.2.1 e 3.2.2.
A Instituição tem um projecto educativo, científico e cultural com expressão estatutária nas suas Missões e finalidades no qual os objectivos definidos para este ciclo de estudos se enquandram totalmente
3.2.4. Pontos Fortes.
A sólida adequação do ciclo de estudos ao projecto científico da Instituição 3.2.5. Recomendações de melhoria.
Não existem recomendações
3.3. Da organização do ciclo de estudos
3.3.1. Os conteúdos programáticos de cada unidade curricular são coerentes com os respectivos objectivos de aprendizagem.
Sim
3.3.2. As metodologias de ensino (avaliação incluída) de cada unidade curricular são coerentes com os respectivos objectivos.
Em parte
3.3.3. Explicitação das evidências que fundamentem as classificações de cumprimento assinaladas em 3.3.1 e 3.3.2.
Os conteúdos programáticos e as metodologias de ensino e de avaliação de conhecimentos, na generalidade das UC's, são explicitos e estão de acordo com os objectivos de aprendizagem das mesmas. Contudo, tais conteúdos e metodologias aplicados a um curso pós-laboral, com aulas
ministradas intensamente às sextas feiras e sábados, deixando aos alunos o esforço de aprendizagem e realização de trabalhos quer de grupo quer individuais nos restantes dias da semana, em
competição com outras eventuais actividades profissionais, pode provocar o colapso do sistema de avaliação no final dos semestres por excesso de trabalhos a apresentar e exames a realizar.
Acresce que muito pouco é dito sobre as metodologias a adoptar nas aulas menos expositivas ou de carácter eminentemente prático, ou até a incorporação das visitas de estudo num horário laboral tão espartilhado
3.3.4. Pontos Fortes.
Adequação e coerência, genericamente, entre os conteúdos programáticos das Uc's que compõem o plano de estudos e os objectivos que cada uma, de per si, se propõe alcançar
3.3.5. Recomendações de melhoria.
Explicitar melhor a adequação do curso proposto ao horário pós laboral, nomeadamente aulas práticas e visitas de estudo bem como a adopção estratégica de elaboração de trabalho quer de grupo quer individuais que envolvam matérias temáticas de várias UC's com vista a melhorar os períodos de avaliação e a desenvolver a abordagem holística característica dos sistemas de produção agrícolas
4.1. O corpo docente cumpre os requisitos legais. Sim
4.2. Existe um procedimento de avaliação do desempenho do pessoal docente, de forma a garantir a necessária competência científica e pedagógica e a sua actualização.
Sim
4.3. A maioria dos docentes tem ligação estável à instituição por um período superior a três anos. A instituição mostra uma boa dinâmica de formação do seu pessoal docente.
Sim
4.4. Explicitação das quantitativa e qualitativa das evidências que fundamentem as classificações de cumprimento assinalada em 4.1, 4.2 e 4.3.
O corpo docente tem a formação académica e a experiência e capacidade de investigação necessários e exigíveis, tem uma relação estável e a tempo integral com a Universidade e nesta existem procedimentos de avaliação de desempenho dos seus docentes
4.5. Pontos fortes.
mecanização agrícola, agricultura de precisão e técnicas de rega parecem ser os pontos mais fortes das matérias cobertas pelo corpo docente
4.6. Recomendações de melhoria.
O Coordenador do Curso cumpre todos os preceitos legais para o fazer mas é parecer desta CAE que os Professores responsáveis por cursos, nomeadamente de pós-graduação, deveriam ser providos de título compatível com o reconhecimento académico da sua natureza sénior relativamente à sua experiência e capacidades, características associadas ao título de Agregado.
5. Descrição e fundamentação de outros recursos humanos e
materiais
5.1. O ciclo de estudos dispõe de outros recursos humanos indispensáveis ao seu bom funcionamento. Sim
5.2. O ciclo de estudos dispõe das instalações físicas (espaços lectivos, bibliotecas, laboratórios, salas de computadores, etc.) necessárias ao cumprimento dos objectivos.
Sim
5.3. O ciclo de estudos dispõe dos equipamentos didácticos e científicos e dos materiais necessários ao cumprimento dos objectivos.
Sim
5.4. Explicitação das evidências que fundamentem as classificações de cumprimento assinaladas em 5.1, 5.2 e 5.3.
A proposta menciona expressamente o apoio de recursos humanos, infraestrutura, equipamentos e material pedagógico afectos ao normal funcionamento do ciclo de estudos
5.5. Pontos fortes.
Existência de laboratórios, equipamentos científicos e recursos humanos para apoio as actividades do plano de estudos
5.6. Recomendações de melhoria. Não são de considerar
6. Actividades de formação e investigação
6.1. Existe(m) Centro(s) de Investigação reconhecido(s) e com boa avaliação, na área científica do ciclo de estudos.
Sim
6.2. Existem publicações científicas do pessoal docente afecto ao ciclo de estudos, na área
anos. Sim
6.3. Existem actividades científicas, tecnológicas, culturais e artísticas desenvolvidas na área do ciclo de estudos e integradas em projectos e/ou parcerias nacionais e internacionais.
Sim
6.4. Explicitação das evidências que fundamentem as classificações de cumprimento assinaladas em 6.1, 6.2 e 6.3.
O ciclo de estudos está intimamente relacionado com as actividades do ICAAM, os docentes envolvidos na proposta tem desenvolvido actividade de investigação no âmbito de projectos que decorrem neste centro e os resultados obtidos originaram numerosas publicações em revistas com revisão científica por pares (na proposta são indicados 74 trabalhos nos últimos três
6.5. Pontos fortes.
Ligação a um centro de investigação com grande dinamismo e classificação de muito bom 6.6. Recomendações de melhoria.
Melhorar ainda mais a investigação e as publicações para obter Excelente na classificação do Centro de investigação envolvido na proposta
7. Actividades de desenvolvimento tecnológico, prestação de
serviços à comunidade e formação avançada
7.1. A oferta destas actividades corresponde às necessidades do mercado e à missão e objectivos da instituição.
Sim
7.2. Explicitação das evidências que fundamentem a classificação de cumprimento assinalada em 7.1. Ligação das actividades de investigação a problemas concretos regionais, quer publicos quer
privados
7.3. Pontos fortes.
Existência do empreendimento de fins múltiplos do Alqueva na área geográfica da Universidade de Évora
7.4. Recomendações de melhoria.
Fortalecer colaboração com o sector privado
8. Enquadramento na rede do ensino superior público
8.1. Os estudos apresentados (com base em dados do MTSS) mostram empregabilidade dos formados por este ciclo de estudos.
Não aplicável
8.2. Os dados de acesso (DGES) mostram o potencial do ciclo de estudos para atrair estudantes. Não aplicável
8.3. O novo ciclo de estudos será oferecido em colaboração com outras instituições na região de influência da instituição.
Não aplicável
8.4. Explicitação das evidências que fundamentem as classificações de cumprimento assinaladas em 8.1, 8.2 e 8.3.
O proponente considerou não aplicável, por ser um novo ciclo de estudos pós graduados 8.5. Pontos fortes.
Há um enorme potencial regional de desenvolvimento agrícola que necessitará de técnicos altamente especializados
8.6. Recomendações de melhoria. não aplicável
9. Fundamentação do número total de créditos ECTS do
novo ciclo de estudos
9.1. A atribuição do número total de unidades de crédito e a duração do ciclo de estudos estão justificadas de forma convincente.
Sim
9.2. Existe uma metodologia para o cálculo dos créditos ECTS das unidades curriculares. Sim
9.3. Existe evidência de que a determinação das unidades de créditos foi feita após consulta aos docentes e estudantes.
Em parte
9.4. Explicitação das evidências que fundamentem as classificações de cumprimento assinaladas em 9.1, 9.2 e 9.3.
A duração do ciclo de estudos obedece e cumpre requisitos legais, existe metodologia da instituição para determinação de ECTS e há indicação de, pelo menos de forma indirecta, os alunos terem sido ouvidos na determinação das unidades de crédito.
9.5. Pontos fortes.
Unidades curriculares, na quase globalidade, com o mesmo numero de unidades de crédito 9.6. Recomendações de melhoria.
Incorporar a opinião dos estudantes na determinação das unidades de crédito
10. Comparação com ciclos de estudos de referência no
Espaço Europeu de Ensino Superior
10.1. O ciclo de estudos tem duração e estrutura semelhantes a ciclos de estudos de instituições de referência do Espaço Europeu de Ensino Superior.
Sim
10.2. O ciclo de estudos tem objectivos e confere competências análogas às de outros ciclos de estudos de instituições de referência do Espaço Europeu de Ensino Superior.
Sim
10.3. Explicitação das evidências que fundamentem as classificações de cumprimento assinaladas em 10.1 e 10.2.
Existência de cursos idênticos na designação e estrutura no espaço nacional e europeu 10.4. Pontos fortes.
matérias da engenharia rural 10.5. Recomendações de melhoria. Flexibilizar a oferta de opções
11. Estágios e períodos de formação em serviço
11.1. Existem locais de estágio e/ou formação em serviço. Em parte
11.2. São indicados recursos próprios da instituição para acompanhar os seus estudantes no periodo de estágio e/ou formação em serviço.
Em parte
11.3. Existem mecanismos para assegurar a qualidade dos estágios e periodos de formação em serviço dos estudantes.
Não aplicável
qualificações adequadas (para ciclos de estudos de formação de professores). Não aplicável
11.5. Explicitação das evidências que fundamentem as classificações de cumprimento assinaladas em 11.1 a 11.4.
O proponente menciona a existência de recursos humanos e estruturas laboratoriais que podem apoiar a realização de estágios. Por outro lado todos os alunos tem um orientador de dissertação que orienta as actividades de investigação.
11.6. Pontos fortes.
Não aplicável. Não são facultadas evidencias 11.7. Recomendações de melhoria.
Serem facultadas evidencias
12. Conclusões
12.1. Recomendação final.
O ciclo de estudos deve ser acreditado 12.2. Fundamentação da recomendação:
A estrutura do curso está de acordo com os seus objectivos e o corpo docente tem o curriculum e a formação adequada, existe a ligação à investigação através do ICAAM, e o curso fornecerá aos alunos uma formação sólida na área das ciências agrárias. O ênfase na engenharia rural dá corpo às inegáveis competências da U. Évora nesta área. Tratando-se de um curso de mestrado, é opinião desta CAE que a denominação do curso deveria ser mais inequívoca salientado a formação na Engenharia Rural.
Após a consideração da resposta dos proponentes ao relatório preliminar esta CAE mantem as fundamentações que estão na base da proposta de acreditação deste curso.
