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Florística, fitossociologia e caracterização ecológica numa área de capoeirão de Cabo de Santo Agostinho, Pernambuco / Floristic, phytosociology and ecological characterization in a low forest area of Cabo de Santo Agostinho, Pernambuco

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Academic year: 2020

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n.6, p.34519-34540 jun. 2020. ISSN 2525-8761

Florística, fitossociologia e caracterização ecológica numa área de

capoeirão de Cabo de Santo Agostinho, Pernambuco

Floristic, phytosociology and ecological characterization in a low forest

area of Cabo de Santo Agostinho, Pernambuco

DOI:10.34117/bjdv6n6-118

Recebimento dos originais:08/05/2020 Aceitação para publicação:05/06/2020

Lucas Galdino da Silva

Graduando em Engenharia de Florestal pela Universidade Federal de Alagoas Instituição: Universidade Federal de Alagoas, Centro de Ciências Agrárias - CECA.

Endereço: BR 104, Km 85, s/n, Rio Largo - AL, Brasil E-mail: galdinolsc@gmail.com

Carlos Frederico Lins e Silva Brandão

Doutor em Ciências Florestais pela Universidade Federal Rural de Pernambuco Instituição: Universidade Federal de Alagoas, Centro de Ciências Agrárias - CECA.

Endereço: BR 104, Km 85, s/n, Rio Largo - AL, Brasil E-mail: cflsbrandao@hotmail.com

Mayara Dalla Lana

Doutora em Ciências Florestais pela Universidade Federal Rural de Pernambuco Instituição: Instituto Federal de Pernambuco - Campus Garanhuns

Endereço: R. Padre Agobar Valença, s/n - Severiano Moraes Filho, Garanhuns – PE, Brasil. E-mail: mayara.dallalana@garanhuns.ifpe.edu.br

Anderson Francisco da Silva

Mestre em Ciências Florestais pela Universidade Federal Rural de Pernambuco Instituição: Universidade Federal Rural de Pernambuco

Endereço: Rua Dom Manuel de Medeiros, s/n - Dois Irmãos - PE, Brasil E-mail: engf.anderson@gmail.com

Anderson Arthur Lima dos Santos

Graduando em Engenharia de Florestal pela Universidade Federal de Alagoas Instituição: Universidade Federal de Alagoas, Centro de Ciências Agrárias - CECA.

Endereço: BR 104, Km 85, s/n, Rio Largo - AL, Brasil E-mail: andersonarthur2303@gmail.com

Nivandilmo Luiz da Silva

Graduando em Engenharia de Florestal pela Universidade Federal de Alagoas Instituição: Universidade Federal de Alagoas, Centro de Ciências Agrárias - CECA.

Endereço: BR 104, Km 85, s/n, Rio Largo - AL, Brasil E-mail: nivandilmoluz@gmail.com

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n.6, p.34519-34540 jun. 2020. ISSN 2525-8761 Anne Carolyne Silva Vieira

Graduanda em Engenharia de Florestal pela Universidade Federal de Alagoas Instituição: Universidade Federal de Alagoas, Centro de Ciências Agrárias - CECA.

Endereço: BR 104, Km 85, s/n, Rio Largo - AL, Brasil E-mail: annecarolynev@gmail.com

Andréa de Vasconcelos Freitas Pinto

Doutora em Ciências Florestais pela Universidade Federal Rural de Pernambuco Instituição: Universidade Federal de Alagoas, Centro de Ciências Agrárias - CECA.

Endereço: BR 104, Km 85, s/n, Rio Largo - AL, Brasil E-mail: dea_botelho@hotmail.com

RESUMO

O objetivo deste trabalho foi analisar a florística, fitossociologia e as estrutura diamétrica e hipsométrica do componente arbóreo adulto, juntamente com classificação sucessional e síndrome de dispersão em uma área de capoeirão localizada no município de Cabo de Santo Agostinho, PE. Pra esse estudo, foi realizado um censo (inventário 100%) em uma área de 24 ha, onde foram mensurados, em altura e diâmetro, todos os indivíduos com circunferência a altura do peito (CAP) ≥ 15 cm, além de identificados e classificados quanto aos grupos ecológicos e síndrome de dispersão. Observou-se a ocorrência de 343 indivíduos distribuídos em 13 famílias botânicas e 24 espécies arbóreas. Espécies exóticas invasoras apresentaram maiores valores de densidade, porém com baixa riqueza na área, mas que podem comprometer o desenvolvimento do processo de sucessão ecológica. Os grupos ecológicos indicaram estágio inicial de sucessão já que apresentou maior número de espécies secundárias iniciais e pioneiras. A dispersão predominante é a zoocórica que demonstrou suma importância para manutenção da diversidade na área, mas que pode comprometer o desenvolvimento em decorrência da presença de espécies exóticas invasoras que são mais favorecidas na dispersão por animais dos que as espécies nativas. A estrutura diamétrica apresentou o padrão de J-invertido. A disposição das classes de alturas apresentou posicionamento dos indivíduos nas classes centrais, com diferença significativa para espécies de outras classes. O valor do índice de diversidade Shannon (H) foi de 1,93 nats.ind-¹, considerado baixo em relação aos remanescentes florestais estabelecidos na região. A área apresentou mais espécies exóticas que nativas, o que pode comprometer a sua continuidade.

Palavras-chave: Fitossociologia, espécies invasoras, grupos ecológicos, dispersão. ABSTRACT

The objective of this work was to analyze the floristics, phytosociology, and the diametric and hypsometric structure of the adult tree component, with the successional classification and dispersion syndrome in a brushwood area located in the municipality of Cabo de Santo Agostinho, Pernambuco. For this study, a census (100% inventory) was carried out in an area of 24 ha, where all individuals with breast height circumference (CBH) ≥ 15 cm were measured, identified and classified as to the ecological groups and dispersion syndrome. There were 343 individuals distributed in 13 botanical families and 24 tree species. Exotic invasive species showed higher density values, but with low richness in the area, compromising the development of the ecological succession process. The ecological groups indicated an initial stage of succession as it presented a higher number of initial and pioneer secondary species. The predominant dispersion is the zoochory that proves to be of great importance for the maintenance of diversity in the area, which may compromise the development due to the

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n.6, p.34519-34540 jun. 2020. ISSN 2525-8761 presence of exotic invasive species that are more favored in animal dispersion than native species. The Shannon (H) diversity index was 1.93 nats.ind-¹, being a low value in relation to forest remnants established in the region. The area presented more exotic species than native ones, which can compromise its continuity.

Keywords: Phytosociology, Invasive species, ecological groups, species. 1 INTRODUÇÃO

As capoeiras e os capoeirões são fases da vegetação secundária normalmente encontrados em áreas onde houve algum tipo de impacto ambiental de origem, quase sempre, antrópica e que atualmente, por conta de sua resiliência vem sofrendo processo de regeneração (CHAZDON, 2016).

Nessas áreas pode ser comum a presença de espécies exóticas invasoras, que se aproveitam das áreas abertas para realizar a ocupação, podendo causar degradação em ecossistemas naturais. Estas espécies ocupam espaços/nichos, antes ocupados pelas espécies nativas, interferindo igualmente nas relações ecológicas causando desequilíbrio nas áreas naturais, inclusive na extinção de espécies nativas. Dessa forma se torna importante estudos sobre o comportamento estrutural nessas formações (ALMEIDA, 2016).

Parte dessa formação pode ser estudada a partir dos componentes estruturais e ecológicos da vegetação. A estrutura de uma floresta se baseia, principalmente, na distribuição de árvores e de suas dimensões em relação a uma unidade de área, e é resultado das características do crescimento das espécies florestais além da influência dos fatores ambientais e edáficos (MIGUEL et al., 2010).

Neste contexto, Machado et al. (2009) afirmam que o conhecimento da distribuição diamétrica e hipsométrica de uma formação florestal é importante no levantamento da estrutura dessa vegetação, pois possibilita distinguir e caracterizar diferentes tipologias florestais. Ainda, pode ser um potente indicador do estoque de crescimento florestal, avaliando a intensidade de regeneração e fornecendo subsídios para tomada de decisões e do planejamento do manejo a ser aplicado em determinada área.

É possível também analisar formações florestais utilizando a fitossociologia. Esse tipo de análise tem contribuído para caracterização das comunidades vegetais, sendo considerada uma valiosa ferramenta na determinação das espécies mais importantes dentro de uma determinada comunidade, avaliando a necessidade de medidas voltadas para a recuperação dessas áreas (GIEHL; BUDKE, 2011; CHAVES et al., 2013).

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n.6, p.34519-34540 jun. 2020. ISSN 2525-8761 Juntamente com a fitossociologia, atributos chaves como o de grupos ecológicos e a síndrome de dispersão são fundamentais para o entendimento de como as áreas de capoeira podem se desenvolver. De acordo com Nunes (2011), durante o processo sucessional secundário, a vegetação sofre uma evolução que vai desde a formação de gramas e arbustos, até o estabelecimento de uma possível floresta em estágios sucessionais mais avançados havendo um rápido aumento de biomassa. Sua produtividade chega a quase o dobro de uma floresta primária e com isso possibilita a chegada de diversos tipos de animais que ajudam no seu desenvolvimento pelos mecanismos de polinização e dispersão (PUIG, 2005).

Neste contexto, o objetivo deste trabalho foi analisar a estrutura diamétrica e hipsométrica do componente arbóreo adulto com a análise dos grupos ecológicos e síndrome de dispersão em uma área de capoeirão localizada no município de Cabo de Santo Agostinho, PE.

2 MATERIAL E MÉTODOS 2.1 ÁREA DE ESTUDO

A área estudada possui aproximadamente 24 ha, estando localizada próximo às margens da rodovia PE-60, no município de Cabo de Santo Agostinho, PE (Figura 1).

De acordo com a classificação Köppen o clima da região é do tipo Am, sendo o clima tropical úmido com uma temperatura média anual de 25,1 ºC e precipitação média anual de 1991 mm.

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n.6, p.34519-34540 jun. 2020. ISSN 2525-8761

Figura 1: Localização da área estudada - Cabo de Santo Agostinho, PE.

Fonte: Autores, 2020.

2.2 METODOLOGIA

Para a realização do presente estudo, utilizou-se dados do Censo (Inventário 100%), como a mensuração de todos os indivíduos com nível de inclusão escolhido para reproduzir exatamente todas as características da população e fornecer os seus parâmetros, valores reais ou verdadeiros (NETTO et al., 1997).

Dessa forma, todos os indivíduos arbóreos com circunferência igual ou maior que 15 cm a 1,30 m do solo (CAP ≥ 15 cm) foram mensurados com auxílio de uma fita métrica graduada em centímetro (cm). Já a altura foi estimada com auxílio de um podão com módulos de dois metros.

A identificação das espécies foi realizada por especialista, seguindo a classificação APG IV (2016), e as espécies não identificadas foram fotografadas para consulta em herbário ou em literaturas online que descrevem as espécies de acordo com suas características morfológicas.

Para verificar a estrutura do componente arbóreo adulto foram realizados gráficos quanto ao diâmetro médio, onde os diâmetros foram distribuídos em classes, com amplitude

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n.6, p.34519-34540 jun. 2020. ISSN 2525-8761 de 0,5 cm e para a altura média, onde os indivíduos foram distribuídos em classes de alturas, a amplitude foi de 2 m a partir do valor 0 (zero).

A análise fitossociológica também foi realizada para obtenção dos parâmetros densidade absoluta, densidade relativa, dominância absoluta, dominância relativa, frequência absoluta, frequência relativa, valor de cobertura e valor de importância. A diversidade florística foi analisada por meio do Índice de Diversidade de Shannon (H’).

Todos os cálculos foram realizados através do Software Excel (OFFICE 2016). Seguindo a metodologia proposta por Budowski (1965) e modificada por Gandofi et

al. (1995) os grupos ecológicos foram classificados em: pioneira, secundária inicial,

secundária tardia e sem caracterização. Para a síndrome de dispersão foi utilizada a classificação de Van der Pijl (1982) sendo as espécies classificadas em zoocóricas (dispersas por animais) e por mecanismos abióticos (vento, gravidade e água). Para maior precisão quanto a classificação das espécies, foram feitas pesquisas em dissertações, artigos e teses com alto índice de referência.

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

3.1 CLASSIFICAÇÃO SUCESSIONAL E SÍNDROME DE DISPERSÃO

Foram identificados 343 indivíduos, distribuídos em 14 famílias botânicas, 22 gêneros e 23 espécies. A tabela 1, apresenta a relação entre as famílias e suas respectivas espécies, contando também com a classificação sucessional e de síndrome de dispersão. Do total de famílias identificadas, as que predominaram foram: Anacardiaceae (4; 16,67%), Fabaceae (4; 16,67%), Arecaceae (3; 12,50%) e Myrtaceae (3; 12,50%) respectivamente. As famílias Anacardiaceae e Fabaceae tiveram maior riqueza de espécies, assemelhando-se aos resultados encontrados por Brandão (2013) e Lima (2017).

Tabela 1 - Levantamento florístico realizando no município de Cabo de Santo Agostinho, PE,

Espécie Família GE SD

Anacardiaceae

Anacardium occidentale L. PI Zoo

Mangifera indica L. SC (**) Zoo

Spondias mombin L. PI Zoo

Tapirira guianensis Aulb. SI Zoo

Araliaceae Schefflera morototoni (Aubl.) Maguire

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n.6, p.34519-34540 jun. 2020. ISSN 2525-8761 Arecaceae

Acrocomia intumescens Drude. PI Zoo

Cocus nucifera L. SC (*) Abio

Elaeis guineenses Jacq. SC (**) Zoo

Boraginaceae Cordia superba Cham. SI Zoo

Dilleniaceae Curatella americana L. PI Zoo

Fabaceae

Inga sp. SI Zoo

Inga thibaudiana DC. SI Zoo

Mimosa sp. PI Zoo

Andira nitida Mart. ex Benth SI Zoo Lamiaceae Aegiphila pernambucensis Moldenke PI Abio

Lauraceae Ocotea sp. SI Zoo

Malvaceae Talipariti pernambucense (Arruda)

Bovini PI Zoo

Melastomatace ae

Miconia minutiflora (Bonpl.) DC.

PI Zoo

Moraceae Artocarpus heterophyllus Lam. SC (**) Zoo

Myrtaceae

Campomanesia sp. ST Zoo

Syzygium cumini (L) Skeels SC (**) Zoo

Syzygium malaccense (L.) Merr. &

L.M.Perry. SC (**) Zoo

Rubiaceae Genipa americana L. SI Zoo

Urticaceae Cecropia sp. PI Zoo

Onde: GE – Grupos Ecológicos; SD - Síndrome de Dispersão; PI - Pioneira; SI - Secundária Inicial; SC - Sem Caracterização; (*) - espécie exótica; (**) - espécie exótica invasora. Fonte: autores, 2020.

É comum em muitos estudos realizados que os ecossistemas tropicais registrem maior riqueza de espécies dessas duas famílias, por conta de suas características ecofisiológicas e comportamentais intrínsecas a cada espécie.

Lima (2017) ressalta que a representatividade marcante da família Fabaceae pode estar relacionada a uma característica das espécies sem ser fixadora de nitrogênio, o que melhora a qualidade e a sua fertilidade do solo, assegurando à produtividade na grande maioria dos ecossistemas terrestres, além de criar condições favoráveis a chegada de novas espécies na área.

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n.6, p.34519-34540 jun. 2020. ISSN 2525-8761 Para a família Anacardiaceae, uma característica importante é possuir frutos atrativos a fauna, em especial a avifauna, favorecendo consideravelmente a dispersão de sementes e, assim, maior ocupação pela regeneração natural em ambientes de recomposição (GUIMARÃES, 2003). Desse modo, sua utilização em programas de recomposição florestal é recomendada (LUZ, 2011). Além disso, as espécies desse grupo atuam como bioindicadoras do caráter edáfico dos ambientes onde se encontram, seja eles naturais ou antropizados (LUZ, 2011).

Quanto a síndrome de dispersão, verificou-se que a mesma se concentrou em maior quantidade (Figura 2) na classe do tipo zoocórica (92%), a qual se apresenta como principal meio dispersor encontrado, e apenas 8% na classe abiótica. A dispersão zoocórica sobressai em regiões de floresta atlântica por apresentar maior número de espécies que necessitam desse mecanismo de propagação (Tabarelli, et al., 2002).

Figura 2: Classificação quanto a síndrome de dispersão encontrada em área de capoeirão em Cabo de Santo Agostinho – PE. Zoo– Zoocórica; Abio – Abiótica. Fonte: Autores, 2020.

Os resultados apresentados se assemelham com trabalhos realizados em áreas de Floresta Atlântica no Estado de Pernambuco (SILVA et al., 2012; OLIVEIRA et al., 2011), que tiveram um resultado de 72,8% e 74%, respectivamente, para dispersão zoocórica, confirmando a importância dos agentes dispersores pertencentes a este grupo no estabelecimento de espécies arbóreas em capoeirões.

Entretanto, mesmo apresentando o mesmo padrão de dispersão de um ecossistema florestal, a presença de espécies invasoras pode interferir negativamente nesse processo dada

8%

92%

Abio Zoo

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n.6, p.34519-34540 jun. 2020. ISSN 2525-8761 pela suscetibilidade a contaminação biológica (ZILLER, 2001), sendo agravada pela preferência dos animais por tais espécies não realizando a dispersão de nativas. Marcuzzo et al. (2020) notou essa configuração em uma área em processo de restauração no Bioma Mata Atlântica, onde 40,9% dos indivíduos regenerantes eram compostos por apenas três espécies exóticas, incluindo Syzygium cumini, encontrada também no presente estudo.

De acordo com Deminicis et al (2009), Almeida et al. (2008) a probabilidade de sementes serem distribuídas a partir das árvores nativas torna-se mais difícil pela enorme competição encontrada com as espécies invasoras que possuem como característica principal possuir frutos carnosos que são bem mais utilizados pela fauna nativa do que os das espécies nativas. Azevêdo (2015) explica que os frutos druposos, como os da Mangifera indica, causam grande atração aos dispersores, explicando a sua ampla distribuição na região, sendo entendido pela zoocoria em ampla escala.

Quanto aos grupos ecológicos (Figura 3), constatou-se que as espécies pioneiras apresentaram maior número de espécies (38%), seguido das espécies secundárias iniciais (35%), sem caracterização ou exóticas (23%) e secundárias tardias (4%).

Figura 3: Classificação sucessional (%) a partir de grupos ecológicos da área de estudo em Cabo de Santo Agostinho, PE, onde estão descritos como PI – Pioneira; SC – Sem caracterização ou Exótica; ST –

Secundária Tardia. Fonte: Autores, 2020.

A maioria das espécies encontradas foram secundárias iniciais e pioneiras (71%), o que demonstra que a área se encontra em transição do estágio inicial. Porém é importante salientar que esse possível desenvolvimento da área seja impactado pela presença das espécies

38% 23% 35% 4% PI SC SI ST

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n.6, p.34519-34540 jun. 2020. ISSN 2525-8761 invasoras que podem, a longo prazo, tornar a área ainda mais degradada. Já o valor de 25% para espécies sem caracterização (SC) pode ser explicado pela inexistência de classificação para espécies exóticas.

Das espécies nativas observadas algumas devem estar associadas pela grande importância conservacionista e de restauração de áreas degradadas como a: Inga thibaudiana,

cecropia sp., curatella americana, Ocotea sp., Tapirira guianensis (Pott, et al., 2002). Essas

espécies possuem uma ampla distribuição podendo ser encontradas em várias fitofisionomias, estando presentes em áreas abertas, grandes e médias clareiras. Dessa forma, a introdução de um plano de manejo adaptativo para controle dessas espécies exóticas invasoras pode ser de suma importância para o estabelecimento da biodiversidade local no sentido de tornar o processo de desenvolvimento autossustentável.

3.2 ESTRUTURA DIAMÉTRICA E HIPSOMÉTRICA

Os 343 indivíduos arbóreos encontrados no presente estudo foram distribuídos em dezoito classes de diâmetros, conforme figura 4. A primeira delas (5 a 10 cm) apresentou maior quantidade de indivíduos, com 70 (20,40%), seguida pela segunda classe (10 a 15), que obteve 61 indivíduos (17,78%), e ao analisar as cinco primeiras classes conjuntamente, obtém-se 249 indivíduos, mostrando a hegemonia dos indivíduos jovens na população analisada (72,59%). Essa característica, marcante de florestas inequiâneas, demonstra que a área apresenta uma distribuição exponencial negativa, onde a predominância de indivíduos jovens garante a regeneração natural neste ambiente (CARIELO et al., 2019). Este padrão foi constatado em diversos estudos no estado de Pernambuco em remanescentes florestais, como o de Lima et al. (2017) em um fragmento de floresta atlântica; Silva (2017) em áreas ciliares em processo de restauração; e Pinto et al. (2018) em uma área em regeneração de floresta atlântica da mesma fitogeografia. Importante salientar que os valores encontrados, mesmo apresentando padrão semelhante a florestas secundárias, apresenta vários indivíduos de espécies exóticas invasoras que se desenvolvem na área e com isso prejudicam a trajetória de desenvolvimento das espécies nativas.

A espécie com o maior valor de diâmetro foi a Syzygium cumini, com 93,58 cm que, juntamente com a Mangifera indica e Elaeais guineenses, foram as que apresentaram os maiores diâmetros na área estudada. Santana Júnior (2019) constatou Syzygium cumini como a espécie com alto valor de importância em um fragmento de floresta atlântica no município

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n.6, p.34519-34540 jun. 2020. ISSN 2525-8761 de São Cristóvão, Sergipe, dado a sua dominância na área evidenciando o poder invasor desta espécie.

Figura 4: Composição diamétrica em classes do componente arbóreo em uma área de capoeirão de Cabo de Santo Agostinho, Pernambuco. Fonte: Autores, 2020.

Para análise hipsométrica, a distribuição das alturas em classes indicou que dos 343 indivíduos analisados, 291 indivíduos (84,83%) estão dispostos nas três classes iniciais de alturas. As classes 2 e 3, foram a que apresentaram a maior quantidade espécies, tendo, respectivamente, 57 e 233 indivíduos (Figura 5). As maiores alturas foram encontradas nas espécies Inga thibaudiana (2 indivíduos) e Spondias mombin (1 indivíduo), ambas com 15 metros e nesta classe não foram observadas a ocorrência de espécies invasoras. Já a altura média encontrada foi de 6,74 metros.

De uma forma em geral, percebe-se que a maior parte da população de indivíduos arbóreos se concentra abaixo de oito metros de altura e com diâmetros menores evidenciando que a área de capoeira ainda é jovem e de baixo porte, e ainda está em processo inicial de sucessão sofrendo perturbações severas na sua estrutura em função da presença de vários indivíduos de espécies exóticas invasoras.

70 61 55 38 25 33 27 10 1 2 2 6 4 2 3 1 1 2 0 10 20 30 40 50 60 70 80 N Ú M ER O D E IN D IV ÍD U O S CLASSES DE DIÂMETROS

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n.6, p.34519-34540 jun. 2020. ISSN 2525-8761

Figura 5: Análise hipsométrica com distribuição de classes de alturas para área de capeirão em Cabo de Santo Agostinho, Pernambuco. Fonte: Autores, 2020.

3.3 ESTRUTURA FITOSSOCIOLÓGICA E DIVERSIDADE

A análise fitossociológica realizada na área de estudo permitiu encontrar uma densidade de 14,30 ind.ha-1. Quanto a dominância, a partir do inventário a 100% de inclusão, o valor obtido foi de 0,88 m².ha-¹, com área média por indivíduo de 0,0734 m².ha-¹. Os indivíduos mais jovens perfazem 0,44 m².ha-¹ da área basal total, correspondendo a 50,89%.

São valores bem abaixo quando comparados a outros estudos realizados em remanescentes florestais na região (COLA et al., 2019; PINTO et al., 2018), porém por se tratar de uma área de capoeira com componente arbóreo adulto ainda jovem, em desenvolvimento, a relação dos valores indica que a área está buscando equidade no seu desenvolvimento visando alcançar um padrão como os encontrados em outras florestas tropicais jovens citadas. Porém pela presença de espécies invasoras a mesma poderá sofrer problemas estruturais que dificultarão esse retorno a uma condição que seja de acordo aos padrões florestais encontrados.

As espécies (Tabela 2) que apresentaram os maiores valores para densidade foram

Syzygium cumini (Azeitona preta, 6,92 ind./ha), Mangifera indica (Mangueira, 1,63 ind./ha), Elaeais guineenses (Dendezeiro, 1,33 ind./ha), Inga thibaudiana (Ingá, 0,79 ind./ha) e Cecropia sp. (Embaúba, 0,71 ind./ha), essas espécies correspondem a 79,59% do

levantamento. Destas citadas, destaca-se que as três primeiras são espécies exóticas invasoras e as demais nativas. A alta densidade é explicada pelas características facilitadas nos fatores

1 57 233 46 3 3 0 50 100 150 200 250 2-4 4-6 6-8 8-10 10-12 14-16 N Ú M ER O D E IN D IV ÍD U O S CLASSES DE ALTURAS

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n.6, p.34519-34540 jun. 2020. ISSN 2525-8761 reprodutivos e propagativos, além da falta de inimigos naturais, elevando a longevidade no local e, consequentemente, os distúrbios (ZILLER, 2001).

Observou-se também que as espécies Syzygium cumini (0,42 m².ha-¹), Mangifera

indica (0,26 m².ha-¹), Elaeais guineenses (0,097 m².ha-¹), Acrocomia intumescens (0,017

m².ha-¹) e Spondias mombin (0,016 m².ha-¹), foram as que apresentaram as maiores dominâncias, contribuindo com 92,30% da área basal encontrada. A discrepância da Syzygium

cumini (47,66% DoR) em relação as demais, demonstrou a facilidade de estocar biomassa em

condições encontradas em capoeirões.

Tabela 2 - Levantamento fitossociológico em área localizada no município de Cabo de Santo Agostinho -PE

ESPÉCIE NI ΣG DA DR FA FR DoA DoR IVI

Syzygium cumini 166 10,0829 6,92 48,4 100 4,2 0,4201 47,6678 100,23 Mangifera indica 39 6,2809 1,63 11,4 100 4,2 0,2617 29,6934 45,23 Elaeis guineensis 32 2,3452 1,33 9,3 100 4,2 0,0977 11,0870 24,58 Inga thibaudiana 19 0,4137 0,79 5,5 100 4,2 0,0126 1,4320 11,14 Cecropia sp. 17 0,4029 0,71 5,0 100 4,2 0,0110 1,2493 10,37 Curatella americana 17 0,3029 0,71 5,0 100 4,2 0,0080 0,9032 10,03 Acrocomia intumescens 10 0,2900 0,42 2,9 100 4,2 0,0172 1,9556 9,04 Inga sp. 8 0,2643 0,33 2,3 100 4,2 0,0050 0,5647 7,06 Anacardium occidentale 7 0,1910 0,29 2,0 100 4,2 0,0043 0,4861 6,69 Campomanesia sp. 3 0,1194 0,13 0,9 100 4,2 0,0006 0,0652 5,11 Cocos nucifera 3 0,1028 0,13 0,9 100 4,2 0,0034 0,3907 5,43 Miconia minutiflora 3 0,0826 0,13 0,9 100 4,2 0,0121 1,3709 6,41 Mimosa sp. 3 0,0523 0,13 0,9 100 4,2 0,0022 0,2472 5,29 Ocotea sp. 3 0,0484 0,13 0,9 100 4,2 0,0010 0,1164 5,16 Aegiphila pernambucensis 2 0,0296 0,08 0,6 100 4,2 0,0005 0,0597 4,81 Andira nitida 2 0,0268 0,08 0,6 100 4,2 0,0009 0,0994 4,85 Schefflera morototoni 2 0,0246 0,08 0,6 100 4,2 0,0006 0,0735 4,82 Artocarpus heterophyllus 1 0,0210 0,04 0,3 100 4,2 0,0008 0,0941 4,55 Cordia superba 1 0,0199 0,04 0,3 100 4,2 0,0001 0,0122 4,47 Genipa americana 1 0,0155 0,04 0,3 100 4,2 0,0020 0,2289 4,69 Spondias mombin 1 0,0138 0,04 0,3 100 4,2 0,0168 1,9046 6,36 Syzygium malaccense 1 0,0126 0,04 0,3 100 4,2 0,0012 0,1400 4,60 Talipariti pernambucense 1 0,0067 0,04 0,3 100 4,2 0,0003 0,0316 4,49 Tapirira guianensis 1 0,0026 0,04 0,3 100 4,2 0,0011 0,1266 4,58 Total 343 21,15 14,30 100 2400 100 0,8814 100 300

Onde: NI – Número de indivíduos; DR-Densidade Relativa; FR- Frequência Relativa; DoR-Dominância Relativa; IVI- Valor de Importância. Fonte: Autores, 2020.

Do total das espécies inventariadas, a maioria (75%) são nativas e as demais (25%) exóticas invasoras para a região Nordeste do Brasil, conforme os estudos de Leão et al. (2011). Entretanto, ao observar dados de densidade, verifica-se que 272 indivíduos (72,67%) são

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n.6, p.34519-34540 jun. 2020. ISSN 2525-8761 exóticos e 91 (27,33%) nativos. Nota-se a dominância das invasoras na área, confirmando que consiste em um perigo para o desenvolvimento da comunidade ao longo do tempo. É importante lembrar, que por ser uma área de capoeirão, torna-se fácil haver invasão dessas espécies e alterar seu funcionamento.

Segundo Brancalion et al. (2015), a maior quantidade de indivíduos de espécies exóticas invasoras pode alterar a trajetória ambiental conduzindo ao declínio dos processos ecológicos na área em processo de desenvolvimento, levando a área à um baixo potencial de sustentabilidade quando decorre da perda da biodiversidade. Diante disso, Miranda Neto et al. (2012) enfatiza em situações mais adversas a necessidade de um manejo para a retirada de espécies exóticas invasoras em regeneração a fim de garantir a conservação da comunidade florestal no futuro. Por outro lado, Marcuzzo et al. (2020) verificou que pode haver interações positivas entre as plantas nativas e exóticas, pois em seu estudo em uma área de restauração no bioma Mata Atlântica, algumas espécies alóctones encontraram condições favoráveis à germinação e estabelecimento sob as copas das espécies nativas.

Quanto aos valores de importância (VI) deste estudo, as espécies que apresentaram maiores valores foram: Syzygium cumini, Mangifera indica, Elaeais guineenses, Inga

thibaudiana, Cecropia sp. (Figura 6).

As espécies Acrocomia intumescens, Inga sp., Anacardium occidentale, Miconia

minutiflora e Spondias mombin, apesar do reduzido número de indivíduos, apresentaram VI

significativo quando comparadas com as demais, que se dá, devido ao valor da área basal.

Figura 6: Classificação do valor de importância das cinco espécies com maior destaque, sendo demonstra do por: Densidade Relativa; Frequência Relativa e Dominância Relativa. Fonte: Autores, 2020.

0 20 40 60 80 100 120

Syzygium cumini Mangifera indica Elaeais guineensis Inga thibaudiana

Cecropia sp. Densidade Relativa

Frequência Relativa Dominância Relativa

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n.6, p.34519-34540 jun. 2020. ISSN 2525-8761 Analisando as espécies invasoras Syzygium cumini e a Mangifera indica, que apresentaram os maiores valores de importância, respectivamente. Estas espécies apresentam superioridade sob as nativas, prejudicando o desenvolvimento destas e interferindo diretamente no ciclo de renovação da floresta, já que causam pressão sob a dispersão de sementes nativas, dispersas por animais, pois são altamente atrativas para fauna (LEÃO et al. 2011; NÓBREGA, 2007).

A espécie Syzygium cumini é classificada como invasora em áreas de conservação natural (HOROWETZ et al., 2013), por apresentar enorme densidade de copa, impedindo o surgimento de espécies nativas de sucessões primárias (PIER, 2002). De acordo com Carpanezzi et al. (1992), apesar dos fatores, se manejado corretamente, a utilização em plantios de recuperação dita microclima ideal para espécies superiores (secundárias e climáceas). Além disso, a S. cumini é extremamente tolerante aos diversos fatores edáficos, facilitando a propagação em ambientes alterados (INSTITUTO HÓRUS, 2012).

A Mangifera indica, mesmo sendo classificada como invasora, apresenta menor intensidade de invasão, levando consequetemente maior tempo para estabelecimento (SAMPAIO et al., 2011). No mais, em análise de risco de bioinvasão em áreas de Unidades de Conservação – UC’s, é uma das espécies listadas, sendo necessário a regulação corretiva de ocupação para evitar adensamento (SAMPAIO & SCHMIDT, 2014). Segundo Sobrinho et al. (2019) a espécie se adapta facilmente as mudanças edafoclimáticas, tornando o ambiente vulnerável, tendo como impacto a fragilização e a perda de diversidade florestal.

Outra espécie exótica evidenciada foi: a Elaeis guineenses devido a sua taxa de ocupação nas florestas, tornando-se densa e dominando as espécies nativas. Desse modo, a ocorrência conduz a alteração florestal deslocando as nativas (GISP, 2005). Observou-se também que a espécie serve como morada para fauna exótica que sobrevive ao se alimentar das espécies nativas (PFEIFFER et al., 2008).

Características semelhantes são encontradas na espécie Syzygium malaccense, que além do domínio da espécie sobre as nativas, tende a expulsar as outras espécies do ambiente natural através de mecanismos alopáticos. De acordo com Vilà et al. (2011) a adaptação para os indivíduos existentes em áreas como essas foram possibilitadas pela falta de oponentes naturais que viessem interferir no crescimento destas espécies, facilitando assim o seu desenvolvimento expressivo.

Entre as espécies nativas com maior valor de importância, estão Inga thibaudiana,

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n.6, p.34519-34540 jun. 2020. ISSN 2525-8761 As espécies Inga thibaudiana e Cecropia sp, se manejadas corretamente podem exercer função primordial no reestabelecimento de indivíduos nativos na área, pois possuem aspectos fisiológicos que favorecem o crescimento de espécies secundárias e clímaces, tornando o ambiente o mais equilibrado possível (DAMASCENO JUNIOR, 1997). A espécie

Inga thibaudiana tem um fruto atrativo (carnoso), que segundo Calegario et al. (1992)

contribui para dispersão por pássaros e morcegos, aumentando a quantidade dessa espécie na área.

A espécie cecropia sp. é exclusiva de áreas de capoeiras ou em locais que tenham sofrido com ação antrópica recente, possibilitando formar uma população única e ajudando no desenvolvimento sucessional. Suas sementes têm grande procura por aves e mamíferos, apesar de ser leve e ter sua dispersão facilitada pelo vento (EMBRAPA, 2019). Característica idêntica é encontrada na espécie Miconia minutiflora, que por seu pioneirismo busca se estabelecer em áreas de capoeiras, adaptando-se facilmente a ambientes alterados (STILLES, ROSSELLI, 1983).

Já a curatella americana tem as aves como seu principal componente dispersor (GUSSON, et al., 2008; OLIVEIRA et al., 2012). Além disso, é uma espécie que demonstra alta resistência a ambientes com distúrbios, demonstrando grande facilidade na propagação (GAMA et al, 2013). A Spondias mombin, de acordo com é uma espécie selvagem (RIDLEY, 1981), típica de áreas em transição (MENDONÇA et al., 2008), sendo membro de dossel durante todo estágio de sucessão (JANZEN, 1985), o que explica sua dominância destacada mesmo com baixo número de indivíduos.

Importante destacar neste estudo a presença da Tapirira guianensis, encontrada como uma das espécies com menor área basal entre todos indivíduos. Esta espécie possui um rápido crescimento, com ampla distribuição geográfica, estando presente em diversos ecossistemas, sendo definida por Carvalho (2005) como uma das espécies nativas mais importantes da Floresta Atlântica de Pernambuco.

Em relação ao valor de diversidade de Shannon-Weaver (H’) neste estudo foi de 1,96 nats.ind-¹, estando esta área de capoeirão abaixo de médias obtidas em trabalhos realizados em remanescente florestais como o de Brandão et al.(2009), Pinto et al. (2018), em que foi observado valores de 3,22 e 2,96 nats.ind-¹ respectivamente ressaltando que por se tratar de uma capoeira, a mesma vem sofrendo processo de regeneração e desenvolvimento.

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n.6, p.34519-34540 jun. 2020. ISSN 2525-8761 4 CONCLUSÃO

A área apresentou mais espécies nativas, porém com maior número de indivíduos exóticos invasores que podem comprometer o processo de desenvolvimento, em termos de sucessão, na área estudada.

Quanto aos grupos ecológicos, foi observado que a área de estudo se encontra num estágio inicial de sucessão ecológica, tendo destaque as espécies secundárias iniciais na área de estudo.

A dispersão zoocórica provou ser o principal meio dispersor nesta área, porém é importante salientar que a presença de espécies exóticas invasoras pode desestabilizar esse processo já que os animais podem substituir a dispersão da espécie nativa por uma invasora.

Os indivíduos arbóreos compuseram as classes iniciais e intermediárias de diâmetro, indicando estágios iniciais de sucessão, porém a maior parte desses são invasores que podem comprometer a comunidade futuramente. Conjuntamente, as classes de alturas indicaram indivíduos com altura média baixa, evidenciando o estágio inicial sucessão e a pressão exercida por espécies invasoras na formação do dossel.

As espécies com maior valor de importância foram: Syzygium cumini, Mangifera

indica, Elaeais guineenses, Inga thibaudiana e Cecropia sp, demonstrando que a presença de

espécies exóticas invasoras pode começar a influenciar os padrões de mudança e desenvolvimento na área.

O índice de diversidade mensurado na área em estudo foi baixo se comparado com outros estudos em fitofisionomias florestais dentro da mesma região demonstrando mais uma vez a fase ainda jovem e em processo de desenvolvimento na área.

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Figura 1: Localização da área estudada - Cabo de Santo Agostinho, PE.
Tabela 1 - Levantamento florístico realizando no município de Cabo de Santo Agostinho, PE,
Figura 2: Classificação quanto a síndrome de dispersão encontrada em área de capoeirão em Cabo de Santo  Agostinho – PE
Figura 3: Classificação sucessional (%) a partir de grupos ecológicos da área de estudo em Cabo de  Santo Agostinho, PE, onde estão descritos como PI – Pioneira; SC – Sem caracterização ou Exótica; ST –
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Referências

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