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DIFERENÇAS DE AVERSÃO À PERDA ENTRE ALUNOS DE ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS E DE TECNOLOGIA EM GESTÃO FINANCEIRA

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ISSN 2179-5037

Revista UNIABEU Belford Roxo V.7 Número 16 maio- agosto 2014

DIFERENÇAS DA AVERSÃO À PERDA ENTRE ALUNOS DE

ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS E GESTÃO FINANCEIRA

Eduardo Roberto Priore1 Anderson L. S. Campos2 Luiz Jurandir Simões de Araújo 3

RESUMO: O objetivo é analisar se os estudantes dos cursos de Administração de

Empresas e de Tecnologia em Gestão Financeira possuem o mesmo nível de aversão ao risco, dado que existem diferenças na grade de cada curso. A amostra foi composta por estudantes de uma faculdade particular da cidade de São Paulo e os dados foram coletados através de um questionário fechado no modelo original proposto pelos pesquisadores Kahneman e Tversky (1979). Os resultados apontam para a existência dos efeitos certeza, reflexo e isolamento na amostra compatívelcom o estudo original. Entretanto a comparação entre os grupos de alunos dos dois cursos sugere que os alunos de Gestão Financeira são mais avessos ao risco.

Palavras-chave: Finanças Comportamentais; Aversão ao Risco; Teoria do Prospecto.

Differences in Risk aversion among students of Business

Management and Technology in Financial Management

ABSTRACT: The objective is to analyze whether the students of Business Management and

Technology in Financial Management have the same level of risk aversion, since there are differences in grade of each course. The sample was composed of students from a private college in São Paulo, and the data were collected through closed questions like proposed by Kahneman and Tversky (1979). The results point to the existence of certain, reflection and isolation effects in the sample compatible with the original study. However, a comparison between groups of students of the two courses suggests that the Financial Management students are more risk averse.

Keywords: Behavioral Finance; risk Aversion; Prospect Theory.

INTRODUÇÃO

A moderna teoria de finanças parte da premissa que os investidores são racionais e capazes de compilar todas as informações disponíveis no mercado para tomarem suas decisões. Estas são algumas das premissas da hipótese de

1

Professor do Centro Universitário Estácio Radial de São Paulo, Mestre em Administração. 2

Professor do PPGA daUniversidade Metodista de São Paulo. Doutor em Administração. 3

Professor da Faculdade de Economia e Adminstração da Universidade de São Paulo. Doutor em Engenharia Elétrica.

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mercados eficientes, onde “o preço de um ativo financeiro reflete todas as informações disponíveis, sendo a melhor estimativa do seu valor fundamental” (ALDRIGHI; MILANEZ, 2005, p. 43).

Os estudos de finanças comportamentais (Behavioral Finance) questionam as premissas da hipótese dos mercados eficientes, em especial, a racionalidade do investidor. Esta contestação ocorre pela percepção que o tomador de decisão está rodeado de incertezas e complexidades, e não consegue analisar todas as informações e variáveis envolvidas no processo antes de tomar uma decisão.

A partir dessas descobertas, os estudos relacionados às finanças comportamentais começam a ganhar força, principalmente com o trabalho desenvolvido por Kahneman e Tversky (1979), que investigou o comportamento humano e sua maneira como toma as decisões em situações de estresse e risco.

Diante destas evidências, as finanças comportamentais surgem como uma nova linha de pesquisa, ao abordar como tema central o desvio da racionalidade perfeita do investidor ocasionado pela presença de vieses (tendências).

A aversão à perda pode ser caracterizada pelo fato de as pessoas serem mais sensíveis à dor da perda do que aos benefícios gerados por um ganho equivalente. Este é um dos principais conceitos que compõem o corpo das finanças comportamentais e foi identificado por Kahneman e Tversky (1979), os quais verificaram esse comportamento em 70% dos entrevistados.

Esse estudo pretende recriar o estudo original para comparar se estudantes brasileiros têm a mesma aversão à perda encontrada por Kahneman e Tversky (1979), e verificar se há diferenças entre dois grupos de estudantes com cargas horárias diferenciadas de disciplinas de finanças. Na análise realizada, os estudantes de Administração têm uma carga horária em média 30% maior que os estudantes de Gestão Financeira.

Os resultados na comparação de toda amostra com os resultados de Kahneman e Tversky (1979) sugerem não haver diferenças, porém, quando comparados entre si, nota-se que os estudantes de Gestão Financeira são mais avessos à perda que os de Administração.

Este artigo contém uma breve revisão da literatura, em seguida são apresentadas as características da amostra e os resultados encontrados que fundamentam as considerações finais.

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2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

A psicologia cognitiva considera a decisão como um processo interativo onde fatores não triviais têm influência, como percepções, convicções e modelos mentais do próprio decisor acabam por interferir na ação ou decisão escolhida. Além disso, motivos intrínsecos como emoções, estado mental, tendências e atitudes psicológicas em relacionar fenômenos podem influenciar nas decisões (MACEDO JUNIOR, 2003). Desta forma, a psicologia cognitiva levanta sérias dúvidas sobre os pressupostos da racionalidade do investidor, a qual está presente em várias teorias de finanças.

Os trabalhos sobre a racionalidade dos indivíduos referente à tomada de decisões foram realizados por vários estudiosos, dentre eles cabe destacar as pesquisas de dois psicólogos israelenses: Amos Tversky e Daniel Kahneman, sobre regras heurísticas em 1974 e estruturas mentais em 1979. O objetivo dos autores era verificar como o processo de tomada de decisão acontecia de fato (KAHNEMAN; TVERSKY, 1974, 1979; TVERSKY; KAHNEMAN, 1974, 1983, 1991, 1992). Estes trabalhos apontam que os investidores são influenciados por ilusões cognitivas, ou seja, tendem a cometer erro sistemático no processo de decisão, o que induz a decisões nem sempre racionais conforme a Teoria da Utilidade.

Assim como em uma ilusão de ótica, supõe-se que, mesmo quando o indivíduo sabe que está perante uma ilusão cognitiva, ainda assim é difícil evitá-la e consequentemente agir de maneira racional. Essas ilusões podem ser determinadas de duas maneiras: pela utilização de regras heurísticas ou pela adoção de estruturas mentais.

2.1 Heurísticas

Segundo Tversky e Kahneman (1974), as heurísticas são regras que visam simplificar o processo decisório. Estes autores destacam que as pessoas confiam em um número limitado de princípios heurísticos que reduzem as tarefas complexas de avaliar probabilidades e predizer valores para simples operações de julgamento. As heurísticas apresentam grande utilidade na tomada de decisão, no entanto, podem conduzir a erros severos, sistemáticos e perdas financeiras.

Os indivíduos podem ser influenciados por três formas de regras heurísticas, chamadas de heurística da ancoragem ou ajustamento, heurística da disponibilidade e heurística da representatividade.

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A heurística da ancoragem ou ajustamento é definida quando um fragmento inicial de informação atua como uma âncora, ou ponto de partida, para pensamentos subsequentes sobre o assunto. Ferreira (2008, p. 164) define ancoragem como um valor inicial resultado da forma como o problema é apresentado ou de uma computação preliminar, este valor é utilizado como ponto de partida em um porcesso de extrapolação para a determinação da resposta final.

A heurística da disponibilidade é a facilidade com que um indivíduo pode trazer à mente cenários alternativos que podem influenciar sua reação emocional aos fatos. Tonetto et al. (2006), explicam que o uso da heurística da disponibilidade nos leva cotidianamente ao erro no que tange à influência da memória de longo prazo. Isto ocorre pelo fato dos eventos mais frequentes serem mais facilmente lembrados do que os demais. Também ocorre dos eventos mais prováveis serem mais lembrados do que os improváveis. Ferreira (2008) acrescenta que a ocorrência simultânea de eventos reforça a associação entre os mesmos. Assim, pode-se dizer que a heurística da disponibilidade é um procedimento eficaz e rápido, utilizado com frequência no julgamento e tomada de decisões em condições de incerteza.

A heurística da representatividade ajuda-nos a decidir até que ponto uma coisa é semelhante a outra, e é utilizada para classificar pessoas ou situações com base na sua semelhança no processo de tomada de decisão (AGUIAR; SALES; SOUSA, 2008). Assim a utilização de estereótipos irrelevantes ou analogias duvidosas podem afetar o processo de tomada de decisão. Às vezes, através do erro de avaliação de probabilidades, outras, através do excesso de confiança (ALDRIGHI; MILANEZ, 2005).

Tonetto et al. (2006) destacam que o uso de heurísticas contribui para a redução do tempo de tomada de decisões, porém podem levar a erros e vieses de pensamento; erros decorrentes das limitações cognitivas e influenciados pela história de vida do indivíduo no seu processo de avaliação do presente. Mellers; Schwartz e Cooke (1998) perceberam a mesma limitação cognitiva e destacam que dentro da psicologia o conceito da racionalidade está sendo reexaminado. Assim, pesquisadores estão se afastando da teoria da escolha racional para explorar os processos de tomada de decisão.

A teoria do prospecto representa a base teórica para a análise do comportamento de investidores, desempenhando papel fundamental para o início do desenvolvimento das finanças comportamentais, “pois busca explicar os vieses

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cognitivos (heurísticos) no processo de tomada de decisão” (DA SILVA et al., 2009, p. 388).

2.2 Teoria do Prospecto

A Teoria do Prospecto constitui-se em uma abordagem alternativa à Teoria da Utilidade Esperada ao afirmar que, no campo dos ganhos, o investidor possui aversão ao risco, contudo mostra-se propenso ao risco no campo das perdas.

Essa situação ocorre principalmente quando o investidor tem um tempo disponível muito limitado, e quando isso ocorre, os tomadores de decisão fazem uso de atalhos mentais na tentativa de tornar a tarefa mais fácil.

O padrão de preferência se altera quando se sai de um ganho certo para um ganho duvidoso como relatado por diversos autores: Kahneman e Tversky (1979); Tversky e Kahneman (1991 e 1992); Kahneman e Lovallo (1993); e Kahneman, Kntesch e Thaler (1991).

Kahneman e Tversky (1979) não só confirmaram as suposições de Allais (1953) como colheram várias evidências indicativas que o julgamento e a tomada de decisão sob incerteza diferem de modo sistemático das predições da teoria econômica tradicional (MACEDO JUNIOR, 2003, p. 52). Assim confirmando a teoria do prospecto que diz que as pessoas dão peso inferior aos resultados prováveis em comparação aos que são obtidos com certeza.

Para confirmar suas constatações, Kahneman e Tversky (1979) realizaram sua pesquisa com estudantes que indicaram suas preferências diante de problemas envolvendo situações de ganho e perda. Estes experimentos confirmam que o investidor tende a avaliar de forma parcial perspectivas futuras envolvendo riscos e incertezas. Essa avaliação está relacionada aos efeitos certeza, reflexão e isolamento.

Para Serra et al. (2010, p. 6) “o efeito certeza está relacionado à superestimação, ou sobrevalorização, de resultados considerados certos”, em comparação com os resultados prováveis que envolvem alguma incerteza, independente de que a opção incerta proporcione um valor superior ao esperado.

Os resultados de Kahneman e Tversky (1979) mostram que quando o investidor tem 100% de chance de ganho, ele opta pelo ganho certo menor quando comparado com ganho provável maior, porém incerto, o que caracteriza um comportamento avesso ao risco. Na comparação entre dois ganhos incertos, ele opta pelo maior retorno e não pela probabilidade maior, mas com um ganho menor.

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Segundo Cappellozza e Sanchez (2011), o viés psicológico de valorização do efeito certeza se traduz em maior aversão ao risco, no domínio das expectativas positivas e no domínio dos ganhos. Assim, as pessoas tendem a dar um maior peso à probabilidade com a maior chance de acontecer.

Ao contrário do efeito certeza, temos o comportamento que pode ser caracterizado de preferência ao risco no domínio das expectativas negativas, chamado de domínio das perdas (KAHNEMAN; TVERSKY, 1979).

O efeito reflexão acontece normalmente quando o investidor se depara com decisões que envolvem perdas certas inferiores e perdas prováveis superiores, sendo que o investidor dará a preferência pela alternativa que envolve as perdas prováveis superiores (KAHNEMAN; TVERSKY, 1979; CAPPELLOZZA; SANCHEZ, 2011).

Os indivíduos tendem a evitar riscos, quando existem alternativas de ganho, ao passo que tendem a ser propensos ao risco, quando a decisão envolve alternativas com perdas, ainda que da mesma magnitude (ALDRIGHI; MILANEZ, 2005; KAHNEMAN; TVERSKY, 1979; CAPPELLOZZA; SANCHEZ, 2011).

De acordo com Macedo Junior (2003), a Teoria do Prospecto afirma que as pessoas geralmente desconsideram componentes que são compartilhados por todas as probabilidades em consideração. Esta tendência, chamada efeito isolamento, leva a preferências contraditórias quando a mesma escolha é apresentada em cenários diferentes.

Numa forma de simplificar o processo de tomada de decisão, os investidores são levados à preferência inconsistente quando a mesma escolha é apresentada de formas distintas (MACEDO JUNIOR, 2003; ROGERS et al., 2007; DA SILVA et al., 2009).

A teoria do prospecto deu passos importantes para uma descrição mais precisa do comportamento individual dos tomadores de decisão em situações de risco do que a teoria da utilidade esperada e forma a base para trabalhos empíricos, principalmente dentro do campo de finanças comportamentais (MACEDO JUNIOR, 2003).

Tversky e Kahneman (1992) afirmaram que a teoria do Prospecto não visa substituir a Teoria da Utilidade Esperada, que segundo eles, as duas são importantes para descrever a realidade e deveriam ser consideradas para entender, de um modo mais preciso, o comportamento dos agentes econômicos.

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Uma síntese dos artigos empíricos nacionais em relação à pesquisa realizada por Kahneman e Tversky (1979) é apresentada no Quadro 1.

Quadro 1 – Artigos Empíricos

Artigos Objetivos da Pesquisa População Técnicas de

Análise

Kahneman e Tversky (1979)

Apresentar uma crítica da teoria da utilidade esperada como um modelo descritivo de tomada de decisão sob risco, e desenvolver um modelo alternativo, chamado de teoria do prospecto. Estudantes e professores de universidade. Análise de frequência; Teste Qui-Quadrado. Kimura; Basso e Krauter (2006)

Replicar numa amostra brasileira os experimentos seminais de Kahneman e Tversky. Este estudo foca a atenção em uma das ideias centrais em pesquisas envolvendo teorias transformacionais: a racionalidade e a irracionalidade simultâneas dos agentes organizacionais. Alunos e professores universitários Análise de frequência; Teste Qui-Quadrado. Rogers et al. (2007)

Contextualizar e replicar a investigação empírica do artigo seminal de Kahneman e Tversky (1979) e simultaneamente comparar os resultados da pesquisa de Kahneman e Tversky (1979) e Cruz; Kimura, e Krauter (2003). Validar o estudo original, comparando com autores brasileiros e os dados obtidos.

Estudantes de Administração e Ciências Contábeis de uma universidade federal. Análise de frequência; Teste Qui-Quadrado. Rogers; Favato e Securato (2008)

Replicar a investigação empírica do artigo seminal de Kahneman e Tversky (1979). Investigar se indivíduos que possuem melhor instrução e educação financeira apresentam menos erros sistemáticos no processo de tomada de decisões em investimentos.

Estudantes de graduação do curso de Administração e Ciências Contábeis, do curso tecnológico de Recursos Humanos, Marketing e Agronegócio de uma universidade particular Análise de frequência; Teste Qui-Quadrado. Da Silva et al. (2009)

Replicar a investigação empírica desenvolvida por Kahneman e Tversky (1979), verificando em estudantes de graduação do curso de Ciências Contábeis a evolução racional no processo decisório ao longo dos diversos períodos e também a influência do gênero para questões

relacionadas a perdas e exposição ao risco. Até que ponto o gênero e o período no qual se encontra o discente competem para que os agentes emocionais não interfiram em seu processo decisório Estudantes de Ciências Contábeis de universidade pública e de duas faculdades particulares. Análise de frequência; Teste de Kruskal-Wallis; Teste de U Mann-Whitney. 3. METODOLOGIA

Esta pesquisa foi realizada através de questionário estruturado (disponível no apêndice) que está dividido em duas partes. A primeira parte é uma pesquisa de caráter socioeconômico enquanto que a segunda é composta pelas questões que serviram como base no trabalho de Kahneman e Tversky (1979). O questionário original está na língua inglesa, porém já foi traduzido e utilizado anteriormente por Cruz, Kimura e Krauter (2003); Rogers et al. (2007); Roger, Favaro e Securato (2008); Da Silva et al. (2009).

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A amostra é formada por estudantes do 8º semestre do curso de graduação em Administração de Empresas e por estudantes do 4º semestre do curso de graduação tecnológica em Gestão Financeira de uma Instituição de Ensino Superior (IES) particular localizada na cidade de São Paulo. A escolha desse público-alvo se deu por estarem no último semestre de seus cursos e por terem estudado uma diversidade de disciplinas que podem influenciar no resultado dessa pesquisa.

Os alunos de Administração de Empresas têm uma carga horária de 2.640 horas de estudos ao longo dos oito semestres, já os alunos de Gestão Financeira tem uma carga de 1.848 horas de estudos divididas em quatro semestres de estudos. Assim, os estudantes de Administração têm uma carga horária em média 30% maior que os estudantes de Gestão Financeira.

Após a análise do plano de ensino dos dois cursos, percebe-se que a grade dos alunos de Gestão Financeira tem uma grande concentração de disciplinas ligadas a finanças, o equivalente a 1.434 horas de estudos, o que caracteriza aproximadamente 77,6% da carga horária total. Enquanto que no curso de Administração, os alunos têm uma carga horária 1.175 horas de estudos, correspondendo a aproximadamente 44,5% da carga horária total, isto ocorre porque o perfil do administrador exige conhecimentos de diversas áreas.

Antes da apresentação do questionário em sala de aula, foi explicado o intuito da pesquisa, seu caráter voluntário, a garantia da anonimidade, e o fato de não existirem respostas certas ou erradas, mas apenas preferências de cada aluno.

Os questionários foram analisados de três formas distintas:

1. Comparação dos resultados encontrados de aversão à perda da atual pesquisa com a pesquisa de Kahneman e Tversky (1979);

2. Comparação dos resultados de aversão de forma individual, analisando os resultados dos estudantes de administração com a pesquisa original e os resultados dos estudantes de gestão financeira com a pesquisa original;

3. Comparação dos resultados de aversão à perda dos estudantes de administração com os resultados dos estudantes de gestão financeira.

Para avaliar a semelhança da proporção de respostas similares das respostas entre os grupos, foi efetuado o teste Qui-quadrado, que caracteriza-se por ser um teste não paramétrico adequado para comparar proporções.

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4. ANÁLISE DOS DADOS

Amostra pesquisada foi de 262 alunos, cursando o último semestre de seus respectivos cursos, de uma faculdade particular localizada na cidade de São Paulo. Da amostra total, 140 (53%) alunos são do curso de administração de empresas e 122 (47%) alunos do curso de tecnologia em gestão financeira. Aproximadamente 60% da amostra é composta por mulheres, esta proporção se mantêm dentro dos cursos e na amostra geral, como pode ser observado no Quadro 2.

Quadro 2 – Composição da Amostra

Composição da amostra em números absolutos e relativos

Administração G. Financeira Total

Absoluto Relativo Absoluto Relativo Absoluto Relativo

Feminino ( % coluna) 85 61% 73 60% 158 60% Feminino (% linha) 54% 46% 100% Masculino (% coluna) 55 39% 49 40% 104 40% Masculino (% linha) 53% 47% 100% Total (% coluna) 140 100% 122 100% 262 100% Total (% linha) 53% 47% 100%

O objetivo desse primeiro teste é efetuar a comparação entre os resultados encontrados por Kahneman e Tversky (1979) com as respostas do questionário aplicado. Através de um teste Qui-quadrado aplicado comparou se a proporção dos efeitos na amostra com a proporção do estudo original, não se rejeitou a hipótese de independência entre as duas amostras para nenhuma das questões aplicadas, conforme Quadro 3. Este resultado sugere que os efeitos certeza, reflexo e isolamento, encontrados na atual pesquisa, são comparáveis ao do estudo original.

Tanto a comparação individual do padrão de respostas dos alunos de Gestão Financeira como o dos alunos de Administração com estudo original de Kahneman e Tversky não apresentou diferenças estatísticas (resultados não reportados).

Um novo teste de Qui-quadrado foi feito para verificar se os estudantes de Administração e de Gestão Financeira têm a mesma aversão à perda. Oberva-se pelas questões 01 e 03 que o efeito certeza é mais exacerbado nos alunos do curso de Gestão Financeira, os quais têm uma preferência maior por um ganho certo do que um resultado esperado maior, porém incerto.

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Comparação entre o conjunto total de respondentes com o trabalho original de Kahneman e a comparação entre os respondentes dos cursos de Gestão Financeira e Administração. Os valores entre parênteses na coluna Chi representam o p-valor, sendo que *** representam resultados significantes ao nível de 1%.

Questão Comparação com estudo original Comparação entre os cursos de Adm. e G. Fin. Kahneman Geral Chi (p-valor) Adm. G.Fin. Adm. G.Fin. Chi (p-valor)

1 A 18% 24% 0,02476 42 21 30% 17% 7,04523 B 82% 76% (0,8750) 98 101 70% 83% (0,0079) *** 2 A 83% 74% 0,0521 100 95 71% 78% 2,65059 B 17% 26% (0,8195) 40 27 29% 22% (0,1035) 3 A 20% 27% 0,0282 46 24 33% 20% 6,99762 B 80% 73% (0,8666) 94 98 67% 80% (0,0082) *** 4 A 65% 59% 0,0150 82 73 59% 60% 1,27959 B 35% 41% (0,9026) 58 49 41% 40% (0,2580) 5 A 22% 19% 0,0063 24 25 17% 20% 1,71524 B 78% 81% (0,9365) 116 97 83% 80% (0,1903) 6 A 67% 58% 0,0397 80 71 57% 58% 1,26615 B 33% 42% (0,8421) 60 51 43% 42% (0,2605) 7 A 14% 23% 0,0658 38 22 27% 18% 4,28647 B 86% 77% (0,7976) 102 100 73% 82% (0,0384) ** 8 A 73% 64% 0,0435 89 78 64% 64% 1,24034 B 27% 36% (0,8348) 51 44 36% 36% (0,2654) 9 A 92% 77% 0,3173 92 109 66% 89% 21,51978 B 8% 23% (0,5732) 48 13 34% 11% (0,0000) *** 10 A 42% 50% 0,0263 82 49 59% 40% 10,03053 B 58% 50% (0,8712) 58 73 41% 60% (0,0015) *** 11 A 92% 77% 0,3017 96 106 69% 87% 13,56172 B 8% 23% (0,5828) 44 16 31% 13% (0,0002) *** 12 A 30% 67% 0,6581 70 106 50% 87% 41,27061 B 70% 33% (0,4172) 70 16 50% 13% (0,0000) *** 13 A 20% 29% 0,0551 40 37 29% 30% 1,33310 B 80% 71% (0,8144) 100 85 71% 70% (0,2483) 14 A 22% 31% 0,0504 50 32 36% 26% 3,95122 B 78% 69% (0,8224) 90 90 64% 74% (0,0468) ** 15 A 16% 26% 0,0682 40 27 29% 22% 2,65059 B 84% 74% (0,7940) 100 95 71% 78% (0,1035) 16 A 69% 61% 0,0266 82 79 59% 65% 2,28362 B 31% 39% (0,8703) 58 43 41% 35% (0,1307)

Ainda no âmbito do efeito certeza, nota-se que apesar do resultado esperado de ambas alternativas ser o mesmo na questão 7, uma proporção maior dos alunos de Gestão Financeira optou pela alternativa com maior probabilidade.

O efeito reflexo aparece em maior intensidade nos alunos de Gestão Financeira, conforme constatado pelas questões 3 e 9, onde identifica-se claramente

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a alteração de comportamento entre as situações de ganho e as situações de perda. O mesmo aplica-se aos pares de questões 4 e 10, 7 e 11, bem como no par 8 e 12.

O efeito isolamento pode ser verificado comparando-se as questões 3 e 14, que possuem as mesmas alternativas, porém na questão 14, há um evento anterior independente e, portanto, irrelevante no processo decisório. No conjunto destas duas questões os alunos de Gestão Financeira mostraram-se mais avessos ao risco. Segundo Milanez (2003), os padrões históricos ocorrem quando uma escala de valor é fixada ou demarcada por observações recentes. Assim, durante a sua vida acadêmica, esses alunos têm matérias com conteúdos sobre mercado financeiro, economia e finanças, mais as informações da mídia, o que pode influenciar no comportamento desses estudantes, fazendo-os reagir dessa forma.

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O presente estudo vem corroborar com a investigação de que os investidores não agem de forma estritamente racional. Através da replicação do trabalho de Kahneman e Tversky (1979) com os alunos de graduação do curso de Administração e Gestão Financeira, verificou-se a existência dos efeitos certeza, reflexo e isolamento, previstos na teoria do prospecto.

Na primeira análise, foi comparada a pesquisa atual com a pesquisa original, e percebeu-se que os estudantes reagem da mesma forma relatada no estudo original, validando assim os efeitos certeza, reflexo e isolamento.

Na segunda análise, foi comparada a pesquisa original com os dados da pesquisa atual dividida em dois grupos, sendo um o grupo de estudantes de Administração e outro grupo os estudantes de Gestão Financeira. Os efeitos certeza, reflexo e isolamento para cada grupo também se mostram dentro do padrão de aceitação da pesquisa de Kahneman e Tversky (1979).

O presente trabalho procurou ir além da recriação do questionário que embasou o trabalho original de Kahneman e Tversky (1979), uma possível diferença de comportamento, dada a formação do aluno. Percebeu-se que os estudantes de Gestão Financeira são mais aversos ao risco.

A formação dos respondentes pode ser um fator de diferenciação entre os dois grupos, já que os alunos de Administração têm uma carga horária em Finanças menor, comparando-a com a carga horária dos alunos de Gestão Financeira.

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As diferenças observadas podem ser resultado de um viés da amostra, ou seja, seria possível supor que indivíduos com maior aversão a risco escolham a carreira de tecnólogo em Gestão Financeira ao invés do curso de graduação em Administração. Esta inquietação sugere para futuros estudos a aplicação de estudos longitudinais que possam avaliar melhor o papel da aquisição de conhecimento no processo de decisão dos indivíduos. Outra possibilidade, seria avaliar quais aspectos sociais, econômicos e até educacionais deslocam e transformam o processo decisório dos estudantes.

REFERÊNCIAS

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de Administração de Empresas, São Paulo, v. 48, n. 3, pp. 8-22, 2008.

ALDRIGHI, D. M; MILANEZ, D. Y. Finança comportamental e a hipótese de mercados eficientes. Revista de Economia Contemporânea, Rio de Janeiro, v. 9, n. 1, pp. 41-72, jan./abr. 2005.

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Recebido em 13/05/2014. Aceito em 15/06/2014.

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Revista UNIABEU Belford Roxo V.7 Número 16 maio- agosto 2014 APÊNDICE A – INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS

ASSINALE A RESPOSTA QUE VOCÊ PREFERE, NÃO HÁ NENHUMA RESPOSTA “CORRETA” OU “ERRADA” PARA OS PROBLEMAS PROPOSTOS.

1. Qual das duas alternativas você prefere? • Alternativa A 33% de chances de ganhar $2500 66% de chances de ganhar $2400 1% de chances de ganhar $0 • Alternativa B 100% de chances de ganhar $2400

2. Qual das duas alternativas você prefere? • Alternativa A 33% de chances de ganhar $2500 67% de chances de ganhar $0 • Alternativa B 34% de chances de ganhar $2400 66% de chances de ganhar $0 3. Qual das duas alternativas você prefere?

• Alternativa A

80% de chances de ganhar $4000 20% de chances de ganhar $0

• Alternativa B

100% de chances de ganhar $3000

4. Qual das duas alternativas você prefere? • Alternativa A 20% de chances de ganhar $4000 80% de chances de ganhar $0 • Alternativa B 25% de chances de ganhar $3000 75% de chances de ganhar $0 5. Qual das duas alternativas você prefere?

• Alternativa A

50% de chances de ganhar uma viagem de três semanas para a Inglaterra, França e Itália.

50% de chances de não ganhar nada

• Alternativa B

100% de chances de ganhar uma viagem de uma semana para a Inglaterra

6. Qual das duas alternativas você prefere? • Alternativa A

5% de chances de ganhar uma viagem de três semanas para a Inglaterra, França e Itália

95% de chances de não ganhar nada

• Alternativa B

10% de chances de ganhar uma viagem de uma semana para a Inglaterra

90% de chances de não ganhar nada 7. Qual das duas alternativas você prefere?

• Alternativa A 45% de chances de ganhar $6000 55% de chances de ganhar $0 • Alternativa B 90% de chances de ganhar $3000 10% de chances de ganhar $0 8. Qual das duas alternativas você prefere?

• Alternativa A 0,1% de chances de ganhar $6000 99,9% de chances de ganhar $0 • Alternativa B 0,2% de chances de ganhar $3000 99,8% de chances de ganhar $0 9. Qual das duas alternativas você prefere?

• Alternativa A

80% de chances de perder $4000 20% de chances de perder $0

• Alternativa B

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Revista UNIABEU Belford Roxo V.7 Número 16 maio- agosto 2014

10. Qual das duas alternativas você prefere? • Alternativa A 20% de chances de perder $4000 80% de chances de perder $0 • Alternativa B 25% de chances de perder $3000 75% de chances de perder $0 11. Qual das duas alternativas você prefere?

Alternativa A 45% de chances de perder $6000 55% de chances de perder $0 • Alternativa B 90% de chances de perder $3000 10% de chances de perder $0. 12. Qual das duas alternativas você prefere?

• Alternativa A 0,1% de chances de perder $6000 99,9% de chances de perder $0 • Alternativa B 0,2% de chances de perder $3000 99,8% de chances de perder $0

13. Suponha que você esteja considerando a possibilidade de segurar um imóvel contra algum dano, como por exemplo, incêndio ou roubo. Depois de examinar os riscos e o prêmio do seguro, você não encontra uma clara preferência entre a opção de adquirir o seguro e a opção de deixar o imóvel sem seguro. Porém, chama-lhe a atenção que a seguradora está oferecendo um novo produto chamado Seguro Probabilístico. Neste produto, você paga inicialmente metade do prêmio de um seguro tradicional. No caso de dano, existe uma probabilidade de 50% de que você pague a outra metade do prêmio e que a seguradora cubra todas as perdas.

Existe também uma probabilidade de 50% de que, no caso de dano, você receba o valor já pago pelo prêmio e não seja ressarcido pelas perdas. Por exemplo, se o acidente ocorre em um dia ímpar, você paga a outra metade do prêmio e tem as perdas ressarcidas. Se o acidente ocorre em dia par, então a seguradora lhe devolve o prêmio pago e as perdas não são cobertas. Lembre-se de que o prêmio do seguro tradicional é tal que você avalia que o seguro praticamente equivale ao seu custo. Sob estas circunstâncias, você prefere comprar o Seguro Probabilístico?

• SIM • NÃO

14. Considere um jogo de dois estágios. No primeiro estágio, existe uma probabilidade de 75% de que o jogo termine sem que você ganhe nada e uma probabilidade de 25% de que se mova ao segundo estágio. Se você atingir o segundo estágio, você pode escolher entre as alternativas a seguir. Observe que a escolha deve ser feita antes do início do jogo.

• Alternativa A

80% de chances de ganhar $4000 20% de chances de ganhar $0

• Alternativa B

100% de chances de ganhar $3000

15. Além dos recursos que você possui, você recebeu mais $1000. Agora, você deve escolher entre as alternativas a seguir. • Alternativa A 50% de chances de ganhar $1000 50% de chances de ganhar $0 • Alternativa B 100% de chances de ganhar $500

16. Além dos recursos que você possui você recebeu mais $1000. Agora, você deve escolher entre as alternativas a seguir. • Alternativa A 50% de chances de perder $1000 50% de chances de perder $0 • Alternativa B 100% de chances de perder $500

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