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Viabilidade econômica para implantação de um aviário para produção de ovos de galinha

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Academic year: 2021

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UNIJUÍ– Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul DACEC – Departamento de Ciências Administrativas, Contábeis, Econômicas e da Comunicação

Curso de Administração – Bacharelado – Modalidade Presencial Trabalho de Conclusão de Curso

RAFAEL HELENCO CLEIDE MARISA RIGON

VIABILIDADE ECONÔMICA PARA IMPLANTAÇÃO DE UM

AVIÁRIO PARA PRODUÇÃO DE OVOS DE GALINHA

Trabalho de Conclusão de Curso

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RAFAEL HELENCO CLEIDE MARISA RIGON

VIABILIDADE ECONÔMICA PARA IMPLANTAÇÃO DE UM

AVIÁRIO PARA PRODUÇÃO DE OVOS DE GALINHA

Trabalho de Conclusão de Curso

Trabalho de Conclusão do Curso de Administração da Universidade Regional do Noroeste do Rio Grande do Rio Grande do Sul – UNIJUI, como requisito parcial à Conclusão de Curso e consequente obtenção de título De Bacharel em Administração.

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VIABILIDADE ECONÔMICA PARA IMPLANTAÇÃO DE UM AVIÁRIO PARA PRODUÇÃO DE OVOS DE GALINHA¹

Rafael Helenco²; Cleide Marisa Rigon³

¹Trabalho de Conclusão de Curso de Bacharelado em Administração da Unijuí. ²Aluno do curso de Bacharelado em Administração da Unijuí,

rafael_helenco@sicredi.com.br

³Professora orientadora, curso de Administração da Unijuí, cleide@unijui.edu.br

RESUMO

Este trabalho tem como objetivo geral verificar as condições físicas, estruturais e econômicas de uma pequena propriedade rural para implantação de um aviário para produção de ovos de galinha, para manter o pequeno agricultor no campo, com qualidade de vida. O presente projeto se justifica porque há interesse da família proprietária da mesma implementar o projeto se este se mostrar viável do ponto de vista estrutural e financeiro. Para tanto, foi feito pesquisa de campo, de mercado e bibliográfica. A pesquisa se classifica, quanto aos fins, em descritiva e exploratória. Quanto aos meios, trata-se de uma pesquisa de campo, bibliográfica e estudo de caso. Para a realização do trabalho foram estudadas as teorias para se entender o que é o agronegócio, PRONAF, planejamento, investimento, financiamento, custos, viabilidade econômica, aspectos financeiros, mercadológicos e operacionais do projeto. Foi analisada a área de terra onde se pretende instalar o aviário para produção de ovos de galinha e o possível aproveitamento da infraestrutura já existente. O recurso para o investimento foi projetado com financiamento total do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF), recurso esse que subsidiará as despesas da manutenção do aviário (alimentação, vacinação, manejo) até o início da receita. As receitas foram projetadas para 6 períodos anuais, a partir da venda dos ovos nos mercados Benedetti, Super Tem-Tem, Mercado REX e padaria São Francisco de Três de Maio – RS, na venda do descarte e do esterco para produtores agrícolas locais. O investimento inicial e os custos foram projetados com base na pesquisa feita no mercado fornecedor de Três de Maio – RS e pela internet. Com estes dados pode-se analisar a viabilidade econômica através dos cálculos dos métodos financeiros Payback, o Valor Presente Líquido e Taxa Interna de Retorno. Após a avaliação dos resultados entendeu-se que a execução do projeto se torna viável e atrativo do ponto de visto econômico e financeiro.

Introdução

A intenção deste trabalho é realizar um estudo para analisar a viabilidade econômica para implantação de um aviário para produção de ovos de galinha numa pequena propriedade rural, para a permanência do homem do campo no campo com qualidade de vida. Essa propriedade, no decorrer histórico do agronegócio no Brasil foi descapitalizando e chegou a uma área de 1,5 ha de terra. O presente projeto foi pensado com a intenção da sua aplicabilidade para sanar uma problemática presente nos dias de hoje, no interior, especialmente nessa propriedade. As pequenas propriedades estão em estado de falência devido a desleal concorrência

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com a agricultura latifundiária. Esse processo é histórico e exige que os minifundiários repensem sua forma de trabalhar na terra. A cultura do plantio soja e trigo, nas últimas décadas, não é mais viável em pequenas áreas de terra. O agricultor que não buscar novas alternativas para se manter no campo, em pequenas propriedades, não conseguirá resultados economicamente satisfatórios para permanecer no agronegócio, acontecendo assim, o êxodo rural. Também, para atender uma necessidade do acadêmico de administração elaborar um projeto para a aplicação do conhecimento adquirido no curso e promover ações que melhorem a qualidade de vida da nossa região. Com esse intento, foram estabelecidos objetivos específicos que nortearam a pesquisa para a avaliação da concretização do objetivo geral deste projeto.

Metodologia

Para a realização deste projeto foi feito pesquisa, tomando-se como teoria Vergara (2000, p. 47) que, quanto aos fins, classifica-a em descritiva e exploratória. Foi feita uma pesquisa exploratória porque procurou-se obter mais informações e conhecimentos sobre a criação de galinhas poedeiras no setor do agronegócio, especialmente em nossa região, para a avaliação da viabilidade da implantação de um aviário no Distrito de Quaraim – Três de Maio – RS e, pesquisou-se os aspectos mercadológicos para o sucesso do negócio. Também, foi realizada uma pesquisa descritiva porque descreve a necessidade da adequação do pequeno agricultor em atividades alternativas no setor do agronegócio e, visitou-se propriedades afins do intento deste projeto para aproveitá-las como modelo.

Quanto aos meios, segundo Vergara (2000, p. 49) a pesquisa, pode ser classificada em pesquisa de campo, pois foi feita uma avaliação da necessidade do fornecimento de ovos para abastecer o mercado consumidor de Três de Maio – RS e, a investigação da viabilidade da implantação de um aviário para criação de galinhas poedeiras numa pequena propriedade no Distrito de Quaraim – Três de Maio – RS. Como estudo de caso porque foi analisada a necessidade de um pequeno núcleo familiar implementar um negócio que viabilizasse a permanência do mesmo no campo com sustentabilidade e qualidade de vida. E, a pesquisa também é bibliográfica porque foi pesquisada na literatura informações para a implantação do projeto. O universo da pesquisa é a propriedade rural de uma área de 1,5 ha de terra, localizada no Distrito de Quaraim – Três de Maio – RS e, os sujeitos do empreendimento são o Sr. Sérgio Helenco e o Sr. Rafael Helenco. A coleta de dados deste estudo aconteceu em levantamento de informações sobre a necessidade de abastecimento de ovos nos mercados e padarias de Três de Maio – RS, visitação em aviários de galinhas poedeiras da região, pesquisa de preços para o investimento e projeção de receitas e despesas, tomando-se como referência o preço atual dos produtos no mercado. Dessa forma foi possível definir-se os valores para cálculo dos indicadores de Ponto de Equilíbrio, Retorno do Investimento, Taxa Interna de Retorno, Valor Presente Líquido e o Payback. Essa avaliação foi feita com sustentação teórica e, assim foi possível definir a viabilidade econômica do empreendimento.

Resultados e Discussões

O Brasil se posiciona como um mercado que atingiu um grau de excelência na produção de ovos. De janeiro a setembro de 2014, o Brasil produziu 27 bilhões de ovos, crescimento de 6% na comparação com igual período de 2013. O mercado interno é o grande consumidor, com 99,62% no período.

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No ano de 2014, a produção nacional de ovos de galinha foi de 2,826 bilhões de dúzias, o maior número já registrado na série histórica da pesquisa, iniciada em 1997. Houve aumento de 3,1% em relação a 2013. Apesar das reduções significativas na produção de Goiás (-4,8%), Santa Catarina (-3,7%) e do Amazonas (-3,9%), houve crescimento substancial em São Paulo, no Espírito Santo e Rio Grande do Sul.

O uso do ovo na alimentação do brasileiro acontece devido aos esclarecimentos sobre os benefícios do mesmo para a saúde humana e a descapitalização crescente do brasileiro que, com a perda do poder aquisitivo do salário mínimo, troca a compra da carne (que está com o preço muito elevado) pela compra de ovos.

Neste cenário, projetou-se a construção de um aviário para atender a necessidade de um núcleo familiar e porque há demanda no mercado. O proprietário, Sr. Sérgio Helenco tinha interesse em começar um novo empreendimento para permanecer no campo mas, não tinha clareza e nem conhecimento de como fazer. Assim, para cumprir uma determinação para a conclusão do curso de Administração, elaborou-se um projeto que veio atender as expectativas do referido sujeito.

Através da pesquisa de campo, análise bibliográfica, estudo da área rural e da infraestrutura existente, pesquisa de preço no mercado, fez-se a projeção financeira da viabilidade da implementação do aviário para criação de galinhas poedeiras com recursos financiados pelo PRONAF, no valor de R$ 190.458,00, com taxa de juros de 2% a.a., podendo ser pago em até 10 anos, para suprir os custos de investimento inicial. Tomando-se como base os preços atuais do mercado, projetou-se receitas e despesas no período de 6 anos para identificar o tempo para recuperar o valor investido (Payback), segundo Braga (1989). O período para recuperar o investimento inicial neste empreendimento foi de 3,89 anos. A Taxa Interna de Retorno apresentou um resultado de 15,12% a.a. Pode-se dizer que o resultado é muito bom, pois a taxa exigida pelo financiamento foi de 2%a.a. (Taxa Mínima de Atratividade - TMA). O valor obtido com o cálculo do Valor Presente Líquido (VPL) foi de R$ 102.568,69, ou seja, um resultado positivo, o que representa um ótimo resultado, pois todo o valor de VPL igual à zero ou positivo torna o investimento viável, conforme explica Dolabela (1999). O ponto de equilíbrio do empreendimento é que haja uma produção efetiva de 62,98% da capacidade do aviário. As vendas serão procedidas a cada 02 dias nos mercados Benedetti, Super Tem-Tem, Mercado REX e padaria São Francisco com nota de produtor rural em nome do Sr. Sérgio Helenco. O transporte dos ovos será feito por uma camionete adequada para o mesmo, que custará o valor de R$ 18.000,00.

Após avaliação dos resultados, sugere-se que o empreendimento seja efetivado pois este apresenta resultados positivos e muito atrativos.

Conclusão

Após a avaliação dos resultados deste projeto, foi constatado que é viável a implantação de um aviário para criação de galinhas poedeiras na área de 1,5 ha, de propriedade do Sr. Sérgio Helenco, no Distrito de Quaraim – Três de Maio – RS. Para que este empreendimento obtenha êxito, é importante que sejam aplicadas as teorias que orientam o manejo correto das aves. O consumo de ovos está crescendo no Brasil, especialmente no RS. Os mesmos são consumidos in natura ou, na produção de outros alimentos. Sendo assim o mercado oferece demanda. Como o investimento inicial terá retorno em menos de 4 anos, há real possibilidade de se expandir o negócio, visto que tem espaço físico na referida propriedade e retorno financeiro atrativo. Assim, através da elaboração desse projeto criou-se uma

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possibilidade de empreendimento embasado teoricamente e viável economicamente para aplicação em pequenas propriedades rurais para a permanência do homem do campo no campo e, a satisfação do acadêmico, em colaborar para melhoria da qualidade de vida da região.

Palavras-chave: Viabilidade Econômica, Pequeno Agricultor, Agronegócio, Qualidade de Vida, PRONAF.

Referências Bibliográficas

BRAGA, Roberto. Fundamentos e Técnicas de Administração Financeira. 1. ed. São Paulo: Atlas, 1989.

DOLABELA, Fernando. O segredo de Luiza. 10 ed. São Paulo 1999.

VERGARA. Sylvia Constant. Projetos e Relatórios de Pesquisa em Administração. 3.ed. São Paulo: Atlas, 2000.

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SUMÁRIO LISTA DE FIGURAS ... 8 LISTA DE PLANILHAS ... 9 INTRODUÇÃO ... 10 1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTUDO ... 11 1.1 Delimitação do Tema ... 11 1.2 Questão de Estudo... 12 1.3 Objetivos ... 13 1.3.1 Objetivo Geral ... 13 1.3.2 Objetivos Específicos ... 13 1.4 Justificativa ... 13 2 REFERENCIAL TEÓRICO ... 15 2.1 Conceito de Agronegócio ... 15 2.1.1 Empresário Rural ... 15 2.1.2 Pronaf ... 16 2.2 Investimentos ... 16 2.3 Financiamentos ... 17 2.4 Custos ... 17

2.4.1 Classificação dos custos ... 18

2.4.1.1 Custos Fixos ... 18

2.4.1.2 Custos Variáveis ... 18

2.4.2 Serviços ... 19

2.4.3 Receitas ... 19

2.4.4 Demonstrativo do Resultado do Exercício ... 19

2.5 Análises Econômicas - Financeiras ... 20

2.5.1 Lucratividade ... 20 2.5.2 Rentabilidade ... 20 2.5.3 Ponto de Equilíbrio ... 21 2.6 Viabilidade Econômica ... 21 2.7 Aspectos Mecadológicos ... 21 2.7.1 Consumidor ... 21 2.7.2 Concorrentes ... 21 2.7.3 Fornecedor ... 21 2.8 Aspectos Operacionais ... 21 2.8.1 Localização ... 21 2.8.2 Instalações ... 21 2.8.3 Processo e Tecnologia ... 21 2.9 Aspectos Finaceiros ... 21

2.9.1 Taxa Mínima de Atratividade (TMA) ... 21

2.9.2 Fluxo de Caixa ... 21

2.9.3 Payback ... 21

2.9.4 Valor Presente Líquido (VPL) ... 21

2.9.5 Taxa Interna de Retorno (TIR) ... 21

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3.1 Tipo de Estudo ... 30

3.2 Plano de Coleta dos Dados ... 32

3.3 Plano de Análise e Interpretação dos Dados ... 36

4 ANÁLISE DOS RESULTADOS ... 37

4.1 Caracterização da Propriedade ... 37 4.2 Descrição do Negócio ... 38 4.3 Aspectos Mercadológicos ... 38 4.3.1 Cliente/Consumidor ... 40 4.3.2 Concorrentes ... 41 4.3.3 Fornecedores ... 41

4.4 Aspectos operacionais e técnicos ... 42

4.4.1 Tamanho e localização ... 42 4.4.2 Processo e Tecnologia ... 45 4.4.3 Organização e gerenciamento ... 59 4.5 Aspectos Financeiros ... 59 4.6 Aceitabilidade ... 68 4.7 Vulnerabilidade ... 69 CONCLUSÃO ... 71 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ... 72

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Imagem de satélite do Distrito de Quaraim ...37

Figura 2 – Imagem de satélite da Propriedade ...37

Figura 3 – Galpão já existente na Propriedade ...44

Figura 4 – Galpão de Postura...45

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LISTA DE PLANILHAS

Planilha 1 – Investimento Inicial ...61

Planilha 2 – Demonstrativo do Resultado do Exercício mensal...62

Planilha 3 – Planilha de Fluxo de Caixa...63

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INTRODUÇÃO

Ultimamente, a agricultura familiar tem despertado a atenção dos mais diversos segmentos sociais, que passaram a vê-la como um modelo alternativo para o desenvolvimento rural, com a finalidade de diminuir a pobreza, promover a qualidade de vida e utilizar de forma racional os recursos naturais. De acordo com o Censo Agropecuário (1996 apud GUANZIROLI e CARDIM, 2000), “os estabelecimentos familiares representam 85,2% dos estabelecimentos rurais do país”.

Entretanto, nota-se que a maioria desses estabelecimentos familiares obtém renda muito baixa, decorrente de infraestrutura deficiente, falta de assistência técnica, altos custos operacionais, a urbanização dos jovens do campo, etc. De acordo com Santos (2001), uma vez identificado as principais causas da redução de lucros nas pequenas propriedades, é necessária a implantação de medidas, tais como: aumentar as vendas, otimizar ou ampliar a carteira de produtos e serviços, criar novos usos para o produto ou serviço, criar novos canais de venda, praticar preços mais competitivos, melhorar a qualidade dos produtos, promover a satisfação dos empregados, promover redução de custos, entre outros.

O apoio à agricultura familiar, no país, está centrado no Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF), que tem como objetivo fortalecer a agricultura familiar, contribuindo, dessa forma, para geração de emprego e renda, melhorando a qualidade de vida dos produtores familiares (BATALHA, 2001). Cerqueira e Rocha (2002) ressaltam que “o apoio financeiro do PRONAF direciona-se às atividades agropecuárias”.

Nesse contexto, elaborou-se o presente projeto para viabilizar a produção aviária de ovos de galinha numa pequena propriedade rural para torná-la autossustentável e oferecer condições de permanência do homem do campo no campo, com qualidade de vida, utilizando recursos do PRONAF.

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1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTUDO

1.1 Delimitação do Tema

Nas últimas décadas, a trajetória da agricultura brasileira foi marcada pelo intenso processo de modernização entre 1965 e 1980, pela crise econômica dos anos 1980 que redundou no esgotamento do padrão de financiamento agrícola oficial, e, pela instituição do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF), no ano de 1996.

O advento do uso da tecnologia no campo tem requerido a atualização de informações e a adoção de mecanismos de aprendizagem e de formação profissional e empresarial dos produtores rurais, o que tem penalizado muitos pequenos produtores rurais, os quais têm sido sistematicamente desalojados do ambiente em que estão inseridos, dada a necessidade de se produzir em grande quantidade, com elevado padrão de qualidade e a preços competitivos.

Foge do alcance responsabilizar o pequeno agricultor pela exclusão dos mesmos do campo. È um processo histórico, fruto da modernização do agronegócio. Porém, é possível que as consequências de tal processo histórico sejam superadas, tendo em vista iniciativas governamentais de dinamização de projetos direcionados às pequenas propriedades para transformá-las em pequenas empresas autossustentáveis, que gerem produtos diferenciados das grandes empresas agropecuárias.

O objetivo de toda empresa rural é produtividade e lucratividade no menor período possível. Para que isso aconteça, é necessário que se faça um planejamento estratégico das atividades a serem desenvolvidas. Sendo assim, é preciso que se entenda todas as variáveis diretamente ligadas ao processo produtivo e a interdependência entre elas.

Realizar um empreendimento sem um planejamento prévio e constantemente atualizado é correr sério risco de fracasso, uma vez que os caminhos para se atingir

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os objetivos finais nem sempre são os mais eficazes, fazendo com que constantemente se tenha que mudar de estratégia e rever os métodos de execução.

Planejar significa projetar um trabalho para que se atinja determinados objetivos ou metas e a coordenação de meios ou recursos para atingi-los. Nesse contexto, pode-se definir como planejamento, o ato de conhecer as características ambientais e estruturais da propriedade para o sucesso do projeto.

A partir desta realidade faz-se necessário a inovação do agronegócio na pequena propriedade rural para que esta ofereça condições de permanência do pequeno agricultor no meio rural. Partindo desse pressuposto elaborou-se o presente projeto para verificar a viabilidade de um aviário para produção de ovos de galinha, com objetivo de tornar uma pequena propriedade rural autossustentável e oferecer condições para manter o pequeno agricultor no campo com qualidade de vida.

1.2 Questão de Estudo

Para este projeto tem-se o seguinte tema: “Viabilidade econômica para implantação de um aviário para produção de ovos de galinha numa pequena propriedade rural, no setor do agronegócio”.

A questão de estudo será verificar a viabilidade econômica e ambiental da implantação de um aviário para produção de ovos numa propriedade rural de pequeno porte, utilizando financiamento Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF), para manter o pequeno agricultor no campo, com qualidade de vida.

Palavras-Chave: Viabilidade Econômica, Pequeno Agricultor, Agronegócio, Qualidade de Vida, PRONAF.

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1.3 Objetivos

1.3.1 Objetivo Geral

Analisar as condições físicas, estruturais e econômicas de uma pequena propriedade rural para implantação de um aviário para produção de ovos de galinha, para manter o pequeno agricultor no campo, com qualidade de vida.

1.3.2 Objetivos Específicos

• Verificar a viabilidade da implantação de um aviário para produção de ovos de galinha usando o recurso do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF);

• Analisar o espaço físico e ambiental para a implantação do projeto;

• Pesquisar a necessidade comercial para a implantação do aviário;

• Projetar o custo-benefício para a viabilidade do projeto;

1.4 Justificativa

Existe a intenção da implantação de um aviário para produção de ovos de galinha numa pequena propriedade rural no setor do agronegócio. Pretende-se, com este projeto, analisar a viabilidade física, estrutural e econômica para a execução do intento e compreender a importância do Planejamento Estratégico dentro de uma propriedade rural para o sucesso do negócio e a manutenção do pequeno agricultor no campo.

De acordo com (GUANZIROLI, 2001), “a agricultura familiar consiste em unidades de produção, cuja base produtiva baseia-se na mão-de-obra familiar; com a mão-de-obra assalariada, ocorrendo de forma ocasional ou em quantidade inferior a familiar”.

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Desenvolve, em geral, sistemas complexos de produção, combinando diversas culturas, criações animais e transformações primárias, determinados por fatores como preço e lucro, porém, distinta da lógica de mercado, visto que “a agricultura familiar tem como objetivo principal atender as necessidades da família”, (PASSINI, 1999).

A avicultura apresenta-se como uma atividade que pode ser desenvolvida numa pequena propriedade rural, até mesmo em locais onde não há condições de plantio mecanizado. Caracteriza-se também pela pouca influência das condições climáticas no seu desenvolvimento.

O planejamento estratégico é requisito para o sucesso do negócio e deve ser feito para o curto, médio e longo prazo. Devem ser definidas metas e estratégias para alcançá-las. Sem planejamento não se sabe se realmente chegou-se onde era preciso.

O planejamento estratégico é obtido com esforço concentrado da direção da empresa, tendo como fundamento a sua missão e sua definição de negócio considerando-se o levantamento, análise e proposição de soluções mediante um plano de ação que objetive garantir a qualidade desejada pelos clientes da organização segundo Colenghi (2007).

Assim, pesquisou-se e elaborou-se este projeto através de um planejamento estratégico para a obtenção de resultados positivos com a implantação de um aviário para produção de ovos de galinha numa pequena propriedade rural para manutenção do homem do campo no campo.

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2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 Conceito de Agronegócio

Agronegócio (também chamado agrobusiness ou agribusiness) é o conjunto de negócios relacionados à agricultura dentro do ponto de vista econômico.

Segundo Contini (2001), “o conceito de agronegócio implica na idéia de cadeia produtiva, com seus elos entre laçados e sua interdependência”. A agricultura moderna extrapolou os limites físicos da propriedade. Dependendo, cada vez mais, de insumos adquiridos fora da fazenda, e sua decisão do que produzir, quanto e como está fortemente relacionada ao mercado consumidor. Há diferentes agentes no processo produtivo, inclusive o agricultor, em uma permanente negociação de quantidades e preços.

GUILHOTO, FURTUOSO e BARROS (2000) utilizaram o conceito de agronegócio estabelecido por DAVIS e GOLDBERG (1957), como sendo a “soma total das operações de produção e distribuição de suprimentos agrícolas, das operações de produção na fazenda, do armazenamento, processamento e distribuição dos produtos agrícolas e itens produzidos a partir deles”.

2.1.1 Empresário Rural

Na definição de Rogério Monteiro, “empresário rural é aquele que investe seu capital na exploração econômica da atividade agrícola e pecuária”.

Para Maria Helena Diniz, empresário rural é aquele que “exerce atividade agrária seja agrícola, pecuária, agroindustrial ou extrativa, procurando conjugar, de forma racional, organizada e econômica, segundo os padrões estabelecidos pelo governo e fixados legalmente, os fatores terra, trabalho e capital”.

No dizer de Marcelo Bertoldi, “o empresário rural é aquele que se utiliza da terra, retirando dela bens destinados ao consumo”.

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2.1.2 Pronaf

Conforme explicação existente na Cartilha de acesso ao Pronaf publicada pelo SEBRAE, o programa destina-se a fortalecer as atividades desse segmento e de suas cooperativas, financiando projetos individuais ou coletivos para aumentar a renda do produtor rural e agregar valor ao produto e à propriedade.

Ainda segunda a Cartilha, para ter acesso ao PRONAF, é necessário:

- Trabalhar na terra em condição de proprietário, posseiro, arrendatário, parceiro ou concessionário (assentado) do Programa Nacional de Reforma Agrária (PNRA);

- Residir na propriedade rural ou em local próximo;

- Dispor de área inferior a quatro módulos fiscais;

- Ter renda bruta familiar, nos últimos 12 meses, inferior a R$ 360 mil.

- Ter no máximo dois empregados.

2.2 Investimentos

Segundo Holanda (1987) para determinar o valor total dos investimentos de um projeto, “é necessária avaliar as especificações e determinações dos componentes do investimento em termos físicos e os preços ou custos de mercado desses produtos”.

O estudo dos investimentos necessários tem por objetivo estimar o total de recursos de capital necessário para a realização do projeto, sendo ele de suma importância para determinar os elementos necessários de estimativa dos investimentos, para através destes estruturar os meios pelos quais serão adquiridos esses recursos para viabilidade do projeto, avaliando custos de capital, rentabilidade e prioridade segundo Casarotto Filho e Kopittke (1994, p. 198).

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Segundo Buarque (1984, p.28) o objetivo da etapa de investimentos é “determinar as necessidades de recursos financeiros para executar o projeto, pô-lo em marcha e garantir o seu funcionamento inicial”.

“Investimento é qualquer aplicação de recursos de capital com vistas a obtenção de um fluxo de benefícios, ao longo de um determinado período futuro (HOLANDA, 1987, p.259)”.

2.3 Financiamentos

Segundo Woiler e Mathias (1996, p. 36), o volume de capital emprestado, em geral, “é um aspecto de grande relevância para determinar o total de investimento a ser feito em certo projeto”. O mesmo pode ser dito com relação ao cronograma de desembolsos dos recursos, ou seja, o próprio prazo de implantação de determinado projeto.

O ponto de partida para a análise dos recursos a serem aplicados no projeto é a determinação do volume total de investimento a ser feito e o correspondente cronograma de desembolso durante a implantação. Com esses dados, será possível a busca e seleção das fontes de recursos capazes de satisfazerem as necessidades do projeto. Como existe certa rigidez na oferta de fundos no Brasil, o processo de seleção da estrutura ótima de financiamento acaba restrito a poucas opções. Mesmo assim, “existe a necessidade de fazer um compromisso entre o que a empresa espera conseguir de recursos e as condições que os órgãos financiadores acabam impondo” (WOLIER e MATHIAS, 1996, p.145).

2.4 Custos

Conforme Casarotto Filho e Kopittke, (1994, p. 99) “custo é qualquer compreensão monetária atribuída aos fatores de produção (capital, trabalho, matéria-prima, tecnologia)”.

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Segundo Casarotto Filho e Kopittke (2000, p.199) “os custos normalmente são subdivididos em custos de produção e despesas gerais. Os custos de produção são aqueles que ocorrem até a fabricação do produto. Como exemplos tem-se o custo das matérias-primas ou o custo de manutenção”.

De um ponto de vista econômico, podemos considerar como custo todo e qualquer sacrifício feito para produzir um determinado bem, desde que seja possível atribuir um valor monetário a esse sacrifício. Os custos correspondem, assim, às compensações que devem ser atribuídas aos proprietários dos fatores de produção a fim de que eles se disponham a fazer esse sacrifício, colocando à disposição do projeto os serviços desses fatores (HOLANDA, 1987, p.225).

2.4.1 Classificação dos custos

2.4.1.1 Custos Fixos

Segundo Woiler e Mathias (1986, p. 162), “os custos fixos são aqueles que independem do volume de produção”. De modo geral, os custos fixos correspondem às imobilizações (sobretudo de equipamentos e instalações) cujo uso será feito por vários anos, sendo então a depreciação o custo associado a cada ano. Os custos fixos decorrem da estrutura administrativa e operacional que tem de ser formada para a operação da empresa.

Segundo Holanda (1974, p.177), “os custos fixos são aqueles que se mantêm constantes, independente das variações nas capacidades produtivas, ou seja, qualquer que seja o grau de utilização da capacidade produtiva”.

2.4.1.2 Custos Variáveis

Segundo Braga (1994. p.180) “os custos variáveis, são aqueles cujo valor total aumenta ou diminui direta e proporcionalmente com as flutuações ocorridas na produção ou venda, sendo com o aumento ou diminuição das mesmas”.

Alguns tipos de custos podem se alterar se houver uma modificação na capacidade produtiva e em inúmeras empresas os únicos custos realmente variáveis, são as matérias-primas. Mas em algumas empresas, há custos variáveis relacionados com a mão de obra, que tende a crescer com a medida com que se aumente a produção (Martins 1996, p.254).

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2.4.2 Serviços

Definir o produto ou serviço cuja demanda vai ser projetada, pois envolve variáveis relacionadas com os diversos aspectos técnicos, econômicos, financeiros, administrativos e legais da empresa, sendo lícito supor as possibilidades de êxito na medida em que estes itens forem ordenados e organizados (Holanda 1987, p.96).

Segundo Woiler e Mathias (1996, p. 64) “é importante definir o objetivo do estudo que, neste caso, será admitido como sendo o mercado para a determinação da viabilidade de um projeto, e o correspondente grau de detalhe a que se que chegar”.

2.4.3 Receitas

Conforme Holanda (1987, p. 229) as receitas são “os fluxos financeiros de um determinado projeto, que o mesmo recebe a cada ano que passa de sua vida útil, direta ou indiretamente, graças a suas operações”.

“Em geral, no nível do Estudo de Viabilidade Econômica (EVTE), trabalha-se com valores agregados, representando grandes itens, como “receitas”, apenas um valor por período” (MOTTA e CALÔBA, 2006, p. 179).

Segundo Casarotto Filho e Kopittke (2000, p. 202) “para efeito de Análise do Investimento, as receitas adicionais decorrentes de uma nova fábrica ou de um novo equipamento normalmente são apenas as operacionais, ou seja, o produto do aumento de produção pelo preço unitário”.

2.4.4 Demonstrativo do Resultado do Exercício

Segundo Basso (1996, P. 219), “a demonstração do resultado do Exercício é o relatório contábil que sintetiza as operações que deram origem ao resultado de um determinado exercício social”.

O demonstrativo de resultado do exercício projetado é a demonstração financeira, que será estruturada com base nos orçamentos auxiliares (vendas, produção e despesas operacionais), constituindo-se em instrumento de suma importância para a tomada de decisão do comitê de

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planejamento financeiro e orçamento, em termos econômicos, e seus reflexos nos aspectos financeiros e patrimoniais na empresa, no período estimado (ZDANOWICZ, 1989, p. 209).

2.5 Análises Econômicas - Financeiras

Segundo Holanda (1987, p. 321) “a análise financeira de um projeto ou de uma empresa tem por objetivo, fundamentalmente, avaliar os riscos do empreendimento e estimar a sua rentabilidade”.

2.5.1 Lucratividade

Embora a análise do lucro seja efetuada com base em técnicas quantitativas, existem algumas dificuldades conceituais para sua realização. A análise da lucratividade pode referir-se à empresa ou se específica para produtos, serviços e departamentos. As empresas que já tem uma cultura de planejamento preferem fazer os dois tipos de analise (Santos 2001, p. 239).

A situação da empresa sempre será favorável quando se verifica aumento da receita líquida de vendas e nas margens de lucratividade (operacional e líquida). Deve-se destacar que “a principal margem de lucratividade é a operacional, uma vez que está diretamente relacionada com o risco do negócio, ou seja, com a capacidade das empresas de gerar faturamento superior aos desembolsos de caixa (custos + despesas operacionais)” (SANTOS, 2005, p.20).

Conforme Santos (2005, p. 20) mostra que a lucratividade é “a capacidade da empresa de gerar lucro em sua atividade operacional, ou seja, apresenta o quanto da receita total se transforma em lucro”.

2.5.2 Rentabilidade

Segundo Braga (1996, p. 30) a rentabilidade é “o grau de êxito econômico obtido por uma empresa em relação ao seu capital investido, ou seja, apresenta o percentual que o investimento proporcionou de rendimento financeiro”.

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“Os diversos índices de rentabilidade da empresa podem avaliar seu resultado em relação ao patrimônio líquido, ativo ou vendas. O principal parâmetro utilizado para avaliação de resultado é o lucro líquido” (SANTOS, 2001, p.239).

A análise isolada da rentabilidade pode mascarar a real situação financeira da empresa, uma vez que é calculada sobre o lucro líquido, que pode ser manipulado com a venda de ativos produtivos para pagamento de despesas não operacionais. Nesse caso, o que se recomenda é o cálculo da rentabilidade baseando no lucro operacional (Santos 2005, p. 22).

2.5.3 Ponto de Equilíbrio

Segundo Casarotto Filho e Kopittke, (2000, p. 241) “a finalidade da classificação dos custos em fixos e variáveis é que ela permite uma comparação melhor entre alternativas com diferentes estruturas de custos”. Pode-se verificar qual a melhor alternativa para diferentes níveis de produção ou demanda, isto é, achar o ponto de equilíbrio entre estas alternativas.

Toda empresa precisa de certo volume de vendas para poder cobrir seus custos fixos, já que estes representam um encargo desvinculado do volume de produção. Desse modo, somente a partir de um determinado volume de vendas é que a empresa começará a ter lucro.

A análise do ponto de equilíbrio – também conhecido break even point ou ponto de ruptura – permite o volume de vendas capaz de proporcionar lucro zero, aquele ponto em que a receita da empresa iguala seu custo total. Quando as vendas da empresa se situarem acima do ponto de equilíbrio, ela começará ater lucro (SANTOS, 2001, p. 232).

“Ponto de equilíbrio é a quantidade de venda mensal que deve ser realizada para gerar receitas suficientes para pagar todo o custo variável gerado, todas as despesas comerciais geradas e todas as despesas fixas que a empresa tiver no mês” (SEBRAE, 2005, p. 29).

2.6 Viabilidade Econômica

Para Fernandez (1999), o estudo de viabilidade econômica deve “comparar o retorno econômico projetado, baseado em dados do estudo de viabilidade de

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mercado, com alternativas de investimento ou com uma taxa mínima de atratividade esperada para o capital investido”. Assim o autor ainda revela que o estudo de mercado é uma das ferramentas componentes estruturais do estudo de viabilidade de uma empresa no mercado

BUARQUE (1984) enfatiza sobre a relevância dos projetos de viabilidade econômica para o sucesso do empreendimento, que podem ocorrer em dois sentidos:

Projeto como instrumento de planejamento microeconômico, de maneira definir a otimização dos recursos necessários a uma determinada produção. Projeto como instrumento de análise e observação das consequências do uso de determinados recursos, em relação aos objetivos macroeconômicos do plano de desenvolvimento BUARQUE (1984).

Segundo Woiler e Mathias (1996) “os gastos com os estudos de viabilidade são os menores de todos os custos de investimento, porém os benefícios se perpetuaram por toda a trajetória da empresa”. Além disso, deve ficar claro que os objetivos e estratégias de um projeto de viabilidade econômico financeiro devem ser acompanhados, medidos e se necessários adaptados no decorrer de sua implantação.

O estudo de viabilidade econômica abrange todos os aspectos que são de vital importância para o empreendimento como os mercadológicos, operacionais e financeiros.

2.7 Aspectos Mercadológicos

È o ponto de partida para fazer a estimativa ou previsão de vendas para um período futuro.

Para Woiler e Mathias (1996) a análise de mercado, além de oferecer elementos para a elaboração de projetos, provoca a ascensão do mercado para muitos produtos, o lançamento de novos produtos e a obsolescência de outros.

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Dolabela (1999) complementa que a principal resposta que a análise de mercado traz para a empresa é a identificação das ameaças e oportunidades do setor de atuação.

O estudo sobre os aspectos mercadológicos traz as informações necessárias para o negócio no que tange o conhecimento do mercado de atuação, como os clientes, concorrentes e fornecedores. Podendo assim fazer projeções das necessidades do mercado, do preço de venda, custos e distribuição da mercadoria, além de diminuir suas incertezas diante de um ambiente econômico de constantes mudanças, inovador e globalizado.

2.7.1 Consumidor

A pesquisa do consumidor indicará a empresa segundo Chiavenato (1998), quem são os atuais compradores e os potenciais, onde, como e quando compram, dando subsídios à empresa para se adequar a este mercado e conquistar um maior número de clientes.

Dolabela (1999) enfatiza que para o consumidor é muito importante quando a empresa associa o seu produto a algum tipo de serviço, pois assim estará agregando valor ao seu produto e gerando um diferencial dos concorrentes, tendo a possibilidade de atrair mais clientes.

Kotler (1998) define o mercado consumidor como indivíduos e famílias que compram bens e serviços para o consumo pessoal, e é em virtude disso que a empresa deve trabalhar diariamente.

2.7.2 Concorrentes

Chiavenato (1998) define o mercado concorrente como sendo pessoas ou organizações que oferecem produtos e serviços iguais ou similares aos que se pretende oferecer aos consumidores e, além disso, também disputam os mesmos fornecedores.

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2.7.3 Fornecedores

Os fornecedores são definidos por Chiavenato (1998), como o conjunto de pessoas ou organizações que suprem a empresa de insumos e serviços necessários para o seu funcionamento.

Tendo bons fornecedores e empresa estará abastecida com recursos produtivos, recursos naturais, matéria-prima e mão-de-obra da melhor qualidade, buscando sempre alguma vantagem competitiva frente os concorrentes da empresa.

2.8 Aspectos Operacionais

2.8.1 Localização

Woiler e Mathias (1996) ressaltam que o estudo de localização não se restringe a um projeto de implantação de um negócio, mas devido à dinâmica do mercado, ele deve ser usado também para, expandir o que existe implantar outra unidade ou realocar a atual.

A decisão do melhor local para instalação deve estar baseada em fatores como a facilidade de acesso, tanto de fornecedores, clientes e funcionários, e segundo Pasqualini et al. (2010) aos custos de produção, fonte de matéria prima, desperdício e qualificação de mão-de-obra, custos de expansão, aparecimento de novos mercados, atração por isenção de impostos, políticas internas e tendências econômicas, entre outras.

2.8.2 Instalações

Convém atentar para o fato de que ao se planejar uma obra, deve-se evitar terrenos de baixada, evitando problemas com alta umidade, baixa movimentação de ar e insuficiente insolação higiênica no inverno. Deve-se estar atento também à possível obstrução do ar por outras construções e barreiras naturais e artificiais próximas aos galpões avícolas, o que dificultaria a ventilação natural, trazendo prejuízos ao conforto térmico no verão segundo (TINOCO, 2001).

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De acordo com recomendações da EMBRAPA, os galpões devem ter dimensão compatível com a produção, devem ser construídos com material adequado e com facilidades indispensáveis, como suprimento de água e ração, ventilação e instalação elétrica e, esgoto. Devem permitir fluxo de processo e de pessoas.

2.8.3 Processo e Tecnologia

Processo e tecnologia são fatores decisórios no sucesso das empresas, para se destacarem perante as concorrentes em um mercado muito competitivo essas estão investindo cada vez mais em tecnologia e aprimorando seus processos. Em qualquer ramo de negócio temos que acompanhar as evoluções do mercado.

Conforme enciclopédia processos "são um conjunto de atividades interligadas e ordenadas, unidas por uma visão central e que busca realizar um objetivo. Ligadas às áreas especifícas, consome recursos e usa informações". "São a utilização de recursos (materiais, pessoas, financeiros e informação), para o alcance dos objetivos da organização".

Segundo Chiavenato (1998, p.608), “a tecnologia envolve a soma total dos conhecimentos acumulados a respeito de como fazer as coisas: incluem invenções, técnicas, aplicações, desenvolvimento [...]”. Assim, a empresa que tem seu setor de desenvolvimento e tecnologia, ativo e avançado consegue ter um diferencial frente os seus concorrentes, além de conseguir influenciar o seu ambiente e não apenas, ser influenciado.

Segundo o ensinamento de João Luiz Lani, uma das principais limitações no processo de gerenciamento de propriedades rurais é “a ausência de um planejamento pautado em informações temáticas compatíveis com o tamanho da área”, afirmando ainda, que o planejamento molda o futuro da propriedade:

O planejamento estratégico é um instrumento eficaz de modelar o futuro, possibilitando o desenvolvimento organizacional integrado da propriedade rural. Durante esse planejamento, define-se qual será a atividade principal do empreendimento, levantam-se as vantagens competitivas, delimitam-se

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as características fortes e fracas, e definem-se quais ações devem ser implementadas para tornar o empreendimento sustentável. (2004, p. 19) Uma técnica administrativa que, através da análise do ambiente de uma organização, cria a consciência das suas oportunidades e ameaças dos seus pontos fortes e fracos para o cumprimento da sua missão e através desta consciência, estabelece o propósito de direção que a organização deverá seguir para aproveitar as oportunidades e evitar riscos (Fischmann e Almeida 1991).

Atacar três espaços complementares: a) definir um problema de unidade coletiva que possa garantir o trato de informações com o sigilo e a objetividade necessários; b) apostar num cenário possível com atenção cuidadosa no fator tecnológico emergente, provocador de mudanças estruturais fortes; finalmente, c) analisar as estruturas (empresarial, gerencial e informacional) de modo a adequá-las aos desafios do cenário a ser buscado de acordo com Montenegro (1988).

2.9 Aspectos Financeiros

Analisando os aspectos financeiros vamos demonstrar qual a situação da empresa e o planejamento financeiro projetará para ela o futuro que se quer chegar. Compete à um administrador financeiro, segundo Groppelli e Nikbakht (1998, p.17) “maximizar o preço das ações de sua empresa, enquanto mantem o risco no mais baixo nível possível”, e para isso é preciso conhecer os aspectos econômicos e financeiro necessários para fazer estas análises.

2.9.1 Taxa Mínima Atrativa - TMA

A escolha entre alternativas nas quais investir os fundos limitados disponíveis, envolve custos de oportunidade, pois comprometer-se com um investimento pode significar rejeitar outros (SAMANEZ, 2007).

É imprescindível verificar a atratividade financeira do projeto, levando-se em consideração a Taxa de Mínima Atratividade (TMA) que pode ser considerada como a melhor taxa, com baixo grau de risco, disponível para aplicação do capital em análise sendo utilizada para comparar investimentos. Segundo Brito (2010), a TMA é “uma taxa que pode ser definida de acordo com a política de cada empresa”. No entanto, a determinação ou escolha da TMA é de grande importância na decisão de alocação de recursos nos projetos de investimento. Para Galesne et al., (1999)

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citado por Brito (2010), a taxa de desconto, ou a TMA mais apropriada para decisões de investimento é a taxa do custo de capital.

Gitman (2001) considera o custo de capital como o retorno exigido pelos financiadores de capital e, portanto, a TMA que a empresa deveria considerar em seus projetos de investimento.

2.9.2 Fluxo de Caixa

Segundo Souza e Clemente (2009), após relacionadas as alternativas viáveis tecnicamente é que se analisam quais delas são atrativas financeiramente. É nessa última parte que os indicadores gerados auxiliarão o processo decisório.

Existem inúmeras metodologias para a avaliação do investimento, dentre essas destacam-se o método do Payback, do Valor Presente Líquido (VPL) e o método da Taxa Interna de Retorno (TIR).

2.9.3 Payback

Lemes Júnior, Rigo e Cherobim (2002), Brigham e Ehrhardt (2006) abordam o

payback descontado como um método de análise. Este instrumento, assim como o payback simples, busca evidenciar o tempo necessário para recuperar o

investimento inicial. Porém, existe uma diferença significativa, o payback descontado passa a considerar o valor do dinheiro no tempo. Assim, é um instrumento mais refinado, proporcionando uma análise mais elaborada, apesar de manter as outras falhas, referentes à distribuição dos fluxos de valores, bem como daqueles que ocorrem após o período de recuperação.

De acordo com Lapponi (2000) é o tempo necessário para recuperar o capital investido. Existem duas variações desse método, denominadas payback simples e

payback descontado.

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É um método simples que calcula o tempo necessário para a soma das receitas se equipararem com o valor do capital investido, porém é um método deficiente uma vez que não considera o valor do dinheiro no tempo.

Payback descontado (PBD)

É um método que assim como no payback simples calcula o tempo de retorno do investimento, entretanto apresenta como vantagem a correção do valor da variação do dinheiro no tempo. Basicamente o método do payback descontado consiste na realização do somatório dos fluxos de caixa até que se iguale ao valor do investimento.

2.9.4 Valor Presente Líquido (VPL)

É o método mais utilizado na análise de investimentos de projetos e consiste na concentração de todos os valores esperados de um fluxo de caixa futuro na data zero (SOUZA e CLEMENTE, 2009).

O VPL proporciona uma comparação entre o investimento e os retornos esperados com todos os valores no momento atual. Quando o VPL ≥ 0, pode-se concluir que o projeto analisado pode ser considerado, pois o capital investido e a TMA serão cobertas e ainda gerará ganho líquido ao investidor. Se o VPL < 0, o projeto é considerado economicamente inviável, pois o capital investido não será recuperado, o projeto não irá remunerar e tão pouco gerar lucro extra, portanto rejeita-se o projeto de investimento (BROM e BALIAN, 2007).

Para Souza (2003, p. 74) o valor presente líquido corresponde “a diferença entre o valor presente das entradas líquidas de caixa associadas ao projeto e o investimento inicial necessário”.

Gitman (2001) afirma que o VPL “é uma técnica de orçamento sofisticada. O seu valor é determinado subtraindo-se do valor inicial de um projeto, o valor presente das entradas líquidas de caixa, descontadas a uma taxa igual ao custo do capital da empresa”.

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Desta forma, o valor presente líquido é uma medida de quanto valor é criado ou adicionado hoje, realizando determinado investimento. Para tanto, faz-se necessário trazer a valor presente todos os fluxos de caixa esperados, utilizando uma taxa de desconto e após, reduzir estes valores do desembolso inicial do projeto.

Conforme Lemes Júnior, Cherobim e Rigo (2002) “utilizar o VPL para a tomada de decisões facilita o alcance do principal objetivo do administrador financeiro, que é de maximizar a riqueza do acionista ou proprietário”. O valor presente líquido de um projeto é bastante sensível a variações na taxa de desconto. Quanto maior for essa taxa, menos valem os fluxos de caixa do projeto, e menor é o VPL resultante. A taxa de desconto dos fluxos de caixa representa o retorno esperado pelos investidores.

2.9.5 Taxa Interna de Retorno (TIR)

É a taxa que iguala o fluxo de caixa operacional ao valor a ser investido no projeto. O método da TIR não tem a finalidade de avaliar a rentabilidade absoluta a determinado custo de capital, como o VPL; seu objetivo é encontrar uma taxa intrínseca de investimento (LEMES JÚNIOR et al., 2010; SAMANEZ, 2007).

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3 METODOLOGIA

Neste tópico constam os tipos de pesquisa, o plano de coleta, análise e interpretação dos dados e da proposta de sistematização dos resultados.

3.1 Tipo de Estudo

Segundo Vergara (2000, p. 47) “a pesquisa se qualifica em relação a dois aspectos: quanto aos fins e quanto aos meios”.

a) quanto aos fins:

Vergara (2000, p. 47) classifica a pesquisa como:

- Exploratória: realizada em área na qual há pouco conhecimento acumulado e sistematizado Por sua natureza de sondagem, não comporta a hipótese que, todavia, poderão surgir durante ou ao final da pesquisa.

Vergara (2000, p. 47) classifica a pesquisa como:

- Descritiva: expõe características de determinada população ou de determinado fenômeno. Pode também estabelecer correlações entre variáveis e definir sua natureza. Não tem compromisso de explicar os fenômenos que descreve, embora sirva de base para tal explicação. Pesquisa de opinião insere-se nessa classificação.

Alves (2003, apud Rigonetal 2007, p. 52-53) classifica a pesquisa como:

- Exploratória: tornar mais explícito a questão de estudo, aprofundar as ideias em questão. Este tipo de pesquisa permite o levantamento bibliográfico e o uso de entrevistas com as pessoas que já tiveram experiência acerca do objeto a ser investigado. A pesquisa bibliográfica e o estudo de caso são exemplos de pesquisa exploratória.

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Alves (2003, apud Rigonetal 2007, p. 52-53) classifica a pesquisa como:

- Descritiva: descreve as características de determinada organização, ou ainda estabelece relações entre fenômenos (variáveis), adota-se como procedimentos a coleta de dados, com uso da entrevista e da observação, e como recursos, os questionários e/ou formulários, entre outros. É utilizado nas pesquisas de levantamento.

b) Quanto aos meios:

Alves (2003, apud Rigonetal 2007, p. 52-53) classifica a pesquisa como:

- Estudo de caso: trata-se de um estudo em profundidade, exaustivo, radical, de uns poucos objetos, visando obter o máximo de informações que permitam o amplo conhecimento, o que seria impossível em outras pesquisas. É muito encontrado em pesquisas exploratórias.

Alves (2003, apud Rigonetal 2007, p. 52-53) classifica a pesquisa como:

- Pesquisa de campo: é investigação empírica realizada no local onde ocorre ou ocorreu um fenômeno ou que dispõe de elementos para explicá-lo.

Vergara (2000, p. 49) classifica a pesquisa como:

- Estudo de caso: é o circunscrito a uma ou poucas unidades, entendidas essas como uma pessoa, uma família, um produto, uma empresa, um órgão público, uma comunidade ou mesmo um país. Tem caráter de profundidade e detalhamento. Pode ou não ser realizado no campo.

Vergara (2000, p. 49) classifica a pesquisa como:

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ou ocorreu um fenômeno ou que dispõe de elementos para explicá-lo.

Para a realização deste projeto foi feito pesquisa exploratória porque procurou-se obter mais informações e conhecimentos sobre a criação de galinhas poedeiras no setor do agronegócio, especialmente em nossa região, para a avaliação da viabilidade da implantação de um aviário no Distrito de Quaraim – Três de Maio – RS e, pesquisou-se os aspectos mercadológicos para o sucesso do negócio. Também, foi realizada uma pesquisa descritiva porque descreve a necessidade da adequação do pequeno agricultor em atividades alternativas no setor do agronegócio e, visitou-se propriedades afins do intento deste projeto para aproveitá-las como modelo.

Quanto aos meios, a pesquisa, pode ser classificada em pesquisa de campo, pois foi feita uma avaliação da necessidade do fornecimento de ovos para abastecer o mercado consumidor de Três de Maio – RS e, a investigação da viabilidade da implantação de um aviário para criação de galinhas poedeiras numa pequena propriedade no Distrito de Quaraim – Três de Maio – RS. Como estudo de caso porque foi analisada a necessidade de um pequeno núcleo familiar implementar um negócio que viabilizasse a permanência do mesmo no campo com sustentabilidade e qualidade de vida. E, a pesquisa também é bibliográfica porque foi pesquisada na literatura informações para a implantação do projeto.

3.2 Plano de Coleta dos Dados

O trabalho foi realizado com o proprietário de uma pequena área rural, Sr. Sérgio Helenco, onde está sendo estudada a implantação de um aviário para produção de ovos de galinha como uma empresa rural que oferece condições de autossustentabilidade e lucratividade para a permanência do homem do campo no campo com qualidade de vida.

O espaço físico está localizado no Distrito de Quaraim, município de Três de Maio, RS, numa área física de 1,5 ha de terra. A propriedade dispõe de um galpão de 300 metros quadrados que será adaptado para as fases de cria e de recria,

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seguindo as orientações do Manual de Segurança e Qualidade para a Avicultura de Postura do EMBRAPA (p. 36) de acordo com a ANVISA:

Preparação do pinteiro (galpão para pintainhas)

Os galpões destinados à criação das pintainhas, devem ser higienizados antes da chegada de novo lote, obedecendo ao seguinte cronograma:

1. Os restos de ração dos comedouros e dos silos e o esterco dos cavaletes e pisos, devem ser retirados para facilitar a limpeza geral do galpão. A lavagem dos galpões deve ser feita para facilitar a remoção dos dejetos, poeira e penas, através da aplicação de jatos de água com alta pressão, iniciando-se da parte mais alta, no sentido de cima para baixo acompanhando a declividade do galpão;

2. Todos os equipamentos e instalações devem ser lavados minuciosamente, principalmente nas juntas de madeira e dobras de gaiolas. A caixa d’água deve ser lavada objetivando a higienização da mesma. Os comedouros e bebedouros devem ser limpos e higienizados;

3. A desinfestação é realizada para eliminar os insetos/animais nocivos à saúde das aves e humana. A desinfecção deve ser feita com desinfetante, aplicados na parte interior e exterior do galpão, e quando realizada o aplicador não pode entrar em contato com o produto. Devem ser utilizados produtos aprovados e recomendados para uso na avicultura, devendo ser observada as normas técnicas e de segurança para aplicação e armazenamento dos produtos;

4. Se necessário, são efetuados reparos nos madeiramentos, para dar melhores condições de alojamento para as pintainhas. As lâmpadas são limpas e as queimadas são trocadas para melhorar a iluminação, o que facilita o acesso das aves à ração e à água. No sistema de criação em piso, a cama do aviário deve ser de boa qualidade, sem evidências de fungos, ausente de substâncias tóxicas, baixa condutividade térmica, de partículas de tamanho médio, boa capacidade de absorção de umidade, macia e deve cobrir uniformemente o piso do galpão

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atingindo a espessura de 5 a 10 cm de altura. Dentre os materiais que são utilizados para cama de aviário, destacam-se: sabugo de milho triturado, bagaço de cana, sepilho ou maravalha de madeira, casca de arroz, palha de feijão e feno de gramínea.

Após a lavagem e desinfecção do(s) galpão(ões), deve ser realizado um vazio sanitário com duração entre 15 a 20 dias para entrada de um novo lote.

No caso de criação com a utilização de círculo de proteção, as folhas de compensado devem ser dispostas para que o círculo apresente a altura de 40 a 60 cm de altura e 3 metros de diâmetro, para alojar cerca de 500 pintainhas.

Deve ser tratada com desinfetante, aplicados na parte interior e exterior do galpão.

Também, serão retiradas as paredes de tábuas das laterais e serão colocadas cortinas para a ventilação, iluminação e proteção das aves. Será construído piso liso para adequar o espaço para colocação das pintainhas para a 1ª e 2ª fases. As pintainhas serão criadas em piso, dentro de círculos de arame até a 2ª semana. Após será feita a redistribuição de espaço para o término da cria e início da recria. Será utilizado nesse galpão o espaço superior do mesmo para armazenagem do trato e outras necessidades em local seco, arejado e separado do espaço de piso usado para cria e recria.

Um novo galpão será construído para a fase de produção das galinhas poedeiras. Esse galpão medirá 333 metros quadrados. O galpão será feito com base de concreto e pilares e paredes de madeira. As paredes frontais e de fundo serão feitas de tábuas. As laterais ficarão abertas, com sistema de cortinas para proteção do frio no inverno. O mesmo será coberto com telhas de barro.

Para a compra dos materiais de construção para adaptação e construção do novo galpão sugere-se as empresas Sabiá Materiais de Construção e Cerâmica e Madeireira Pandolfo.

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A estrutura interna será disposta de 2 fileiras de gaiolas com 3 camadas cada fileira. Das 6 camadas de gaiolas, as duas superiores terão 84 gaiolas e as outras 4 camadas terão 83 gaiolas. Cada gaiola comportará 8 galinhas. Assim, a estrutura interna do galpão terá espaço para a criação de 4.000 galinhas de postura.

Após pesquisa de preços na região e pela internet é viável a compra das gaiolas, comedouros, bebedouros, campânulas e sistemas de cortina pela internet que oferece compra segura e garantia de entrega no prazo estabelecido.

Para a implementação do projeto foi feito pesquisa de campo nos mercados e padarias de Três de Maio, RS para a ciência da necessidade de abastecimento de ovos nos mesmos. Verificou-se que apenas uma granja do município abastece os mesmos, as outras granjas abastecedoras são de outros municípios.

Para a aquisição das pintainhas, após pesquisas de preço e de qualidade sugere-se que as mesmas sejam compradas no fornecedor Pintos Foletto de Três de Maio, RS, sendo a Agropecuária Foletto também aquela que oferece o melhor preço e qualidade nos insumos como alimentação, remédios e outros. A compra do arame para os círculos para fase da cria também será feita neste estabelecimento.

Melhor preço encontrado para aquisição das embalagens para entrega dos ovos foi da empresa SANOVO através da pesquisa na região e pela internet.

Sugere-se que a compra do carro seja feita na empresa Grilo Automóveis de Três de Maio, RS por oferecer melhor preço, qualidade e garantia do mesmo.

O abastecimento de água e energia deverá ser feito pelas únicas empresas que oferecem esses serviços no Distrito de Quaraim – Três de Maio – RS.

A mão-de-obra empregada para a implementação do projeto será familiar, 02 pessoas. Esporadicamente será contratado um auxiliar para ajudar na limpeza e desinfecção.

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3.3 Plano de Análise e Interpretação dos Dados

Alves (2003, apud Rigonetal 2007, p. 52-53) “também podem ser tratados de forma qualitativa como, por exemplo, codificando-os, apresentando-os de forma mais estruturada e analisando-os”.

A análise e interpretação dos dados foram realizadas de forma qualitativa, descritiva, buscando a análise dos dados necessários para a implantação do referido aviário.

Após pesquisa de mercado percebeu-se a necessidade da oferta de ovos para o abastecimento dos mercados e padarias de Três de Maio – RS. Avaliando a estrutura física e financeira projetou-se a criação de 4.000 galinhas poedeiras que serão alojadas, inicialmente na fase da cria e recria em um galpão de piso e, para a postura num galpão com gaiolas. Estima-se que por dia serão colhidos 3.000 ovos. A coleta será feita manualmente de 4 a 5 vezes ao dia. Os ovos serão recolhidos, levados para a sala de ovos, lavados, passados pelo processo de ovoscopia, embalados e armazenados por dois dias. A entrega será nos mercados e padarias será feita de 2 em 2 dias. O valor estimado de recebimento, durante a pesquisa foi variável de R$ 2,75 a R$ 3,50. Para a avaliação deste projeto, usou-se o valor mínimo de R$ 2,75 pela venda da dúzia de ovos. Também, será feita venda dos descartes e esterco a cada final de fase de produção. Em gastos com alimentação, manuseio e outros gastos estima-se o mensal de R$ 16.178,00. Assim, durante um mês ter-se-á como receita líquida o valor de R$ 4.547,00.

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4 ANÁLISE DOS RESULTADOS

4.1 Caracterização da Propriedade

A propriedade localiza-se no Distrito de Quaraim, município de Três de Maio, RS. É composta por 1,5ha de terra, sendo que 1ha de terra plana e 0,5ha de terra acentuada. Seguem imagens de satélite do Distrito de Quaraim (Figura 1) e, da referida propriedade (Figura 2).

Figura 1 – Imagem de satélite do Distrito de Quaraim

Fonte: Google/maps

Figura 2 – Imagem da satélite da propriedade

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4.2 Descrição do Negócio

A ideia do negócio começou com a necessidade da sobrevivência no campo de uma família com uma pequena propriedade de terra. A mesma vem de um processo de descapitalização e perda de espaço físico devido à frustrações sequencias de safras de trigo e soja e endividamento bancário. Devido a esse contexto, pesquisou-se várias alternativas de produções agrícolas e, considerando-se a pequena área de terra, percebe-considerando-se que a atividade mais apropriada para o caso é a produção de aves (galinhas) para postura. Assim, para implantação do aviário foi preciso escolher o espaço físico adequado para a construção do galpão.

Tendo em vista às necessidades físicas e a oferta de um terreno apropriado, escolheu-se uma área plana para a construção do galpão.

Após a adequação e construção dos galpões, para iniciar a criação das aves poedeiras, as pintainhas serão adquiridas de um fornecedor certificado.

As aves serão tratadas com ração apropriada para postura. Serão escolhidas aves vermelhas que oferecem uma melhor qualidade dos ovos e preço no mercado.

Após 18 semanas de criação coletar-se-á os ovos para se procederem as primeiras vendas.

Também, como fontes de renda serão feitos os descartes das galinhas que passaram do ciclo de postura e, será a feita a venda do esterco.

4.3 Aspectos Mercadológicos

Nos últimos anos, o Brasil atingiu uma marca histórica de consumo de ovos, registrando 180 ovos para cada brasileiro. Esse avanço satisfatório para o criador de galinhas poedeiras também se deve especialmente à derrubada do mito dos malefícios do ovo para a saúde. Segundo pesquisas realizadas nos últimos 30 anos, foi comprovado que o consumo diário de ovo não aumenta o risco de doenças do

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coração em pessoas saudáveis. Conforme site http://www.saudedica.com.br

pesquisas recentes mostram que consumir ovos trazem os seguintes benefícios para a saúde:

- Os ovos têm grandes benefícios para os olhos. De acordo com um estudo, um ovo por dia pode prevenir degeneração ocular devido ao conteúdo de carotenóides, especialmente a luteína e zeaxantina.

- Em outro estudo, os pesquisadores descobriram que pessoas que comem ovos todos os dias reduzem o risco de desenvolver cataratas, por causa da luteína e zeaxantina em ovos.

- Um ovo contém 6 gramas de proteína de alta qualidade e todos os nove aminoácidos essenciais para a saúde humana.

- De acordo com um estudo da Harvard School of Public Health, não há nenhuma ligação significativa entre o consumo de ovo e doenças cardíacas. Na verdade, de acordo com o estudo, o consumo regular de ovos pode ajudar a prevenir coágulos sanguíneos, acidente vascular cerebral e ataques cardíacos.

- Eles são uma boa fonte de colina. Uma gema tem cerca de 300 microgramas de colina. A colina é um nutriente importante que ajuda a regular o cérebro, sistema nervoso e sistema cardiovascular.

- Eles contêm o tipo certo de gordura. Um ovo contém apenas 5 gramas de gordura e apenas 1,5 gramas de gordura saturada.

- Nova pesquisa mostra que o consumo moderado de ovos não têm um impacto negativo sobre o colesterol. De fato, estudos recentes têm demonstrado que o consumo regular de dois ovos por dia não afeta o perfil lipídico de uma pessoa e podem, de fato, melhorá-lo.

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- Os ovos são um dos únicos alimentos que contêm naturalmente a Vitamina D.

- Os ovos podem prevenir o câncer de mama. Em um estudo, as mulheres que consumiam pelo menos seis ovos por semana reduziram o risco de câncer de mama em 44%.

- Ovos ajudam na saúde do cabelo e unhas por causa do seu elevado teor de enxofre e grande variedade de vitaminas e minerais.

Após pesquisa nos mercados e padarias de Três de Maio (público alvo), concluiu-se que os mesmos se abastecem de fornecedores de algumas granjas da região e apenas 1 granja do município. Percebeu-se, a partir dessa realidade, que há um grande espaço no mercado para a oferta do produto pretendido.

Optou-se a venda dos produtos no município de Três de Maio - RS, em supermercados e padarias, porque há mercado para o consumo, carência na oferta do produto, facilidade de deslocamento e entrega e, pela venda com nota fiscal de produtor rural (Bloco modelo 15), que proporciona redução do pagamento de impostos.

4.3.1 Cliente/Consumidor

Para implementação do projeto foi feita visitação aos mercados e padarias de Três de Maio – RS para verificar a necessidade do produto ovos de galinha pelos mesmos. Assim, obteve-se uma proposta de compra:

- Supermercado Benedetti: 70% da produção.

- Super Tem-Tem: 15% da produção.

- Mercado REX: 9% da produção.

Referências

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