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Equalização ativa da tensão em baterias conectadas em série, aplicando o conversor CC-CC Flyback no modo de condução descontínua

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Academic year: 2021

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                EQUALIZAÇÃO ATIVA DA TENSÃO EM BATERIAS  CONECTADAS EM SÉRIE, APLICANDO O CONVERSOR CC  – CC FLYBACK NO MODO DE CONDUÇÃO DESCONTÍNUA            Dissertação submetida ao Programa  de  Engenharia  em  Automação  e  Sistemas  da  Universidade  Federal  de  Santa  Catarina  para  a  obtenção  do  Grau  de  mestre  em  engenharia  de automação e sistemas.  Orientador: Prof. Dr. Ing. Ivo Barbi                  Florianópolis   2018 

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                                  Ficha de identificação da obra elaborada pelo autor  através do Programa de Geração Automática da Biblioteca  Universitária da UFSC.   

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Dedico  este  trabalho  em  primeiro  lugar  a  Deus,  a  minha  família  (em  especial  aos  meus  pais  Joacir,  Madalena  e  aos  meus  irmãos  Gabriel, Maysa, Gean e Gregory) e  a  todos  os  professores  que  participaram  de  minha  formação  desde  o  primário,  secundário,  graduação até o mestrado. 

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Agradeço  de  modo  especial  ao  professor  Ivo  que  orientou  com  maestria  o  andamento  deste  trabalho,  foram  inúmeras  reuniões  desde  a  escolha  do  tema até  a  conclusão  dos  trabalhos,  todas  muito  produtivas.  Agradeço  ao  professor  Mauro  Pagliosa,  ao professor Carlos Henrique Illa Font, ao professor Daniel Juan  Pagano, ao professor Ricardo Ruther e ao professor Telles Brunelli  Lazzarin  por  suas  contribuições  extremamente  valiosas  para  o  andamento  e  conclusão  do  presente  estudo.  Tenho  também  profunda gratidão aos meus colegas de curso e laboratório Victor,  Cássio, Jesiel, Carlos Eduardo, José, Ronny, Delvanei e Feres que  me  auxiliaram  na  busca  da  solução  de  inúmeros  desafios  que  surgiram  durante  o  andamento  deste  trabalho.    Agradeço  a  Universidade Federal de Santa Catarina, ao Departamento de Pós‐ Graduação  em  Engenharia  de  Automação  e  Sistemas  e  ao  Laboratório Fotovoltaica por me proporcionarem a oportunidade  de  desenvolver  esta  pesquisa  em  suas  respectivas  magníficas  infraestruturas. Agradeço ao povo brasileiro, pois de forma direta  todos os recursos de custeio deste projeto são advindos de recursos  públicos  oriundos  dos  impostos.  E  por  fim  sou  grato  a  todos  os  pesquisadores  que  pelo  mundo  a  fora  buscam  aperfeiçoar  métodos,  técnicas  e  processos  e  que  registram  seus  saberes  em  artigos,  dissertações  e  teses  para  compartilhar  informações  relevantes ao desenvolvimento da ciência. 

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                                                            “A persistência é o caminho do êxito.”  (Charles Chaplin) 

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Armazenar energia vem sendo um desafio para a humanidade ao  longo  de  grande  parte  da  sua  história.  Com  isto,  inúmeras  tecnologias  foram  criadas  visando  suprir  estas  necessidades.  Como  consequência,  hoje  em  dia  pode‐se  realizar  o  armazenamento  energético  de  diversas  formas  que  vão  desde  sistemas químicos, mecânicos, elétricos até uma composição entre  eles. O desenvolvimento mais recente de veículos elétricos e das  gerações de energia elétrica por meio de fontes intermitentes, tais  como  energia  eólica  e  fotovoltaica,  vêm  sendo  os  principais  fomentadores  do  desenvolvimento  do  armazenamento  eletroquímico no século XXI.  Uma das soluções mais difundidas  até o momento são as baterias de Íon‐lítio. A montagem de bancos  de baterias de Íon‐lítio com altas potências exige alta capacidade  técnica  tanto  no  projeto,  quanto  na  execução  e  operação  destes  sistemas.  Entre  os  problemas  encontrados  na  prática  está  o  da  equalização  de  células  conectadas  em  série.  Para  tanto,  este  trabalho  busca  apresentar  alternativas  que  possam  colaborar  cientificamente  com  a  questão  do  balanceamento  de  tensão  nas  baterias  conectadas  em  série,  a  partir  da  utilização  do  conversor  CC – CC Flyback operando no modo de condução descontínuo de  100W,  48V  de  entrada  e  com  4  saídas  em  12V  e  50kHZ  de  frequência  de  chaveamento.  A  alimentação  deste  conversor  será  realizada  pela  própria  saída,  o  conversor  estará  conectado  em  paralelo com as baterias, e vai balancear automaticamente sem a  adição  de  controle  em  malha  fechada  tanto  na  carga  como  na  descarga  das  baterias  ligadas  em  série.  Aí  encontra‐se  a  maior  vantagem  deste  método  de  equipotencialização  de  baterias  conectadas em série, a simplicidade, pois pode‐se realizá‐la sem a  adição de métodos de controle complexos e avançados.    

  

Palavras‐chave:   baterias de  Íon‐lítio. Equalização.  Conversor de  energia.  

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ABSTRACT    

Storing  energy  has  been  a  challenge  for  humanity  throughout  much of its history. Regarding this, numerous technologies were  created to supply these needs. As a consequence, storage energy  now  can  to  be  realized  by  different  ways  since  chemical,  mechanical,  electrical  systems  to  a  composition  among  of  them.  The recent development of electric vehicles and the electric power  generations  through  intermittent  sources,  such  as  wind  and  photovoltaic,  have  been  the  main  goals  of  the  electrochemical  storage  development  in  the  21st  century.  One  of  the  most  widespread solutions so far is lithium‐ion batteries. The assembly  of  lithium‐ion  batteries  banks  with  high  powers  requires  high  technical capacity both in the design, execution and operation of  these  systems.  Among  the  problems  found  in  practice  is  the  equalization  of  connected  cells  in  series.  In  order  to  do  so,  this  work aims to present alternatives that can collaborate scientifically  with the issue of voltage balancing in series ‐ connected batteries,  using  the  DC  ‐  DC  Flyback  converter  operating  in  the  discontinuous  conduction  mode  of  100W,  48V  input  and  with  4  outputs  at  12V  and  50kHz  of  switching  frequency.  The  source  converter  will  be  by  its  own  output,  the  converter  will  be  connected in parallel with the batteries, and It will automatically  balance  without  the  addition  of  closed‐loop  control  in  both  the  load and the discharge of the batteries connected in series. This is  the biggest advantage of this method of equalization of batteries  connected in series, the simplicity, because it can be done without  the addition of complex and advanced control methods.    Keywords: Lithium‐ion batteries. Equalization. Power converter.         

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Figura 1 ‐ Pilha Voltaica de 1800. ... 34 

Figura  2  ‐  Primeira  pilha  recarregável  1859.  Elemento:  Chumbo  ácido. ... 34  Figura 3 ‐ Bateria de Íon‐lítio. ... 36  Figura 4 ‐ Bateria de Íon‐lítio. ... 38  Figura 5 ‐ Representação da carga e descarga de uma bateria. .... 39  Figura 6 ‐ Estado de carga e profundidade de descarga. ... 41  Figura 7 ‐ Formato físico das baterias (associação de células). .... 42 

Figura  8  ‐  Banco  de  baterias  de  Íon‐lítio  do  laboratório  Fotovoltaica‐UFSC. ... 48  Figura 9 ‐ Países com as maiores reservas de lítio no mundo em  milhões de toneladas [17]. ... 49  Figura 10 ‐ Armazenamento energético mundial [18]... 50  Figura 11 ‐ Dados de armazenamento energético mundial [18]. . 50  Figura 12 ‐ Estimativa de custo x demanda. [19] ... 51  Figura 13 ‐ Circuito equivalente de Thévenin da bateria de Íon‐lítio.  ... 52  Figura 14 ‐ Curvas da evolução da tensão em função do tempo nas  baterias de Íon‐lítio. ... 55  Figura 15 ‐ Associação série e paralelo de baterias. ... 56  Figura 16 ‐ Esquema meramente ilustrativo de um BMS. ... 58  Figura 17 ‐ Principais funções do BMS [26]. ... 58  Figura 18 ‐ Baterias desbalanceadas [12] [28]. ... 61  Figura 19 ‐ Fluxograma de BMS [13]. ... 62  Figura 20 ‐ Classificação das técnicas de equalização [12]. ... 63  Figura 21 ‐ Técnicas passivas de equalização de bancos de baterias  [14]. ... 65  Figura 22 ‐ Capacitor chaveado [14]. ... 66  Figura 23 ‐ Capacitor único chaveado [14]. ... 67  Figura 24 ‐ Capacitor chaveado com comutação de dois níveis. . 67  Figura 25 ‐ Capacitor chaveado para a modularização de baterias  ... 68 

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Figura 26 ‐ Utilização de indutores para equalização de baterias.

 ... 69 

Figura  27  ‐  Balanceador  com  uso  de  um  transformador  com  enrolamento simples. ... 70 

Figura 28 ‐ Equalizador de múltiplos transformadores. ... 71 

Figura  29  ‐  Conversor  CC  ‐  CC  Cuk  no  modo  de  condução  contínuo. ... 73  Figura 30 ‐ Estrutura de balanceamento Buck. ... 74  Figura 31 ‐ Conversor Buck‐boost aplicado a equalização [28]. .... 74  Figura 32 ‐ Conversor em rampa aplicado à equalização... 75  Figura 33 ‐ Topologia balanceadora ponte completa. ... 76  Figura 34 ‐ Topologia quase ressonante. ... 77  Figura 35 ‐ Conversor Flyback simples. ... 81  Figura 36 ‐ Transformador com um único enrolamento de saída.  ... 81  Figura 37 ‐ Primeira etapa de operação. ... 82  Figura 38 ‐ Segunda etapa de operação. ... 84  Figura 39 ‐ Formas de onda do modo de condução contínua ... 85  Figura 40 ‐ Primeira etapa de operação. ... 88  Figura 41 ‐ Segunda etapa de operação. ... 89  Figura 42 ‐ Terceira etapa de operação. ... 90  Figura 43 ‐ Formas de onda do conversor Flyback MCD. ... 91  Figura 44 ‐ Curva característica de saída do conversor Flyback. .. 96  Figura 45 ‐ Conversor Flyback com dois enrolamentos na saída.  97  Figura 46 ‐ Corrente na indutância magnetizante. ... 98  Figura 47 ‐ Transformador idealizado. ... 99  Figura 48 ‐ Comportamento da tensão nos super capacitores. .. 100 

Figura  49  ‐  Relação  entre  a  derivada  negativa  da  indutância  magnetizante e as tensões nos diodos da saída. ... 100 

Figura 50 ‐ Comportamento das correntes nos semicondutores no  período emque as células estão totalmente desbalanceadas. ... 101 

Figura  51  ‐  Fase  de  transição  entre  células  desequalizadas  para  equalizadas. ... 102 

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Figura 54 ‐ Segunda etapa de operação com células desbalanceadas  (conduzirá somente o diodo de menor tensão). ... 107  Figura 55 ‐ Segunda etapa de operação com células equalizadas.  ... 110  Figura 56 ‐ Terceira etapa de operação. ... 110  Figura 57 ‐ Formas de ondas na indutância magnetizante. ... 112  Figura 58 ‐ Formas de onda da tensão e da corrente do Flyback. 113  Figura  59  ‐  Diferença  entre  o  ganho  do  período  desequalizado  e  equalizado. ... 120 

Figura 60 ‐ Razão cíclica em função do desiquilíbrio. ... 121 

Figura  61  ‐  Potência  em  função  da  razão  cíclica  e  indutância  magnetizante. ... 123 

Figura 62 ‐ Transferência de energia entre células desbalanceadas.  ... 125 

Figura 63 ‐ Tempo de equalização em função da razão cíclica. . 127 

Figura 64 ‐ Variação da corrente na saída do conversor. ... 128 

Figura  65  ‐  Equilíbrio  nos  esforços  de  tensão  entre  a  entrada  e  a  saída do conversor. ... 129  Figura 66 ‐ Conversor Flyback com quatro enrolamentos. ... 136  Figura 67 ‐ Bateria chumbo ácida estacionária moura. ... 137  Figura 68 ‐ Representação do núcleo E e do carretel. ... 150  Figura 69 ‐ Representação do entreferro. ... 152  Figura 70 ‐ Conversor Flyback com grampeador RCD. ... 157  Figura 71 ‐ Métodos de confecção dos enrolamentos. ... 161  Figura 72 ‐ Circuito de simulação no PSIM. ... 166  Figura 73 ‐ Tensão na chave. ... 166  Figura 74 ‐ Tensão na chave com a tensão de grampeamento. .. 167  Figura 75 ‐ Corrente na chave. ... 167 

Figura  76  ‐  Corrente  nos  diodos  com  circuito  sendo  equalizado.  ... 168 

Figura 77 ‐ Corrente sobre os diodos. ... 168 

Figura 78 ‐ Tensões sobre os super capacitores de saída. ... 169 

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Figura 80 ‐ Esquemático do circuito auxiliar e de potência... 170  Figura 81 ‐ Protótipo do Conversor Flyback. ... 172  Figura 82 ‐ Pulsos de comando da chave MOSFET. ... 173  Figura 83 ‐ Tensão e corrente na chave. ... 174  Figura 84 ‐ Tensão e corrente nos diodos de saída. ... 175  Figura 85 ‐ Formas de onda na saída do conversor. ... 176  Figura 86 ‐ Teste do protótipo com baterias. ... 177  Figura 87 ‐ Equalização singular. ... 178 

Figura  88  ‐ Equalizador e  baterias  no  processo  de  carregamento.  ... 179 

Figura 89 ‐ Equalizador e baterias sendo descarregadas com uma  corrente média de 1A... 180 

Figura  90  ‐  Principais  formas  de  onda  no  início  da  equalização.  ... 181  Figura 91 ‐ Formas de onda após a equalização. ... 181         

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Quadro 1 ‐ Desempenho entre diferentes tecnologias de lítio[3]. 47 

   

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(19)

Tabela 1 ‐ Principais composições de ânodos e catodos [23] ... 43 

Tabela  2  ‐  Comparação  entre  diferentes  tecnologias  de  armazenamento. ... 44 

Tabela 3 ‐ Principais dados de uma bateria ... 46 

Tabela 4 ‐ Dados do banco de baterias. ... 48 

Tabela  5  ‐  Comparação  entre  os  principais  tipos  de  equalização  existentes. ... 78 

Tabela  6  –  Informações  técnicas  fornecidas  pelo  fabricante  [20].  ... 137  Tabela 7 – Especificações gerais de entrada do conversor Flyback.  ... 138  Tabela 8 ‐ Razão cíclica crítica. ... 139  Tabela 9 ‐ Indutância magnetizante. ... 140  Tabela 10 ‐ Valor da resistência de saída. ... 140  Tabela 11 ‐ Ganho estático ... 140 

Tabela  12  ‐  Tempo  de  equalização  (super  capacitores  na  saída).  ... 141 

Tabela 13 ‐ Tensão máxima sobre a chave. ... 142 

Tabela 14 ‐ Tensão máxima sobre a chave. ... 143 

Tabela  15  ‐  Tensões  na  indutância  magnetizante  refletida  no  secundário. ... 143  Tabela 16 ‐ Tensões máximas nos diodos de saída. ... 144  Tabela 17 ‐ Corrente de pico na chave. ... 145  Tabela 18 ‐ Corrente de pico nos diodos. ... 145  Tabela 19 ‐ Corrente média na chave. ... 146  Tabela 20 ‐ Tensão média nos diodos. ... 146  Tabela 21 ‐ Tensão eficaz na chave. ... 146  Tabela 22 ‐ Corrente eficaz no diodo. ... 147 

Tabela  23  ‐  Especificações  de  entrado  do  transformador  Flyback  ... 148 

Tabela 24 ‐ Dados para o cálculo do núcleo. ... 149 

Tabela 25 ‐ Valor referência para cálculo do núcleo. ... 149 

(20)

Tabela 27 ‐ Dimensões do núcleo 42/15. ... 150  Tabela 28 ‐ Energia acumulada no transformador ... 151  Tabela 29 ‐ Valor do entreferro. ... 151  Tabela 30 ‐ Corrente pico que passa pelo transformador. ... 152  Tabela 31 ‐ Número de espiras no primário. ... 153  Tabela 32 ‐ número de espiras nos secundários. ... 153  Tabela 33 ‐ Seção máxima do condutor em cm ... 154  Tabela 34 ‐ Número de condutores em paralelo. ... 155  Tabela 35 ‐ Seção dos condutores dos secundários. ... 155  Tabela 36 ‐ Possibilidade de execução ... 156  Tabela 37 ‐ Dados para cálculo do circuito grampeador. ... 158  Tabela 38 ‐ Potência de grampeamento. ... 158  Tabela 39 ‐ Resistência de grampeamento. ... 159  Tabela 40 ‐ Capacitância de grampeamento. ... 159  Tabela 41 – Especificações do transformador... 160 

Tabela  42  ‐  Tabela  com  indutâncias  obtidas  pelas  diferentes  técnicas de enrolamento. ... 161  Tabela 43 – Mosfet. ... 163  Tabela 44 – Capacitor do circuito grampeador. ... 163  Tabela 45 – Diodo do circuito grampeador. ... 164  Tabela 46 – Diodo de saída. ... 164  Tabela 47 – Capacitor de saída. ... 165 

Tabela  48  ‐  Comparação  dos  valores  calculados  aos  simulados  (simulação ideal). ... 171 

   

(21)

SOC – Estado de Carga.  SOH – Estado de Vida.  DOD – Profundida de descarga.  CC‐CC – Corrente contínua para corrente contínua.  MCD – Modo de condução descontínua.  MCC – Modo de condução contínua.  ESS – Sistema de Armazenamento de Energia.  BMS – Sistema de Gerenciamento de Energia.  NASA – Agência Nacional da Aeronáutica e Espaço dos Estados  Unidos da América.  DOE – Banco de Dados de Armazenamento de Energia Global do  Governo Americano.  D.D.P – diferença de potencial. Tensão.  GBT – Transistor bipolar de Porta Isolada.  GTO – Gate Turn‐Off Thyristor.  WEG – empresa multinacional brasileira do ramo de eletricidade.  UFSC – Universidade Federal de Santa Catarina.  PWM ‐ Pulse Width Modulation ou Modulação de Largura de Pulso.  RCD – Resistor, capacitor e diodo.  EV – Veículos elétricos.  Ni‐Cd – bateria de níquel cádmio.  Ni‐Fe – bateria de níquel ferro.  LiAlSi4O10 – petalite.  Li‐ion – Íon lítio.   LiCoO2 ‐ Óxido de lítio cobalto.  LiMn2O4 ‐ Óxido de lítio manganês.  LiNiCoAIO2 ‐ Óxido de lítio níquel cobalto alumínio.  Li4Ti5O12 ‐ Titanato de lítio.  LiNiMnCoO2 ‐ Óxido de lítio manganês cobalto.  LiFePO4 ‐ Fosfato de lítio ferro.  LiNiO2 ‐ Dióxido de níquel de lítio.  RC – Resistor e capacitor.   

(22)
(23)

A

– Ampere, unidade de corrente elétrica. 

V

 – Volt, unidade de tensão elétrica. 

kWh

 – Unidade de energia watts hora. 

/

mAh g

 ‐ Capacidade específica em ampere hora por grama. 

/

Wh kg

 ‐ Densidade de energia por massa em quilograma.  3

/

Wh m

 ‐ Densidade volumétrica por volume em metros cúbicos. 

kHz

‐ Frequência em quilohertz. 

C

– Unidade de temperatura em graus Celsius.  OC

V

 –Tensão de circuito aberto.  S

R

 – Resistência série.  TS

C

– Capacitor de transiente de curta duração.  TS

R

– Resistor transiente de curta duração.  TL

C

– Capacitor de transiente de longa duração.  TL

R

 ‐ Resistor transiente de longa duração. 

 

SoC t

 ‐ Estado de carga da bateria no tempo t [%]. 

 

1

SoC t

 ‐ Estado de carga no tempo inicial [%]. 

I

 ‐ Corrente de carga ou descarga (A).  t ‐ Tempo (h).  bat

C

 ‐ Capacidade da bateria (Ah). 

B

 ‐ Bateria. 

R

 ‐ Resistor. 

ESR

 ‐ Resistência série do capacitor. 

Q

 ‐ MOSFET. 

N

 ‐ Número de espiras. 

S

 ‐ Chave. 

T

 ‐ Transformador. 

(24)

L

 ‐ Indutor.  X

D

 ‐ Diodo.  1

V

 ‐ Tensão de entrada.  2

V

 ‐ Tensão no secundário.  1 D

V

 ‐ Tensão no diodo um.  Lm

V

 ‐ Tensão na indutância magnetizante.  S

V

 ‐ Tensão na chave.  1

N

 ‐ Número de espiras no primário.  2

N

 ‐ Número de espiras no secundário.  o

C

 ‐ Capacitor de saída.  o

V

 ‐ Tensão da saída. 

V

 ‐ Diferença da tensão da bateria em relação ao equilíbrio.  o

R

 ‐ Resistência da saída.  d

L

 ‐ Indutância de dispersão.  m

L

 ‐ Indutância de dispersão.  o

t

 ‐ Tempo inicial.  1

t

 ‐ Tempo de comutação da primeira etapa de operação.  2

t

 ‐ Tempo de comutação da segunda etapa de operação.  3

t

 ‐ Tempo de comutação da terceira etapa de operação.  1 s

i

 ‐ Corrente na chave.  Lm

i

‐ Corrente na indutância magnetizante.  1 D

i

‐ Corrente no diodo.  Co

i

‐ Corrente no capacitor de saída.  o

I

‐ Corrente na carga.  P

I

‐ Corrente de pico.  m

I

‐ Corrente mínima. 

D

‐ Razão cíclica. 

(25)

‐ Número de secundários. 

T

‐ Período de comutação.  Lm

I

‐  Variação de corrente na indutância magnetizante.  Lmmd

I

‐ Corrente média na indutância magnetizante.  Co

V

‐  Variação da tensão no capacitor.  s

f

‐  Frequência de chaveamento.  energia

E

 ‐ Energia armazenada.  o

P

 ‐ Potência de saída.  2

t

 ‐ Tempo de comutação da segunda etapa de operação. 

G

 ‐ Ganho estático.  o

I

 ‐ Corrente de saída parametrizada.  L

di

dt

 ‐ Derivada da corrente em função do tempo. 

dv

dt

 ‐ Derivada da tensão em função do tempo.  equal

t

 ‐ Tempo de equalização. 

 ‐ Rendimento.     

(26)
(27)

1  INTRODUÇÃO GERAL ... 27  1.1  PROBLEMA ... 28  1.2  OBJETIVOS ... 28  1.2.1  Objetivo geral ... 28  1.2.2  Objetivos específicos ... 28  1.3  JUSTIFICATIVA ... 29  1.4  ESTRUTURA DO TRABALHO ... 30  1.5  PUBLICAÇÕES ... 31  2  BATERIAS DE ÍON‐LÍTIO ... 33  2.1  INTRODUÇÃO ... 33  2.2  UM BREVE HISTÓRICO ... 33  2.3  PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO ... 37  2.4  DEFINIÇÕES IMPORTANTES ... 39  2.4.1  Estado de carga (SOC – State of Charge) ... 39  2.4.2  Estado de vida (SOH – State of Health) ... 40 

2.5  FORMATOS  FÍSICOS  MAIS  COMUNS  DE 

FABRICAÇÃO DAS CÉLULAS ... 41 

2.6  TIPOS DE BATERIAS DE LÍTIO ... 42 

2.7  VANTAGENS DAS BATERIAS DE LÍTIO ... 44 

2.7.1  Desempenho entre diferentes baterias de Íon‐lítio .... 47 

2.8  DADOS ESTATÍSTICOS ... 49 

2.9  REPRESENTAÇÃO  DAS  BATERIAS  A  PARTIR  DE  CIRCUITOS ELÉTRICOS EQUIVALENTES ... 52 

2.10  SISTEMAS DE ARMAZENAMENTO DE ENERGIA ... 56 

(28)

3  TÉCNICAS DE EQUALIZAÇÃO DE BATERIAS DE  ÍON‐LÍTIO ... 60  3.1  INTRODUÇÃO ... 60  3.2  BMS (Battery Management System) ... 61  3.3  TÉCNICAS DE EQUALIZAÇÃO ... 63  3.3.1  Método passivo ... 65  3.3.2  Método ativo ... 66  3.3.2.1  Capacitores ... 66  3.3.2.2  Indutor/transformador: ... 68  3.3.2.3  Conversores CC – CC ... 71  3.3.2.4  Comparação entre os principais métodos de equalização   ...77  3.4  CONCLUSÃO ... 79  4  ANÁLISE DO CONVERSOR FLYBACK EM MODO  DE CONDUÇÃO DESCONTÍNUA (MCD) APLICADO A  EQUALIZAÇÃO DE BATERIAS ... 80  4.1  INTRODUÇÃO ... 80  4.2  FLYBACK SIMPLES ... 80  4.2.1.1  Transformador com um enrolamento de saída ... 81 

4.2.2  Conversor  Flyback  simples  no  modo  de  condução  contínua ...82 

4.2.2.1  Etapas de operação ... 82 

4.2.2.2  Formas de onda ... 85 

4.2.2.3  Análise estática do conversor Flyback em ‐ MCC ... 86 

4.2.3  Conversor  Flyback  simples  no  modo  de  condução  descontínua ... 87 

4.2.3.1  Etapas de operação ... 87 

(29)

ENROLAMENTOS  APLICADO  AO  BALANCEAMENTO  DAS  BATERIAS ... 96 

4.3.1  Conversor  Flyback  com    2  enrolamentos  no  modo  de  condução contínua... 96 

4.3.1.1  Definições básicas do transformador ... 98 

4.3.1.2  Ciclos de operação do conversor Flyback ... 100 

4.3.1.3  Etapas de operação ... 104 

4.3.1.4  Formas  de  onda  de  tensão  e  corrente  na  indutância  magnetizante ... 112  4.3.1.5  Formas de onda ... 113  4.3.1.6  Análise estática ... 114  4.3.1.7  Esforços nos semicondutores ... 130  4.4  CONCLUSÕES ... 135  5  PROJETO, DIMENSIONAMENTO E SIMULAÇÃO  NUMÉRICA DO CONVERSOR FLYBACK EM MCD ... 136  5.1  INTRODUÇÃO ... 136  5.2  ESPECIFICAÇÕES DAS BATERIAS ... 137  5.3  PROJETO DO CONVERSOR ... 138  5.3.1  Especificações de entrada do conversor ... 138 

5.3.2  Cálculo  da  razão  cíclica  crítica  em  função  dos  desiquilíbrios e relação de transformação ... 139 

5.3.3  Cálculo da indutância magnetizante ... 139 

5.3.4  Resistência de saída ... 140 

5.3.5  Cálculo do ganho estático do conversor ... 140 

(30)

5.3.7  Cálculo dos esforços de tensão e corrente: ... 141  5.3.7.1  Tensão máxima na chave: ... 141  5.3.7.2  Tesão máxima na magnetizante do lado primário: ... 143  5.3.7.3  Tensão máxima na magnetizante no secundário: ... 143  5.3.7.4  Tensão máxima nos diodos de saída: ... 143  5.3.8  Cálculo dos esforços de corrente: ... 144  5.3.8.1  Corrente de pico na chave: ... 144  5.3.8.2  Corrente de pico nos diodos: ... 145  5.3.8.3  Corrente média na chave: ... 145  5.3.8.4  Corrente média nos diodos: ... 146  5.3.8.5  Corrente eficaz na chave: ... 146  5.3.8.6  Corrente eficaz nos diodos: ... 147  5.3.9  Projeto do transformador de múltiplas saídas: ... 147  5.3.9.1  Especificações para o projeto: ... 147  5.3.9.2  Cálculo para a escolha do núcleo: ... 148  5.3.9.3  Cálculo do entreferro: ... 151 

5.3.9.4  Cálculo  do  número  de  espiras  nos  enrolamentos  primários e secundários: ... 152  5.3.9.5  Determinação da seção dos condutores: ... 154  5.3.9.5.1 Seção máxima dos condutores. ... 154  5.3.9.5.2 Determinação da seção dos condutores do primário. ... 154  5.3.9.5.3 Determinação da seção dos condutores do secundário. ... 155  5.3.9.6  Possibilidade de execução:... 156 

5.3.9.7  Considerações  finais  sobre  o  projeto  do  transformador.   ...156 

(31)

5.4.1.1  Transformador: ... 160  5.4.1.2  Chave ‐ MOSFET: ... 163  5.4.1.3  Capacitor de polipropileno: ... 163  5.4.1.4  Diodo – MUR (Ultra Fast Rectifiers) 1100 E ... 164  5.4.1.5  Diodo IXYS – ShottKy DSA90C200HB: ... 164  5.4.1.6  Capacitor de filme: ... 165  5.5  SIMULAÇÃO NUMÉRICA ... 165  5.5.1  Resultados obtidos pela simulação numérica ... 166  5.6  LEIAUTE DA PLACA ... 169  5.7  CONCLUSÕES ... 171  6  RESULTADOS EXPERIMENTAIS ... 172  6.1  INTRODUÇÃO ... 172  6.2  TESTES DO CONVERSOR ... 173  6.2.1  Resultados obtidos com cargas resistivas ... 173 

6.2.2  Resultados  obtidos  com  baterias  conectadas  na  saída   ...177  6.3  CONCLUSÃO ... 182  7  CONCLUSÃO GERAL ... 184  REFERÊNCIAS ... 186  APÊNDICE A ... 193  APÊNDICE B ... 195  ANEXO A – Descrição ... 196     

(32)
(33)

1  INTRODUÇÃO GERAL    

Operar sistemas de armazenamento com excelência requer  inúmeros  cuidados  e  é  algo  de  profunda  complexidade.  Sendo  assim os pré‐requisitos na utilização das baterias variam de acordo  com  cada  tecnologia,  porém,  aqui  neste  trabalho  haverá  um  aprofundamento sobre os cuidados com as baterias de Íon‐lítio.  

Na atualidade a demanda da geração de energia elétrica por  meios  que  impactam  menos  ao  meio  ambiente  é  algo  crescente.  Como  exemplo  de  métodos  de  geração  limpos  pode‐se  dar  destaque  a  extração  de  eletricidade  a  partir  dos  ventos  e  do  sol.  Entretanto,  estes  dois  possuem  um  problema  em  comum:  a  intermitência na geração. 

 Esta  lacuna  é  suprida  na  prática  a  partir  da  instalação  de  bancos de baterias que alimentam a carga em momentos que não  há  a  incidência  de  correntes  de  ar  ou  irradiação  solar.  A  grande  adversidade desta solução é o custo total do sistema que é elevado  expressivamente  quando  comparado  a  sistemas  sem  armazenamento. 

Esta  dissertação  abordará,  de  modo  superficial  diversas  técnicas de equalização em baterias de Íon‐Lítio a partir de revisão  bibliográfica e aprofundará as análises do conversor Flyback.  

O balanceamento das baterias é algo muito importante em  diversos aspectos, dentre os quais estão o prolongamento da vida  útil, melhora em sua eficiência e ampliação da segurança na sua  utilização.  Além  disto,  há  inúmeras  outras  vantagens  que  serão  detalhadas nos capítulos posteriores. 

Tendo em vista estas questões o respectivo trabalho focará  no estudo de bancos de baterias que possuem conexão de células  em série, a partir da aplicação do conversor Flyback no modo de  condução  descontínua  com  múltiplas  saídas,  em  malha  aberta  e  adição de controle para o balanceamento destas.  

Serão  realizadas  abordagens  teóricas  a  partir  das  análises  matemáticas do conversor com uma única saída tanto no modo de  condução contínua, como no modo de condução descontínuo (com 

(34)

resistores  na  saída).  Posteriormente  será  abordado  o  conversor  com  múltiplas  saídas  no  modo  de  condução  descontínua  com  super capacitores na saída. Por fim será realizada a prototipagem  do conversor, para testes práticos.  

Estes testes serão divididos em duas fases: a primeira com  resistores  e  a  segunda  com  baterias  de  chumbo  ácido,  visto  que  estas serão utilizadas por questões de limitações financeiras e por  segurança, já que não há BMS para realizar a proteção da utilização  de baterias do Íon‐lítio.     1.1  PROBLEMA   

Avaliar  o  desempenho  da  aplicação  do  conversor  CC‐CC  Flyback com múltiplas saídas, no modo de condução descontínua  em  malha  aberta,  na  equalização  ativa  de  tensão  das  baterias  conectadas em série tanto na carga, quanto na descarga.    1.2  OBJETIVOS    1.2.1  Objetivo geral    O principal objetivo do trabalho é gerar conhecimento que  permita  a  um  engenheiro:  conceber,  modelar,  dimensionar,  simular,  construir  e  testar  sistemas  de  equalização  de  tensão  de  baterias  conectadas  em  série,  a  partir  da  utilização  do  conversor  Flyback com múltiplas saídas no modo de condução descontínua  em malha aberta e com razão cíclica fixa.   

 

1.2.2  Objetivos específicos   

 Compreender  a  tecnologia  de  Íon‐lítio  com  um  aprofundamento  que  permita  a  sua  modelagem  e  representação em circuitos elétricos; 

 Revisar  principais  técnicas  de  equalização  já  utilizadas  pela indústria e pelo mundo acadêmico; 

(35)

 Realizar análise matemática completa do conversor Flyback  aplicado a equalização; 

 Projetar, simular e realizar o protótipo deste conversor em  MCD  (modo  de  condução  descontínuo)  aplicados  a  equalização de baterias; 

 Analisar  as  vantagens  e  desvantagens  do  uso  deste  conversor. 

 

1.3  JUSTIFICATIVA   

A bateria de Íon‐lítio é a tecnologia mais empregada para a  fabricação  de  relógios,  celulares,  laptops,  marca‐passo  cardíaco,  veículos  elétricos  ou  híbridos,  subestações  de  transmissão  de  energia, sistemas de micro ou grande geração de eletricidade sejam  eólicos,  fotovoltaicos,  hidroelétricos,  enfim  em  inúmeras  tecnologias há a presença do armazenamento.  

Estes  sistemas  são  destinados  a  inúmeras  finalidades  que  variam desde aplicações de segurança, mobilidade, praticidade ou  até a redução de intermitências na falta da fonte de geração.  

Segundo Correia (2016, p.14) a “implementação de um ESS  (energy  storage  system)  numa  fonte  renovável,  permite,  portanto,  aumentar  a  previsibilidade  da  produção,  pois,  armazena  o  excedente  de  energia  num  determinado  período  e  descarrega‐o  num momento posterior, em que haja escassez de energia” [1], por  exemplo. 

Levando‐se em consideração a importância dos sistemas de  ESS  houve  ao  longo  dos  anos  um  refinamento  dos  mesmos.  O  aperfeiçoamento  das  tecnologias  de  ESS  não  parou,  porém  chegou‐se  as  baterias  de  Lí‐Ìon  que  são  a  tecnologia  mais  difundida no mercado neste século.  

Esta  se  tornou  popular  devido  às  características  extremamente  positivas,  as  quais  cabe‐se  destacar  conforme  Correia  (2016,  p.14)  “a  alta  eficiência,  maior  longevidade  e  alta  energia específica” [1]. 

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Estas  tecnologias  apresentam  desafios  para  sua  operação  ótima.  Estes  desafios  se  devem  a  partir  de  Schmidt  (2011,  p.1)  “pelas  características  químicas  que  requerem  novas  tecnologias  para  monitorar  e  manter  as  células  durante  sua  utilização,  tomando  decisões  em  tempo  real  baseadas  em  parâmetros  medidos, e otimizando a duração do sistema para obter a máxima  performance” [2].   Considerando‐se todos estes aspectos, chega‐se à conclusão  de que há muito para colaborar cientificamente com o setor. Este  trabalho buscará contribuir com o estudo e desenvolvimento das  técnicas de equalização. Sendo estas fundamentais ao que tange a  montagem  de  bancos  de  baterias,  sendo  associadas  em  série  ou  paralelo. Os ESS’s não podem negligenciar o balanceamento, pois  a falta de balanço de tensão entre células pode levar a inutilização  das baterias.    1.4 ESTRUTURA DO TRABALHO   

Esta  dissertação  encontra‐se  dividida  em  seis  capítulos.  Cada um deles procura trazer conhecimentos relevantes acerca dos  seus  respectivos  propósitos.  Eles  possuem  introdução,  desenvolvimento  e  conclusão.  Em  cada  introdução  é  feito  um  apanhado geral do contexto do capítulo dentro do trabalho.  

Como  esta  pesquisa  envolve  distintas  áreas  do  conhecimento, pensou‐se em estruturá‐la em três eixos, sendo eles:  baterias de Íon‐lítio, equalizadores e equalizador Flyback. 

No capítulo 1 é realizada a introdução geral da dissertação  através  da  apresentação  do  problema,  objetivos,  justificativa  e  estrutura  do  trabalho  para  que  o  leitor  possa  compreender  o  contexto no qual o texto está inserido. 

No capítulo 2 encontra‐se uma revisão bibliográfica sobre as  baterias  de  Íon‐lítio,  que  vai  desde  o  histórico,  princípio  de  funcionamento até a modelagem genérica das baterias de Íon‐lítio.  No capítulo 3 busca‐se conceituar, de modo básico, sistemas  de armazenamento de energia químicos, e realiza‐se uma revisão 

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bibliográfica sobre diferentes tipos de equalizadores utilizados na  indústria  e  no  mundo  acadêmico.  O  intuito  principal  deste  capítulo  é  apresentar  a  o  leitor  que  existem  diversas  formas  de  equalizar sistemas de armazenamento.  

No capítulo 4 faz‐se uma análise estática e dinâmica (tempo  de equalização) das características quantitativas e qualitativas que  envolvem  o  conversor  Flyback  no  modo  de  condução  contínua,  descontínua,  com  enrolamento  único  e  com  múltiplos  enrolamentos. Sendo estas análises realizadas primeiramente com  resistores e posteriormente com super capacitores. 

No  capítulo  5  realiza‐se  um  passo‐a‐passo  do  projeto  do  conversor  Flyback  em  MCD  equalizador  e  a  simulação  numérica  para comprovação do estudo vigente neste documento. 

No capítulo 6 são apresentados os resultados experimentais  a  partir  da  prototipagem  do  conversor  Flyback  com  múltiplas  saídas.  Sendo  ela  crucial  para  a  comprovação  de  toda  a  teoria  desenvolvida nos capítulos anteriores. 

E  por  fim  vem  as  considerações  finais,  apêndices e  anexos  com  as  planilhas  e  documentos  importantes  para  a  reprodução  deste projeto por outros engenheiros e pesquisadores da área.    1.5 PUBLICAÇÕES    Durante o período de desenvolvimento desta dissertação, foi  realizada uma publicação com a respectiva denominação:   

G.  D.  Costa,  C.  H.  I.  Font,  I.  Barbi,  “Comprehensive  Analysis  of  a  Flyback  Converter  for  Voltage  Equalization  of  Battery  Strings,”  IEEE/IAS 13th International Conference on Industry Applications,  São Paulo, 2018. 

   

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2  BATERIAS DE ÍON‐LÍTIO    2.1  INTRODUÇÃO    Armazenar energia nunca teve um papel tão crucial para o  desenvolvimento da sociedade quanto agora. Chega‐se ao ponto  em  que  o  armazenamento  energético  dita  o  ritmo  do  desenvolvimento  tecnológico  em  praticamente  todos  os  setores.  Desde a medicina com os nano submarinos até à NASA em suas  missões  espaciais.  Levando‐se  em  consideração  este  cenário,  a  engenharia  assume  uma  grande  responsabilidade  e  papel  de  destaque nas pesquisas e desenvolvimento do setor. Os esforços se  encontram desde a descoberta de novas tecnologias de baterias até  o aperfeiçoamento das já existentes.  

Neste  capítulo,  haverá  um  maior  enfoque  na  apresentação  dos conceitos sobre baterias de Íon‐lítio. Será, de modo resumido,  explicado desde o histórico, o princípio de funcionamento até a sua  modelagem a partir de circuitos elétricos. Princípios estes que são  fundamentais para a compreensão como um todo destes sistemas.    2.2  UM BREVE HISTÓRICO   

A  história  das  baterias  não  é  algo  recente.  Tudo  começou  com  Benjamin  Franklin  em  1748  a  partir  da  análise  da  carga  de  placas de vidro. Passou por Luigi Galvani em 1786 com os estudos  dos impulsos elétricos, porém teve seu marco revolucionário com  Alessandro  Volta  em  1800  com  a  publicação  da  pilha  popularmente  conhecida  como  “Voltaica”,  em  sua  homenagem  [3]. Na Figura 1 apresenta‐se uma foto da pilha voltaica. 

Até  então  a  maioria  das  baterias  eram  primárias,  o  que  significa que não podiam ser recarregadas [3]. Portanto eram mais  rudimentares e possuíam poucas aplicações práticas. Com isto as  pesquisas  continuaram  e  consequentemente  mais  a  frente  foram  desenvolvidas novas técnicas de armazenamento de energia. 

(40)

Figura 1 ‐ Pilha Voltaica de 1800.    Fonte: Powered by Wikia [4].    Em 1836, John F. Daniell desenvolveu uma pilha de sulfato  de cobre e sulfato de zinco com um melhor desempenho e em 1859  o  médico  francês  Gaston  Planté  inventou  a  primeira  bateria  recarregável com base em chumbo ácido, apresentada na Figura 2  [3].  Ambos  os  sistemas  são  a  base  utilizada  até  hoje  nestas  tecnologias de armazenamento químico de energia elétrica.  

 

Figura 2 ‐ Primeira pilha recarregável 1859. Elemento: Chumbo ácido. 

  Fonte: Battery University [3]. 

(41)

No  ano  de  1899  Waldmar  Jungner  da  Suécia  inventou  a  primeira  bateria  de  Níquel‐Cadmio  (Ni‐Cd),  em  1901  Thomas  Edison substituiu o níquel por ferro e criou a bateria Níquel‐ferro  (Ni‐Fe).  Porém,  a  baixa  energia  específica  e  a  auto  descarga  em  baixas temperaturas levou a sua substituição em 1932. Schlecht e  Ackermann obtiveram maiores correntes de carga e melhoraram a  longevidade da NiCd. Em 1947 Georg Neumann Conseguiu selar  a célula.   Por muitos anos a bateria de NiCd recarregável aprimorada  foi a mais utilizada para aplicações portáteis. Até que entre 1960 e  1970,  devido  à  crise  energética,  iniciaram‐se  os  estudos  sobre  às  técnicas de armazenamento de Íon‐Lítio. Mas é sabido conforme  encontrado em Roselem (2012, p.60) “que o lítio foi isolado em 1817  por Johan Arfvedson, durante uma análise de uma rocha do tipo  petalite  (LiAlSi4O10).  O  pesquisador  batizou  a  rocha  com  a  palavra grega “Lithos”, que significa pedra” [5].  E em 1855, dois  cientistas,  Robert  Bunsen  e  Augustus  Matthiessen,  simultaneamente  produziram  em  grande  quantidade  o  lítio  metálico  através  da  eletrólise  do  sal  de  cloreto  de  lítio  (BRODD,  2002, apud ROSELEM et. al., 2012, p. 60) [5].  

Depois da metade do século 20 começaram a surgir registros  científicos  acerca  das  baterias  de  lítio,  encontra‐se  a  primeira  publicação  mais  especificamente  em  1958.  Os  conceitos  mais  populares surgiram no Japão com a bateria de Li/(CF)n – fluoreto  de lítio, mas não eram recarregáveis e eram inseguras pois podiam  gerar explosões [6].   As baterias de lítio passaram a ser utilizadas comercialmente  depois dos anos 90, pois até então as mesmas não tinham obtido  resultados satisfatórios no quesito segurança. Correia (2016, p.18)  fundamenta esta questão:    

A  falta  de  compostos  apropriados  e  as  dificuldades  dos  eletrólitos  cumprirem  as  regras  de  segurança  –  custo  e  performance  necessários  para  uma  bateria  ter  sucesso  no 

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mercado  –  arrastaram  durante  10  anos  a  implementação  da  tecnologia  Li‐ion.  Atualmente,  esta  tecnologia  cuja  diferença  reside,  essencialmente,  nos  materiais  usados  para  o  cátodo,  ânodo  e  eletrólito  [...]‐  é  utilizada  e  comercializada  em  larga  escala.  Assim, embora as primeiras baterias de Lítio  datem  do  final  de  1960,  e  tenha  havido  bastante pesquisa e investigação durante essa  época, apenas na década de 90, o conceito se  tornou  viável  com  a  substituição  do  uso  do  metal Li pelo Li iônico [1]. 

 

Nos  anos  80  o  cientista  americano  John  Bannister  Goodenough inventou a bateria de Lítio com o catodo fabricado  utilizando óxido de cobalto. O mesmo cientista lançou, pela Sony,  em 1991, comercialmente a primeira bateria recarregável de Íon‐ lítio,  com  ânodo  de  grafite  (C)  e  cátodo  de  cobalto  de  lítio  (LiCoO2).  Essa  célula  tem  uma  tensão  nominal  de  3,7  V  [5].  (STEWART, 2012, apud ROSELEM et. al., 2012, p. 60). A história  da bateria de lítio pode ser sintetizada em três grandes fases: 

Li/CF(N) 1970 – Bateria recarregável (LiCoO2) – Baterias Lí‐Íon¹ 

 Na atualidade a bateria de Íon‐lítio, apresentada na Figura 3,  é  a  tecnologia  mais  empregada  para  a  fabricação  de  diversos  utensílios utilizados pela humanidade na vida contemporânea. 

 

Figura 3 ‐ Bateria de Íon‐lítio. 

  Fonte: Battery University [3] 

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¹  Na atualidade há inúmeras tecnologias. As mais usuais são:   Óxido de lítio cobalto (LiCoO2) – LCO;   Óxido de lítio manganês (LiMn2O4) ‐ LMO;   Óxido de lítio níquel cobalto alumínio (LiNiCoAIO2) – NCA;   Titanato de lítio (Li4Ti5O12) – LTO;   Óxido de lítio manganês cobalto (LiNiMnCoO2) – NMC;    Fosfato de lítio ferro (LiFePO4) – LFP     2.3  PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO   

Uma  bateria  recarregável  é  um  dispositivo  que  armazena  energia elétrica na forma de compostos eletroquimicamente ativos  (energia  química)  e,  vice‐versa,  transforma  energia  química  em  elétrica [23].  

É,  portanto,  um  dispositivo  capaz  de  armazenar  e  gerar  energia  elétrica  mediante  reações  eletroquímicas  de  oxidação  (perda de elétrons) e de redução (ganho de elétrons).  

Nessas  reações  a  transferência  dos  elétrons  ocorrem  no  circuito elétrico externo, o que gera a corrente elétrica. Quando a  bateria  é  utilizada,  isto  é,  na  descarga,  a  energia  química  armazenada nos eletrodos se transforma direta e espontaneamente  em energia elétrica [2]. 

As  baterias  de  Íon‐lítio  respeitam  o  princípio  básico  universal  da  óxido‐redução,  que  rege  o  funcionamento  de  qualquer bateria.  

Elas  são  compostas  basicamente  por  um  cátodo  (elemento  eletricamente  mais  positivo),  um  ânodo  (eletricamente  mais  negativo),  um  eletrólito  (elemento  pelo  qual  ocorre  a  troca  dos  elétrons) e um separador que isola internamente os polos, evitando  assim um curto circuito interno [23]. No esquemático da Figura 4  encontra‐se  uma  bateria  de  Íon‐Lítio  com  a  apresentação  das  reações químicas internas. 

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Figura 4 ‐ Bateria de Íon‐lítio. 

 

Fonte: adaptado de FEUP,2016 [6]   

Durante  o  processo  de  carga,  Li+ions  migram  do  ânodo  (negativo)  para  o  cátodo  (positivo),  conforme  apresentado  na  Figura 5.  O  contrário  acontece  quando  se  descarrega,  ou  seja,  elétrons  são  retirados  do  cátodo  (oxidante  neste  momento)  e  transportados  até  o  ânodo  [23].  Às  seguintes  reações  químicas  ocorrem  internamente  em  uma  bateria  de  LiCoO2  (Óxido  de  cobalto de lítio) no momento da descarga.    Semirreação do Ânodo: LiyC6 (s) → y Li + C6 + y e‐   Semirreação do Cátodo: LixCoO2 (s) + y Li+(s) + y e‐ → Lix+yCoO2(s)  ________________________________________________________________  Reação Global:  LiyC6(s) + LixCoO2 → C6 (s) + Lix+yCoO2(s) [7]   

Esta  reação  é  a  partir  da  composição  química  da  primeira  bateria  com  reversibilidade,  ou  seja,  com  capacidade  de  ser  recarregada.  Fabricada  em  1991  pela  Sony,  contém  aproximadamente  uma  tensão  de  3,7V  em  uma  temperatura  de  25°C.   

(45)

Figura 5 ‐ Representação da carga e descarga de uma bateria. 

  Fonte: Autoral. 

 

Essas  baterias  são  recarregáveis,  bastando  impor  uma  corrente elétrica externa que provoca a migração dos Íons‐lítio no  sentido inverso, ou seja, do óxido para a grafita [4].  

Com isto pretendeu‐se, de modo resumido e básico, explicar  os princípios das reações químicas existentes em baterias. Sendo  que neste trabalho não há o objetivo de repassar informações mais  aprofundadas  em  torno  delas.  Para  quem  tem  o  objetivo  de  entender  mais  sobre  os  princípios  químicos  recomenda‐se  pesquisar nos referenciais bibliográficos explicitados ao final desta  dissertação.    2.4  DEFINIÇÕES IMPORTANTES    2.4.1  Estado de carga (SOC – State of Charge)    O estado de carga da bateria indica o percentual de energia  acumulada  (Carga)  que  há  na  bateria  [8].  Ele  pode  ser  medido  quando  a  bateria  está  em  circuito  aberto‐off‐line,  após  a  acomodação  da  tensão  de  flutuação,  sendo  este  o  método  mais  eficiente.  Ou  ainda,  estimado  a  partir  da  medição  de  algumas 

Sentido do fluxo de elétrons

++ +

+

CÁTODO FILTRADO ÂNODO

1

++ +

+

CÁTODO FILTRADO ÂNODO

2 Carregada + + + +

CÁTODO FILTRADO ÂNODO

3 Bateria sendo descarregada

CÁTODO FILTRADO ÂNODO

4 Bateria descarregada + + + +

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variáveis como: a tensão, a corrente, temperatura ou a resistência  interna por exemplo, método conhecido como on‐line. 

 

2.4.2  Estado de vida (SOH – State of Health)   

É  a  medição  do  percentual  da  condição  da  bateria  atual  comparada com às condições ideais. Este valor é 100% quando a  bateria está nova e diminui de acordo com seu uso.  A cada ciclo  (carga  ou  descarga)  uma  pequena  quantidade  de  massa  ativa  se  desprende  das  placas  reduzindo  a  capacidade  da  bateria.  Como  não representa uma medição física, não existe ainda um consenso  sobre sua medição. Mas de forma geral é possível relacioná‐lo com  as  seguintes  variáveis  (BOSH,  2007;  LINDEN  2002,  apud.  OGAWA, 2011):     Resistência, capacitância e impedância internas;   Capacidade;   Auto descarga;   Habilidade para aceitar carga;   Número de ciclos de carga/descarga;   Tipo de separador utilizado;   Densidade da pasta de revestimento das grades;   Profundidade de descarga.    Detalhando um pouco melhor os itens acima listados a auto  descarga por exemplo ocorre devido as condições inadequadas de  temperatura,  idade  da  bateria,  humidade  e  quantidade  de  impurezas metálicas. A resistência interna estabelece a quantidade  de energia que pode ser absorvida da bateria em um determinado  tempo.  Ela  muda  de  acordo  com  a  temperatura,  quanto  mais  elevada a temperatura menor é a resistência interna e vice‐versa.  Profundidade  de  descarga  ou  o  DOD  (Depht  of  Discharge)  é  o  percentual  da  capacidade  nominal  da  bateria  que  foi  perdida  durante um processo  de descarga  [6].  Na  Figura 6  é  apresentado  uma representação do SOC e DOD. 

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Há também a profundidade de carga que é o percentual de  energia acumulada  para  um  dado  valor  de  corrente  de  descarga  [6].  Todas  estas  definições  são  básicas  para  a  compreensão  do  funcionamento  das  baterias.  Mas  ainda  são  dados  que  geram  grandes desafios a ciência em sua obtenção e que tornam o setor  de armazenamento um dos mais estudados na área de engenharia  atualmente.     Figura 6 ‐ Estado de carga e profundidade de descarga.    Fonte: FEUP,2016 [6].    2.5 FORMATOS FÍSICOS MAIS COMUNS DE FABRICAÇÃO  DAS CÉLULAS    Estas baterias existem em diversos formatos que podem ser  cilíndricos,  mostrado  na  Figura 7  (a),  em  forma  de  pastilhas  (b),  prismáticos (c) ou em forma de cartuchos conforme ilustrado em  (d).  

As formas como as células são associadas variam de acordo  com o objetivo de aplicação e consequentemente com as potências  a serem obtidas. 

 As  células  cilíndricas  são  amplamente  utilizadas  em  equipamentos  de  envio  de  sinais  como  controles  de  TV,  ar  condicionado,  etc.  As  prismáticas  em  veículos  elétricos  e  entre  outras aplicações.  

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Figura 7 ‐ Formato físico das baterias (associação de células).    Fonte: CHEN, Min.    2.6 TIPOS DE BATERIAS DE LÍTIO   

Existem  diversas  tecnologias  de  Íon‐lítio  e  o  que  as  diferencia são os materiais usados na sua fabricação. Na Tabela 1 é  mostrado os principais materiais usados como matéria prima do  catodo  e  do  anodo.  É  realizado  também  uma  comparação  entre  diferentes composições. 

O  eletrólito  é  projetado  especificamente  para  cada  bateria.  Ele  pode  ser  líquido,  em  gel,  polímero  sólido  ou  um  sólido  inorgânico.  O  separador  não  participa  das  reações  químicas  e  geralmente  é  fabricado  com  polietileno  ou  polipropileno.  Na  atualidade há inúmeras tecnologias. As mais usuais são: 

 

 Óxido de lítio cobalto (LiCoO2) – LCO;   Óxido de lítio manganês (LiMn2O4) ‐ LMO; 

 Óxido  de  lítio  níquel  cobalto  alumínio  (LiNiCoAIO2)  –  NCA;   Titanato de lítio (Li4Ti5O12) – LTO;   Óxido de lítio manganês cobalto (LiNiMnCoO2) – NMC;    Fosfato de lítio ferro (LiFePO4) – LFP.  + + -Eletrólito líquido Eletrólito líquido (a) (c) (d) Malha de alumínio +Eletrodo plástico (Cátodo) Eletrodo plástico ‐Eletrodo plástico (Ânodo) Malha de cobre (b) Revestimento externo Separador Carbono Eletrólito líquido 3.8V 1.5 Ah Revestimento externo Separador Separador Separador Separador Al Cu Carbono Carbono Li1+xMn2O4 Li1+xMn2O4 Li1+xMn2O4 3‐4.1 W Revestimento externo 1.1 Ah Al Cu

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Um  exemplo  de  aplicação  das  baterias  de  LFP,  são  a  utilização  das  duas  últimas  respectivamente  em  um  banco  de  baterias de 66kWh e do ônibus elétrico do laboratório Fotovoltaica  da Universidade Federal de Santa Catarina.     Tabela 1 ‐ Principais composições de ânodos e catodos [23]  Tipo  Química  Capacidade  específica em mAh/g  (teórica/observada)   Potencial em V  Cátodo  LiCoO2  273/160  3,9  LiNiO2  274/180  3,6        LiNixCoyMn2O2 ~270//150‐180  3,8        LiNixCoyAl2O2  ~250/150‐180  3,7  LiMn2O4  148/130  4,1         LiMn1,5Ni0,5O4  146/130  4,7  LiFePO4  170/160  3.45  LiMnPO4  171/80‐150  4,1  LiNiPO4  166/‐  5,1  LiCoPO4  166/60‐130  4,8  Li2FeSiO4  165/160  2,8   Li2MnSiO4  166/140  ~4,0      Li3V2(PO4)3  131/130  4,1/3,6  LiFeBO3  220/~150  2,7  LiMnBO3  222/‐  3,7  TiS2  239/200  2,0  VS2  233/210  2,2  Ânodo  Grafite  372/330  0,1‐0,2  Carbono leve   ‐‐/<700  <1  Carbono pesado  600  <1  Li4TiO12  175/170  1,55  TiO2  168/168  1,85  SnO2  782/780  <0,5  Sn  993/990  <0,5  Si  4198/<3500  0,5‐1  Al  2235  <0,3  Bi  385  <0,8  Fonte: Ellis, B. L, 2009. 

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O desempenho de uma bateria depende das características  de fabricação de seus elementos [2]. Quesito, este, bem descrito a  partir da Tabela 1. Outra situação que é importante destacar é o  desempenho da segurança para diferentes tipos de aplicações que  é  variável  ao  tipo  de  material  usado  no  eletrodo  e  catodo.    As  baterias de óxido de lítio manganês cobalto (LiNiMnCoO2) – NMC  e fosfato de lítio ferro (LiFePO4) – LFP por exemplo obtém melhor  segurança em altas potências.   A complexidade destes sistemas é intrínseca e torna o estudo  ainda mais desafiador, mas buscou‐se ser o mais didático possível  ao que tange a explicação de caráter descritivo à cerca das baterias  de Íon‐lítio.     2.7 VANTAGENS DAS BATERIAS DE LÍTIO   

Estas  baterias  são  consideradas  uma  revolução  no  mundo  tecnológico  do  século  XX  e  XXI,  pois  possibilitaram  um  desenvolvimento  exponencial  da  ciência.  E  o  que  às  torna  superiores,  em  relação  às  demais  existentes  no  mercado,  obviamente  são  os  componentes  que  são  utilizados  em  sua  fabricação. Na Tabela 2 apresenta‐se uma comparação da bateria de  Íon‐lítio com outras baterias. 

 

Tabela 2 ‐ Comparação entre diferentes tecnologias de armazenamento. 

  Chumbo‐

ácido    Ni‐Cad  NiMh   Lithium‐ion 

Custo Inicial  Baixo  Médio  Médio   Alto  

Custo a 

longo prazo  Alto  Médio   Médio   Baixo  

Segurança  Boa  Boa   Boa  Boa 

Impacto 

ambiental  Alto  Alto  Médio/alto  Médio/Baixo 

Ciclos   200  250  400‐500  400‐600 

Tensão 

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Densidade  de energia  (Wh/kg)  35  41  80  120  Densidade  de energia  volumétrica  (Wh/m³)  80  120  200  280  Auto  descarga por  mês (%)  <5  <10  <2  <5  Efeito 

memória   Não  Sim  Pouco  Não 

Temp.(°C)  ‐15 a 50  ‐20 a 50  ‐20 a 60  ‐20 a 60 

Peso  Pesada  Leve  Leve  Muito leve. 

Tempo de 

carga  Longo  Médio   Médio  Curto 

Fonte: Ellis, B. L, 2009.    De acordo com Roselem (2012, p.62) os principais desafios a  serem superados pelas tecnologias de armazenamento são [5]:    a) alta confiabilidade;  b) alto desempenho (ciclos de vida e profundidade de descarga);  c) alta densidade energética (Wh/kg e Wh/l);  d) ampla faixa de temperatura de operação;  e) tempo de recarga reduzido;  f) vida útil elevada;  g) peso e volume reduzidos;  h) custo razoável;  i) segurança;  j) não agressividade ao meio ambiente.    Estes desafios são, em parte, superados pela bateria de lítio  e  são  exatamente  o  que  a  torna  mais  atraente  que  as  demais.  Inclusive estas características viabilizam a fabricação de veículos  elétricos  sofisticados,  eletroeletrônicos  e  equipamentos  médicos  cada vez mais compactos, autônomos e eficientes. Quando busca‐

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se  realizar  a  compra  de  uma  bateria  em  geral  os  fabricantes  fornecem às especificações demonstradas na Tabela 3. 

 

Tabela 3 ‐ Principais dados de uma bateria 

Principais dados da bateria 

Corrente – I  fluxo ordenado dos elétrons.  A 

Tensão – V  força que impulsiona os elétrons.  V  Capacidade   específica – C  É a quantidade de corrente que a célula  é capaz de fornecer em um determinado  tempo.  Ah  Energia específica – Wh  É a quantidade de energia elétrica que a  célula  é  capaz  de  fornecer  em  um  determinado tempo. 

Wh 

Energia específica  mássica – Wm 

É a quantidade de energia elétrica que a  célula  é  capaz  de  fornecer  em  uma  determinada massa. 

Wh/kg

Energia específica  volumétrica ‐ Wv 

É a quantidade de energia elétrica que a  célula  é  capaz  de  fornecer  em  um 

determinado volume.  Wh/m³

Potência específica ‐ P 

Capacidade  de  a  bateria  fornecer  altas  taxas de corrente em regime longo ou de  curta duração. 

Wh/kg

Ciclos de vida  É número de cargas e descargas.   Ciclos 

Fonte: Roselem,2012.    

A  cada  dia  surgem  inúmeras  inovações  que  aprimoram  ainda  mais  a  performance  das  baterias,  até  a  data  da  realização  deste estudo os dados encontrados na revisão bibliográfica, foram  os acima apresentados.  

A  partir  das  informações  aqui  apresentadas  é  possível  verificar algumas vantagens das baterias de Íon‐lítio em relação às  demais  citadas  na  Tabela  1,  vale  ressaltar  a  alta  densidade  energética,  tensão  elevada,  ausência  do  efeito  memória  e  manutenção simples. Estas são as vantagens que as tornam muito  populares no mundo tecnológico hoje em dia. 

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2.7.1 Desempenho entre diferentes baterias de Íon‐lítio   

O  Quadro  1  apresenta  gráficos  com  o  desempenho  das  tecnologias  comercialmente  mais  utilizadas,  entre  as  quais  estão  custo,  energia  específica,  potência  específica,  segurança,  performance e vida útil.    Quadro 1 ‐ Desempenho entre diferentes tecnologias de lítio [3].    Fonte: Battery University [3].  Lítio Óxido de Cobalto (LiCoO2) Lítio Óxido de Manganês (LiMn2O4) Lítio Níquel óxido de cobalto e manganês (LiNiMnCoO2 or NMC) Lítio fosfato de ferro (LiFePO4) Lítio Níquel Óxido de colbalto alumínio  (LiNiCoAlO2) Lithium Titanate (Li4Ti5O12) Custo Vida útil Performance Segurança Potência Específica Energia específica Custo Vida útil Performance Segurança Potência Específica Energia específica Custo Vida útil Performance Segurança Potência Específica Energia específica Custo Vida útil Performance Segurança Potência Específica Energia específica Custo Vida útil Performance Segurança Potência Específica Energia específica Custo Vida útil Performance Segurança Potência Específica Energia específica

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No  laboratório  em  que  esta  pesquisa  vem  sendo  desenvolvida,  o  Fotovoltaica  da  Universidade  Federal  de  Santa  Catarina, existe um banco de baterias (Figura 8) que é composto por  baterias  de  Íon‐lítio  fosfato  de  ferro.  Como  foi  apresentado  no  Quadro 1 a mesma possuí um excelente desempenho nos quesitos  potência  específica,  segurança  e  vida  útil.  O  sistema  de  gerenciamento  foi  desenvolvido  pela  empresa  americana  denominada Elithion e o sistema de balanceamento é passivo com  resistor chaveado. A integração do sistema e montagem do ESS foi  realizada pela empresa Brasileira WEG.    Figura 8 ‐ Banco de baterias de Íon‐lítio do laboratório Fotovoltaica‐ UFSC.    Fonte: Autoral.    A Tabela 4 apresenta os principais dados do banco de baterias.    Tabela 4 ‐ Dados do banco de baterias.  Dado Unidade Número de células em série  224  Tensão de cada célula  3,6V  Capacidade de cada célula  90Ah  Fonte: Autoral. 

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2.8 DADOS ESTATÍSTICOS    

O  lítio  é  o  elemento  de  número  3  na  tabela  periódica,  sua  quantidade  na  natureza  é  estimada  em  cerca  de  230  milhões  de  toneladas,  sendo  que  a  maior  parte  deste  lítio  é  encontrado  no  oceano. Os países que possuem as maiores reservas de lítio podem  ser observados na Figura 9.    Figura 9 ‐ Países com as maiores reservas de lítio no mundo em milhões  de toneladas [17].    Fonte: Statista, 2018.   

O  país  no  mundo  que  mais  possui  reservas  de  lítio  é  a  Bolívia, seguida pela Argentina, China e Austrália. Considerando  que  a  demanda  por  lítio  tende  a  crescer  exponencialmente  nos  próximos anos, sendo o reflexo do crescente número de veículos  elétricos  se  faz  prudente  estudar,  desde  já,  novas  formar  de  armazenar energia.  

Porém, ainda há a partir dos dados de reservas de lítio no  mundo,  o  suficiente  para  suprir  o  consumo  pelo  menos  das  próximas gerações.  

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De  acordo  com  o  Departamento  Americano  de  Armazenamento  de  Energia  (DOE)  o armazenamento  energético  ao longo dos anos vem sendo predominantemente dominado pelo  armazenamento hídrico, de acordo com a Figura 10.    Figura 10 ‐ Armazenamento energético mundial [18].  Fonte: DOE, 2018.  

Para  visualizar  melhor  o  armazenamento  eletroquímico  se  faz  necessário  desconsiderar  o  dado  de  armazenamento  hídrico,  conforme mostrado na Figura 11. 

 

Figura 11 ‐ Dados de armazenamento energético mundial [18]. 

  Fonte: DOE, 2018. 

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A demanda por Íon‐lítio advinda de baterias para veículos  elétricos  crescerá  de  modo  bastante  significativo  nos  próximos  anos.  Consequentemente  o  preço  do  mesmo  será  reduzido  proporcionalmente, conforme apresenta a Figura 12.    Figura 12 ‐ Estimativa de custo x demanda. [19]   Fonte: Capitalist, Visual.    A partir dos dados aqui apresentados pode‐se presumir que  armazenar energia é extremamente importante para o presente e  futuro  da  sociedade.  Ao  que  tange,  principalmente,  o  desenvolvimento de veículos elétricos. Diversos países do mundo  já  estabelecem  metas  de  substituição  de  suas  frotas  veiculares  movidas  a  petróleo  por  veículos  elétricos.  Sendo  assim  muitas  pesquisas  se  voltam  ao  setor  para  a  solução  dos  desafios  que  se  impõem como entraves ao seu desenvolvimento.  

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2.9 REPRESENTAÇÃO  DAS  BATERIAS  A  PARTIR  DE  CIRCUITOS ELÉTRICOS EQUIVALENTES 

 

Para realizar estudos e pesquisas acerca das baterias, em que  objetivam‐se  verificar  o  seu  comportamento  diante  de diferentes  estímulos  e  aplicações,  há  a  necessidade  de  obter  um  modelo  equivalente que a represente. Este modelo pode ser apresentado  de  diversas  formas,  porém  entre  os  principais  estão  o  químico,  térmico, elétrico ou uma combinação entre estes.   

Nesta dissertação há o objetivo de aplicar o conversor CC‐ CC Flyback na equalização das baterias conectadas em série, sendo  assim se torna mais apropriado utilizar o modelo elétrico. 

 Na  literatura  há  inúmeras  formas  de  representar  estes  circuitos, mas optou‐se aqui em utilizar o circuito equivalente de  Thévenin,  pois  ele  representa  de  modo  bastante  preciso,  quando  perturbado por um sinal, o comportamento estático e dinâmico da  bateria de Íon‐lítio. Este circuito é apresentado na Figura 13.    Figura 13 ‐ Circuito equivalente de Thévenin da bateria de Íon‐lítio.    Fonte: CHEN, Min; MORA.    A bateria de Íon‐lítio pode ser representada por uma fonte  de  tensão  de  circuito  aberto  em  série  com  um  resistor  e  dois  circuitos  RC  em  paralelo.  A  seguir  tem‐se  uma  legenda  das  variáveis do circuito da Figura 13. 

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