S
ISTEMASDEATERRAMENTO Prof. Me. Fábio CruzSUMÁRIO
Introdução
Aterramento dos equipamentos Elementos de uma malha de terra Resistividade do solo
Fatores que influenciam na resistividade do solo Proteção contra contatos indiretos
Cálculo da malha de terra
INTRODUÇÃO
O sistema de aterramento tem por objetivos:
Proteção do indivíduo contra contatos com partes
metálicas da instalação energizadas acidentalmente;
Uniformização do potencial em toda a área do
projeto, prevenindo contra lesões que possam surgir durante uma falta fase-terra.
INTRODUÇÃO
O sistema de aterramento tem por objetivos:
Segurança de atuação da proteção;
Oferece um percurso de baixa impedância permitindo assim que haja operação automática, rápida e segura do sistema de proteção.
Os sistemas não aterrados foram muito populares nas instalações industriais na primeira metade do século 20, pois as cargas acionadas por motores não parariam por causa de um curto circuito fase-terra.
INTRODUÇÃO
O sistema de aterramento tem por objetivos:
Proteção das instalações contra descargas
atmosféricas;
Escoamento das cargas estáticas acumuladas em
estruturas e carcaças dos equipamentos em geral.
INTRODUÇÃO
O sistema de aterramento tem por objetivos:
Fornecer um plano de referência de tal modo
que os equipamentos eletrônicos possam operar satisfatoriamente tanto em altas como em baixas frequências.
ATERRAMENTO DOS EQUIPAMENTOS
As diferentes malhas de aterramento (para-raios,equipamentos de média tensão e eqpts. de baixa tensão) da instalação devem estar interligadas.
À malha de terra devem ser ligados: Neutro do transformador de potência;
Para-raios instalados nas extremidades do ramal de ligação;
Carcaça metálica dos equipamentos elétricos; transformadores de potência, de medição, disjuntores, capacitores, motores, etc.
Suportes metálicos de chaves fusíveis e seccionadoras, isoladores de apoio, telas de proteção, portões de ferro, etc;
estruturas metálicas em geral (quadros de distribuição).
ATERRAMENTO DOS EQUIPAMENTOS
As diferentes malhas de aterramento (para-raios,equipamentos de média tensão e eqpts. de baixa tensão) da instalação devem estar interligadas.
À malha de terra devem ser ligados: Neutro do transformador de potência;
Para-raios instalados nas extremidades do ramal de ligação;
Carcaça metálica dos equipamentos elétricos; transformadores de potência, de medição, disjuntores, capacitores, motores, etc.
Suportes metálicos de chaves fusíveis e seccionadoras, isoladores de apoio, telas de proteção, portões de ferro, etc;
estruturas metálicas em geral (quadros de distribuição).
ELEMENTOS DE UMA MALHA DE TERRA
Sistema de aterramento industrial
Fonte: Mamede.
SISTEMA DE ATERRAMENTO
S
ISTEMA
DE
ATERRAMENTO
• Conhecidos como sistema a cinco condutores.
• O condutor de proteção é responsável pela condução das correntes de defeito entre fase e massa.
SISTEMA TN-S
• Condutor neutro e de proteção são distintos.
SISTEMA DE ATERRAMENTO
• Sistema mais utilizado em instalações de pequeno porte (redução de custo).
SISTEMA DE ATERRAMENTO
SISTEMA DE ATERRAMENTO
SISTEMA DE ATERRAMENTO
SISTEMA DE ATERRAMENTO
SISTEMA IT• A corrente de defeito à terra na configuração estrela, com ponto neutro aterrado com uma impedância elevada, é de pequena intensidade, não sendo obrigatório o seccionamento da alimentação.
• A utilização do sistema IT está restrito a casos específicos:
a) Instalações industriais de processo contínuo, com tensão igual ou superior a 380V, desde que:
• Continuidade de operação seja essencial. • Manutenção e supervisão com BA4 e BA5. • Sistema de detecção permanente de falta à terra. • O condutor neutro não seja distribuído.
ELEMENTOS DE UMA MALHA DE TERRA
1. Eletrodos de terra (eletrodos verticais ouhastes de aterramento)
Aço galvanizado – uso restrito, pois sofre corrosão. Aço cobreado – possui camada de cobre sobre o
vergalhão de aço. Resulta em elevada resistência à corrosão.
Haste prolongável
Haste comum
Luva de emenda
ELEMENTOS DE UMA MALHA DE TERRA
1. Eletrodos de terra (eletrodos verticais ou hastes de
aterramento)
O material deve ter as seguintes propriedades: - Bom condutor de eletricidade;
- Praticamente inerte às ações dos ácidos e sais dissolvidos no solo; - Sofrer menor ação possível da corrosão galvânica;
- Resistência mecânica compatível com a cravação e movimentação do solo.
As melhores hastes são geralmente as cobreadas:
Tipo Copperweld: barra de aço de seção circular onde o cobre é fundido sobre a mesma.
Tipo Encamisado por Extrusão: A alma de aço é revestida por um tubo de cobre através do processo de extrusão.
Tipo Cadweld: O cobre é depositado eletroliticamente sobre a alma de aço.
ELEMENTOS DE UMA MALHA DE TERRA
2. Condutor de aterramento
Dimensão definida pela magnitude da corrente de defeito fase-terra.
Solos com características ácidas:
pode usar condutor de cobre nu de seção não inferior a 16 mm2. Solos com características
alcalinas: Seção não deve ser inferior a 25 mm2. Subestações industriais: seção
superior a 25 mm2 (esforços
mecânicos) Condutor de cobre nu
ELEMENTOS DE UMA MALHA DE TERRA
2. Condutor de aterramento
Na prática utiliza-se, no mínimo, o
condutor de 35 mm2 .
Este condutor suporta os esforços
mecânicos da movimentação do solo e dos veículos que transportam os equipamentos durante a montagem da subestação.
Condutor de cobre nu
ELEMENTOS DE UMA MALHA DE TERRA
2. Conexões
Conectores aparafusados
Sempre que possível deve ser evitado
Fonte: http://www.dpr.com.br/upload/catalogo/%7BEF42F8A1-8B77-4728-A2AEF5B06B5BF7DD%7D_4_Conector%20Aterramento2_ft.jpg
Acesso em 23/04/2016
ELEMENTOS DE UMA MALHA DE TERRA
2. Conexões Conexão exotérmica: ocorre a fusão entre o elemento metálico de conexão e o condutor.
ELEMENTOS DE UMA MALHA DE TERRA
2. Conexões Conexão exotérmica
ELEMENTOS DE UMA MALHA DE TERRA
3. Condutor de proteção
Utilizado para a ligação das massas aos terminais de aterramento parcial e principal.
Cor verde ou verde e amarelo
R
ESISTÊNCIADEUMSISTEMADEATERRAMENTO Considera-se como resistência de terra o efeito detrês resistências:
1. Resistência relativa às conexões entre os eletrodos de terra (hastes e cabos).
Obs.: valor desprezível perante os demais.
2. Resistência de contato entre os eletrodos de terra e a superfície do terreno em torno dos mesmos.
3. Resistência do terreno nas imediações dos eletrodos de terra (resistência de dispersão).
R
ESISTÊNCIADEUMSISTEMADEATERRAMENTO 90% da resistência elétrica total de um terrenoque envolve um eletrodo se encontra dentro de um raio de 1,8 a 3,5 m do eixo geométrico do referido eletrodo.
• Quando dois eletrodos demasiadamente próximos são percorridos por uma elevada corrente de falta, dispersa por ambos, esta provoca um aumento na impedância mútua. • A distância mínima entre
eletrodos contíguos deve
corresponder ao comprimento efetivo de uma haste.
Resistência de um sistema de terra de eletrodos verticais em paralelo
PROJETO DE SISTEMA DE ATERRAMENTO
Para projetar adequadamente o sistema de aterramento deve-se seguir as seguintes etapas: 1. Definir o local de aterramento;
2. Providenciar várias medições no local; 3. Fazer a estratificação do solo nas suas
respectivas camadas;
4. Definir o tipo de sistema de aterramento desejado;
5. Calcular a resistividade aparente do solo para o respectivo sistema de aterramento;
6. Dimensionar o sistema de aterramento, levando em conta a sensibilidade dos relés e os limites de segurança pessoal.
SISTEMAS DE ATERRAMENTO
Os tipos principais de sistema deaterramento são:
Uma simples haste cravada no solo; Hastes alinhadas;
Hastes em triângulo; Hastes em quadrado; Hastes em círculos;
Placas de material condutor enterradas
no solo;
SISTEMAS DE ATERRAMENTO
Os tipos principais de sistema de aterramento são:
Fios ou cabos enterrados no solo, formando
diversas configurações, tais como:
a. extendido em vala comum;
b. quadriculados, formando uma malha de terra. O tipo de sistema de aterramento a ser adotado
depende da importância do sistema de energia elétrica envolvido, do local e do custo. O sistema mais eficiente é o MALHA DE
SISTEMAS DE ATERRAMENTO
Os tipos principais de sistema de aterramento são:
MALHA DE TERRA.
R
ESISTIVIDADEDOSOLOConstitui a principal característica a ser obtida para a realização de projeto de um sistema de aterramento.
R
ESISTIVIDADEDOSOLOPara cálculos precisos de resistividade do solo é empregado terrômetro.
R
ESISTIVIDADEDOSOLOPara levantamento da curva de resistividade do solo no local de aterramento, pode-se empregar diversos métodos:
Método de Wenner
Método de Lee
Método de Schlumberger - Palmer
Nesta disciplina será empregado o método de Wenner.
R
ESISTIVIDADEDOSOLOMétodo de Medição – Método de Wenner 4 eletrodos de teste em linha separados por uma distância A. Eletrodos devem ser enterrados no solo com uma profundidade
de 20 cm.
Dois eletrodos extremos estão ligados aos terminais de corrente. Dois eletrodos centrais ligados aos terminais de potencial.
R
ESISTIVIDADEDOSOLOMétodo de Medição – Método de Wenner A corrente passando pelos eletrodos de corrente produz
R
ESISTIVIDADEDOSOLOMétodo de Medição – Método de Wenner A corrente passando pelos eletrodos de corrente produz
potencial nos eletrodos centrais
(Fórmula de Palmer)
Recomenda-se:
Para um afastamento entre as hastes relativamente grande,
isto é, a > 20p, a fórmula de Palmer se reduz a:
R
ESISTIVIDADEDOSOLO
Método de Wenner - Cuidados na medição
1.As hastes devem estar alinhadas
2.
As hastes devem estar igualmente espaçadas
3.As hastes devem estar cravadas no solo a
uma mesma profundidade, recomenda-se 20
a 30 cm;
4.
As hastes devem estar bem limpas (isentas
de óxidos e gorduras);
R
ESISTIVIDADEDOSOLOMétodo de Wenner - Cuidados na medição 8. A condição do solo (seco, úmido) durante a medição
deve ser anotada;
9. Não deve ser feitas medições sobre condições atmosféricas adversas;
10. Utilizar calçados e luvas de isolação para executar as medições;
11. Medição deve ser feita após a terraplanagem e depois de decorrido algum tempo para a estabilização físico-química do solo.
R
ESISTIVIDADEDOSOLOMétodo de Wenner – Direções a serem medidas O número de direções em que as medidas deverão ser
levantadas depende:
Importância do local do aterramento; Dimensão do sistema de aterramento;
Variação acentuada nos valores medidos para os respectivos espaçamentos.
Para casos de sistema de aterramento pequeno, com um único ponto de ligação a equipamentos tais como: regulador de tensão, religador, transformador, transformador, seccionador, chaves, etc pode ser usada a seguinte configuração.
R
ESISTIVIDADEDOSOLOMétodo de Wenner – Direções a serem medidas
DISPOSIÇÃO DOS ELETRODOS NO PLANO DO TERRENO
No caso de subestações deve-se efetuar medidas em vários pontos, cobrindo toda a área da malha pretendida.
R
ESISTIVIDADEDOSOLOMétodo de Wenner – Espaçamento das hastes Para uma determinada direção devem ser usados os
R
ESISTIVIDADEDOSOLOMétodo de Wenner – Análise das medidas
Objetivo de avaliar os dados em relação a aceitação ou não.
1. Calcular a média aritmética dos valores de resistividade para cada espaçamento adotado.
R
ESISTIVIDADEDOSOLOMétodo de Wenner – Análise das medidas
Objetivo de avaliar os dados em relação a aceitação ou não.
2. Calcular o desvio de cada medida em relação ao valor médio.
Deve-se desprezar todos os valores da resistividade que
tenham um desvio maior que 50% em relação a média.
Se observada a ocorrência de acentuado número de
medidas com desvios acima de 50%, recomenda-se executar novas medidas na região correspondente.
R
ESISTIVIDADEDOSOLOMétodo de Wenner – Análise das medidas 3. Com as resistividades médias para espaçamento,
tem-se então os valores definitivos e representativos para traçar a curva “resistividade x a”.
Esta curva é importante na aplicação dos métodos de estratificação do solo.
R
ESISTIVIDADEDOSOLO Método de Wenner – ExemploPara um determinado local, os dados das medições de campo, relativos a vários pontos e direções estão mostrados abaixo. Qual o valor de resistividade que deve ser adotado para cada ponto medido.
R
ESISTIVIDADEDOSOLO Método de Wenner – ExemploFATORESQUEINFLUENCIAMNARESISTIVIDADEDOSOLO Tipo de solo
Mistura de diversos tipos de solo
Teor de umidade Temperatura Compactação e pressão
Composição química dos sais dissolvidos na água retida Concentração de sais dissolvidos na água retida
Tipo de solo
FATORESQUEINFLUENCIAMNARESISTIVIDADEDOSOLO
Umidade – condução iônica.
Os aterramentos melhoram a sua qualidade com solo úmido, e pioram no período da seca.
FATORESQUEINFLUENCIAMNARESISTIVIDADEDOSOLO
Fatores que influenciam na resistividade do solo Umidade – condução iônica.
FATORESQUEINFLUENCIAMNARESISTIVIDADEDOSOLO
Temperatura
• Em temperaturas muito baixas (abaixo de 0°C) ocorre a dispersão das ligações iônicas entre os grânulos de terra no solo o que resulta num maior valor de resistividade.
• Próximo a 100°C o estado de vaporização deixa o solo mais seco, elevando a resistividade.
FATORESQUEINFLUENCIAMNARESISTIVIDADEDOSOLO
Os solos, na sua grande maioria, não são homogêneos, mas formados por diversas camadas de resistividade e profundidade diferentes.
E
STRATIFICAÇÃO
Essas camadas são geralmente horizontais e paralelas à superfície do solo.
Quando as curvas de resistividade do solo em função do distanciamento das hastes resultar em curvas como as apresentadas abaixo é possível adotar o modelo de estratificação do solo em duas camadas.
E
STRATIFICAÇÃO
Estratificação do solo em duas camadas.
E
STRATIFICAÇÃO
Solo de várias camadas.
E
STRATIFICAÇÃO
Fonte: Mamede Filho.
Uma corrente elétrica I entrando pelo ponto A, no solo de
duas camadas, gera potenciais na primeira camada, que deve satisfazer a equação de Laplace.
ESTRATIFICAÇÃO DO SOLO EM DUAS CAMADAS
O potencial V de qualquer ponto p da primeira camada do
solo, distanciando de r da fonte de corrente A é dada por (eq. de Laplace):
ESTRATIFICAÇÃO DO SOLO EM DUAS CAMADAS
Configuração de WENNER.
A corrente elétrica I entra pelo ponto A e retorna ao aparelho pelo ponto D. Os pontos B e C são os eletrodos de potencial.
ESTRATIFICAÇÃO DO SOLO EM DUAS CAMADAS
ESTRATIFICAÇÃO DO SOLO EM DUAS CAMADAS
O potencial no ponto B é dado por (superposição da correnteelétrica entrando em A e saindo por D):
Fazendo a mesma consideração para o potencial do ponto C:
ESTRATIFICAÇÃO DO SOLO EM DUAS CAMADAS
Substituindo as equações correspondentes, temos:
ESTRATIFICAÇÃO DO SOLO EM DUAS CAMADAS
Assim obtemos:
Esta expressão é fundamental para a elaboração da estratificação do solo em duas camadas.
Os métodos mais usados para estratificação do solo em duas camadas são:
Método de duas camadas usando curvas;
Método de duas camadas usando técnicas de otimização; Método simplificado para estratificação do solo de duas camadas.
Nesta disciplina será abordado apenas o método simplificado.
ESTRATIFICAÇÃO DO SOLO EM DUAS CAMADAS
Após as medições de resistividade realizadas no local em estudo devem ser adotados os seguintes procedimentos:
1. Traçado da curva de resistividade média do solo.
MÉTODO SIMPLIFICADO PARA ESTRATIFICAÇÃO DO SOLO DE DUAS CAMADAS
H: distância entre as hastes de medição. Resistividade
média calculada
1. Traçado da curva de resistividade média do solo.
MÉTODO SIMPLIFICADO PARA ESTRATIFICAÇÃO DO SOLO DE DUAS CAMADAS
A assíntota para pequenos espaçamentos é típica da contribuição
da primeira camada do solo.
Para maiores espaçamentos, tem-se a penetração da corrente na
segunda camada, e sua assíntota caracteriza a segunda camada.
Sabendo o valor de e é possível calcular o parâmetro K.
MÉTODO SIMPLIFICADO PARA ESTRATIFICAÇÃO DO SOLO DE DUAS CAMADAS
Assim, na expressão
A filosofia deste método baseia-se em deslocar as hastes do Método Wenner, de modo que a distância entre as hastes seja exatamente igual a “h”.
MÉTODO SIMPLIFICADO PARA ESTRATIFICAÇÃO DO SOLO DE DUAS CAMADAS
Assim, com a = h, temos:
MÉTODO SIMPLIFICADO PARA ESTRATIFICAÇÃO DO SOLO DE DUAS CAMADAS Assim, se a =h, a leitura do aparelho será:
MÉTODO SIMPLIFICADO PARA ESTRATIFICAÇÃO DO SOLO DE DUAS CAMADAS Desse modo, basta levar o valor de
na curva e obter o valor de profundidade da primeira camada.
O valor de M(a=h) pode ser calculado: 1.Pela expressão:
2. Da curva M(a=h) x K. 3. Da tabela
MÉTODO SIMPLIFICADO PARA ESTRATIFICAÇÃO DO SOLO DE DUAS CAMADAS Curva M(a=h) x K.
MÉTODO SIMPLIFICADO PARA ESTRATIFICAÇÃO DO SOLO DE DUAS CAMADAS 3. Da tabela
Fonte: Mamede Filho
Exemplo: Com os valores medidos em campo (tabela abaixo), efetuar a estratificação do solo pelo método simplificado de duas camadas.
MÉTODO SIMPLIFICADO PARA ESTRATIFICAÇÃO DO SOLO DE DUAS CAMADAS
RESISTIVIDADE APARENTE
A passagem da corrente do sistema de aterramento para o
solo depende:
Da composição do solo com suas respectivas camadas; Da geometria do sistema de aterramento; Do tamanho do sistema de aterramento.
Um solo com várias camadas apresenta resistividade
diferente para cada sistema de aterramento.
Definição 1: Resistividade vista pelo sistema de aterramento
em integração com o solo.
Definição 2: Resistividade de solo homogêneo que produz o
mesmo efeito do solo não homogêneo em estudo.
RESISTIVIDADE APARENTE
Caso 1: Haste em solo de várias camadas
RESISTIVIDADE APARENTE
Caso 1: Haste em solo de várias camadas Exemplo: Calcular a resistividade aparente do
sistema de aterramento abaixo.
RESISTIVIDADE APARENTE
Coeficiente de penetração (
α)
Indica o grau de penetração das correntes
escoadas pelo aterramento no solo.
Cálculo de r
Hastes alinhadas e igualmente espaçadas deq - comprimento da primeira camada r – raio do anel equivalente do sistema de aterramento.
RESISTIVIDADE APARENTE
Cálculo de r Outras configuraçõesRESISTIVIDADE APARENTE
Coeficiente de divergênciaA partir do coeficiente de penetração e do coef. de divergência é possível calcular a resistividade aparente em relação ao sistema de aterramento especificado.
RESISTIVIDADE APARENTE
Curva de resistividade aparente
RESISTIVIDADE APARENTE
Curva de resistividade aparente
RESISTIVIDADE APARENTE
Exemplo: Um conjunto de sete hastes de 2,4 metros e diâmetro de ½” é cravado em forma retilínea no solo da figura. O espaçamento é de 3 metros. Determinar a resistividade aparente do conjunto.
(aproximadamente)
RESISTÊNCIA DOS SISTEMAS DE ATERRAMENTO
Sistema com uma haste vertical
RESISTÊNCIA DOS SISTEMAS DE ATERRAMENTO
Exemplo: Calcular a resistência de terra de uma haste de 2,4m de comprimento com diâmetro de 15mm, cravada em solo com resistividade aparente de 100 ohm.m.
RESISTÊNCIA DOS SISTEMAS DE ATERRAMENTO
Interligação de hastes em paralelo
Possível diminuir sensivelmente o valor da resistência do aterramento.
Não segue a lei simples do paralelismo de resistências elétricas.
INTERFERÊNCIAS NAS ZONAS DE ATUAÇÃO DAS SUPERFÍCIES EQUIPOTENCIAIS.
RESISTÊNCIA DOS SISTEMAS DE ATERRAMENTO
Interligação de hastes em paralelo
INTERFERÊNCIAS NAS ZONAS DE ATUAÇÃO DAS SUPERFÍCIES EQUIPOTENCIAIS.
Zonas de interferência causa uma área de bloqueio do fluxo de corrente de cada haste.
RESISTÊNCIA DOS SISTEMAS DE ATERRAMENTO
Interligação de hastes em paralelo
RESISTÊNCIA EQUIVALENTE DE HASTES PARALELAS
RESISTÊNCIA DOS SISTEMAS DE ATERRAMENTO
Interligação de hastes em paralelo
RESISTÊNCIA EQUIVALENTE DE HASTES PARALELAS
Num sistema de aterramento emprega-se hastes iguais.
RESISTÊNCIA DOS SISTEMAS DE ATERRAMENTO
Interligação de hastes em paralelo
RESISTÊNCIA EQUIVALENTE DE HASTES PARALELAS
RESISTÊNCIA DOS SISTEMAS DE ATERRAMENTO
Interligação de hastes em paralelo ÍNDICE DE APROVEITAMENTO OU ÍNDICE DE
REDUÇÃO (K)
Para facilitar o cálculo de Req os valores de K são tabelados ou obtidos a partir de curvas.
RESISTÊNCIA DOS SISTEMAS DE ATERRAMENTO
Interligação de hastes em paralelo
Exercício para intervalo: Calcular a resistência equivalente do aterramento de quatro hastes alinhadas em função da resistividade aparente.
RESISTÊNCIA DOS SISTEMAS DE ATERRAMENTO
Interligação de hastes em paraleloRESISTÊNCIA DOS SISTEMAS DE ATERRAMENTO
Hastes em triânguloDimensionamento baseado no índice de
redução.
RESISTÊNCIA DOS SISTEMAS DE ATERRAMENTO
Hastes em triânguloDimensionamento baseado no índice de
redução.
RESISTÊNCIA DOS SISTEMAS DE ATERRAMENTO
Exercício para intervalo: Calcule a resistência de aterramento de um sistema em triângulo com lado de 2m, sendo o comprimento da haste de 2,4 m e o diâmetro de ½”.
O solo possui resistividade aparente de 100 ohm.m.
PROTEÇÃO CONTRA CONTATOS INDIRETOS
Definição
Contato que o indivíduo mantém com uma determinada massa do sistema elétrico que, por falha, perdeu sua isolação e permitiu que esse indivíduo ficasse submetido a um determinado potencial elétrico.
PROTEÇÃO CONTRA CONTATOS INDIRETOS
Limite de corrente para não causar fibrilação
Charles Dalziel conclui que 99,5 % das pessoas com peso de 50 kg ou mais, podem suportar sem ocorrência de fibrilação ventricular , a corrente determinada por:
PROTEÇÃO CONTRA CONTATOS INDIRETOS
Limite de corrente para não causar fibrilação
O tempo de choque é limitado pela atuação da proteção, de acordo com a curva do relé.
PROTEÇÃO CONTRA CONTATOS INDIRETOS
Tensão de contato ou de toque
Tensão entre o ponto da estrutura metálica, situado ao alcance da mão de uma pessoa, e um ponto no chão situado a 1 m da base da estrutura. O potencial máximo gerado por um aterramento durante o período de
defeito, não deve produzir uma corrente de choque superior à limitada por
Dalziel.
Condições de indivíduo submetido a uma tensão de toque
PROTEÇÃO CONTRA CONTATOS INDIRETOS
Tensão de contato ou de toque
Condições de indivíduo submetido a uma tensão de toque
Rch: resistência do corpo humano (considerada 1000 ohms). Rc: Resistência de contato (considerada - resistividade superficial do solo) R1 e R2: resistências do trecho de terra considerados.
PROTEÇÃO CONTRA CONTATOS INDIRETOS
Tensão de toque máximo
O valor máximo de tensão de toque que uma pessoa
pode suportar sem que ocorra fibrilação ventricular é expresso pela equação:
Onde: t é o tempo máximo de permanência da corrente (t é menor ou igual a 0,5 s);
PROTEÇÃO CONTRA CONTATOS INDIRETOS
Tensão de Passo Quando a corrente
elétrica é injetada no solo através de eletrodos ou diretamente por descarga atmosférica, ela se dispersa em forma de arcos com o centro no local de penetração.
Dispersão de corrente por eletrodo
PROTEÇÃO CONTRA CONTATOS INDIRETOS
Tensão de Passo Diferença de potencial entre os dois pés de indivíduo no interior da região de gradiente (distribuição) de potencial. Geralmente definido
para um distância entre pés de um metro.
PROTEÇÃO CONTRA CONTATOS INDIRETOS
Tensão de Passo
Rc: resistência de contato dos pés
PROTEÇÃO CONTRA CONTATOS INDIRETOS
Tensão de passo máxima
O valor máximo de tensão de passo que uma pessoa
pode suportar sem que ocorra fibrilação ventricular é expresso pela equação:
Onde: t é o tempo máximo de permanência da corrente ( t é menor ou igual a 0,5 s);
PROTEÇÃO CONTRA CONTATOS INDIRETOS
Para reduzir as tensões perigosas de passo as
subestações são dotadas de uma camada de
brita cuja espessura pode variar de 10 a 20 cm, melhorando o isolamento do operador.
PROTEÇÃO CONTRA CONTATOS INDIRETOS
Correção do Potencial de Passo e de Toque Máximo Admissível Devido à Colocação de Brita na Superfície
Esta camada representa uma estratificação adicional com a camada superficial do solo.
Deve-se fazer uma correção Cs(hs,K) no = 3000
ohm.m (brita molhada).
n= 1 até o número de camadas
PROTEÇÃO CONTRA CONTATOS INDIRETOS
Correção do Potencial de Passo e de Toque Máximo Admissível Devido à Colocação de Brita na Superfície
RECOMENDAÇÕES NBR14039
RECOMENDAÇÕES NBR14039
RECOMENDAÇÕES NBR14039
CÁLCULO DA MALHA DE TERRA
O dimensionamento requer o conhecimento: Resistividade aparente do solo ( ) ;
Resistividade da camada superior do solo ( ) / Estratificação do solo; Resistividade do material de acabamento da superfície da
área da subestação ( ) ;
Corrente máxima de curto-circuito fase-terra ( ) ; Tempo da duração da corrente de curto-circuito fase terra (
).
O dimensionamento da malha de terra é um processo iterativo.
CÁLCULO DA MALHA DE TERRA
O valor da corrente da corrente de curto-circuito pode ser obtido tanto do lado primário como do lado secundário da subestação.
CÁLCULO DA MALHA DE TERRA
Curto-circuito no lado secundário da subestação.
Neste caso o curto-circuito apenas encontra as impedâncias dos
condutores metálicos, constituindo-se assim no valor máximo da corrente de curto-circuito ( )
CÁLCULO DA MALHA DE TERRA
SEÇÃO MÍNIMA DO CONDUTOR DA MALHA Determinada em função do tipo de junção dos
condutores da malha, da corrente de curto-circuito e do seu tempo de duração.
Na prática utiliza-se condutor de no mínimo 35 mm2
Dimensionamento térmico (Fórmula de Onderdonk)
CÁLCULO DA MALHA DE TERRA
SEÇÃO MÍNIMA DO CONDUTOR DA MALHA
Dimensionamento térmico (Fórmula de Onderdonk)
CÁLCULO DA MALHA DE TERRA
SEÇÃO MÍNIMA DO CONDUTOR DA MALHA
Para o dimensionamento do condutor da malha ou do cabo de ligação, deve ser considerar a corrente de defeito.
• A corrente de defeito divide-se em 50% para cada lado após o cabo de ligação.
CÁLCULO DA MALHA DE TERRA
SEÇÃO MÍNIMA DO CABO DE LIGAÇÃO
Conexão é feita por aperto, assim, temperatura máxima de 250 °C.
Empregar a corrente total de curto-circuito máximo. Usar fórmula de Onderdonk.
CÁLCULO DA MALHA DE TERRA
Cabo de ligação
CÁLCULO DA MALHA DE TERRA
MALHA INICIAL
Após um projeto inicial são verificado os potenciais da malha.
• As fórmulas apresentadas são para submalhas quadradas.
CÁLCULO DA MALHA DE TERRA
MALHA INICIAL
• Escolhe-se o nº inteiro,adequado
aos resultados acima.
CÁLCULO DA MALHA DE TERRA
RESISTÊNCIA DE ATERRAMENTO DA MALHA Fórmula de Sverak
CÁLCULO DA MALHA DE TERRA
POTENCIAL DA MALHA (Vmalha)Potencial de toque máximo encontrado dentro de uma submalha da malha de terra, quando do máximo defeito fase-terra.
Numa malha de terra, a corrente de defeito escoa preferencialmente pelas bordas da malha.
CÁLCULO DA MALHA DE TERRA
POTENCIAL DA MALHA (Vmalha)
Assim, o potencial de malha máximo encontra-se nos cantos da malha e pode ser calculado por:
COEFICIENTE DA MALHA
(Comum 0,5 m)
CÁLCULO DA MALHA DE TERRA
POTENCIAL DA MALHA (Vmalha)
COEFICIENTE DA MALHA
Correção de profundidade (Kh)
• Influência da h, diâmetro do condutor e espaçamento entre condutores. • ho = 1m
CÁLCULO DA MALHA DE TERRA
POTENCIAL DA MALHA (Vmalha)
COEFICIENTE DE IRREGULARIDADE (Ki)
• Km e Ki devem ser calculados para as duas direções. • Deve ser adotado o maior produto entre os coeficientes para determinada direção.
• Isto conduz à maior Vmalha.
CÁLCULO DA MALHA DE TERRA
POTENCIAL DA MALHA (Vmalha) No caso de hastes cravadas nos cantos e/ou no perímetro pondera-se em 15% a mais o comprimento delas.
Estas hastes facilitam o escoamento da corrente mais profundamente no solo.
CÁLCULO DA MALHA DE TERRA
POTENCIAL DA MALHA (Vmalha)
O valor do potencial da malha deve ser comparado com o valor do potencial de toque máximo.
CÁLCULO DA MALHA DE TERRA
POTENCIAL DE PASSO DA MALHA (VpsM) Maior potencial de passo que surge na periferia da
CÁLCULO DA MALHA DE TERRA
POTENCIAL DE PASSO DA MALHA (VpsM) - Correção para hastes cravadas
O valor do potencial de passo deve ser comparado com o valor do potencial de passo máximo.
CÁLCULO DA MALHA DE TERRA
LIMITAÇÕES DAS EQUAÇÕES DE Vmalha e VpsM
CÁLCULO DA MALHA DE TERRA
POTENCIAL DE TOQUE MÁXIMO DA MALHA EM RELAÇÃO AO INFINITO
O potencial gerado pela maior corrente de curto-circuito monofásico à terra, entre as partes metálicas dos equipamentos e um ponto no infinito:
A malha satisfaz todos os requisitos de segurança (bem dimensionada)
CÁLCULO DA MALHA DE TERRA
POTENCIAL DE TOQUE MÁXIMO DA MALHA EM RELAÇÃO AO INFINITO
• Caso a condição não seja satisfeita, não
significa que a malha não seja adequada.
• Neste caso devem ser verificadas as tensões
Vmalha e VpsM.
CÁLCULO DA MALHA DE TERRA
POTENCIAL DE TOQUE NA CERCA PERIMETRAL DA MALHA
A cerca metálica fica submetida às tensões oriundas das correntes de curto-circuito da subestação.
Caso COELBA
CÁLCULO DA MALHA DE TERRA
POTENCIAL DE TOQUE NA CERCA PERIMETRAL DA MALHA
Kc: coeficiente que relaciona os parâmetros da malha com a posição da pessoa. O potencial de toque máximo (Vcerca)
CÁLCULO DA MALHA DE TERRA
POTENCIAL DE TOQUE NA CERCA PERIMETRAL DA MALHA x: Caso de hastes cravadas
EXEMPLO
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
João Mamede Filho. Instalações Elétricas Industriais, 8ª edição. Editora LTC. Kinderman