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Brazilian Journal of health Review

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Academic year: 2021

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Braz. J. Hea. Rev., Curitiba, v. 2, n. 6, p. 6057-6061 nov./dec. 2019. ISSN 2595-6825

Ginecologia e obstetrícia

Sexualidade, contracepção e adolescência: atitude de alunos e educadores

em escolas particulares

Gynecology and obstetrics

Sexuality, counterception and adolescence: attitude of students and

educators in private schools

DOI:10.34119/bjhrv2n6-100

Recebimento dos originais: 07/10/2019 Aceitação para publicação: 18/12/2019

Stephanie Chater Mitri

Acadêmica de medicina do centro universitário de Patos De Minas Instituição : centro universitário de Patos De Minas ( UNIPAM )

Endereço institucional: Rua Major Gote, 808. Caiçaras, patos de minas. Cep 38700207 E-mail: stephaniechatermitri@hotmail.com

Carlos Corrêa Silva Medico ginecologista e obstetra

Instituição : centro universitário de Patos De Minas ( UNIPAM )

Endereço institucional: Rua Major Gote, 808. Caiçaras, Patos De Minas. Cep 38700207 E-mail: stephaniechatermitri@hotmail.com

Larissa Silva Cyrino

Acadêmica de medicina do centro universitário de Patos De Minas Instituição : centro universitário de Patos De Minas ( UNIPAM )

Endereço institucional: Rua Major Gote, 808. Caiçaras, Patos De Minas. Cep 38700207 E-mail: stephaniechatermitri@hotmail.com

RESUMO

Introdução: É frequente na literatura encontrar afirmações sobre a falta de estudos que englobam a saúde sexual do adolescente, bem como o conhecimento de outros métodos contraceptivos, além da pílula e da camisinha masculina. Objetivo: Avaliar o comportamento de adolescentes frente aos métodos contraceptivos existentes no mercado nacional e verificar a abordagem sobre o tema pelos educadores das escolas pesquisadas. Métodos: Estudo transversal com 446 alunos do Ensino Médio, de cinco escolas privadas e respectivos educadores. A coleta de dados foi realizada por meio de questionários autopreenchíveis e anônimos. A análise dos dados foi realizada utilizando pacote estatístico Epi Info 6.04 da planilha eletrônica Excel. Foi utilizado o qui-quadrado, o teste exato de Fisher e o teste de Man Whitney. Resultados: Os métodos mais conhecidos e utilizados foram a camisinha masculina e a pílula. A internet foi o meio mais citado para a busca de informações sobre o assunto. Os educadores das escolas julgam necessária uma disciplina específica para explorarem a sexualidade e contracepção. Conclusão: Os resultados mostram um maior conhecimento dos adolescentes sobre todos os métodos apresentados. A internet configura-se como mídia educadora no assunto. O desempenho dos educadores de sexualidade está mais exigido, ocupando o papel dos pais.

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Braz. J. Hea. Rev., Curitiba, v. 2, n. 6, p. 6057-6061 nov./dec. 2019. ISSN 2595-6825

Palavras-chave: Sexualidade, Adolescência, Contracepção, Escolas particulares. ABCTRACT

Introduction: It is frequent in the literature to find statements about the lack of studies that encompass the adolescent sexual health, as well as the knowledge of other contraceptive methods, besides the pill and the male condom. Objective: To evaluate the behavior of adolescents regarding contraceptive methods in the national market and verify the approach on the subject by the educators of the schools surveyed. Methods: Cross-sectional study with 446 high school students from five private schools and their educators. Data collection was performed through self-filled and anonymous questionnaires. Data analysis was performed using Epi Info 6.04 statistical package from Excel spreadsheet. Chi-square, Fisher's exact test and Man Whitney's test were used. Results: The best known and most used methods were male condom and pill. The internet was the most cited medium for searching for information on the subject. School educators find specific discipline necessary to explore sexuality and contraception. Conclusion: The results show a greater knowledge of adolescents about all methods presented. The internet is configured as a media educator on the subject. The performance of sexuality educators is more demanding, playing the role of parents.

Keywords: Sexuality, Adolescence, Contraception, Private schools. 1 INTRODUÇÃO

É frequente na literatura encontrar afirmações sobre a falta de estudos que englobam a saúde sexual do adolescente, bem como o conhecimento de métodos contraceptivos, além da pílula e da camisinha masculina. A grande maioria dos estudos publicados se refere às pesquisas no âmbito escolar público. As escolas privadas, por seu caráter elitista, e de difícil acesso como forma de pesquisa quase nunca são exploradas (DA SILVA, DE MORAES LOPES; 2018)

Estudos mostram que a iniciação sexual mais tardia está relacionada com o subsequente uso de preservativo. Além disso, o início da vida sexual do adolescente ocorre cada vez mais precocemente, sendo que, no sexo masculino, a primeira relação sexual geralmente ocorre antes das adolescentes femininas. (AZEVEDO et al, 2018).

Nesse contexto, o objetivo desse estudo foi avaliar o comportamento de adolescentes frente aos métodos contraceptivos existentes no mercado nacional e verificar a abordagem sobre o tema pelos educadores das escolas particulares pesquisadas.

2OBJETIVOS

Avaliar o comportamento de adolescentes frente aos métodos contraceptivos existentes no mercado nacional e verificar a abordagem sobre o tema pelos educadores das escolas pesquisadas.

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Braz. J. Hea. Rev., Curitiba, v. 2, n. 6, p. 6057-6061 nov./dec. 2019. ISSN 2595-6825

3MATERIAISEMÉTODOS

Trata-se de um estudo transversal, tendo como amostra alunos do ensino médio de cinco escolas privadas de Patos de Minas, em Minas Gerais, e respectivos educadores.

Do total de 771 alunos, 446 (57,8%), aquiesceram em responder ao questionário, sendo 251 do sexo feminino, e 196 do sexo masculino.

Para a coleta de dados, foi utilizado um questionário autopreenchível e anônimo, com perguntas a respeito do conhecimento sobre os métodos contraceptivos existentes no mercado e sua utilização, além de questões relativas ao comportamento sexual e ao perfil socioeconômico desses alunos. Sobre os educadores de sexualidade, existentes em quatro escolas (a escola mais populosa não possuía esse ensino em sua grade), buscou-se traçar seu perfil, por meio de questionário não identificável e opcional.

A análise dos dados foi realizada com o uso do pacote estatístico Epi Info 6.04 da planilha eletrônica Excel. Para as variáveis qualitativas de distribuição normal, foram feitas análises de variância, teste do qui-quadrado, e o teste exato de Fisher. Para as variáveis ordenadas foram feitos testes não paramétricos (Man Whitney).

O presente estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Instituto de Assistência ao Servidor Público do Estado de São Paulo (IAMSPE) sob número 186.095. Foi fornecida autorização por cada uma das escolas participantes, por meio da Declaração de Concordância da Instituição. Foram pedidas autorizações aos alunos, por meio do TCLE (assinado pelos pais ou responsáveis, no caso dos estudantes com idade inferior a 18 anos), respeitando todo o anonimato dos entrevistados.

4RESULTADOS

A amostra constituiu-se por 446 alunos, pertencentes, em sua maioria, a classes sociais mais elevadas.

Quando investigados sobre gravidez, detectaram-se cinco casos (1,2%), sendo que duas adolescentes estavam ainda gestantes, ambas menores de idade.

Sobre o início da vida sexual, 112 alunos (26,9%) responderam afirmativamente a essa questão, com início na faixa etária entre 14 e 16 anos. O sexo masculino foi mais precoce, com uma média de idade de 14,8 anos, versus uma média de 15,2 anos do sexo feminino.

No quesito ensino de sexualidade pelas escolas, 259 alunos (59,7%) afirmaram a ocorrência dessa prática. 100% dos alunos negaram a existência de uma disciplina específica

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Braz. J. Hea. Rev., Curitiba, v. 2, n. 6, p. 6057-6061 nov./dec. 2019. ISSN 2595-6825 para ensinar sexualidade, de forma que esse ensino estava inserido dentro de disciplinas como biologia (92,4%), e outras, como ciências, sociologia, religião.

A busca de informações sobre sexualidade e métodos contraceptivos, em respostas múltiplas, apontou a internet como a preferida (282 alunos). Questionados com quem discutiam a sexualidade, os amigos foram os mais citados (46,2%), seguidos dos pais (27,6%).

Sobre os métodos contraceptivos mais conhecidos, em respostas múltiplas, a camisinha masculina apareceu como primeira resposta (439 alunos), seguida da pílula (427 alunos). O mesmo padrão é observado nas respostas, quando perguntados sobre uso dos métodos. A camisinha masculina é a mais utilizada, seguida da pílula.

Os meios de comunicação foram os mais influentes na decisão de escolha do método (35,8%). Uma parcela de 42,9% dos usuários de algum método respondeu que a família sabia e ajudava na escolha. Já 29,9% informaram que a família sabia do uso, mas não se pronunciava a respeito, e 27,2% não conversavam sobre isto em casa.

Em relação ao perfil dos educadores, das quatro escolas que possuíam esse profissional, os recursos mais utilizados por eles para passar as informações foram vídeos (26,7%), seguidos de palestras, manuais, dentre outros. O interesse dos alunos era grande (100%), e faziam perguntas de forma direta (66,7%), por escrito ou através de colegas (33,4%).

5DISCUSSÃO

Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria (2018), a idade de início da vida sexual ativa dos adolescentes é entre 13 e 15 anos, o que vai de acordo com os resultados encontrados no artigo em questão.

Silva (2018), em escolas públicas, constatou que, em média, 85% dos estudantes faziam uso de contraceptivos, o que, de acordo com a autora, condiz com a diminuição de gravidez indesejada na adolescência. Nossos resultados demonstraram porcentagem de gravidez indesejada de 1,2% dos indivíduos, o que pode ser reflexo do exposto a cima.

Os métodos mais citados e utilizados neste estudo foram a camisinha masculina e a pílula, concordante com trabalho Silva (2018) e Ramos (2018). Da mesma forma, percebe-se um aumento do uso da camisinha masculina nos indivíduos mais escolarizados.

As respostas relativas à busca de informações sobre os métodos contraceptivos e sexualidade, mostram a internet como primeira opção, e os amigos sendo os mais procurados para discussão sobre sexualidade. Sobre os educadores, enfatiza-se que embora a amostra seja pequena (quatro), mais de metade deles (75%) julgam necessária uma disciplina específica para

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Braz. J. Hea. Rev., Curitiba, v. 2, n. 6, p. 6057-6061 nov./dec. 2019. ISSN 2595-6825 o ensino da sexualidade. Segundo Jardim (2006), alguns educadores julgam que a educação sexual seja trabalhada em todas as disciplinas da grade curricular, e não limitadas a disciplinas como biologia, anatomia e fisiologia da reprodução.

6CONCLUSÕES

A presente pesquisa mostra que o início da vida sexual do adolescente ocorre de forma cada vez mais precoce, iniciando ainda mais cedo no sexo masculino. Além disso, a camisinha masculina e a pílula estão entre os métodos contraceptivos mais conhecidos e utilizados. Percebe-se também que o papel de fornecer informações relacionadas à educação sexual para os adolescentes está sendo paulatinamente transferido dos pais para os educadores.

Os dados encontrados podem contribuir para ampliar o conhecimento a respeito do nível de instrução dos adolescentes, a respeito da educação sexual. Isso se faz importante na implementação de ações que estimulem cada vez mais o engajamento dos educadores, e, principalmente, das famílias desses adolescentes.

REFERÊNCIAS

AZEVEDO, Alda Elizabeth Boehler Iglesias et al. Guia Prático de Atualização: Anticoncepção na Adolescência. Sociedade Brasileira de Pediatria, 2018.

DA SILVA, Angela Ferreira; DE MORAES LOPES, Maria Helena Baena. Uso de métodos anticoncepcionais entre adolescentes de ensino médio. Adolescencia e Saude, v. 15, n. 2, p. 102-112, 2018.

JARDIM DP, Brêtas JRS. Orientação sexual na escola: a concepção dos professores de Jandira-SP. Rev Bras de Enfermagem. 2006 mar-abr; 59(2): 157-62.

RAMOS, Larissa de Andrade Silva et al. Uso de métodos anticoncepcionais por mulheres adolescentes de escola pública. Cogitare Enferm, v. 23, n. 3, p. e55230, 2018.

Referências

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