P R E F E I T U R A M U N I C I P A L DE P O R T O A L E G R E
PARECER N.°: 481/86 Procurador PROCESSO N.°: 01.014925.84.2 INTERESSADO: XXXXXXXXXX ASSUNTO: Certidão de Tempo de Serviço
EMENTA: Tempo de serviço Municipal contado na forma das normas em vigor a época. Possível ã Administração as adequações que cada caso comportar.
Trata o presente processo de pedido de retifica ção de assentamento de efetividade, protocolizado pelo ex-servidor XXXXXXXXXX. Após as retificações, pretende a certificação para fins de aposentadoria pela Previdência Social.
0 assunto foi estudado detidamente pela Assesso ria Técnica do A-CEDRE, onde foi apontada a dúvida quanto à exati dão do registro de faltas. Haveria faltas que não são faltas e tam bém faltas que poderão ser faltas. Aquele õrgão Técnico aventa a possibilidade de um abonamento geral para situações dessa natureza, estabelecendo como "DIES AD QUEM" para essa revisão o advento da Lei n9 1.722, de 04 de abril de 1957, diploma que organizou siste maticamente o elenco de servidores, pondo termo ãs sistemáticas im provizadas que até então imperavam. Aponta ainda o mesmo õrgão téc s\i-co , em reforço ao seu voto de desconfiança aos assentamentos im pugnados o fato de que foi lançado como sendo de falta ao serviço um período de férias do requerente, de 19/12 a 30/12/48. Omitidas ^também ao registro como tempo de serviço o número de dobras.
N 0 processo foi encaminhado ao COMAP, no qual o
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Conselheiro-Relator preferiu a abordagem ao assunto pelo prisma de uma situação individual, sem pretender a priori que a solução tives se um contexto genérico. Pesquizou a efetividade do requerente, ta-bulando-a em quadros que fazem parte do parecer. No primeiro quadro, está o período de 27/10/47 a 25/03/48, quando o requerente recebeu por quinzena. No segundo quadro, está graficado o período de 26/03/ 48 a 17/01/49. Na compilação das planilhas, o digno relator do processo no Colegiado de Pessoal buscou uma adequação que suprisse as deficiências dos registros originais: computou como de prestação de serviço repousos remunerados e feriados que haviam sido anotados co mo falta e abateu as faltas reais, chegando a números finais para a certificação retificativa.
0 parecer foi acolhido pela maioria do Colegiado, com apenas um voto discordante, este pela negativa em consolidar ausências em dias de folga anteriores à Lei n9 605/49 e também por respeito ao imperativo estatutário de que "serão computados os dias de efetivo exercício a vista dos comprovantes de pagamento".
É o relatório:
A rigor, trata-se de matéria há muito vencida pe Ia prescrição. Inobstante, a mesma teve transito em face do mérito que envolve a postulação. Se a administração reconhece que deu tratamento injusto, nada impede que a mesma abra mão a proteção pres-cricional para reparar seu erro. No caso dos autos, com efeito, ope rou-se o registro da efetividade do postulante com equívoco, eis que ã época os métodos de controle eram improvisados, alheios a qual quer controle técnico ou legal. Na apreciação efetuada pelo Conselheiro-Relator no COMAP, ficou demonstrado que muitos repousos foram anotados como faltas. Férias também assim foram consignadas. E mais, as dobras não constaram como tempo de serviço.
Destarte, entendo que a proposição do Colegiado de Pessoal é perfeitamente adequada à solução da presente pendência,
não se constituindo em precedente perigoso. Cada caso futuro será NJ^ caso e terá sua circunstância examinada detidamente tal como o presente.
Opino, pois, pela retificação da efetividade,ex uindo-se do registro as faltas inexistentes, fornecendo-se nova certidão de tempo de serviço da qual serão constantes 20 faltas
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(14 faltas mais 6 repousos perdidos), tal como preconiza o parecer do COMAP.
É o parecer .
P o r t o A l e g r e , 27 de janeiro de 1986
De a c o r d o .
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