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O TRATAMENTO JURIDICO DOS TRABALHADORES MIGRANTES PELO ESTADO BRASILEIRO À LUZ DO DIREITO INTERNACIONAL

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Academic year: 2021

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O TRATAMENTO JURIDICO DOS TRABALHADORES MIGRANTES PELO ESTADO BRASILEIRO À LUZ DO DIREITO INTERNACIONAL

FERNANDA LOPES DE FREITAS RODRIGUES Orientador: Dr. Jahyr-Philippe Bichara

INTRODUÇÃO.

As migrações, nacionais ou internacionais, devem ser encaradas como uma realidade social se trata de um tema complexo, que deve merecer a atenção dos governos, da sociedade, dos organismos internacionais, e das organizações sociais. A análise das migrações internacionais é importante para compreensão da formação das sociedades, e dessa forma, se apresenta um estudo do direito interno brasileiro no que diz respeito à questão laboral do migrante, sua historia, seus mecanismos e forças existentes para a busca de uma vida digna pessoal e de seus familiares. É apresentado o estudo sobre as mais relevantes normas de proteção ao trabalhador migrante em âmbito internacional através da analise das convenções relevantes sobre o assunto da OIT e da ONU, e ainda, no plano regional do MERCOSUL. Se destaca, ao decorrer do trabalho os órgãos e medidas para a regularização de um migrante no âmbito do trabalho, a situação do trabalhador ilegal, as suas dificuldades e a burocratização encontrada para que desempenhe qualquer função no Brasil, além da analise sobre a eficácia desses mecanismos em relação a situação da migração atual. É autuado um estudo sobre a atual lei vigente, o Estatuto do Estrangeiro, suas características, e a adequação de alguns novos projetos de lei para que se possa garantir a proteção e a qualidade mínima de vida aos estrangeiros, assim como todos os deus direitos de forma integra.

Palavras-chave: Trabalho. Migrantes. Convenções Internacionais. Dignidade humana. Estatuto do Estrangeiro.

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METODOLOGIA

Pesquisa com base no método dedutivo, com procedimento de análise bibliográfica e pesquisa doutrinária, como também documental, acerca do tema das migrações internacionais no Brasil e do tratamento jurídico conferido ao trabalhador no País.

OBJETIVOS:

Temos por objetivo analisar a adequação da legislação brasileira no que diz respeito à proteção dos direitos dos trabalhadores imigrantes, diante da realidade migratória do País e das principais normas internacionais e regionais sobre o tema.

RESULTADOS

Como resultado da pesquisa se pode constatar que com o aumento do numero de migrantes em nosso país todos os dias, é mais do que necessário que o nosso ordenamento cumpra com as diretrizes dos acordos de cunho regionais e internacionais na busca de dar uma qualidade mínima de vida para os migrantes aqui chegados e seus familiares, lhe garantindo uma oportunidade de trabalho descente e igual, que o guie para essa realidade, levando em consequência assim ao êxito da concretização do principio da Dignidade da Pessoa Humana. O Brasil precisa de politicas efetivas e órgãos que possam executar o direito do migrante sem causar a ele nenhum dano igual ou maior ao que é perder a sua pátria.

CONCLUSÃO

Milhares são vítimas das guerras civis e perseguições, e que buscam em outros países o mais fundamental dos direitos, o direito a um recomeço de vida. Essa busca incessante pela dignidade é muita das vezes relativizada quando se encontra em um pais receptor dificuldades e empecilhos para a condução desses direitos. A proteção do trabalho do migrante depende da situação em que ocorreu o seu processo de migração no país receptor, já que o direito universal de locomoção pode ser limitado em razão da soberania estatal e, assim, surgem dois possíveis status migratórios: a regularidade, quando o migrante consegue preencher os requisitos legais de admissão do

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país ao qual se destina, e a irregularidade que ocorre nos casos em que a lei migratória do país receptor é desrespeitada. O que se tem hoje é uma grande população migrante no nosso pais que chegaram pelos mais diversos motivos e que enfrentam grandes dificuldades, como a fragmentação das instancias que cuidam dos temas migratórios o que torna difícil sua legalização. Se faz necessário a criação de uma instituição com algum gral de autonomia para se tratar o migrante de forma efetiva, para que ele possa dar inicio ao seu labor e dê continuidade na sua vida e sob nenhuma hipótese, os direitos humanos dos migrantes qualquer que seja seu status migratório, sejam violados, adendo às suas mulheres e suas crianças. Percebe-se então, que a legislação infraconstitucional é insuficiente e que precisa de adequação para melhor atender as necessidades do trabalhador migrante e suas famílias. Por fim, mesmo sendo reconhecido os avanços em nossa legislação ainda se aguarda em matéria de regularização migratória no ordenamento jurídico pátrio uma analise mais eficiente que possa dar coerência, tanto em relação à Constituição Federal, como quanto às tendências globais de proteção ao trabalhador migrante. Assim, deve a nova Lei de Migrações brasileira defender a regularização dos migrantes e o efetivo bem estar destes e de suas familias, compreendendo a migração não como um problema apenas, mas como um fenômeno natural pelo qual no qual as pessoas buscam trabalhar para viver com dignidade Para podermos enfrentar esses problemas com efetividade as ações não podem ser unilaterais, é necessário o esforço conjunto, respeitando a soberania nacional, mas reconhecendo a complexidade das questões, para organizar foros internacionais de discussão e regulação das migrações globais (ITO, 2007).

BILBIOGRAFIA REFERÊNCIAS

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