• Nenhum resultado encontrado

CENTRO UNIVERSITÁRIO DINÂMICA DAS CATARATAS

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "CENTRO UNIVERSITÁRIO DINÂMICA DAS CATARATAS"

Copied!
36
0
0

Texto

(1)

Missão:“Formar Profissionais capacitados, socialmente responsáveis e aptos a promoverem as transformações futuras”

EFEITO DE COMBINAÇÕES DE FERTILIZANTES SOBRE

PARÂMETROS PRODUTIVOS E CUSTO-BENEFÍCIO DA CULTURA

DA SOJA

GABRIEL MEZZOMO FOESTER

Foz do Iguaçu - PR 2020

CENTRO UNIVERSITÁRIO DINÂMICA DAS

CATARATAS

(2)

GABRIEL MEZZOMO FOESTER

EFEITO DE COMBINAÇÕES DE FERTILIZANTES SOBRE

PARÂMETROS PRODUTIVOS E CUSTO-BENEFÍCIO DA CULTURA

DA SOJA

Trabalho de conclusão de curso apresentado à banca examinadora do Centro Universitário Dinâmica das Cataratas, como requisito parcial para obtenção do grau de Agrônomo. Prof. Orientador: Ricardo Allebrandt

Foz do Iguaçu - PR 2020

(3)

F654a Foester, Gabriel Mezzomo

Efeito de Combinações de Fertilizantes Sobre

Parâmetros Produtivos e Custo-benefício da Cultura da Soja / Gabriel Mezzomo Foester - Foz do Iguaçu: UDC / 2020

Orientador: Ricardo Allebrandt

Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) Centro Universitário Dinâmica das Cataratas

1. Adubação. 2.Glycine max L., 3.Rentabilidade

CDU:631

(4)

TERMO DE APROVAÇÃO

CENTRO UNIVERSITÁRIO DINÂMICA DAS CATARATAS

EFEITO DE COMBINAÇÕES DE FERTILIZANTES SOBRE PARÂMETROS PRODUTIVOS E CUSTO-BENEFÍCIO DA CULTURA DA SOJA

TRABALHO FINAL DE CONCLUSÃO PARA OBTENÇÃO DO GRAU DE BACHAREL EM AGRONOMIA

_______________________________________________ Acadêmico (a): Gabriel Mezzomo Foester

_______________________________________________ Orientador(a): Ricardo Allebrandt

_____________ Nota Final

Banca Examinadora

__________________________________________________ Mestranda Fernanda de Fátima Dhein

__________________________________________________ Prof. Dr, Bruno Timóteo Rodrigues

(5)

AGRADECIMENTOS

Quero agradecer primeiramente a Deus por ter dado a oportunidade de concluir este trabalho.

A minha mãe Cleonice Maria Mezzomo e principalmente meu pai Ari Foester e meu Tio Luiz Carlos Mezzomo que me ajudaram na parte pratica, tanto plantio como

colheita do experimento.

Aos meus amigos que me apoiaram e me ajudaram no decorrer do experimento. Ao professor orientador Ricardo Allebrandt que me apoiou e me orientou muito bem

dês de o início do experimento até a conclusão teórica.

A professora Edneia Lourenço por todo o apoio e ajuda na tomada de decisão. Por fim todas as pessoas que de alguma maneira me ajudaram, muito obrigado a

(6)

LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS

EMBRAPA Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária N Nitrogênio P Fósforo K Potássio Ca Calcio Mg Magnésio S Enxofre

MMG Massa de Mil Grãos Kg.ha-1 Kilogramos por hectare No Numero g gramas LB Lucro Bruto LL Lucro liquido T Tratamento m metros cm centímetros lts litros m2 metros quadrados mm milímetros V Vegetativo R Reprodutivo US$ Dolares o

C

Graus Celcius

(7)

LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Estádios fenológicos vegetativos da soja ... 15

Tabela 2: Estádios fenológicos reprodutivos da soja ... 15

Tabela 3: Quantidade de nutriente extraída e exportada pela soja ... 19

Tabela 4: Identificação dos Tratamentos ... 23

Tabela 5: Parâmetros de produtividade da soja (Glycine max L.) de acordo com a adubação incluindo doses de Fidagran. Paranambu – Ñacunday departamento de Alto Paraná – Paraguai, safra 2020 ... 29

Tabela 6:Custo da aplicação de formulação NPK em combinação com Fidagran e lucro obtido por saca de soja (Glycine max L.), em Paranambu – Ñacunday departamento de Alto Paraná – Paraguai, safra 2020. ... 30

(8)

LISTA DE QUADROS

Quadro 1: Disposição dos tratamentos na área. ... 24 Quadro 2: Análise de solo. ... 28

(9)

FOESTER,GABRIEL MEZZOMO. Efeito de combinações de fertilizantes sobre parâmetros produtivos e custo-benefício da cultura da soja. Foz do Iguaçu, 2020. Trabalho Final de Graduação – Centro Universitário Dinâmica das Cataratas.

RESUMO

A utilização de fertilizantes granulados corretivos em mistura com demais fertilizantes está se expandindo, principalmente na cultura da soja, promovendo melhor desenvolvimento da cultura com a melhoria na disponibilidade de nutrientes. O objetivo deste estudo foi o de avaliar o efeito de combinações de NPK com Fidagran sobre os parâmetros produtivos e de custo benefício da cultura da soja. O experimento foi realizado no Paraguai, no departamento de Ñaconday – Alto Paraná, durante a safra 2019/2020. O delineamento experimental foi realizado em blocos ao acaso com 4 repetições onde foram avaliados os parâmetros produtivos e o custo/benefício das seguintes combinações de NPK 04-30-10 com Fidagran, respectivamente, em kg/ha: 150+70, 200+50, 200+0 e 100+100. Não houve efeito significativo dos tratamentos nos parâmetros de produtividade da soja. No entanto, foi observada diferença muito significativa sobre o custo do adubo por saca de soja produzida, bem como sobre o lucro obtido por saca. Para futuras recomendações, podemos identificar que a aplicação NPK 04-30-10 em quantidades de 200 kg deve ser feita sem a adição de Fidagran, pois quando essa quantidade de NPK foi adicionada de 50 kg/ha de Fidagran, houve um aumento significativo no custo, além de redução do lucro.

(10)

FOESTER,GABRIEL MEZZOMO. Effect of fertilizer combinations on productive parameters and cost-benefit of soybean culture. Foz do Iguaçu, 2020. Final Graduation Work - University Center Dynamic of the Falls.

ABSTRACT

The use of corrective granulated fertilizers in a mixture with other fertilizers is expanding, mainly in soybean crops, promoting better crop development with improved nutrient availability. The aim of this study was to evaluate the effect of combinations of NPK and Fidagran on the productive and cost-benefit parameters of soybean. The experiment was carried out in Paraguay, in the department of Ñaconday - Alto Paraná, during the 2019/2020 harvest. The experimental design was carried out in randomized blocks with 4 replications, where the productive parameters and the cost / benefit of the following combinations of NPK 04-30-10 with Fidagran were evaluated, respectively, in kg / ha: 150 + 70, 200 + 50 , 200 + 0 and 100 + 100. There was no significant effect of treatments on soybean productivity parameters. However, a very significant difference was observed in the cost of fertilizer per bag of soy produced, as well as in the profit obtained per bag. For future recommendations, we can identify that the application NPK 04-30-10 in quantities of 200 kg should be done without the addition of Fidagran, because when this amount of NPK was added 50 kg / ha of Fidagran, there was a significant increase in cost, in addition to reduced profit.

(11)

SUMARIO

1 INTRODUÇÃO ... 11

2 REFERENCIAL TEÓRICO ... 13

2.1 CARACTERÍSTICAS DA SOJA E ADAPTAÇÃO NO BRASIL ... 13

2.2 UTILIZAÇÃO E DESENVOLVIMENTO ECONÓMICO DA SOJA... 13

2.3 FENOLOGIA DA SOJA ... 14

2.4 LIMITANTES DE PRODUÇÃO ... 16

2.4.1 Compactação do solo ... 16

2.4.2 Disponibilidade de água ... 16

2.4.3 Acidez do solo ... 16

2.5 SEMEADURA E ÉPOCA DE SEMEADURA ... 17

2.6 SISTEMA DE PLANTIO DIRETO ... 17

2.7 MANEJO NA ADUBAÇÃO ... 18

2.8 EXIGÊNCIA NUTRICIONAL DA SOJA ... 18

2.8.1 Acúmulo de nutriente ... 19

2.9 MACRONUTRIENTES NA CULTURA DA SOJA ... 19

2.9.1 Nitrogênio (N)... 19 2.9.2 Fósforo (P) ... 20 2.9.3 Potássio (k) ... 20 2.9.4 Cálcio (Ca) ... 21 2.9.5 Magnésio (Mg) ... 21 2.9.6 Enxofre (S) ... 22 3 MATERIAL E MÉTODOS ... 23

3.1 CARACTERIZAÇÃO DA AREA DE ESTUDO ... 23

3.2 DELINEAMENTO EXPERIMENTAL... 23

3.3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ... 24

3.3.1 Preparo do local do experimento ... 24

3.3.2 Preparo do fertilizante ... 25

3.3.3 Implantação do experimento ... 25

3.3.4 Regulagem da semeadora ... 25

3.3.5 Análise de solo ... 26

3.4 ANÁLISE DAS VARIÁVEIS ... 26

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO ... 28

4.1 ANÁLISE DOS RESULTADOS ECONÔMICOS... 30

CONSIDERAÇÕES FINAIS ... Erro! Indicador não definido. REFERÊNCIAS ... 33

(12)

11

1 INTRODUÇÃO

A soja ( Glycine max (L.) Merrill), e uma da culturas mais importantes no Brasil e no mundo, surgiu na Ásia, se espalhou pelo Estados Unidos, e em 1882 chega ao Brasil que está no ranking do segundo maior produtor mundial de soja, é uma cultura que engloba uma grande setor econômico devido sua utilização e qualidades nutritivas, é utilizado para produção de óleo vegetal, e derivados o que deu origem a subprodutos (EMBRAPA, 2001).

A fenologia da soja é uma ferramenta importante no manejo para decidir os melhores estádios em realizar uma coleta de dados e facilitar na tomada de decisão ao realizar algum manejo, pode-se classificar os estádio em vegetativos e reprodutivos, com o desenvolver dos estádios vegetativos observamos que a planta começa acumulo de matéria seca e com isso aumenta a exigência nutricional da planta, ocorrendo um acumulo de nutrientes até o início do estádio reprodutivo sendo que após isso o acumulo e transloucado para o enchimento de grãos (SEDIYAMA, 2015).

A soja é uma cultura exigente em macronutrientes, devido isso e essencial que estes nutrientes estejam disponíveis no solo nas quantidades ideais e de forma equilibrada, que pode ser alcançado com determinados manejos como a calagem e adubação (SFREDO, 2008).

A absorção de nutrientes pela soja pode variar por diversos fatores, sendo os principais os fatores climáticos com a disponibilidade de água, temperatura, fotoperíodo e o nível de fertilidade do solo como nível de nutrientes, acidez, teor de alumínio, compactação do solo e manejo (BORKERT, 1994).

Entender a função de cada nutriente, pode auxiliar na identificação de possíveis deficiências, sendo que para suprir a planta o ideal é alcançar uma adubação equilibrada. Nutrientes como Nitrogênio, Fosforo e Potássio são elementos essenciais, elemento como cálcio mesmo não sendo de alta mobilidade é muito importante, tem papel estrutural na planta e auxilia no processo de germinação do pólen e no crescimento do tubo polínico, sua deficiência pode causar redução do porte da planta com folhas novas menores e encarquilhadas (VIACELLI, 2017).

(13)

12

Como a exigência nutricional da soja é grande, o trabalho realizado destaca o crescimento da soja e resultados que foram obtidos com intuito de melhorar as características da soja elevando sua produtividade relacionado ao bom custo-benefício com e sem a aplicação de fertilizante corretivo (Fidagran) em sulco de semeadura, considerando que o solo onde foi realizado o experimento apresentava produtividade menor em relação as demais áreas de cultivo.

Diante do relato, este trabalho tem como objetivo avaliar o crescimento e a produtividade da cultura da soja com diferentes formulações de fertilizante aplicados em sulco de semeadura e a viabilidade econômica deste manejo.

(14)

13

2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 CARACTERÍSTICAS DA SOJA E ADAPTAÇÃO NO BRASIL

A soja ( Glycine max (L.) Merrill) é uma leguminosa que se espalhou pela Ásia há três mil anos, onde começou ser utilizada como alimento, a partir do século XX começou ser cultivada nos Estados Unidos onde teve um rápido crescimento na produção e surgiram as primeiras tecnologias no melhoramento genético com novas variedades comerciais. No Brasil a leguminosa chegou em 1882 onde testes foram realizados com diferentes variedades no estado da Bahia, onde diversos estudos começaram sobre a soja. Em 1941 a soja teve um grande avanço dentro do Brasil com a implantação da primeira fábrica de processamento de soja no Rio Grande do Sul (EMBRAPA, 2001).

O avanço significativo da soja foi na década de 70 e 80 onde a cultura chega aos estados do Mato grosso do sul e Mato grosso com novas áreas cultivadas sob solos de cerrado, que estimulado com os altos preços no mercado internacional a soja brasileira foi adaptada nas condições de clima e solo brasileiras alcançando altas produtividades (CAMARA, 2015)

2.2 UTILIZAÇÃO E DESENVOLVIMENTO ECONÓMICO DA SOJA

Por ser um grão de grandes qualidades nutricionais a soja é uma das culturas mais importantes tanto na economia brasileira como mundial. É um grão muito utilizado na culinária e em agroindústria na produção de óleo vegetal e ração animal (FREITAS, 2011).

O desenvolvimento da soja engloba um grande setor econômico, além das exportações, o setor contribui para a geração de empregos ligados á indústria da soja, que deu origem a subprodutos sendo os principais farelo, óleo e produtos comestíveis como ingredientes de padaria, massas, produtos de carne e bebidas, estes e muitos outros fatores contribuíram para aumento da produção brasileira de soja , onde o grande impulsor, também considerado como uma grande revolução na agricultura, o sistema de plantio direto com foco na conservação mantendo as características físico

(15)

14

e químicas do solo associado a um bom controle de pragas e doenças com desenvolvimento de novos inseticidas e fungicidas, que com a rápida expansão da produção houve a criação do centro nacional de pesquisa de soja, popular embrapa soja (EMBRAPA, 2001).

. A soja teve boa adaptação aos solos brasileiros, e em pouco tempo surgiram tecnologias que criaram cultivares melhor adaptadas ao solo do cerrado e condições climáticas do tipo tropical. Em 2019 a soja cumpre 137 anos da sua presença no Brasil, e continua se expandindo em novos territórios em diferentes estados (DALL´AGNOL, 2019)

O seu avanço tanto em território como produção esteve sempre associado a avanços científicos e disponibilidade de tecnologias, com a mecanização na produção de maquinas que melhor aproveitam e beneficiam o ciclo produtivo , melhoramento genético em busca de variedades que melhor se adaptam as diferentes áreas e biomas de cultivo, tecnologias utilizadas no manejo do solo, adubação, calagem e gesagem e manejo integrado de pragas (FREITAS, 2011).

Dentre os maiores países produtores de soja, o Brasil e o que tem maior capacidade de multiplicar sua produção, tanto pela área de expansão em áreas como o avanço tecnológico no setor, que vem contribuindo muito no aumento da produtividade, com isso lavouras brasileiras passaram a produzir medias de 1,369 kg há-1 1.985/86 para 2.927 kg há-1 2009/10 (LAZZAROTTO & HIRAKURI, 2010).)

A soja transgênica sem dúvidas acrescentou na produção, com registro das primeiras variedades de soja com tecnologia rr (Round up Ready), e atualmente com desenvolvimento genético super avançado em diferentes variedades, com determinadas tolerâncias e resistências. E com desenvolvimento de implementos agrícolas cada vez mais capacitados para o alto rendimento, facilitando o manejo para o produtor.

2.3 FENOLOGIA DA SOJA

O conhecimento sobre os estádios de desenvolvimento constitui-se uma ferramenta eficaz para manejo, por meio da observação possibilita a identificação das características morfológicas da planta em seus diferentes estádios de desenvolvimento, e assim permitir a identificação e facilitar na tomada de decisão no

(16)

15

sistema de produção, como as práticas culturais, plantio, aplicações de defensivos e colheita, (CAMARA, 1998). Os estádios de desenvolvimento da soja podem ser separados em duas partes, estádio vegetativo (Tabela 1) que é caracterizado pela letra V e reprodutivo (Tabela 2), letra R, onde cada estádio são subdivididos com as respectivas características de cada estádio fenológico (NEUMAIER et al, 2007). Tabela 1: Estádios fenológicos vegetativos da soja

Fonte: (NEUMAIER et al, 2007).

Tabela 2: Estádios fenológicos reprodutivos da soja

(17)

16

2.4 LIMITANTES DE PRODUÇÃO

2.4.1 Compactação do solo

A compactação e caracterizada pelo impedimento mecânico no solo do desenvolvimento das raízes, pode acontecer de forma natural ou pelo manejo e uso do solo (SILVA, 2004).

A compactação está associada com o preparo do solo, que por sua vez o mal manejo e uso excessivo de maquinas cada vez maiores mudam a estrutura do solo e aumentam a compactação, o que afeta a infiltração de agua no solo, aeração e assim limitam o desenvolvimento das raízes, prejudicando a absorção de nutrientes reduzindo a produtividade (TAVARES, 1999).

2.4.2 Disponibilidade de água

Do peso total da planta considerasse que 90% seja constituído de água, ou seja além de atuar como um regulador térmico, é o elemento mais essencial para todos os processos fisiológicos, dentre os quais podemos destacar várias funções, uma delas a de solvente onde minerais e outros solutos podem entrar nas células e se locomover pela planta. Portanto a disponibilidade de água é de extrema importância durante todo o ciclo da cultura, mesmo considerando que para germinação a soja necessite absorver até 50% do seu peso em água, a fase de floração e enchimento de grão tornam-se os estádios mais exigentes em disponibilidade de água (EMBRAPA, 2001).

2.4.3 Acidez do solo

Acidez do solo é um grande limitador de produção, o solo pode ser classificado quanto ao seu pH como ácidos, básicos ou neutros o que interfere na absorção de nutrientes sendo a faixa ideal para absorção o pH entre 6-7 (CAMARGOS, 2005).

Os nutrientes são disponibilizados por vários fatores, sendo o pH um dos principais, dessa forma solos ácidos diminuem a disponibilidade de nutrientes como fosforo, magnésio, cálcio, potássio e molibdênio além de aumentarem a solubilização

(18)

17

de íons de alumínio que podem ser toxico para a planta prejudicando seu desenvolvimento (SFREDO, 2008).

2.5 ÉPOCA DE SEMEADURA

A produtividade da soja é definida pelo ambiente de cultivo e o manejo, portanto é muito importante que épocas de semeadura e a semeadura sejas bem manejadas para obter as condições climáticas mais próximas exigidas pela cultura nos momentos críticos de desenvolvimento, obter stand de plantas ideal e assim alcançar altas produtividades (PEIXOTO, et al, 2000).

A semeadura da soja está diretamente relacionada com a semeadora, velocidade de plantio, e profundidade que para se alcançar o stand de plantas ideal devemos observar alguns fatores como o tipo de dosador de semente, o controlador de profundidade e compactador de sulco (EMBRAPA, 2005).

2.6 SISTEMA DE PLANTIO DIRETO (SPD)

Com os diferentes tipos de manejo de solo e de cultivo utilizados atualmente, as propriedades físicas do solo podem ser alteradas, acarretando o desenvolvimento das plantas e da produção, o sistema de plantio direto e responsável por fatores físicos, químicos e biológicos do solo, tem capacidade de fazer a manutenção da fertilidade, manter os restos culturais sobre a superfície do solo serve como um isolante térmico, reduzindo a incidência de plantas daninhas e melhorando a atividade biológica do solo (ORMOND, 2013).

Visando o plantio com manejos conservacionistas, o sistema de plantio direto apresenta uma alternativa de assegurar a conservação do solo, é uma técnica em que o plantio é realizado sem o processo de preparo do solo com aração e gradagem, com objetivo de manter o solo sempre coberto por algum cultivo de interesse comercial ou plantas de cobertura (CRUZ et al., 2009).

A utilização do sistema de plantio direto traz como benefício a redução de custos na produção, pois reduz o trafego de implementos e do revolvimento do solo, é um sistema que quando bem manejado em associações a plantas de cobertura pode preservar e até recuperara a estrutura do solo (VEZZANI; MIELNICZUK, 2009).

(19)

18

2.7 MANEJO NA ADUBAÇÃO

Em termos de área plantada, a soja é a cultura mais importante, portanto o manejo da fertilidade do solo é um ponto essencial para suprir as necessidades da planta, dessa forma torna-se importante saber qual a capacidade do solo de cultivo tem para suprir as necessidades da cultura através do analise de solo, e assim o produtor poder optar pelo manejo mais adequado a determinadas condições de solo e alcançar melhores produções e rentabilidade. A parte de fertilidade compõe um dos maiores custos de produção da cultura (cerca de 25%), (GITTI, 2016).

O uso de fertilizantes deve seguir alguns critérios para o seu manejo correto, onde se procura a fonte certa, na dose certa, aplicação da época certa e no local certo, e assim obter os melhores resultados no aspecto produção e rentabilidade, (Casarin e Stipp, 2009).

2.8 EXIGÊNCIA NUTRICIONAL DA SOJA

Cerca de 70% da composição mineral da soja é formada por agua, os outros 30% de matéria seca do qual contem 27% de matéria orgânica e 3% de substâncias minerais, em torno de 90% da meteria seca da soja é constituído por carbono, oxigênio e hidrogênio, e os 10% restantes são elementos inorgânicos considerados nutrientes minerais essenciais provenientes do solo (SEDIYAMA, 2015).

A soja é uma cultura muito exigente especialmente por macronutrientes, para o bom desenvolvimento da cultura estes nutrientes dever estar disponíveis no solo nas quantidades ideais e de forma equilibrada, este equilíbrio pode ser alcançado com determinados manejos como a calagem e adubação, dois fatores que dependem de alguns processos que se iniciam na amostragem de solo, interpretação de resultados e assim realizar o emprego das atividades de calagem e adubação da forma mais adequada a cada tipo de solo (SFREDO, 2008).

A absorção de nutrientes pela soja pode variar por diversos fatores, sendo os principais os fatores climáticos com a disponibilidade de água, temperatura, fotoperíodo, nível de fertilidade do solo, acidez, teor de alumínio e manejo (BORKERT, 1994).

(20)

19

2.8.1 Acúmulo de nutriente

A absorção de nutrientes pela soja é de forma crescente até os 75 dias dependendo da variedade e época de plantio, a partir disso os nutrientes são transloucados para enchimento de grãos, ocorrendo um decréscimo no acumulo de nutriente (CORDEIRO, et al. 1979). A quantidade de adubos para a soja são definidas com resultado de análise do solo, que vai determinar as quantidades de macro e micro nutrientes disponíveis no solo, com isso é importante obtermos informações da necessidade nutricional da cultura, que é definida com as quantidades de nutrientes extraídas e exportadas (Tabela 3), para uma determinada produtividade (GITTI, 2016). Tabela 3: Quantidade de nutriente extraída e exportada pela soja

Fonte: EMBRAPA (2013).

2.9 MACRONUTRIENTES NA CULTURA DA SOJA

2.9.1 Nitrogênio (N)

É um nutriente muito importante, pois é o mais extraído e exportado pela soja, onde para cada tonelada de grãos produzido é necessário 80kg de N do qual 50 são exportados nos grãos (GITTI, 2016). O N é absorvido na forma de amônio e nitrato, mas predomina na forma de nitrato para assim ser transformado em aminoácidos e proteínas, o N tem a função de ativar enzimas, é um elemento bastante móvel, a falta do nutriente causa redução na produção de clorofila com isso os sintomas de deficiência ocorrem inicialmente nas folhas mais velhas da planta podendo passar as folhas mais novas, caracterizado por clorose seguida de necrose (BORKET , 1994). Em soja a forma mais utilizada para suprir as necessidades de N é através da fixação

(21)

20

simbiótica, com a inoculação de bactérias do gênero Bradyrhizobium. (EMBRAPA, 2013).

2.9.2 Fósforo (P)

A principal função do fosforo é fornecer energia para realizar reações biosintéticas essenciais ao metabolismo da planta (SFREDO, 2008), tem papel importante no processo de respiração e fotossíntese, é essencial na divisão celular atuando tanto na parte aérea como no desenvolvimento radicular (VITTI, 2000). A deficiência deste nutriente apresenta-se nas folhas mais velhas e intermediarias, que no início apresentam coloração verde escuro que com passar algum tempo torna-se em uma clorose podendo passar do ápice da planta para a base com retardamento no crescimento , causa redução do número de sementes, atraso de florescimento e diminuição da área foliar, plantas com deficiência de P geralmente na primeira fase de desenvolvimento o caule fica fino e as ramificações são reduzidas (VIACELLI, 2017). É um nutriente com grandes limitações para solos tropicais, principalmente para solos com maior teor de argila e óxidos de ferro e alumínio onde o fosforo fica fixado, e não disponível para a planta, com este aspecto a forma mais viável de suprir a necessidade é com a adubação na linha de plantio, as doses recomendadas variam de acordo ao resultado da análise de solo, com o tipo de solo e teor de argila (GITTI, 2016).

2.9.3 Potássio (k)

O potássio é um elemento que tem alta mobilidade na planta, é o segundo elemento mais extraído e exportado pela planta, é um nutriente que possua alta mobilidade intracelular, o potássio tem característica de reduzir a incidência de doenças (MILANESI, 2015), atua como ativador enzimático, em processos fisiológicos e metabólicos da planta, faz metabolização do nitrogênio, serve de fotossintetizante e transportador de foto assimilados, promove resistência e redução de stress hídrico, e atua como controlador de fechamento e abertura de estômatos (VIACELLI, 2017). A deficiência do nutriente é visível nas folhas mais velhas, com clorose seguida de necrose na borda das folhas. Em áreas com deficiência deve-se optar pela adubação

(22)

21

de forma corretiva, onde a aplicação é realizada a lanço e incorporadas em profundidade de 0-20cm, em áreas com nível ideal de potássio recomenda-se adubação em sulco de plantio para manutenção das quantidades extraídas pela planta (GITTI, 2016).

2.9.4 Cálcio (Ca)

O teor desse nutriente pode variar de 0,5 a 3,0% na matéria seca da planta, e só pode ser absorvido através da coifa de raízes jovens, o Ca tem papel fundamental no alongamento de células, divisão celular e na integridade da parede celular, a absorção do cálcio é pelo xilema, e sua maior parte fica em forma insolúvel em agua, é um nutriente com pouca mobilidade no floema, o que ocasiona sintomas de deficiência em tecidos novos, sua função está ligada ao processo de germinação do pólen e no crescimento do tubo polínico (SFREDO, 2008). Uma das principais funções está na composição da pectina responsável pela rigidez da parede celular (KERBAUY, 2012). Segundo VIACELLI, (2017) os principais sintomas de deficiência de cálcio podem ser caracterizados por:

• Diminuição do porte da planta

• Necrose nas regiões meristemáticas jovens

• São afetados tanto raiz quanto parte aérea: atrofiamento do sistema radicular, retardamento da emergência das folhas primarias, que ao emergirem ficam encarquilhadas.

2.9.5 Magnésio (Mg)

É um elemento importante na síntese de clorofila, cerca de 50% de Mg contido nas folhas estão no cloroplasto, tornando o elemento fundamental para fotossíntese, atua como um ativador de enzimas envolvidas na síntese de carboidratos e ácidos nucleicos (SFREDO, 2008), Na deficiência de Mg as plantas ficam pequenas e produzem um menor número de vagens e de grãos pequenos, o Mg e bastante móvel no floema apresentando deficiência primeiramente nas folhas mais velhas, o principal sintoma são clorose Inter nerval e nervuras cor verde pálida, em casos de alta

(23)

22

deficiência as folhas jovens também podem apresentar sintomas devido a baixa produção de clorofila (BORKERT, 1994).

2.9.6 Enxofre (S)

É um elemento essencial para a soja, a disponibilidade deste nutriente esta diretamente ligado a dinâmica de matéria orgânica presente no solo, com a utilização de fertilizantes sem presença de S, a manutenção da matéria orgânica torna-se um ponto fundamental para o suprimento de forma gradual do enxofre necessário para a planta com a mineralização, a ideal é adequar manejos eficientes para obter boa quantidade de palha, utilizando a plantio direto e rotação de culturas, e fertilizantes que obter o mineral em sua formulação (BROCH E RANNO. 2011).

O enxofre é absorvido na forma de sulfato, sendo um componente essencial das proteínas, na maioria das vezes é encontrado na forma orgânica, sendo convertido em produto disponível a planta (MALAVOLTA, 1980).

Este nutriente melhora a síntese e a qualidade das proteínas, síntese de enzimas e vitaminas, promove a ativação nitrogenase nos nódulos radiculares melhorando também a incorporação de nitrogênio fixado e atua na formação dos grãos, sua principal deficiência e destacada por uma clorose pálida nas folhas mais novas e jovens do ponteiro, com sistema radicular pouco desenvolvido e nodulação radicular deficiente (TANAKA E MASCARENHAS, 1992)

Um dos principais fornecedores de enxofre para a planta e a matéria orgânica, porem temos outras fontes que podem suplementar o manejo para a disponibilidade deste nutriente, algumas fontes podem ser o sulfato de amônio (22 – 24% S), superfosfato simples (10 – 12 %), gesso agrícola (15 – 18%), sulfato de potássio (15 – 17%) e sulfato de cálcio (13% enxofre), (RAIJ, et al. 1996).

(24)

23

3 MATERIAL E MÉTODOS

3.1 CARACTERIZAÇÃO DA AREA DE ESTUDO

O experimento foi realizado em uma área rural situada na localidade de Paranambu – Ñacunday departamento de Alto Paraná – Paraguai, na propriedade do Sr. Ari Foester que tem como ponto de referência as coordenadas 25º 58’ 21” S e 54º 43’ 19” W e elevação de 245m em relação ao nível do mar (GPS).

O solo do local é classificado como Latossolo Vermelho Eutrófico (EMBRAPA, 2009), o clima da região é classificado como subtropical, com verões quentes e invernos sujeitos a geadas sem período de seca definidos, com temperaturas média anual de 21.6 oC, e pluviosidade média anual entorno de 1.721 mm (CLIMATE-DATA, 2019).

3.2 DELINEAMENTO EXPERIMENTAL

Os tratamentos utilizados (Tabela 4), para o experimento são relacionados a fertilidade do solo e nutrição da planta, sendo utilizado 2 formulações de adubo com 4 diferentes doses aplicadas na linha de plantio. Os tratamentos serão constituídos de diferentes combinações de duas formulações de fertilizantes comerciais:

• 4-30-10: uma das formulações mais utilizadas na região, é composta por 4% de nitrogênio + 30% fosforo + 10% potássio.

• Fidagran: 34% cálcio + 2% magnésio + 12% enxofre + 0,1% boro

Tabela 4: Identificação dos Tratamentos

TRATAMENTOS 4-30-10 FIDAGRAN TOTAL

T1 150kg/há 70kg/ha 220kg/ha

T2 200kg/há 50kg/ha 250kg/ha

T3 (Testemunha) 200kg/há 0,0 kg/ha 200kg/ha

(25)

24

O delineamento experimental utilizado para a pesquisa foi em blocos ao acaso, sendo utilizado 4 tratamentos com 4 repetições, totalizando 16 parcelas (Tabela 5 ), com dimensões de 4,5 m x 20 m obtendo uma área de 90 m2 cada parcela, e 1.440 m2 de área experimental.

A tabela 5 mostra o croqui do delineamento experimental em DBC (Delineamento de Blocos ao Acaso);

Quadro 1: Disposição dos tratamentos na área.

BLOCO 1 T3 T4 T2 T1 BLOCO 2 T4 T3 T1 T2 BLOCO 3 T2 T1 T4 T3 BLOCO 4 T1 T2 T3 T4 Fonte: AUTOR. 3.3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS 3.3.1 Preparo do local do experimento

No pré-plantio do experimento foi realizado a dessecação da área de cultivo, sendo utilizado dois herbicidas: glifosato + 2,4 D, e após 7 dias uma aplicação sequencial com paraquat.

(26)

25

3.3.2 Preparo do fertilizante

Os tratamentos foram formulados com a associação de dois diferentes fertilizantes, sendo necessário o trabalho de mistura, que foram realizadas pela empresa representante dos devidos fertilizantes.

Vale destacar que devido o processo de mistura, e entrega dos fertilizantes serem bem entecipados o processo de mistura foi realizada dois meses anterior ao início do plantio (25/07/2019) sendo utilizado caminhão betoneira com capacidade para 15 toneladas, todas as doses foram calculadas para as devidas proporções de NPK e Fidagran utilizada nos tratamentos(Tabela 4), e assim obter a melhor homogeneização do fertilizante, e conseguir uma distribuição uniforme no sulco de semeadura.

3.3.3 Implantação do experimento

O plantio foi realizado no sistema de plantio direto com cobertura de solo a palhada de trigo, no dia 10 de outubro de 2019, com humidade em condição de campo. O equipamento de plantio utilizado foi semeadeira com 9 linhas de plantio com espaçamento de 0,45m entre linhas.

A variedade de soja utilizada foi nidera NA5909rr, com vigor e germinação superior a 90%, sendo utilizado regulagem para 14 sementes por metro linear alcançando população media de 300.000 plantas/ha. O tratamento de semente utilizado cruiser FS350 (TIAMETOXAN), maxim advanced (Metalaxil-M, Tiabendazol e Fludioxonil), e inoculação com bactéria Bradyrhizobium japonicum.

3.3.4 Regulagem da semeadora

A regulagem das doses de fertilizantes foram realizada conforme tabelas de regulagens da semeadora, devido as diferentes granulometrias de cada dose, após cada regulagem foi realizado a pesagem de aferição, sendo coletado o fertilizante percorrido em 10 m, pesado e assim realizado a aferição para a correta regulagem da dose ha-1 .

(27)

26

3.3.5 Análise de solo

O analise de solo foi realizado por uma empresa especializada em agricultura de precisão, porem devido ao cronograma de colheita, a coleta para analise foi realizado após a colheita do trigo no pré-plantio da soja, desta maneira o analise foi realizado somente dois meses após a mistura dos fertilizantes portanto as doses não foram realizadas com base nos resultados da análise de solo.

Como este produto é utilizado como fertilizante tanto corretivo como nutrição vegetal em sulco de plantio, é interessante saber o resultado do analise de solo, mesmo considerando que os resultados tenham sido obtidos após a execução do experimento. Como as amostras foram coletadas com equipamento especial para análise de precisão houve um atraso na disponibilidade dos resultados, considerando que as amostras foram coletadas antes do plantio da soja para possível aplicação de corretivo após a colheita da mesma, no pre plantio do trigo.

3.4 ANÁLISE DAS VARIÁVEIS

Devido ao efeito de cada nutriente na planta, as características a serem analisadas durante o ciclo da cultura foi a partir do estádio R2, como número de vagens, produtividade, massa de mil grãos (MMG), e relação custo-benefício da aplicação de cada formulação.

O numero de vagens/planta foi determinado coletando-se amostras nas três linhas da area útil de cada parcela, descartando-se as 3 linhas da bordadura.

O processo de colheita foi realizado da maneira tradicional, foi dessecado a parcela com o herbicida paraquat e após 8 dias a colheita manual das parcelas, colhendo-se 3 linhas de plantio x 3mts de comprimento totalizando uma área colhida de 4,05m2 de área útil sendo descartando as bordaduras. Após a colheita as amostras foram encaminhadas ao Centro Tecnológico Agropecuário do Paraguai, conhecido como CETAPAR para o processo de trilha.

A massa de mil grãos (MMG), foi realizado com todos os equipamentos necessários, fornecidos por um laboratório de analise de sementes da região do experimento, sendo utilizado peneira para pré-limpeza das amostras, régua com capacidade para 100 grãos e balança de precisão. Todas as amostras foram realizadas conforme os padrões estabelecidos, sendo coletado 10 amostras de cada

(28)

27

quantidade colhida por parcela. Com base nos resultados obtidos de produtividade, e considerando o custo de cada fertilizante foi analisado os custos relativos da utilização de cada fertilizante com sua devida formulação.

Para realizar o analise de variância todos os dados coletados durante o desenvolvimento da cultura serão utilizados o software estatístico SISVAR, sendo os resultados aferidos através teste de Tukey a 5% de probabilidade

(29)

28

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Considerando as condições climáticas do ano de implantação do experimento (safra 2019/2020), pode-se destacar que os índices pluviométricos durante o ciclo da cultura foram normais na região, com excesso da primeira quinzena de dezembro onde as altas temperaturas associadas a rápida perca de água no solo com a evapotranspiração provocaram certo stress hídrico para a soja, chegando ao ponto de murcha no início do florescimento. Embora este período tenha sido crítico para o crescimento da soja, a cultivar NA5909rr atingiu mesmo assim boas produtividades.

Conforme mostra a análise de solo 0-20 cm podemos tirar algumas conclusões a respeito da fertilidade e exigência nutricional conforme o quadro 2.

Quadro 2: Análise de solo.

Talhão Ca Mg K AL CTC V% P Cu Zn B S pH

24Ha 6,4 1,5 0,6 0,04 14,73 57,78 8,83 7,34 6,43 0,48 11,43 5,50

Como podemos observar, o solo apresenta níveis de nutrientes e saturação de base recomendados para a cultura da soja, o pH está em um nível aceitável porem não está dentro da faixa ideal (6-7) , o que reduz a porcentagem de absorção de nutrientes. O Fidagran é um fertilizante que traz a proposta de corretivo para sulco de plantio juntamente com o fertilizante, o que melhora a disponibilidade de nutrientes e a absorção pela planta. É um produto granulado formulado com carbonato de cálcio e magnésio, óxido de cálcio e magnésio, sulfato de cálcio, enxofre elementar e outros carbonatos (BARBOZA, 2015).

Alguns corretivos muito utilizados no campo começam a fazer efeito a longo prazo, como exemplo temos o calcário, em solos deficientes, o Fidagran se apresenta como uma estratégia economicamente viável ao produtor devido o seu efeito rápido de curto prazo melhorando a absorção dos nutrientes durante a safra até o produtor conseguir corrigir o solo para longo prazo.

Seguindo esta teoria de melhorar a absorção de nutrientes até a correção definitiva, a utilização do Fidagran foi sem utilização da análise de solo, sem saber os

(30)

29

teores nutricionais do solo conforme análise para sua correta utilização. Obtendo assim os resultados dos tratamentos analisados conforme a tabela 5.

*p-valor da análise de variância. Fonte: (Autor, 2020)

Observou-se que não houve efeito significativo dos tratamentos sobre as variáveis vagens/planta, produtividade e massa de mil grãos (Tabela 5). As médias obtidas para tais variáveis foram 75,3, 4448,6 kg/ha e 134,7 g, respectivamente. Vale salientar, que os coeficientes de variação foram relativamente baixos, o que indica que o experimento foi adequadamente delineado e conduzido, e que os dados gerados apresentam precisão considerável.

No trabalho titulado uso de fertilizante corretivo na linha de semeadura e a lanço na cultura da soja foi realizado com a utilização de Fidagran como condicionador de solo podemos afirmar que o produto é muito bom para solos onde há necessidade de correção quando utilizado nas quantidades adequadas. No trabalho o autor utilizou três tratamentos: 200 kg fidagran + 250 kg.ha-1 de 02-20-20 aplicado no sulco de semeadura, 200 kg fidagran + 250 kg.ha-1 de 02-20-20 com aplicação a lanço, e outro tratamento, os autores utilizaram somente 250 kg.ha-1 de 0-20-20 em sulco de semeadura como testemunha. No referido estudo, os autores obtiveram aos maiores valores de produção, massa de mil grãos, entre outras variáveis, no tratamento de 200 kg fidagran + 250 kg.ha-1 de 02-20-20 aplicado na linha de plantio (GIESELER, 2013). Tabela 5: Parâmetros de produtividade da soja (Glycine max L.) de acordo

com a adubação incluindo doses de Fidagran. Paranambu – Ñacunday departamento de Alto Paraná – Paraguai, safra 2020

Vagens/planta Produtividade MMG NPK 4-30-10 Fidagran - kg/ha g 150 kg/ha + 70 kg/ha 76,7 4654,0 133,4 200 kg/ha + 50 kg/ha 75,3 4357,8 133,6 200 kg/ha - - 72,5 4317,3 135,7 100 kg/ha + 100 kg/ha 76,8 4465,3 136,2 75,3 4448,6 134,7 7,54 7,86 2,69 0,6944 0,5534 0,6091 p-valor** Formulações de adubos Média CV(%)

(31)

30

4.1 ANÁLISE DOS RESULTADOS ECONÔMICOS

Para cada parcela avaliada no experimento, foram calculados os custos de aplicação das combinações de NPK e Fidagran (Tabela 6). Para tanto, os valores de produtividade (kg/ha) foram transformados em sacas/ha, e dessa forma, obteve-se o custo do adubo/saca de soja por parcela, em US$. Além disso, calculou-se o lucro/saca de soja, através da diferença entre o valor da saca de soja em junho de 2020, que foi uma receita de US$17,00, e o custo de aplicação das formulações. Apenas para fins de comparação, não foram considerados neste estudo, os demais custos de produção da soja, como sementes, tratos culturais, etc.

Dessa forma, foi possível observar que a análise de variância detectou diferença significativa tanto para o custo adubo/saca de soja, quanto para o lucro/saca de soja (Tabela 6). Observou-se que o tratamento de 200 kg/ha de NPK 4-30-10 + 50 kg/ha de Fidagran apresentou o maior custo de aplicação por saca de soja e o lucro obtido por saca. Enquanto os demais tratamentos apresentaram os menores custos e os maiores lucros.

.

. *Lucro por saca de soja = diferença entre o valor da saca de soja em Junho/2020 (US$17,00) e o custo de aplicação das formulações NPK+Fidagran por saca produzida em cada parcela experimental.

**Médias seguidas por letras diferentes na coluna diferem pelo teste de Tukey, ao nível de 5% de probabilidade de erro.

*** p-valor da análise de variância Fonte: Autor, 2020. Custo do adubo NPK 4-30-10 Fidagran US$ ha-1 150 kg/ha + 70 kg/ha 91,25 1,18** b 15,82 a 200 kg/ha + 50 kg/ha 106,50 1,47 a 15,53 b 200 kg/ha - - 89,00 1,24 b 15,76 a 100 kg/ha + 100 kg/ha 79,50 1,07 b 15,93 a - 1,24 - 15,76 -- 8,24 - 0,66 -- 0,0022 - 0,0024 -Custo adubo/Saca de soja Lucro/saca de soja* p-valor*** Média CV(%) Formulações de adubos US$ US$

Tabela 6:Custo da aplicação de formulação NPK em combinação com Fidagran e lucro obtido por saca de soja (Glycine max L.), em Paranambu – Ñacunday

(32)

31

Apesar de não apresentarem diferenças significativas no fator produtividade, os tratamentos diferiram com relação ao custo benefício da aplicação das diferentes combinações de NPK e Fidagran. Dessa forma, dividindo-se o valor da aplicação das formulações pelas produtividades de cada parcela, obteve-se uma variação diferente daquela observada quando se analisou apenas a produtividade.

Para futuras recomendações, podemos identificar que a aplicação NPK 04-30-10 em quantidades de 200 kg deve ser feita sem a adição de Fidagran. E que o uso de Fidagran em combinação com a referida formulação de NPK, apresenta um melhor custo benefício quando a quantidade de NPK 04-30-10 for de até 150 kg/ha.

O calcário é um corretivo de ampla utilização, porém com efeito a longo prazo, com isso podemos concluir que o Fidagran utilizado em linha de plantio é uma alternativa economicamente viável com efeito a curto prazo, melhorando o crescimento e absorção de nutrientes pela soja.

Para fins de comparação, o trabalho de Gieseler (2013) em uso de fertilizante corretivo na linha de semeadura e a lanço na cultura da soja mostra que o uso do fidagran, nas quantidades de 200kg/há-1 + 250kg/há-1 tanto em linha de semeadura

quanto a lanço mostrou-se com resultados superior a testemunha de 250 kg.ha-1 de

02-20-20 no fator produtividade, com um acréscimo na produção em media de 5,98 sacas/há-1 , o que corresponde a um lucro muito superior em relação a testemunha.

(33)

32

CONSEDERAÇÕES FINAIS

As formulações de adubo NPK + Fidagran não influenciaram os parâmetros de produtividade da cultura da soja a níveis significativos.

No entanto, as formulações de NPK + Fidagran afetaram o custo benefício da aplicação dessas combinações apresentando redução no custo de produção, com aumento no lucro líquido por hectare.

(34)

33

REFERÊNCIAS

BARBOZA, R. Produtividade de culturas de grãos obtidas pela aplicação isolada e combinada de condicionadores de solo. Santa Maria, 2015. p25. Disponível em:<

https://repositorio.ufsm.br/bitstream/handle/1/4826/BARBOZA%2C%20ROBINSON.p

df?sequence=1&isAllowed=y>. Acesso em:16/06/2020.

BROCH, D,L; RANNO, S,K. Fertilidade do solo, adubação e nutrição da cultura da soja. Tecnologia de produçao:Soja e Milho, 2011/2012.Maracaju, MS, Fundação MS, 2011. 37p.

BORKERT, C.M. et al.. Seja o doutor da sua soja. Potafos, arquivo do agrônomo – N5, 1994, 17p.

CAMARA, G,M,S. INTRODUÇAO AO AGRONEGOCIO SOJA. USP/ ESALQ – Departamento de produção vegetal. 2015, 30p.

CAMARA, G,M,S. FENOLOGIA DA SOJA. Potafos, informações agronômicas. Piracicaba-SP, 1998. 16p.

CASARIN, W.; STIPP, S. R. Simpósio sobre boas práticas para uso eficiente de fertilizantes. Piracicaba: IPNI, Informações Agronômicas 128: 1-4, 2009.

CAMARGOS, S,L. ACIDEZ DO SOLO E CALAGEM (REAÇÃO DO SOLO). Universidade Federal de Mato Grosso, departamento de solos e engenharia rural. Cuiabá-MT, 2005. 26p

CLIMATE DATA. Dados climáticos para cidades mundiais. Disponível em:<

https://pt.climate-data.org/america-do-sul/paraguai/alto-parana/cidade-do-leste-3925/>. Acesso em: 06/07/2020

CORDEIRO, D.S.; SFREDO, G.J.; BORKERT, C.M.; SARRUGE, J.R.;PALHANO, J.B.; CAMPO, R.J. Calagem, adubação e nutrição mineral. In: EMBRAPA. Centro Nacional de Pesquisa de Soja. Ecologia, manejo e adubação da soja. Londrina, 1979. p.19-49. (EMBRAPA-CNPSo. Circular Técnica, 2).

CRUZ, J.;PEREIRA FILHO, I. A.;GARCIA, J.; GOMES, P.;FERNANDES, J. D. C.; ALBERNAZ, W. Avaliação de sistemas de produção de milho na região de Sete Lagoas, MG. Embrapa Milho e Sorgo. Circular Técnica, 123, 2009.

DALL’AGNOL, A. Soja: um negocio da China, mas para o Brasil. Pesquisa Embrapa soja. 2019. Disponível em:<

https://www.agrolink.com.br/colunistas/coluna/soja--um-negocio-da-china--mas-para-o-brasil_422043.html>. Acesso em: 06/07/2020.

EMBRAPA (Empresa Brasileira de Pesquisa Agrícola). Centro Nacional de Pesquisa de Solos (Rio de Janeiro, RJ). Sistema brasileiro de classificação de solos. – Rio de Janeiro: EMBRAPA-SPI, 2009

(35)

34

EMBRAPA. Tecnologias de produção de soja- região central do Brasil – 2001/2002. Londrina, PR, 2001. 267p.

EMBRAPA. Tecnologias de Produção de Soja - Paraná – 2006, Sistemas de produção 8, Versão eletrônica – 1a edição . Londrina: Embrapa Soja, 2005. 107p. EMBRAPA SOJA. Tecnologias de produção de soja – região central do Brasil 2014. Londrina: Embrapa soja, 2013. 265p.

FREITAS, M,C,M. A CULTURA DA SOJA NO BRASIL: O CRESCIMENTO DA PRODUÇAO BRASILEIRA E O SURGIMENTO DE UMA NOVA FRONTEIRA AGRICOLA. Pós-graduado em Agronomia da Universidade federal de Uberlândia. Goiânia, 2011. 12p.

GITTI,C.D, ROSCOE,R. Manejo e fertilidade do solo para a cultura da soja. Fundação MS, 2016, 27p.

GIESELER,R.Uso de fertilizante corretivo na linha de semeadura e a lanço na cultura da soja. Ijui, 2013. p23-24. Disponível em:<

file:///C:/Users/gabri/Downloads/TCC%20%20Paulo%20Gieseler%20(1).pdf>.

Acesso em:16/06/2020.

KERBAUY, G.B. Fisiologia Vegetal. 2ed. Rio de janeiro: Guanabara Koogan, 431p. 2012

LAZZAROTTO,J,J; HIRAKUR, M, H. Evolução e Perspectivas de Desempenho Econômico Associadas com a Produção de Soja nos Contextos Mundial e Brasileiro. Embrapa soja, Londrina. 2010, 47p.

MALAVOLTA, E.: Elementos de Nutrição Mineral de Plantas. São Paulo: CERES, 1980 p. 251.

MILANESI, H.J. Adubação da cultura da soja baseada nos teores mínimos de fosforo e potássio no solo. Universidade federal de Santa Maria, Programa de pós-graduação em agricultura de precisão. 2015, 73p.

NEUMAIER, N; NEPOMUCENO, A; FARIAS ,J,R. Ecofisiologia da soja. Embrapa soja, circular técnica. Londrina, 2007

ORMOND,S.T.A. Sistema de semeadura e manejo do solo no desenvolvimento da cultura da soja. Universidade federal de mato grosso, Programa de

Pós-graduação em engenharia agrícola. RONDONOPOLIS-MT, 2013. 20p11.

PEIXOTO, C. P.; CÂMARA, G. M. S.; MARTINS, M. C.; MARCHIORI, L. F. S. Características agronômicas e rendimento de soja em diferentes épocas de semeadura e densidade de plantas. Magistra, Cruz das Almas, v. 13, n. 2, p. 77-86, 2000

RAIJ, B.V.; CANTARELLA, H.; QUAGGIO,J.A.;FURLANI, A.M.C. In: MASCARENHAS, A. A.;TANAKA, R. T.; Boletim Técnico 100 Recomendações de Adubação e Calagem para o Estado de São Paulo. FUNDAG, 2 Ed. p. 202-203,1996.

(36)

35

SEDIYAMA.T.;SILVA.F.; BOREM.A. Soja do plantio a colheita- nutrição da soja. UFV- Universidade federal de viçosa, 2015

SFREDO, J.G. Soja no Brasil: Calagem, Adubação e Nutrição Mineral. Embrapa Soja, Versão eletrônica 1a edição. Londrina, 2008. 148 p

SILVA, G,J. DESENVOLVIMENTO DE PLANTAS DE SOJA, MILHO, ALGODÃO E Brachiaria brizantha, SUBMETIDAS A QUATRO GRAUS DE COMPACTAÇÃO DE UM LATOSSOLO VERMELHO-ESCURO DISTRÓFICO. Universidade Federal de Mato Groso, Programa de Pós-graduação em Agricultura tropical. Cuiabá, 2004. TANAKA,R.T; MASCARENHAS, H.A.A. soja: nutrição, correção do solo e adubação. Campinas SP: Fundação Cargill, 1992. 60p.

TAVARES FILHO, J.; EIRA, G. C.; FARINHA, L. R. L. Avaliação da

compactação em um solo cultivado no sistema convencional. Engenharia Agrícola, Jaboticabal, v. 19, n. 2, p. 210-225, 1999.

VEZZANI, F.M.; MIELNICZUK, J. Uma visão sobre a qualidade do solo. Revista Brasileira de Ciência do Solo, Viçosa, MG, v. 33, 2009. 743-755p.

VITTI, G.C.; TREVISAN, W. Manejo de macro e micronutrientes para alta

produtividade da soja. Piracicaba: Potafos, informações Agronômicas, n.90, p.1-16, 2000

Referências

Documentos relacionados

As empresas multinacionais de tabaco se posicionaram como vítimas do comércio ilícito e firmaram, com êxito, uma parceria com órgãos governamentais de aplicação da lei

A pesquisa “Estratégias para o varejo brasileiro – Reflexões sobre os anseios do consumidor” realizada pela Deloitte em 2010 apresentou de forma muito objetiva o que

Assim, fica claro que os Subprocuradores-Gerais da República podem atuar perante o STJ tanto por atribuição própria quanto por atribuição delegada (pelo PGR) ,

Professora Doutora do Departamento de Fundamentos da Educação e do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Estadual de Maringá.. síntese, pregadores da

A apreciação global de aroma e sabor, indica que existem diferenças significativas entre as aguardentes, destacando-se novamente a aguardente A das restantes, a qual

Ainda assim, vale notar: olhando para a frente, o management deve prosseguir com a estratégia de garantir eficiência operacional e maior geração de caixa operacional.. Algo que

R$ 20,00. Na figura abaixo o segmento AB corresponde ao lado de um hexágono regular inscrito, enquanto que BC corresponde ao lado de um quadrado inscrito. A figura

Concentração de determinada substância, acima da qual podem ocorrer alterações prejudiciais à qualidade do solo e da água subterrânea VALOR DE PREVENÇÃO -