Nota explicativa 31 de dezembro de 2010 31 de dezembro de 2009 1 de janeiro de 2009 31 de dezembro de 2010 31 de dezembro de 2009 1 de janeiro de
2009 Passivo e patrimônio líquido
Nota explicativa 31 de dezembro de 2010 31 de dezembro de 2009 1 de janeiro de 2009 31 de dezembro de 2010 31 de dezembro de 2009 1 de janeiro de 2009 Circulante
Caixa e equivalentes de caixa 5 64.014 387.707 11 239.728 503.761 9.919 Fornecedores 2.149 1.412 2 30.600 68.150 18.052 Contas a receber 6 230.136 164.278 48.135 Empréstimos e financiam entos 10 381 232 55.155 32.553 15.468
Adiantamentos a fornecedores 2.7 22.675 33.894 1.080 Debêntures 11 15.660
Tributos a recuperar 8.618 1.624 49.377 16.167 2.798 Salários e encargos sociais 17.983 11.051 31.495 20.290 3.068
Estoques 3.494 2.354 1.939 Adiantamentos de clientes 12 22.878 83.574
Divtidendos a receber e juros s obre capital próprio 3.465 4.194 6.114 Tributos a pagar 2.892 1.241 28.714 10.697 6.112
Outros ativos 2.999 761 4.083 1.738 1.189 Outorga 2.11 (d) 10.054
Des pesas antecipadas 2.267 5.511 3.176 4.773 Divtidendos e juros sobre capital próprio a pagar 910 347
Outros pass ivos 476 7.971 2.059 4.291
81.363 394.286 6.125 555.004 725.368 69.833
23.881 12.695 1.243 203.437 217.323 47.338
Não circulante
Realizável a longo prazo Empréstimos e financiam entos 10 332 525 1.030.296 515.866 351.055
Contas a receber 6 1.179.594 900.735 450.548 Debêntures 11 207.181 74.906 65.000
Fundos res tritos 2.9 64.936 27.503 Sociedades da Organização Odebrecht 18 (a) 35.000 35.000 65.447 120.285 Sociedades da Organização Odebrecht 18 (a) 252.897 114.547 101.207 46.888 43.914 134.989 Partes relacionadas 18 (b) 1.717
Partes relacionadas 18 (b) 52.896 Tributos a pagar 2.033 1.541 2.695
Tributos diferidos 14 (b) 13.582 3.253 2.909 Tributos diferidos 14 (b) 175.702 119.940 57.720
Tributos a recuperar 32.622 19.255 Provis ão para perda em investim entos 264 30
Adiantamento para futuro aumento de capital 2.10 6.500 13.097 Provis ão para contingências 13 5.759 7.103 7.983
Outros ativos 18 (a) 26.905 15.535 503 464 165 Outros pass ivos 2.503 720 2.968 13 2.636
Des pesas antecipadas 2.046 1.553 1.613
37.835 36.509 65.447 1.425.656 719.399 607.374 286.302 143.179 101.207 1.393.067 996.677 590.224
Investim entos 7 687.411 490.529 191.126 4.059 Patrimônio líquido 15
Imobilizado 8 2.715 2.154 1.712 265.891 15.007 63.298 Capital social 484.774 484.774 269.725 484.774 484.774 269.725 Intangível 9 3.124 2.366 422.369 191.053 170.774 Reservas de capital 527.129 527.129 527.129 527.129
Reservas de lucros
979.552 638.228 294.045 2.085.386 1.202.737 824.296 Prejuízos acumulados (8.888) (25.877) (36.245) (8.888) (25.877) (36.245) Ajuste de avaliação patrim onial (3.816) (2.716) (3.816) (2.716)
999.199 983.310 233.480 999.199 983.310 233.480
Participação dos não controladores 12.098 8.073 5.937 999.199 983.310 233.480 1.011.297 991.383 239.417
Total do ativo 1.060.915 1.032.514 300.170 2.640.390 1.928.105 894.129 Total do passivo e patrimônio líquido 1.060.915 1.032.514 300.170 2.640.390 1.928.105 894.129 Consolidado
Ativo Circulante
Não circulante
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras
Nota
explicativa 2010 2009 2010 2009
Receita líquida de serviços 16 (a) 824.598 693.233
Custos dos serviços prestados (144.958) (76.392)
Custos de construção (421.121) (442.442) Depreciação e am ortização (24.395) (2.807) Lucro bruto 234.124 171.592 Despesas operacionais Gerais e administrativas (44.292) (41.851) (145.014) (94.003) Depreciação e am ortização (1.195) (471) (7.973) (11.794)
Honorários dos administradores 18 (c) (18.107) (8.566) (18.107) (8.566)
Outras receitas (despesas) líquidas 4.234 4.604 9.593 289
Lucro (prejuízo) operacional antes das participações
societárias e do resultado financeiro (59.360) (46.284) 72.623 57.518
Resultado de participações societárias
Equivalência patrim onial 48.205 49.708
Provisão para perda em investim entos (2.941) (264)
Resultado financeiro 16 (b)
Despesas financeiras (2.518) (492) (75.046) (39.061)
Receitas financeiras 33.603 7.700 50.725 13.152
Lucro (prejuízo) antes do imposto de renda 16.989 10.368 48.302 31.609
e da contribuição social
Imposto de renda e contribuição social - correntes 14 (a) (10.303) (8.116)
Imposto de renda e contribuição social - diferidos 14 (b) (18.413) (14.238)
Lucro líquido (prejuízo) do exercício 16.989 10.368 19.586 9.255
Atribuível a
Acionistas da Companhia 16.989 10.368
Participação dos não controladores 2.597 (1.113)
19.586 9.255
Lucro líquido (prejuízo) do exercício por lote de mil ações do capital - R$ 40,40 19,09
Nota explicativa Capital social Reservas de capital Lucros (prejuízos) acumulados Ajuste de avaliação patrimonial Total Participação dos não controladores Total do patrimônio líquido Em 1º de janeiro de 2009 269.725 (36.245) 233.480 5.937 239.417 Lucro do exercício 10.368 10.368 (1.113) 9.255
Ajuste de avaliação patrimonial (2.716) (2.716) 3.249 533
Total do resultado abrangente do período - - 10.368 (2.716) 7.652 2.136 9.788
Cons tituíção da res erva de capital 527.129 527.129 527.129
Aumento de capital 215.049 215.049 215.049
Em 31 de dezembro de 2009 484.774 527.129 (25.877) (2.716) 983.310 8.073 991.383
Lucro líquido do exercício 16.989 16.989 2.597 19.586
Ajuste de avaliação patrimonial (1.100) (1.100) (1.100)
Total do resultado abrangente do período - - 16.989 (1.100) 15.889 2.597 18.486
Efeito de não controladores sobre entidades consolidadas - 1.428 1.428
Em 31 de dezembro de 2010 484.774 527.129 (8.888) (3.816) 999.199 12.098 1.011.297
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras
2010 2009 2010 2009 Fluxos de caixa das atividades operacionais
Lucro (prejuízo) antes do imposto de renda e da contribuição social 16.989 10.368 48.301 31.609
Ajustes
Depreciação e am ortização 1.195 533 27.670 17.210
Valor res idual do ativo im obilizado e intangível baixados 345 185 980 72.876
Resultado de equivalência patrimonial (48.205) (49.708)
Provisão para perda em investim entos 2.941
Margem de lucro de cons trução (72.360) (73.934)
Participação de acionistas não controladores 2.597 (1.113)
Impos to de renda e contribuição s ocial corrente e diferido (28.715) (22.354)
Juros e variações m onetárias e cam biais, líquidas 80 (117) 50.460 32.013
(26.655) (38.739) 28.933 56.307
Variações nos ativos e pas sivos
Fundos restritos (37.433) (27.503)
Contas a receber (237.950) (492.983)
Adiantam entos a fornecedores 11.219 (32.814)
Tributos a recuperar (6.994) (1.624) (46.577) (32.624)
Tributos diferidos ativo (11.549) (344)
Es toques (1.140) (415)
Dividendos a receber e juros sobre capital próprio 729 1.920
Outros ativos (13.608) (16.296) (2.384) (848)
Des pesas pagas antecipadamente (2.267) (2.828) 1.657
Partes relacionadas (51.179)
Fornecedores 737 1.410 (37.550) 50.098
Salários e encargos sociais 6.932 11.051 11.205 17.222
Adiantam ento de clientes (60.696) 83.574
Tributos a pagar 2.892 (1.241) 25.012 8.138
Dividendos e juros s obre capital próprio 910 (347)
Provisão para perda em inves timento (264) 264 30
Provisão para contingências (1.344) (880)
Tributos diferidos pass ivo 55.762 62.220
Outros pas sivos 2.259 720 8.867 (4.855)
Caixa aplicado nas operações (36.239) (42.535) (348.722) (314.367)
Juros pagos (80) (273) (38.036) (9.532)
Im posto de renda e contribuição social pagos (6.503) (4.707)
Caixa líquido aplicados nas atividades operacionais (36.319) (42.808) (393.261) (328.606)
Fluxos de caixa das atividades de investimentos
Adiantamento para futuro aumento de capital 6.597 (13.097)
Aquis ições de inves timentos (152.718) (251.831) (4.059)
Baixa de inves tim entos
Adições ao im obilizado (1.695) (1.137) (252.860) (27.486)
Adições ao intangível (1.165) (2.388) (246.055) (31.864)
Caixa líquido aplicado nas atividades de investimentos (148.981) (268.453) (502.974) (59.350)
Fluxos de caixa das atividades de financiamentos
Amortizações de financiam entos (353) (7.950) (37.077) (162.477)
Ingres sos de financiam entos 310 9.097 555.721 331.888
Ingres sos de debêntures 115.104
Aum ento de capital s ocial 741.597 1.428 741.597
Sociedades da Organização Odebrecht (138.350) (43.787) (2.974) (29.210)
Caixa líquido proveniente das (aplicado nas) atividades de financiamentos (138.393) 698.957 632.202 881.798 Caixa e equivalentes a caixa de controladas incluídas na cons olidação, líquido
Aumento (redução) líquido (a) de caixa e equivalentes de caixa (323.693) 387.696 (264.033) 493.842
Caixa e equivalentes de caixa no início do exercício 387.707 11 503.761 9.919
Caixa e equivalentes de caixa no final do exercício 64.014 387.707 239.728 503.761
1 Informações gerais
A Companhia e suas controladas são parte integrante da Organização Odebrecht, controlada pela Odebrecht Engenharia Ambiental (“OEA”).
A Foz do Brasil S.A. (“Foz” ou “Companhia”), através de suas controladas, desenvolve
atividades empresariais de prestação de serviços nos segmentos de saneamento básico e de tratamento de resíduos industriais e urbanos no Brasil. Essas atividades são realizadas com base em contratos de serviços de longo prazo assim classificados:
(a) Concessões públicas
Contratos de prestação de serviços de longo prazo com o Poder Concedente (prefeituras, entidades de direito privado e órgãos públicos), representados por concessões públicas administrativas (concessões plenas e parcerias público – privada) nos quais as controladas diretas da Companhia atuam como concessionárias de serviços públicos, como a seguir sumariados:
Controladas (Concessionárias) Objeto do contrato Prazo Poder Concedente (Cliente) Foz de Limeira S.A. Serviços de abastecimento de água, coleta e tratamento de esgotos sanitários. 30 anos Prefeitura Municipal de Limeira - SP
Foz de Cachoeiro S.A.
Operação da gestão integrada dos sistemas e serviços de saneamento básico de água e de esgoto sanitário, incluindo a operação, manutenção e cobrança direta aos usuários dos serviços.
37,5 anos Prefeitura Municipal de Cachoeiro do Itapemirim - ES
Foz de Mauá S.A.
Gestão dos serviços de esgotamento sanitário compreendendo operação, manutenção e ampliação do sistema de coleta e tratamento de esgotos sanitários, além da gestão e comercialização dos serviços de abastecimento de água potável e comercialização de água não potável.
30 anos Prefeitura Municipal de Mauá - SP
Foz de Rio Claro S.A. Operação e atividades de apoio, acompanhamento das obras de complementação,
adequação e modernização do sistema de esgoto. 30 anos Prefeitura Municipal de Rio Claro - SP
Foz de Jaguaribe S.A. Construção, locação e operação do sistema de disposição oceânica do Jaguaribe em
Salvador - Bahia 18 anos
Empresa Baiana de Águas e Saneamento S. A. -EMBASA
Foz de Capivari S.A. Construção e locação do sistema de tratamento de esgoto (Estação de Tratamento de
Esgoto) de Campinas - SP 23 anos
Sociedade de Abastecimento de Água e Saneamento S/A -SANASA
Foz de Rio das Ostras Participações S.A.
Operação do sistema de esgotamento sanitário precedida dos serviços de ampliação desse sistema (rede coletora e outros) pela sociedade controlada Foz de Rio das Ostras S.A.
16 anos Prefeitura Municipal de Rio das Ostras - RJ
Foz de Blumenau S.A Serviço público de esgotamento sanitário, compreendendo serviços de planejamento,
construção, operação e manutenção das infraestruturas de Blumenau - SC. 35 anos Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto - SAMAE
Foz de Santa Gertrudes S.A.
Serviço público de abastecimento de água e esgotamento sanitário, envolvendo o planejamento, construção, a operação e manutenção das unidades integrantes do sistema.
30 anos Prefeitura Municípal de Santa Gertrudes
Saneaqua Mairinque S.A.
Serviço público de abastecimento de água e esgotamento sanitário, envolvendo o planejamento, construção, a operação e manutenção das unidades integrantes do sistema.
(b) Clientes privados e públicos
Contratos de longo de prazo representados preponderantemente pelas prestações de serviços de construção e operação de sistema de tratamento de água, efluente, resíduos e energia elétrica, a seguir apresentados:
2 Resumo das principais políticas contábeis
As principais políticas contábeis aplicadas na preparação destas demonstrações financeiras consolidadas estão definidas abaixo. Essas políticas vêm sendo aplicadas de modo
consistente em todos os exercícios apresentados, salvo disposição em contrário.
2.1 Base de preparação
A preparação de demonstrações financeiras requer o uso de certas estimativas contábeis críticas e também o exercício de julgamento por parte da administração da Companhia e de suas controladas no processo de aplicação das políticas contábeis da Organização
Odebrecht. Aquelas áreas que requerem maior nível de julgamento e possuem maior
complexidade, bem como as áreas nas quais premissas e estimativas são significativas para as demonstrações financeiras consolidadas, estão divulgadas na Nota 3.
(a) Demonstrações financeiras consolidadas
As presentes demonstrações financeiras foram aprovadas pela Diretoria da Companhia em 04 de março de 2011.
As demonstrações financeiras consolidadas foram preparadas e estão sendo apresentadas conforme as práticas contábeis adotadas no Brasil, incluindo os pronunciamentos emitidos pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPCs).
Estas são as primeiras demonstrações financeiras apresentadas de acordo com os CPCs pela Companhia e suas controladas. As principais diferenças entre as práticas contábeis adotadas anteriormente no Brasil (BR GAAP antigo) e os CPCs, incluindo as reconciliações do
patrimônio líquido, estão descritas na nota 20.
Controladas Objeto do contrato Prazo Cliente
Lumina Resíduos S.A. Serviços variados de tratamento dos resíduos. Variado Privados e públicos
Foz de Jeceaba Engenharia Ambiental S.A.
Execução do projeto, construção, operação e transferência das plantas para tratamento
de água, efluentes, resíduos e energia elétrica. 16,2 anos Vallourec & Sumitomo Tubos do Brasil Ltda. (VSB)
Aquapolo Ambiental S.A. Fornecimento de água industrial a grupos empresariais do ABC Paulista - SP, com
construção e operação das instalações necessárias para os serviços. 33 anos
Quattor Química, Quattor Petroquímica e Quattor Participações
Foz Holdings Serviços variados de saneamento prestados com construção das instalações e
(b) Demonstrações financeiras individuais
As demonstrações financeiras individuais da controladora foram preparadas conforme as práticas contábeis adotadas no Brasil emitidas pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPCs) e são publicadas juntas com as demonstrações financeiras consolidadas.
2.2 Consolidação
(a) Demonstrações financeiras consolidadas
As seguintes políticas contábeis são aplicadas na elaboração das demonstrações financeiras consolidadas.
(i) Controladas
Controladas são todas as entidades (incluindo as entidades de propósito específico) nas quais a Companhia tem o poder de determinar as políticas financeiras e operacionais, geralmente acompanhada de uma participação de mais do que metade dos direitos a voto (capital votante). As controladas são totalmente consolidadas a partir da data em que o controle é transferido para a Companhia. A consolidação é interrompida a partir da data em que o controle termina.
A Companhia usa o método de contabilização da aquisição para contabilizar as combinações de negócios. A contraprestação transferida inclui o valor justo de algum ativo ou passivo resultante de um contrato de contraprestação contingente quando aplicável. Custos
relacionados com aquisição são contabilizados no resultado do exercício conforme incorridos. A Companhia reconhece a participação não controladora na adquirida, tanto pelo seu valor justo como pela parcela proporcional da participação não controlada no valor justo de ativos líquidos da adquirida. A mensuração da participação não controladora a ser reconhecida é determinada em cada aquisição realizada.
Transações entre companhias, saldos e ganhos não realizados em transações entre empresas do Grupo são eliminados. Os prejuízos não realizados também são eliminados a menos que a operação forneça evidências de uma perda (impairment) do ativo transferido. As políticas contábeis das controladas são alteradas quando necessário para assegurar a
consistência com as políticas adotadas pela Companhia.
(ii) Transações e participações não controladoras
A Companhia e suas controladas tratam as transações com participações não controladoras como transações com proprietários de ativos do grupo. Para as compras de participações não
perdas sobre alienações para participações não controladoras também são registrados no patrimônio líquido.
(iii) Coligadas
Coligadas são todas as entidades sobre as quais a Companhia e suas controladas tem influência significativa, mas não o controle, geralmente em conjunto com uma participação acionária de 20% a 50% dos direitos de voto. Os investimentos em coligadas são
contabilizados pelo método de equivalência patrimonial e são, inicialmente, reconhecidos pelo seu valor de custo. O investimento da Companhia e suas controladas em coligadas inclui o ágio identificado na aquisição, líquido de qualquer perda por impairment acumulada. A participação da Companhia e de suas controladas nos lucros ou prejuízos de suas coligadas é reconhecida na demonstração do resultado e sua participação é reconhecida contra o valor contábil do investimento. Quando a participação da Companhia e de suas controladas nas perdas de uma coligada for igual ou superior a sua participação na coligada, incluindo quaisquer outros recebíveis, a Companhia e suas controladas não reconhecem perdas adicionais, a menos que tenha incorrido em obrigações ou efetuado pagamentos em nome da coligada.
Os ganhos e as perdas de diluição, ocorridos em participações em coligadas, são reconhecidos na demonstração do resultado.
(iv) Companhias consolidadas
As demonstrações financeiras abrangem as demonstrações financeiras da Companhia, nas quais são mantidas as seguintes participações acionárias, diretas e indiretas.
(*) Investimentos em fase de construção.
(**) Investidas constituídas/adquiridas em 2010. As estruturas administrativas e operacionais dos
investimentos no exterior são mantidas no Brasil, tendo sua moeda funcional definida como real (R$). (***) No exercício findo em 2009, o controle desta investida era exercido de forma indireta, por meio da controlada Lumina Resíduos.
Participação no capital social (%) País 31 de dezembro de 2010 31 de dezembro de 2009 Direta:
Foz de Blumenau ("Blumenau") (**) Brasil 74,00
Foz de Cachoeiro ("Cachoeiro") Brasil 100,00 99,99
Foz de Capivari ("Capivari") Brasil 90,00 90,00
Foz de Jaguaribe ("Jaguaribe") (*) Brasil 95,00 95,00
Foz de Jeceaba ("Jeceaba") (***) Brasil 100,00 100,00
Foz de Limeira ("Limeira") Brasil 99,99 99,99
Foz de Mauá ("Mauá") Brasil 100,00 99,99
Foz de Rio Claro ("Rio Claro") Brasil 59,00 59,00
Foz de Rio das Ostras Participações ("FROP") Brasil 99,87 99,87
Foz de Santa Gertrudes ("Santa Gertrudes") Brasil 100,00 99,90
Foz do Brasil Participações e Investimentos ("FBPI") Brasil 100,00 99,99 Foz Holdings GMBH ("Foz Holdings") (**) Aústria 100,00
Lumina Resíduos ("Lumina") Brasil 100,00 99,99
Indireta:
Foz de Rio das Ostras ("FRO") Brasil 99,87 99,87
Growth Capital Invest ("Growth") (**) Luxem burgo 100,00
Foz de Jaguaribe Construção e Locação ("FJCL") Brasil 100,00 100,00
Cetrel Lumina ("Cetrel") Brasil 50,00 50,00
Controle compartilhado:
Aquapolo Ambiental ("Aquapolo") (*) Brasil 51,00 51,00
Na elaboração das demonstrações financeiras consolidadas, foram utilizadas demonstrações financeiras das controladas na mesma data-base, elaboradas segundo as práticas contábeis da Companhia, e foram eliminados os investimentos na proporção da participação da
investidora nos patrimônios líquidos e nos resultados das controladas, os saldos ativos e passivos, as receitas e despesas e os resultados não realizados, líquidos de imposto de renda e contribuição social, decorrentes de operações entre as empresas.
As principais contas dos grupos de ativo, passivo e resultado das controladas que possuem controle compartilhado, foram incluídas proporcionalmente nas demonstrações contábeis consolidadas e podem ser assim condensadas:
Balanço patrimonial condensado
31 de dezembro de 2010 31 de dezembro de 2009 31 de dezembro de 2010 Ativo Circulante
Caixa e equivalentes de caixa 60 1 2.246
Adiantamento a fornecedores 27.232 Outros ativos 868 592 28.160 1 2.838 Não circulante Tributos diferidos 4.955 Despesas antecipadas 970 Imobilizado 88.143 1.430 32 94.068 1.430 32 Total do ativo 122.228 1.431 2.870 Passivo Circulante 2.716 589 Não circulante
Sociedades da Organização Odebrecht 107.951 926
Tributos diferidos 2.067 964 29
110.018 1.890 29
Patrimônio líquido (passivo a descoberto) 9.494 (459) 2.252
Total do passivo e patrimônio líquido 122.228 1.431 2.870
Aquapolo Ambiental (i)
Saneaqua Mairinque (ii)
(i) Investida constituída em outubro de 2009. (ii) Investida constituída em junho de 2010.
(b) Demonstrações financeiras individuais
Nas demonstrações financeiras individuais as controladas são contabilizadas pelo método de equivalência patrimonial. Os mesmos ajustes são feitos tanto nas demonstrações financeiras individuais, quanto nas demonstrações financeiras consolidadas, para chegar ao mesmo resultado e patrimônio líquido atribuível aos acionistas da controladora.
2.3 Conversão de moeda estrangeira
(a) Moeda funcional e moeda de apresentação
Os itens incluídos nas demonstrações financeiras da Companhia e de suas controladas são mensurados usando a moeda do principal ambiente econômico, no qual a empresa atua ("a moeda funcional"). As demonstrações financeiras consolidadas estão apresentadas em reais (R$), que é a moeda funcional da Companhia e de suas controladas.
Demonstração condensada do resultado 2010 2009 2010
Operações
Receitas brutas de serviços 1.431
Impostos e contribuições sobre serviços (53)
Receita liquida de serviços 1.378
Custo dos serviços prestados (668)
Lucro bruto 710
Despesas operacionais
Gerais e administrativas (3.163) (459) (332)
Lucro (prejuízo) antes do imposto de renda (3.163) (459) 378
e da contribuição social
Imposto de renda e contribuição social corrente 1.076 (127)
Lucro liquido (prejuízo) do exercício (2.087) (459) 251
Aquapolo Ambiental (i)
Saneaqua Mairinque (ii)
(b) Transações e saldos
As operações com moedas estrangeiras são convertidas para a moeda funcional, utilizando as taxas de câmbio vigentes nas datas das transações ou da avaliação, na qual os itens são remensurados. Os ganhos e as perdas cambiais resultantes da liquidação dessas transações e da conversão pelas taxas de câmbio do final do exercício, referentes a ativos e passivos monetários em moedas estrangeiras, são reconhecidos na demonstração do resultado. Os ganhos e as perdas cambiais relacionados com empréstimos, caixa e equivalentes de caixa são apresentados na demonstração do resultado como receita ou despesa financeira.
2.4 Caixa e equivalentes de caixa
Caixa e equivalentes de caixa incluem o caixa, os depósitos bancários, outros investimentos de curto prazo de alta liquidez, com vencimentos originais de três meses, ou menos e com risco insignificante de mudança de valor.
2.5 Ativos financeiros
2.5.1 Classificação
A Companhia e suas controladas classificam seus ativos financeiros sob as seguintes categorias: mensurados ao valor justo através do resultado e empréstimos e recebíveis. A classificação depende da finalidade para a qual os ativos financeiros foram adquiridos. A administração determina a classificação de seus ativos financeiros no reconhecimento inicial.
(a) Ativos financeiros ao valor justo por meio do resultado
Os ativos financeiros ao valor justo por meio do resultado são ativos financeiros mantidos para negociação. Um ativo financeiro é classificado nessa categoria se foi adquirido,
principalmente, para fins de venda no curto prazo.
(b) Empréstimos e recebíveis
Os empréstimos e recebíveis são ativos financeiros não derivativos com pagamentos fixos ou determináveis, que não são cotados em um mercado ativo. São incluídos como ativo
circulante, exceto aqueles com prazo de vencimento superior a 12 meses após a data de emissão do balanço (estes são classificados como ativos não circulantes). Os empréstimos e recebíveis da Companhia e de suas controladas compreendem "Caixa e equivalentes de caixa" e "Contas a receber de clientes " (Notas 5 e 6).
2.5.2 Impairment de ativos financeiros e não financeiros
(a) Ativos mensurados ao custo amortizado
A Companhia e suas controladas avaliam se existe evidência objetiva de impairment. Não foram identificadas evidências objetivas que pudessem justificar o registro de perdas de impairment tanto para ativos financeiros, quanto para os não financeiros.
2.6 Contas a receber de clientes
As contas a receber de clientes correspondem aos valores a receber de clientes pela prestação de serviços no decurso normal das atividades da Companhia e suas controladas. Se o prazo de recebimento é equivalente a um ano ou menos, as contas a receber são classificadas no ativo circulante. Caso contrário, estão apresentadas no ativo não circulante. As contas a receber de clientes são, inicialmente, reconhecidas pelo valor justo menos a provisão para créditos de liquidação duvidosa, calculada com base na análise dos créditos e registrada em montante considerado pela Administração como suficiente para cobrir perdas nas contas a receber.
As contas a receber de clientes são assim classificadas:
(a) Contratos de concessão
São representados pelos direitos a faturar decorrentes das receitas de construção dos contratos de concessão pública com ativo financeiro, reconhecidos à medida em que tem o direito contratual incondicional de receber caixa ou outro ativo financeiro do concedente pelos serviços de construção. Esses direitos são apresentados no ativo circulante e não circulante com base no respectivo prazo previsto de realização.
(b) Arrendamentos financeiros
São representados pelos direitos a faturar decorrentes dos contratos de longo prazo de construção, locação e operacionalização de ativos, qualificados como contratos de arrendamentos financeiros, com base na Interpretação Técnica ICPC 03 do Comitê de
Pronunciamentos Contábeis Aspectos Complementares de Arrendamento Mercantil (ICPC 03) e no Pronunciamento Técnico CPC 06 do Comitê de Pronunciamentos Contábeis –
2.7 Adiantamentos a fornecedores
Os adiantamentos a fornecedores representam valores concedidos a fornecedores, em virtude de cumprimento de cláusulas contratuais. O saldo consolidado em 31 de dezembro de 2010 refere-se substancialmente as investidas Aquapolo e Cachoeiro.
2.8 Estoques
Os estoques contemplam os materiais destinados à operação e manutenção dos sistemas e são avaliados ao custo médio de aquisição, inferior ao custo de reposição ou ao valor de realização, sendo classificados no ativo circulante .
2.9 Fundos restritos
Os fundos restritos representam depósitos bancários, com rendimento, tendo sua utilização vinculada ao cumprimento de obrigações contratuais de financiamento. Os valores são retidos até o final do contrato. O saldo consolidado em 31 de dezembro de 2010, refere-se
substancialmente as investidas FRO e Jeceaba.
2.10 Adiantamento para futuro aumento de capital - AFAC
Refere-se a recurso enviado à investida Foz de Rio Claro, com finalidade exclusiva de aumento de capital. O AFAC é registrado ao valor do custo e não é acrescido de encargos e juros.
2.11 Ativos intangíveis
(a) Contratos de concessão
A Companhia e suas controladas reconhecem como um ativo intangível o direito de cobrar os usuários pelos serviços prestados de abastecimento de água e esgotamento sanitário
presente nos contratos de concessão, em atendimento à Interpretação Técnica ICPC 01 do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (ICPC 01) e à Orientação OCPC 05 desse mesmo Comitê (OCPC 05), correlacionadas à norma interpretativa internacional IFRIC 12 - Contratos de Concessão.
O ativo intangível é avaliado pelo valor justo, determinado pela receita estimada de formação da infraestrutura necessária para prestação dos serviços de concessão pública. Essa receita foi estimada considerando os investimentos efetuados pela Companhia e suas controladas na aquisição, melhoria e formação da infraestrutura e a respectiva margem de lucro, determinada com base nos correspondentes custos de envolvimento da concessionária na formação do seu ativo intangível.
O ativo intangível tem sua amortização iniciada quando estiver disponível para ser utilizado nas operações da Companhia e suas controladas e, até este momento, os investimentos realizados são avaliados a valor justo e classificados como intangível em formação, equivalente à infraestrutura em formação de cada concessionária.
A amortização do ativo intangível reflete o padrão em que se espera que os benefícios econômicos futuros do ativo sejam consumidos pela Companhia e suas controladas, ou o prazo final da concessão, o que ocorrer primeiro.
(b) Carteira de clientes
As relações contratuais com clientes, adquiridas em uma combinação de negócios conforme nota 17, são reconhecidas pelo valor justo na data da aquisição. As relações contratuais com clientes têm vida útil finita e são contabilizadas pelo seu valor de custo menos a amortização acumulada. A amortização é calculada usando o método linear durante a vida esperada da relação com o cliente.
(c) Softwares
As licenças de software adquiridas são capitalizadas com base nos custos incorridos para adquirir os softwares e fazer com que eles estejam prontos para ser utilizados. Esses custos são amortizados durante sua vida útil estimável de até 5 anos.
(d) Outorga
O direito de outorga da concessão foi registrado a valor presente, sendo a amortização calculada linearmente com base no prazo da concessão. O saldo refere-se à investida Blumenau (Nota 9)
(e) Direito de uso
O direito de uso refere-se a exploração do contrato privado firmado entre a investida indireta EcoÁqua Soluções S.A e o cliente Klabin S.A., no valor de R$ 19.300, sendo este amortizado linearmente no prazo de 10 anos.
(f) Ágio
O ágio é representado por aquisição do direito de concessão, ou seja, ganho decorrente da aquisição do direito de exploração, concessão ou permissão delegada pelo Poder Público no prazo do contrato de utilização (Nota 9).
O ágio fundamentado em rentabilidade futura foi amortizado até 31 de dezembro de 2008. Este agio foi contabilizado pelo seu valor de custo menos as perdas acumuladas por impairment. Perdas por impairment reconhecidas sobre ágio não são revertidas.
2.12 Imobilizado
O imobilizado é mensurado pelo seu custo histórico, menos depreciação acumulada. O custo histórico inclui os gastos diretamente atribuíveis à aquisição dos itens. O custo histórico também inclui os custos de financiamento relacionados com a aquisição de ativos qualificáveis.
Os custos subsequentes são incluídos no valor contábil do ativo ou reconhecidos como um ativo separado, conforme apropriado, somente quando for provável que fluam benefícios econômicos futuros associados ao item e que o custo do item possa ser mensurado com segurança. O valor contábil de itens ou peças substituídos é baixado. Todos os outros reparos e manutenções são lançados em contrapartida ao resultado do exercício, quando incorridos. Os valores residuais e a vida útil dos ativos são revisados e ajustados, se apropriado, ao final de cada exercício.
A depreciação é calculada usando o método linear para alocar seus custos aos seus valores residuais durante a vida útil estimada.
O valor contábil de um ativo é imediatamente baixado para seu valor recuperável se o valor contábil do ativo for maior do que seu valor recuperável estimado (Nota 2.5.2).
Os ganhos e as perdas de alienações são determinados pela comparação dos resultados com o valor contábil e são reconhecidos em "Outras receitas, líquidas" na demonstração do
resultado operacional.
2.13 Fornecedores
As contas a pagar aos fornecedores são obrigações a pagar por bens ou serviços que foram adquiridos de fornecedores no curso normal dos negócios, sendo classificadas como passivos circulantes.
2.14 Financiamentos e debêntures
São reconhecidos, inicialmente, pelo valor justo, líquido dos custos incorridos na transação e são, subsequentemente, demonstrados pelo custo amortizado. Qualquer diferença entre os valores captados (líquidos dos custos da transação) e o valor de liquidação é reconhecida na demonstração do resultado durante o período em que os financiamentos estejam em aberto, utilizando o método da taxa efetiva de juros.
2.15 Provisão para contingências
As provisões para ações judiciais (trabalhistas, cíveis e tributárias) são reconhecidas quando: a Companhia e suas controladas têm uma obrigação presente ou não formalizada
(constructive obligation) como resultado de eventos passados; é provável que uma saída de recursos seja necessária para liquidar a obrigação; e o valor tiver sido estimado com
segurança.
As provisões são mensuradas pelo valor presente dos gastos que devem ser necessários para liquidar a obrigação, usando uma taxa antes de impostos, a qual reflita as avaliações atuais de mercado do valor temporal do dinheiro e dos riscos específicos da obrigação. O aumento da obrigação em decorrência da passagem do tempo é reconhecido como despesa financeira.
2.16 Imposto de renda e contribuição social correntes e diferidos
O imposto de renda sobre o lucro líquido é calculado à alíquota estabelecida, de acordo com a legislação aplicável. Os encargos referentes ao imposto de renda são registrados em regime de competência de exercícios, incluindo o imposto de renda e a contribuição social diferidos que são calculados sobre os prejuízos fiscais do imposto de renda, a base negativa de contribuição social e as correspondentes diferenças temporárias entre as bases de cálculo do imposto sobre ativos e passivos e os valores contábeis das demonstrações financeiras. As alíquotas desses impostos, definidas atualmente para determinação desses créditos diferidos, são de 25% para o imposto de renda e de 9% para a contribuição social (Nota 14).
2.17 Regime Tributário de Transição
O Regime Tributário de Transição (RTT) terá vigência até a entrada em vigor de lei que discipline os efeitos fiscais dos novos métodos contábeis, buscando a neutralidade tributária das alterações na legislação societária brasileira, introduzidas pela Lei nº 11.638/07 e pela MP nº 449/08, convertida na Lei nº 11.941/09 de 27 de maio de 2009.
A partir do ano-calendário de 2010, o RTT é obrigatório para as pessoas jurídicas optantes pelo lucro real. Assim, considerando que nenhuma legislação disciplinando os efeitos fiscais no contexto dos novos métodos contábeis foi editada, a Companhia permanece adotando os preceitos do RTT, quais sejam, de eliminar, para fins fiscais, os efeitos decorrentes dos novos regramentos contábeis.
2.18 Benefícios a empregados - participação nos lucros
A Companhia e suas controladas reconhecem um passivo e uma despesa de participação nos lucros com base em um cálculo que leva em conta o lucro atribuível aos acionistas após certos ajustes. A Companhia e suas controladas reconhecem uma provisão quando está contratualmente obrigada ou quando há uma prática passada que criou uma obrigação não formalizada.
2.19 Reconhecimento da receita
A receita compreende o valor justo da contraprestação recebida ou a receber pela prestação de serviços no curso normal das atividades da Companhia e suas controladas. A receita é apresentada líquida dos impostos, dos abatimentos e dos descontos, bem como das eliminações dos serviços prestados entre as controladas.
A Companhia e suas controladas reconhecem as receitas quando os valores podem ser mensurados com segurança, é provável que benefícios econômicos futuros fluirão para as entidades e quando critérios específicos tiverem sido atendidos para cada uma das atividades da Companhia e suas controladas, conforme descrição a seguir. A Companhia e suas
controladas baseiam suas estimativas em resultados históricos, levando em consideração o tipo de cliente, o tipo de transação e as especificações de cada prestação de serviço.
(a) Receita de serviços
A receita compreende o valor presente pela prestação dos serviços e é reconhecida à medida em que o serviço é prestado e medido.
(b) Receita de construção
A receita de construção foi estimada considerando os gastos incorridos pela Companhia e suas controladas na formação da infraestrutura de cada contrato e a respectiva margem de lucro, determinada com base nos correspondentes custos de envolvimento da Companhia e suas controladas na formação do seu ativo intangível ou ativo financeiro, presente nos
contratos de concessões públicas (ICPC 01 e OCPC 05), e nos contratos com arrendamentos financeiros (CPC 06 e ICPC 03), já que a Companhia e suas controladas adotam como prática a terceirização dos serviços de construção, com riscos de construção assegurados nos
A receita de construção é determinada e reconhecida de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 17 do Comitê de Pronunciamentos Contábeis – Contratos de Construção, aprovado pela Deliberação CVM 576/09 (CPC 17), segundo o método de porcentagem de conclusão (POC), mediante incorporação da margem de lucro aos respectivos custos incorridos no mês de competência.
Essa receita é reconhecida juntamente com os respectivos tributos diferidos e custos de construção na demonstração do resultado do mês de competência, e está diretamente relacionada aos respectivos ativos formados (ativo intangível e contas a receber de clientes por direitos a faturar).
A margem de lucro de construção do ativo intangível é econômica e, por esta razão, está sendo apresentada como item de ajuste do lucro antes do imposto de renda e contribuição social, para fins de determinação dos fluxos de caixa das atividades operacionais da Companhia e suas controladas.
A receita de construção está relacionada aos contratos de longo prazo, sendo associada aos respectivos direitos conforme o tipo de ativo presente em cada contrato (intangível ou
financeiro), e assim apresentada:
(i) Contratos de concessão pública
Receita de Construção Custo de Construção Margem de lucro Controladas (Concessionárias)
Direito da
Concessionária 2010 2009 2010 2009 2010 2009 2010 2009 Foz de Limeira S.A. Ativo Intangível 9.278 10.688 (9.093) (10.475) 185 213
Foz de Cachoeiro S.A. Ativo Intangível 31.982 6.871 (31.342) (6.733) 640 138
Foz de Mauá S.A. Ativo Intangível 5.974 2.190 (5.854) (2.146) 120 44
Foz de Rio Claro S.A. Ativo Intangível 37.261 9.538 (36.515) (9.347) 746 191 Foz de Jaguaribe S.A. Ativo Financeiro 43.473 173.774 (38.623) (156.222) 4.850 17.552
Foz de Capivari S.A. Ativo Financeiro 8.357 2.057
Foz de Rio das Ostras
Participações S.A. e controlada Ativo Financeiro 303 47.263 (260) (40.528) 43 6.735 50.741 23.946
Foz de Blumenau S.A Ativo Intangível 9.125 (8.943) 182
Foz de Santa Gertrudes S.A. Ativo Intangível 423 (415) 8
Saneaqua Mairinque S.A. Ativo Intangível 23 (22) 1
137.842 250.324 (131.067) (225.451) 6.775 24.873 59.098 26.003 Receita do ativo financeiro
(ii) Contratos com cliente privado
(c) Receita de ativo financeiro
A receita do ativo financeiro é decorrente da atualização dos direitos a faturar constituídos pela receita de construção do ativo financeiro, correspondentes aos contratos de concessão pública e contratos com arrendamentos financeiros e, dada a sua natureza, está sendo apresentada como receitas das operações da Companhia e suas controladas. Essa
atualização é calculada com base na taxa de desconto específica de cada contrato, a qual foi determinada considerando os respectivos riscos e premissas dos serviços prestados.
(d) Receita financeira
A receita financeira é reconhecida conforme o prazo decorrido, usando o método da taxa efetiva de juros. Quando uma perda (impairment) é identificada em relação a um contas a receber, a Companhia e suas controladoras reduzem o valor contábil para seu valor
recuperável, que corresponde ao fluxo de caixa futuro estimado, descontado à taxa efetiva de juros original do instrumento.
Subsequentemente, à medida que o tempo passa, os juros são incorporados às contas a receber, em contrapartida de receita financeira. Essa receita financeira é calculada pela mesma taxa efetiva de juros utilizada para apurar o valor recuperável, ou seja, a taxa original do contas a receber.
3 Estimativas e julgamentos contábeis críticos
Na elaboração das demonstrações financeiras consolidadas é necessário utilizar estimativas para contabilizar certos ativos, passivos e outras transações. As demonstrações financeiras da Companhia e suas controladas incluem, portanto, estimativas referentes à seleção de vidas úteis do ativo imobilizado, apropriação da receita de serviços prestados, provisões necessárias para passivos contingentes, determinações da provisão para imposto de renda e outras similares que, não obstante refletirem a melhor precisão possível, podem apresentar variações em relação aos resultados reais.
Controlada Direito da controlada 2010 2009 2010 2009 2010 2009 2010 2009 Foz de Jeceaba
Engenharia Ativo financeiro
4 Gestão de risco financeiro
4.1 Fatores de risco financeiro
Considerações gerais
A Companhia e suas controladas participam em operações envolvendo instrumentos financeiros, incluindo contas a receber, contas a pagar a fornecedores e financiamentos. Os instrumentos financeiros operados pela Companhia e suas controladas, têm como objetivo administrar a disponibilidade financeira de suas operações. A administração dos riscos
envolvidos nessas operações é feita através de mecanismos do mercado financeiro que buscam minimizar a exposição dos ativos e passivos das empresas, protegendo a rentabilidade dos contratos e o patrimônio da Companhia e de suas controladas.
Os valores registrados no ativo e no passivo circulante têm liquidez imediata ou vencimento, em sua maioria, em prazos inferiores a três meses. Considerando o prazo e as características desses instrumentos financeiros, que são sistematicamente renegociados, os valores
contábeis se aproximam dos valores justos.
(a) Risco de crédito
A política da Companhia e de suas controladas considera o nível de risco de crédito a que está disposta a se sujeitar no curso de seus negócios. A diversificação de sua carteira de recebíveis e a seletividade de seus clientes são procedimentos adotados a fim de minimizar eventuais problemas de inadimplência em suas contas a receber. A Companhia e suas controladas possuem provisão para devedores duvidosos, no montante de R$ 4.051 (31 de dezembro de 2009 - R$ 5.966), para fazer face aos riscos de crédito (Nota 6).
(b) Risco de liquidez
É o risco de a Companhia e suas controladas não disporem de recursos líquidos suficientes para honrar seus compromissos financeiros, em decorrência de descasamento de prazo ou de volume entre os recebimentos e pagamentos previstos.
Para administrar a liquidez do caixa em moeda nacional e estrangeira, são estabelecidas premissas de desembolsos e recebimentos futuros, sendo monitoradas diariamente pela área de tesouraria.
4.2 Gestão de capital
Os objetivos da Companhia e suas controladas ao administrar seu capital são os de salvaguardar a capacidade de sua continuidade para oferecer retorno aos acionistas e benefícios às outras partes interessadas, além de manter uma adequada estrutura de capital para reduzir o respectivo custo. E, para atingimento desses objetivos, exerce uma gestão financeira e de capital centralizada.
Para manter ou ajustar a estrutura do capital, a Companhia e suas controladas podem rever a política de pagamento de dividendos, devolver capital aos acionistas ou, ainda, emitir novas ações ou vender ativos para reduzir, por exemplo, o nível de endividamento.
Condizente com outras companhias do setor, a Companhia e suas controladas monitoram o capital com base no índice de alavancagem financeira. Esse índice corresponde à dívida líquida dividida pelo capital total. A dívida líquida, por sua vez, corresponde ao total de financiamentos e debêntures (incluindo empréstimos de curto e longo prazos, conforme demonstrado no balanço patrimonial consolidado), subtraído do montante de caixa e equivalentes de caixa. O capital total é apurado através da soma do patrimônio líquido, conforme demonstrado no balanço patrimonial consolidado, com a dívida líquida.
Os índices de alavancagem financeira em 31 de dezembro de 2010 e 2009, e 1º de janeiro de 2009, podem ser assim sumariados:
31 de dezembro de 2010 31 de dezembro de 2009 1 de janeiro de 2009
Total de financiamentos e debêntures (Notas 10 e 11) 1.308.292 623.325 431.523
(-) Caixa e equivalentes de caixa (Nota 5) (239.728) (503.761) (9.919)
Dívida líquida 1.068.564 119.564 421.604
Total do patrimônio líquido 1.011.297 991.383 239.417
Total do capital 2.079.861 1.110.947 661.021
Índice de alavancagem financeira 51% 11% 64%
O aumento no índice de alavancagem financeira em 2010 foi decorrente, principalmente, das relevantes captações de recursos juntos as instituições financeiras para financiamentos dos novos empreendimentos e negócios da Companhia e suas controladas. Em 2009, a redução desse índice está principalmente relacionada à entrada do novo acionista (Fundo de
Investimento do FGTS - FI - FGTS), com aporte de capital de R$ 650.000 em outubro de 2009, mantido substancialmente em caixa e equivalentes de caixa até 31 de dezembro de 2009.
5 Caixa e equivalentes de caixa
Referem-se substancialmente a aplicações financeiras da Companhia e das investidas Jeceaba e Lumina. As aplicações possuem liquidez imediata e rendimentos de
aproximadamente 100% do CDI. 6 Contas a receber Consolidado 31 de dezembro de 2010 31 de dezembro de 2009 1 de janeiro de 2009 31 de dezembro de 2010 31 de dezembro de 2009 1 de janeiro de 2009 Fundo fixo 10 4 1 75 71 7
Banco conta movimento 640 111 10 25.696 14.106 6.761
Aplicações financeiras 63.364 387.592 213.957 489.584 3.151 64.014 387.707 11 239.728 503.761 9.919 Controladora 31 de dezembro de 2010 31 de dezembro de 2009 1 de janeiro de 2009
Contas a receber de clientes
Concessões públicas 43.251 41.327 21.976
Clientes privados e públicos 35.059 9.561
Provisão para crédito de liquidação duvidosa (4.051) (5.966)
74.259 44.922 21.976
Direitos a faturar
Concessões públicas 790.762 754.040 476.707
Clientes privados e públicos 544.709 266.051
1.335.471 1.020.091 476.707
1.409.730 1.065.013 498.683
(-) Ativo circulante (230.136) (164.278) (48.135)
As contas a receber de clientes, estão apresentadas aos seus valores justos, líquidos da provisão para crédito de liquidação duvidosa, no valor de R$ 4.051 (31 de dezembro de 2009 – R$ 5.966), constituída considerando as contas a receber de usuários particulares vencidas e faturamentos referentes aos serviços de água e esgoto de órgãos públicos que apresentam incerteza quanto a sua realização.
Os direitos a faturar dos contratos de concessão pública, prestação de serviços normais e dos contratos qualificados como operações de arrendamento mercantil financeiro podem ser assim apresentados:
Controladas Direito da Concessões públicas
(Concessionárias) Concessionária Cliente 2010 2009
Foz de Jaguaribe S.A. Ativo Financeiro EMBASA 306.274 262.801
Foz de Capivari S.A. Ativo Financeiro SANASA 59.757 60.516
Foz de Rio das Ostras Participações S.A. e
controlada Ativo Financeiro
Prefeitura Municipal de
Rio das Ostras - RJ 424.731 430.723
790.762 754.040
(-) Circulante (123.158) (28.166)
Não circulante 667.604 725.874
Direito da Clientes privados
Controladas controlada Cliente 2010 2009
Foz de Jeceaba Ativo financeiro VSB
Engenharia Ambiental S.A. (arrendamento) 544.709 266.051
(-) Circulante (46.822) (84.412)
7 Investimentos
(a) Investimentos em empresas controladas diretas
Segue abaixo o total dos ativos, passivo e lucro líquido das subsidiárias da Companhia:
31 de dezembro de 2010 31 de dezembro de 2009 1 de janeiro de 2009 31 de dezembro de 2010 31 de dezembro de 2009 1 de janeiro de 2009 31 de dezembro de 2010 31 de dezembro de 2009 1 de janeiro de 2009 2010 2009 Concessionárias: Foz de Blumenau 27.451 26.956 495 (8.741) Foz de Cachoeiro 116.154 82.041 74.761 39.634 15.038 13.258 76.520 67.003 61.503 9.517 5.392 Foz de Capivari 62.583 68.259 63.351 59.866 66.588 58.236 2.717 1.671 5.115 1.046 (1.880) Foz de Jaguaribe 310.820 265.041 100.631 290.406 242.970 92.760 20.414 22.070 7.871 (5.395) 358 Foz de Limeira 80.664 75.354 73.634 44.149 44.631 43.759 36.515 30.723 29.875 7.791 6.076 Foz de Mauá 65.323 62.126 58.899 25.685 23.201 21.545 39.638 38.925 37.355 176
Foz de Rio Claro 59.910 32.250 15.536 40.038 19.590 6.227 19.872 12.660 9.309 2.591 1.570 Foz de Rio das Ostras Participações 481.396 469.143 412.781 421.818 428.392 361.391 59.578 40.751 51.391 5.273 4.829
Foz de Santa Gertrudes 1.904 1.328 576 5.858 1.747
Saneaqua Mairinque 2.009 433 1.576 (424)
Não concessionárias:
Aquapolo Ambiental 62.336 730 56.110 964 4.842 (234) (1.064) (234)
Foz do Brasil Participações e Investimentos 33.083 35.027 35.012 119 89 2 32.964 34.938 35.010 (1.975) (70)
Foz de Jeceaba 686.328 521.395 164.933 12.155
Foz Holdings GMBH 369.681 237.863 131.818 7.382
Lumina Resíduos 139.546 434.390 31.746 184.289 107.800 250.101 (1.436) 15.351
Ativo Passivo Resultado
Patrimônio líquido ajustado (passivo a descoberto)
(b) Movimentação dos investimentos em empresas controladas diretas
Das controladas que obtiveram lucro líquido no exercício de 2010, apenas a Rio Claro, Mauá e Mairinque distribuíram dividendos e a Limeira juros sobre capital próprio neste exercício, uma vez que as demais investidas possuem cláusulas restritivas
vinculadas a contratos de empréstimos e financiamentos as quais restringem tal distribuição.
(Distribuição) reversão Saldo no início do exercício Adições Transferência de capital Provisão para perdas Dividendos Juros sobre capital próprio Ajuste de exercício anterior Equivalência patrimonial Saldo no final do exercício Concessionárias: Foz de Blumenau 6.833 (6.467) 366 Foz de Cachoeiro 67.003 9.443 76.446 Foz de Capivari 1.348 156 942 2.446 Foz de Jaguaribe 20.815 1.889 1.815 (5.125) 19.394 Foz de Limeira 30.723 (1.999) 7.791 36.515 Foz de Mauá 38.925 (615) (1.263) 2.591 39.638
Foz de Rio Claro 5.809 (1.069) 1.490 4.500 10.730
Foz de Rio das Ostras Participações 40.752 12.133 (30) 5.858 58.713
Foz de Santa Gertrudes 999 (277) 722
Saneaqua Mairinque 1.400 (42) 176 1.534
Não concessionárias:
Aquapolo Ambiental 6.140 (234) (3.387) 2.519
Foz de Jeceaba 139.892 27.579 167.471
Foz do Bras il Participação e Investimentos 34.938 (1.975) 32.963
Foz Holdings GMBH 126.790 (2.355) 6.350 130.785
Lumina 250.216 (139.892) (425) (2.730) 107.169
2010 490.529 156.184 (234) (1.726) (1.999) (612) 45.269 687.411
(c) Outras informações sobre os investimentos em concessionárias
(*) Controladas com controle compartilhado consolidada na proporção da sua participação.
Controladas País Constituição Participação Movimentação sumária dos investimentos Foz de Limeira Brasil Abril de 1995 100% Investimento adquirido, em 30 de setembro de 2008, com o aumento de capital da Companhia pela acionista OEA de R$ 31.537.
Foz de Cachoeiro Brasil Julho de 1998 100% Investimento adquirido por R$ 62.231, com a incorporação da parcela cindida da sua investida FBPI em 31 de dezembro de 2008 pela própria controlada Foz de Cachoeiro.
Foz de Mauá Brasil Novembro de 2002 100%
Investimento adquirido por R$ 41.019, com o aumento de capital da Companhia pela acionista OEA em 31 de dezembro de 2008.
Ajuste de exercicios anteriores de R$ 1.263 pelo reconhecimento da amortização com base na vida útil dos ativos que forma seu ativo intangível quando esta for inferior ao prazo remanescente ao prazo da concessão.
Foz de Rio Claro Brasil Dezembro de 2006 54% Investimento adquirido por R$ 6.908, com o aumento de capital da Companhia pela acionista OEA em 31 de dezembro de 2008. Ajuste de exercício anterior de R$ 463, correspondente a adequação de despesas operacionais de 2009.
Foz de Jaguaribe Brasil Dezembro de 2006 95% Investimento de R$ 2.900 com aporte de recursos pela Companhia em 29 de dezembro de 2008.
Investimento de R$ 2.850, com o aumento de capital da Companhia pela acionista OEA em 31 de dezembro de 2008.
Foz de Capivari Brasil Dezembro de 2006 90%
Investimento adquirido, em 31 de dezembro de 2008, com o aumento de capital da Companhia pela acionista OEA de R$ 4.604, proveniente da cisão parcial da OII
A operação dessa controlada foi considerada como arrendamento financeiro (CPC 06 - Arrendamento Mercantil), com reconhecimento de uma venda financiada de ativo e apuração de uma perda de R$ 654 em 2009.
Foz de Rio das Ostras
Participações Brasil Fevereiro de 2008 100%
Investimento adquirido, em 31 de dezembro de 2008, com o aumento de capital da Companhia pela acionista OEA de R$ 46.250, proveniente da cisão parcial da OII, tendo como operação preponderante a participação no capital social da Concessionária Foz de Rio das Ostras S.A. Investimento de R$ 785, com aporte da Companhia em 30 de novembro de 2009.
Investimento de R$ 12.133, com aporte de capital da Companhia em 24 de março de 2010.
Foz de Blumenau Brasil Fevereiro de 2010 74% Investimento de R$ 1 para constituição dessa controlada e, em 1 de março de 2010, a Companhia assumiu a obrigação de integralização de capital nessa controlada de R$ 13.086 em até 12 meses. Até 31 de dezembro de 2010, foram integralizados R$ 6.833.
Foz de Santa Gertrudes Brasil Junho de 2010 100% Em 2010, foram efetuados dois investimentos com aportes de recursos (R$ 99 - 29 de agosto de 2010 e R$ 900 - 25 de outubro de 2010). Em 7 de janeiro de 2011, foi efetuado pela Companhia investimento de R$ 1.000, equivalente a 1.000 mil de ações ordinárias. Saneaqua Mairinque (*) Brasil Junho de 2010 70% Investimento de R$ 1.400, efetuado pela Companhia para constituição dessa controlada em conjunto.
(d) Outras informações sobre os investimentos nas demais sociedades
(*) Controladas com controle compartilhado consolidada na proporção da sua participação.
Controladas País Constituição Participação Movimentação sumária dos investimentos Foz do Brasil Participações e
Investimentos Brasil Abril de 2008 100%
Investimento adquirido, em 3 de novembro de 2008, com o aumento de capital da Companhia pela acionista OEA de R$ 36.557. Investimento de R$ 60.577 efetuado pela Companhia com assunção de dívida da Odebrecht em 30 de dezembro de 2008.
Redução do investimento de R$ 62.231, pela cisão parcial do acervo líquido dessa controlada para a outra investida da Companhia (Foz de Cachoeiro) em 31 de dezembro de 2008.
Lumina Resíduos Brasil Abril de 2008 100%
Investimento adquirido, em 10 de junho de 2009, com o aumento de capital realizado pela Companhia no montante de R$ 92.177. Investimento de R$ 143.559 em 17 de dezembro de 2009, realizado pela Companhia.
Baixa de investimento de R$ 125.701, correspondente a redução de capital dessa controlada em 15 de julho de 2010.
Foz de Jeceaba Brasil Janeiro de 2008 100% Participação adquirida diretamente pela Companhia em 15 de julho de 2010 (R$ 125.701),com a redução de capital da sua controlada Lumina (R$ 125.701) mediante versão do investimento de 100% no capital da Foz de Jeceaba para Companhia e outro acionista.
Aquapolo Ambiental (*) Brasil Outubro de 2009 51% Investimento de R$ 6.140, efetuado pela Companhia em 18 de outubro de 2010, resultando na reversão do saldo da provisão para perdas e conseqüente aumento no saldo dos investimentos.
Foz Holdings GMBH Áustria Julho de 2010 100%
Primeiro investimento no exterior da Companhia no montante de R$ 126.790 (equivalente a EUR 58,810 mil e a US$ 71,960 mil), o qual foi utilizado para aquisição da controlada Growth Capital (Luxemburgo), que possui investimentos diretos na Brasan Saneamento S.A. ("Brasan") e indiretos na Ecoaqua Soluções S.A. ("Ecoaqua"), Ecosteel Gestão de Águas Ltda. ("Ecosteel") e Utilitas Participações S.A.("Utilitas"). Em atendimento ao Pronunciamento CPC 15 - Combinação de Negócios, esses investimentos foram avaliados a valor justo e os resultados foram: (i) valor justo de R$ 133.460; (ii) Deságio de R$ 3.824 por compra vantajosa, apurado pela diferença entre os referidos valores pago e justo; e (iii) intangível de R$ 117.398, fundamentado por carteira de clientes das respectivas investidas adquiridas.
8 Imobilizado
(i) Composição
O saldo de imobilizado refere-se substancialmente a aquisição pela investida indireta Ecosteel, adquirido da Thyssenkrupp Elevadores S.A.
(*) O saldo de obras em andamento no consolidado refere-se substancialmente a obras da investida direta Aquapolo, com previsão de conclusão em 2012.
ii) Movimentação
A adição ocorrida no exercício, refere-se substancialmente a aquisição de estação de tratamento vinculada ao contrato de prestação de serviços firmado entre a Thyssenkrupp Elevadores S.A e a controlada indireta EcoSteel.
Consolidado 31 de dezembro de 2009 1 de janeiro de 2009 Taxas média Depreciação ponderada
Custo acumulada Líquido Líquido Líquido depreciação (%)
Terrenos 6.119 6.119 4.669 1.669
Equipamentos de informática 2.917 (1.594) 1.323 715 373 20 Máquinas, equipamentos e instalações 124.308 (1.502) 122.806 1.656 179 10 Edificações e benfeitorias 85.530 (2.062) 83.468 422 2 a 40
Móveis e utens ílios 4.293 (1.507) 2.786 1.854 1.684 1
Veículos e embarcações 5.933 (2.834) 3.099 1.793 2.221 20 Obras em andamento (*) 43.268 43.268 3.076 56.370 Outros 3.653 (631) 3.022 822 802 até 20 276.021 (10.130) 265.891 15.007 63.298 31 de dezembro de 2010 Consolidado 31 de dezembro de 2010 31 de dezembro de 2009
Saldo no início do exercício 15.007 63.298
(+) Adições 252.860 15.211
(-) Baixas (393) (72.737)
(+) Transferências 423 5.163
(+) Movimentações societárias 5.682
(-) Depreciação (2.006) (1.610)
9 Intangível
(i) Composição
Algumas controladas da Companhia possuem contratos de concessão pública de serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário. Os contratos de concessão são firmados com cada município, por períodos que variam entre 25 e 35 anos, sendo todos os contratos similares em termos de direitos e obrigações do concessionário e do poder concedente. Uma tabela resumo sumarizando os contratos de concessão mantidos pelas controladas da Companhia está apresentada na nota 1(a)
Os contratos de concessão são reconhecidos conforme requerimentos da ICPC 01 e do OCPC 05. Os contratos de concessão representam um direito de cobrar os usuários dos serviços públicos, via tarifação controlada pelas Agências Reguladoras de Serviços de Abastecimento de Água e de Esgotamento Sanitário dos respectivos municípios, pelo período de tempo estabelecido nos contratos de concessão.
As tarifas são revistas anualmente, tendo como base a manutenção do equilíbrio econômico-financeiro das controladas da Companhia, considerando tanto os investimentos efetuados como sua estrutura de custos e despesas. A cobrança pelos serviços ocorre diretamente dos usuários, tendo como base o volume de água consumido e esgoto coletado multiplicado pela tarifa autorizada.
As controladas da Companhia reconhecem como um ativo intangível este direito de cobrar os usuários durante o período de concessão, sendo o valor amortizado de acordo com o prazo de cada concessão (Nota 2.11).
Os prazos das principais concessões bem como as principais alterações ocorridas nos contratos de concessão durante os exercícios findos em 31 de dezembro de 2010 e de 2009 estão descritas na nota 2.11.
Consolidado 31 de dezembro de 2009 1 de janeiro de 2009 Amortização
Custo acumulada Líquido Líquido Líquido Sistema de água e esgoto 188.329 (70.440) 117.889 91.974 94.793
Ágio 199.480 (11.632) 187.848 64.619 66.709
Softwares, Direitos de uso 38.088 (8.078) 30.010 3.019 412
Intangível em Formação 84.189 84.189 28.725 6.021
Outros 2.522 (89) 2.433 2.716 2.839
512.608 (90.239) 422.369 191.053 170.774 31 de dezembro
O ágio é decorrente da aquisição do direito de exploração, concessão ou permissão
delegadas pelo Poder Público, dos Municípios de Mauá, no Estado de São Paulo e Cachoeiro de Itapemirim, no Estado do Espírito Santo. Estes ágios estão sendo amortizados pelos prazos remanescentes dos respectivos contratos de concessão. Adicionalmente a Limeira possui ágio fundamentado em rentabilidade futura.
(ii) Movimentação 10 Empréstimos e financiamentos Consolidado 31 de dezembro de 2010 31 de dezembro de 2009
Saldo no início do exercício 191.053 170.774
(+) Adições 257.990 32.205
(-) Baixas (587) (139)
(+) Transferências (423) 407
(-) Amortização (25.664) (12.194)
Saldo no final do exercício 422.369 191.053
Consolidado 31 de dezembro de 2010 31 de dezembro de 2009 1 de janeiro de 2009 Circulante Empréstimos bancários 538 354 111 Financiamentos 53.801 32.158 15.316
Obrigações de arrendamento financeiro 816 41 41
55.155 32.553 15.468
Não circulante
Empréstimos bancários 1.999 5.616 2.520
Financiamentos 1.027.498 509.603 347.598
Obrigações de arrendamento financeiro 799 647 937
1.030.296 515.866 351.055
(i) Prazo de vencimento
O montante classificado como não circulante tem a seguinte composição por vencimento:
(ii) Garantias e outras informações relevantes
Em 29 de janeiro de 2010 a Companhia firmou contrato de empréstimo com International Finance Corporation (“IFC”), braço de investimentos do Banco Mundial, no valor de
R$ 92.565. O financiamento é uma reserva de crédito para novos investimentos e tem prazo de 10 anos, sendo que nos cinco primeiros anos, a Companhia pagará apenas os juros do empréstimo. 31 de dezembro de 2010 31 de dezembro de 2009 1 de janeiro de 2009 2010 31.779 2011 45.043 29.231 2012 122.516 44.823 28.873 2013 101.251 45.593 29.325 2014 99.480 45.593 29.802 2015 em diante 707.049 334.814 202.045 1.030.296 515.866 351.055 Consolidado
Projetos
Os financiamentos para as controladas são contratados na modalidade de “Project Finance”. Os pagamentos dos juros e principal destes financiamentos são integralmente garantidos pelo fluxo de receita de cada projeto. A seguir os termos dos financiamentos contratados até 31 de dezembro de 2010.
Instituição financeira/modalidade Controlada Encargos financeiros anuais 2010 2009
HSBC / Capital de Giro Blumenau CDI + 0,165% a.m. 1.619
HSBC / Finame Blumenau Juros 4,5% a 7% 898
HSBC / Leasing Blumenau Variação do CDI + 1% VRG 746
Capital de giro Cachoeiro 100% do CDI Over 5.213
BNDES Cachoeiro Variação da TJLP + juros de 2,05% 23.609
FINEN/Finame Cachoeiro Variação da TJLP + juros de 2,95% a 3,15% 377 196
CEF Capivari Variação da TR + juros de 8,7% 49.813 50.467
HSBC Bank Brasil S/A Foz do Brasil Juros de 3.69% a 13,82% 714 757
BNDES FROP Variação da TJLP + juros de 6% 255.183 277.781
CEF Jaguaribe Variação da TR + juros de 8,5% 200.295 170.990
Arrendamento financeiro Limeira Juros de 6,91% a 18,32% 115 458
Banco do Brasil Limeira Variação da TR + juros de 11,39% 2.793 3.222
CEF Limeira Variação da TR + juros de 12% 4.507 2.371
CEF Limeira Variação da TR + juros de 10,50% 10.789 8.650
Finame Limeira Variação da URTJLP + juros de 6,4% 245 639
Itau / Capital de giro Ecoaqua CDI + 2,4% 13.184
CEF / Capital de giro Ecosteel CDI + 2,4% a 3% 149.007
Santander Foz de Jeceaba Juros de 9,7% 463
BNDES Foz de Jeceaba TJLP + 2,74% + 1% 105.397
BNDES Foz de Jeceaba TJLP + 2,74% 105.192
BNDES Foz de Jeceaba 4,50% 118.702
CEF Mauá Variação da TR + juros de 12% 9.415 4.848
CEF Mauá Variação da TR + juros de 10,5% 4.632 9.908
Banco Bradesco/Leasing Rio Claro Juros de 13,54% 13 98
Banco Finasa Rio Claro Juros de 9,33% 16 187
Finame Rio Claro Variação da URTJLP + juros de 6,4% 100 278
BNDES Rio Claro Variação da URTJLP + juros de 2,44% 27.627 12.356
Total Financiamentos 1.085.451 548.419
(-) Passivo Circulante (55.155) (32.553)
11 Debêntures
(i) Composição
(a) Em 29 de setembro de 2008, a controlada FROP emitiu 28.000 debêntures no valor nominal total de R$ 28.000 não conversíveis em ações, nominativas, da espécie com garantia real em série única, em favor da INFRABRASIL, com vencimento final em 29 de setembro de 2017 e remuneração pela atualização do IGP-M e juros de 14% a.a..
(b) Em 31 de outubro de 2008, a controlada indireta FRO emitiu 37.000 debêntures no valor nominal total de R$ 37.000 não conversíveis em ações, nominativas, da espécie com garantia real em série única, em favor da INFRABRASIL, com vencimento final em 31 de outubro de 2017 e remuneração pela atualização do IGP-M e juros de 13% a.a.
As debêntures possuem carência para pagamento de 36 meses a partir da data de sua
emissão, tendo como garantias reais os ativos da FROP, compreendendo depósitos bancários e direitos a receber, entre outros, conforme condições definidas nos contratos de cessão fiduciária de direitos creditórios, contas bancárias, penhor de ações e outras avenças.
(c) Em 16 de março de 2010, a Jeceaba emitiu 62 debêntures no valor nominal total de
R$ 62.000, sendo 31 da Série A e 31 da Série B, não conversíveis em ações, nominativas, da espécie com garantia real, em duas séries, em favor da INFRABRASIL, com vencimento final em 13 de março de 2023 e remuneração pela atualização do IGP-M e juros de 12,5% a.a. As debêntures possuem carência para pagamento de 18 meses para as de Série A e 24 meses para as de Série B partir da data de sua emissão, tendo como garantias reais os ativos da investida indireta, compreendendo depósitos bancários e direitos a receber, entre outros, conforme condições definidas nos contratos de cessão fiduciária de direitos creditórios, contas bancárias, penhor de ações e outras avenças.
Série Emissão 31 de dezembro de 2010 31 de dezembro de 2009 1 de janeiro de 2009
Foz de Rio das Ostras Participações (a) Única 29/09/2008 40.796 32.817 28.000
Foz de Rio das Ostras (b) Única 31/10/2008 52.889 42.089 37.000
Foz de Jeceaba (c) Única 16/03/2010 72.933
Foz Jaguaribe Construção e Locação (d) Única 02/06/2010 56.223
222.841 74.906 65.000
(-) Passivo circulante (15.660)
Passivo não circulante 207.181 74.906 65.000