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Prefeitura Municipal de Cruz. Plano Municipal de Saneamento Básico PMSB de Cruz - CE

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Prefeitura Municipal de Cruz

Plano Municipal de Saneamento Básico PMSB de Cruz - CE

PROSPECTIVA E PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO (Produto D) PROGRAMAS, PROJETOS E AÇÕES PARA ALCANCE DO

CENÁRIO DE REFERÊNCIA (Produto E) PLANO DE EXECUÇÃO (Produto F) INDICADORES DE DESEMPENHO (Produto H)

VOLUME 3 ETAPA IV, V, VI e VIII Setembro de 2015

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Prefeitura Municipal de Cruz

Plano Municipal de Saneamento Básico PMSB de Cruz - CE

VOLUME 3 ETAPA IV, V, VI e VIII

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PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE CRUZ – CE

ETAPA IV - PROSPECTIVA E PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO (Produto D) ETAPA V - PROGRAMAS, PROJETOS E AÇÕES PARA ALCANCE DO CENÁRIO DE

REFERÊNCIA (Produto E)

ETAPA VI – PLANO DE EXECUÇÃO (Produto F) ETAPA VIII – INDICADORES DE DESEMPENHO (Produto H)

EQUIPE TÉCNICA PRINCIPAL

Catiane Sebben Selung Engenheira Civil CREA/RNP

2511804131 Priscila Trevisan Anzolin Eng. Sanitarista e Ambiental CREA/RNP

251195594-6

André Schoeninger Arquiteto e Urbanista CAU A65918-5

Fernanda Bottin Assistente Social CRESS 3814 SC

Felipe Forest Estagiário de Engenharia Civil -

EQUIPE DE APOIO

Robison Fumagalli Lima Engenheiro Florestal CREA/RNP 2502722225

Darcivana F. Squena Engenheira Ambiental CREA/RNP

2505367493

Jackson Casali Engenheiro Químico CREA/SC 103913-5

Marcos Fernando Zanella Advogado OAB/SC 30881

Rosalia Barili da Cunha Geóloga CREA/RNP

2200305346

Jean Zottis Matemático -

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PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE CRUZ – CE

ETAPA IV - PROSPECTIVA E PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO (Produto D) ETAPA V - PROGRAMAS, PROJETOS E AÇÕES PARA ALCANCE DO CENÁRIO DE

REFERÊNCIA (Produto E)

ETAPA VI – PLANO DE EXECUÇÃO (Produto F) ETAPA VIII – INDICADORES DE DESEMPENHO (Produto H)

COMITÊ DE COORDENAÇÃO

Paulo Roberlando da Silva Ribeiro Representante do Poder Público Municipal Maria Vanusa de Sousa Representante do Poder Público Municipal Integrante do NICT/Suest – CE Membro NICT FUNASA

Flávio Pereira de Sousa Sindicato dos Trabalhadores Rurais José Frutuoso dos Santos Representante da Sociedade Civil

José Almir Feijó Representação CDL

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PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE CRUZ – CE

ETAPA IV - PROSPECTIVA E PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO (Produto D) ETAPA V - PROGRAMAS, PROJETOS E AÇÕES PARA ALCANCE DO CENÁRIO DE

REFERÊNCIA (Produto E)

ETAPA VI – PLANO DE EXECUÇÃO (Produto F) ETAPA VIII – INDICADORES DE DESEMPENHO (Produto H)

COMITÊ EXECUTIVO

Givago Nascimento Vasconcelos Secretaria Municipal de Infraestrutura e Urbanismo

Luciano Glaysson Carvalho Secretaria Municipal de Finanças Carlos Cesar de Carvalho Secretaria Municipal de Agricultura Francisco Sales Sousa Secretaria Municipal de Meio Ambiente e

Recursos Hídricos

José Charles Freitas Vidal Secretaria Municipal de Desporto e Juventude Daniel José Silva Sousa Secretaria Municipal de Pesca

Noriz Régia Silva Secretaria Municipal de Assistência Social, Trabalho, Cidadania e Defesa Civil

Priscila Alencar Medeiros Técnico da Cagece Carlos Montini Nogueira Técnico da Cagece

Catiane Sebben Selung Empresa Cerne Ambiental

Jackson Casali Empresa Cerne Ambiental

Darcivana F. Squena Empresa Cerne Ambiental

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IDENTIFICAÇÃO CADASTRAL

Razão Social: Prefeitura Municipal de Cruz

CNPJ: 07.663.917/0001-15

Endereço: Praça dos Três Poderes, s/n Município: Cruz – CE

Fone/fax: (88) 3660-1277

E-mail: prefeituracruz@hotmail.com

Administrador: Prefeito Municipal Odair José Mendes de Vasconcelos

ELABORAÇÃO DO PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO – PMSB

Responsável: Cerne Ambiental Ltda – EPP

CNPJ: 05.658.924.0001/01

Endereço: Av. Nereu Ramos 75-D, Sala 1035A, Centro Município/UF: Chapecó – SC

Fone/fax: (49) 3329 3419

E-mail: cerneambiental@gmail.com Home Page www.cerneambientalsc.com.br

www.planosmunicipais.com.br/cruz

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SUMÁRIO

1.APRESENTAÇÃO_____________________________________________________ 23 1.1. Objetivos Gerais _________________________________________________ 25 1.2. Objetivos Setoriais _______________________________________________ 27 1.2.1. Infraestrutura de Abastecimento de Água ____________________________ 27 1.2.2. Infraestrutura de Esgotamento Sanitário _____________________________ 27 1.2.3. Infraestrutura de Águas Pluviais e Drenagem Urbana ___________________ 27 1.2.4. Infraestrutura de Gerenciamento de Resíduos Sólidos __________________ 28 2.PROSPECTIVA E PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO ___________________________ 29 2.1. Definição do Período de Planejamento _______________________________ 31 2.1.1. Evolução Populacional ____________________________________________ 31 2.1.2. Projeção Populacional Adotada _____________________________________ 33 2.2. Horizonte para o Plano de Execução _________________________________ 36 2.3. Projeções para os Setores _________________________________________ 37 2.3.1. Infraestrutura de Abastecimento de Água ____________________________ 37 2.3.1.1.Principais Mananciais ___________________________________________ 40 2.3.1.2.Sistema de Abastecimento para Atender ao Planejamento _____________ 41 2.3.2. Infraestrutura de Esgotamento Sanitário _____________________________ 42 2.3.2.1.Sistema de Esgotamento Individual e Coletivo _______________________ 45 2.3.2.2.Sistema de Esgotamento para Atender ao Planejamento _______________ 52 2.3.3. Infraestrutura de Águas Pluviais ____________________________________ 53 2.3.3.1.Diretrizes para Controle de Escoamento das Águas ____________________ 55 2.3.3.2.Tratamento de Fundos de Vale ____________________________________ 55

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2.3.3.3.Medidas Mitigadoras ____________________________________________ 56 2.3.4. Infraestrutura de Gerenciamento de Resíduos Sólidos __________________ 56 2.3.4.1.Formas de Coleta e Transporte dos Resíduos Sólidos __________________ 59 2.3.4.2.Sistema para Disposição Final para Atender ao Planejamento ___________ 63 2.4. Alternativas de Gestão dos Serviços Públicos de Saneamento Básico _______ 65 2.5. Elaboração do Cenário de Referência ________________________________ 75 2.5.1. O Cenário Tendencial _____________________________________________ 76 2.5.2. O Cenário Realista ________________________________________________ 77 2.5.3. O Cenário Normativo _____________________________________________ 78 3.PROGRAMAS, PROJETOS E AÇÕES PARA O ALCANCE DO CENÁRIO DE REFERÊNCIA80 3.1. Programas do Setor de Abastecimento de Água ________________________ 80 3.1.1. Objetivo Geral dos Programas ______________________________________ 81 3.1.2. Objetivos Específicos dos Programas _________________________________ 81 3.1.2.1.Programa de Ampliação, Manutenção e Modernização do Sistema de Abastecimento de Água (SAA) ___________________________________________ 82 3.1.2.2.Programa de Identificação, Proteção e Controle dos Mananciais Superficiais e Subterrâneos _________________________________________________ 86 3.1.2.3.Programa de Controle de Perdas e Uso Racional da Água _______________ 90 3.1.2.4.Programa de Monitoramento da Qualidade e dos Padrões de Potabilidade da

Água 95

3.1.2.5.Resumo das Ações e Respectivos Custos ____________________________ 99 3.2. Programas do Setor de Esgotamento Sanitário ________________________ 104 3.2.1. Objetivo Geral dos Programas _____________________________________ 105 3.2.2. Objetivos Específicos dos Programas ________________________________ 106

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3.2.2.1.Programa de Implantação, Manutenção, Ampliação e Modernização do Sistema de Esgotamento Sanitário (SES) __________________________________ 106 3.2.2.2.Programa de Monitoramento e Controle do Lançamento dos Efluentes do Sistema Público de Tratamento de Esgoto ________________________________ 110 3.2.2.3.Programa de Controle Operacional dos Sistemas Individuais de Esgotamento Sanitário de Esgotamento Sanitário _____________________________________ 111 3.2.2.4.Resumo das Ações e Respectivos Custos ___________________________ 112 3.3. Programa de Águas Pluviais _______________________________________ 116 3.3.1. Objetivo Geral dos Programas _____________________________________ 117 3.3.2. Objetivos Específicos dos Programas ________________________________ 118 3.3.2.1.Programa de Adequação e Gerenciamento do Sistema de Drenagem ____ 118 3.3.2.2.Programa de Revitalização dos Corpos D’Água ______________________ 121 3.3.2.3.Resumo das Ações e Respectivos Custos ___________________________ 122 3.4. Programas do Gerenciamento de Resíduos Sólidos ____________________ 125 3.4.1. Objetivo Geral dos programas _____________________________________ 127 3.4.2. Objetivos Específicos dos programas ________________________________ 127 3.4.2.1.Programa de Fortalecimento da Gestão do Setor de Resíduos Sólidos ___ 128 3.4.2.2.Programa de Redução da Geração/Segregação de Resíduos Sólidos Urbanos129 3.4.2.3.Programa Relativo à Coleta Seletiva _______________________________ 131 3.4.2.4.Programa Relativo à Coleta Convencional __________________________ 132 3.4.2.5.Programa de Compostagem do Resíduo Orgânico ____________________ 135 3.4.2.6.Programa de Gestão dos Resíduos Domiciliares Especiais e dos Resíduos de Fontes Especiais ________________________________________________ 135 3.4.2.7.Programa de Disposição Final ____________________________________ 137

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3.4.2.8.Resumo das Ações e Respectivos Custos ___________________________ 139 3.4.3. Apresentação do Programa de Educação Ambiental e Sanitária __________ 142 3.4.3.1.Objetivo Geral ________________________________________________ 145 3.4.3.2.Objetivos Específicos: __________________________________________ 145 3.4.3.3.Metodologia ________________________________________________ 145 3.4.3.4.Outras Ações ________________________________________________ 148 3.4.4. Programa de Ações Complementares Intersetoriais ____________________ 148 3.4.5. Outros Programas e Outros Recursos Naturais ________________________ 151 4.EVENTOS DE EMERGÊNCIAS E CONTINGÊNCIAS __________________________ 153 4.1. Eventos de Emergência e Contingência para Abastecimento de Água _____ 154 4.2. Eventos de Emergência e Contingência para Esgotamento Sanitário ______ 157 4.3. Eventos de Emergência e Contingência para Águas Pluviais _____________ 162 4.4. Eventos de Emergência e Contingência para Resíduos Sólidos ___________ 164 4.5. Estabelecimento de Planos de Racionamento e Aumento de Demanda Temporária _________________________________________________________ 166 4.6. Estabelecimento de Regras de Atendimento e Funcionamento Operacional Para Situação Crítica na Prestação de Serviços Públicos de Saneamento Básico ______ 168 4.7. Estabelecimento de Mecanismos Tarifários de Contingência ____________ 169 5.PLANO DE EXECUÇÃO _______________________________________________ 170 6.RELATÓRIO SOBRE OS INDICADORES DE DESEMPENHO DO PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO ________________________________________________ 173 7.IMPLEMENTAÇÃO DO PMSB __________________________________________ 183 7.1. Formulação de Estratégias, Políticas e Diretrizes para Alcançar os Objetivos e Metas _____________________________________________________________ 183 7.1.1. Principais Diretrizes do Programa de Gestão _________________________ 185

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7.1.2. Metas e Ações __________________________________________________ 188 7.1.3. Formulação dos Mecanismos de Articulação e Integração dos Agentes que Compõem a Política Nacional de Saneamento Básico _______________________ 192 8.CONSIDERAÇÕES FINAIS _____________________________________________ 194 9.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ________________________________________ 195 10.ANEXOS _________________________________________________________ 198

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Projeção Populacional Adotada para o Plano de Cruz ... 36 Figura 2: Fossa Séptica e Filtro Anaeróbio ... 46 Figura 3: Fluxograma de um Sistema de Coleta/Transporte de RSU ... 63

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1: Evolução Populacional do Município de Cruz ______________________ 32 Quadro 2: Taxa Geométrica de Crescimento Anual da População (Total) ________ 32 Quadro 3: Projeções Populacionais através de Taxas Geométricas Anuais do IBGE 33 Quadro 4: Projeção da População para o Plano _____________________________ 34 Quadro 5: Demanda de água ____________________________________________ 38 Quadro 6: Vazões de esgotamento geradas pela população total ______________ 43 Quadro 7: Vias Urbanas providas/desprovidas de sistema de Drenagem ________ 53 Quadro 8: Produção de Resíduos Sólidos __________________________________ 57 Quadro 9: Geração de Resíduos Sólidos conforme a Classificação ______________ 59 Quadro 11: Balanço Financeiro de Investimentos e Receitas __________________ 77 Quadro 12: Projeção dos Índices de Atendimento ___________________________ 77 Quadro 13: Balanço Financeiro de Investimentos e Receitas __________________ 78 Quadro 14: Metas por Período de Planejamento ____________________________ 79 Quadro 15: Demanda necessária de água para atendimento da população urbana 83 Quadro 16: Resumo das Ações e respectivos custos (SAA) – I mediato (2016-2018) 100 Quadro 17: Resumo das Ações e respectivos custos (SAA) – Curto prazo (2019-2023) ___________________________________________________________________ 101 Quadro 18: Resumo das Ações e respectivos custos (SAA) – Médio Prazo (2024-2027) ___________________________________________________________________ 102 Quadro 19: Resumo das Ações e respectivos custos (SAA) – Longo Prazo (2028-2035) ___________________________________________________________________ 103 Quadro 20: Evolução no atendimento do sistema coletivo de esgoto __________ 107

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Quadro 21: Resumo das Ações e respectivo custo (Esgoto) – Imediato (2016 a 2018)112 Quadro 22: Resumo das Ações e respectivos custos (Esgoto) – Curto Prazo (2019 a 2023) ______________________________________________________________ 114 Quadro 23: Resumo das Ações e respectivos custos (Esgoto) – Médio Prazo (2024 a 2027) ______________________________________________________________ 114 Quadro 24: Resumo das Ações e respectivos custos (Esgoto) – Longo Prazo (2028 a 2035) ______________________________________________________________ 115 Quadro 25: Incremento e extensão de vias urbanas com rede de drenagem a ser implantada _________________________________________________________ 119 Quadro 26: Resumo das Ações e respectivos custos (Drenagem) – Imediato (2016 a 2019) ______________________________________________________________ 122 Quadro 27: Resumo das Ações e respectivos custos (Drenagem) – Curto Prazo (2019 a 2023) ______________________________________________________________ 124 Quadro 28: Resumo das Ações e respectivos custos (Drenagem) – Médio Prazo (2024 a 2027) ______________________________________________________________ 124 Quadro 29: Resumo das Ações e respectivos custos (Drenagem) – Longo Prazo (2028 a 2035) ______________________________________________________________ 125 Quadro 30: População atendida com serviço de coleta seletiva até 2035 _______ 131 Quadro 31: População atendida com serviço de coleta convencional até 2035 ___ 133 Quadro 32: Resumo das Ações e respectivos custos (RS) – Prazo Imediato (2016-2018) ___________________________________________________________________ 139 Quadro 33: Resumo das Ações e respectivos custos (RS) – Curto Prazo (2019 -2023)140 Quadro 34: Resumo das Ações e respectivos custos (RS) – Médio Prazo (2024 - 2027) ___________________________________________________________________ 140 Quadro 35: Resumo das Ações e respectivos custos (RS) – Longo Prazo (2028 - 2035) ___________________________________________________________________ 142

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Quadro 36: Ações de emergências e contingências para o setor de abastecimento de água_______________________________________________________________ 155 Quadro 37: Emergências e contingências para contaminação em sistemas individuais ___________________________________________________________________ 158 Quadro 38: Emergências e contingências para extravasamento de esgoto de ETE ou elevatória __________________________________________________________ 159 Quadro 39: Emergências e contingências para rede coletora de esgoto danificada 160 Quadro 40: Emergências e contingências para o setor de drenagem urbana _____ 163 Quadro 41: Emergências e contingências para o setor de resíduos sólidos ______ 165 Quadro 42: Indicadores de Desempenho para os Quatro Setores do Saneamento Básico _____________________________________________________________ 174

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LISTA DE ABREVIATURAS

ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas

BNDES - Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social CAGECE - Companhia de Água e Esgoto do Ceará

CC - Comitê de Coordenação CE - Comitê Executivo

CGVAM - Coordenação-Geral de Vigilância em Saúde Ambiental CONAMA - Conselho Nacional do Meio Ambiente

CP - Caixa de passagem

DAE - Departamentos de Água e Esgoto EEE - Estação Elevatória de Esgoto ETA - Estação de Tratamento de Água ETE - Estação de Tratamento de Esgoto FAT - Fundo de Ampara ao Trabalhador

FGTS - Fundo de Garantia por Tempo de Serviço FUNASA - Fundação Nacional de Saúde

IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

INCRA – Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária IQA - Índice de Qualidade de Água

MCid - Ministério das Cidades MS - Ministério da Saúde

OGU - Orçamento Geral da União

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ONU - Organização das Nações Unidas

PAC - Programa de Aceleração do Crescimento PLANASA - Plano Nacional de Saneamento PMSB - Plano Municipal de Saneamento Básico PNRH - Plano Nacional de Recursos Hídricos PNRS - Política Nacional de Resíduos Sólidos PPP - Parceria Pública Privada

PV - Poço de visita

RSU - Resíduos sólidos urbanos

SAA - Sistema de Abastecimento de Água

SAMAE - Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto SES - Sistema de Esgotamento Sanitário

SISAGUA - Sistema de Informação de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano

SNIS - Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento SNSA - Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental SUS - Sistema Único de Saúde

SVS - Secretaria de Vigilância em Saúde TIL - Tubo de inspeção e limpeza

TL - Terminal de limpeza TR – Termo de Referência

UGPLAN - Unidade de Gerenciamento do Plano

VIGIAGUA - Vigilância Ambiental em Saúde relacionada à Qualidade da Água para Consumo Humano

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DEFINIÇÕES DE TERMOS

Adutora – é o conjunto de condutos destinados a ligar as fontes de abastecimento de água bruta às estações de tratamento de água, situadas além das imediações dessas fontes, ou os condutos ligando estações de tratamento, situadas nas proximidades dessas fontes, a reservatórios distantes que alimentam as redes de distribuição.

Água bruta – água de uma fonte de abastecimento, antes de receber qualquer tratamento.

Alagamento – água acumulada no leito das ruas e no perímetro urbano por fortes precipitações pluviométricas, em localidades com sistemas de drenagem deficiente ou inexistente.

Assoreamento – processo de depósito de sedimentos carregados pelas águas das chuvas nas redes de drenagem pluviais e tem como principal consequência a redução da seção transversal das tubulações e consequentemente da capacidade de transporte de vazão.

Aterro sanitário – disposição final dos resíduos sólidos urbanos através de sua adequada disposição no solo, sob controle técnico e operacional permanente, de modo a que nem os resíduos, nem seus efluentes líquidos e gasosos, venham a causar danos à saúde pública e/ou ao meio ambiente.

Bacia hidrográfica – é uma área definida topograficamente (divisor com outra bacia hidrográfica), onde toda a chuva que cai no seu interior é drenada por um curso d’água (rio principal) ou um sistema conectado de cursos d’água (afluentes ao rio principal). Toda a vazão efluente é descarregada através de uma simples saída (“boca”

do rio) no ponto mais baixo da área.

Boca de lobo – dispositivo localizado em ponto conveniente, em geral nas faixas de vias públicas paralelas e vizinhas ao meio-fio, para captação de águas pluviais.

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Captação de água - é o local de tomada de água do manancial (superficial ou subterrâneo) e compreende a primeira unidade do sistema de abastecimento.

Corpo receptor – corpo d’água destinado a receber o esgoto tratado e as águas pluviais coletadas pelos sistemas de drenagem urbana.

Economia - Imóvel de uma única ocupação, ou subdivisão de imóvel com ocupação independente das demais, perfeitamente identificável ou comprovável em função da finalidade de sua ocupação legal, dotado de instalação privativa ou comum para uso dos serviços de abastecimento de água e/ou de coleta de esgoto.

Emissário – tubulação destinada ao lançamento do esgoto em alto mar ou em rios de grande vazão. Assim, os emissários podem ser oceânicos ou fluviais.

Estações elevatórias – unidades destinadas a transportar água/esgoto de uma parte mais baixa para uma parte mais elevada por meio de utilização de conjuntos motor-bomba.

Estação de Tratamento de Água - ETA – representa o conjunto de instalações e equipamentos destinados a realizar o tratamento da água bruta.

Estação de Tratamento de Esgoto - ETE – conjunto de instalações, dispositivos e equipamentos destinados ao tratamento de esgotos produzidos.

Fossa séptica – dispositivo tipo câmara, enterrado, revestido e sem possibilidade de infiltração no solo, destinado a receber o esgoto para separação e sedimentação do material sólido, transformando-o em material inerte.

Hidrômetro – é o aparelho destinado a medir e indicar o volume de água que o atravessa, ou seja, o consumo de água, popularmente conhecido como contador de água em ligações domiciliares ou prediais.

Ligação de água - Conexão do ramal predial de água, à rede pública de distribuição de água.

Ligação de esgoto - Conexão do ramal predial de esgoto, à rede pública coletora de esgoto.

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Lixão - disposição final do lixo pelo seu lançamento, em bruto, sobre o terreno sem qualquer cuidado ou técnica especial; falta de medidas de proteção ao meio ambiente ou à saúde pública.

Lodo – material orgânico e mineral sedimentado, em processo de digestão.

Manancial – fonte de água, superficial ou subterrânea, utilizada para abastecimento humano e manutenção de atividades econômicas.

Manejo de águas pluviais – consiste no controle do escoamento das águas de chuva, para se evitar os seus efeitos adversos que podem representar sérios prejuízos à saúde, segurança e bem estar da sociedade.

Manejo de resíduos sólidos – consiste nos seguintes serviços: a coleta, o transbordo e transporte, a triagem para fins de reuso ou reciclagem, o tratamento e a disposição final de resíduos sólidos domiciliares, assemelhados e provenientes da limpeza pública. A varrição, a capina e a poda de árvores em vias e logradouros públicos e outros eventuais serviços pertinentes à limpeza pública fazem parte, também, do manejo de resíduos sólidos.

Mata ciliar – é a vegetação que margeia os cursos d’água, ou que contorna os lagos, nascentes e açudes, situando-se em solos úmidos ou até mesmo encharcados e sujeitos às inundações periódicas. São consideradas áreas de preservação permanente, permitindo a conservação da flora e fauna típicas e atuam na regularização dos fluxos de água e de sedimentos, na manutenção da qualidade da água e, através do sistema radicular e da copa do conjunto das plantas, constituem a proteção mais eficiente dos solos que revestem.

Macrodrenagem - corresponde à rede de drenagem natural, pré- existente à urbanização, constituída por rios e córregos, localizados nos talvegues dos vales, e que pode receber obras que a modificam e complementam, tais como canalizações, barragens, diques e outras.

Microdrenagem – sistema de condutos pluviais a nível de loteamento ou

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de rede primária urbana, que propicia a ocupação do espaço urbano ou periurbano por uma forma artificial de assentamento, adaptando-se ao sistema de circulação viária.

Outorga – é um dos instrumentos de gestão de recursos hídricos, em que o usuário recebe uma autorização para fazer uso da água, através da utilização de uma determinada vazão, de uma fonte hídrica, especifica em um local definido, para um determinado uso, durante um determinado período de tempo e que pode lhe assegurar um direito, o direito de uso da água.

Racionamento de água – interrupção do fornecimento de água em decorrência de problemas na reservação, capacidade de tratamento insuficiente, população flutuante, problemas de seca/estiagem.

Rede coletora de esgoto – conjunto de canalizações que operam por gravidade e que tem a finalidade de coletar os despejos domésticos e especiais da comunidade a partir de ligações prediais ou de outros trechos de redes, encaminhando- os a interceptores, local de tratamento ou lançamento final.

Rede de distribuição - consiste na última etapa de um sistema de abastecimento de água, constituindo-se de um conjunto de condutos assentados nas vias públicas ou nos passeios, aos quais se conectam os ramais domiciliares.

Reservatório – lugar onde a água é acumulada para servir às múltiplas necessidades humanas, em geral formadas pela construção de barragens nos rios ou pela diversão da água para depressões no terreno ou construído como parte de sistemas de abastecimento de água, antes ou depois de estações de tratamento.

Resíduo domiciliar especial - grupo que compreende os entulhos de obras, pilhas e baterias, lâmpadas fluorescentes e pneus.

Resíduo domiciliar ou residencial - são os resíduos gerados nas atividades diárias em casas, apartamentos, condomínios e demais edificações residenciais.

Resíduos sólidos urbanos – RSU - Segundo ABNT, são os “gerados num

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aglomerado urbano, excetuados os resíduos industriais, perigosos, hospitalares sépticos e de aeroportos e portos.” Ou seja, os resíduos sólidos domiciliares, comerciais, públicos, de serviços de saúde assépticos e industriais comuns. De acordo com a resolução CONAMA nº 308/02, em seu artigo 2.º, “resíduos sólidos urbanos são os provenientes de residências ou qualquer outra atividade que gere resíduos com características domiciliares, bem como os resíduos de limpeza pública urbana”.

Sistema de abastecimento de água – é o conjunto de obras, instalações e serviços, destinados a produzir e distribuir água potável a uma comunidade, em quantidade e qualidade compatíveis com as necessidades da população, para fins de consumo doméstico, serviços públicos, consumo industrial e outros usos.

Sistema de esgotamento sanitário - é o conjunto de obras, instalações e serviços, destinados à coleta, tratamento e destinação final de águas servidas.

Sumidouro – dispositivo enterrado, normalmente cilíndrico, destinado a promover a absorção da parte líquida do esgoto pelo solo. Pode ser revestido com material que permite a infiltração no solo.

Tarifa – preço público unitário preestabelecido, cobrado pela prestação de serviço de caráter individualizado e facultativo. Não tem natureza tributária, estando relacionada à quantidade do serviço efetivamente prestado e à possibilidade de rescisão.

Tratamento de esgoto – o tratamento de esgoto é feito visando à preservação da vida nos corpos d’água e redução de risco à saúde humana, consistindo na combinação de processos físicos, químicos e biológicos, com o objetivo de reduzir a carga orgânica existente no esgoto sanitário, antes de seu lançamento final.

Vazão – é o volume de água que passa por uma determinada seção de um conduto por uma unidade de tempo. Usualmente é dado em litros por segundo (l/s), em metros cúbicos por segundo (m³/s) ou em metros cúbicos por hora (m³/h).

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1. APRESENTAÇÃO

O Plano Municipal de Saneamento Básico (PMSB) constitui-se em uma ferramenta indispensável de planejamento e gestão para alcançar a melhoria das condições sanitárias e ambientais do município e, por consequência, da qualidade de vida da população. Desta forma, para elaboração do PMSB faz-se necessária a adoção de um conjunto de ações normativas, técnicas, operacionais, financeiras e de planejamento que objetivem gerenciar, de forma adequada, a infraestrutura sanitária do saneamento básico.

A empresa Cerne Ambiental vem apresentar as Etapas IV, V, VI e VIII, que é parte integrante do desenvolvimento do Plano Municipal de Saneamento Básico do município de Cruz – CE.

O presente documento consubstancia o desenvolvimento das Etapas IV, V, VI e VIII as quais compreendem:

ETAPA IV: Prospectiva e Planejamento Estratégico;

ETAPA V: Programas, Projetos e Ações para Alcance do Cenário de Referência;

ETAPA VI: Plano de Execução

ETAPA VIII: Indicadores de Desempenho

No desenvolvimento dos trabalhos a empresa considerou:

 As diretrizes contidas no Termo de Referência;

 As recomendações da Prefeitura Municipal;

 A interdependência entre os diferentes sistemas diagnosticados.

A elaboração de políticas públicas urbanas pressupõe um extenso ferramental de análise histórica que possibilite quantificar e compreender a lógica de diversos processos que se integram de forma positiva ou negativa, com elementos do saneamento básico. Elementos, esses, que se quer planejar e consequentemente,

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intervir para atingir um objetivo pré-determinado.

No entanto, o conhecimento do passado e o diagnóstico do presente, de forma minuciosa desses elementos, não são suficientes para a elaboração de políticas públicas urbanas que condicionem e orientem o futuro.

Sendo assim, a análise prospectiva estratégica aborda problemas de variados tipos, estrutura-os, define a população, implica as expectativas, a relação entre causas e efeitos, identifica objetivos, agentes, opções, sequência de ações, tenta prever consequências, evita erros de análise, avalia escalas de valores e como se inter- relacionam as questões, aborda táticas e estratégias. Em resumo, a prospectiva estratégica requer um conjunto de técnicas sobre a resolução de problemas perante a complexidade, a incerteza, os riscos e os conflitos, devidamente caracterizados.

A participação social continua sendo um elemento de fundamental importância no desenvolvimento dos trabalhos, respeitadas as condições previstas nas etapas I e II dos trabalhos, caracterizada pela aplicação de eventos consecutivos – reuniões, oficinas e conferências públicas – de forma a garantir a efetiva participação da sociedade, seja através da representação do Comitê de Coordenação (CC), Comitê Executivo (CE) e/ou pela participação individual nos eventos.

Após a definição do diagnóstico geral dos serviços de saneamento básico do município, tendo-se conhecimento do cenário atual e a apresentação e discussão em reunião e conferência pública foi definido um cenário de referência, ou seja, o cenário que se deseja alcançar em um horizonte de tempo pré-determinado (curto, médio ou longo prazo).

Assim a metodologia aplicada tem como base as informações constantes no Diagnóstico, bem como também das informações decorrentes das demandas relacionadas ao crescimento populacional para o horizonte de planejamento de 20 anos.

Por fim, são apresentadas medidas alternativas para os serviços do setor e modelos de gestão que permitem orientar o processo de planejamento do saneamento

(25)

básico no sentido de buscar soluções que compatibilizem o crescimento econômico, a sustentabilidade ambiental e a equidade social no município.

1.1. Objetivos Gerais

A definição dos objetivos de maneira organizada é uma atividade importante no planejamento de sistemas municipais de saneamento básico, e deve estar contida no presente produto.

Não existe uma forma única e pronta para a definição dos objetivos que irão compor o PMSB. A definição dos objetivos deve ser o resultado de um processo de negociação e conversação entre a administração municipal, os comitês gestores e a população, realizado com base no conhecimento das especificidades e carências do município detectadas na etapa de diagnóstico.

Esse processo de negociação não é mais do que a busca de uma solução de compromisso que concilie objetivos conflitantes como demanda do município por infraestrutura e serviços que representam investimentos volumosos, com disponibilidade limitada de recursos, e o estabelecimento de prioridades diferenciadas por parte de cada um dos setores envolvidos para as diversas intervenções.

No entanto, a definição dos objetivos não deve ser feita apenas em função do cenário atual, mas também levando em consideração as tendências de desenvolvimento socioeconômico do município ao longo do tempo. Também fica claro que o estabelecimento de objetivos está fortemente condicionado pelas características do município. Contudo, sem considerar essas especificidades, é possível assumir como objetivos gerais, os relacionados a seguir:

Acesso a Salubridade Ambiental e a Saúde Coletiva

 Buscar uma melhor qualidade ambiental como condição essencial para a promoção e melhoria da saúde coletiva;

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 Adotar e manter a universalização dos sistemas e dos serviços de saneamento básico como meta permanente; e

 Promover a recuperação e o controle da qualidade ambiental, garantindo acesso pleno da população aos serviços e sistemas de saneamento.

Proteção dos Recursos Hídricos e Controle da Poluição

 Investir na preservação e na qualidade dos recursos hídricos superficiais e subterrâneos, sobretudo nos mananciais destinados ao consuno humano; e

 Adotar sistema de drenagem e de tratamento dos efluentes – em especial os domésticos - como meta permanente.

Abastecimento de Água às Populações e Atividades Econômicas

 Buscar melhorias na gestão racional da demanda de água, em função dos recursos disponíveis e das perspectivas socioeconômicas;

 Investir em novas alternativas para buscar garantir a quantidade de água necessária para o abastecimento às populações e o desenvolvimento das atividades econômicas; e

 Promover incremento na eficiência dos sistemas, por meio da redução das perdas na produção e na distribuição.

Valorização Social e Econômica dos Recursos Ambientais

 Definir a destinação de diversos resíduos sólidos provenientes da atividade humana; e

 Promover a identificação dos locais com aptidão para usos específicos relacionados ao saneamento ambiental.

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Sistema Econômico-Financeiro

 Promover a sustentabilidade econômica e financeira dos sistemas de saneamento e a utilização racional dos recursos hídricos.

1.2. Objetivos Setoriais

Os objetivos setoriais são descritos a seguir.

1.2.1. Infraestrutura de Abastecimento de Água

 Definir carências no abastecimento de água, buscando meios para o fornecimento de água potável a toda população;

 Estabelecer medidas de apoio à reabilitação dos sistemas existentes; e

 Reforçar a comunicação com a sociedade para a educação ambiental.

1.2.2. Infraestrutura de Esgotamento Sanitário

 Determinar carências de atendimento, buscando meios de acesso ao serviço de esgoto à população;

 Buscar implantar sistema de esgotamento sanitário adequado;

 Proteger os mananciais de especial interesse, com destaque para os destinados ao consumo humano;

 Reforçar a comunicação com a sociedade e promover a educação ambiental.

1.2.3. Infraestrutura de Águas Pluviais e Drenagem Urbana

 Buscar implantar sistema de drenagem adequado;

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 Reforçar a comunicação com a sociedade e promover a educação ambiental.

1.2.4. Infraestrutura de Gerenciamento de Resíduos Sólidos

 Definir carências de atendimento, garantindo o acesso à limpeza pública para toda a população;

 Atender aos princípios da redução, reutilização e reciclagem dos resíduos sólidos, em busca da sustentabilidade do sistema;

 Buscar meios para sanar com as deficiências e atenuar as disfunções ambientais atuais associadas à salubridade ambiental, resultantes de falhas no manejo dos resíduos sólidos;

 Adaptar a infraestrutura disponível para tratamento, reciclagem e disposição final dos resíduos sólidos à realidade resultante do desenvolvimento socioeconômico do município, buscando meios de sanar com os lixões;

 Reforçar a comunicação com a sociedade e promover a educação ambiental.

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2. PROSPECTIVAEPLANEJAMENTOESTRATÉGICO

A fase de elaboração da prospectiva e planejamento estratégico é a etapa sequencial depois de concluído o diagnóstico do saneamento básico do município.

Deste modo, a metodologia aplicada para a prospectiva e planejamento estratégico utiliza-se de subsídios técnicos que permitem projetar as necessidades de infraestrutura para os segmentos componentes do saneamento básico. Seu desenvolvimento tem como base duas fontes de informações distintas:

 Informações resultantes da Etapa III do Plano Municipal de Saneamento Básico – Diagnóstico Técnico-Participativo; e

 Projeções populacionais para o horizonte de planejamento.

Com base nos elementos identificados e que caracterizam o estado atual das estruturas e características dos serviços de saneamento básico, foi aplicada uma metodologia baseada nas condicionantes e deficiências identificadas no município, logo uma forma eficaz para a definição de estratégias do planejamento.

A partir de dados censitários, foram desenvolvidos estudos de projeções populacionais, cujos critérios técnicos para sua elaboração serão detalhados adiante.

As combinações das demandas oriundas do diagnóstico e das projeções populacionais são tratadas como medidas de mitigação, melhoria, ampliação e adequação da infraestrutura de saneamento, tendo como objetivo permanente a universalização dos serviços.

O uso das condicionantes e deficiências identificadas se dá especialmente ao atendimento das demandas qualitativas. Por outro lado, as demandas quantitativas são resultantes de Quadros de projeções, onde o incremento populacional e o incremento progressivo dos índices para a universalização dos serviços apresentam-se como base para os resultados.

A resultante dos trabalhos até esta etapa compreende a formatação de um cenário classificado como “Ideal”, pois tem em seu contexto a condição de

(30)

universalização dos serviços, atendendo 100% das demandas no horizonte de 20 anos.

É neste ponto que a metodologia foi adequada à natureza e característica do município. Utilizando-se dos elementos de participação social – conferência pública e a efetiva participação do Comitê Executivo – CE e do Comitê de Coordenação - CC, a partir do cenário de “Universalização”, foi consolidado o cenário denominado “Normativo”, como sendo aquele assumido como exequível para o horizonte do projeto.

É fundamental destacar que a definição do cenário “Normativo” não impede que este seja revisado ao longo do tempo, e muito pelo contrário, faz-se obrigatório que este procedimento seja realizado ao menos a cada quatro anos e recomendável que seja revisado anualmente, como forma de atualização permanente do Plano Municipal de Saneamento Básico, através de seus objetivos e metas, programas, projetos, ações e indicadores de desempenho.

Como forma de caracterizar uma terceira alternativa de cenário, a metodologia prevê a análise do cenário “Tendencial”, o qual consiste na admissão de manutenção das condições atuais dos serviços atendo-se unicamente a manutenção da infraestrutura existente. O objetivo da apresentação deste cenário é demonstrar as perspectivas decorrentes da preservação do modelo atual de gestão dos serviços.

A partir do cenário “Normativo”, foram avaliadas as demandas que caracterizam os objetivos e metas imediatas ou emergenciais para curto, médio e longo prazo.

A resultante desta avaliação proporcionará os investimentos decorrentes dos incrementos para as adequações físicas, bem como melhorias, planos gerenciais, instalação de equipamentos, entre outras demandas identificadas.

Compreendido que o objetivo maior do Plano de Saneamento Básico é o alcance da universalização dos serviços de saneamento básico prestados à população como medida de salubridade.

Assim, para a elaboração da prospectiva fez-se a análise e seleção das alternativas de intervenção visando à melhoria das condições em que vivem as

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populações urbanas e rurais no que diz respeito à sua capacidade de inibir, prevenir ou impedir a ocorrência de doenças relacionadas ao saneamento básico.

2.1. Definição do Período de Planejamento

Os projetos de engenharia usualmente adotam o período de estudo de 20 anos.

Entretanto, este não é um estudo convencional onde se consideram somente as características de natureza técnica relativas ao projeto das instalações. Além dessas, serão analisados os aspectos da gestão do serviço, que permitam obter, de uma maneira mais eficiente, o atendimento às metas de serviço adequado.

Contudo, o presente Plano Municipal de Saneamento Básico contempla ações e procedimentos para um período de 20 anos, considerando 2016 como o primeiro ano, definindo-se o término do horizonte deste plano o ano de 2035.

2.1.1. Evolução Populacional

Na elaboração de Planos Municipais de Saneamento Básico é condição indispensável à elaboração de um Estudo Populacional, o qual possibilitará a estimativa de evolução populacional do município no horizonte de planejamento do Plano.

Com base na estimativa de evolução populacional no horizonte do Plano é possível estabelecer as demandas futuras do município no que diz respeito ao abastecimento público de água, esgotamento sanitário, águas pluviais e gerenciamento de resíduos sólidos.

A partir da determinação das demandas citadas anteriormente, foram estabelecidas as ações que visam o atendimento das mesmas e a universalização dos serviços de saneamento municipal.

Para a análise das projeções populacionais foi realizada através de estudos de dados históricos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. Através dos dados pesquisados analisou-se o comportamento da evolução do crescimento

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populacional nos últimos anos, bem como a tendência de crescimento para o horizonte de planejamento.

O Quadro 1 apresenta a evolução populacional do Município de Cruz de 1991 a 2010, bem como a estimativa de 2014, de acordo com os censos e contagens populacionais efetuados pelo IBGE.

Quadro 1: Evolução Populacional do Município de Cruz

Ano População Total (hab.)

1991 20.098

1996 17.705

2000 19.779

2007 22.144

2010 22.479

2014* 23.514

Fonte: IBGE, 2013

*Estimativa conforme dado IBGE 2014.

A evolução das taxas de crescimento anual da população urbana, rural e total do Município de Cruz entre os anos de 1996 a 2014 é mostrada no Quadro 2, com base nos dados do IBGE.

Quadro 2: Taxa Geométrica de Crescimento Anual da População (Total) Taxas de Crescimento Geométrico - IBGE (%aa)

1996/2000 2000/2007 2007/2010 2010/2014 1996/2007 2007/2014 1996/2014

2,81 1,63 0,50 1,13 2,05 0,86 1,59

Fonte: Elaborado pelo autor

Observa-se que a população do município vem passando por constante

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crescimento durante os períodos considerados. No período entre 1996 a 2014 pode-se identificar acréscimo populacional, onde a taxa de crescimento geométrico foi de 1,59 % ao ano.

2.1.2. Projeção Populacional Adotada

Para fins de projeção populacional foram utilizados os censos e contagens realizados pelo IBGE, descartando-se os dados de censo mais antigos. No Quadro 3 é mostrada a projeção populacional nos diferentes períodos.

Quadro 3: Projeções Populacionais através de Taxas Geométricas Anuais do IBGE Ano

Período (ano) - População total (hab) 1996/

2000

2000/

2007

2007/

2010

2010/

2014

1996/

2007

2007/

2014

1996/

2014 2014* 23.514 23.514 23.514 23.514 23.514 23.514 23.514

2015 24.174 23.896 23.632 23.780 23.997 23.717 23.888 2016 24.853 24.285 23.751 24.049 24.490 23.921 24.267 2017 25.551 24.680 23.870 24.321 24.993 24.127 24.653 2018 26.268 25.082 23.989 24.597 25.507 24.335 25.044 2019 27.006 25.490 24.110 24.875 26.031 24.544 25.442 2020 27.764 25.904 24.231 25.157 26.566 24.756 25.847 2021 28.544 26.326 24.352 25.441 27.112 24.969 26.257 2022 29.346 26.754 24.475 25.729 27.669 25.184 26.674 2023 30.170 27.189 24.597 26.020 28.237 25.401 27.098 2024 31.017 27.631 24.721 26.315 28.817 25.619 27.529 2025 31.888 28.081 24.845 26.613 29.409 25.840 27.966 2026 32.783 28.537 24.970 26.914 30.014 26.063 28.411 2027 33.704 29.002 25.095 27.218 30.630 26.287 28.862 2028 34.650 29.473 25.221 27.526 31.260 26.514 29.321 2029 35.623 29.953 25.347 27.838 31.902 26.742 29.786

(34)

Ano

Período (ano) - População total (hab) 1996/

2000

2000/

2007

2007/

2010

2010/

2014

1996/

2007

2007/

2014

1996/

2014 2030 36.624 30.440 25.474 28.153 32.557 26.972 30.260 2031 37.652 30.935 25.602 28.472 33.226 27.204 30.741 2032 38.709 31.438 25.731 28.794 33.909 27.439 31.229 2033 39.796 31.950 25.860 29.120 34.606 27.675 31.725 2034 40.914 32.469 25.990 29.449 35.317 27.913 32.229 2035 42.063 32.998 26.120 29.783 36.042 28.154 32.741

Fonte: Elaborado pelo autor

Para a projeção populacional adotou-se a taxa de crescimento geométrico anual mais recente de 1,13 % ao ano, que representa o crescimento do município entre os anos de 2010 e 2014, conforme pode ser visualizado no Quadro 4.

É válido enfatizar que a projeção demográfica desenvolvida é uma referência que requer aferições e ajustes periódicos, com base em novos dados censitários ou eventos que indiquem esta necessidade.

Quadro 4: Projeção da População para o Plano Ano

Taxa de Crescimento

(% aa)

Projeção Populacional (hab.)

Total Urbana Rural

2014* 1,13 23.514 10.086 13.428

2015 1,13 23.780 10.200 13.580

2016 1,13 23.827 10.220 13.607

2017 1,13 23.872 10.239 13.632

2018 1,13 23.913 10.257 13.656

2019 1,13 23.953 10.274 13.679

(35)

Ano

Taxa de Crescimento

(% aa)

Projeção Populacional (hab.)

Total Urbana Rural

2020 1,13 23.990 10.290 13.700

2021 1,13 24.026 10.305 13.720

2022 1,13 24.059 10.320 13.739

2023 1,13 24.091 10.334 13.758

2024 1,13 24.122 10.347 13.775

2025 1,13 24.151 10.359 13.792

2026 1,13 24.179 10.371 13.808

2027 1,13 24.206 10.383 13.823

2028 1,13 24.231 10.394 13.838

2029 1,13 24.256 10.404 13.852

2030 1,13 24.280 10.415 13.865

2031 1,13 24.303 10.424 13.879

2032 1,13 24.325 10.434 13.891

2033 1,13 24.347 10.443 13.904

2034 1,13 24.368 10.452 13.915

2035 1,13 24.388 10.461 13.927

Fonte: Elaborado pelo autor

A Figura 1 também mostra a projeção da população total adotada para o plano, lembrando que o ano de 2014* é apenas uma estimativa, conforme IBGE.

(36)

Figura 1: Projeção Populacional Adotada para o Plano de Cruz

Fonte: Elaborada pelo autor

2.2. Horizonte para o Plano de Execução

Visando alcançar os objetivos propostos e os princípios básicos de universalização, integralidade e equidade, foram estipuladas as metas do Plano Municipal de Saneamento Básico partindo de discussões técnicas embasadas no diagnóstico dos setores integrantes do saneamento municipal, levando em conta a realidade municipal e a participação dos atores envolvidos no processo.

Dessa forma, respeitado as definições do “Termo de Referência”, que estabelecem os parâmetros para o desenvolvimento do PMSB, as projeções das demandas dos serviços foram estimadas para o horizonte de projeto de 20 anos, com as seguintes metas:

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 Imediatas ou emergenciais – até 3 anos;

 Curto prazo – entre 4 a 8 anos;

 Médio prazo – entre 9 a 12 anos;

 Longo prazo – entre 13 a 20 anos.

Após a definição das metas de cada setor, são propostos programas que visam a implementação de ações informativas, de controle, monitoramento e fiscalização que em alguns casos necessitam de uma mobilização de vários agentes.

2.3. Projeções para os Setores

Para o Município de Cruz as demandas e as projeções para os serviços de saneamento básico nos quatro setores (água, esgotamento sanitário, águas pluviais e resíduos sólidos) serão a seguir detalhadas e apresentadas.

2.3.1. Infraestrutura de Abastecimento de Água

As demandas de água para o município foram calculadas para o período compreendido até 2035 (final do período de planejamento), sendo assim obtidas:

Demanda Máxima Diária (Qmaxd) Qmaxd = (P.K1.q)/86400 (l/s)

Demanda Máxima Horária (Qmaxh) Qmaxh = (P.K1.K2.q)/86400 (l/s)

Demanda Mínima Horária (Qminh) Qminh = (P.K3.q)/86400 (l/s)

Onde:

 P = população prevista para cada ano (total);

(38)

 q = consumo médio per capita de água = 128, 4 litros/hab.dia*

* O consumo de 128,4 litros/hab.dia refere-se ao consumo médio no estado do Ceará segundo dados de 2013 apresentados pelo Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SINIS), no “Diagnóstico dos Serviços de Água e Esgotos”, adotado para fins de cálculos.

Para os coeficientes de variação de vazão foram adotados os valores recomendados pela norma NBR 12.211/1992 da ABNT, a seguir elencados:

 K1 = 1,20 (coeficiente de variação da vazão máxima diária);

 K2 = 1,50 (coeficiente de variação da vazão máxima horária);

 K3 = 0,50 (coeficiente de variação da vazão mínima horária).

O Quadro 5 apresenta os valores obtidos.

Quadro 5: Demanda de água

ANO POPULAÇÃO TOTAL

CONSUMO PER CAPITA (l/habxdia)

DEMANDA MÁXIMA DIÁRIA (l/s)

DEMANDA MÁXIMA HORÁRIA

(l/s)

DEMANDA MÍNIMA HORÁRIA

(l/s)

VAZÃO MÉDIA (l/s)

2015 23.780 128,40 42,41 63,61 17,67 35,34

2016 23.827 128,40 42,49 63,74 17,70 35,41

2017 23.872 128,40 42,57 63,86 17,74 35,48

2018 23.913 128,40 42,65 63,97 17,77 35,54

2019 23.953 128,40 42,72 64,07 17,80 35,60

2020 23.990 128,40 42,78 64,17 17,83 35,65

(39)

ANO POPULAÇÃO TOTAL

CONSUMO PER CAPITA (l/habxdia)

DEMANDA MÁXIMA DIÁRIA (l/s)

DEMANDA MÁXIMA HORÁRIA

(l/s)

DEMANDA MÍNIMA HORÁRIA

(l/s)

VAZÃO MÉDIA (l/s)

2021 24.026 128,40 42,85 64,36 17,85 35,70

2022 24.059 128,40 42,91 64,36 17,88 35,75

2023 24.091 128,40 42,96 64,44 17,90 35,80

2024 24.122 128,40 43,02 64,53 17,92 35,85

2025 24.151 128,40 43,07 64,60 17,95 35,89

2026 24.179 128,40 43,12 64,68 17,97 35,93

2027 24.206 128,40 43,17 64,75 17,99 35,97

2028 24.231 128,40 43,21 64,82 18,01 36,01

2029 24.256 128,40 43,26 64,89 18,02 36,05

2030 24.280 128,40 43,30 64,95 18,04 36,08

2031 24.303 128,40 43,34 65,01 18,06 36,12

2032 24.325 128,40 43,38 65,07 18,08 36,15

2033 24.347 128,40 43,42 65,13 18,09 36,18

2034 24.368 128,40 43,46 65,18 18,11 36,21

2035 24.388 128,40 43,49 65,24 18,12 36,24

Fonte: Elaborado pelo autor

As demandas consideradas para o setor de abastecimento de água, de acordo com as deficiências encontradas na etapa do diagnóstico, são apresentadas a seguir por ordem de prioridade:

 Implantação de programas de proteção dos mananciais superficiais e subterrâneos e poços que abastecem a população urbana e rural do município;

 Monitoramento da qualidade da Água Bruta e Tratada;

(40)

 Implantação de um banco de dados com informações sobre as reclamações e solicitações de serviços;

 Implantação de programa de manutenção periódica dos mananciais superficiais e subterrâneos, poços, reservatórios e redes de distribuição;

 Elaboração de Cadastro Georreferenciado;

 Estruturação de um programa de controle de perdas no sistema de distribuição da água;

 Elaboração de campanhas periódicas, programas e atividades com a participação da comunidade em geral.

2.3.1.1. Principais Mananciais Mananciais Subterrâneos

Sob responsabilidade da CAGECE - Companhia de Água e Esgoto do Ceará, 87,86% da população da área urbana do distrito sede é abastecida regularmente através da captação de água em cinco poços tubulares profundos, que é bombeada até a Estação de Tratamento – ETA da CAGECE onde é tratada por meio de desinfecção com hipoclorito de cálcio e correção de pH.

Na área rural, o abastecimento de água também é regular e se dá através de diversos poços perfurados, entre eles, os do Projeto São José/SISAR e Projeto Cajueirinho. Contudo, nos poços do Sisar o tratamento, quando existe, é realizado por cloração.

(41)

Mananciais Superficiais

Os principais mananciais superficiais do distrito Sede são o Rio Acaraú e a Lagoa de Cruz, e o córrego de Dentro, no distrito do Paraguai, porém estes não são utilizados para abastecimento público.

Além do abastecimento de água realizado pela CAGECE na área urbana, o município de Cruz dispõe de chafarizes no distrito Sede que auxiliam no abastecimento, sob responsabilidade da Prefeitura Municipal, esta água por sua vez, não recebe nenhum tratamento antes da distribuição.

Na área rural, as cacimbas e poços rasos também estão presentes no dia-a-dia do abastecimento da população, permanecendo sob responsabilidade dos usuários e sem receber tratamento adequado.

2.3.1.2. Sistema de Abastecimento para Atender ao Planejamento

Em busca de melhorar as condições de abastecimento de água da população do município, sendo também uma realidade da região, percebe-se a grande necessidade de promover uma readequação nos sistemas de saneamento básico.

A falta de esgotamento sanitário e o inadequado manejo dos resíduos sólidos contribuem para a poluição dos mananciais de água existentes no município, os quais veem recebendo diariamente o escoamento de esgotos sanitários e resíduos sólidos.

Para isso se faz necessário um planejamento complexo, readequando todo o sistema de forma a um contribuir com o outro.

Porém, para atender ao planejamento do abastecimento de água no município serão mantidas as mesmas formas, sendo através dos poços profundos e a ETA na área urbana, e na área rural através dos poços dos projetos/programas existentes, além dos poços rasos e cacimbas, contudo, em função das questões acima levantadas, o

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planejamento do sistema busca por aperfeiçoamento dos mesmos, principalmente através do tratamento adequado.

O Anexo A mostra os principais pontos de captação e formas de abastecimentos usados atualmente no município de Cruz, os quais passarão por programas de reestruturação e melhorias.

2.3.2. Infraestrutura de Esgotamento Sanitário

As vazões de esgotamento geradas foram calculadas para o período compreendido até 2035 (final do período de planejamento). As vazões de esgoto foram obtidas pelas seguintes equações:

Vazão Média (Qmed) Qmed = (P.C.q) /86.400 (l/s)

Vazão Máxima Diária (Qmaxd) Qmaxd = (Qmed.K1) (l/s)

Vazão Máxima Horária (Qmaxh) Qmaxh = (Qmaxd.K2) (l/s)

Vazão Mínima Horária (Qminh) Qminh = (Qmed.K3) (l/s)

Onde:

(43)

 P = população prevista para cada ano (total);

 q = consumo médio per capita de água = 128, 4 litros/hab.dia*

* O consumo de 128,4 litros/hab.dia refere-se ao consumo médio no estado do Ceará segundo dados de 2013 apresentados pelo Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SINIS), no “Diagnóstico dos Serviços de Água e Esgotos”, adotado para fins de cálculos.

Para os coeficientes de retorno e de variação de vazão foram adotados os valores utilizados pela norma NBR 9649/1986 da ABNT, a seguir elencados:

 C = 0,80 (coeficiente de retorno);

 K1 = 1,20 (coeficiente de variação da vazão máxima diária);

 K2 = 1,50 (coeficiente de variação da vazão máxima horária);

 K3 = 0,50 (coeficiente de variação da vazão mínima horária).

O Quadro 6 apresenta as vazões de esgotamento geradas pela população do município, tendo como horizonte o último ano (2035) do período de planejamento.

Quadro 6: Vazões de esgotamento geradas pela população total Ano População

total

Consumo per capita (l/habxdia) *C

Produção máxima diária (l/s)

Produção máxima horária (l/s)

Produção mínima horária (l/s)

2015 23.780 102,72 33,93 50,89 14,14

2016 23.827 102,72 33,99 50,99 14,16

2017 23.872 102,72 34,06 51,09 14,19

2018 23.913 102,72 34,12 51,17 14,22

(44)

Ano População total

Consumo per capita (l/habxdia) *C

Produção máxima diária (l/s)

Produção máxima horária (l/s)

Produção mínima horária (l/s)

2019 23.953 102,72 34,17 51,26 14,24

2020 23.990 102,72 34,23 51,34 14,26

2021 24.026 102,72 34,28 51,41 14,28

2022 24.059 102,72 34,32 51,49 14,30

2023 24.091 102,72 34,37 51,56 14,32

2024 24.122 102,72 34,41 51,62 14,34

2025 24.151 102,72 34,46 51,68 14,36

2026 24.179 102,72 34,50 51,74 14,37

2027 24.206 102,72 34,53 51,80 14,39

2028 24.231 102,72 34,57 51,86 14,40

2029 24.256 102,72 34,61 51,91 14,42

2030 24.280 102,72 34,64 51,96 14,43

2031 24.303 102,72 34,67 52,01 14,45

2032 24.325 102,72 34,70 52,06 14,46

2033 24.347 102,72 34,73 52,10 14,47

2034 24.368 102,72 34,76 52,15 14,49

2035 24.388 102,72 34,79 52,19 14,50

Fonte: Elaborado pelo autor

As demandas advindas do diagnóstico para o setor de Esgotamento Sanitário, de forma priorizada, são apresentadas a seguir:

1. Implantação de Projeto de Esgotamento Sanitário;

2. Fiscalização dos sistemas individuais e coletivos no município quanto às normas e legislação pertinente;

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3. Elaboração de manual técnico para orientação da implantação e operação de soluções individuais particulares;

4. Adequação documental para Licença Ambiental;

5. Elaboração de Cadastro Georreferenciado;

2.3.2.1. Sistema de Esgotamento Individual e Coletivo Esgotamento Individual

Segundo CHERNICHARO (2007), as fossas sépticas ou tanques sépticos (Figura 2) são unidades de forma cilíndrica ou prismática retangular, de fluxo horizontal, destinadas principalmente ao tratamento primário de esgotos de residências unifamiliares e de pequenas áreas não servidas por redes coletoras. O tratamento cumpre basicamente as seguintes funções:

 Separação gravitacional da escuma e dos sólidos em relação ao líquido afluente, e dos sólidos a se constituir em lodo;

 Digestão anaeróbia e liquefação parcial do lodo;

 Armazenamento do lodo.

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Figura 2: Fossa Séptica e Filtro Anaeróbio

Fonte: CHERNICHARO, 2007

O dimensionamento de tanques sépticos deve ser feito de acordo com o número de pessoas a serem atendidas e com o tempo de detenção necessário para degradação do esgoto, seguindo a NBR 7.229/93.

Para o funcionamento correto dos tanques sépticos deve ser realizada a retirada do lodo acumulado em seu interior, nos intervalos de tempo determinados em projeto. A acumulação de lodo no sistema pode levar a redução do volume útil do tanque, reduzindo o tempo de detenção do efluente, reduzindo assim a eficiência de remoção de sua carga poluidora.

Porém a forma de sistema utilizado no município de Cruz não atende os requisitos da lei, sendo, na maioria dos casos, fossa sumidouro e noutros, lançamento a céu aberto. O lançamento de esgoto sem tratamento em corpos hídricos provoca diminuição da qualidade da água, podendo trazer prejuízos aos organismos aquáticos e à saúde humana.

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A implantação de redes de coleta de esgoto nem sempre é viável, devido a fatores como: pequenas populações a serem atendidas, altos custos de implantação, grandes distâncias de estações de tratamento de esgoto, questões topográficas e geológicas. Como ocorre nas áreas rurais, para estes casos, uma das soluções adequadas é a implantação de sistema de tratamento de esgoto descentralizada (sistemas individuais), composta por fossas sépticas, filtro e sumidouro.

Ressaltando que a Lei nº 11.445/07, Lei Federal do Saneamento Básico, em seu Art. 45, afirma que toda edificação permanente urbana será conectada às redes públicas de abastecimento de água e esgotamento sanitário disponíveis, e sujeita ao pagamento das tarifas e de outros preços públicos decorrentes da conexão e do uso desses serviços.

Esgotamento Coletivo

Na sequência serão apresentadas as principais partes do esgotamento sanitário coletivo e suas respectivas definições, conforme as normativas vigentes:

Ligação predial: trecho do coletor predial compreendido entre o limite do terreno e o coletor de esgoto (NBR 9.649);

Coletor de esgoto: tubulação da rede coletora que recebe contribuição de esgoto dos coletores prediais em qualquer ponto ao longo de seu comprimento (NBR 9649);

Coletor principal: coletor de esgoto de maior extensão dentro de uma mesma bacia;

Coletor tronco: tubulação da rede coletora que recebe apenas contribuição de esgoto de outros coletores (NBR 9.649);

Coletor predial: trecho compreendido entre a última inserção das tubulações que recebem efluentes de aparelhos sanitários e o coletor de esgoto (NBR 9.649);

Emissários e Interceptores: tubulação que recebe esgoto exclusivamente na extremidade de montante, cujas funções são de receber e transportar o esgoto sanitário

Referências

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