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1. ÓTICA E OBJETIVOS DA MACROECONOMIA

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ECONOMIA E FINAN‚AS PòBLICAS P/ TJ-RS (ANALISTA JUDICIçRIO - çREA ADMINISTRATIVA) Teoria e exerc’cios comentados Prof. Vicente Camillo 1. îTICA E OBJETIVOS DA MACROECONOMIA

Para estudar a Macroeconomia, antes Ž necess‡rio defini-la. Afinal, do que trata a Macroeconomia?

Macroeconomia Ž o estudo do comportamento agregado da economia.

A economia ÒaconteceÓ no dia-a-dia a partir da intera•‹o entre os indiv’duos e institui•›es. Transa•›es comerciais e financeiras s‹o realizadas, a taxa de juros sobe e desce, a infla•‹o varia acima ou abaixo, o Governo adota determinada pol’tica fiscal, assim como o Banco Central determina a pol’tica monet‡ria.

A soma de todos estes eventos constitui a Òm‹o de obraÓ da macroeconomia. Isto Ž, ˆ macroeconomia cabe avaliar e entender as tend•ncias gerais da economia, em vez de examinar a situa•‹o individual de cada indiv’duo/institui•‹o.

Para obter a Ògrande fotografiaÓ, os macroeconomistas precisam de insumos. Necessitam alimentar as medidas especiais e gerais por eles utilizadas, a fim de compreender as rela•›es macroecon™micas.

E foi assim que a macroeconomia surgiu como campo individual de estudo. Na dŽcada de 30 (a Macroeconomia nasceu depois de Dercy Gon•alves...), um eminente economista de nome John Maynard Keynes causou uma revolu•‹o na economia como um todo. Uma de suas principais contribui•›es foi separar o estudo de vari‡veis agregadas, tais como ÒempregoÓ, ÒjurosÓ, ÒrendaÓ, ÒconsumoÓ, ÒinvestimentoÓ entre outras, dos demais t—picos em economia.

No entanto, n‹o Ž verdade que Keynes criou a macroeconomia. T‹o somente ela era estudada com demais ‡reas do conhecimento, como a pol’tica e filosofia.

Em 1792, o fil—sofo David Hume promoveu um dos primeiros avan•os

neste sentido, quando estudou a rela•‹o entre oferta monet‡ria, a

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ECONOMIA E FINAN‚AS PòBLICAS P/ TJ-RS (ANALISTA JUDICIçRIO - çREA ADMINISTRATIVA) Teoria e exerc’cios comentados Prof. Vicente Camillo balan•a comercial e o n’vel de pre•os da economia

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. No entanto, seus

trabalhos neste campo do conhecimento eram complementares e acess—rios ˆs suas teorias filos—ficas, mas n‹o algo independente.

Mesmo submergindo como campo de estudo independente, a macroeconomia possui suas funda•›es e rela•›es com outras matŽrias.

O que nos cabe neste curso Ž compreender a intr’nseca rela•‹o entre Macro e Microeconomia.

A Microeconomia se ocupa da an‡lise das decis›es das fam’lias e das firmas quando interagem nos mercados, a fim de maximizarem utilidade e lucros (otimiza•‹o Ž a palavra m‡gica em microeconomia).

Ou seja, estudo o comportamento e seus fundamentos aplicados ao indiv’duo (unidade b‡sica familiar).

Como as rela•›es agregadas s‹o derivadas das individuais, Ž imprescind’vel que a Macroeconomia utilize, mesmo que implicitamente, os fundamentos microecon™micos.

Deste modo, mesmo que esta ideia n‹o seja abordada em todos os momentos no decorrer do curso, Ž interessante compreender que, por exemplo, o consumo nacional Ž a soma das decis›es individuais de consumos das fam’lias, respeitando a maximiza•‹o de utilidade que elas buscam, alŽm de suas restri•›es de renda. Ou seja, provavelmente o consumo deve ser determinado a partir da renda.

Mesmo que os economistas discordem de qual renda (corrente ou permanente), dela Ž derivado o consumo.

Feita esta apresenta•‹o inicial, voltemos ˆs tŽcnicas da macroeconomia.

Como qualquer ci•ncia, a macroeconomia possui suas ferramentas e metodologias de an‡lise. Adiante seguem as mais importantes e imprescind’veis aos nossos prop—sitos e objetivos.

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Of The Balance of the Trade, London, 1752

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ECONOMIA E FINAN‚AS PòBLICAS P/ TJ-RS (ANALISTA JUDICIçRIO - çREA ADMINISTRATIVA) Teoria e exerc’cios comentados Prof. Vicente Camillo (i) A demanda pelos tomates Ž resultado do pre•o do produto e da

renda dos indiv’duos. Como seria de se esperar, o aumento do pre•o ocasiona redu•‹o na demanda, pois os consumidores podem substituir o tomate por outros alimentos. Ademais, o aumento da renda proporciona aumento da demanda de tomates, pois, com mais dinheiro, sobra mais para gastar com o bem. A rela•‹o pode ser expressa resumidamente como:

= � �, �

(ii) A oferta, como n‹o podia ser diferente, Ž tambŽm fun•‹o do pre•o, s— que desta vez positiva, pois o aumento do pre•o do bem proporciona mais rendimentos e lucros aos vendedores. Ademais, o produtor entende que o pre•o dos insumos utilizados, tais como fertilizantes, m‡quinas e funcion‡rios, tambŽm influencia a oferta de tomate. Evidentemente, os chamados fatores de produ•‹o relacionam- se de maneira negativa ˆ oferta do bem, pois o aumento da remunera•‹o destes itens encare a produ•‹o e reduz o lucro do produtor. Abaixo, a rela•‹o:

= � �, �

��

(iii) O equil’brio de mercado de tomates, fornecendo ao produtor a quantidade de produ•‹o —tima, assim como o pre•o, Ž obtido pela igualdade entre as express›es:

= �

Aqui est‹o relacionadas duas vari‡veis ex—genas e duas end—genas. As ex—genas s‹o a renda dos consumidores e o pre•o dos fatores de produ•‹o. As end—genas, o pre•o e a quantidade produzida de tomates.

(iv) E, por fim, estes conceitos podem ser resumidos graficamente. A an‡lise gr‡fica Ž de suma import‰ncia na macroeconomia (assim como em outros campos do conhecimento). Nos ajuda a organizar as ideias e resolver diversas quest›es de concurso. O modelo de tomates segue

+

+

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ECONOMIA E FINAN‚AS PòBLICAS P/ TJ-RS (ANALISTA JUDICIçRIO - çREA ADMINISTRATIVA) Teoria e exerc’cios comentados Prof. Vicente Camillo

A grande quest‹o, neste exemplo, Ž verificar o que ocorreu com as

curvas de oferta e demanda agregadas ap—s a mudan•a no pre•o do

petr—leo.

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ECONOMIA E FINAN‚AS PòBLICAS P/ TJ-RS (ANALISTA JUDICIçRIO - çREA ADMINISTRATIVA) Teoria e exerc’cios comentados Prof. Vicente Camillo 3. TEMPO X MACROECONOMIA

A quest‹o temporal Ž outra pe•a fundamental da macroeconomia. Em geral, a influ•ncia do tempo deve ser analisada a partir de duas —ticas.

Tempo X Pre•os

O curto espa•o de tempo pouco afeta os pre•os. ƒ algo intuitivo:

considerando um ambiente econ™mico est‡vel, os pre•os n‹o variam de um dia para o outro. N‹o obstante, em per’odos mais longos, a mudan•a de pre•os Ž evidente.

Isto Ž, a diferen•a entre curto e longo prazo pode ser identificada pela rigidez ou flexibilidade dos pre•os. No curto prazo, os pre•os tendem a ser r’gidos, ou apresentar pequenas varia•›es. No longo, flex’veis.

Esta distin•‹o tem importante consequ•ncia na medi•‹o da varia•‹o dos agregados econ™micos, nosso objeto de estudo, que pode acontecer por dois principais motivos: aumento de produ•‹o (varia•‹o real) ou aumento de pre•os (varia•‹o nominal).

ƒ importante separar estes dois efeitos ao analisar a din‰mica econ™mica, principalmente para analisar os efeitos no padr‹o de vida devido ao crescimento da economia.

Varia•›es nominais significam que o valor da produ•‹o (renda) cresceu em determinado per’odo. Apenas isso.

N‹o indica se o crescimento foi devido ao pr—prio aumento na produ•‹o, ou se resultado da varia•‹o nos pre•os, por exemplo.

No curto prazo, os agregados geralmente s‹o apresentados em termos nominais, pois o curto espa•o de tempo em uma economia est‡vel n‹o sofre os efeitos da varia•‹o nos pre•os, como j‡ informado acima.

De modo contr‡rio, ao se considerar o longo prazo, deve-se diferenciar o que Ž nominal, do que Ž real.

Por hora, Ž importante apenas saber que a vari‡vel real Ž resultado da

raz‹o entre a vari‡vel nominal e o ’ndice de pre•os. De maneira

algŽbrica:

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ECONOMIA E FINAN‚AS PòBLICAS P/ TJ-RS (ANALISTA JUDICIçRIO - çREA ADMINISTRATIVA) Teoria e exerc’cios comentados Prof. Vicente Camillo

����‡��� ���� = ����‡��� �������

ê ����� �� ��� ��

Assim, Ž poss’vel saber se o crescimento do produto interno bruto (PIB), em determinado per’odo de tempo, representou de fato aumento da produ•‹o (renda), ou se foi resultado apenas do aumento de pre•os.

Como se trata de algo mais numŽrico, Ž importante resolvermos um exerc’cio de fixa•‹o:

01. (ESAF/Auditor Fiscal da Receita Federal do Brasil/2000) Considere uma economia hipotŽtica que produza apenas 3 bens finais: arroz, feij‹o e carne, cujos pre•os (em unidades monet‡rias) e quantidades (em unidades f’sicas), para os per’odos 1 e 2, encontram-se na tabela a seguir:

Considerando que a infla•‹o utilizada para o c‡lculo do Produto Real Agregado desta economia foi de 59,79% entre os dois per’odos, podemos afirmar que:

a) o Produto Nominal cresceu 17,76% enquanto o Produto Real cresceu apenas 2,26%.

b) o Produto Nominal cresceu 12,32% ao passo que n‹o houve altera•‹o no Produto Real.

c) o Produto Nominal cresceu 17,76% ao passo que o Produto

Real caiu 26,26%.

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ECONOMIA E FINAN‚AS PòBLICAS P/ TJ-RS (ANALISTA JUDICIçRIO - çREA ADMINISTRATIVA) Teoria e exerc’cios comentados Prof. Vicente Camillo d) o Produto Nominal cresceu 15,15% ao passo que o Produto

Real caiu 42,03%.

e) o Produto Nominal cresceu 15,15% ao passo que o Produto

Real caiu 59,79%.

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ECONOMIA E FINAN‚AS PòBLICAS P/ TJ-RS (ANALISTA JUDICIçRIO - çREA ADMINISTRATIVA) Teoria e exerc’cios comentados Prof. Vicente Camillo Ainda n‹o definimos o conceito de produto. Por ora Ž suficiente saber

que o valor da produ•‹o (produto) Ž obtida pela multiplica•‹o da quantidade pelo pre•o. Como a ideia Ž apenas entender a rela•‹o entre os conceitos de ÒrealÓ e ÒnominalÓ, isto basta.

Primeiramente, Ž necess‡rio calcular o produto obtido no per’odo 1 e no per’odo 2 para verificar a varia•‹o do produto nominal:

Per’odo 1 = (2,2 x 10) + (3 x 13) + (8 x 13) = 165 unidades monet‡rias

Per’odo 2 = (2,3 x11) + (2,5 x 14) + (15 x 8) = 194,3 unidades monet‡rias

Per’odo 2 / Per’odo 1 = 194,3/165 = 1,1775 (crescimento nominal de 17,75%)

Como vimos, o c‡lculo do produto real envolve a raz‹o entre o produto nominal e a varia•‹o de pre•os (taxa de infla•‹o). Deste modo:

�������� ���� = � ������� �������

� �����•‹� = �, ����

�, ���� = �, ����

Em termos reais, o produto vale 73,69% do que valia no produto anterior, representando um decrŽscimo de aproximadamente 26,26%

(=1-0,7369)

GABARITO: LETRA C

Quest‹o Intertemporal

No t—pico acima distinguimos o curto do longo prazo. Os dois per’odos de tempo s‹o comparados separada e individualmente. Mas, e se considerarmos o tempo como algo œnico e corrente, como ficaria nossa an‡lise?

N‹o existindo mais duas ÒespŽciesÓ de tempo, pois ele agora seria

cont’nuo, a compara•‹o seria entre presente e futuro. Esta maneira

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ECONOMIA E FINAN‚AS PòBLICAS P/ TJ-RS (ANALISTA JUDICIçRIO - çREA ADMINISTRATIVA) Teoria e exerc’cios comentados Prof. Vicente Camillo de compreens‹o da macroeconomia tambŽm afeta nossa an‡lise e Ž

chamada de intertemporal.

Pela —tica intertemporal, os economistas geralmente encontram diferen•as entre as an‡lises de ponto (aplicadas data presente) e as an‡lises que consideram um per’odo de tempo (aplicadas entre o presente e o futuro)

A vari‡vel b‡sica que relaciona presente e o futuro Ž a taxa de juros, tambŽm conhecida como a taxa de troca entre o presente e o futuro.

Poupar hoje significar receber o valor poupado mais uma taxa de juros no futuro. Do mesmo modo, a d’vida contra’da hoje Ž igual ao valor da d’vida mais a taxa de juros no futuro. O valor encontrado hoje Ž chamado de valor presente, assim como o valor de amanha Ž chamado de valor futuro.

ƒ muito simples nobre aluno (a):

����� �������� = ����� ������

���� �� �����

Sem muito segredo: caso queira saber o valor de um capital presente,

Ž s— dividir o valor no futuro pela taxa de juros. De maneira

equivalente, caso queira saber o valor no futuro, deve-se multiplicar o

valor presente pela taxa de juros. F‡cil, decisivo, œtil e aplic‡vel a uma

infinidade de assuntos macroecon™micos.

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ECONOMIA E FINAN‚AS PòBLICAS P/ TJ-RS (ANALISTA JUDICIçRIO - çREA ADMINISTRATIVA) Teoria e exerc’cios comentados Prof. Vicente Camillo 4. EXPECTATIVAS X MACROECONOMIA

Ë primeira vista, as expectativas nada devem ter a ver com macroeconomia. Trata de esperan•a, de desejos, de probabilidades.

Deve ser estudada pela Psicologia, Filosofia ou outras Ci•ncias Sociais, no m‡ximo pela Estat’stica. Mas, n‹o!

Este fator talvez seja o maior motivo de desaven•as entre os macroeconomistas. O entendimento das expectativas, por exemplo, pode definir a Òescola de pensamentoÓ do sujeito. Se keynesiano, ou novo cl‡ssico.

Seguem alguns exemplos de formula•‹o de expectativas: (i) Se minha renda sempre foi de R$ 1 mil, minha expectativa Ž de que continue assim sendo (expectativas est‡ticas). (ii) Ou, minha previs‹o errou em 10%, pois minha renda cresceu neste montante entre dois per’odos. Deste modo espero continuar com a mesma renda adicionada ao desvio verificado (expectativas adaptativas). (iii) Ou, ainda, considerando que acabei de finalizar um novo curso universit‡rio e tenho grandes chances de conseguir um emprego melhor remunerado, certamente minha renda ir‡ aumentar de maneira consider‡vel (expectativas racionais).

Resumidamente, os macroeconomistas utilizam as expectativas para interpretar o comportamento dos agregados econ™micos no futuro.

Qual ser‡ a taxa infla•‹o? Como ser‡ a pol’tica monet‡ria no ano que se inicia? E a taxa de c‰mbio? Desvaloriza, ou valoriza?

Ë medida que as expectativas podem ser estimadas de maneiras distintas, certamente haver‡ previs›es diferentes em rela•‹o aos agregados macroecon™micos. Mais importante do que simples previs›es, diferentes modos de interpretar/analisar a macroeconomia s‹o da’ originadas.

H‡ tr•s tipos de expectativas:

1.1.1. Est‡ticas:

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ECONOMIA E FINAN‚AS PòBLICAS P/ TJ-RS (ANALISTA JUDICIçRIO - çREA ADMINISTRATIVA) Teoria e exerc’cios comentados Prof. Vicente Camillo O per’odo futuro ser‡ igual ao atual, como no exemplo (i) citado acima.

Utilizando o mesmo exemplo, temos:

Λ�

= �

A renda esperada do indiv’duo no per’odo futuro, expressa por �

Λ�

Ž igual a renda auferida no per’odo presente �

.

Em que pese a apar•ncia ing•nua desta previs‹o (afinal, as flutua•›es econ™micas, e da renda dos indiv’duos s‹o atŽ motivos de ÔfofocasÕ) Ž razo‡vel utiliz‡-la no curto prazo, por exemplo.

Deste modo, a empresa interessada em determinar o pre•o de venda de seus produtos no decorrer do ano pode considerar constante o pagamento de sal‡rios de seus empregados, pois a renegocia•‹o de sal‡rios ser‡ feita apenas no ano posterior. Portanto, h‡ aplica•‹o pr‡tica para as expectativas est‡ticas.

1.1.2. Adaptativas:

Utilizando nosso exemplo (ii), o indiv’duo espera ganhar no futuro a expectativa que tinha no passado em rela•‹o ˆ renda auferida no presente mais o erro desta previs‹o. Algebricamente, temos:

Λ�

= �

Ν�

+ �(�

Ν�

− �

Ν�

)

O rendimento que o sujeito espera auferir no futuro (�

Λ�

) Ž igual ˆ expectativa feita no passado em rela•‹o ao presente (�

Ν�

) mais o erro de previs‹o �(�

Ν�

− �

Ν�

) .

Importante citar que o par‰metro � (lambda) avalia o grau em que o erro na formula•‹o de expectativas realizadas no passado afeta a pr—xima previs‹o. Assim, caso ocorram varia•›es exaustivas na renda do indiv’duo no decorrer do tempo, � pode ser igual a 1, repassando todo o erro mŽdio verificado no passado ˆ previs‹o futura.

1.1.3. Racionais:

Por fim, chegamos ao nosso exemplo (iii). As duas maneiras

apresentadas de se formular expectativas s‹o um tanto quanto

mec‰nicas e inflex’veis. Imagine apresentar isto a um psic—logo? Ele,

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ECONOMIA E FINAN‚AS PòBLICAS P/ TJ-RS (ANALISTA JUDICIçRIO - çREA ADMINISTRATIVA) Teoria e exerc’cios comentados Prof. Vicente Camillo no m’nimo, iria rir muito. Formular expectativas futuras como base no

erro encontrado no passado? Quanta besteira.

Deste modo, os economistas passaram a incorporar as expectativas racionais aos seus modelos. No exemplo, nosso sujeito, recŽm- formado em curso universit‡rio de respeito, espera justificadamente conseguir um emprego melhor, aumentando sua renda. E esta expectativa n‹o est‡ ligada nem ao comportamento da renda passada, quanto menos aos erros de expectativas verificados. A rela•‹o se d‡

diretamente com o novo t’tulo que possui.

Deste modo, podemos generalizar a ideia e compreender que as expectativas racionais nos informam que, ao pensar sobre o futuro, os agentes econ™micos utilizam todas as informa•›es dispon’veis e presentes no momento. Portanto, alŽm de pensar sobre o erro das expectativas passadas, eles incorporam poss’veis mudan•as de cen‡rios, possibilidades pol’ticas, sociais, entre outros.

Seguindo a ideia de que a macroeconomia Ž suportada por pressupostos microecon™micos, Ž razo‡vel supor que os indiv’duos otimizam sua renda, buscando a possibilidade de consumir mais, poupar mais e assim por diante. Assim, Ž evidente que o sujeito com a possibilidade ganhar mais, assim o far‡, na expectativa que isto ocorra.

Se ele permanecesse estimando sua renda utilizando expectativas adaptativas, este novo fator (curso superior) n‹o estaria presente e, provavelmente, o sujeito cometeria um grave erro.

Se aplicada a todos os indiv’duos, certamente haveria alguma

consequ•ncia macroecon™mica devida a falta de precis‹o na

estimativa/expectativa. Esta Ž a cr’tica dos te—ricos das expectativas

racionais: para eles, caso outra maneira de formular expectativas

forem utilizadas, os indiv’duos (e a economia como um todo)

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ECONOMIA E FINAN‚AS PòBLICAS P/ TJ-RS (ANALISTA JUDICIçRIO - çREA ADMINISTRATIVA) Teoria e exerc’cios comentados Prof. Vicente Camillo cometeriam erros sistem‡ticos, impactando a efici•ncia do sistema

econ™mico.

Por ora, n‹o ser‡ apresentada uma express‹o espec’fica de expectativas racionais, pois ela depende do modelo econ™mico a ser utilizado. Em muitos momentos deste curso as expectativas racionais n‹o s‹o nem necess‡rias. Quando forem, existir‹o diversos avisos neste sentido.

Apenas temos que saber que as todas as informa•›es dispon’veis s‹o

incorporadas ao modelo, que os agentes n‹o agem sempre de forma

err‡tica, ou seja, n‹o cometem erros sucessivos e repetitivos quando

possuem as informa•›es certas, alŽm de buscarem a maximiza•‹o da

utilidade (comportamento racional), e que as expectativas devem ser

condizentes com o modelo econ™mico utilizado.

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ECONOMIA E FINAN‚AS PòBLICAS P/ TJ-RS (ANALISTA JUDICIçRIO - çREA ADMINISTRATIVA) Teoria e exerc’cios comentados Prof. Vicente Camillo 5. CONTAS NACIONAIS: CONCEITOS INICIAIS

A contabilidade nacional Ž o instrumento utilizado para auferir o desempenho real da economia em determinado per’odo, atravŽs do registro de vari‡veis macroecon™micas, tais como o consumo, o investimento, as medidas de financiamentos, entre outras.

Da defini•‹o acima duas caracter’sticas se destacam:

ü Medi•‹o dos agregados: a contabiliza•‹o das contas nacionais deve ser realizada por um denominador comum. N‹o h‡ como registrar a produ•‹o de quilos de farinha, caixas de laranja, toneladas de a•o, quantidades de a•›es, sen‹o por uma unidade de conta comum: a moeda corrente

ü Desempenho real: na an‡lise do desempenho real da economia, parte se deve ao acrŽscimo de quantidades produzidas, poupadas, investidas etc., assim como parte se deve ao aumento dos pre•os. Estes dois efeitos devem estar separados, fato que origina a diferen•a entre as medidas nominais das reais.

�����•‹� ���� = �����•‹� �������

ê����� �� ���•��

A preocupa•‹o da contabilidade nacional Ž com a varia•‹o real dos agregados econ™micos. Ou seja, deve-se deduzir da varia•‹o nominal, que Ž representada pela varia•‹o de pre•os. Abaixo, quest›es sobre o assunto:

02. FGV - Auditor Fiscal da Receita Estadual (SEFAZ RJ)/2009 Numa economia, apenas dois bens s‹o produzidos: azeitonas e sorvete. Em 2006, foram vendidos um milh‹o de latas de azeitonas a R$ 0,40 cada e 800.000 litros de sorvete a R$ 0,60 cada. De 2006 a 2007, o pre•o da lata de azeitonas subiu 25%

e a quantidade de latas vendidas caiu 10%. No mesmo per’odo,

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ECONOMIA E FINAN‚AS PòBLICAS P/ TJ-RS (ANALISTA JUDICIçRIO - çREA ADMINISTRATIVA) Teoria e exerc’cios comentados Prof. Vicente Camillo o pre•o do litro de sorvete caiu 10% e o nœmero de litros

vendidos aumentou 5%.

A respeito do texto acima, analise as afirmativas a seguir:

I. O PIB nominal em 2006 equivale a R$ 880.000,00 e em 2007 a R$ 903.600,00.

II. O PIB real de 2007, usando ano base de 2006, foi de R$

864.000,00.

III. O uso da sŽrie de PIB nominal dessa economia para os anos 2006 e 2007 pode induzir o analista a subestimar seu crescimento econ™mico.

Assinale:

a) se somente a afirmativa I estiver correta.

b) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.

c) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.

d) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.

e) se todas as afirmativas estiverem corretas.

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ECONOMIA E FINAN‚AS PòBLICAS P/ TJ-RS (ANALISTA JUDICIçRIO - çREA ADMINISTRATIVA) Teoria e exerc’cios comentados Prof. Vicente Camillo Ës alternativas:

I - Correto.

O PIB nominal em 2006 e 2007 deve ser calculado atravŽs da multiplica•‹o entre pre•os e unidades transacionadas nestes anos.

PIB2006 = 1.000.000 * 0,4 + 800.000 * 0,6 = 880.000 PIB2007 = 900.000 * 0,5 + 840.000 * 0,54 = 903.600 II - Correto.

O c‡lculo do PIB real de 2007 (considerando como data base 2006) pode ser obtido sem considerar a varia•‹o de pre•o no per’odo. Sendo assim podemos calcula-lo atravŽs da multiplica•‹o entre as quantidades transacionadas em 2007 e os pre•os de 2006

PIBREAL2007 = 900.000 * 0,4 + 840.000 * 0,6 = 864.000 III - Incorreto.

Para avaliar o crescimento da economia no per’odo, o analista deve utilizar o conceito real. Sendo assim, n‹o h‡ subestima•‹o do crescimento, mas sim sua real varia•‹o negativa no entre 2006 e 2007.

GABARITO: LETRA C

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ECONOMIA E FINAN‚AS PòBLICAS P/ TJ-RS (ANALISTA JUDICIçRIO - çREA ADMINISTRATIVA) Teoria e exerc’cios comentados Prof. Vicente Camillo Enfim, devemos ter em mente: enquanto a contabilidade permite

o estabelecimento de rela•›es l—gicas, a macroeconomia as explica, inserindo causas e consequ•ncias. Portanto, a din‰mica macroecon™mica pode ser mais facilmente entendida quando conhecemos as tautologias da contabilidade nacional, que veremos em demasia no pr—ximo t—pico.

Ø A contabilidade nacional Ž um sistema cont‡bil que permite auferir o desempenho real das atividades econ™micas.

Ø Nem todas as transa•›es s‹o registradas, como as externalidades e as transfer•ncias internas de ativos e recursos.

Ø ƒ expressa por meio de tautologias, as quais representam

os conceitos b‡sicos da contabilidade nacional.

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ECONOMIA E FINAN‚AS PòBLICAS P/ TJ-RS (ANALISTA JUDICIçRIO - çREA ADMINISTRATIVA) Teoria e exerc’cios comentados Prof. Vicente Camillo A produ•‹o (Y) deve ser igual ao total despendido em consumo privado

(C) mais investimento privado (I) mais as despesas do governo (G).

A ideia Ž l—gica. Se ocorrer a produ•‹o de 1 autom—vel no per’odo, esta produ•‹o tem de ser consumida de alguma maneira, pois n‹o se produz autom—veis para jog‡-los fora.

Se adicionarmos o setor externo, parte da demanda da economia ser‡ feita externamente, assim como parte do produto ser‡

oferecido pelo setor externo.

Simplesmente, ao invŽs de toda a despesa ser contabilizada dentro do pa’s (com C + I + G), ela tambŽm pode ser despendida fora do pa’s, atravŽs das exporta•›es (X). Os indiv’duos residentes fora do pa’s consomem parte da produ•‹o interna. Dito de outro modo, o disp•ndio Ž interno Ž inferior ˆ produ•‹o interna, pelo que parte da produ•‹o Ž direcionada ao resto do mundo.

Da mesma forma, ˆ produ•‹o deve-se adicionar o que foi feito fora do pa’s, representada pelas importa•›es (M), pois estes bens s‹o tambŽm consumidos internamente, mesmo que produzidos externamente.

Assim, ficamos com a express‹o:

Y = C + I + G + (X-M)

Onde se engloba tambŽm as transa•›es com o exterior. Portanto, ao consumo, investimento e gastos do governo deve ser adicionada a demanda por exporta•›es menos a demanda por importa•›es, ou seja, o saldo das exporta•›es sobre as importa•›es (chamado de saldo em transa•›es correntes).

Se as exporta•›es superam as importa•›es, significa que o produto da

economia Ž tambŽm consumido fora do pa’s. Caso contr‡rio, o produto

produzido l‡ fora Ž consumido internamente, ou seja, a produ•‹o

interna Ž inferior ao disp•ndio interno.

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ECONOMIA E FINAN‚AS PòBLICAS P/ TJ-RS (ANALISTA JUDICIçRIO - çREA ADMINISTRATIVA) Teoria e exerc’cios comentados Prof. Vicente Camillo C. Mas, parte de G tambŽm Ž considerado consumo, pois o governo

gera seus disp•ndios tambŽm com consumo e investimento.

2. Poupan•a:

O conceito de consumo, deriva o conceito de poupan•a. A renda n‹o consumida Ž direcionada ˆ poupan•a, ou seja:

S = Y Ð C

O total poupado na economia (S) Ž, sem delongas, o total produzido (Y) menos o total consumido (C).

3. Investimento:

Compreende a forma•‹o bruta de capital f’sico mais a varia•‹o de estoques, ou seja, destina-se ao acrŽscimo de estoque f’sico de capital.

Vamos entender mais detalhadamente.

A forma•‹o bruta de capital fixo Ž a pr—pria aquisi•‹o de ativos, equipamentos, instala•›es, e afins, que contribuem para o aumento da produ•‹o. Em resumo, Ž o investimento em m‡quinas e outros fatores de produ•‹o f’sicos.

A varia•‹o de estoques Ž total produzido que n‹o foi demandado no per’odo. Ou seja, a produ•‹o de autom—veis do ano 1 pode muito bem ser demandada apenas no ano 2. De todo modo, ser‡ demandado, mas em um per’odo diferente.

Desta forma, a express‹o b‡sica de investimentos Ž:

I = FBFK + VE

ƒ importante compreender que parte da forma•‹o bruta de capital

destina-se ˆ repor o desgaste dos equipamentos, seja pelo uso ou pelo

obsoletismo: certamente voc• j‡ compreendeu que se trata da

deprecia•‹o.

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ECONOMIA E FINAN‚AS PòBLICAS P/ TJ-RS (ANALISTA JUDICIçRIO - çREA ADMINISTRATIVA) Teoria e exerc’cios comentados Prof. Vicente Camillo Assim, se considerarmos a deprecia•‹o nesta express‹o supracitada,

Ž poss’vel entender a diferen•a entre investimento bruto e investimento l’quido:

I

BRUTO

= FBFK + VE

I

LêQUIDO

= FBFK + VE Ð DEPRECIA‚ÌO I

LêQUIDO

= I

BRUTO

Ð DEPRECIA‚ÌO

Ou seja, o Investimento L’quido Ž igual ao Investimento Bruto menos a Deprecia•‹o.

4. Poupan•a = Investimento

Como j‡ temos os conceitos de produ•‹o, consumo, poupan•a e investimento, que tal relacion‡-los?

Vejamos.

ƒ sabido que a produ•‹o Ž consumida ou investida. Podemos suprimir os gastos do governo, atŽ porque G apenas diferencia demanda privada da demanda do setor pœblico:

Y = C + I Desenvolvendo:

Y Ð C = I Mas, sabemos que Y Ð C = S. Assim:

S = I

Pronto. A’ est‡ a t‹o famosa express‹o que relaciona investimento e poupan•a. Ou seja, o total poupado Ž igual ao total investido.

5. Setor Externo e Absor•‹o:

O setor externo adiciona considera•›es importantes ˆ an‡lise.

Como j‡ observado, caso a produ•‹o interna seja menor que a

absor•‹o (C + I + G) interna, a oferta interna Ž complementada por

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ECONOMIA E FINAN‚AS PòBLICAS P/ TJ-RS (ANALISTA JUDICIçRIO - çREA ADMINISTRATIVA) Teoria e exerc’cios comentados Prof. Vicente Camillo importa•›es. Caso contr‡rio (absor•‹o interna inferior ˆ produ•‹o

interna), haver‡ exporta•›es.

Devemos simplesmente trabalhar com nossa express‹o:

Y = C + I + G + (X Ð M) (X Ð M) = Y Ð (C + I + G)

Caso X Ð M > 0, significa que Y > C + I + G. Simplesmente a produ•‹o interna excedeu a absor•‹o interna, pelo que o excesso de oferta foi direcionado a exporta•›es.

Caso X Ð M < 0, significa que Y < C + I + G. A produ•‹o interna n‹o Ž capaz de suprir a absor•‹o. Resultado, a oferta interna deve ser refor•ada pelas importa•›es, ou seja, M > X.

6. Setor Externo e Investimentos

Outra observa•‹o importante que traz o setor externo Ž sua rela•‹o com os investimentos da economia.

Relembrando:

S = I

No entanto, a poupan•a total Ž formada por tr•s componentes:

poupan•a privada (Sp), poupan•a do governo (Sg) e poupan•a externa (Se). Estas espŽcies de poupan•a s‹o autoexplicativas.

Ou seja, a poupan•a do governo significa renda maior que consumo por parte do governo. Do mesmo modo, a poupan•a privada equivale a renda privada superior ao consumo privado. A soma das duas poupan•as equivale ˆ poupan•a interna (Si).

Em termos de identidade, podemos representar do seguinte modo:

Sg = Rg Ð G (poupan•a do governo = receitas Ð despesas pœblicas)

Sp = Rp Ð C (poupan•a privada = receitas Ð despesas privadas)

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ECONOMIA E FINAN‚AS PòBLICAS P/ TJ-RS (ANALISTA JUDICIçRIO - çREA ADMINISTRATIVA) Teoria e exerc’cios comentados Prof. Vicente Camillo Sg + Sp = Si (poupan•a governo + poupan•a privada =

poupan•a interna)

Como o investimento Ž financiado pela poupan•a e esta pode ser expressa como a soma entre poupan•a interna e externa, temos que:

Si + Se = I

Esta identidade Ž uma das mais importantes, pois Ž muito cobrada em provas. Se recorde: o investimento pode ser financiado via poupan•a interna e poupan•a externa. Caso a poupan•a interna se apresente igual a zero, ou atŽ mesmo negativa, o investimento Ž financiado via poupan•a externa.

Mas, quando de fato isto acontece?

Quando as importa•›es superam as exporta•›es. Ou seja, h‡ poupan•a externa positiva quando ocorre dŽficit em transa•›es correntes. Ou seja:

Se = - TC

O valor da poupan•a externa Ž precisamente igual ao valor em transa•›es correntes (X Ð M) com sinal invertido. Ou seja, caso as transa•›es correntes apresentem super‡vit (X > M), a poupan•a externa Ž negativa (os investimentos s‹o financiados internamente).

Caso contr‡rio, o dŽficit em transa•›es correntes (X < M) evidencia a exist•ncia de poupan•a externa positiva.

Desta forma, se recorde desta rela•‹o:

Si < I è Se > 0; ou seja, X < M Si > I è Se < 0; ou seja, X > M

As bancas cobram em demasia estes conceitos. Eles s‹o muito simples, portanto devem estar no sangue do aluno!!

AlŽm de auxiliar a compreens‹o dos conceitos tratados mais a frente

nesta aula, ir‹o ajudar o entendimento de toda macroeconomia.

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ECONOMIA E FINAN‚AS PòBLICAS P/ TJ-RS

(ANALISTA JUDICIçRIO - çREA ADMINISTRATIVA)

Teoria e exerc’cios comentados

Prof. Vicente Camillo

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ECONOMIA E FINAN‚AS PòBLICAS P/ TJ-RS (ANALISTA JUDICIçRIO - çREA ADMINISTRATIVA) Teoria e exerc’cios comentados Prof. Vicente Camillo No entanto, h‡ aqui uma particularidade essencial. Ao invŽs de

ÒcrŽditoÓ e ÒdŽbito, as Contas Econ™micas Integradas utilizam a terminologia ÒusosÓ e recursosÓ.

A ideia Ž a mesma.

No entanto, o termo ÒusosÓ refere-se ˆs opera•›es que reduzem o valor da conta est‹o relacionados ao antigo dŽbito. O termo ÒrecursosÓ, por sua vez, refere-se aos valores que aumentam o saldo da conta e, logicamente, Ž similar ao antigo crŽdito.

Por exemplo: remunera•‹o Ž RECURSO para quem recebe, mas USO para que o paga, o que tambŽm evidencia o princ’pio de partidas sobradas,. O saldo residual de determinada Conta [RECURSOS (Ð) USOS] representa a articula•‹o entre ela e as demais Contas (ser‹o vistas logo mais) e constituem agregados econ™micos de interesse em todo o curso de macroeconomia: PIB, Renda, Poupan•a etc.

Abaixo, segue um resumo œtil sobre as Contas Econ™micas Integradas

3

e seus saldos, que ser‹o estudadas nesta aula.

3

O IBGE divulga as Contas apresentadas nesta aula. As demais contas (Patrimônio, Outras

Variações dos Ativos e Reavaliação) não são divulgadas e não serão aqui abordadas. Afinal, não

caem em prova alguma.

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ECONOMIA E FINAN‚AS PòBLICAS P/ TJ-RS (ANALISTA JUDICIçRIO - çREA ADMINISTRATIVA) Teoria e exerc’cios comentados Prof. Vicente Camillo adicionamos os impostos, mas bem sabemos que na vida real os

impostos indiretos fazem parte da produ•‹o, pelo que devem ser adicionados a fim de estabelecer os recursos da economia, ou seja, a oferta total.

De maneira an‡loga, o lado dos usos representa a demanda da economia:

Demanda = Consumo Intermedi‡rio + Consumo Final + Forma•‹o Bruta de Capital Fixo + Varia•‹o de Estoques +

Exporta•›es.

Mais uma vez em total acordo com as identidades b‡sicas. Afinal, vimos que a absor•‹o interna Ž igual a C + I + G, que I = FBKF + VE e tambŽm que as exporta•›es refor•am a quantidade demandada.

Por fim:

OFERTA = DEMANDA Alguns coment‡rios s‹o necess‡rios:

1) O valor da produ•‹o est‡ medido a pre•os de mercado. H‡ uma diferencia•‹o entre custos de fatores e pre•os de mercado. Estes incluem o valor da produ•‹o ao consumidor, ou seja, incluindo o valor dos impostos indiretos l’quidos (deduzidos dos subs’dios). Aqueles, n‹o. Portanto, a rela•‹o Ž a seguinte:

Produ•‹o

PM

= Produ•‹o

CF

+ Impostos Indiretos Ð Subs’dios (aten•‹o que este conceito Ž recorrente em provas!)

2) A produ•‹o engloba todos os bens e servi•os produzidos

internamente. Ou seja, Ž o total produzido (bens intermedi‡rios e

finais). Adicionalmente, a importa•‹o tambŽm comp›e a oferta, pois Ž

como se estivŽssemos ÒterceirizandoÓ a produ•‹o no exterior e a

trazendo para o pa’s para compor a oferta.

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ECONOMIA E FINAN‚AS PòBLICAS P/ TJ-RS (ANALISTA JUDICIçRIO - çREA ADMINISTRATIVA) Teoria e exerc’cios comentados Prof. Vicente Camillo 3) O consumo intermedi‡rio Ž resultado da soma do consumo de

bens e servi•os do setores pœblico e privado utilizados no processo produtivo de bens e servi•os finais (ofertados ao consumidor final).

4) O consumo final compreende o consumo do setores pœblico e privado na realiza•‹o das satisfa•›es humanas. Um pouco abstrato este conceito. No entanto, lembre que o consumo final Ž aquele que encerra a cadeia de produ•‹o e agrega•‹o de valores dos bens ou servi•os.

5) Por fim, a forma•‹o bruta de capital fixo e a varia•‹o de estoques representam as despesas com investimentos na economia. Aquelas se destinam ˆ aquisi•‹o de bens para uso no processo produtivo. Estes, correspondem ˆ varia•‹o l’quida de produtos acabados ou matŽrias primas, necess‡rios para satisfazer as necessidades de produ•‹o e expectativas dos consumidores. Algo que j‡ definimos no decorrer da aula.

03. (Funda•‹o Cesgranrio/Analista do Banco Central do Brasil/2010) - No sistema de contas nacionais, o produto de uma economia pode ser obtido de tr•s maneiras diferentes: sob a —tica da produ•‹o, da despesa e da renda.

Especifica•‹o Valor $

Produ•‹o 1.979

Consumo das Fam’lias 659

Forma•‹o Bruta de Capital Fixo mais varia•‹o de estoques

236

Remunera•‹o dos empregados e dos aut™nomos, inclu’das as contribui•›es sociais

467

Lucros Distribu’dos ou n‹o 440

Exporta•‹o de bens e servi•os 117

Importa•‹o de bens e servi•os 135

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ECONOMIA E FINAN‚AS PòBLICAS P/ TJ-RS (ANALISTA JUDICIçRIO - çREA ADMINISTRATIVA) Teoria e exerc’cios comentados Prof. Vicente Camillo

Impostos sobre produtos 119

Consumo Intermedi‡rio 1.012

Analisando as informa•›es da tabela acima, pode-se concluir que, para essa economia, em $, a(o)

(A) renda nacional Ž 949.

(B) renda interna Ž 1.026.

(C) despesa interna Ž 1.068.

(D) produto nacional bruto Ž 1.068.

(E) produto interno bruto Ž 1.086.

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ECONOMIA E FINAN‚AS PòBLICAS P/ TJ-RS (ANALISTA JUDICIçRIO - çREA ADMINISTRATIVA) Teoria e exerc’cios comentados Prof. Vicente Camillo entre os fatores de produ•‹o (trabalho e capital) e as administra•›es

pœblicas. Esta conta registra, do ponto de vista dos produtores, as opera•›es de distribui•‹o diretamente ligadas ao processo de produ•‹oÓ. Portanto, algebricamente, temos que:

EOB + RA = PIB Ð W

RES

Ð W

NRES

Ð II + Sub

04. ESAF - Especialista em Pol’ticas Pœblicas e Gest‹o Governamental/2009

Considere os seguintes dados extra’dos de um Sistema de Contas Nacionais, em unidades monet‡rias:

Produto Interno Bruto: 1.162;

Remunera•‹o dos empregados: 450;

Rendimento misto bruto (rendimento de aut™nomos): 150;

Impostos sobre a produ•‹o e importa•‹o: 170;

Subs’dios ˆ produ•‹o e importa•‹o: 8;

Despesa de consumo final: 900;

Exporta•‹o de bens e servi•os: 100;

Importa•‹o de bens e servi•os: 38.

Com base nessas informa•›es, os valores para a forma•‹o bruta de capital fixo e para o excedente operacional bruto ser‹o, respectivamente,

a) 300 e 362

b) 200 e 450

c) 400 e 200

d) 200 e 400

e) 200 e 262

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ECONOMIA E FINAN‚AS PòBLICAS P/ TJ-RS (ANALISTA JUDICIçRIO - çREA ADMINISTRATIVA) Teoria e exerc’cios comentados Prof. Vicente Camillo Duas express›es relacionam os investimentos:

I = FBKF + VE e

PIB = C + I + G + (X Ð M) Sendo assim, basta igual‡-las:

FBKF + VE = PIB + M Ð X Ð C 1162 + 38 Ð 100 Ð 900

FBKF = 200

Por fim, cabe calcular o EOB:

EOB = PIB Ð W

RES

Ð W

NRES

Ð II + Sub EOB = 1162 Ð 450 - 150 Ð 170 + 8 EOB = 400

GABARITO: LETRA D

05. ESAF - Especialista em Pol’ticas Pœblicas e Gest‹o Governamental/2009

Considere os seguintes dados extra’dos de um Sistema de Contas Nacionais extra’das das contas de produ•‹o de renda:

Produ•‹o: 2.500;

Impostos sobre produtos: 150;

Produto Interno Bruto: 1.300;

Impostos sobre a produ•‹o e de importa•‹o: 240;

Subs’dios ˆ produ•‹o: zero;

Excedente operacional bruto, inclusive rendimento de aut™nomos: 625.

Com base nessas informa•›es, Ž correto afirmar que o consumo

intermedi‡rio e a remunera•‹o dos empregados s‹o,

respectivamente:

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ECONOMIA E FINAN‚AS PòBLICAS P/ TJ-RS (ANALISTA JUDICIçRIO - çREA ADMINISTRATIVA) Teoria e exerc’cios comentados Prof. Vicente Camillo a) 1.350 e 440

b) 1.350 e 435

c) 1.200 e 410

d) 1.200 e 440

e) 1.300 e 500

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ECONOMIA E FINAN‚AS PòBLICAS P/ TJ-RS (ANALISTA JUDICIçRIO - çREA ADMINISTRATIVA) Teoria e exerc’cios comentados Prof. Vicente Camillo Prod. + IP Ð PIB = CI

2500 + 150 Ð 1300 = 1350

PIB Ð IPI + SP Ð (EOB + RA) = RE 1300 Ð 240 + 0 Ð 625 = 435 GABARITO: LETRA B

06. ESAF - Especialista em Pol’ticas Pœblicas e Gest‹o Governamental/2013/

Considere os seguintes dados para uma economia hipotŽtica, em um determinado per’odo de tempo, em unidades monet‡rias:

Remunera•‹o dos empregados: 861 Rendimento misto bruto: 201

Excedente operacional bruto: 755

Imposto sobre a produ•‹o e importa•‹o: 335 Subs’dios ˆ produ•‹o e importa•‹o: 4

Com base nesses dados e considerando as identidades macroecon™micas b‡sicas, pode-se afirmar que o PIB desta economia foi de:

a) 2.148

b) 1.821

c) 1.955

d) 1.956

e) 2.160

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ECONOMIA E FINAN‚AS PòBLICAS P/ TJ-RS (ANALISTA JUDICIçRIO - çREA ADMINISTRATIVA) Teoria e exerc’cios comentados Prof. Vicente Camillo EOB = PIB Ð W

RES

Ð W

NRES

Ð II + Sub

Logo:

PIB = EOB + RE + IPI + RA Ð Sub = PIB = 755 + 335 + 861 + 201 Ð 4 PIB = 2148

GABARITO: LETRA A

07. (ESAF/Especialista em Pol’ticas Pœblicas e Gest‹o Governamental/MPOG/2009) - Considere os seguintes dados extra’dos de um Sistema de Contas Nacionais extra’das das contas de produ•‹o de renda:

Produ•‹o: 2.500;

Impostos sobre produtos: 150;

Produto Interno Bruto: 1.300;

Impostos sobre a produ•‹o e de importa•‹o: 240;

Subs’dios ˆ produ•‹o: zero;

Excedente operacional bruto, inclusive rendimento de aut™nomos: 625.

Com base nessas informa•›es, Ž correto afirmar que o consumo intermedi‡rio e a remunera•‹o dos empregados s‹o, respectivamente:

a) 1.350 e 440

b) 1.350 e 435

c) 1.200 e 410

d) 1.200 e 440

e) 1.300 e 500

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ECONOMIA E FINAN‚AS PòBLICAS P/ TJ-RS (ANALISTA JUDICIçRIO - çREA ADMINISTRATIVA) Teoria e exerc’cios comentados Prof. Vicente Camillo PIB = Produ•‹o Ð Consumo Intermedi‡rio + Impostos Indiretos

1300 = 2500 Ð CI + 150 CI = 1350

Remunera•‹o Empregados = PIB Ð EOB Ð Impostos Diretos RE = 1300 Ð 625 Ð 240

RE = 435

GABARITO: LETRA B

ü Conta de Aloca•‹o da Renda

A Conta em apre•o Ž uma deriva•‹o da conta acima apresentada. Ou seja, ao invŽs de distribuir o PIB entre a remunera•‹o dos fatores de produ•‹o, faz-se o caminho inverso. Ou seja, as remunera•›es dar‹o origem ao PIB.

Mais uma vez de acordo com o IBGE, Òa conta de aloca•‹o da renda registra a parte restante da distribui•‹o prim‡ria da renda, ou seja, as rendas de propriedade a pagar e a receber, bem como a remunera•‹o dos empregados e os impostos, l’quidos dos subs’dios, a receber respectivamente por fam’lias e administra•›es pœblicas. Esta conta centra-se nas unidades institucionais residentes como recebedoras de rendas prim‡rias mais do que como produtores, cujas atividades geram rendas prim‡rias.Ó

Em termos econ™micos, esta conta possui como resultado a Renda

Nacional Bruta, ou seja, o valor adicionado pela —tica da renda.

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ECONOMIA E FINAN‚AS PòBLICAS P/ TJ-RS (ANALISTA JUDICIçRIO - çREA ADMINISTRATIVA) Teoria e exerc’cios comentados Prof. Vicente Camillo a) a renda l’quida enviada ao exterior d‡ origem aos conceitos de

interno e nacional; por interno, entende-se o que foi produzido dentro do pa’s, computando a renda l’quida enviada ao exterior; por nacional, entende-se o que foi produzido pela na•‹o, n‹o computando a renda l’quida enviada ao exterior.

b) devemos tambŽm entender o conceito de l’quido e bruto: todo produto denominado como ÒbrutoÓ inclui a deprecia•‹o; j‡ a men•‹o Òl’quidoÓ, retira a deprecia•‹o da contabiliza•‹o (este conceito j‡ foi apresentado quando tratamos da defini•‹o de investimentos).

c) ademais, a presen•a de Impostos Indiretos e Subs’dios origina a diferen•a entre o valor agregado medido a custos de fatores e pre•os de mercado: o conceito de custo de fatores inclui os Subs’dios e exclui os Impostos Indiretos (Ž chamado custo porta de f‡brica); j‡ a valora•‹o a pre•os de mercado inclui os impostos indiretos l’quidos, ou seja, o valor pago a t’tulo de impostos indiretos deduzido do valor de subs’dios (igual ao pre•o ao consumidor).

Em resumo, o quadro abaixo sintetiza as maneiras de se valorizar o

produto. Depois, quest›es sobre o assunto:

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ECONOMIA E FINAN‚AS PòBLICAS P/ TJ-RS (ANALISTA JUDICIçRIO - çREA ADMINISTRATIVA) Teoria e exerc’cios comentados Prof. Vicente Camillo PIB = PNB + RLEE

Se RLEE > 0, ent‹o PIB > PNB Se RLEE < 0, ent‹o PIB < PNB GABARITO: LETRA D

09. CESPE-UnB/Terceiro Secret‡rio da Carreira de Diplomata/2004) Ð Em rela•‹o aos conceitos b‡sicos de macroeconomia, julgue os itens que se seguem:

Os juros auferidos por investidores alem‹es no mercado brasileiro

integram tanto a renda nacional quanto o produto interno bruto do

Brasil.

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ECONOMIA E FINAN‚AS PòBLICAS P/ TJ-RS (ANALISTA JUDICIçRIO - çREA ADMINISTRATIVA) Teoria e exerc’cios comentados Prof. Vicente Camillo Como visto, PIB = PNB +RLEE; portanto, a renda auferida

internamente e enviada ao exterior Ž considerada como renda interna e n‹o nacional.

GABARITO: ERRADO

10. Funda•‹o Cesgranrio/Analista do Banco Central do Brasil/2010) - O Produto Interno Bruto de um pa’s, num certo ano, Ž menor que o seu Produto Nacional Bruto, no mesmo ano, se a(o)

(A) entrada de poupan•a externa for elevada.

(B) entrada l’quida de capitais do exterior exceder as importa•›es.

(C) renda l’quida recebida do exterior for positiva.

(D) reserva em divisas estrangeiras, no Banco Central, aumentar.

(E) super‡vit no balan•o comercial e de servi•os for positivo.

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ECONOMIA E FINAN‚AS PòBLICAS P/ TJ-RS (ANALISTA JUDICIçRIO - çREA ADMINISTRATIVA) Teoria e exerc’cios comentados Prof. Vicente Camillo PIB = PNB +RLEE (PIB > PNB)

ou

PIB + PNB Ð RLRE (PIB < PNB) GABARITO: LETRA C

11. ESAF/AFC/STN/2002 Ð Considere:

P = produto agregado; R = renda agregada; I = interno;

N = nacional; B = bruto; L = l’quido; cf = custo de fatores; e pm = pre•os de mercado.

Supondo que PIB

cf

= 1.000;

Deprecia•‹o = 20;

Renda enviada ao exterior = 150;

Renda recebida do exterior = 50;

Impostos indiretos = 30;

Subs’dios = 10;

Pode-se afirmar que o PNB

pm

e RNL

cf

ser‹o, respectivamente:

a) 880 e 900

b) 1.180 e 1.020

c) 920 e 900

d) 1.180 e 880

e) 920 e 880

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ECONOMIA E FINAN‚AS PòBLICAS P/ TJ-RS (ANALISTA JUDICIçRIO - çREA ADMINISTRATIVA) Teoria e exerc’cios comentados Prof. Vicente Camillo PNBpm = PIBcf + II Ð Sub Ð RLEE;

PNBpm = 1000 + 30 Ð 10 Ð (150 Ð 50) PNBpm = 920

RNLcf = PNBpm Ð II + Sub - Dep RNLcf = 920 Ð 30 + 10 Ð 20 RNLcf = 880

GABARITO: LETRA E

ü Conta de Distribui•‹o Secund‡ria da Renda

A conta de distribui•‹o secund‡ria da renda mostra a passagem do saldo da renda prim‡ria de um setor para renda dispon’vel, ap—s o recebimento e pagamento de transfer•ncias correntes, exclusive as transfer•ncias sociais em espŽcie. Essa redistribui•‹o representa a segunda fase no processo de distribui•‹o da renda.

Esta conta Ž interessante, pois, a partir dela, Ž poss’vel notar quanto da renda nacional bruta Ž ÒtomadaÓ pelo setor governamental e quanto Ž transferida de volta ao setor privado. ƒ por isso que todas as contas abaixo podem ser contabilizadas como ÒusosÓ ou ÒrecursosÓ.

Isto Ž, Ž contabilizada como ÒusosÓ a parcela ÒtomadaÓ pelo governo atravŽs de tributos (reduzindo a renda dispon’vel ap—s tributos) e como ÒrecursosÓ a parcela redirecionada ao setor privado.

Abaixo, a conta em quest‹o:

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ECONOMIA E FINAN‚AS PòBLICAS P/ TJ-RS (ANALISTA JUDICIçRIO - çREA ADMINISTRATIVA) Teoria e exerc’cios comentados Prof. Vicente Camillo Abaixo, uma quest‹o sobre o assunto:

12. (Funda•‹o Carlos Chagas/Analista do Banco Central do Brasil/2006) - Foram extra’dos os seguintes dados das Contas Nacionais do Brasil de 2003, em milh›es de reais (R$

1.000.000,00):

Despesas de consumo final = 1.192.613

Saldo externo de bens e servi•os = (-) 56.078 Produto Interno Bruto = 1.556.182

Poupan•a Bruta = 317.172

Transfer•ncias correntes recebidas liquidamente do exterior = 8.753 Forma•‹o Bruta de Capital Fixo = 276.741

Varia•‹o de Estoques = 30.750

Logo, a Renda Nacional Bruta da economia brasileira nesse ano correspondeu, em milh›es de reais, a:

a) 1.444.954

b) 1.501.032

c)1.509.785

d)1.518.538

e)1.574.616

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ECONOMIA E FINAN‚AS PòBLICAS P/ TJ-RS (ANALISTA JUDICIçRIO - çREA ADMINISTRATIVA) Teoria e exerc’cios comentados Prof. Vicente Camillo A poupan•a bruta Ž utilizada como Recurso. A destina•‹o se d‡ entre

a Forma•‹o Bruta de Capital Fixo e a Varia•‹o de Estoques. O saldo final corresponde a Capacidade ou Necessidade de Financiamento.

Caso a poupan•a bruta interna da economia for suficiente para financiar o total de investimentos, a economia se encontra em capacidade de investimento. Caso contr‡rio, h‡ necessidade de financiamento.

Mas como financiar este investimento?

Recorrendo ao financiamento externo, ou, mais precisamente, ˆ poupan•a externa. Mais detalhes sobre estas contas segue abaixo na Conta Financeira.

Relembrando das identidades b‡sicas:

S = I

Poupan•a Interna + Poupan•a Externa = FBKF + VE

Como j‡ citamos, em uma economia aberta, os investimentos podem ser financiados pela poupan•a interna e pela poupan•a externa (dŽficit em transa•›es correntes).

Assim, o saldo em transa•›es correntes Ž igual ao inverso da poupan•a externa: TC = -S

E

A economia apresenta possibilidades de financiar os investimentos a partir da poupan•a bruta interna (renda nacional Ð consumo final).

No entanto, quando n‹o Ž capaz de realizar este feito, pode recorrer ao financiamento externo (poupan•a externa), cujo saldo Ž id•ntico ao saldo em transa•›es correntes com sinal invertido.

ü Conta Financeira

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ECONOMIA E FINAN‚AS PòBLICAS P/ TJ-RS (ANALISTA JUDICIçRIO - çREA ADMINISTRATIVA) Teoria e exerc’cios comentados Prof. Vicente Camillo A conta financeira mostra como uma economia aloca sua capacidade

ou supre sua necessidade de financiamento atravŽs das transa•›es financeiras com ativos e passivos. A conta Ž classificada por instrumento financeiro com a aquisi•‹o l’quida de ativos registrada na coluna da esquerda e a dos passivos na coluna da direita.

A conta financeira, a segunda do grupo das contas de acumula•‹o, registra as opera•›es que envolvem ativos financeiros e passivos realizadas entre SI ou entre estes e o resto do mundo, atravŽs de instrumentos financeiros. Todas as opera•›es financeiras Ð transa•›es - entre SI e entre a economia nacional e o resto do mundo s‹o registradas na conta financeira. Nesta conta s‹o cobertas todas as opera•›es que implicam uma transfer•ncia de propriedade de ativos financeiros, incluindo a cria•‹o e liquida•‹o de direitos financeiros.

As opera•›es financeiras referem-se ˆs varia•›es l’quidas de ativos financeiros (aquisi•›es menos cess›es) e as varia•›es l’quidas de passivos (emiss‹o menos reembolso), por tipo de instrumento financeiro. As transa•›es financeiras definem-se, assim, como as rela•›es entre unidades institucionais residentes ou entre elas e o resto do mundo, por acordo mœtuo, que envolvem a cria•‹o l’quida ou mudan•a de propriedade de ativos financeiros e de passivos. As transa•›es podem ent‹o ser derivadas, residualmente, como a diferen•a de estoques (posi•›es) entre o in’cio e o fim de um per’odo, deduzidos quaisquer outros fluxos.

Por uma quest‹o pr‡tica e que atende nossa necessidade, a estrutura desta conta n‹o ser‡ apresentada. ƒ importante apenas entender que ela existe e qual a l—gica por tr‡s desta conta. Dada a sua complexidade e envolvimento com instrumentos financeiros, n‹o Ž objeto de quest›es em concursos pœblicos.

Abaixo, quest›es:

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ECONOMIA E FINAN‚AS PòBLICAS P/ TJ-RS (ANALISTA JUDICIçRIO - çREA ADMINISTRATIVA) Teoria e exerc’cios comentados Prof. Vicente Camillo 13. (ESAF/Especialista em Pol’ticas Pœblicas e Gest‹o

Governamental/MPOG/2009) - Considere os seguintes dados extra’dos de um Sistema de Contas Nacionais, em unidades monet‡rias:

Produto Interno Bruto: 1.162;

Remunera•‹o dos empregados: 450;

Rendimento misto bruto (rendimento de aut™nomos): 150;

Impostos sobre a produ•‹o e importa•‹o: 170;

Subs’dios ˆ produ•‹o e importa•‹o: 8;

Despesa de consumo final: 900;

Exporta•‹o de bens e servi•os: 100;

Importa•‹o de bens e servi•os: 38.

Com base nessas informa•›es, os valores para a forma•‹o bruta de capital fixo e para o excedente operacional bruto ser‹o, respectivamente,

a) 300 e 362

b) 200 e 450

c) 400 e 200

d) 200 e 400

e) 200 e 262

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ECONOMIA E FINAN‚AS PòBLICAS P/ TJ-RS (ANALISTA JUDICIçRIO - çREA ADMINISTRATIVA) Teoria e exerc’cios comentados Prof. Vicente Camillo PIB = C + I (FBKF) + G + (X ÐM)

FBKF = PIB Ð C - (X-M)

FBKF = 1162 Ð 900 Ð (100 Ð 38) FBKF = 200

PIB = REMUNERA‚ÍES + IMPOSTOS - SUBSêDIOS + EOB 1162 = 450 + 150 + 170 Ð 8 + EOB

EOB = 400

GABARITO: LETRA D

14. (ESAF/Auditor Fiscal da Receita Federal do Brasil/2000) Considere:

Ipr = investimento privado

Ipu = investimento pœblico

Spr = poupan•a privada

Sg = poupan•a do governo

Se = poupan•a externa

Com base nas identidades macroecon™micas fundamentais,

pode-se afirmar que:

a) Ipr + Ipu = Spr + Sg

b) dŽficit pœblico = Spr - Ipr + Se

c) Ipr + Ipu + Se = Spr + Sg

d) dŽficit pœblico = Spr + Ipr + Se

e) Ipr = Spr + Se

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ECONOMIA E FINAN‚AS PòBLICAS P/ TJ-RS (ANALISTA JUDICIçRIO - çREA ADMINISTRATIVA) Teoria e exerc’cios comentados Prof. Vicente Camillo a) o total de investimentos (Ipr+Ipu) Ž igual a poupan•a total

(privada+governo+externa). Ou seja: Ipr + Ipu = Spr + Sg + Se

b) considerando que:

Ipu + Ipr = Spr + Sg + Se

DŽficit do Governo = Ig Ð Sg

D = Sp Ð Ip + Se

c) a express‹o correta seria: Ipr+Ipu = Spr + Sg + Se (investimento total Ž igual a poupan•a total)

d) coment‡rios na letra b

e) a express‹o correta seria: Ipr = Spr + Se - DŽficit do Governo;

portanto, a express‹o apresentada na quest‹o seria correta apenas se

o dŽficit do governo fosse zero.

GABARITO: LETRA B

15. ESAF - Analista de Finan•as e Controle (STN)/Economico- Financeira/2008

Considere os seguintes dados, em unidades monet‡rias, referentes a uma economia hipotŽtica:

Consumo do Governo: 200

Transfer•ncias realizadas pelo Governo: 100 Subs’dios: 20

Impostos Diretos: 300 Impostos Indiretos: 400

Outras Receitas Correntes do Governo: 120 Exporta•›es de bens e servi•os: 100

Importa•›es de bens e servi•os: 200

Renda L’quida Enviada ao Exterior: 100

Referências

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