• Nenhum resultado encontrado

Heloísa de Puppi e Silva Isabella Christina Dantas Valentim Luana da Silva Ribeiro. Economia

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Heloísa de Puppi e Silva Isabella Christina Dantas Valentim Luana da Silva Ribeiro. Economia"

Copied!
43
0
0

Texto

(1)

Economia

Isabella Christina Dantas Valentim

Luana da Silva Ribeiro

(2)
(3)

DAVID LIRA STEPHEN BARROS Gerente Editorial

CRISTIANE SILVEIRA CESAR DE OLIVEIRA Projeto Gráfico

TIAGO DA ROCHA Autoras

HELOÍSA DE PUPPI E SILVA

ISABELLA CHRISTINA DANTAS VALENTIM

LUANA DA SILVA RIBEIRO

(4)

AS AUTORAS

Heloísa de Puppi e Silva

Olá. Meu nome é Heloísa de Puppi e Silva. Sou formada em Ciências Econômicas e possuo Mestrado em Sustentabilidade pela FAE – Centro Universitário (PR). Fiz o Doutorado em Tecnologia, no Programa de Pós Graduação em Tecnologia (PPGTE) e Sociedade da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR). Tenho experiência técnico- profissional na área de Gestão Pública, Privada e Ambiental por ter trabalhado na Secretaria de Planejamento do Estado do Paraná (SEPL-PR) e acadêmica de 16 anos em Instituições do Ensino Superior (IES).

Tenho experiência de 6 anos com docência de educação fundamental e 13 anos com ensino de graduação, especialização e ensino a distância (EAD). Atualmente, leciono disciplinas de economia (micro e macro), economia brasileira, custos, modelagem de negócios e inteligência competitiva. Além disso, presto serviços de consultoria em inteligência competitiva e meio ambiente. Sou apaixonada pelo que faço e adoro transmitir minha experiência de vida àqueles que estão iniciando em suas profissões. Por isso fui convidada pela Editora Telesapiens a integrar seu elenco de autores independentes. Estou muito feliz em poder auxiliar você nesta fase de muito estudo e trabalho. Conte comigo!

Isabella Christina Dantas Valentim

Olá. Meu nome é Isabella Christina Dantas Valentim. Sou formada em Ciências Contábeis, com mestrado em Ciências Contábeis: usuários internos, controladoria e contabilidade gerencial. Tenho experiência técnico-profissional na área contábil, gerencial e consultoria econômica.

Além de possuir cinco anos de experiência como professora de graduação e pós-graduação nas áreas de contabilidade, auditoria, perícia e gestão financeira. Sou apaixonada pelo que faço e adoro transmitir minha experiência de vida àqueles que estão iniciando em suas profissões.

Por isso fui convidada pela Editora Telesapiens a integrar seu elenco de autores independentes. Estou muito feliz em poder ajudar você nesta fase de muito estudo e trabalho. Conte comigo!

(5)

Olá. Meu nome é Luana da Silva Ribeiro. Tenho graduação em Economia pela Universidade Estadual de Maringá (UEM), mestrado em Economia na Universidade Estadual de São Paulo (UNESP), sou Doutoranda em Economia na Universidade Estadual de São Paulo (UNESP) e pesquisadora participante do Grupo de Estudos em Economia Industrial (GEEIN). Tenho uma experiência profissional de 8 anos no setor financeiro e comercial, além de consultorias. Passei por empresas como a Companhia Sulamericana de Distribuição, Petra Consulting Corporation, Surya Dental, entre outras. Atualmente trabalho com Ensino à Distância (EaD) e faço especialização em mediação e aprendizagem EaD na Universidade Virtual de São Paulo (UNIVESP), também sou e conteudista de materiais técnico-pedagógicos para graduação e pós- graduação nas áreas de administração e economia. Estou muito feliz pela oportunidade de poder ajudar você neste novo ciclo e também agregar experiência para minha carreira. Os conceitos que serão trabalhados no decorrer deste e-book irão ajudá-los na compreensão inicial dos conceitos da Economia.

Conte comigo e bom trabalho!

(6)
(7)

ICONOGRÁFICOS

Olá. Esses ícones irão aparecer em sua trilha de aprendizagem toda vez que:

INTRODUÇÃO:

para o início do desenvolvimento de uma nova compe- tência;

DEFINIÇÃO:

houver necessidade de se apresentar um novo conceito;

NOTA:

quando forem necessários obser- vações ou comple- mentações para o seu conhecimento;

IMPORTANTE:

as observações escritas tiveram que ser priorizadas para você;

EXPLICANDO MELHOR:

algo precisa ser melhor explicado ou detalhado;

VOCÊ SABIA?

curiosidades e indagações lúdicas sobre o tema em estudo, se forem necessárias;

SAIBA MAIS:

textos, referências bibliográficas e links para aprofundamen- to do seu conheci- mento;

REFLITA:

se houver a neces- sidade de chamar a atenção sobre algo a ser refletido ou dis- cutido sobre;

ACESSE:

se for preciso aces- sar um ou mais sites para fazer download, assistir vídeos, ler textos, ouvir podcast;

RESUMINDO:

quando for preciso se fazer um resumo acumulativo das últi- mas abordagens;

ATIVIDADES:

quando alguma atividade de au- toaprendizagem for aplicada;

TESTANDO:

quando o desen- volvimento de uma competência for concluído e questões forem explicadas;

(8)

SUMÁRIO

Os dez princípios da Economia ... 12

O conceito de economia e os seus dez princípios ... 12

A relação da Economia com as demais ciências ... 21

O significado da Economia ... 21

Sistemas econômicos ...28

Definição de sistema econômico ...28

Ponto de equilíbrio e desequilíbrio de mercado ...38

Os principais conceitos do equilíbrio de mercado e o ponto de equilíbrio e desequilíbrio de mercado ...38

(9)

UNIDADE

01

(10)

INTRODUÇÃO

Você sabia que a economia é uma das áreas mais importantes de uma sociedade. Sua principal responsabilidade nessa unidade é entender o conceito da economia o sistema econômico e suas divisões, a relação da economia com as outras ciências e o problema fundamental da economia. Esta unidade está dividida em 4 produções. No primeiro você verá o conceito da economia de maneira geral, os princípios econômicos, além de estudar definições que estão presente na economia como:

oferta demanda preço, quantidade, equilíbrio de mercado e suas devidas estruturas. No segundo material você verá que a economia é considerada uma multidisciplinar, que ela tem relação com a Biologia, Psicologia, História, Geografia, entre outras. Já no material 3 irá compreender a definição do sistema econômico, divisão do estudo da economia que é a microeconomia e a macroeconomia e, além disso, conseguir compreender suas principais linhas de pensamento econômico. E por último no material 4 irá aprender sobre o ponto de equilíbrio e desequilíbrio de mercado.

Então, preparado? Vamos comigo mergulhar neste universo!

(11)

OBJETIVOS

Olá. Seja muito bem-vindo(a) à Unidade 1 - Conceitos fundamentais da Economia. Nosso objetivo é auxiliar você no desenvolvimento dos seguintes objetivos de aprendizagem até o término desta etapa de estudos:

1. Entender as principais definições de economia.

2. Identificar a relação da Economia com as demais ciências.

3. Compreender o sistema e a divisão do estudo econômico.

4. Compreender sobre o ponto de equilíbrio e desequilíbrio de mercado.

Então? Preparado para uma viagem sem volta rumo ao conhecimento na área de economia? Vamos ao trabalho!

(12)

Os dez princípios da Economia

INTRODUÇÃO:

Ao término deste material você será capaz de entender o conceito de economia, os dez princípios da economia e as principais abordagens da ciência econômica. E assim, compreender a relevância de um economista para uma sociedade. E então? Motivado para desenvolver esta competência? Então vamos lá. Avante!

O conceito de economia e os seus dez princípios

A palavra economia vem do grego oikonomía. Oiko significa casa, lar, moradia e nomia significa organizar, distribuir, administrar leis.

Juntando ambos significados ficaria como: leis, regras, costumes, ordem, organização e distribuição da casa (MANKIW, 2015).

Diante da explicação da origem da palavra economia, é abordado que a economia busca o desenvolvimento e criação de ações com o objetivo de planejar, desenvolver, distribuir, administrar e organizar a produção, distribuição e consumo dos bens e serviços e dos recursos escassos visando à garantia da sobrevivência e bem estar da população no curto, médio e longo prazo. Em razão disso, a ciência econômica é considerada uma ciência social aplicada e uma ciência humana que tem ligação com diversas áreas como: agronomia, engenharia, educação, política, entre outras.

DEFINIÇÃO:

De forma geral seria um estudo de alocação dos recursos escassos (MANKIW, 2015). Economia é a ciência social aplicada que busca entender como o indivíduo e a sociedade definem o uso dos recursos produtivos escassos destinados para produzir os bens e serviços (VASCONCELLOS, 2010).

(13)

Figura 1 - Introdução a Economia

Fonte: freepik

Para enriquecer o conceito da economia o autor e economista Mankiw (2015) propôs dez princípios básicos da economia que são divididos em: 1) como as pessoas tomam decisões; 2) como interagem; e, 3) como funciona a economia como um todo. O Quadro 1 apresenta essa divisão com os dez princípios da economia para melhor compreensão.

Quadro 1 - Resumo dos dez princípios da economia

Dez princípios de Economia

Como as pessoas

tomam decisões:

1. As pessoas enfrentam trade-off.

2. O custo de alguma coisa é aquilo de que se desiste para obtê-la.

3. As pessoas racionais pensam na margem.

4. As pessoas reagem a incentivos.

Como as pessoas interagem:

5. O comércio pode ser bom para todos.

6. Os mercados são geralmente uma boa maneira de organizar a atividade econômica.

7. O governo pode potencialmente melhorar os resultados do mercado.

Como funciona a economia:

8. A produtividade é a fonte fundamental dos padrões de vida.

9. Os preços sobem quando o governo emite moeda a mais.

10. A sociedade enfrenta um trade-off de curto prazo entre inflação e desemprego.

Fonte: Adaptado de Almeida et al (2011, p. 17). Disponível em: https://rl.art.br/

arquivos/3938588.pdf. (Acesso em 17/02/2020)

(14)

Dos princípios de 1 ao 4 que seriam: As pessoas enfrentam tradeoffs, o custo de alguma coisa é aquilo que você desiste para obter outra, as pessoas pensam na margem e reagem a incentivos se enquadram na divisão de como as pessoas tomam decisões. Dos princípios de 5 a 7 que são: o comércio pode ser bom para todos, os mercados são uma boa maneira de organizar a atividade econômica e o governo pode melhorar os resultados de mercado se enquadram em como as pessoas interagem umas com as outras.

Por fim, dos princípios econômicos de 8 ao 10 que são: a produtividade é a fonte fundamental do padrão de vida, os preços sobrem quando o governo emite moeda e a sociedade enfrenta um tradeoff de curto prazo entre inflação e desemprego estão na divisão de como a economia funciona como um todo.

Segundo Mankiw (2015), os dez princípios básicos da economia e suas devidas explicações são:

1. Pessoas enfrentam tradeoffs: Neste princípio é colocado que as pessoas passam por uma escolha conflitante para tomada de decisões. Em razão disso, as pessoas sempre realizarão comparativos para assim conseguir tomar uma decisão e colocar na “balança” para tomar a melhor decisão.

2. O custo de alguma coisa é o que você desiste para obtê-la:

basicamente seria que se tem a necessidade de renunciar a uma coisa para obter outra. Que tudo tem um custo, você acaba ganhando de um lado, mas perde de outro lado. É chamado também de custo de oportunidade, ou seja, as pessoas levam em consideração o benefício para tomar uma decisão. “Ao deixar de satisfazer uma necessidade e suprir outra, temos o custo de oportunidade” (ALBERGONI, 2008, p. 12).

Um exemplo seria: compensa mais investir no mercado financeiro ou montar uma empresa?

(15)

Figura 2 - Dúvidas sobre o mercado financeiro

Fonte: freepik

Pessoas racionais pensam na margem: as pessoas possuem o costume de pensar nos pequenos ajustes, benefícios adicionais e interesses individuais. Assim:

Para decidir qual alternativa escolher, é necessário fazer uma análise de custo-benefício marginal. O conceito marginal refere-se ao que é adicionado ao montante já existente, pois os indivíduos não escolhem pelo todo e sim por partes. Por exemplo, ao decidir quantas horas estudar para uma prova, você não decide entre estudar nada e estudar 5 horas. Você inicia seus estudos e analisa, quais benefícios terá caso aumente uma hora de estudos (ALBERGONI, 2008, p. 13).

3. Pessoas reagem a incentivos: para o autor o efeito dos preços é essencial para entender como as pessoas reagem com incentivos.

Quando o preço de um bem aumenta a demanda cai e quando preço cai à demanda aumenta. Ou seja, pessoas tendem a alterar comportamentos com incentivos.

Se a renda de uma pessoa aumentar provavelmente ela irá consumir mais ou irá consumir produtos mais sofisticados que antes. A renda neste caso seria um estímulo para o consumo.

(16)

4. O comércio pode melhorar a situação de todos: a competição entre as famílias pode melhorar a situação de todos, em razão de que, as famílias sempre estarão em busca de melhoras.

5. Os mercados são uma boa forma de organização da atividade econômica: basicamente o mercado é uma boa maneira de equilibrar a economia.

6. Os governos podem às vezes melhorar o mercado: para Mankiw quanto menos a ação do Estado melhor para a economia. O Estado pode ser bem vindo em casos de falhas de mercado, externalidades e poder de mercado.

7. O padrão de vida de um país depende de sua capacidade de produzir bens e serviços: o crescimento econômico seria o elemento chave para garantia do padrão de vida das pessoas. Os fatores diferenciais de um país para outro para Mankiw (2015) seria:

1) diferenças de produtividade; 2) quantidade x qualidade da mão de obra; e, 3) tecnologia.

8. Os preços tendem a subir: na visão do autor quanto maior a quantidade de moeda emitida pelo governo e em circulação no mercado menor é seu valor. A inflação é mais comum no mercado do que a deflação.

DEFINIÇÃO:

A inflação é a elevação do nível geral de preços na economia e o mercado pode ser entendido como sendo um grupo de compradores e vendedores de um dado bem em serviço.

9. A sociedade enfrenta um tradeoff de curto prazo entre inflação e desemprego: essa teoria se enquadra na Curva de Phillips, quanto maior a taxa de desemprego menor a inflação e quanto menor a taxa de desemprego maior a inflação.

Diante dos dez princípios econômicos e da definição do conceito da Economia percebemos que em razão da escassez de recursos, toda sociedade precisa definir opções de produção e de distribuição de sua

(17)

atividade produtiva. “Essa é a questão central do estudo da Economia:

como alocar recursos produtivos limitados, de forma a atender ao máximo as necessidades humanas” (GARCIA, 2015, p. 15).

VOCÊ SABIA?

O autor que criou os dez princípios da Economia Nicholas Gregory Mankiw foi diretor do Conselho de Consultores Econômicos (CEA) à Presidência da República, na gestão de  George W. Bush  (2003-2005), além de ser colunista e escritor do The New York Times, Boston Globe  e The Wall Street Journal.

O termo usado “tradeoff” seria uma escolha conflitante que os agentes enfrentam e se deparam diante da diversidade de opções e alternativas. Diante disso, eles precisam pensar na escolha que traz maior benefício econômico. Isto porque a teoria clássica coloca que os agentes são racionais em todo tempo.

Temos dois conceitos muito importantes que são abordados na economia criados pela teoria clássica que são a oferta, demanda preço e quantidade. A oferta pode ser denominada como as unidades e quantidade que os produtores estão dispostos a oferecer para o mercado (compradores/

consumidores). Enquanto a demanda seria a procura seria a quantidade que os consumidores estão dispostos a comprar (MANKIW, 2015).

Os produtores possuem vários níveis de preços para escolher oferecer para o mercado. E os consumidores podem consumir em vários níveis de preço. Quando tem um equilíbrio entre a oferta e demanda os clássicos chamam de: equilíbrio de mercado (MANKIW, 2015).

Na figura apresenta-se o equilíbrio de mercado a curva que se inicia da origem (0) é a curva de oferta e a curva que está ligada a linha de preço e de quantidade é a curva de demanda. A linha vertical é o preço e a linha horizontal a quantidade.

Quando vamos analisar o gráfico olhando para o lado da oferta chamamos de quantidades ofertadas em função do preço, ou seja:

Qo = f(P)

(18)

Quando vamos analisar pelo lado da demanda chamamos de quantidade demandada em função do preço, ou seja:

Qd = f(P).

Figura 3 - Equilíbrio de mercado P

Q Fonte: Adaptado de Mankiw (2015).

O equilíbrio de mercado seria no ponto onde a quantidade demandada se iguala a quantidade ofertada, quando o preço se iguala a quantidade, ou ainda quando tem equivalência entre a oferta e demanda. No gráfico o ponto de equilíbrio de mercado seria o ponto vermelho (MANKIW, 2015). A seguir segue as duas fórmulas que representam esse equilíbrio.

P = Q Qd = Qo

Como vimos a oferta e demanda são as forças que movem as economias de mercado determinando o preço e a quantidade de equilíbrio. Diante disso, existem as chamadas estruturas de mercado, ou seja, são as diferentes formas de mercado existentes na economia.

As sete principais estruturas de mercado são: 1) concorrência perfeita;

2) monopólio; 3) oligopólio; 4) duopólio; 5) concorrência monopolística;

6) monopsônio; e, 7) oligopsônio (MANKIW, 2015). Segue a seguir as semelhanças e diferenças de cada uma delas.

(19)

1. Concorrência perfeita: muitos compradores e muitos vendedores, não há poder de mercado individualmente, os agentes são tomadores de preço, o produto é homogêneo e há livre entrada e saída de mercado.

2. Monopólio: uma única empresa atuando, existe um elevado poder de mercado, a empresa é determinadora de preços até certo ponto, o produto é diferenciado, não há livre entrada ou saída de mercado.

3. Oligopólio: poucas empresas atuando, existe poder de mercado, porém é dividido, a empresa é determinada de preços até certo ponto, o produto é o mesmo, mas com algumas diferenças.

4. Duopólio: mesmas características do oligopólio, mas com apenas duas empresas atuando.

5. Concorrência monopolística: inúmeras empresas atuando, o poder de mercado é limitado ao produto vendido, os preços são determinados pela oferta, mas dependerá da vontade ou necessidade dos clientes.

6. Monopsônio: quando uma única empresa detém o poder de compra em determinado produto ou insumo.

7. Oligopsônio: mesmas características do monopsônio, mas com um grupo de empresas atuando.

REFLITA:

As empresas Apple, Netflix e Google são monopólios. Você acha que são monopólios benéficos ou que precisa de concorrência?

(20)

RESUMINDO:

E então? Gostou do que foi abordado nesta produção?

Agora, só para termos certeza de que você realmente entendeu o tema de estudo deste material, vamos resumir tudo o que vimos. Você deve ter aprendido que o conceito de economia vem do latim Oikonomia, que os dez princípios da economia são divididos em: I) como as pessoas tomam decisões; II) como as pessoas interagem e como funciona a economia como um todo. Você aprendeu conceitos também como oferta, demanda, preço, quantidade, equilíbrio de mercado e as estruturas de mercado como:

oligopólio, monopólio, entre outros. Viu também que a economia tem a responsabilidade de administrar, organizar, planejar os recursos escassos. Como você já viu que aprendeu tudo, vamos para a próxima produção letiva que veremos o sistema e a divisão do estudo econômico.

(21)

A relação da Economia com as demais ciências

INTRODUÇÃO:

Ao término deste material você será capaz de entender o a relação da economia com as outras ciências, como:

Biologia, Psicologia, História, entre outras. A proposta é que no final deste tópico você tenha o conhecimento das outras vertentes existentes dentro da economia, como:

economia política, economia comportamental, economia do meio ambiente, entre outras. E então, vamos estudar a relação da economia com as demais ciências? Prometo que será muito interessante. Motivado para desenvolver esta competência? Então vamos lá.

O significado da Economia

Sabemos que a economia é considerada uma ciência social por estudar a administração, organização, planejamento de uma determinada sociedade. “[...] é considerada uma ciência social porque estuda a organização e o funcionamento de uma sociedade” (ALBERGONI, 2008, p. 13).

Além disso, a economia é considerada multidisciplinar em razão de ter relação com outras áreas que também estudam a sociedade. Por este motivo a economia expandiu para uma diversidade de linhas de pesquisa, como: economia do meio ambiente, economia industrial, economia rural, economia feminista, economia da saúde, economia do setor público, economia política, economia da ciência, tecnologia e inovação, economia institucional, economia comportamental, entre outras.

A sociedade, no entanto, é objeto de estudo de outras ciências.

Embora cada ramo das Ciências Sociais analise a realidade sob óticas diferentes, essas visões acabam por se inter-relacionar.

Além do aspecto econômico, a realidade é observada sob o aspecto político, social, histórico, demográfico, jurídico e

(22)

geográfico. O conhecimento dos demais aspectos ajuda a entender a evolução dos fatos econômicos (ALBERGONI, 2008, p. 19).

Podemos relacionar a economia com a ciência política, com a História, com a Geografia, Direito, Psicologia, Sociologia, Matemática, Estatística, Biologia e etc. A seguir colocaremos a relação da economia com cada uma das áreas citadas trazendo exemplos para seu melhor entendimento.

A economia tem relação com a política pelo motivo de que os fatos econômicos acontecerão de acordo com as políticas e perfil do governante. Ou seja, o governante exerce domínio para definir e adotar políticas para mudar a economia no curto, médio e longo prazo.

Assim, para Albergoni (2008, p. 20) o conceito de politics tem a seguinte definição: “(...) é o exercício do poder e o processo de influência para se obter determinadas coisas.” A política é definida como um exercício de poder para atingir determinados objetivos e interesses dos governantes para uma nação.

Ainda para Albergoni (2008, p. 20) os governantes usam a política para conseguir vantagens econômicas: “Em toda a história, os indivíduos e grupos que exercem esse poder, utilizam a política para concessão de vantagens econômicas para si e seus pares”.

A economia também tem relação com a história pelo motivo de que todos os acontecimentos econômicos fazem parte de um ambiente histórico. Assim, as linhas de pensamento dos economistas e a descrição de suas teorias são realizadas no contexto histórico em que estão vivenciando.

Um exemplo para entendimento seria sobre o economista John Maynard Keynes que desenvolveu a teoria geral abordando sobre a intervenção do Estado em momentos de crise. Isso aconteceu em razão de que Keynes estava vivenciando a crise de 1929, ou seja, ele escreveu a teoria de acordo com o contexto histórico que estava vivendo.

Deste modo, no entendimento de Albergoni (2008, p. 21), “A história analisa os fatos os fatos sempre incluindo a ótica social, política, cultural

(23)

e econômica. O desenvolvimento das teorias econômicas, por sua vez, é baseado em fatos econômicos”.

A economia é interconectada com a geografia. A geografia estuda o espaço de determinada sociedade. Assim, de acordo com Albergoni (2008, p. 21 e 22):

É na geografia que os espaços territoriais, regionais e políticos são delimitados. Além da análise dos aspectos físicos, ela também analisa os aspectos políticos e econômicos nesses espaços. São áreas denominadas Geopolítica e Geoeconomia.

A atividade econômica ocorre nos espaços delimitados pela geografia. Além disso, as características físicas das regiões determinam tendências de atividades produtivas a serem desenvolvidas nessas regiões.

Um exemplo do quanto o espaço influencia na atividade econômica seria um município que possui muitos espaços montanhosos bem acentuados. Esse tipo de espaço acaba afetando a economia agrícola em razão de que essa determinada região não conseguiria desenvolver uma atividade agrícola com produção intensiva de soja, milho ou até na criação de gados, bois, etc., mas por outro lado a região poderia investir em plantações que se desenvolvem em regiões mais frias como cana de açúcar.

Uma área da economia ligada com a geografia é a economia do meio ambiente. Essa linha de pensamento tem se tornado muito relevante em razão de que a produção precisa ter preocupação com pensamentos sustentáveis.

SAIBA MAIS:

Para maior aprofundamento sobre a economia do meio ambiente os trabalhos aprovados do XIII Encontro da Sociedade Brasileira de Economia Ecológica no ano de 2019 trazem uma diversidade de papers em várias sessões temáticas. Vale à pena conferir para agregar conhecimento!

Disponível em: https://bit.ly/39m4bOO.

(24)

Figura 4 - A economia na multidisciplinariedade de áreas

Fonte: freepik

A economia tem ligação com o direito pelo motivo de que toda sociedade para ser organizada precisa de regras e legislação. Logo para Albergoni (2008, p. 22) “A organização da sociedade está sujeita aos aspectos jurídicos definidos pelo direito”. Para que uma política seja implantada necessita de uma legislação dentro da lei. “As políticas econômicas dependem dos instrumentos legais disponíveis para serem executadas”. Em razão de a economia estar ligada com a política pública, leis, regulamentos, ela também é ligada com a administração pública para planejar políticas destinadas para o bem estar social.

Na administração pública estuda as funcionalidades governamentais o que são muito importante na Economia, essas funções se enquadram em: I) alocativa; II) distributiva; e III) estabilizadora.

A função alocativa tem a função do fornecimento de bens públicos, como: a justiça, a segurança pública, a educação pública etc. Na função distributiva, quanto maior a produção do país, maior a renda agregada da população. Se a produção aumenta, será necessário contratar mais fatores de produção (trabalho, capital e recursos naturais) também aumenta, ou seja, e assim diminui a taxa de desemprego. Na função estabilizadora, se o país tiver elevadas taxas de desemprego, o governo precisa intervir na economia com a finalidade de redução da taxa de desemprego.

(25)

A psicologia também possui muita relação com a economia. A linha de pesquisa sobre economia comportamental é um exemplo sobre a relação da economia com a psicologia.

A psicologia analisa o comportamento da mente e o comportamento humano em suas relações com o ambiente em que se insere. A economia por sua vez, analisa a tomada de decisões e, portanto, precisa entender o comportamento dos indivíduos e reações aos eventos econômicos. Embora a economia ortodoxa considere que os indivíduos são racionais e capazes de processar todas as informações existentes antes de tomar uma decisão, há correntes econômicas que inserem elementos da psicologia em sua análise (ALBERGONI, 2008, p. 23).

A economia comportamental é uma área da economia ligada com a psicologia que busca entender a intervenção da sociedade, da emoção e da cognição no comportamento dos agentes. Um exemplo seria o pesquisador “[...] Hebert Alexander Simon tem a pesquisa sobre o processo de tomadas de decisões em organizações econômicas”, ele estuda da racionalidade limitada (ALBERGONI, 2008, p. 23).

SAIBA MAIS:

Dentro da área da Economia Comportamental existe um conceito chamado Nudge que é um estudo para os agentes melhorarem em sua tomada de decisões. Vale a pena conferir o livro de Richard H. Thaler e Cass R. Sunstein com a companhia das letras: Nudge Como tomar melhores decisões sobre saúde, dinheiro e felicidade. Neste link encontra-se um resumo sobre o tema. Disponível em:

https://bit.ly/37jfaXW.

O autor Richard Thaler ganhou o prêmio Nobel de Economia em 2017. Ele desenvolveu uma teoria chamada: teoria da contabilidade mental. Essa teoria tem relação com a economia comportamental. Um dos pressupostos destrói a teoria clássica que é a racionalidade limitada.

Ou seja, os agentes não são racionais o tempo todo.

(26)

Sabemos que a sociologia busca entender a sociedade. Como a economia e considerada uma ciência social ela também buscará organizar, administrar, planejar uma sociedade. Atualmente existe a sociologia econômica que faz essa relação da teoria econômica com a sociologia.

A sociologia econômica coloca que os agentes não são racionais como diz a economia clássica que existem as trocas sociais, a dádiva, e que os agentes não agem somente por interesse e pelo individualismo. Essa corrente de pensamento busca analisar os fenômenos econômicos por meio da teoria da sociologia (Emile Durkheim, Karl Marx, Weber, entre outros).

Na Matemática e Estatística a economia tem ligação por ter muitos modelos, funções, probabilidades e gráficos. Por isso, a economia é considerada uma ciência social aplicada. A matéria de econometria, por exemplo, é uma matéria que busca o entendimento das conexões entre as variáveis por meio de um modelo matemático. “(...) a teoria econômica utiliza o raciocínio matemático para construir modelos de funcionamento de algumas situações” (ALBERGONI, 2008, p. 14). Vale ressaltar que a realidade não se enquadra em um modelo que é necessário da teoria para realizar as análises.

Embora a economia não seja uma ciência exata em que os resultados podem ser programados sem erros, os modelos baseados nas probabilidades estatísticas e no comportamento médio da coletividade auxiliam na formulação de soluções para os problemas existentes (ALBERGONI, 2008, p. 23).

Por fim, a economia também tem ligação com a biologia. A teoria evolucionária é uma teoria muito relevante que liga a economia com a biologia. Essa vertente de pensamento coloca a evolução como centro, assim como a natureza evolui a economia também sofre esse processo de mudanças e evolução (processo de seleção natural).

Da economia evolucionária surgiu a economia Schumpeteriana e Neo-schumpeteriana que tem ligação com a economia da inovação. A linha de pensamento econômico de Schumpeter que prega a destruição criativa dos agentes.

(27)

ACESSE:

Para entender mais sobre a economia evolucionária o paper dos alunos Ana Carolina Moura, Julio Eduardo Rohenkohl e Solange Regina Marin mostra as características de uma economia evolucionária. Essas explicações da teoria evolucionária estão disponíveis em: https://bit.ly/2HeAoeX.

Mesmo com essa diversidade de linhas de pensamentos relacionadas com outras ciências existe uma diversidade de divergências entre os economistas, isto por que:

[...] ela ocorre porque há várias correntes de pensamento econômico para interpretar situações quanto porque cada economista leva consigo seus valores individuais, que acabam influenciando a análise de questões teóricas (ALBERGONI, 2008, p. 17).

RESUMINDO:

E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo tudinho? Agora, só para termos certeza de que você realmente entendeu o tema de estudo deste material, vamos resumir tudo o que vimos. Você deve ter aprendido que a economia é considerada uma ciência social por estudar o funcionamento da sociedade e por isso ela acaba se relacionando com as demais ciências, além disso, ela pode ser aplicada na área exata como matemática, física, estatística, por isso é chamada de ciência social aplicada. A econometria é uma matéria da economia com essa relação com as exatas. Vimos também que a economia tem várias vertentes como: economia comportamental, economia evolucionária, economia da inovação, entre outras. Agora sim você está mais do que preparado para ir para o próximo material letivo, que veremos sobre o problema fundamental econômico. Até lá!

(28)

Sistemas econômicos

INTRODUÇÃO:

Ao término deste material você terá a capacidade de compreender a definição do sistema econômico e entender a divisão do estudo da economia que é a microeconomia e a macroeconomia e, além disso, conseguir compreender suas principais linhas de pensamento econômico. Com essas capacidades adquiridas você aluno (a) poderá compreender a evolução da economia. E então? Vamos embarcar nesse fluxo de conhecimento? Vamos lá!!!!

Definição de sistema econômico

Podemos definir sistema econômico como sendo a maneira específica e particular que um país/economia organiza, distribui, desenvolve, planeja a sua produção, política, recursos, bens e serviços.

Cada sistema econômico possui suas particularidades e especificidades e depende de uma diversidade de variáveis, como a cultura por exemplo.

A política adotada em um determinado país tem muita influência em um sistema econômico.

O Quadro 2 mostra as principais ideologias existentes que são:

comunismo, socialismo, liberalismo do estado do bem-estar social, liberalismo clássico, liberalismo conservador, conservantismo monárquico e fascismo. Em sequência será abordado os princípios gerais de cada uma dessas ideologias para melhor entendimento do sistema econômico em sua totalidade.

(29)

Quadro 2 - Principais ideologias e seus determinados princípios:

Ideologia Princípios Gerais que norteiam os sistemas econômicos

Comunismo Economia centralmente planejada com a coletivização dos meios de produção.

Socialismo

Forte presença do estado na economia, grau acentuado de coletivização dos meios de produção.

Coexistência com a propriedade privada e o mercado. Compatibilidade com o sistema político

democrático.

Liberalismo do estado de bem-

estar social

Sistema de livre-mercado com o governo grande.

Elevada carga tributária e pesados programas sociais para a garantia do bem-estar geral.

Liberalismo clássico

Sistema de livre-mercado com o governo pequeno.

O estado intervém sempre no critério ético sempre que o desejar.

Liberalismo conservador

Sistema de livre-mercado com o governo mínimo.

Políticas sociais a cargo do setor privado com o incentivo do governo.

Conservantismo Monárquico

Sistema de privilégios de nascimento e de Concessões de monopólios comerciais e industriais.

Elevado grau de protecionismo.

Fascismo Economia planejada visando propósitos militares.

Associação com o grande capital.

Fonte: Adaptado de Feijó (2007, p. 123).

Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rep/v28n1/a06v28n1.pdf. (Acesso em 18/02/2020)

Diante do Quadro 2 podemos perceber que geralmente existe uma relação entre a ideologia política e o sistema econômico de um país e assim impactando o seu desenvolvimento econômico, ou seja, a política e o estilo de governar têm um forte impacto na formação e desenvolvimento de uma economia. “A ideologia dos partidos políticos que assumem a presidência dos países afetam diretamente as relações econômicas nesses países” (ALBERGONI, 2008, p. 25).

(30)

Um país conservador, por exemplo, tem sua economia voltada para dentro, ou seja, protecionista, evitando importações por exemplo.

No liberalismo clássico o Governo intervém sempre na economia desenvolvendo políticas e buscando a inclusão social. Assim:

Os partidos políticos com ideais liberais tendem a adotar medidas que reduzam a participação do Estado na economia e possibilitem a atuação do livre mercado. Partidos políticos com ideais sociais geralmente adotam medidas para melhorar a distribuição de renda e, consequentemente o bem estar da sociedade. Partidos com ideais socialistas, por sua vez, adotam medidas para aumentar a intervenção do Estado na economia e repartir a renda e prosperidade (ALBERGONI, 2008, p. 25).

Após a análise e compreensão de um sistema econômico, podemos entrar na divisão da economia e suas linhas de pensamento.

Assim, a economia é dividida em duas áreas principais: a microeconomia e a macroeconomia. Como será mostrado na Figura 5 para melhor esclarecimento do que está sendo abordado.

Figura 5 - Economia: Macro e Micro.

Economia

Microeconomia Macroeconomia

Fonte: a autora.

Na figura 5 mostra a divisão dentro da economia. A microeconomia analisara a interação e comportamentos individuais. E termos como:

maximização, racionalidade, ponto de equilíbrio, oferta e demanda, quantidade, preço. Enquanto a macroeconomia estudará o agregado como um todo.

A microeconomia analisará os agentes de forma individual.

Dentro de um sistema econômico é analisado as famílias e empresas.

Na microeconomia busca o entendimento da oferta e da demanda por meio da tomada de decisões dos agentes. Podemos ainda dizer que a microeconomia é o estudo de como as famílias e empresas tomam decisões e como tem as interações de mercado (VARIAN, 1994).

(31)

A microeconomia, que estuda o comportamento e a interação das unidades individuais que compõe o sistema econômico (famílias e empresas). Ela analisa as decisões privadas e individuais de produção e consumo. Seu foco é a determinação do preço em mercados específicos, por meio da compreensão da oferta e demanda (ALBERGONI, 2008, p. 24).

Já na macroeconomia estuda o sistema econômico de forma completa sempre olhando os termos agregados de uma economia, como:

produto interno bruto, exportação, importação, dívida pública, entre outros.

A macroeconomia analisa o sistema econômico como um todo e tem como objeto de estudo as relações entre os grandes agregados: renda nacional, nível de emprego, nível de preços, consumo, poupança e investimento. Seu objetivo é formular políticas que estabeleçam o equilíbrio entre renda e despesa nacional (ALBERGONI, 2008, p. 24).

As políticas adotadas por um governo como: política monetária, política fiscal, políticas de inclusão social, política industrial, entre outras, são usadas para buscar organizar, estimular, administrar a economia de uma nação. Se acaso é implantada uma política industrial, em um determinado país, provavelmente os empresários terão incentivo para investir em sua empresa e consequentemente terá geração de emprego, aumento de demanda, ou seja, essa política terá impacto nos agregados macroeconômicos.

As quatro variáveis agregadas da macroeconomia, que se relacionam, e se conectam de forma que tenha impacto em uma determinada sociedade são: o nível de preços, o nível de emprego, a taxa de câmbio e a taxa de juros. Isto porque essas variáveis afetam o crescimento econômico, a inflação, o comércio exterior, e a distribuição de renda.

Logo, se houver um aumento na taxa de juros, por exemplo, isso provavelmente afetará o investimento do empresário que consequentemente contratará menos empregados e oferecerá um menor salário e assim terá um forte impacto na taxa de desemprego, aumentando a taxa de desemprego isso poderá levar a uma queda do crescimento econômico e aumento da taxa de pobreza em um país.

(32)

Dentro da macroeconomia tem duas áreas extremamente importantes que são: desenvolvimento econômico e a economia internacional. Segundo Albergoni (2008, p. 24) podemos defina-las:

O desenvolvimento econômico estuda o processo de acumulação de bens e serviços e a geração de tecnologias capazes de aumentar a produção. Além disso, é uma área que pensa no bem estar da sociedade então pensa no planejamento e formulação de políticas públicas para inclusão social, geração de emprego, renda, educação, padrão de vida da sociedade, redução da desigualdade social, redução da concentração de renda, entre outros instrumentos. “A economia internacional analisa as relações entre os residentes e não residentes em um país, as transações financeiras e de bens e serviços entre um país e o resto do mundo”. Neste caso, os policys Makers precisam estar preocupados em políticas públicas visando “o equilíbrio do comércio externo (importações e exportações) e dos fluxos de capital (investimentos estrangeiros)”.

Figura 6 - Mapa Mundi

Fonte: freepik

No estudo da economia temos uma diversidade de vertentes do pensamento econômico, as principais são: teoria clássica e críticas à teoria clássica. A teoria clássica é chamada de ortodoxia e as críticas à teoria clássica é chamada de heterodoxia.

(33)

SAIBA MAIS:

Até hoje existe um debate entre os ortodoxos e heterodoxos. Esse debate é forte inclusive no Brasil entre os economistas. O paper escrito pelo Insper “Os métodos que dividem as águas no debate econômico” aborda esse tipo de discussão. Vale a pena conferir! Disponível em:

https://bit.ly/2HgUllp.

A teoria clássica tem ênfase na produção industrial, livre mercado e pouca intervenção do Estado, apenas em casos das chamadas falhas de mercado. Os principais autores dessa linha de pensamento são: Adam Smith, Thomas Malthus, David Ricardo e Jean Baptiste Say (BRUE, 2005).

Adam Smith escreveu um dos livros mais famosos da economia “A riqueza das nações”. Este autor acredita na mão invisível, ou seja, no livre mercado com Estado mínimo. Além disso, criou uma teoria para divisão do trabalho. O trabalho precisava ser organizado visando à ampliação da capacidade de produção de bens e serviços, o que acabava levando a uma qualificação de mão-de-obra (BRUE, 2005).

Thomas Malthus tem como principal visão a teoria da população.

Essa ideia dizia que quando a população não é controlada ela pode aumentar em uma progressão geométrica. Já os meios de subsistência podem aumentar na em progressão aritmética. Em razão disso, a população poderia aumentar tanto que os recursos da terra não seriam suficientes (BRUE, 2005).

David Ricardo criou duas teorias essenciais: Rendimentos decrescentes e troca internacional. Os rendimentos decrescentes eram explicados sobre a produtividade, logo se houver uma intensificação da utilização da Terra (espaço para montar o capital de uma empresa), no longo prazo isso poderá levar uma queda na produtividade, porque a produção não fica estável por um longo período de tempo e assim teria inflação dos alimentos e logo a economia ficaria estagnada (BRUE, 2005).

Na teoria da troca internacional para Ricardo o livre comércio é benéfico para os países. O país A exportaria o bem que teria vantagem

(34)

comparativa em vinho, por exemplo, e o país B importaria o vinho e exportaria o queijo (BRUE, 2005).

Jean Baptiste Say trouxe a “lei dos mercados”, ou seja, para ele a oferta cria sua própria demanda, não tem necessidade de políticas para estabilizar, o próprio mercado se estabiliza. É o livre mercado que se auto regula (BRUE, 2005).

Os autores que criticaram a teoria clássica que são considerados parte da heterodoxia por quebrarem o “núcleo duro” da teoria clássica foram: Karl Marx, John Maynard Keynes, Alfred Marshall e Joseph Schumpeter. Atualmente ainda existe discórdia entre os economistas.

Podemos dizer que o que leva os economistas a discordarem são as diferenças no julgamento científico, diferenças em valores e, além disso, diferenças de analisar a percepção versus a realidade.

O autor Karl Marx critica principalmente a ideia de divisão de trabalho de Adam Smith. Para Marx a divisão de trabalho proposta por Adam Smith que era um clássico colocava o trabalhador como máquina e totalmente dependente do proprietário que pagava apenas para suprir os meios de subsistência. Além disso, apresentou ideia como a “mais valia”

(BRUE, 2005).

John Maynard Keynes é pode ser considerado o pai da macroeconomia e defendia a intensa intervenção do Estado na economia em momentos de crises, o que acabava destruindo a ideia de livre mercado da teoria clássica, criou os termos agregados da economia (demanda agregada, oferta agregada, entre outras), ou seja, a economia começou a ser analisada como um todo não através de um só individuo, um só comportamento e tudo mais constante.

Enquanto, a lei de Say colocava que a oferta cria sua própria demanda, para Keynes diante da crise de 1929 coloca o contrário: a oferta é guiada pela demanda. E Keynes escreve “A teoria geral do Emprego, do Juro e da Moeda” que é publicado em 1936. Esse livro é considerado um dos mais relevantes livros da economia por abordar conceitos macroeconômicos que são usados até hoje.

(35)

Keynes ainda apresenta a ideia de que em momentos de instabilidade é necessária a intervenção do Estado para retomar o investimento, para fortalecer a expectativa e confiança dos agentes e que só assim um país conseguirá sair de uma recessão econômica e voltar a crescer. Além disso, trabalhou conceitos como: expectativa, incerteza, etc. Esses conceitos podem ser vistos até hoje em uma economia. Assim como diz Albergoni (2008, p. 25):

Em momentos de eleições presidenciais, há incerteza sobre a condução da política econômica a ser adotada pelo partido que vencer a disputa. Quando as pesquisas indicam a possibilidade de um candidato de esquerda vencer, as empresas e os investidores sentem-se inseguros com a tomada de decisões e a realização de investimentos que podem ser prejudicados futuramente.

O economista britânico Keynes também criou um modelo para a relação das variáveis agregadas e para explicar a composição do crescimento econômico. A composição do modelo Keynesiano para o Produto Interno Bruto (PIB) é composta pelas seguintes variáveis:

demanda agregada, consumo das famílias, investimento das empresas, gastos do governo, exportações e importações (FROYEN, 2013). Como é apresentado na fórmula a seguir:

Y = C + I + G + (X - M)

A seguir será explicado o que cada letra composta na fórmula significa:

Y: demanda agregada;

C: consumo das famílias;

I: investimento das empresas: bens de capital, estruturas e estoques – não estão inclusos os ativos financeiros;

G: gastos do governo: gasto de bens ou serviços dos governos municipais, estaduais e federais;

(X-M): X representa a exportação e M representa a importação de um determinado país. A exportação menos (-) a importação é

(36)

chamada de saldo da balança comercial (BC) que está presente no balanço de pagamentos de um país. Denominamos de déficit da balança comercial, quando um país tem mais importação do que exportação, já quando um país exporta mais bens do que importa é denominado de superávit da balança comercial.

Nas produções III e IV será estudado com mais aprofundamento a fórmula keynesiana da macroeconomia aberta e cada um de seus componentes e também a conceitualização do Produto interno bruto.

VOCÊ SABIA?

A Aditora Abril organizou uma coleção na década de 80 chamada: Os economistas. Essa coleção tem a composição das obras dos principais pensadores da economia, como:

Adam Smith, David Ricardo, Marx, Keynes, Schumpeter, Marshall, entre outros.

Retomando os autores da linha de pensamento econômico, o Alfred Marshall é um autor considerado da linha de pensamento neoclássica.

A sua principal contribuição para economia foi a maximização de lucro, racionalidade e equilíbrio. Com tudo mais constante, todo individuo é racional e busca a maximização de seus interesses de acordo com sua renda e os empresários buscam a maximização de lucro. Para Marshall existia o ponto de equilíbrio que era quando a quantidade ofertada se igualava a quantidade demandada (BRUE, 2005).

Joseph Schumpeter é um autor da linha de desenvolvimento econômico e defende a inovação em uma economia. Para ser um verdadeiro empresário precisa ser inovador, estar em constante mudança e praticar a destruição criativa do capitalismo. O principal conceito de Schumpeter era a destruição criativa (BRUE,2005).

REFLITA:

Em qual corrente de pensamento combina mais com seu modo de pensar? Corrente Schumpeteriana? Keynesiana?

Clássica? Ou a Marshaliana?

(37)

ACESSE:

Para entender melhor sobre a evolução da economia e a história de pensamento econômico, o paper do professor e economista João Marcos Batista da Faculdade Araguaia de Goiânia - GO é muito esclarecedor: “A evolução da economia: uma abordagem histórica sobre os principais modelos, teorias e pensadores”. Disponível em:

https://bit.ly/38kj0Bq.

RESUMINDO:

E então? Gostou deste material letivo? Qual parte mais gostou e por quê? Só para termos certeza, vamos para um breve resumo do que vimos sobre este capítulo. Vimos que um sistema econômico é uma maneira peculiar e particular de cada país, economia organizar uma sociedade, foi visto as principais ideologias existentes como: comunismo, liberalismo, socialismo, entre outros. Além disso, vimos que a economia é dividida entre microeconomia e macroeconomia. E que existem muitas diferenças sobre essas duas linhas. Enquanto a microeconomia estuda conceitos como: racionalidade, maximização, equilíbrio, escolhas, entre outros, a macroeconomia vai estudar conceitos mais agregados, como: desemprego, inflação, produto interno bruto, concentração de renda, entre outros. Vimos também sobre as principais correntes do pensamento econômico, como: marshalliana, schumpeteriana, keynesiana, marxista, e a linha de livre mercado de Say, entre outras vertentes de pensamento. Agora depois deste resumo, você está mais do que preparado para o próximo material letivo. Está com todas as competências necessárias para estudar sobre a relação da economia com as demais ciências existentes.

Tudo pronto? Então, vamos lá!

(38)

Ponto de equilíbrio e desequilíbrio de mercado

INTRODUÇÃO:

Neste material você aprenderá sobre o ponto de equilíbrio e desequilíbrio de marcado. O ponto de equilíbrio seria quando a quantidade demandada se iguala a quantidade ofertada. Pronto para aprender conceitos novos da teoria neoclássica? Vamos nessa?

Os principais conceitos do equilíbrio de mercado e o ponto de equilíbrio e desequilíbrio de mercado

Antes de começar abordar sobre o ponto de equilíbrio e desequilíbrio de mercado é relevante conhecermos os principais conceitos do equilíbrio de mercado que são: I) equilíbrio; II) preço de equilíbrio; III) quantidade de equilíbrio; IV) excesso de oferta; V) excesso de demanda; e, lei da oferta e da demanda.

Quadro 3 - Conceitos do equilíbrio de mercado:

Conceitos Explicações

Equilíbrio Uma situação na qual o preço atingiu o nível em que a quantidade ofertada é igual à quantidade demandada.

Preço de equilíbrio O preço que iguala a quantidade ofertada e a quantidade demandada.

Quantidade de

equilíbrio A quantidade ofertada e a quantidade demandada ao preço de equilíbrio.

Excesso de oferta Uma situação em que a quantidade ofertada é maior do que a quantidade demandada.

Excesso de demanda

Uma situação em que a quantidade demandada é maior do que a quantidade ofertada.

Lei da oferta e da demanda

A afirmação de que o preço de qualquer bem se ajusta para trazer a quantidade ofertada e a quantidade

demandada desse bem para o equilíbrio.

Fonte: Adaptado de Mankiw (2007).

(39)

Como vimos, a curva de demanda apresenta como a quantidade demandada de um determinado bem depende do preço. Assim, segundo a lei da demanda, se o preço de um bem cai, a quantidade demandada aumenta. Já a curva de oferta apresenta como a quantidade ofertada de um bem depende do preço. Segundo a lei da oferta, se o preço de um bem aumenta, a quantidade ofertada também aumenta.

Diante disso, a intersecção entre as curvas de oferta e demanda determina o equilíbrio do mercado. Ou seja, ao preço de equilíbrio, a quantidade demandada é igual à quantidade ofertada.

De acordo com a teoria clássica, o comportamento de compradores e vendedores conduz de forma natural os mercados em direção ao equilíbrio. Assim, quando o preço de mercado está acima do preço de equilíbrio, existe um excedente do bem, que logo leva a uma redução no preço de mercado. Quando o preço de mercado está abaixo do equilíbrio, há limitação, que leva um aumento no preço de mercado.

Os produtores possuem vários níveis de preços para escolher oferecer para o mercado. E os consumidores podem consumir em vários níveis de preço. Quando tem um equilíbrio entre a oferta e demanda os clássicos chamam de: equilíbrio de mercado (MANKIW, 2009).

Na figura 10 apresenta-se o equilíbrio de mercado a curva que se inicia da origem (0) é a curva de oferta e a curva que está ligada a linha de preço e de quantidade é a curva de demanda. A linha vertical é o preço e a linha horizontal a quantidade. Quando vamos analisar o gráfico olhando para o lado da oferta chamamos de quantidade ofertada em função do preço, ou seja:

Qo = f(P)

Quando vamos analisar pelo lado da demanda chamamos de quantidade demandada em função do preço, ou seja:

Qd = f(P).

(40)

Figura 7 - Equilíbrio de mercado P

Q Fonte: Apatado de Mankiw (2007).

Ou seja, O equilíbrio de mercado seria no ponto onde a quantidade demandada se iguala a quantidade ofertada, quando o preço se iguala a quantidade, ou ainda quando tem equivalência entre a oferta e demanda.

No gráfico o ponto de equilíbrio de mercado seria o ponto vermelho, o ponto de intersecção entre as duas curvas (MANKIW, 2009).

Diante disso, quanto maior for o preço de um bem, para o produtor mais interessante é e assim a oferta é maior.

A oferta de um bem dependerá dos preços dos fatores de produção (veremos adiante) e são eles que definem o custo.

Tendo um aumento nos preços de qualquer um dos fatores de produção, terá impactos nos custos de produção e também alteração nos rendimentos dos empresários.

Além disso, a tecnologia também influencia no preço dos bens/

serviços, isto porque com a tecnologia inserida os empresários podem ter aumento do lucro.

A oferta de um determinado bem pode ser alterada por mudanças nos preços dos outros bens em um mercado. Se os preços dos demais bens aumentarem o preço e o preço do bem Y, por exemplo, continuar o mesmo, a sua produção acabará sendo menos “encantadora” em relação aos outros bens, levando a uma redução da oferta.

(41)

O ponto onde as curvas de oferta e demanda se encontram é o ponto de equilíbrio do mercado. Ou seja, existe uma compatibilização das quantidades que os consumidores desejam consumir com os que os produtores querem produzir e colocar para venda.

RESUMINDO:

E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo tudinho? Agora, só para termos certeza de que você realmente entendeu o tema de estudo deste material letivo, vamos resumir tudo o que vimos. Você deve ter aprendido sobre ponto de equilíbrio e desequilíbrio de marcado. O ponto de equilíbrio seria quando a quantidade demandada se iguala a quantidade ofertada.

(42)

BIBLIOGRAFIA

ALBERGONI, L. Economia. IESDE BRASIL S/A. Curitiba – PR. 2008.

Acesso em: 30 de dez de 2019. Disponível em: http://bit.ly/3bYsJPS.

ALMEIDA, D. CASTRO, D. HENRIQUE, G. BASUS, F. ALMEIDA, J.

TEODORO, J. (s.d.). Os dez princípios básicos de economia: uma relaçao entre a teoria e o cenário economico atual. Universidade Federal de Viçosa. Campus Florestal. 2011. Acesso em 30 de dez de 2019, disponível em: https://rl.art.br/arquivos/3938588.pdf.

BRUE, Stanley. L. História do Pensamento Econômico. 6 ed. São Paulo: Cengage Learning, 2005.

FEIJÓ, L, C. A nova disciplina de sistemas econômicos comparado:

uma proposta. Revista de Economia Política, vol. 28, nº 1 (109), pp. 116-135, janeiro-março/2007. 30 de dez de 2019, disponível em: http://bit.ly/2wBtq1v.

FROYEN, R. T. Macroeconomia. São Paulo: Saraiva, 2013.

GARCIA, S. Fundamentos da Economia. Caderno do Instituto Federal Sul-rio-grandense Campus Pelotas - Visconde da Graça, para a Rede e-Tec Brasil, do Ministério da Educação em parceria com a Universidade Federal do Mato Grosso. 2015. Acesso em: 30 de dez de 2019. Disponível em:

http://bit.ly/2un75Ea.

MANKIW, N, G. Introdução a economia. São Paulo: Cengage Learning, 2015.

VARIAN, H, R. Microeconomia: Princípios básicos: Rio de Janeiro:

Campus, 1994.

VASCONCELLOS, Marco A.; GARCIA, Manuel. Fundamentos da Economia. São Paulo: Ed. Saraiva, 2010.

(43)

Economia

Isabella Christina Dantas Valentim

Luana da Silva Ribeiro

Referências

Documentos relacionados