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CRF-RS. Cartilha Analítica. Comissão de Análises Clínicas 2007

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Academic year: 2021

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Cartilha Analítica

CRF-RS

Comissão de Análises Clínicas

2007

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APRESENTAÇÃO

A presente Cartilha Analítica foi elaborada pela Comissão Assessora de Análises Clínicas do CRF-RS, gestão 2006/2007, composta por farmacêuticos atuantes na área, inclusive em associações e entidades de classe.

Esta cartilha tem como objetivo auxiliar os profissionais atuantes em análises clínicas, através da consignação de informações esclarecedoras sobre os resultados dos exames, no intento de instruir e prevenir os clientes dos laboratórios. Em face disso, são apresentadas nesta cartilha algumas sugestões de frases padronizadas a serem divulgadas nos laudos em relação aos seguintes exames: Gonadotrofina Coriônica Humana (HCG), Antígeno Prostático Específico (PSA), HIV, Triglicerídeos, HCV, HBsAG, VDRL e marcadores tumorais.

Destaca-se que, as frases a seguir apresentadas, são meras sugestões que objetivam, sobretudo, garantir ao laboratório o cumprimento do seu dever de informar o cliente, consoante diretrizes do Código de Defesa do Consumidor.

No caso de escolha por outras frases, alerta-se para que seja observada a simplicidade e a clareza da linguagem, evitando-se o emprego, na medida do possível, de expressões técnicas e de difícil compreensão.

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1 - INFORMAÇÃO GERAL PARA OS LAUDOS

A consignação desta Informação Geral nos laudos é importante tanto para o paciente, na medida que o instrui e o previne de interpretações errôneas, quanto para o profissional atuante e para o laboratório, pois assegura que a informação foi prestada ao cliente.

Esta Informação Geral pode ser colocada tanto na parte superior quanto na parte inferior do laudo, em letras pequenas, mas legíveis.

A ressalva sobre a influência de fatores como o histórico familiar e clínico, bem como a necessidade de realização de exames confirmatórios é importante para resguardar os interesses de todos os envolvidos.

É fundamental, ainda, que seja evitado o emprego de expressões do tipo: “positivo” ou “negativo”. As referidas expressões podem ser substituídas por “compatível” ou “não compatível”, “reagente” ou “não reagente”, “detectável” ou “não-detectável”, de acordo com o tipo de procedimento.

1.1– FRASE PADRÃO PARA OS LAUDOS

Como frases padrões apresentam-se quatro sugestões:

1.1.1 – “A interpretação de qualquer resultado laboratorial requer correlação de dados clínico-epidemiológicos, devendo ser realizada apenas pelo(a) médico(a).”

1.1.2 – “É o seu/sua médico(a) o(a) profissional habilitado(a) para realizar a interpretação do resultado correlacionando com outros fatores clínicos. Leve o laudo para análise do(a) seu/sua médico(a).”

1.1.3 – “Não tire quaisquer conclusões a partir deste resultado, pois a interpretação do mesmo é realizado pelo(a) médico(a) assistente.”

1.1.4 – “O presente exame foi obtido dentro dos padrões técnicos preconizados, apresentando uma limitação inerente ao método. A nossa equipe de especialistas em diagnóstico está a disposição para esclarecer quaisquer dúvidas relativas ao presente exame.”

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1.1.2 – FRASES ESPECÍFICAS

No caso dos laudos dos exames Gonadotrofina Coriônica Humana (HCG), Antígeno Prostático Específico (PSA), HIV, Triglicerídeos, HCV, HBsAg, VDRL, marcadores tumorais, seguem sugestões específicas para cada tipo de exame:

1.2.1 - GONADOTROFINA CORIÔNICA HUMANA (HCG)

Observa-se que, neste tipo de exame, é importante registrar a data da última menstruação no cadastro da cliente.

1.2.1.1 – FRASE PARA O LAUDO COM RESULTADO INFERIOR AO VALOR DE REFERÊNCIA:

1.2.1.1.1 – “Níveis inferiores aos valores de referência não devem ser considerados isoladamente para exclusão de gravidez, sugerindo, a critério médico, a repetição após 7 (sete) dias, quando houver persistência de suspeita clínica”.

1.2.1.2 – FRASE PARA O LAUDO COM RESULTADO SUPERIOR AO VALOR DE REFERÊNCIA:

1.2.1.2.1 – “Níveis superiores aos valores de referência: sugestivo de gravidez”. Outras condições clínicas também podem apresentar valores elevados. Leve o laudo para interpretação pelo(a) seu/sua médico(a).”

1.2.2 – ANTÍGENO PROSTÁTICO ESPECÍFICO (PSA)

Sugere-se ao Laboratório a estratificação por idade dos valores de referência.

1.2.2.1 – FRASE PARA O LAUDO: “Os resultados devem ser interpretados considerando-se fatores como idade, histórico clínico e familiar, volume prostático e a presença de outras condições responsáveis por aumentos inespecíficos nos níveis de PSA.”

1.2.3 – TRIGLICERÍDEOS

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variabilidade biológica, devendo ser avaliada a necessidade de confirmação pelo(a) médico(a) assistente.”

1.2.4 – HCV

Em caso de resultado reagente, sugere-se a utilização da frase abaixo: 1.2.4.1 – FRASE PARA O LAUDO: “A critério clínico, sugere-se realização de exame confirmatório por técnica molecular.”

1.2.5 – HBsAg

Em caso de resultado reagente, sugere-se a utilização da frase abaixo: 1.2.5.1 – FRASE PARA O LAUDO: “A critério clínico, sugere-se realização de exame confirmatório por técnica molecular.”

1.2.6 – VDRL

Em caso de resultado reagente, sugere-se a utilização da frase abaixo: 1.2.6.1 – FRASE PARA O LAUDO: “Resultados VDRL-reagentes devem ser confirmados com testes treponêmicos.”

1.2.7 – MARCADORES TUMORAIS

Observa-se que, neste caso, é importante informar no laudo a marca e lote do kit e equipamento utilizado na análise.

1.2.7.1 - FRASE PARA O LAUDO: “Este resultado não deve ser interpretado isoladamente.”

1.2.8 – HIV

No caso dos Laboratórios que realizam exame confirmatório por IFI ou Western Blot conforme Portaria nº 59/03, do Ministério da Saúde, observa-se a necessidade de utilização do Protocolo de Coleta de Sangue para HIV, conforme modelo do Anexo I; bem como a necessidade de que o Protocolo seja assinado por todos os clientes que realizarem o exame anti-HIV.

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1.2.8.1 – FRASE PARA O LAUDO: “O resultado não-reagente não exclui a possibilidade de infecção recente pelo vírus HIV”.

No caso dos Laboratórios que não realizam exame confirmatório conforme a Portaria nº 59/03:

1.2.8.2 – FRASE PARA O LAUDO: “A critério clínico, sugere-se a realização de exames confirmatórios.”

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ANEXO I

PROTOCOLO PARA COLETA DE SANGUE PARA HIV DADOS DO PACIENTE Nome completo: RG: Endereço: Telefone p/contato: Nº Solicitação do exame:

INFORMAÇÕES AO PACIENTE SOBRE PESQUISA DE ANTICORPOS ANTI-HIV

Prezado Cliente:

De acordo com a Portaria 59 do Ministério da Saúde, em vigor a partir de 28.01.03, o Laboratório deve seguir normas na pesquisa de anticorpos anti-HIV, em indivíduos acima de 2 anos de idade. Em caso de resultado positivo ou

indeterminado, o Laboratório é obrigado a coletar uma 2ª amostra, sem ônus, para confirmação. Nesses casos, o Laboratório entrará em contato, com base nos dados de identificação fornecidos acima pelo paciente, que receberá o resultado final, por escrito, somente após sua confirmação. O Laboratório se compromete a manter sigilo sobre o resultado do exame.

( ) Tomei conhecimento da norma acima. A não coleta da 2ª amostra em caso de resultado positivo ou indeterminado é de minha inteira responsabilidade.

Nome: Data: Assinatura:

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2 . POLÍTICA E PROCEDIMENTOS PARA VALORES CRÍTICOS DE EXAMES LABORATORIAIS

A informação gerada no laboratório é de muita importância para o diagnóstico clínico e tratamento de diversas patologias. Alguns resultados laboratoriais podem ser potencialmente críticos e indicar a necessidade de atuação imediata do médico ou equipe assistencial.

Conforme a RDC 302 de 13/04/2005, resultados potencialmente críticos são resultados de exames laboratoriais que se situam em uma faixa de valores quantitativos ou que, por si só, podem estar relacionados a situações clínicas potencialmente graves e que devem ser comunicados ao médico imediatamente.

A ANVISA regulamenta que o laboratório clínico deve estabelecer uma política para tratar resultados potencialmente críticos e procedimentos para definir os limites de risco, valores críticos ou de alerta para tais testes bem como estabelecer o fluxo de comunicação imediata ao médico, responsável ou paciente.

As boas práticas em laboratório clínico e os programas de qualidade recomendam manter a listagem com os valores críticos afixada a um quadro no setor técnico para que durante a rotina do laboratório sejam detectados e comunicados imediatamente e manter registros das comunicações feitas e também as tentativas de contato mal sucedidas. É por isto, inclusive, que hoje, vários laboratórios registram, além do CRM, o número do celular dos médicos.

A comunicação deve ser feita preferencialmente ao médico, na ausência deste, ao enfermeiro da unidade de internação, quando for o caso, ou responsável pelo paciente e como última alternativa, diretamente ao paciente. O registro, manual ou informatizado, deve constar os seguintes dados: data e hora; nome do paciente; informação repassada; responsável pela informação; nome de quem recebeu a informação e o motivo.

Para uma comunicação assertiva convém confirmar as condições analíticas em que foi feita a determinação, comparar com resultados anteriores ou até mesmo, confirmar por repetição do teste na mesma amostra.

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Os valores críticos sugeridos nesta cartilha foram obtidos de um estudo realizado em hospitais americanos e de procedimentos operacionais padrões de laboratórios localizados na cidade de Porto Alegre mas, sempre que possível, é recomendável que os critérios sejam estabelecidos em acordo com a comunidade médica e as nosologias atendidas.

2.1 Lista de Analitos e valores críticos que necessitam notificação imediata ao médico:

2.1.1 BIOQUÍMICA

Ácido Úrico: Adulto: > 13,0 mg/dL Bilirrubina total: >14 mg/dL Cálcio: < 6,0 mg/dL e > 13,0 mg/dL Cálcio Iônico: < 3,1 mg/dL e > 6,3 mg/dL Cloretos: < 75 mg/dL e > 125 mg/dL Creatinina: > 7,4 mg/dL CK total: > 1000 U/L Digoxina: >4 ng/mL Fenitoína: > 40 ug/mL Fenobarbital: > 60 ug/mL Fósforo: <1 mg/dL e > 9 mg/dL Glicose: Adulto: < 45 mg/dL e > 500 mg/dL Neonato: < 30 mg/dL e > 325 mg/dL

Lactato desidrogenase (LDH): > 1000 U/L

Lipase: > 700 UI/L (turbidimétrico) e > 225 U/L (colorimétrico) Lítio: > 2,5 mEq/L

Magnésio: < 1 mg/dL e > 4,9 mg/dL Sódio: < 120 mEq/L e > 160 mEq/L PCR: > 5 mg/L

Potássio: Adulto: < 2,8 mEq/L e > 6,2 mEq/L Neonato: < 2,6 mEq/L e > 7,7 mEq/L

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2.1.2 HEMATOLOGIA

Fibrinogênio: < 80 mg/dL

Hematócrito: Adulto: inferior a 18% e superior a 61%

Neonato: inferior a 33% e superior a 71%

Hemoglobina: Adulto: < 6,6 mg/dL e > 19,9 mg/dL

Neonato: < 8,5 mg/dL e > 23 mg/dL

Leucócitos: Adulto: < 2000 céls./uL * e > 50.000 céls./uL

Neonato: < 5000 céls./uL e > 25.000 céls./uL

* Alto risco de infecção se a contagem de granulócitos for < 500 céls/uL

Protrombina: abaixo de 15% e INR>4 (pacientes anticoagulados) Plaquetas: < 20.000 e > 1.000.000/uL

Neonato < 100.000//uL

KTTP: > 120s

Presença de Blastos em esfregaço de sangue periférico Presença de parasitas em esfregaço de sangue periférico

2.1.3 MICROBIOLOGIA

Cultura de LCR positiva

Detecção de antígenos/ látex aglutinação em LCR Hemocultura positiva

Pesquisa de BAAR positivo

Presença de bactérias no Gram do LCR

Coprocultura positiva para Salmonella/Shigella/Campylobacter/ Yersínia

Pesquisa de Vírus sinciciais respiratórios positiva BAAR = Bacilo Álcool-Acido Resistente;

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

1. Regulamento Técnico para Funcionamento de Laboratórios Clínicos.

ANVISA - RDC 302 - de 13/04/2005.

2. Howanitz PJ., Steindel SJ., Heard NV. Laboratory critical values policies

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COMISSÃO ASSESSORA DE ANÁLISES CLÍNICAS DO

CRF-RS

Gestão 2006/2007

Dr. Luiz Arno Lauer - CRF-RS 1171 – Tesoureiro do SINDILAC Dr. Diogo André Pilger CRF-RS 6849 – Laboratório Weinmann Dr. Maria Luiza Leão Brisolara CRF-RS 4535 – HCPA

Dr. Carlos Alberto Ribeiro CRF-RS 4978 – HCPA

Dr. Vera Maria Santafe Da Costa CRF-RS 2152 – Santa Casa e LACEN Dr. Antonio Do Amaral Batista CRF-RS 3390 – Hospital Conceição

Dr. Alzira Resende Do Carmo Aquino CRF-RS 3661 – Sociedade Brasileira de Análises Clínicas

Dr. Tatiana Gasperin Baccin CRF-RS 5977 – LACEN Dr. Jorge Alberto Schaefer CRF-RS 1760 – LAS

Dr. Jose Carlos Petry CRF-RS 2552 – Laboratórios Reunidos

DIRETORIA CRF-RS

Gestão 2006/2007

Dr. Juliano Sofia Da Rocha CRF-RS 5646 – Presidente Dr. Flávio Mario Cauduro CRF-RS 3216 – Vice-Presidente

Dra. Daniele Cristine Nyland Jost CRF-RS 4426 – Secretária-Geral

Dr. Djalma Requião Sayão Lobato Filho CRF-RS 4119 – Tesoureiro (01/01/ 2006 a 30/06/2007).

ASSESSORIA JURÍDICA

Dr. Antonio Fredo Baldoino Da Silva – Assessoria Jurídica CRF-RS Dra. Paula Andréia Noronha - Assessoria Jurídica CRF-RS

Dr. Daniel Correa Silveira – Zanetti & Advogados Associados; Assessoria Jurídica FEHOSUL e SINDILAC

ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO

Ionara Karam – Coordenadora Comunicação CRF-RS Luciana Patella - Jornalista CRF-RS

Referências

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