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Dicas e Simulados 1ª Semana de Outubro

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Academic year: 2021

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Dicas e Simulados

1ª Semana de Outubro

#Dicas - principais pontos do Estatuto do Servidor

1. É proibida a prestação de serviços gratuitos ao Estado.

2. Na hipótese de concurso de provas e de títulos, a nota final será obtida mediante média ponderada, não podendo ser atribuído aos títulos, peso superior à metade do peso das provas.

3. A critério do Chefe do Poder Executivo, poderá ser atribuída vigência retroativa ao ato de nomeação, desde que o ocupante não possua vínculo com o Poder Executivo Estadual.

4. Posse -> 30 dias, podendo ser prorrogada por mais 30 ou até durar o impedimento, se estiver doente.

5. Será suspensa a contagem do período do estágio probatório do servidor afastado a qualquer título, exceto férias e o exercício de cargo comissionado com atribuições afins às do cargo efetivo.

6. Jornada comum = 40 horas mensais;

6.1 É permitida a prestação de serviço extraordinário, que não está sujeito à limitação de carga horária semanal, não podendo ultrapassar a 120 (cento e vinte) horas semestrais.

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7. Excetuam-se da limitação de carga horária do item 6.1 as atividades dos portuários, da indústria gráfica, dos servidores em exercício nos Centros Educacionais de Atendimento à Criança e ao Adolescente e nos estabelecimentos penais do Estado.

8. Trabalho Noturno para o Estatuto-> 22h até 6h;

9. A estabilidade diz respeito ao serviço público e não ao cargo.

10. Férias de 30 dias, podendo ser dividida em até 2 períodos, desde que nenhum seja inferior a 10 dias.

10.1 É proibida a acumulação de férias.

11. A licença para tratamento de saúde é de 24 meses, prorrogáveis por igual período.

12. A licença por mudança de domicílio será concedida sem remuneração, por 2 anos, prorrogáveis por igual período.

13. A licença para interesses particulares é de 3 anos, prorrogável uma vez por igual período.

14. A cada 5 anos de serviço, o servidor ganhará licença prêmio de 3 meses.

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14.2 A licença-prêmio poderá ser gozada em parcelas não inferiores a 15 (quinze) dias.

15. Adicional noturno será pago no percentual de 25%, sendo a hora ficta de 52 min.

16. O salário-família não está sujeito a qualquer imposto ou taxa, nem servirá de base para qualquer contribuição, mesmo que de finalidade previdenciária ou assistencial.

17. As instauração e o julgamento do PAD interrompem o prazo prescricional das infrações.

18. Os prazos da lei são contados em dias corridos. Não se computará no prazo o dia inicial, prorrogando-se o vencimento que incidir em sábado, domingo ou feriado, para o primeiro dia útil seguinte.

19. Os atrasos de pagamento serão corrigidos por correção monetária e juros.

#Dicas - FGTS

1. O representante dos empregados no conselho curador tem mandato de dois anos, prorrogável uma única vez por igual período (FCC).

2. O fato de um empregado ficar afastado da sua empresa empregadora por auxílio-doença acidentário em razão de doença degenerativa afasta o nexo de causalidade entre a doença e o trabalho e, em consequência, torna indevidos os depósitos do FGTS (Manaus).

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3. Em caso de extinção do contrato de trabalho por acordo entre as partes, o FGTS é devido pela metade (20%).

3.1 A multa dos 40% é devida se a despedida for SEM JUSTA causa.

4. Cabe à Caixa Econômica Federal o papel de agente operador do Fundo que manterá as contas vinculadas do Fundo.

5. O empregado com deficiência poderá movimentar sua conta vinculada ao FGTS quando, por prescrição médica, necessitar adquirir órtese ou prótese para favorecer sua acessibilidade e inclusão social.

6. Atenção: O depósito do FGTS é obrigatório nos casos de afastamento para prestação do serviço militar obrigatório e licença por acidente do trabalho.

7. ônus da prova - regularidade do recolhimento: É do empregador o ônus da prova em relação à regularidade dos depósitos do FGTS, pois o pagamento é fato extintivo do direito do autor.

8. Vale ressaltar que o STF decidiu ser aplicável a prescrição quinquenal para o FGTS.

8.1 (AGU) Segundo decisão recente do STF, o prazo prescricional relativo aos valores não depositados no FGTS é quinquenal, haja vista esse fundo ser crédito de natureza trabalhista; entretanto, caso o prazo prescricional já esteja em curso, deverá ser aplicado o que ocorrer primeiro: trinta anos, contados do termo inicial, ou cinco anos, a partir do referido julgado.

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9. A contribuição para o FGTS incide sobre a remuneração mensal devida ao empregado, incluindo horas extras e adicionais eventuais.

10. O pagamento relativo ao período de aviso prévio, trabalhado ou não, está sujeito a contribuição para o FGTS.

11. As contas vinculadas em nome dos trabalhadores são absolutamente impenhoráveis.

12. Os depósitos rendem juros de 3% ao ano e corrigidos com os índices da caderneta de poupança.

13. A equivalência entre os regimes do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e da estabilidade prevista na CLT é meramente jurídica e não econômica, sendo indevidos valores a título de reposição de diferenças.

14. Compete ao MTE a fiscalização dos depósitos FGTS (PGE-AM).

15. Alíquota: 8%, devendo ser recolhido até o dia 7 de cada mês. Atenção: No caso de aprendiz, a alíquota é de 2%.

16. É hipótese de movimentação pelo trabalhador de sua conta vinculada, no curso do contrato de trabalho, quando algum dependente seu for portador do vírus HIV. Dica: As hipóteses de movimentação do FGTS são muito cobradas, não vou colocar aqui porque são muitas, mas recomendo a leitura.

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17. (PGM-SLZ) O Conselho Curador reunir-se-á ordinariamente, a cada bimestre, por convocação de seu Presidente. Esgotado esse período, não tendo ocorrido convocação, qualquer de seus membros poderá fazê-la, no prazo de 15 (quinze) dias. Havendo necessidade, qualquer membro poderá convocar reunião extraordinária, na forma que vier a ser regulamentada pelo Conselho Curador.

17.1 As decisões do conselho serão tomadas por maioria SIMPLES, tendo o presidente voto de qualidade (PGM-SLZ).

17.2 A Presidência do Conselho Curador será exercida pelo representante do Ministério do Trabalho e da Previdência Social.

18. Atenção: Para efeito desta lei, as empresas sujeitas ao regime da legislação trabalhista poderão equiparar seus diretores não empregados aos demais trabalhadores sujeitos ao regime do FGTS. Considera-se diretor aquele que exerça cargo de administração previsto em lei, estatuto ou contrato social, independente da denominação do cargo.

19. Não incide a contribuição para o FGTS sobre as férias indenizadas.

Os planos de saúde são obrigados a custear exames fora do país? -

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Não! De acordo com o STJ, a obrigação não é apenas para tratamento no Brasil, conforme dispõe a Lei dos planos de saúde. Vejamos: "As operadoras de planos de saúde não têm obrigação de arcar com exames realizados fora do Brasil, pois o artigo 10 da Lei dos Planos de Saúde (que estabelece as exigências mínimas e as

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hipóteses obrigatórias de cobertura) afirma que os procedimentos do plano-referência devam ser feitos no país".

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Por outro lado, o mesmo STJ decidiu que os planos de saúde devem pagar pelos medicamentos para uso off label registrados na anvisa. In verbis: "A decisão unifica o entendimento do tribunal sobre a questão, pois a Terceira Turma, que também analisa processos de direito privado, já havia se manifestado no mesmo sentido de que a falta de indicação específica na bula não é motivo para a negativa de cobertura do tratamento".

O Jus Postulandi pode ser aplicado no procedimento para homologação de acordo extrajudicial?

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Não! Inicialmente vale ressaltar que o princípio do jus postulandi é aquele que permite às partes o ingresso independentemente de assistência de Advogado, sendo possível nos dissídios individuais e coletivos. No procedimento em voga, não é possível de ser utilizado em virtude de expressa vedação legal. Vejamos: "O processo de homologação de acordo extrajudicial terá início por petição conjunta, sendo obrigatória a representação das partes por advogado".

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Vale ressaltar que é proibida a representação por advogado comum e que o acordo não suspende o prazo para pagamento de verbas trabalhistas. Como isso foi cobrado? (FCC) "as partes poderão se valer do processo de homologação de acordo extrajudicial, por meio de petição conjunta perante a Justiça do Trabalho, não sendo obrigatória a representação das partes por advogado, tendo em vista o

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princípio do jus postulandi". ERRADA, tendo em vista ser obrigatório a representação por advogado.

#Dicas - Atos Processuais - Direito do Trabalho

1. A inversão do ônus da prova deve ser feita pelo juiz do trabalho em decisão fundamentada, antes da abertura da instrução processual (Procurador da Unicamp).

1.1 (TRT-1) Vige, na sistemática de distribuição do ônus da probante no processo do trabalho, a distribuição dinâmica ônus da prova, prevista originariamente no CPC de 2015 (art. 373, § 1º). Assim, nos casos previstos em lei ou diante de peculiaridades da causa relacionadas à impossibilidade ou à excessiva dificuldade de cumprir o encargo probatório ou, ainda, à maior facilidade de obtenção da prova do fato contrário, poderá o juízo atribuir o ônus da prova de modo diverso.

2. O prazo processual é suspenso do dia 20 de Dezembro até 20 de Janeiro, não se realizarão audiências nem sessões de julgamento no período.

3. Atenção: As custas relativas ao processo de conhecimento incidirão à base de 2% , observado o mínimo de R$ 10,64 e o máximo de 4x o limite máximo dos benefícios do RGPS.

4. São devidos honorários também na reconvenção.

5. Litigância de má-fé: Quando forem dois ou mais os litigantes de má-fé, o juízo condenará cada um na proporção de seu respectivo interesse na causa ou solidariamente aqueles que se coligaram para lesar a parte contrária.

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6. Atenção: Suspeição: Não torna suspeita a testemunha o simples fato de estar litigando ou de ter litigado contra o mesmo empregador.

7. Atenção: Isenção do depósito recursal: São isentos do depósito recursal os beneficiários da justiça gratuita, as entidades filantrópicas e as empresas em recuperação judicial.

7.1 Reduz pela metade: O valor do depósito recursal será reduzido pela metade para entidades sem fins lucrativos, empregadores domésticos, microempreendedores individuais, microempresas e empresas de pequeno porte.

8. Lembrar que os prazos agora são em dias úteis!!

9. A nulidade processual trabalhista não será declarada quando for possível suprir-se a falta ou repetir-se o ato.

10. Perícia e responsabilidade pelo pagamento: A responsabilidade pelo pagamento dos honor[arios periciais é da parte sucumbente na pretensão objeto da perícia, AINDA QUE beneficiária da justiça gratuita.

10.1 (PGE-SP) Q: a responsabilidade pelo pagamento dos honorários periciais será sempre do empregador, independentemente de sucumbência na pretensão objeto da perícia. R: Falso! É da parte sucumbente, vide item acima.

10.2 (TRT-6) o limite máximo para fixação dos honorários periciais será definido pelo Conselho Superior da Justiça do Trabalho, sendo lícito ao juízo deferir seu parcelamento.

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11. (Manaus) Caso servidor público civil tenha de depor como testemunha em hora de serviço, o juiz deverá oficiar ao chefe da repartição, requisitando o servidor para comparecer à audiência designada.

12. (Manaus) É ônus da parte provar a ocorrência de feriado local que autorize a prorrogação de prazo. Por outro lado, na hipótese de feriado forense, incumbirá à autoridade que proferir a decisão de admissibilidade certificar o expediente nos autos.

13. Férias dos Ministros do TST: Suspende ou interrompem os prazos? O recesso forense e as férias coletivas dos Ministros do Tribunal Superior do Trabalho SUSPENDEM os prazos recursais.

14. Processo de homologação de acordo extrajudicial: 1) A petição conjunta deve estar acompanhada de representação de Advogado de ambas as partes; 2) Os Advogados devem ser diferentes; 3) Não afasta a aplicação das multas se houver atraso; 4) suspende o prazo prescricional da ação quanto aos direitos nela especificados e 5) O prazo prescricional voltará a fluir no dia útil seguinte ao do trânsito em julgado da decisão que negar a homologação do acordo.

14.1 Atenção: O juiz aprecia o pedido em 15 dias, podendo, inclusive, designar audiência. As bancas estão trocando o prazo por 5 dias, então cuidado!

14.2 (FCC) Será ajuizada por petição conjunta, mas com advogados diferentes para cada parte, sendo que as verbas rescisórias devem ser quitadas até dez dias contados a partir do término do contrato.

15. Número de Testemunhas (PGETO): Ordinário ---> 3; Súmaríssimo ---> 2 e Inq. Falta Grave ---->6;

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16. O Jus Postulandi não alcança os recursos para o TST;

17. Litigância de má-fé: Pode ser de ofício ou a requerimento; entre 1 a 10% do valor da causa e a indenizar a parte contrária pelos prejuízos que esta sofreu e a arcar com os honorários advocatícios e com todas as despesas que efetuou.

17.1 Atenção: A testemunha também pode ser condenada por litigância de má-fé.

18. Atenção: Alteração importante - Ainda que ausente o reclamado na audiência em que deveria comparecer, presente o advogado, serão aceitos a contestação e os documentos eventualmente apresentados.

19. A prescrição intercorrente ocorre no prazo de 2 anos (PGE-PE).

20. A revelia não produz efeito quando: I - havendo pluralidade de reclamados, algum deles contestar a ação; II - o litígio versar sobre direitos indisponíveis; III - a petição inicial não estiver acompanhada de instrumento que a lei considere indispensável à prova do ato e IV - as alegações de fato formuladas pelo reclamante forem inverossímeis ou estiverem em contradição com prova constante dos autos.

21. O Juiz tem o direito de atrasar até 15 minutos. Findo esse prazo, as partes podem se retirar.

22. É sempre obrigatória a realização de perícia, ainda que a outra parte não tenha impugnado (Manaus).

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23. As pessoas jurídicas de direito público também se sujeitam à revelia no âmbito trabalhista (Manaus).

24. A parte poderá apresentar defesa escrita pelo sistema de processo judicial eletrônico até a audiência.

25. O valor da causa para saber se pode ou não ingressar pelo sumaríssimo é de 40 salários mínimo;

26. Atenção: Não se aplica ao Processo do Trabalho a norma do art. 459 do CPC no que permite a inquirição direta das testemunhas pela parte (PGE-SE).

#Dicas - Crime organizado - Penal

1. Associação de quatro (4) ou mais pessoas, coordenadas para a prática de crimes que possuam pena superior a 4 anos ou de caráter transnacional.

1.1 (TJMG) Nos termos da Lei nº 12.850/2013, considera-se organização criminosa a associação de 4 (quatro) ou mais pessoas estruturalmente ordenada e caracterizada pela divisão de tarefas, ainda que informalmente, com objetivo de obter, direta ou indiretamente, vantagem de qualquer natureza, mediante a prática de infrações penais cujas penas máximas sejam superiores a 4 (quatro) anos, ou que sejam de caráter transnacional.

1.2 (PC-MG) Para ser reconhecida uma organização criminosa, exige-se a prática de infrações penais cujas penas máximas sejam superiores a quatro anos ou, que sejam de caráter transnacional, o que, como se percebe, é um requisito objetivo e alternativo.

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2. Exige-se como especial fim de agir o objetivo de obter, direta ou indiretamente, vantagem de qualquer natureza.

3. Se a organização criminosa atuar com o emprego de arma de fogo, a pena é aumentada até a metade, seja a arma de uso permitido ou proibido.

4. Se houver condenação de servidor público, ele será condenado à perda do cargo. Trata-se de efeito automático e que dispensa motivação expressa na sentença.

4.1 Assim como pode ficar até 8 anos sem outro cargo público.

5. Se houver participação de policial, o inquérito será instaurado pela corregedoria de polícia e será acompanhado por membro do MP.

6. O juiz não pode participar do acordo de delação premiada.

6.1 (DPF-2018) Se algum dos indiciados no âmbito desse IP apresentar elementos que justifiquem a celebração de acordo de colaboração premiada, e se a situação permitir a concessão do benefício a esse indiciado, o próprio delegado que estiver à frente da investigação poderá celebrar diretamente o acordo, devendo submetê-lo à homologação judicial.

6.2 O delegado de polícia pode formalizar acordos de colaboração premiada, na fase de inquérito policial, respeitadas as prerrogativas do Ministério Público, o qual deverá se manifestar, sem caráter vinculante, previamente à decisão judicial (DOD).

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6.3 (TJMG) Segundo a Lei nº 12.850/2013, que define organização criminosa e dispõe sobre a investigação criminal, os meios de obtenção da prova, infrações penais correlatas e o procedimento criminal, realizado o acordo de colaboração, será remetido ao Juiz para homologação, o qual deverá verificar sua regularidade, legalidade e voluntariedade, podendo recusar homologação à proposta que não atender aos requisitos legais, ou adequá-la ao caso concreto.

6.4 (TJMG) No procedimento relativo às infrações penais da lei de organização criminosa, o prazo para oferecimento de denúncia ou o processo, referentes ao colaborador, poderá ser suspenso por até 06 (seis) meses, prorrogáveis por igual período, até que sejam cumpridas as medidas de colaboração, suspendendo-se o respectivo prazo prescricional.

6.5 (PC-MG) A ação penal poderá deixar de ser proposta temporariamente contra o colaborador até o cumprimento das medidas de colaboração.

6.6 (TRF3) A colaboração premiada é expressamente prevista como meio de obtenção da prova, em qualquer fase da persecução penal.

7. Em todos os atos da delação, o colaborador deverá estar assistido por defensor. Vale ressaltar que nenhuma sentença pode ser proferida com base apenas nas declarações do colaborador.

8. somente pode ser beneficiário da delação, o agente que integrar a organização criminosa.

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10. Não há necessidade de autorização do Poder Judiciário para realização da ação controlada, basta a mera comunicação.

11. Se a ação controlada for também relativa a território de outros países, será necessária cooperação entre as autoridades dos países.

12. É possível a infiltração de agente policial, desde que exista autorização judicial para tanto.

Cuidado: Ação controlada -> Não precisa de autorização; infiltração de agente policial -> precisa de autorização.

12.1 O juiz poderá estabelecer os limites da ação controlada nos casos de investigação de crimes organizados.

13. Limite da infiltração: 6 meses, podendo ser prorrogado sucessivas vezes.

14. Os crimes previstos na lei de organização criminosa correrão pelo procedimento ordinário do CPP.

15. O Delegado de Polícia terá acesso, independentemente de autorização judicial, apenas aos dados cadastrais do investigado que informem exclusivamente a qualificação pessoal, a filiação e o endereço mantidos pela Justiça Eleitoral, empresas telefônicas, instituições financeiras, provedores de internet e administradoras de cartão de crédito (PGM-Bauru).

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1. Súmula 581-STJ: A recuperação judicial do devedor principal não impede o prosseguimento das ações e execuções ajuizadas contra terceiros devedores solidários ou coobrigados em geral, por garantia cambial, real ou fidejussória (PGE-AP).

2. Súmula 531-STJ: Em ação monitória fundada em cheque prescrito ajuizada contra o emitente, é dispensável a menção ao negócio jurídico subjacente à emissão da cártula (PGE-AP).

3. Prazo da citação para pagamento: 3 dias. Cuidado! Na execução trabalhista é 48h.

4. O documento particular precisa ser assinado por duas testemunhas para se qualificar como título executivo (TJSC).

5. Após o trânsito em julgado da decisão final, o juiz oficiará a Fazenda Pública para que promova, contra quem tiver sido condenado ao pagamento das despesas processuais, a execução dos valores gastos com a perícia particular ou com a utilização de servidor público ou da estrutura de órgão público (TJCE).

6. A exceção de pré-executividade é cabível para manifestar matérias de ordem pública e que não precisem de dilação probatória. Vejamos: "A exceção de pré-executividade é admissível na execução fiscal relativamente às matérias conhecíveis de ofício que não demandem dilação probatória" .

6.1 (PGE-MT) a exceção de pré-executividade, embora não prevista expressamente no novo Código de Processo Civil, é aceita pela doutrina e pela jurisprudência para que o executado se defenda mediante a alegação de matérias de ordem pública,

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cognoscíveis de ofício, de modo que é possível que, em uma execução fiscal, o executado alegue prescrição por meio de exceção de pré-executividade.

7. O processo de execução de títulos extrajudiciais pode ser promovido contra o responsável titular do bem vinculado por garantia real ao pagamento do débito.

8. O princípio do contraditório e ampla defesa também incidem nos processos de execução (TRT1).

9. A sentença arbitral e a homologatória de sentença estrangeira são títulos executivos judiciais.

9.1 São títulos executivos judiciais: I. As sentenças estrangeiras homologadas pelo Superior Tribunal de Justiça. II. As decisões homologatórias de autocomposição judicial. III. As sentenças penais condenatórias transitadas em julgado. IV. As decisões proferidas no processo civil que reconheçam a exigibilidade de obrigação de pagar quantia, de fazer, de não fazer ou de entregar coisa.

9.2 São títulos executivos extrajudiciais: a letra de câmbio, a nota promissória, a duplicata, a debênture e o cheque; a escritura pública ou outro documento público assinado pelo devedor; o documento particular assinado pelo devedor e por 2 (duas) testemunhas; o instrumento de transação referendado pelo Ministério Público, pela Defensoria Pública, pela Advocacia Pública, pelos advogados dos transatores ou por conciliador ou mediador credenciado por tribunal e o contrato garantido por hipoteca, penhor, anticrese ou outro direito real de garantia e aquele garantido por caução.

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10. No processo de conhecimento, oferecida a contestação, não é possível ao autor alterar o pedido ou desistir da ação sem o consentimento do réu. De outra monta, desconsiderando a existência de embargos à execução, no processo de execução, ocorre uma maleabilidade desta regra processual de base, sendo que o credor poderá desistir de toda a execução, de parte dela ou até mesmo de determinados atos executivos (TRT1).

11. A penhora de percentual de faturamento de empresa, segundo a lei, é medida subsidiária e será determinada se o executado não tiver outros bens penhoráveis ou se eles forem insuficientes ou de difícil alienação (Juiz TRF3).

12. O crédito referente às contribuições ordinárias ou extraordinárias de condomínio edilício são títulos executivos extrajudiciais. Preste atenção: Tanto faz se a contribuição é ordinária ou extraordinária.

13. (MANAUS) Q: A execução de título executivo judicial se dá em fase processual posterior à sua formação, denominada processo de execução. R: Falso!! No caso de títulos judiciais, ocorre a fase do cumprimento de sentença.

14. Mesmo sem citação válida, haverá fraude à execução se, quando o devedor alienou ou onerou o bem, o credor já havia realizado a averbação nos registros públicos. Presume-se em fraude de execução a alienação de bens realizada após essa averbação (Dizer o direito). Vale ressaltar que a regra é que tenha ocorrido a citação.

15. O prazo para os embargos à execução não é em dobro no caso de procuradores com Advogados de escritórios diferentes.

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16. Será admitida a redução ou a ampliação da penhora, bem como sua transferência para outros bens, se, no curso do processo, o valor de mercado dos bens penhorados sofrer alteração significativa (TRT6).

17. Para fins de substituição da penhora, a legislação processual equipara ao dinheiro a fiança bancária e o seguro garantia judicial, desde que o valor não seja inferior ao do débito constante da inicial da execução acrescido de 30%.

17.1 Atenção: Dentro do sistema de execução, a fiança bancária e o seguro garantia judicial produzem os mesmos efeitos jurídicos que o dinheiro para fins de garantir o juízo, não podendo o exequente rejeitar a indicação, salvo por insuficiência, defeito formal ou inidoneidade da salvaguarda oferecida (Informativo 615, STJ).

18. Na execução contra a fazenda pública, incidem juros de mora no período compreendido entre a data de realização dos cálculos e a de expedição da requisição para pagamento (PGE-PE).

18.1 É cabível a execução por título extrajudicial contra a Fazenda Pública, hipótese em que será citada para opor embargos no prazo de 30 dias.

18.2 Dentre as matérias que podem ser alegadas pela Fazenda Pública em impugnação ao cumprimento de sentença estão a ilegitimidade de parte, a inexigibilidade da obrigação e o excesso de execução.

19. O fiador, quando executado, tem o direito de exigir que primeiro sejam executados os bens do devedor, situados na mesma comarca, desde que livres e desembargados.

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20. Atenção: A existência de título executivo extrajudicial não impede a parte de optar pelo processo de conhecimento, a fim de obter título executivo judicial.

21. A multa aplicada pelo juízo ao litigante de má-fé será executada nos próprios autos.

22. Os instrumentos relativos ao ofício do cidadão são impenhoráveis, independentemente de ser a profissão regulamentada pelo MTE. Lembrando que algumas profissões sequer são catalogadas no órgão, especialmente as mais modernas.

23. Ao despachar a inicial, o juiz fixará, de plano, os honorários advocatícios de dez por cento, a serem pagos pelo executado. No caso de integral pagamento no prazo de 3 (três) dias, o valor dos honorários advocatícios será reduzido pela metade.

24. O CPC permite à parte a propositura de ação de execução de título extrajudicial simultaneamente à ação de conhecimento relativa ao mesmo ato jurídico, ainda que não haja conexão entre as demandas.

25. São impenhoráveis os créditos oriundos de alienação de unidades imobiliárias, sob regime de incorporação imobiliária, vinculados à execução da obra (Prev - SJP).

26. A requerimento da parte, o juiz pode determinar a inclusão do nome do executado em cadastros de inadimplentes.

27. De acordo com o STJ, a sentença declaratória que reconheça a exigibilidade de obrigação de pagar quantia, de fazer, de não fazer ou de entregar coisa constitui título executivo judicial (PGM-FOR).

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28. De acordo com o entendimento atual nos tribunais superiores, o MP NÃO tem legitimidade extraordinária para promover ação de execução de título formado por decisão do tribunal de contas do estado ou do Tribunal de Contas da União que tenha finalidade de ressarcir o erário (PGM-FOR).

29. De acordo com o STJ, embora seja possível a penhora de precatório judicial, essa forma de pagamento não se iguala ao dinheiro, sendo, portanto, legítima a recusa da fazenda pública à garantia por meio de precatório em execução fiscal se, na nomeação de bens a penhora, o executado tiver preterido a ordem legal (PGM-FOR).

30. Não esquecer: Os créditos das autarquias federais preferem aos créditos da Fazenda estadual desde que coexistam penhoras sobre o mesmo bem. Caiu na PGE-AM.

31. Na penhora de dinheiro, o juiz precisa de solicitação do exequente, não podendo agir de ofício. Ademais, também não dará previamente ciência ao executado, sob pena de se frustar a execução. Exemplo de questão: Para possibilitar a penhora de dinheiro em depósito ou em aplicação financeira, o juiz, a requerimento do exequente, sem dar ciência prévia do ato ao executado, determinará às instituições financeiras, por meio de sistema eletrônico gerido pela autoridade supervisora do sistema financeiro nacional, que torne indisponíveis ativos financeiros existentes em nome do executado.

32. Recaindo mais de uma penhora sobre o mesmo bem, cada exequente conservará o seu título de preferência.

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33. A necessidade de simples operações aritméticas para apurar o crédito exequendo não retira a liquidez da obrigação constante do título executivo.

34. Os embargos à execução devem ser oferecidos no prazo de quinze (15) dias e independem de prévia garantia do juízo.

Dicas - Civil - Parte Geral - Defeitos dos negócios jurídicos

1. O ato jurídico em sentido estrito é ato voluntário que produz os efeitos já previamente estabelecidos pela norma jurídica, como, por exemplo, quando alguém transfere a residência com a intenção de se mudar, decorrendo da lei a consequente mudança do domicílio.

1.1. Conforme TARTUCE: "esse ato configura-se quando houver objetivo de mera realização da vontade do titular (ATO VOLUNTÁRIO) de um determinado direito, não havendo a criação de instituto jurídico próprio para regular direitos e deveres, muito menos a composição de vontade entre as partes envolvidas. No ato jurídico stricto sensu os efeitos da manifestação de vontade estão predeterminados pela lei". Exemplos: ocupação de um imóvel; pagamento de uma obrigação".

2. As condições puramente potestativas são ilícitas. As meramente potestativas são lícitas.

3. É nula a doação de todos os bens sem reserva de parte, ou renda suficiente para a subsistência do doador. Cuidado: Não é anulável!!!

4. Os negócios jurídicos entre vivos que não possuam prazo estipulado podem ser exequíveis desde logo.

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5. Qualquer que seja o valor do negócio jurídico, a prova testemunhal é admissível como subsidiária ou complementar da prova por escrito.

6. A lesão de que trata o art. 157 do Código Civil não exige dolo de aproveitamento.

7. A existência de encargo em negócio jurídico somente suspende a aquisição ou exercício do direito se for expressamente imposto como condição suspensiva pela disponente.

8. O silêncio pode produzir efeitos. Vejamos artigo do CC: "O silêncio importa anuência, quando as circunstâncias ou os usos o autorizarem, e não for necessária a declaração de vontade expressa".

8.1 No entanto, no Direito Administrativo, a regra é que o silêncio, fato administrativo, não produza efeito, salvo disposição legal em contrário.

9. O falso motivo só vicia a declaração de vontade quando expresso como razão determinante.

10. Nos negócios jurídicos bilaterais, o silêncio intencional de uma das partes a respeito de fato ou qualidade que a outra parte haja ignorado, constitui omissão dolosa, provando-se que sem ela o negócio não se teria celebrado.

11. Quando a anulabilidade do ato resultar da falta de autorização de terceiro, será validado se este a der posteriormente.

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12. Se uma árvore cair em cima de um carro após uma tempestade, o evento será considerado um fato jurídico em sentido estrito.

13. De acordo com o CC, a condição deriva exclusivamente da vontade das partes. Obs: Não deriva da lei.

13.1 Lembrar que condição se relaciona com eficácia do negócio jurídico (PGE-SE).

13.2 (PGM-SJC) Condição, termo e encargo são elementos de eficácia que se classificam como acidentais ou facultativos.

14. A validade da declaração de vontade não depende de forma especial, senão quando houver expressa exigência legal nesse sentido. A regra é a liberdade!

15. Em caso de lesão, também é possível a revisão do negócio jurídico (Câmara de Itaquaquecetuba).

15.1 Se for oferecido suplemento suficiente, ou se a parte favorecida concordar com a redução do proveito, segundo os valores vigentes ao tempo em que foi celebrado o negócio jurídico, não se decretará a anulação do negócio, nos casos de lesão.

15.2 Exemplo de lesão cobrado pela CESPE: Determinada pessoa chega, aprovada em concurso em cidade de Estado diverso, faz uma locação por preço muito superior ao comum.

16. A anulação do negócio jurídico restituirá as partes ao estado em que antes dele elas se achavam, mas, se isso não for possível, elas terão de ser indenizadas pelo equivalente (CESPE).

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17. Em relação ao erro, o falso motivo só vicia a declaração de vontade quando expresso como razão determinante.

18. Em relação à fraude contra credores, a regra é que somente existirá quando existir devedor. De acordo com Prof. Márcio André: "Assim, em regra, somente quem já era credor no momento da alienação fraudulenta é que poderá pedir a anulação do negócio jurídico. Excepcionalmente, contudo, o STJ afirma que este requisito da anterioridade pode ser dispensado se for verificado que houve uma fraude predeterminada em detrimento de credores futuros (REsp 1092134/SP, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 05/08/2010). Em outras palavras, a pessoa, já sabendo que iria ter dívidas em um futuro próximo, aliena seus bens para evitar que os credores tenham como cobrá-lo".

18.1 (MANAUS) Q: Será viável a anulação de transmissão gratuita de bens por caracterização de fraude contra credores, ainda que a conduta que se alegue fraudulenta tenha ocorrido anteriormente ao surgimento do direito do credor. R: FALSO! Vide item acima.

19. O temor reverencial não vicia a declaração de vontade.

20. Atenção: Não se considera coação quando o sujeito ameaça tomar atitudes amparadas pela legislação. Exemplo: (CESPE) Q: Determinada entidade bancária ofereceu a um cliente a oportunidade de financiar dívida vencida de trinta mil reais, informando que, caso não ocorresse a regularização da situação de inadimplência, tomaria as medidas cabíveis para a inclusão do consumidor em cadastro de devedores. Nessa situação hipotética, embora a oferta de financiamento seja válida,

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a cobrança da dívida está viciada pela presença do vício de consentimento denominado coação". R: Falso!

21. No caso de erro, dolo, coação, fraude contra credores, estado de perigo e lesão, o prazo será de 4 anos.

21.1 Quando não tiver prazo, será de dois anos.

21.2 Esse prazo também vale para a Fazenda Pública: "Situação hipotética: Para se eximir de obrigações contraídas com o poder público, Aroldo alienou todos os seus bens, tendo ficado insolvente. Assertiva: Nesse caso, o poder público terá o prazo decadencial de quatro anos, contados da data em que Aroldo realizou os negócios jurídicos, para requerer a anulação destes" (PGE-AM).

22. Atenção: O NJ simulado é NULO!!

22.1 É nulo o negócio jurídico simulado, mas subsistirá o que se dissimulou, se válido for na substância e na forma.

22.2 O negócio jurídico nulo pode ser convertido em outro negócio jurídico válido se os requisitos da substância e forma desse último estiverem presentes e se o fim que objetivavam as partes permitir supor que teriam desejado a conversão caso tivessem previsto a nulidade.

22.3 Ocorre simulação quando há divergência intencional entre a declaração da vontade com o ordenamento jurídico, com a finalidade de causar prejuízo a terceiros.

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22.4 Configura simulação relativa o fato de as partes contratantes pós-datarem um documento, objetivando situar cronologicamente a realização do negócio em período de tempo não verossímil.

23. É possível confirmar um ato a priori anulável, tornando-o válido a posteriori, como na hipótese em que um menor de idade compra um bem e, ao atingir a sua maioridade civil, confirma esse negócio jurídico, ressalvado direito de terceiro.

24. Não é admissível o chamado "pacto de corvina", onde se estabelece obrigações relativamente a herança de pessoa viva. No caso, trata-se de negócio jurídico NULO (FCC).

24.1 (TJAL - Magis) Q: É anulável o contrato que tem por objeto herança de pessoa viva. R: Falso! No caso, é nulo.

25. Atenção: Os casos de anulabilidade não podem ser conhecidos de ofício pelo juiz.

25.1 Se uma pessoa relativamente incapaz celebrar um negócio jurídico com uma pessoa jurídica, tal negócio firmado não será nulo de pleno direito, mas poderá ser anulado.

25.2 A anulabilidade do negócio jurídico não produz efeito antes de ser julgada por sentença, não podendo, ainda, ser pronunciada de ofício pelo juiz (CESPE).

26. Não esquecer: Súmula 332 do STJ: "A fiança prestada sem autorização de um dos cônjuges implica a ineficácia total da garantia".

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27. Tanto nos casos de declaração de nulidade quanto nos de decretação de anulação do negócio jurídico, ocorre o retorno das partes à situação anterior (CESPE).

28. A nulidade não pode ser suprida pelo juiz.

29. Atenção!! Será nulo o negócio jurídico se o motivo determinante de ambas as partes for ilícito.

Será anulável o negócio jurídico se o motivo determinante de uma das partes for ilícito.

#Dicas - Crimes contra administração pública - para procuradoria

1. O conceito de funcionário público engloba até mesmo as organizações sociais (AgRg no AREsp 455.203).

1.1 (FCC) Não é considerado funcionário público, ainda que por extensão, para os efeitos penais o funcionário atuante em empresa contratada para prestar serviço atípico para a Administração pública.

1.2 É considerado funcionário público quem exerce cargo, emprego ou função pública, ainda que transitoriamente e sem remuneração (Procurador - Câmara de Cotia).

2. A causa de aumento prevista no Art. 327 não deve incidir em virtude apenas do mandato parlamentar (inq. 2606). No entanto, incide para os casos de governador de Estado (Inq 2606 - STF).

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3. A progressão de regime nesses tipos de crimes, fica condicionado à reparação do dano causado, conforme Art. do CP.

4. O princípio da insignificância não é aplicável aos crimes cometidos contra a Administração Pública, ainda que o valor seja irrisório, porquanto a norma penal busca tutelar não somente o patrimônio, mas também a moral administrativa (Prev - SJP). Atenção: O STF reconhece a aplicação do princípio da insignificância em alguns crimes.

PECULATO

4. O objeto do peculato tem de ser bem móvel (PGM/JP), inclusive energia elétrica (MPF).

5. Nomear uma pessoa para cargo sem que ela exerça a função, configura o crime de peculato-desvio.

6. O uso indevido de bem público não constitui crime (peculato-uso). No entanto, configura crime em relação ao combustível consumido pelo funcionário.

7. É admissível a tentativa.

8. A jurisprudência majoritária é no sentido de não aplicar o princípio da insignificância nos crimes de peculato (HC 310.458). Importante relembrar a nova sumula do STJ - Súmula 599: "O princípio da insignificância é inaplicável aos crimes contra a Administração Pública".

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9. Existe a forma de peculato culposo e regra especial para o mesmo: a) reparação dos danos antes da sentença -> extingue a punibilidade e b) reparação do dano após a sentença -> diminui a pena pela metade. Cuidado, a CESPE tenta confundir o marco temporal da sentença com o recebimento da denuncia, o que não esta correto.

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9.1 PGE/BA - Caso o denunciado por peculato culposo opte, antes do pronunciamento da sentença, por reparar o dano a que deu causa, sua punibilidade será extinta. CORRETO!

10. ação penal pública e incondicionada em todas as hipóteses.

11. No peculato culposo, é possível a transação penal e a suspensão condicional do processo.

12. CESPE - Q: A qualidade de funcionário público do sujeito ativo é elementar do crime de peculato, a qual não se comunica a coautores e partícipes estranhos ao serviço público. R: FALSO! pode sim comunicar, desde que ele saiba da condição de funcionário público.

PARTE 2 ---

1. No crime de emprego irregular de verbas públicas, não é admitido a modalidade culposa. A tentativa, é possível e não é preciso que exista dano para administração pública para se consumar.

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2. Ação penal pública incondicionada e não precisa ter intuito lucrativo por parte do

agente público (CESPE - TCU - PROC).

CONCUSSÃO

3. Os jurados e os médicos credenciados ao SUS podem ser sujeitos ativos do crime de concussão. O crime pode ocorrer ainda que o funcionário público esteja de férias ou licença.

4. A mera solicitação não caracteriza o crime de concussão, é preciso a EXIGÊNCIA por parte do agente.

5. Não existe a concussão na modalidade culposa.

6. É crime FORMAL, não precisa que o autor receba a vantagem indevida para se consumar. (FCC - JUIZ): Q "O crime de concussão é de natureza formal, reclamando o recebimento da vantagem para a consumação". R: Falso! É formal, mas justamente por isso independe do efetivo recebimento da vantagem indevida.

7. Parte da doutrina entende ser POSSÍVEL a tentativa.

EXCESSO DE EXAÇÃO

8. As duas formas tem natureza formal. Ação pública incondicionada.

CORRUPÇÃO PASSIVA

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10. Obs: O brasil é signatário da convenção da ONU contra a corrupção, que adota o conceito AMPLO de corrupção.

11. Não existe corrupção passiva culposa.

12. O crime tem natureza formal, salvo quanto à hipótese de receber, que é material.

13. Somente é possível a tentativa na forma solicitar, por exemplo: tenta escrever uma carta solicitando a vantagem indevida e a mesma é interceptada.

14. Ação penal é pública e incondicionada.

15. A intenção de obter lucro fácil e a cobiça não podem ser utilizadas como causas de aumento da pena-base em caso de crime de corrupção passiva (PGE-PE).

16. No crime de concussão, como o particular é ameaçado, caso ceda à exigência do funcionário, não incorre em corrupção ativa (PGM-Guarapari).

OUTROS CRIMES

1. No crime de resistência, o perseguido deve opor uma situação de atividade contra a ordem policial. Vejamos exemplo da FCC sobre o tema: "Astolfo, é surpreendido na prática de crime de roubo e recebe ordem de prisão por dois policiais militares do Estado X que estão devidamente fardados e com viatura. Para evitar a prisão, Astolfo arremessa pedras em direção aos policiais ferindo a ambos que, ainda assim, conseguem prendê-lo com o uso da força necessária. Em relação à ação

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contra a execução de ordem legal praticada por Astolfo, sem prejuízo de outros crimes decorrentes da violência, ele poderá responder pelo crime de Resistência".

1.1 Configura-se o crime de resistência quando o agente, para evitar cumprimento de reintegração de posse, lança pedras contra o oficial de justiça que está cumprindo o mandado.

2. O crime de falso testemunho abrange o processo judicial, administrativo e arbitral (FCC - ALESE).

3. A retratação do agente torna o fato impunível no crime de falso testemunho ou falsa perícia, se realizada antes da sentença no processo em que ocorreu o ilícito.

4. Lembrar que peculato é o único tipo dos crimes contra a administração pública que admite a forma culposa. Veja essa proposição FALSA sobre o tema: "Nos termos da jurisprudência, os crimes de resistência e desacato admitem modalidade culposa".

5. Quando o funcionário pública deixa de responsabilizar o seu subordinado que cometeu infração no exercício do cargo ou, quando lhe falte competência, não levar o fato ao conhecimento da autoridade competente comete o crime de condescendência criminosa.

6. (CESPE) No mesmo contexto fático, são incompatíveis o crime de corrupção ativa praticado por particular e o crime de concussão praticado por funcionário público. Isso ocorre em virtude da diferença, tendo em vista que na concussão o funcionário público faz uma EXIGÊNCIA ao particular.

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7. A importação de coletes à prova de balas sem prévia autorização do comando do Exército configura crime de contrabando (PGE-PE).

8. O crime de desacato é compatível com a constituição (PGE-PE).

8.1 Funcionário público pode ser sujeito ativo do crime de desacato, vez que se trata de crime comum (Prev - SJP).

8.2. O crime de desacato é classificado como FORMAL (PGM-Itupeva).

9. “Deixar o Diretor de Penitenciária e/ou agente público, de cumprir seu dever de vedar ao preso o acesso a aparelho telefônico, de rádio ou similar, que permita a comunicação com outros presos ou com o ambiente externo”, consiste em que crime tipificado contra a administração pública denominado prevaricação (ADV- CRA/SC).

10. Advocacia administrativa é quando o funcionário público patrocina direta ou indiretamente, interesse privado perante a administração pública.

11. O delito de tráfico de influência é crime formal, de consumação antecipada, de modo que a obtenção da vantagem configura-se como mero exaurimento do crime (Prev - SJP).

11.1 O crime de tráfico de influência caracteriza-se independentemente de o agente influir em ato praticado por funcionário público no exercício da função (Procurador - Cârama de Cotia).

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12. O indivíduo que, ao ser preso em flagrante, informa nome falso com o objetivo de esconder seus maus antecedentes pratica o crime de falsa identidade, não sendo cabível a alegação do direito à autodefesa e à não autoincriminação (PGM-BH).

13. O crime de sonegação de contribuição previdenciária é de competência da Justiça Federal (Vunesp).

14. A reparação do dano como condição para a progressão de regime prisional ou do cumprimento de pena é destinada tanto ao funcionário público quanto ao particular (TCU - Procurador).

15. A condenação de funcionário público em processo criminal decorrente de crime funcional não prejudica o ajuizamento da ação de improbidade administrativa (TCU - Procurador).

16. Para a caracterização do crime de emprego irregular de verba ou renda pública, não há que se fazer presente o lucro ou proveito próprio ou de terceiro; esse crime será caracterizado ainda que não haja lucro ou proveito próprio ou de terceiro (TCU - Procurador).

A técnica do julgamento ampliado pode ser utilizada caso a sentença seja mantida? -

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Sim! De acordo com recente julgamento do STJ: "nos recursos de apelação, a técnica de julgamento ampliado prevista pelo artigo 942 do Código de Processo Civil de 2015 deve ser utilizada tanto nos casos em que há reforma da sentença quanto nos casos em que a sentença é mantida, desde que a decisão não seja unânime".

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Vale ressaltar que a técnica de julgamento ampliado não é considerada recurso, por faltar voluntariedade e facultatividade no direito de recorrer. De acordo com o Ministro Salomão: o emprego da técnica é automático e obrigatório, conforme indica a expressão o julgamento terá prosseguimento, constante do caput do dispositivo". -

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Por fim, vamos relembrar o teor do Art. 942 mencionado acima: "Quando o resultado da apelação for não unânime, o julgamento terá prosseguimento em sessão a ser designada com a presença de outros julgadores, que serão convocados nos termos previamente definidos no regimento interno, em número suficiente para garantir a possibilidade de inversão do resultado inicial, assegurado às partes e a eventuais terceiros o direito de sustentar oralmente suas razões perante os novos julgadores".

#Dicas - Política Nacional de Gerenciamento Costeiro

1. Os Estados e Municípios podem instituir os seus respectivos planos, desde que façam por meio de lei. Neste sentido (TJSC - Juiz) "Estados e os Municípios poderão instituir, através de lei, os respectivos Planos Estaduais ou Municipais de Gerenciamento Costeiro, observadas as normas e diretrizes fixadas no Plano Nacional e em lei federal".

1.1 Cuidado! Deve ser instituído por meio de lei, não decreto. Neste sentido (MP-RN) Q: Os municípios podem instituir, por meio de decreto, os respectivos planos municipais de gerenciamento costeiro, observadas as normas e as diretrizes do Plano Nacional. R: Falso! É por meio de lei!

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2. Q: (MP-SC) Conforme a Lei 7.661/88, normas e diretrizes sobre o uso do solo, do subsolo e das águas, bem como limitações à utilização de imóveis, poderão ser estabelecidas nos Planos de Gerenciamento Costeiro, Nacional, Estadual e Municipal, prevalecendo sempre as disposições de natureza mais restritiva. R: Correto! Vejamos como a lei trata da questão: "Normas e diretrizes sobre o uso do solo, do subsolo e das águas, bem como limitações à utilização de imóveis, poderão ser estabelecidas nos Planos de Gerenciamento Costeiro, Nacional, Estadual e Municipal, prevalecendo sempre as disposições de natureza mais restritiva".

3. Entende-se por praia a área coberta e descoberta periodicamente pelas águas, acrescida da faixa subseqüente de material detrítico, tal como areias, cascalhos, seixos e pedregulhos, até o limite onde se inicie a vegetação natural, ou, em sua ausência, onde comece um outro ecossistema (TJPE - Juiz).

3.1 (MP-RN) Q: Entende-se por praia apenas a área coberta e descoberta periodicamente pelas águas. R: Falso!! Vide conceito dado pela lei no item acima.

4. (MP-RN) A falta ou o descumprimento, mesmo que parcial, das condições de licenciamento para remembramento do solo, com alterações das características naturais da zona costeira, pode ser sancionada com interdição, embargo ou demolição.

5. (MP-RN Adaptada) As praias são bens de uso COMUM do povo, não especial! Ainda conforme a lei, são assegurados, sempre, livre e franco acesso a elas e ao mar, em qualquer direção e sentido, ressalvados os trechos considerados de interesse de segurança nacional ou incluídos em áreas protegidas por legislação específica.

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6. De acordo com a lei, o Plano Nacional de Gerenciamento Costeiro pode criar unidades de conservação permanente na zona costeira.

7. Para licenciamento de atividades nessas áreas, é preciso do respectivo EIA/RIMA.

8. De acordo com disposição no plano estadual, em caso de sentenças condenatórias ou reparatórias, o Ministério Público do Estado deve ser notificado da mesma.

9. Vale ressaltar que, conforme Art. 225, p. 4º. CRFB, a zona costeira é patrimônio nacional.

#Dicas - Lei da PPP SC

1. Podem ser objeto de PPP: I – a implantação, a ampliação, o melhoramento, a reforma, a manutenção ou a gestão de

infraestrutura pública; II – a prestação de serviço público; III – a exploração de bem público; e IV – a exploração de direitos de natureza imaterial de titularidade do Estado, tais como marcas, patentes, bancos de dados, métodos e técnicas de gerenciamento e gestão, resguardada a privacidade de informações sigilosas disponíveis para o Estado.

2. Os contratos de parceria público-privada poderão ser utilizados individual, conjunta ou concomitantemente com outras modalidades de contratos previstas na legislação em vigor, em um mesmo empreendimento, podendo submeter-se a um ou mais processos de licitação.

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3. A participação no CGPPP não será remunerada, sendo considerada serviço público relevante.

4. O CGPPP remeterá à Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina (Alesc), anualmente, relatório detalhado das atividades desenvolvidas no período e de desempenho dos contratos de parcerias público-privadas.

5. Formas para garantir o equilíbrio econômico-financeiro: aumento no valor da tarifa paga pelo usuário; aumento no valor da contraprestação paga por ele; extensão do prazo de concessão, respeitado os limites legais e pagamento em espécie ou por meio de títulos em montante equivalente ao valor do desequilíbrio apurado.

6. Atenção: As cláusulas contratuais de atualização automática de valores baseadas em índices e fórmulas matemáticas, quando houver, *serão aplicadas sem necessidade de homologação pela Administração Pública*, exceto se esta publicar na imprensa oficial, até o prazo de 30 (trinta) dias após apresentação da fatura, razões fundamentadas nesta Lei ou no contrato para a rejeição da atualização.

7. Compete à Procuradoria-Geral do Estado (PGE), obrigatoriamente, emitir parecer prévio quanto aos editais e contratos. As PPP também são caracterizadas como despesa obrigatória de caráter continuado e constarão no relatório da gestão fiscal.

8. O PGE faz parte do comitê gestor das PPP Sc.

9. O comitê gestor é vinculado à Secretaria de Estado do Planejamento (SPG).

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Esse tema foi alvo da CESPE na prova da PF 2018, sendo a resposta dependente do caso concreto. Vejamos: via de regra, o estado não responderá pelos atos de multidões, tendo em vista a inexistência do nexo de causalidade, sendo os atos causados por terceiros (Rafael Oliveira). No entanto, em determinadas situações, o estado poderá ser responsabilizado, como no caso em que o mesmo sabe que ocorrerá a manifestação coletiva e existe a efetiva possibilidade de evitar a ocorrência de danos.

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Como a CESPE cobrou? 1º: Como, segundo o ordenamento jurídico brasileiro, a responsabilidade do Estado é objetiva, é possível a caracterização de responsabilização estatal por atos de omissão, como a não prestação da assistência requerida para conter a multidão. R: Correta! Como dito acima, se o evento era previsível e evitável, pode surgir a responsabilidade civil do Estado. 2°: Em regra, os atos de multidão ensejam a responsabilidade objetiva do Estado, em razão do dever de vigilância permanente da administração pública. R: Falso! Via de regra, não há responsabilidade civil do Estado por ato de multidão, como mencionado acima.

#Dicas - Responsabilidade Civil do Estado

1. A responsabilidade civil das pessoas jurídicas de direito privado prestadoras de serviço público é objetiva relativamente a terceiros usuários e não-usuários do serviço, segundo decorre do art. 37, § 6º, da Constituição Federal (CESPE EMAP 2018).

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1.1. (PGE/SE) Caso um motorista de concessionária de serviço de transporte coletivo atropele um ciclista, a responsabilidade civil dessa concessionária será subjetiva, haja vista o fato de, nessa hipótese, o ciclista não ser usuário do serviço público. Falso! Será objetiva.

1.2. (DPU) É objetiva a responsabilidade das pessoas jurídicas de direito privado prestadoras de serviços públicos em relação a terceiros, usuários ou não do serviço, podendo, ainda, o poder concedente responder subsidiariamente quando o concessionário causar prejuízos e não possuir meios de arcar com indenizações. Alternativa Correta!

1.3 (PGM/FOR) De acordo com o entendimento do STF, empresa concessionária de serviço público de transporte responde objetivamente pelos danos causados à família de vítima de atropelamento provocado por motorista de ônibus da empresa. Correto!

2. Na hipótese de uma empresa pública prestadora de serviços públicos não dispor de recursos financeiros para arcar com indenização decorrente de sua responsabilidade civil, o ente político instituidor dessa entidade deverá responder, de maneira subsidiária, pela indenização.

3. Os membros do Ministério Público, da advocacia pública e da defensoria pública podem ser responsabilizados regressivamente quando atuarem com dolo ou fraude no exercício de suas funções.

4. (MANAUS) A existência de causa excludente de ilicitude penal não impede a responsabilidade civil do Estado pelos danos causados por seus agentes. Julgado do STJ no jurisprudência em teses.

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5. O Estado terá o dever de indenizar no caso de dano provocado a terceiro de boa-fé por agente público necessário.

6. Em razão do princípio da proteção da confiança, quando o dano for causado por funcionário público putativo, o Estado responderá civilmente perante particulares de boa-fé.

7. Em caso de dano causado a terceiros, responderá o servidor perante a fazenda pública, em ação regressiva. É a chamada teoria da "dupla garantia", adotada pelo STF.

7.1. (CGMJP) Empresa pública responderá pelos danos que seu empregado, atuando como seu agente, ocasionar, assegurado o direito de regresso nos casos de dolo ou culpa. Correto!

7.2. o Estado, caso seja condenado judicialmente ao pagamento de indenização, poderá, mediante ação de regresso, reaver do servidor o quanto tiver de pagar ao particular. Correto! Vale ressaltar que a responsabilidade do servidor público é SUBJETIVA.

7.3. O município que for condenado a indenizar particular por dano causado por servidor público municipal poderá cobrar regressivamente do servidor o valor da condenação, desde que ele tenha agido com dolo ou culpa e na qualidade de servidor público municipal.

8. (STJ) Excetuados os casos de dever específico de proteção, a responsabilidade civil do Estado por condutas omissivas é subjetiva, devendo ser comprovados a

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negligência na atuação estatal, o dano e o nexo de causalidade. Via de regra, a responsabilidade por omissão é subjetiva, salvo em alguns casos, como na omissão específica, onde o Estado possui dever de agir.

9. Atenção: A culpa concorrente não é causa excludente, mas sim atenuante da responsabilidade civil do Estado.

9.1. (CESPE) A culpa concorrente da vítima é causa excludente da responsabilidade civil do Estado. Falso! É atenuante.

9.2. (PGM/FOR) Situação hipotética: Um veículo particular, ao transpassar indevidamente um sinal vermelho, colidiu com veículo oficial da Procuradoria-Geral do Município de Fortaleza, que trafegava na contramão. Assertiva: Nessa situação, não existe a responsabilização integral do Estado, pois a culpa concorrente atenua o quantum indenizatório. Correto! Atenuou a responsabilidade estatal.

9.3. (CESPE) Em virtude da observância do princípio da supremacia do interesse público, será integralmente excluída a responsabilidade civil do Estado nos casos de culpa — seja exclusiva, seja concorrente — da vítima atingida pelo dano. Falso!

10. O Estado, via de regra, é responsável por suicídio de detento, tendo em vista que possui o dever de garantir sua segurança. No entanto, não haverá o dever de indenizar caso fique comprovado que não tinha como ser evitado, que exclui o nexo de causalidade (Informativo 819, STF).

10.1. (CESPE) O Estado pode ser responsabilizado pela morte do detento que cometeu suicídio. Correto!

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10.2. (JUIZ TJPR) Em recente decisão, o STF entendeu que, quando o poder público comprovar causa impeditiva da sua atuação protetiva e não for possível ao Estado agir para evitar a morte de detento (que ocorreria mesmo que o preso estivesse em liberdade), não haverá responsabilidade civil do Estado, pois o nexo causal da sua omissão com o resultado danoso terá sido rompido. Correto!

10.3 (DPF) A responsabilidade civil do Estado pela morte de detento sob sua custódia é objetiva, conforme a teoria do risco administrativo, em caso de inobservância do seu dever constitucional específico de proteção.

11. Situação hipotética: Lei de determinado estado da Federação estabeleceu a responsabilidade do estado durante a realização de evento internacional na capital dessa unidade federativa: o estado assumiria os efeitos da responsabilidade civil perante os organizadores do evento, por todo e qualquer dano resultante ou que surgisse em função de qualquer incidente ou acidente de segurança relacionado ao referido evento, exceto na situação em que organizadores ou vítimas concorressem para a ocorrência do dano. Assertiva: Conforme entendimento do STF, a referida lei estadual é constitucional, pois a Constituição Federal de 1988 não esgota matéria relacionada à responsabilidade civil. Esse foi o entendimento do STF sobre a lei geral da copa.

11.1. http://www.stf.jus.br/portal/cms/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=266270

12. (PGE/SE) Inexistirá responsabilização estatal por latrocínio que for praticado logo após a fuga de presos, uma vez que o dano não terá ocorrido enquanto os criminosos se encontravam sob a custódia estatal. Falso! Logo após a fuga ainda tem responsabilidade do estado; no entanto, se fosse após algum período, o nexo de causalidade estaria excluído, são entendimentos do STF.

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13. A União pode responder também por congelamentos de tarifas aéreas, conforme Informativo 738. Questão da PGE/SE e PGM/SLZ.

14. O Estado também responde no caso de bala perdida durante perseguição policial.

14.1. (CESPE) Prestes a ser morto por dois indivíduos que tentavam subtrair a sua arma, um policial militar em serviço efetuou contra eles disparo de arma de fogo. Embora o policial tenha conseguido repelir a injusta agressão, o disparo atingiu um pedestre que passava pelo local levando-o à morte. O Estado responde objetivamente pelos danos causados à família do pedestre, ainda que o policial militar tenha agido em legítima defesa. Correto!

15. Mesmo que determinada lei tenha sido declarada inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal, entende-se que não é viável a responsabilização do Estado pela edição da referida norma, uma vez que o Poder Legislativo é dotado de soberania no exercício da atividade legiferante. Falso! O estado pode, sim, ser responsabilizado por atos legislativos.

15.1. Em nenhuma circunstância será o Estado responsabilizado por danos decorrentes dos efeitos produzidos por lei, uma vez que a atividade legislativa é fundamentada na soberania e limitada somente pela Constituição Federal de 1988. Falso!

16. A responsabilidade objetiva do Estado se fundamenta na teoria do risco administrativo.

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17. Se liga: De acordo com a Lei 10.744, fica a União autorizada, na forma e critérios estabelecidos pelo Poder Executivo, a assumir despesas de responsabilidades civis perante terceiros na hipótese da ocorrência de danos a bens e pessoas, passageiros ou não, provocados por atentados terroristas, atos de guerra ou eventos correlatos, ocorridos no Brasil ou no exterior, contra aeronaves de matrícula brasileira operadas por empresas brasileiras de transporte aéreo público, excluídas as empresas de táxi aéreo. Caiu na PGE/MA.

18. A responsabilidade do Estado por conduta omissiva caracteriza-se mediante a demonstração de culpa, de dano e de nexo de causalidade.

19. Um ato, ainda que lícito, praticado por agente público e que gere ônus exorbitante a um cidadão pode resultar em responsabilidade civil do Estado. O Estado responde por atos lícitos e ilícitos.

19.1. A aplicação da responsabilidade objetiva independe da verificação do elemento culpa, de modo que, demonstrados o prejuízo pelo lesado e a relação de causalidade entre a conduta estatal e a lesão sofrida, o dever de indenizar poderá ser reconhecido mesmo que decorra de atos lícitos estatais.

20. Admite-se que o Estado promova a denunciação da lide envolvendo agente seu nas ações de responsabilidade civil, no entanto, tal denunciação não é obrigatória, podendo o Estado, em ação própria, exercer o seu direito de regresso em face do agente causador do dano (PGE/AM).

21. Atenção: caso o Estado cause danos ambientais, deve ser responsabilizado com base no risco integral.

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22. Nos termos da lei, a obrigação de reparação de dano praticado por servidor público é extensível aos seus sucessores.

23. Atenção: A jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça admite, em caráter EXCEPCIONAL, que o montante arbitrado a título de danos morais seja alterado, caso se mostre irrisório ou exorbitante, em clara afronta aos princípios da razoabilidade e da proporcionalidade, o que não ocorreu no caso concreto.

24. O Estado pode, excepcionalmente, responder pelos atos da multidão. (CESPE - DPF 2018) Como, segundo o ordenamento jurídico brasileiro, a responsabilidade do Estado é objetiva, é possível a caracterização de responsabilização estatal por atos de omissão, como a não prestação da assistência requerida para conter a multidão.

24.1 (CESPE - DPF 2018) Q: Em regra, os atos de multidão ensejam a responsabilidade objetiva do Estado, em razão do dever de vigilância permanente da administração pública. R: Falso! Via de regra não responde objetivamente, pois o fato é de terceiro.

25. Via de regra, o Estado não responde pelos roubos ocorridos em seu território, tendo em vista que se trata de omissão genérica. No entanto, em algumas situações poderá ser responsabilizado, como no caso de roubo em frente a delegacia, em que os policiais nada fizeram (FGV).

26. Atenção: O Estado pode ser condenado a indenizar o preso em condições degradantes, inclusive em danos morais. Vejamos a tese do STF sobre o tema: "“Considerando que é dever do Estado, imposto pelo sistema normativo, manter em seus presídios os padrões mínimos de humanidade previstos no ordenamento jurídico, é de sua responsabilidade, nos termos do art. 37, § 6º da Constituição

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(responsabilidade objetiva), a obrigação de ressarcir os danos, inclusive morais, comprovadamente causados aos detentos em decorrência da falta ou insuficiência das condições legais de encarceramento”.

26.1 Não foi admitido o pedágio masmorra, ou seja, que as condições degradantes em que os presos são submetidos atenuassem a pena.

#Dicas - Bens Públicos - Administrativo

1. As terras tradicionalmente reservadas aos índios são consideradas bens públicos de uso especial da União. Do mesmo jeito, as terras indispensáveis à proteção ambiental, também são consideradas de uso especial.

1.1 (PGE/TO) Uma gleba de terras devolutas estaduais foi arrecadada por ação discriminatória e o Governo do Estado, por meio de lei, declarou-a como indispensável à proteção de um relevante ecossistema local, incluindo-a na área de parque estadual já constituído para esse fim. Tal gleba deve ser considerada bem de uso especial.

1.2. (DPE/PE) As terras tradicionalmente reservadas aos índios são consideradas bens públicos de uso especial da União. Correto!

2. As terras devolutas, não se encontrando afetadas a nenhuma finalidade pública específica, são bens públicos dominiais.

2.1. (DPE/PE) Aos municípios pertencem as terras devolutas não compreendidas entre aquelas pertencentes à União. Falso! Pertencem aos Estados, conforme Art. 26, CRFB.

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3. O Superior Tribunal de Justiça possui jurisprudência firme e consolidada no sentido de que a cobrança em face de concessionária de serviço público pelo uso de solo, subsolo ou espaço aéreo é ilegal (seja para a instalação de postes, dutos ou linhas de transmissão, por exemplo), uma vez que: a) a utilização, nesse caso, se reverte em favor da sociedade. AgInt no REsp 1482422/RJ

4. Bens dominicais são os de domínio privado do Estado, não afetados a finalidade pública e passíveis de alienação ou de conversão em bens de uso comum ou especial, mediante observância de procedimento previsto em lei.

5. Município pode adquirir bem por usucapião (PGM/FOR). Neste sentido (AGU): De acordo com a doutrina dominante, caso uma universidade tenha sido construída sobre parte de uma propriedade particular, a União, assim como ocorre com os particulares, poderá adquirir o referido bem imóvel por meio da usucapião, desde que sejam obedecidos os requisitos legais. Correto!

5.1. Vale ressaltar que usucapião é modalidade ORIGINÁRIA de aquisição da propriedade, não derivada (PGM/PARANAVAI).

5.2 (DPE/AC) Salvo a hipótese de usucapião especial para fins de moradia prevista na CF, não é permitido usucapião de bens públicos. Falso! Não é possível usucapir bem público, em virtude da proibição constitucional.

6. O ordenamento jurídico brasileiro permite que pertençam a particulares algumas áreas nas ilhas oceânicas e costeiras.

Referências

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