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Carta Mensal. Janeiro 2012

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Carta Mensal

Janeiro 2012

Fundos de investimento não contam com a garantia do administrador, do gestor da carteira, de qualquer mecanismo de seguro ou, ainda, do fundo garantidor de créditos – FGC. A rentabilidade passada não representa garantia de rentabilidade futura. Ao investidor é recomendada a leitura cuidadosa do prospecto e do regulamento dos fundos de investimento ao aplicar seus recursos. As informações contidas neste material são de caráter exclusivamente informativo. Estes fundos utilizam estratégias com derivativos como parte integrante de suas políticas de investimento. Tais estratégias, da forma como são adotadas, podem resultar em significativas perdas patrimoniais para seus cotistas. Estes fundos estão autorizados a realizar aplicações em ativos financeiros no exterior. Os fundos multimercados com renda variável podem estar expostos a significativa concentração em ativos de poucos emissores, com os riscos daí decorrentes.

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I.

Cenário Macroeconômico

No Brasil, o Banco Central reduziu a taxa básica de juros, Selic, em 50 bps, caindo de 11% para 10,5% ao ano. A decisão, que já era esperada amplamente pelo mercado e por nós, ganhou mais importância após a divulgação da ata da reunião. A ata além de fazer os contrapontos de praxe entre os elementos que reduzem/aumentam as pressões inflacionárias, nos trouxe uma afirmação explícita que o governo pretende realizar mais ajustes na taxa de juros, levando a Selic para um dígito. Essa afirmação pode ser vista no parágrafo 35 do documento, que diz ‘’Diante do exposto, considerando ainda que a desaceleração da economia brasileira no segundo semestre do ano passado foi maior do que se antecipava e que eventos recentes indicam postergação de uma solução definitiva para a crise financeira européia, neste momento, o Copom atribui elevada probabilidade à concretização de um cenário que contempla a taxa Selic se deslocando para patamares de um dígito’’.

O documento ainda cita como justificativas para um cenário de taxa de juros em um dígito: i) redução dos prêmios de risco; ii) mudanças na estrutura dos mercados financeiros e de capitais; iii) aprofundamento do mercado de crédito; iv) geração de superávits primários consistentes e por fim v) tendência decrescente para a relação entre dívida pública e PIB. Todas essas mudanças geraram modificações estruturais significativas na economia brasileira, as quais determinaram recuo nas taxas de juros em geral e em particular na taxa neutra.

Além desses motivos ancorados pelo Banco Central para realizar mais ajustes na taxa de juros, nosso cenário baseia-se no fato de que acreditamos que o dilema que o governo enfrenta, entre crescer mais com mais inflação ou crescer menos com menos inflação, tem um viés para a primeira opção. Diferentemente do mercado, que acredita que o ciclo total no corte de juros levará a Selic para 9,5% ao final do ano, mantemos nosso call de longa data que o movimento de ajustes na taxa de juros nominal será prolongado e atingirá o patamar de 9,25% ao final de 2012. Desta maneira, o COPOM irá realizar mais dois cortes de 50 bps e um corte de 25 bps.

Para 2012 continuamos com uma projeção de inflação em 5,35%. No entanto, nosso viés é de alta com destaque para: i) recente ciclo de corte de juros, ii) mercado de trabalho resiliente, iii) expansão dos gastos públicos, e iv) expansão da renda. Além desses fatores, é importante ainda lembrar que choques desfavoráveis na oferta de agrícolas podem elevar os preços das commodities, impactando a inflação no curto-médio prazo.

O dado fiscal do mês de dezembro de 2011 foi divulgado e corroborou nossa projeção de que a meta do superávit primário seria realizada, porém a qualidade do resultado é questionável. O cumprimento das metas nos próximos anos, visto que o cenário macroeconômico desfavorável é negativo para a arrecadação, será a grande questão a ser discutida nos próximos meses. Esperamos um anúncio em breve do contingenciamento dos gastos para esse ano nos próximos dias.

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Nos Estados Unidos, os dados do mês de janeiro continuaram surpreendendo positivamente, confirmando assim que a possibilidade de ocorrer recessão na maior economia do mundo foi afastada. Porém, com um desempenho da economia ainda não satisfatório - crescimento do PIB projetado para algo em torno de 2,0% e 2,5% em 2012 e taxa de desemprego rodando em 8,5% - o

Fed decidiu manter a taxa de juros nominal entre 0.0% e 0.25% até meados de 2014 e continuou

com a “operation twist’’ - compra de títulos de longo prazo financiadas através da venda de títulos de curto prazo - no valor de US$ 400 bilhões. Cabe destacar dois pontos no comunicado da decisão de juros do banco central americano: pela primeira vez o board americano decidiu explicitar a sua meta de inflação de longo prazo (2,0%) e divulgou as projeções de juros de longo prazo dos membros do FOMC. Com a ocorrência sistemática de dados surpreendendo positivamente e o contínuo afrouxamento da política monetária do Fed, por enquanto a probabilidade de ocorrer uma nova rodada de quatitative easing é muito pequena.

Na Europa, a indefinição quanto ao futuro da Grécia continua. Uma nova rodada de negociações teve início. Enquanto o governo grego negocia com os credores um corte no total da dívida e ao mesmo tempo um acordo com a troika - FMI, Banco Central Europeu e Comunidade Européia - para a liberação de mais dinheiro, precisa lidar com a necessidade de honrar o pagamento de parte dos empréstimos tomados, € 14,4 bilhões, próximo dia 20 de março.

A preocupação quanto à Itália e Espanha continuam, mas foram amenizadas com a melhora recente nas taxas de juros para as captações nos títulos de dívida desses países. Com a realização da LTRO (Operação de refinanciamento a longo prazo) pelo Banco Central Europeu, os países conseguiram realizar captações com pagamento em 3 anos e com uma taxa de juros de 1% ao ano. Desta maneira, o mercado reduziu o prêmio exigido aos países para realizar a compra de seus títulos de curto prazo.

Em relação ao crescimento, devido aos últimos dados ruins de atividade econômica, acreditamos que ocorrerá uma recessão em 2012 na zona do euro. Essa visão é corroborada pelas poucas chances de manobras monetárias e fiscais que os países do bloco podem adotar. Com a taxa de juros comum básica em patamar baixíssimo, aliada a restrições de utilização de mecanismos fiscais, a chance de uma melhora econômica no curto e médio prazo são difíceis de serem visualizadas. Além disso, destacamos que a agência de classificação de risco S&P rebaixou os ratings dos bonds soberanos de 9 dos 17 membros da zona do euro.

Cabe destaque para o dado do PIB da China (9,2%) que demonstrou resiliência. O número era amplamente esperado pelo mercado que discute se a segunda maior economia do mundo irá enfrentar uma desaceleração abrupta ou suave do crescimento nos próximos anos. Acreditamos que mesmo com a situação preocupante na Europa, a melhora no cenário norte americano e o contínuo crescimento dos países emergentes, sustenta uma desaceleração suave da economia chinesa.

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Continuamos a acreditar que os países envoltos na crise apresentam mais problemas de liquidez do que de solvência, o que ocasionou um desconforto no mercado financeiro. Nossa visão de que uma solução de curto prazo (liquidez) seria necessária está se materializando, seja via aumento dos recursos do Fundo Europeu para Estabilização ou via FMI. A solução de médio/longo prazo nos parece mais difícil de ocorrer, pois essas demandam mudanças estruturais profundas no lado fiscal, que é o cerne do problema atual.

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II. Estratégia Ações

Claritas Long Short FIC FIM

O Claritas Long Short apresentou uma rentabilidade de 0,65% no mês, equivalente a 73% do CDI. A expectativa de recuperação da economia americana com os recentes dados positivos divulgados e a retomada do crescimento na China levaram à uma rotação das ações defensivas para as ações com maior beta. Com isso Janeiro teve R$ 7 bilhões de fluxo positivo de investidores estrangeiros na Bovespa, maior valor dos últimos anos, que contribuiu para a forte alta das ações com características cíclicas.

O destaque negativo do mês foi a estratégia em ações compradas contra o índice. As demais estratégias do fundo apresentaram resultados positivos, com destaque para as estratégias em ações de baixa liquidez e pair trades, mas não compensaram as perdas das posições compradas contra o Ibovespa.

Com a expressiva alta de 11% do Ibovespa no mês, as posições compradas em ações defensivas contra o índice penalizaram o fundo. Os maiores prejuízos vieram das posições em Brasil Foods ON <BRFS3>, Vivo PN <VIVT4>, Cetip ON <CTIP3> e BR Properties ON <BRPR3>.

A estratégia em baixa liquidez foi um destaque positivo do mês beneficiada pela melhora do humor do mercado. As posições em Taesa Unit <TRNA11>, JHSF ON <JHSF3> e Royalties da MMX <MMXM11> foram as que mais contribuíram para o fundo.

Outro destaque positivo foi o pair trade entre CCR ON <CCRO3> e Ecorodovias ON <ECOR3>. O agressivo desconto de 46% para a tarifa teto oferecido pela Ecorodovias no leilão que venceu a licitação da rodovia BR-101 surpreendeu negativamente o mercado e as suas ações apresentaram forte queda no mês.

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Atribuição de Performance do Claritas Long Short FIC FIM 1T 2011 2T 2011 3T 2011 4T 2011 Acumulado 2011 Jan 2012 Pair Trade 0.24% -0.11% 0.39% -0.88% -0.41% 0.32%

Ação Long x Índice 1.24% 1.04% 0.65% 0.37% 3.38% -0.85% Ação Short x Índice -0.14% -0.50% 0.18% -0.32% -0.81% 0.09% Ações de Baixa Liquidez

LiLiquidez -0.34% 0.63% -1.41% 1.17% 0.09% 0.60% Exposição Direcional -0.21% -0.21% 0.24% -0.29% -0.48% 0.15% Cash Enhancement 0.02% 0.06% 0.11% 0.07% 0.27% 0.02% Outros -1.12% -0.55% -0.97% -1.09% -3.96% -0.56% CDI 2.63% 2.81% 3.00% 2.65% 11.60% 0.89% Total 2.32% 3.17% 2.20% 1.68% 9.69% 0.65% % CDI 88% 113% 73% 63% 84% % 73%

Referências

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