Centro de Estudos Técnicos do
Terceiro Setor
LEI 13.019/2014
NOVO REGIME JURÍDICO DAS PARCERIAS VOLUNTÁRIAS
ENTRE A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E AS
ORGANIZAÇÕES DA SOCIEDADE CIVIL
Centro de Estudos Técnicos do Terceiro Setor
CETTESE
Claudio Ramos SP, 30/11/2015
A Estrela do Sucesso de ZACH
Representa muitos dos
atributos
que levam ao sucesso.
FONTE: Planos de Negócios que dão certo, Ed. Campus
MARCO LEGAL E SEUS REFLEXOS?
ONDE ESTÁ O
HOMEM
ESTÁ A SOCIEDADE;
(Ubi societas, ibi ius)
ONDE ESTÁ A
SOCIEDADE
POSSO IGNORAR A LEI?
“
Nenimem ignorantia legis excusat
”
A ignorância da lei não escusa ninguém.
“
Nemo potest ignorare leges
”
A ninguém é dado alegar a ignorancia da lei.
Lei de Introdução ao Código Civil Brasileiro (Decreto-Lei 4657/1942):
Art. 3o Ninguém se escusa de cumprir a lei, alegando que não a conhece.
Art. 1o Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo país quarenta e cinco
dias depois de oficialmente publicada”.
CF Emendas LC Leis Ordinárias Decretos, Portarias, Resoluções etc
HANS KELSEN: “a ordem juridica não é um sistema de normas juridicas ordenadas no
mesmo plano, situadas umas ao lado das outras, mas é uma construção escalonada de diferentes camadas ou níveis de normas jurídicas.”
PRINCIPIO DA HIERARQUIA DE NORMAS
290.692
fundações e associações
sem fins
lucrativos
Áreas de atuação
30,1% Defesa de direitos e interesses dos cidadãos 28,5% Religiosas
12,7% Cultura e recreação 10,5% Assistência Social
Fontes:
IBGE,2012; FGV, 2013
RETRATO DO TERCEIRO SETOR
2,1 milhões
de pessoas com carteira assinada, o que equivale a
4,9%
dos trabalhadores brasileiros.
CONSTITUIÇÃO FEDERAL (
CF
);
CÓDIGO CIVIL (
CC
);
CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL (
CTN)
;
CLT;
NORMAS ESPARSAS (Leis e Decretos);
RESOLUÇÕES, PORTARIAS, IN etc
FONTES DO MARCO LEGAL DO
TERCEIRO SETOR
Leis Complementares: 8
Leis Ordinárias: 190
Decretos-Lei: 8
Decretos sem número: 4
Decretos: 105
Regimentos: 4
Portarias: 46
Instruções Normativas: 31
MP: 10
Resoluções: 52
10MARCO LEGAL DO TERCEIRO SETOR
CETS (FGV – 31/07/04)
LEGISLAÇÃO BÁSICA(?) DO TERCEIRO SETOR?
CF, CC, CLT, CTN, CP;
LEIS:
91/35 (UPF), 6.015/73 (LRP), 8.069/90 (ECA), 8.212/91, 8213/91, 8742/93 (LOAS), 9.608/98 (voluntariado), 9637/98 (OS), 9.790/99 (OSCIP), 10.741/2003 (Estatuto do Idoso), 12.101/09 (com as alterações da Lei 12.868/2014), 12.846/2013 (Lei Anticorrupção), 12.435/11, 13.019/14 (parcerias),
13.151/2015etc;
DECRETOS:
50.517/61 (UPF), 3.048/99 (Regulamento da Previdência Social) , 6.308/07, 7300/10,8.242/14etc;
RESOLUÇÕES:
CNAS 109/2009 (Tipificação de Serviços Socioassistenciais);
CNAS 16/2010 (Define os parâmetros nacionais para a inscrição das entidades e organizações de assistência social, bem como dos serviços, programas, projetos e benefícios socioassistenciais)
CNAS 27/2011 (caracteriza as ações de assistência e defesa e garantia de direitos)
COMAS SP (528/2011) etc;
OUTRAS NORMAS:
IN RFB 971/09;
Portarias MEC 2/10 e 710/10;
Lei 13.019/2014
Marco Regulatório das
Organizações da Sociedade Civil
MROSC
NOVA RELAÇÃO DE PARCERIA
Lei 13.019/2014
31 de julho de 2014
Estabelece o regime jurídico das
parcerias
voluntárias,
envolvendo ou não
transferências de recursos financeiros
, entre a administração pública e as
organizações da sociedade civil, em regime de mútua cooperação, para a
consecução de finalidades de
interesse público
; define diretrizes para a
política
de fomento e de colaboração
com organizações da sociedade civil; institui o
termo de colaboração
e o
termo de fomento
; e altera as Leis nos 8.429, de 2 de
junho de 1992, e
9.790
, de 23 de março de 1999.
88 ARTIGOS
D.O.U. 01/08/2014
CAPÍTULOS
I – DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
II – DA CELEBRAÇÃO DO TERMO DE COLABORAÇÃO OU DE FOMENTO
III – DA FORMALIZAÇÃO E DA EXECUÇÃO
IV – DAPRESTAÇÃO DE CONTAS
V – DA RESPONSABILIDADE E DAS SANÇÕES VI – DISPOSIÇÕES FINAIS
RELAÇÕES DA
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
EMPRESAS
Leis:
8.666/93 (licitações)
10.520/02 (pregão)
ADMINISTRAÇÃO
PÚBLICA
Decreto 6.170/07
(convênios, contratos
de repasse e termos de
execução
descentralizada)
ORGANIZAÇÕES
DA SOCIEDADE
CIVIL
Lei 13.019/14 e
Decreto ????
Lei 9790/99 (OSCIP)
Lei 9637/98 (OS)
Insegurança jurídica
Ausência de lei específica
Interpretações distintas
Analogias indevidas com entes federados
Pouca ênfase no controle de resultados Estoque de prestação de contas
DIAGNÓSTICO
Agenda
normativa
Solução
Insegurança institucional
Ausência de dados sistematizados
Pouca capacitação
Planejamento insuficiente
Dificuldade de adaptação às normas e ao sistema (Siconv)
Agenda de
conhecimento
Solução
Lei 13019/2014:
Aperfeiçoar
o ambiente
jurídico
e
institucional
relacionado às organizações da sociedade civil e suas
relações de parceria com o Estado.
Valorização das
OSCs
Transparência
na aplicação dos
recursos
Segurança
jurídica
Efetividade nas
parcerias
18
PARTES INTERESSADAS
(STAKEHOLDERS)
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA:
administrador público (agente público) e gestor público
(responsável pela gestão da parceria - controle e fiscalização)
ORGANIZAÇÕES DA SOCIEDADE CIVIL:
Dirigente, associados (assembleia), conselho fiscal etc
SOCIEDADE: investidores sociais, apoiadores etc
OUTROS:
Tribunais de Contas, fisco etc.
ÓRGÃOS DO GOVERNO FEDERAL
ORGANIZAÇÕES DA SOCIEDADE CIVIL
Titulares Suplentes
1.Secretaria-Geral da Presidência da República 1.ABONG 8.Instituto Ethos
2.Casa Civil da Presidência da República 2.GIFE 9.APEMA
3.Controladoria-Geral da União 3.CLAI-BRASIL 10.Cáritas Brasileira
4.Advocacia-Geral da União 4.CEBRAF 11.Visão Mundial
5.Ministério da Justiça 5.Fundação Esquel
Brasil
12.INESC
6.Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão 6.UNICAFES 13.ISA
7.Ministério da Fazenda 7.CONCRAB 14.FENAPAE
CONSTRUÇÃO DEMOCRÁTICA E PARTICIPATIVA?
Grupo de Trabalho Interministerial
(Novembro de 2011 a junho de 2012):
Reuniões bilaterais
com Ministérios de atuação finalística, oitiva de
especialistas
250 gestores públicos
foram ouvidos e contribuíram com a proposta
Plataforma por um Novo Marco Regulatório das OSCs
+ 50 mil
OSCs
www.plataformaosc.org.br
FONTE: Dra. Laís de Figueirêdo Lopes
Construção democrática e participativa
As contribuições subsidiaram o Congresso Nacional na
elaboração de projetos de lei sobre o tema
Novas diretrizes e
princípios
Instrumentos
jurídicos próprios
Abrangência
Nacional
Gestão pública democrática, participação
social e fortalecimento da sociedade civil, entre
outros.
Termo de Fomento e Termo de Colaboração.
Fim dos Convênios
para as OSCs, mantêm
entre órgãos públicos.
Administração direta e indireta da União,
Estados, Distrito Federal e Municípios
O QUE MUDA?
Chamamento público
obrigatório
Transparência e democratização do acesso
às parcerias com editais.
Atuação em rede
Agregação
de
projetos,
valorizando
a
integração entre as OSCs maiores e menores.
O QUE MUDA?
Remuneração da
equipe de trabalho
Remuneração de
custos indiretos
Remuneração de pagamento de equipe de
trabalho, com todos os encargos sociais
inclusos
Remuneração de custos indiretos (despesas
administrativas) limitada a 15% do valor total
Prestação de
contas
simplificada
Sistema aperfeiçoado.
Regulamento deverá prever regras mais
simplificadas abaixo de R$ 600.000
Monitoramento
e Avaliação
Criação de Comissões de Monitoramento e
Avaliação nos órgãos e pesquisas junto a
beneficiários
Contrapartida
facultativa
Não será mais permitida a exigência de
contrapartida financeira, sendo facultativa a
de bens e serviços.
FONTE: Dra. Laís de Figueirêdo Lopes
Manifestação de
Interesse Social
Capacitação
Conselho Nacional de
Fomento e
Colaboração
Elaboração de propostas de chamamento
público pelas próprias
OSCs, movimentos
sociais e interessados
Para gestores públicos, conselheiros e a
sociedade civil organizada
Composição paritária para divulgar boas
práticas, propor e apoiar políticas e ações
voltadas ao fortalecimento
Comunicação Pública
Divulgação
em
meios
públicos
de
comunicação – campanhas e programações
desenvolvidas por OSCs
FONTE: Dra. Laís de Figueirêdo Lopes
Fase Preparatória
1. A Administração Pública deverá prover a capacitação de pessoal, e os recursos materiais e tecnológicos necessários para assegurar a sua capacidade de acompanhamento das parcerias (art. 8°, parágrafo único)
2. Detalhamento dos elementos principais do plano de trabalho: diagnóstico da
realidade; descrição das metas; formas de avaliação, entre outros (art.22)
3. Busca pela padronização de: objetivos; metas; métodos; custos; plano de trabalho; indicadores de avaliação de resultados (art. 23)
4. Criação do Procedimento de Manifestação de Interesse Social para elaboração de propostas de chamamento público por OSCs, movimentos sociais e interessados.
Planejamento Execução Monitoramento e Prestação de ContasPrestação de Contas
Avaliação Seleção Planejamento Procedimento de Manifestação de Interesse Social (art.19)
I – identificação do subscritor da proposta; II – indicação do interesse público envolvido;
III – diagnóstico da situação, e, quando possível, indicação da viabilidade, dos custos, benefícios e prazos de execução da ação pretendida.
FONTE: Dra. Laís de Figueirêdo Lopes
5. Universo de OSCs delimitado, independente de titulação (OSCIP, UPF, CEBAS, OS), afastando clubes, associações de servidores, partidos políticos ou quaisquer entidades congêneres (art. 2, I; art.45, VIII)
9. Exigência de 3 (três) anos de existência e experiência prévia
Exigências
Adicionais (art. 24, § 1º , VII, “a”; “b” e “c”)
Conselho Fiscal
Experiência prévia na realização do objeto ou de natureza similar, assim como capacidade técnica e operacional para execução das atividades.
I - casos de urgência;
II - casos de guerra ou grave perturbação da ordem pública;
III - programa de proteção a pessoas ameaçadas ou em situação que possa comprometer a sua segurança.
EXCEÇÕES/ DISPENSA
6. Chamamento Público como regra geral (art. 24 e art. 30)
Planejamento Execução Monitoramento e Prestação de ContasPrestação de Contas
Avaliação Seleção
8. Ficha Limpa para as organizações e seus dirigentes (art. 39. VII, a, b e c)
7. Inexigibilidade para as organizações da sociedade singulares
FONTE: Dra. Laís de Figueirêdo Lopes
10. Inserção de novos princípios e diretrizes, com destaque para o princípio da legitimidade e priorização do controle de resultados (art.5° e art. 6°)
11. Regulação do pagamento da equipe do projeto: indicação das condições para
pagamento da equipe de trabalho da organização, inclusive os encargos sociais com possibilidade de rateio (art. 46, I)
12. Custos indiretos administrativos, diárias e outros itens: definição do limite de 15% e condições para o pagamento com possibilidade de rateio (internet; transporte; aluguel; telefone; assessoria jurídica e contábil - art. 45, art. 47)
13. Contrapartida facultativa em bens e serviços, vedada a financeira (art.35, §1°)
14. Atuação em rede: Delineamento das categorias e obrigações da “organização celebrante” e das “organizações executantes e não celebrantes” (art.25)
Planejamento Seleção Execução Monitoramento e Prestação de ContasPrestação de Contas
Avaliação
FONTE: Dra. Laís de Figueirêdo Lopes
M o ni to ra m e nt o e A v al ia çã o
15. Comissão de Monitoramento e Avaliação (art. 2º, XI; art. 35, §6º; art. 66, parágrafo único, II)
16. Pesquisa junto aos beneficiários finais para apoiar o controle de resultados e verificar a efetividade da parceria (art. 58, §2º)
17. Autoriza criação do Conselho Nacional de Fomento e Colaboração. Composição
paritária para divulgar boas práticas e de propor e apoiar políticas e ações voltadas ao fortalecimento das relações de fomento e de colaboração previstas nesta Lei (art.15).
18. Acompanhamento e gestão por plataforma eletrônica: prevê-se que todas as etapas da parceria, desde a seleção até a prestação de contas, deverão ser registradas em plataforma eletrônica. (art.65, art.68 e art. 69,§6º)
19. Possibilita integração de Estados e Municípios ao SICONV perante autorização da União. (art. 81)
Planejamento Seleção Execução Monitoramento e
Avaliação Prestação de Contas
FONTE: Dra. Laís de Figueirêdo Lopes
20. Estratificação da prestação de contas, com previsão para regras diferenciadas para parcerias de menor valor (art. 63, §3°):
21. Sistema de análise e prazos para a prestação de contas
Até 90 dias para prestação de contas pela OSC. Prazo menor pode ser estipulado em razão da complexidade do objeto (art.69)
Previsão de 45 dias para solução de diligências, prorrogável por igual período (art.70) Prazo de 90 a 150 dias para análise pela Administração Pública (art.71) que poderá:
Planejamento Seleção Execução Monitoramento e
Avaliação
Níveis Até R$ 600.000,00 Acima de R$ 600.000,00
Justificativa do recorte (dados SICONV– 2008/2011)
80% dos convênios totalizam 20% dos recursos
20% dos convênios totalizam 80% dos recursos
(i) aprovar;
(ii) aprovar, com ressalvas
(iii) rejeitar e instaurar tomada de contas especial. (art.72)
Prestação de Contas
FONTE: Dra. Laís de Figueirêdo Lopes
http://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2015/11/11/aprovado-projeto-que-muda-regras-nas-parcerias-entre-a-administracao-publica-e-ongs
MP 684/2015
http://www.camara.gov.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=1405270&filename=Tramitacao-MPV+684/2015
LEI Nº 13.019, DE 31 DE JULHO DE 2014. Ofício nº 467 (CN) Brasília, em 28 de outubro de 2015.
A Sua Excelência o Senhor Deputado Eduardo Cunha Presidente da Câmara dos Deputados Assunto: Encaminha processado de Medida Provisória. Senhor Presidente,
Encaminho a Vossa Excelência, nos termos do § 8º do art. 62 da Constituição Federal, com a redação dada pela Emenda Constitucional nº 32, o processado da Medida Provisória nº 684, de 2015, que “Altera a Lei nº 13.019, de 31 de julho de 2014, que estabelece o regime jurídico das parcerias voluntárias, envolvendo ou não transferências de recursos financeiros, entre a administração pública e as organizações da sociedade civil, em regime de mútua cooperação, para a consecução de finalidades de interesse público; define diretrizes para a política de fomento e de colaboração com organizações da sociedade civil; institui o termo de colaboração e o termo de fomento; e altera as Leis nºs 8.429, de 2 de junho de 1992, e 9.790, de 23 de março de 1999”.
À Medida foram oferecidas 152 (cento e cinquenta e duas) emendas e a Comissão Mista emitiu o Parecer nº 89, de 2015-CN, que conclui pelo PLV nº 21, de 2015. Esclareço a Vossa Excelência que o texto da matéria foi disponibilizado, em meio digital, por intermédio do autenticador no sítio dessa Casa. Atenciosamente, Senador Renan Calheiros Presidente da Mesa do Congresso Nacional
dps/mpv15-684
PROJETO DE LEI DE CONVERSÃO Nº 21, DE 2015 (Proveniente da MEDIDA PROVISÓRIA Nº 684, DE 2015)
Altera a Lei nº 13.019, de 31 de julho de 2014, que estabelece o regime jurídico das parcerias voluntárias, envolvendo ou não transferências de recursos financeiros, entre a administração pública e as organizações da sociedade civil, em regime de mútua cooperação, para a consecução de finalidades de interesse público; define diretrizes para a política de fomento e de colaboração com organizações da sociedade civil; institui o termo de colaboração e o termo de fomento; e altera as Leis nºs 8.429, de 2 de junho de 1992, e 9.790, de 23 de março de 1999.
Art. 1º A ementa da Lei nº 13.019, de 31 de julho de 2014,
INSTRUMENTOS JURÍDICOS PRÓPRIOS
TERMO DE FOMENTO
TERMO DE COLABORAÇÃO
• Instrumento para formalização de parcerias (interesse público)
• Plano de trabalho foi proposto pela administração pública
• A OSC irá colaborar com a finalidade de interesse público proposta pela
administração pública
• Organizações selecionadas por chamamento público
• Instrumento para formalização de parcerias (interesse público)
• Plano de trabalho foi proposto pela OSC
• A administração pública irá fomentar a finalidade de interesse público proposta pela organização da sociedade civil
• Organizações selecionadas por chamamento público
34
PROCEDIMENTO DESTINADO A SELECIONAR ORGANIZAÇÃO DA SOCIEDADE CIVIL PARA FIRMAR PARCERIA POR MEIO DE TERMO DE COLABORAÇÃO OU DE FOMENTO, NO QUAL SE GARANTA A OBSERVÂNCIA DOS PRINCÍPIOS DA ISONOMIA, DA LEGALIDADE, DA IMPESSOALIDADE, DA MORALIDADE, DA IGUALDADE, DA PUBLICIDADE, DA PROBIDADE ADMINISTRATIVA, DA VINCULAÇÃO AO INSTRUMENTO CONVOCATÓRIO, DO JULGAMENTO OBJETIVO E DOS QUE LHES SÃO CORRELATOS;
FONTE: Art. 2º, XII, da Lei 13019/2014
35
PRESTAÇÃO DE CONTAS: PROCEDIMENTO EM QUE SE ANALISA E SE AVALIA A EXECUÇÃO DA PARCERIA QUANTO AOS ASPECTOS DE LEGALIDADE, LEGITIMIDADE, ECONOMICIDADE, EFICIÊNCIA E EFICÁCIA, PELO QUAL
SEJA POSSÍVEL VERIFICAR O CUMPRIMENTO DO OBJETO DA PARCERIA E O
ALCANCE DAS METAS E DOS RESULTADOS PREVISTOS ...
PRESTAÇÃO DE CONTAS
36
A União, em coordenação com os Estados, Distrito Federal,
Municípios
e
organizações
da
sociedade
civil,
instituirá
programas de capacitação
para gestores, representantes de
organizações da sociedade civil e conselheiros dos conselhos de
políticas públicas, não constituindo a participação nos referidos
programas condição para o exercício da função.
FONTE: Art. 7º da Lei 13019/2014
DA CAPACITAÇÃO DE GESTORES, CONSELHEIROS E SOCIEDADE CIVIL ORGANIZADA
37
A
organização da sociedade civil
deverá
divulgar, em seu sítio na
internet
, caso mantenha, e em locais visíveis de suas sedes sociais e
dos estabelecimentos em que exerça suas ações, todas as parcerias
celebradas com o poder público.
Parágrafo único. As informações de que tratam este artigo e o art. 10deverão incluir, no mínimo:
I - data de assinatura e identificação do instrumento de parceria e do órgão da administração pública responsável;
II - nome da organização da sociedade civil e seu número de inscrição no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica - CNPJ da Secretaria da Receita Federal do Brasil - RFB;
III - descrição do objeto da parceria;
IV - valor total da parceria e valores liberados;
V - situação da prestação de contas da parceria, que deverá informar a data prevista para a sua apresentação, a data em que foi apresentada, o prazo para a sua análise e o resultado conclusivo.
FONTE: Art. 11 da Lei 13019/2014
38
Deverá constar do
plano de trabalho
, sem prejuízo da modalidade
de parceria adotada:
I - diagnóstico da realidade que será objeto das atividades da parceria, devendo ser demonstrado o nexo entre essa realidade e as atividades ou metas a serem atingidas;
II - descrição pormenorizada de metas quantitativas e mensuráveis a serem atingidas e de
atividades a serem executadas, devendo estar claro, preciso e detalhado o que se pretende realizar ou obter, bem como quais serão os meios utilizados para tanto;
III - prazo para a execução das atividades e o cumprimento das metas;
PLANO DE TRABALHO
39
IV - definição dos
indicadores
, qualitativos e quantitativos, a serem utilizados
para a aferição do cumprimento das metas;
V - elementos que demonstrem a
compatibilidade dos custos
com os preços
praticados no mercado ou com outras parcerias da mesma natureza, devendo
existir elementos indicativos da mensuração desses custos, tais como: cotações,
tabelas de preços de associações profissionais, publicações especializadas ou
quaisquer outras fontes de informação disponíveis ao público;
VI -
plano de aplicação
dos recursos a serem desembolsados pela administração
pública;
PLANO DE TRABALHO
40
VII - estimativa de valores a serem recolhidos para pagamento de encargos
previdenciários e trabalhistas das pessoas envolvidas diretamente na consecução do objeto,
durante o período de vigência proposto;
VIII - valores a serem repassados, mediante cronograma de desembolso compatível com os gastos das etapas vinculadas às metas do cronograma físico;
IX - modo e periodicidade das prestações de contas, compatíveis com o período de realização das etapas vinculadas às metas e com o período de vigência da parceria, não se
admitindo periodicidade superior a 1 (um) ano ou que dificulte a verificação física do
cumprimento do objeto;
X - prazos de análise da prestação de contas pela administração pública responsável pela parceria.
FONTE: Art. 22 da Lei 13019/2014
41
O edital do chamamento público especificará, no mínimo:
(...)
VII - a exigência de que a organização da sociedade civil possua:
a) no mínimo, 3 (três) anos de existência, com cadastro ativo, comprovados por meio de documentação emitida pela Secretaria da Receita Federal do Brasil, com base no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica - CNPJ;
a) experiência prévia na realização, com efetividade, do objeto da parceria ou de natureza semelhante;
a) capacidade técnica e operacional para o desenvolvimento das atividades previstas e o cumprimento das metas estabelecidas.
EDITAL DE CHAMAMENTO
42
Para poder celebrar as parcerias previstas nesta Lei, as organizações da sociedade civil deverão ser regidas por estatutos cujas normas disponham, expressamente, sobre:
I - objetivos voltados à promoção de atividades e finalidades de relevância pública e social;
II - a constituição de conselho fiscal ou órgão equivalente, dotado de atribuição para opinar sobre os relatórios de desempenho financeiro e contábil e sobre as operações patrimoniais realizadas;
III - a previsão de que, em caso de dissolução da entidade, o respectivo patrimônio líquido seja transferido a outra pessoa jurídica de igual natureza que preencha os requisitos desta Lei e cujo objeto social seja, preferencialmente, o mesmo da entidade extinta;
REQUISITOS PARA CELEBRAÇÃO
43
IV - normas de prestação de contas sociais a serem observadas pela entidade, que determinarão, no mínimo:
a) a observância dos princípios fundamentais de contabilidade e das Normas Brasileiras de Contabilidade;
a) que se dê publicidade, por qualquer meio eficaz, no encerramento do exercício fiscal, ao relatório de atividades e demonstrações financeiras da entidade, incluídas as certidões negativas de débitos com a Previdência Social e com o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - FGTS, colocando-os à disposição para exame de qualquer cidadão.
REQUISITOS PARA CELEBRAÇÃO
44
Art. 34. Para celebração das parcerias previstas nesta Lei, as organizações da sociedade civil deverão apresentar:
I - prova da propriedade ou posse legítima do imóvel, caso seja necessário à execução do objeto pactuado;
II - certidões de regularidade fiscal, previdenciária, tributária, de contribuições e de dívida ativa, de acordo com a legislação aplicável de cada ente federado;
III - certidão de existência jurídica expedida pelo cartório de registro civil ou cópia do estatuto registrado e eventuais alterações;
IV - documento que evidencie a situação das instalações e as condições materiais da entidade, quando essas instalações e condições forem necessárias para a realização do objeto pactuado;
DOCUMENTAÇÃO
45
V - cópia da ata de eleição do quadro dirigente atual;
VI - relação nominal atualizada dos dirigentes da entidade, com endereço, número e órgão expedidor da carteira de identidade e número de registro no Cadastro de Pessoas Físicas - CPF da Secretaria da Receita Federal do Brasil - RFB de cada um deles;
VII - cópia de documento que comprove que a organização da sociedade civil funciona no endereço registrado no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica - CNPJ da Secretaria da Receita Federal do Brasil - RFB;
VIII - regulamento de compras e contratações, próprio ou de terceiro, aprovado pela administração pública celebrante, em que se estabeleça, no mínimo, a observância dos
princípios da legalidade, da moralidade, da boa-fé, da probidade, da impessoalidade, da economicidade, da eficiência, da isonomia, da publicidade, da razoabilidade e do
julgamento objetivo e a busca permanente de qualidade e durabilidade.
DOCUMENTAÇÃO
46
A organização da sociedade civil indicará ao
menos
1
(um)
dirigente
que
se
responsabilizará, de forma solidária
, pela
execução das atividades e cumprimento das
metas pactuadas na parceria, devendo essa
indicação constar do instrumento da parceria.
FONTE: Art. 37 da Lei 13019/2014
47
As parcerias serão
formalizadas
mediante a
celebração de termo de
colaboração ou de termo de fomento,
conforme o caso, que terá como
cláusulas essenciais:
(...)
XVIII - a obrigação de a organização da sociedade civil inserir cláusula,
no contrato que celebrar com fornecedor de bens ou serviços com a
finalidade de executar o objeto da parceria, que permita o
livre acesso dos
servidores ou empregados dos órgãos ou das entidades públicas
repassadoras dos recursos públicos, bem como dos órgãos de controle,
aos documentos e registros contábeis da empresa contratada
, nos termos
desta Lei, salvo quando o contrato obedecer a normas uniformes para
todo e qualquer contratante.
FORNECEDOR DE OSC
48
Constarão como
anexos
do instrumento de parceria:
I - o
plano de trabalho
, que dele é parte integrante e
indissociável;
II - o
regulamento de compras e contratações
adotado
pela
organização
da
sociedade
civil, devidamente
aprovado pela administração pública parceira.
ANEXOS DOS INSTRUMENTOS DE PARCERIA
49
Durante o prazo de
10 (dez) anos
, contado do dia
útil subsequente ao da prestação de contas, a
entidade
deve
manter
em
seu
arquivo
os
documentos originais que compõem a prestação
de contas.
GUARDA DE ARQUIVOS
50
O art. 1
oda
Lei nº 9.790, de 23 de março de 1999,
passa a vigorar com a
seguinte redação:
“Art. 1o Podem qualificar-se como
Organizações da Sociedade Civil de
Interesse Público
as pessoas jurídicas de direito privado sem fins lucrativos que
tenham sido constituídas e se encontrem em funcionamento regular há, no
mínimo, 3 (três) anos
, desde que os respectivos objetivos sociais e normas
estatutárias atendam aos requisitos instituídos por esta Lei.” (NR)
LEI 13019/2014 E AS OSCIPs
VIGÊNCIA DA LEI 13.019/2014
52
9X
Art. 14 Divulgação
Art. 15, parágrafo 1º, Composição do Conselho de Fomento e Colaboração Art. 20 Proposta de Procedimentos de Manifestação Social
Art. 25 Atuação em Rede – regularidade fiscal
Art. 58 Procedimentos defiscalização das parcerias
Art. 63, parágrafo 3º, Procedimentos diferenciados para a prestação de contas Art. 69, parágrafo 6º, Impropriedades na prestação de contas
Art. 83, parágrafo 1º, parcerias existentes
53
Planejar é
preparar-se para a jornada
,
mas também um processo sempre em
movimento: planejamento contínuo é ter
a certeza de que você, a ONG e seus
parceiros
saberão
acompanhar
as
mudanças do mundo
e das maneiras de
trabalhar independentemente da área
em que atuem.
FONTE: TOZZI, José Alberto. SOS DA ONG, Editora Gente, .