• Nenhum resultado encontrado

AULA 2-Vigilância Epidemiológica

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "AULA 2-Vigilância Epidemiológica"

Copied!
26
0
0

Texto

(1)
(2)

Inicio do século XX → As primeiras intervenções estatais no campo da prevenção

e controle de doenças consistiam na organização de

campanhas sanitárias

pontuais cujo modelo operacional baseava se em

atuações verticais

, sob forte

inspiração militar

e com fases bem estabelecidas

o Preparatória

o De ataque

o De consolidação

o De manutenção

Note que a VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA Não era considerada como fase operacional

(3)

A expressão VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA

passou a ser aplicada a doenças transmissíveis na década de 50, para

designar as atividades desenvolvidas na Campanha de Erradicação da

Malária;

A vigilância era direcionada às pessoas com base no isolamento e não de forma coletiva.

Logo a EPIDEMIOLÓGICA sistemática e ativa expressão significava a de casos VIGILÂNCIA observação suspeitos ou

confirmados de doenças transmissíveis e de seus contatos.

Tratava – se portanto de vigilância de pessoas com base em medidas de isolamentos ou de quarentena aplicadas individualmente e não de forma coletiva.

(4)

de VIGILÂNCIA

 Na década de 1960, também foi instituída uma fase

EPIDEMIOLÓGICA durante a campanha de erradicação da varíola;

 Foram realizados:

Vacinação em massa;

Busca ativa de casos;

Detecção precoce dos surtos;

Bloqueio imediato da transmissão da doença.

Essa nova abordagem metodológica da VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA consagrou-se fundamental para a erradicação da varíola em escala MUNDIAL.

(5)
(6)

Em

1968

na

21ª

Assembleia

mundial

de

Saúde

a

VIGILÂNCIA

EPIDEMIOLÓGICA foi tema central e teve seu conceito bem estabelecido e

ampliado para a aplicação em vários outros problemas de saúde pública, além

das doenças transmissíveis, tais como:

Comportamentos como fatores de risco

Riscos ambientais

Doenças relacionadas ao trabalho

(7)

No Brasil a CAMPANHA DE ERRADICAÇÃO DA VARÍOLA (1966-1973) é

reconhecida como o marco da institucionalização da VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA no País.

O modelo da desta campanha inspirou a Fundação Serviço

Especial de Saúde Pública (FSESP) a organizar em 1969 um sistema de notificação semanal de doenças

selecionadas e a disseminar informações pertinentes em um boletim epidemiológico de circulação quinzenal.

Iniciou-se a ideia de: - Semana Epidemiológica

- Doenças de Notificação Compulsória - Disseminação de informações

Promoveu e apoiou a organização de unidades de VIGILÂNCIAS EPIDEMIOLÓGICAS nas secretárias estaduais de saúde.

(8)

Através da

FSESP

estava criado o sistema que permitiria o futuro desenvolvimento

das ações de grande impacto no controle de doenças evitáveis por imunização.

O primeiro resultado deste esforço foi controle da

POLIOMELITE

no Brasil no ano de

1980

e no continente americano em

1994

.

Por recomendação da 5ª Conferência Nacional de Saúde em

1975

o Ministério da

Saúde

instituiu o

SISTEMA

NACIONAL DE VIGILÂNCIA

EPIDEMIOLÓGICA

(

SNVE

) por meio da Lei 6.259/75 e Decreto 78.231/76.

Esses documentos tornaram obrigatórias as notificações de doenças transmissíveis

selecionadas.

(9)

E m 1977 foi criado o primeiro MANUAL DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA onde

contava toda a metodologia de controle no âmbito de programas específicos.

(10)

A vigilância epidemiológica é “o conjunto de atividades que permite reunir a

informação indispensável para conhecer, a qualquer momento, o comportamento

ou história natural das doenças, bem como detectar ou prever alterações de seus

fatores condicionantes, com o fim de recomendar oportunamente sobre bases

firmes, as medidas indicadas e eficientes que levam à prevenção e ao controle de

determinadas doenças’’.

Lei orgânica da saúde (Lei

8.080/90)

Ep

i

Sobre

Démo

s

Povo

Logo

s

Estudo

(11)

Identificar novos problemas de saúde pública;

Detectar epidemias;

Documentar a disseminação de doenças;

Estimar a magnitude da morbidade e mortalidade causadas por determinados agravos;

Identificar fatores de risco envolvendo a ocorrência de doenças;

Recomendar, com bases objetivas e cientificas, as medidas necessárias para prevenir ou controlar a ocorrência de específicos agravos à saúde;

Avaliar o impacto de medidas de prevenção, por meio de coleta e analise sistemática;

Avaliar a adequação de táticas e estratégias de medidas de intervenção com bases não só em dados epidemiológicos;

Revisar práticas antigas e atuais de sistemas de vigilância com o objetivo de discutir prioridades em saúde pública e propor novos instrumentos metodológicos.

(12)

Fornecer orientações técnica permanente para os profissionais da saúde

Constitui um instrumento importante para o planejamento, organização, operacionalização dos sistemas de saúde;

Coleta de dados

Processamentos dos dados coletados

Analise e interpretação dos dados processados

Recomendação das medidas de controle apropriadas

Promoção das ações de controle indicadas

Avaliação da eficácia e efetividade das medidas adotadas

(13)

demográficos e

Dados

ambientais,

socioeconomicos

Permite quantificar grupos populacionais;

Núm. de habitantes, nascimentos e óbitos, sexo, idade, renda, ocupação;

pluviometria, temperatura, umidade, cobertura vegetal;

Dados de morbidade

Sistemas de informação, investigação epid., dados laboratoriais

Permitem a detecção imediata ou precoce dos problemas sanitários;

Os dados são oriundos da notificação de surtos e casos, da produção de serviços ambulatoriais e hospitalares, das investigações epidemiológicas;

Dados de mortalidade

sistema de informação (SIM)

São indicadores da

gravidade do fenômeno vigiado;

São oriundos de declarações

Notificação de surtos e epidemias

A detecção precoce ocorre quando o sistema de vigilância epidemiológica local está bem estruturado;

Possibilita a constatação de qualquer indício de elevação no número de casos de uma patologia ou a detecção de outras doenças.

(14)

Os critérios

para inclusão de

doenças

e

agravos na lista de notificação compulsória

são:

Magnitude

Aplicável à doenças de elevada frequência; a)

-- Traduzem-se por altas taxas de incidência,

prevalência, mortalidade e anos potenciais de vida perdidos.

Notificação

b)

É a comunicação da ocorrência de determinada

-doença ou agravo à saúde feita à autoridade

c)

sanitária por profissionais de saúde ou qualquer

-

cidadão

,

para fins de adoção de medidas de

intervenção pertinentes”

Secretaria de vigilância em saúde/MS

-Potencial de Disseminação

Elevado poder de transmissão da doença

Transcendência

Severidade. Taxa de letalidade, de hospitalização e de seqüelas;

Relevância social. Manifesta-se pela sensação de medo, de repulsa ou de indignação;

Relevância econômica. Vulnerabilidade -d) - Disponibilidade concreta de instrumentos específicos de prevenção e controle da doença. Compromissos Internacionais e) f)

-Ocorrência de epidemias, surtos e agravos inusitados à saúde.

Deve-se notificar a simples suspeita da doença; A notificação deverá ser sigilosa;

A notificação deve ser feita mesmo na ausência de casos (Notificação Negativa).

(15)

Outras bases de dados dos sistemas nacionais de informações:

-1)

Laboratórios

Complementam o diagnóstico de confirmação de casos;

Servem como fonte de conhecimento de casos que não foram notificados.

2)

Investigação Epidemiológica

Casos e surtos complementam informações de fontes de infecção e mecanismos de transmissão;

Também possibilita a descoberta de novos casos.

3)

Imprensa e população

Devem ser sempre consideradas para a realização da investigação pertinente; Pode ser o primeiro alerta sobre a ocorrência de uma epidemia ou agravo inusitado.

(16)

Estudos epidemiológicos

- Inquérito Epidemiológico. Estudo do tipo amostral, quando as informações são inadequadas; -Levantamento existentes. Investigação

Epidemiológico. Os dados complementarão as informações já

epidemiológica. Objetivo de confirmar diagnostico, determinar as características epidemiológicas da doença, identificar as causas do fenômeno e orientar as medidas de controle.

Sistema sentinela

- De acordo com Rutstein et Cols (1983) é a detecção de doença prevenível, incapacidade, ou morte inesperada cuja ocorrência serve como um sinal de alerta de que a qualidade da terapêutica ou prevenção deve ser questionada.

(17)

A definição de normas técnicas é imprescindível para a

uniformização

de

procedimentos e a comparação dos dados e informações produzidos pelo sistema

de vigilância;

É importante a

definição

da doença ou agravo;

Geralmente, os casos são classificados como

suspeitos, compatíveis ou

confirmados

.

Consiste no

retorno regular

de informações às fontes produtoras, demonstrando

a sua contribuição no processo;

O conteúdo da informação fornecida deve corresponder às expectativas criadas

nas fontes;

A credibilidade do sistema depende de que os

profissionais de saúde e as

(18)

O sistema é eficiente quando seu funcionamento é aferido regularmente

Deve demonstrar os resultados obtidos com a ação desenvolvida que justifiquem os recursos investidos

Avaliações periódicas devem ser realizadas em todos os níveis com relação aos seguintes aspectos:

Atualização da lista de doenças e agravos;

Cobertura da rede de participação e notificação das fontes;

Funcionamento do fluxo de informações;

Investigações realizadas e suas qualidades.

Estar acompanhando o desenvolvimento científico e tecnológico mediante articulação com a sociedade científica e formação de comitês técnicos assessores;

No Brasil, ainda apresenta uma série de insuficiências decorrentes de dificuldades políticas, administrativo- financeiras e de deficiência em recursos humanos;

O desafio é trabalhar para o desenvolvimento da consciência sanitária dos gestores municipais dos sistemas de saúde, para que estes passem a priorizar as ações de saúde pública.

(19)

Controle do dano/Reabilitação Mudanças sociais e Epidemiológicas Promoção da saúde

Os conhecimentos inerentes a Fisioterapia também podem contribuir para prevenção de doenças e sequelas, quando utilizados em outros níveis de

atenção.

Funções na

Fisioterapia

• Vigilância dos distúrbios

cinesiofuncional • Orientações posturais • Desenvolvimento de participação comunitária • Desenvolvimento de ambientes saudáveis

• Incentivos a estilo de vida

(20)

Distribuição das doenças nas coletividades, sua magnitude e

potenciais fatores de risco, fatores culturais, comportamentais e

religiosos do processo saúde-doença, subsidiar a

contextualização da realidade histórico-social na determinação do

risco

(21)

ANEXO I.

(22)

Anexo II.

Lista nacional de

agravos

de notificação

compulsória

Botulismo

Cólera

Coqueluche

Leishmaniose

tegumentar

americana

Leishmaniose visceral

Leptospirose

Malária

Dengu

e

Difteria

Doença de Chagas

(casos

agudos)

Doenças meningocócicas

e

outras meningites

Meningite por

Haemophilus

influenza

Peste

Poliomielit

e

Paralisia flácida

aguda

endêmica)

Febre amarela

Febre do

Nilo Raiva

humana

Rubéola

Sarampo

Febre

tifoide

Hanseníase

Hepatites

virais

Sífilis

congênita

Síndrome da imunodefi

ciência

adquirida

(aids)

Síndrome respiratória

aguda

Esquistossomose (em área não-

grave

Tétan

o

Infecção pelo vírus

da

imunodeficiência humana

(HIV)

em gestantes e

crianças

expostas ao risco

de

transmissão

vertical

Tuberculo

se Varíola

(23)

ANEXO II

História

das

(24)
(25)

 MINISTÉRIO DA SAÚDE. Secretaria Nacional de Ações Básicas de Saúde. Divisão Nacional de Epidemiologia. Guia de vigilância epidemiológica. Brasília, 1986. p.9-14.

 MINISTÉRIO DA SAÚDE. Divisão Nacional de Epidemiologia e Estatística de Saúde.

Vigilância epidemiológica. Brasília, 1975. p.1-18

 JUAREZ, E. Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica. In: CONFERÊNCIA NACIONAL

 FORATTINI, O.P. Varíola, erradicação e doenças infecciosas. [Editorial]. Rev.Saúde publ.,

S.Paulo, 22:371-374, 1988.

CAMPOS.G.W.S.et al. Tratado de saúde coletiva.2ªed. Hucitec, São Paulo, 2012.

 CAMPOS, G.W.S.A. A reforma sanitária necessária. In: BERLINGER, G.; TEIXEIRA, S.M.F.; CAMPOS, G.W.S. Reforma sanitária: Itália e Brasil. São Paulo, Hucitec, 1988. p.179-194.

 FISCHMAN, A. Vigilância epidemiológica. In: ROUQUAYROL, M.Z. Epidemiologia & saúde.

3a. ed. Rio de Janeiro, MEDSI - Editora Médica e Científica, 1988. p.319-341.

 MINISTÉRIO DA SAÚDE. Secretaria Nacional de Ações Básicas de Saúde. Divisão Nacional de Epidemiologia e Estatísticas de Saúde. Vigilância

(26)

Referências

Documentos relacionados

§ 3º Entende-se por saúde do trabalhador, para fins desta lei, um conjunto de atividades que se destina, através das ações de vigilância epidemiológica e vigilância sanitária,

Os indicadores de mortalidade são utilizados para avaliar o nível de saúde de uma população:. Taxa de

Com quorum formado pelos conselheiros titulares e/ou suplentes substituindo seus pares, Paulo Cesar de Mattos, Jeanete do Carmo Aguiar, Lucineia Zanardi, Diogo Ribeiro Melo,

A Vigilância Epidemiológica é definida como um conjunto de ações que proporciona o conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes

Vigil ˆancia para doenc¸as que est ˜ao presentes : descrevem o n´ıvel de ocorr ˆencia e distribuic¸ ˜ao da doenc¸a bem como a evoluc¸ ˜ao de programas de controle ou

Critério clínico-epidemiológico – todo caso suspeito que apresente sinais e/ou sinto- mas inespecífi cos associados com alterações nas funções hepáticas e/ou renais e/ou

Carcinogenicidade Este produto à base de petróleo contém uma quantidade variável de compostos aromáticos policíclicos (PACs), incluindo hidrocarbonetos aromáticos polinucleares

BENEVIDES VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA TITULAR KARLA DE SOUSA LEMOS VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA SUPLENTE MARIA IRISDALVA DE MELO PSF E VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA TITULAR MARDONIO