• Nenhum resultado encontrado

casos & contos

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2022

Share "casos & contos"

Copied!
172
0
0

Texto

(1)

JOSE ALFREDO EVANGELISTA

casos & contos

(2)
(3)
(4)

Capas & Diagramação: Enoque Ferreira Cardozo (Trupe serviços editoriais Freelancer - http://trupeservicoseditoriais.blogspot.com.br/)

Impresso pela RENOVAGRAF (www.renovagraf.com.br) – 2020.

Copyright "©" 2020. Todos os direitos reservados.

Proibida a reprodução parcial ou total, por qualquer meio.

Lei Nº 9.610 de 19/02/1998 (Lei dos direitos autorais).

2020. Escrito e produzido no Brasil.

EVANGELISTA, Jose Alfredo.

CONTO UM CASO POR UM CONTO: CASOS E CONTOS – 1ª ed. – São João/PE. Ed Academia Independente de Letras (AIL), 2020.

170 p.: il.

ISBN: 000-00-00000-00-0 1. Contos. 2. Poesias.

LIVRO BRASILEIRO. I Título

FORMATO: A5 14x21

(5)

Ofereço esta coletânea de contos/casos a todos aqueles, que acreditam poder encontrar algo de oculto, e, belo nos mistérios de sua vida!

Mesmo, que seja estranho, e, complicado, eu não trocaria essa história por nenhum conto de fadas.

Somos protagonistas das nossas histórias. E, como agentes nesta existência pintamos nossos quadros como artistas vivos, e, nos rabiscos de nossos pincéis expressamos em contos, casos, e, causos, experiências, que, desde a infância nos marcaram!

Aos nossos companheiros militares, que ombreiam hoje no serviço ativo do exército brasileiro, e, aos, que já vestiram o pijama, faço votos, que se divirtam ao lerem os nossos

―casos/contos‖ dessa fonte inesgotável que é a caserna!

(6)
(7)

SUMÁRIO GERAL

APRESENTAÇÃO ... 09

CONTOS ... 11

CONTOS POÉTICOS ... 149

OBRAS PUBLICADAS PELO AUTOR DESDE 2012 ... 169

(8)
(9)

APRESENTAÇÃO

“Em cada instante das nossas vidas temos um pé nos contos de fadas e o outro no abismo”. Como diz ANTOINE DE SAINT-EXUPÉRY:

Os contos de fadas são assim.

Uma manhã, a gente acorda E diz: “era só um conto de fadas...”

E, a gente sorri de si mesma.

Mas, no fundo, não estamos sorrindo.

Sabemos muito bem, que os contos de fadas São a única verdade da vida.

Nesta obra o autor JOSE ALFREDO EVANGELISTA quer propor aos leitores, que brinquem um pouco com esse tipo de literatura, e, se passem por crianças, sorrindo na santa inocência de si mesmos! E, aproveitar enquanto as cortinas da vida não se abaixam mantendo-nos nos palcos existenciais, e, sonhando nos abstratos atos refletidos de um espelho astuto a distorcer para o insano cada ato dessa criança que há em você!

O conto é uma obra de ficção, um texto ficcional. Cria um universo de seres e acontecimentos de ficção, de fantasia ou imaginação. Como todos os textos de ficção, o conto apresenta um narrador, personagens, ponto de vista e enredo. Classicamente, diz-se que o conto se define pela sua pequena extensão. Mas, o autor mergulha nessas histórias, e fala um pouco das suas realidades, incluindo ―CASOS‖ hilários do seu tempo na ativa do Exército, dando um tom de veracidade como testemunha ocular de alguns Casos ocorridos na sua vida!

“A história é como um grande conto de fadas.

A única diferença entre os dois é, que, a história é de verdade”.

– JOSTEIN GAARDER –

(10)
(11)

C O N T O S

(12)
(13)

– CONTO DO VIGÁRIO –

São várias as versões da origem do termo conto do vigário, mas o que todas guardam em comum é que tem como tema principal um golpe de esperteza e um vigário.

Uma das histórias mais conhecidas teria como palco, ainda no século XVIII, uma disputa entre os vigários das paróquias de Pilar e da Conceição em Ouro Preto, pela mesma imagem de Nossa Senhora. Um dos vigários teria proposto que amarrassem a santa ao burro que estava solto na rua. Pelo plano, o animal seria solto entre as duas igrejas. A paróquia para a qual o burro se encaminhasse ficaria com a imagem. O animal foi para a igreja de Pilar, que assim ganhou a disputa. Mais tarde teria sido descoberto que o burro era do vigário dessa igreja.

Outra versão reza que bandidos tentavam tomar dinheiro de incautos usando a história de uma herança que teriam ganho de um vigário ou por terem escutado uma história contada por um vigário, mas que para isso teriam que pagar várias taxas e outras quantias.

Já Fernando Pessoa ficcionou a vida de Manuel Peres Vigário, um lavrador ribatejano, que se terá aproveitado da ganância alheia para trapacear.

(Fonte e pesquisa: Internet/Google).

(14)

– CONTO UM CONTO POR UM CONTO! –

Olha ai moço! Quer que eu lhe conte um conto?... Então ele custa um conto e não conto sem um conto... Só o conto se pagar um conto! Este conto que vou lhe contar vai para a conta do faz de conta! Então não faça conta se eu não lhe contar...

Um vez um contador de contos, parou bem no meio de uma feira, e começou a contar, sob os olhares curiosos dos ouvintes; -―Minhas senhoras e meus senhores, vou lhes contar um conto que custa um conto... Podem colocar no chapéu seu conto pra que eu possa contar esse conto‖... E foi dizendo, enquanto seus ouvintes jogavam seus contos no chapéu do contador de contos!

Lá por umas tantas nos seus contos, um ouvinte lhe perguntou: — ―Mas quando você vai começar a contar o seu conto‖?... Todos riram e perceberam que o contador de contos estava enrolando a todos com suas basófias!...

Então, o contador de contos, na maior desfaçatez respondendo com toda a ironia, disse-lhes:

— ―Mas eu já contei bastante contos... Eu contei ―doze contos‖ e vocês não perceberam?... Portanto, devo ter recebido doze contos e vou-me embora agora!

O contador de contos pegou seu chapéu com os doze contos e se retirou aos olhares de poucos amigos, que, o xingavam, e, o chamavam de embusteiro!

(15)

– CONTO DE UM RECRUTA –

Quando fui recruta no quartel de Itu prestando o meu serviço militar obrigatório, quase sempre não tinha dinheiro e estava sempre duro! Vocês já viram o recruta com dinheiro? .

Pois é, e quando nas sextas feiras éramos dispensados para voltar no domingo à noite para o quartel, eu me obrigava a pegar

―carona, numa das avenidas que saiam para Sorocaba, minha cidade naquela época!

Então, eu e outros tantos companheiros de caserna, experimentávamos a inusitada experiência de pegar uma carona que iria à Sorocaba.

Era meio complicado, porque nem todos que passavam por ali, davam carona! Mas, na nossa persistência sempre parava um ―filho de Deus‖ para nos ajudar e nos levar até a nossa cidade.

Certo dia, já estava a quase uma hora ali no ponto de sempre, e nada... Começou a bater a aflição de querer chegar na minha casa e ver meus pais, comer a comidinha da mama, dormir na nossa caminha, sair para o matiné ou ver um jogo do São Bento.

Quando acenei para um caminhoneiro que passava ele, parou e eu vibrei... Estava garantida a minha ida à Sorocaba...

Eram quase 45 minutos de viagem...

O cara parou, e me perguntou se eu queria uma carona e eu lhe perguntei se ele estava indo para Sorocaba, quando sua resposta foi positiva bateu a felicidade no meu coração!

Mas, o bondoso caminhoneiro me disse: — ―Olha moço tem um pequeno problema. Você não se incomoda em ir na carroceria, pois, aqui na cabine não tenho espaço, estou com dois acompanhantes‖!

Eu lhe respondi que estava tudo certo e topava e então, ele voltou a me dizer: — ―Mas você vai ficar branquinho, pois eu carrego sacos de cal‖!

(16)

Eu não tinha escolha e encarei a experiência! Subi pela roda do caminhão, e fui me aninhar bem lá atrás da sacaria de cal.

Em tão iniciamos a viagem, sob o vento que batia no sentido contrário e me salpicava de cal. Mudei da cor verde oliva da minha farda para o ―branco leite‖!... (rsrs)

Quando chegou a Sorocaba, o motorista parou e me perguntou se estava tudo bem e eu, lhe disse que estava ótimo só que todo borrado daquele pó branco de cal! (rsrs)

Agradeci a carona e segui a pé até minha casa com todos os olhares pra cima de mim, pois, parecia uma vela ambulante!

(rsrsrs)

Nas caronas seguintes eu tratei de ficar bem atento para ver o que tinha nas carrocerias se fossem caminhões! Coisas de recruta do Exército!

(17)

– CONTO DAS CORES –

O AMARELO, reluzente na sua exuberância, coloca-se no pedestal da glória e menospreza as demais cores que se rebelam contra a atitude do ―Gold Man‖!

Meio tristonho e do seu canto, o ROXO com ares de velório, diz: — ―Cara, desce da sua petulância‖! Ao que o AMARELO lhe responde: ―-Fica quietinho ai seu coveiro de meia pataca‖!

O VERMELHO ouvindo a resposta do AMARELO ao ROXO tomou-se em defesa do amigo: — ―Sua cor apenas ostenta a riqueza, mas eu tenho a força do amor e do coração‖!

Mas o irrequieto AMARELO contestou o VERMELHO dizendo: — ―Sua cor de sangue representa lutas e derrotas‖! E o VERDE ouvindo as intrigas entre o AMARELO, ROXO e o VERMELHO entrou na discussão: — ―Não se esqueçam, que sem a minha cor da ESPERANÇA vocês não podem ir a lugar algum!‖

E o AZUL que a tudo ouvia, interfere na conversa questionando as demais cores envolvidas e diz: — ―Ei amigos, vocês discutem e estão sem paz. A minha cor sempre representa que está tudo certo e tudo AZUL‖!

O BRANCO assumindo sempre a sua neutralidade, remendou dizendo: — ―Ei turminha, vocês estão discordando uns dos outros, mas, que tal, chamarmos o nosso mentor e gurú em cores, pra resolver toda essa discussão?‖.

Então, todos em comum acordo solicitaram ao mentor das cores que se apresentou pronto para dirimir as dúvidas.

O ARCO-IRIS, chegou falando, todo pompudo: — ―Não discutam seus valores, pois todos juntos somos mais fortes e unidos somos mais reluzentes e coloridos! Na mistura de todos, mostramos nossa neutralidade‖!

(18)

A COR DE ROSA meio sem jeito tomou da palavra e requebrando-se toda disse: — ―Eu não quero todos juntos porque não posso namorar com quem desejar‖!

Já irritado no seu canto, o PRETO xingou a todos dizendo: — ―Vocês não estão com nada. Eu é que sou a verdadeira cor‖! Todos riam da besteira dita pelo PRETO.

O ARCO-IRIS, então, vendo que a discussão iria continuar num lance muito rápido e mágico, subiu e desceu na velocidade da luz e absorveu todas as cores numa grande e colorida faixa no céu... E, hoje, quando o céu fica carrancudo ou mesmo após grandes chuvas, todas as cores aparecem unidas dizendo: —

―Estamos aqui e queremos dar alegria a todos com a bonança‖!

(19)

– SEO BRECHÓ –

Havia numa velha freguesia uma lojinha que só vendia coisas do arco da velha. O dono também bem velho e conhecido como o SEO BRECHÓ colecionava antiguidades e velharias.

Vendia quase tudo bem baratinho e tinha uma freguesia cativa.

Mas ali naquele ―muquifo‖ do seo Brechó tinha algo que ele não venderia nem a preço de ouro! Mas, ele guardava por achar que lhe dava sorte!

Certo dia um freguês entrou na loja e perguntou ao seo Brechó, se ele tinha exatamente o objeto de estimação que ele jamais venderia!

A surpresa do seo Brechó foi tamanha que ele até engasgou para responder ao seu cliente!

— ―O sinhô vai me descurpá, mas, isso eu não posso vende‖! Respondeu Brechó ao homem.

— ―Eu guardo pra me dar sorte‖!

Então o homem, também surpreso lhe respondeu:

— ―Sr Brechó, e seu eu tocasse nas suas mercadorias e as transformasse em ouro, o senhor me venderia o que lhe estou pedindo‖?

Brechó quase caiu duro de espanto! E disse:

— ―Só se o senhor for mágico, mas, eu não acredito‖!

Então aquele homem perguntou-lhe se o conhecia. Brechó respondeu-lhe que nunca o vira antes! Então o homem voltou a perguntar:

(20)

— ―Quer saber o meu nome, Brechó‖?

E o senhor Brechó mais que depressa lhe respondeu que sim!

Então o sinistro freguês, respondeu-lhe:

— ―Caro Brechó. O senhor ganhou a sorte grande. Por sua humildade, sinceridade e bondade com que trata seus fregueses vendendo-lhes suas antiguidades a preços baratos vou tocar numa de suas peças e tudo isso que você tem aqui, incluindo a peça do seu coração, será transformado em ouro puro. Meu nome é MIDAS!

E o senhor Brechó caiu de joelhos e com as mãos postas agradeceu aos céus pelo grande milagre!

(21)

– CAFÉ COM BOBAGENS –

Como é prazeroso um café com bobagens! ...Com a antena ligada, e, o giroflex girando, as bobagens fluem na leviana conversa... Rolam papos incongruentes, influentes, descrentes, maledicentes... E muitos outros papos com cara de resenha! Aliás, como está na moda agora essa coisa de resenha!

Os caras vociferam desde o relativismo até intimidades do casal! ...Bobagens filosóficas, políticas, religiosas e até Deus é comentado!

O mistério das bobagens está exatamente nas basófias, que, o prazer do momento enseja! Rolam papos sem compromisso nem comprometimentos... Altas rodas de entendidos filósofos! Todos sabem e entendem do que falam...

Os homens falam bobagens sobre futebol, mulheres, trabalho e política... E às vezes muito discretamente de suas homofobias... As mulheres desabafam suas bobagens sobre as roupas mais convenientes da moda... Da fulana e da sicrana, da boutique onde compram...

O mais interessante, é que, a galera se reúne... E as bobagens rolam em dois grupos: O deles e o delas! Não se misturam as conversas, embora tomem o mesmo café.

Outro dia, num boulevard observava atentamente o burburinho das mesinhas ao sabor das cervas e tira gostos...

A banda de rock animava o ambiente. Lá pelas tantas, uma garota já bem alta no seu shope levantou-se e começou a dançar...

Rodopiar... Até, que, depois de algumas voltas, tudo na sua cabeça rodou e ela foi ao chão! Ohhhhhh! ...Todos bradaram... E a garota com a cara de poucos amigos estendeu sua mão para o alto e mostrou toda a exuberância de seu dedo anelar saudando seus amigos e inimigos que a gozaram pelo infeliz gesto, que, ridicularizou-a!

(22)

Pois é, ainda bem, que, ela estava num ―café com bobagens‖ ...E acabou fazendo a sua bobagem!

Já viram aquele folgado, que, depois de oito shopes resolve ir ao banheiro, e atropela a mesa, que, fragilmente borra os colos das garotas e dos marmanjos e todos riem e acham aquilo uma tremenda zoeira?

E o cara, que, quando volta do sanitário e se esqueceu de fechar o zíper da calça e aparece com aquela boca de jacaré aberta e quase mostrando os dentes?

OOpppssss! E aquele cara, que, se levanta da sua cadeira para cumprimentar um amigo que está de costas? Quando chega até ele, fica com a cara de bunda ao perceber que fora engano...

Era muito parecido, mas, de frente não era aquele amigo?

Como é prazeroso café com bobagens principalmente, quando, você não faz nenhuma bobagem... E fica só de ―butuca‖

observando as gafes dos outros! Não é malandro? Eu quero ver o circo pegar fogo!

Mas, a maior bobagem mesmo é quando o sujeito atravessou os limites e tomou literalmente TODAS: Na hora de ir embora, ele não consegue achar seu cartão de crédito, nem a chave do seu carro, nem, que, horas são, nem por onde sai e nem consegue se levantar! Então, todos o cercam como se fosse um rei ou um deputado e discretamente o levam para a sua casa e o deitam na sua cama... Todo mijado, suado e... Bem isso não dá pra falar! É muita bobagem né?

(23)

– CONTO DA SEXTA-FEIRA –

Dois rapazes caminhavam juntos, por volta das 23hs. O papo rolava animado, pois conversavam sobre a expectativa do programa por eles desejado. Iam à balada com muita cerveja e garotas! Quando passavam, em frente ao cemitério, um fantasma os abordou, dando-lhes um grande susto!

A figura fantasmagórica, perguntou-lhes: — ―Vocês não temem passar por aqui, numa sexta-feira a essa hora‖? Ao que os rapazes, ainda sem fôlego e estáticos com aquela abordagem, tremendo, responderam: — ―Quem é você e o que faz aqui‖?

O fantasma da sexta-feira, logo lhes respondeu: — ―Sou uma alma penada e desejo divertir–me assustando as pessoas que passam por aqui‖!

Um dos rapazes, mais calmo e equilibrado com a inusitada cena, disse: — ―Espera meu irmão! Vamos fazer um acordo. Você pare de nos assustar e venha conosco participar do nosso programa. Hoje é sexta-feira, e no mundo dos vivos, é o dia da cerveja e da balada‖!

O fantasma, então, pensou um pouco e respondeu-lhe: —

―É isso aí garoto. Acho que vou divertir-me mais com vocês, no mundo dos vivos, mas, não vai adiantar nada eu tomar cerveja, porque não consigo embriagar-me e não sei se vou ficar alegre como vocês ficam‖!

Os rapazes foram para a balada na companhia daquele fantasma disfarçado de humano.

A festa rolava, com muita música, bebida e garotas!

Lá pelas tantas, o fantasma enrustido, subiu no palco e fez uma zoeira com a Banda que tocava. Começou a tocar todos os instrumentos sob os olhares curiosos dos baladeiros!

Após sua ―apresentação‖ ele identificou-se ao público, dizendo em alta voz e no microfone da Banda: — ―Pô!... Tô me

(24)

divertindo muito mais aqui, que, lá no cemitério, donde eu sai com dois rapazes e deu uma fantasmagórica gargalhada‖!

Foi um pega pra capá... Todo mundo saiu correndo e gritando... E um dos ―bebuns‖ chegou a gritar: — ―Pô, eu tô na balada ou num cemitério‖?

E acabou a festa por conta do fantasma intruso. Os dois rapazes, arrependidos, sumiram e até hoje nunca mais foram vistos na balada das sextas-feiras!

(25)

– O CONTO DO VIGÁRIO II –

Havia numa Paróquia um cidadão chamado ―Chico Vigário‖, que, resolveu aventurar, se passando pelo Vigário. Na grande festa do Padroeiro, o tal falso vigário, arrumou os paramentos sacerdotais e travestiu-se de vigário, pois, ele era sósia do Padre.

Num dia de pouco movimento na Igreja, o falso vigário, entrou rápido num confessionário, fechou-se no anonimato e decidiu ouvir as confissões, principalmente das carolas, que, uma a uma, iam desfilando seus pecados ao sabor da curiosidade de Chico!

Por alguns dias Chico Vigário deliciou-se com as histórias secretas, que, as mulheres relatavam no confessionário e as absolvia com a cara de pau, escondido e camuflado dentro do confessionário, onde não seria descoberto.

Mas, eis, que, todo crime não compensa, o próprio Vigário, Padre Zeca, desconfiou da armação de Chico, quando, percebeu, que, as mulheres estavam se confessando com algum impostor no confessionário, pois, na Paróquia não havia outro Padre a não ser ele próprio!

Então, Padre Zeca deu o troco naquela armação esperta do falso vigário. Combinou com a delegada de polícia da freguesia, relatando o fato e, que, ela fosse se confessar e pegaria o Chico Vigário no pulo...

No dia marcado, a delegada aproximou-se do confessionário e começou a falar com o vigário de araque. Este ia então puxando conversa com a bonita delegada. Até, que, num dado momento da conversa, a delegada disse ao Vigário de araque:

— ―Qual penitência o senhor prefere, para expiar seus pecados: Ir para o xilindró agora, ou, prestar serviços à comunidade por um ano‖?

(26)

À essa pergunta da delegada, Chico amarelou dentro do confessionário e sem saída, se apresentou ―preso‖ à delegada de polícia, que, o autuou em flagrante delito de falso sacerdote.

Chico Vigário foi para traz das grades e o verdadeiro Vigário Padre Zeca, ia seguidamente à cela de Chico para receber as suas confissões!

(27)

– O MEDONHO –

Zé Preto era tão feio, que, chegava a ser ―medonho‖. Suas feições lembravam um pouco do Saci, Boitatá e lobisomem ao mesmo tempo! Seus dentes quando abria a boca parecia um sedento vampiro. Tinha os olhos vermelhos e entumecidos, que, mais lembrava um zumbi saindo do túmulo!

Zé Preto, além de tudo era taciturno, desconfiado e vivia amoitado, parecendo querer dar o ―bote‖ em alguém!

Na vila onde morava ninguém passava por perto e se benziam, quando, o viam. ―O MEDONHO‖ como era chamado era o avesso do avesso da feiura... Assustava e espantava até quebrante... À noite era terrível aos moradores do local, que, evitavam encontrar com aquela coisa terrivelmente medonha... O MEDONHO era tão estranho e feio, que, se ele olhasse para o espelho ele se partiria de medo!

Um dia de noite limpa e lua cheia, Zé Preto saiu à rua, como era seu hábito, talvez por vergonha da sua feiura e não quisesse ser visto... Ao virar uma esquina, foi surpreendido por uma grande revoada de ―corujas‖, que, se aninhavam no beiral de um telhado e sumiram na escuridão...

Mas um fato medonho aconteceu, quando, um cortejo fúnebre se dirigia ao cemitério para o sepultamento do morto.

Quando o caixão chegou à beira da cova, foi aberto para que a família e os amigos do falecido se despedissem...

Zé Preto, que soube do sepultamento, pois morava perto do cemitério, viu a cena e sentiu curiosidade em saber quem estava sendo enterrado... Criou coragem e saiu a poucos metros de sua casa para olhar o cadáver...

Assim, que, entrou no cemitério e se aproximou do caixão, houve uma debandada geral... Todos gritaram de espanto e abandonaram o caixão ali às portas do sepulcro.

(28)

Zé — O MEDONHO, não ligou, pois já estava acostumado, e se aproximou de mansinho para ver o rosto do morto.

Quando abaixou a cabeça para ver e reconhecer o cadáver, eis que o morto abriu os olhos de espanto, deu um salto dentro da urna mortuária, pulou fora e saiu gritando e dizendo: — ―NÃO, NÃO, SENHOR DIABO... EU QUERO IR PRO CÉU...

AI...AI... NÃO ME LEVE PRO INFERNO...EU NÃO MEREÇO!

E a partir desse fato medonho, o cemitério foi fechado e interditado. Toda a vila passou a chama-lo de: ―INFERNO É A CASA DO ZÉ MEDONHO‖!

E o coitado e rejeitado Zé Preto, de tão medonho, quando morreu tempos depois, teve o seu encontro pessoal com o DEMÔNIO que lhe disse: — ―NÃO QUERO VOCÊ AQUI ME FAZENDO CONCORRÊNCIA‖. E o expulsou do inferno.

A alma do MEDONHO ZÉ PRETO, até hoje vagueia procurando um lugar para seu eterno descanso, mas, quando descobriu o caminho para o céu, se encontrou com São Pedro, que, lhe disse: — ―AQUI VOCÊ NÃO PODE ENTRAR PORQUE VAI ASSUSTAR OS SANTOS‖! E o Zé Preto, hoje vive entre o céu e o inferno por conta da sua cara MEDONHA!

(29)

– O MENDIGO –

Ao sair da Missa naquele domingo à noite, dirigi-me à minha casa, que, fica defronte à uma bela praça ajardinada.

Quando me preparava para entrar com meu carro na garagem, fui abordado por um senhor, mal vestido e trôpego, que, me pedia comida, pois estava com fome!

Ao seu olhar eu fiquei extasiado! Era um olhar que me prendia e cativava... Havia alguma coisa estranha naquele olhar penetrante e misterioso!

Disse-me ele: — ―O senhor pode dar-me alguma coisa para eu comer, estou com muita fome‖. Àquela voz eu fiquei paralisado e por instantes, não sabia o que fazer!!!

Então ele voltou a falar-me: — ―O que o senhor tiver está bom para mim‖...

Acordei daquela visão, que, me cativava e disse-lhe: —

―Dê-me um instante, que, vou para dentro e vou lhe trazer alguma coisa para comer‖!...

Retornei com um prato feito e servi-lhe. O Mendigo sentou-se na calçada e começou a se alimentar com muita fome.

Eu deixei-lhe só, para que comesse em paz e sossegado aquele prato de comida e disse-lhe: — ―Quando o senhor terminar pode deixar aqui no portão o seu prato e talheres, que, eu venho recolher‖. E, ele com muita educação me disse: — ―Deus lhe pague por esta refeição, que, há dias eu venho tentando comer‖.

Depois de algum tempo eu retornei ao portão para apanhar o material deixado pelo mendigo. Ao me aproximar deparei-me com uma cena insólita e surpreendente. Vi o prato e os talheres,

―reluzentes com uma cor verde‖... Os talheres estavam como que formando um crucifixo sobre o prato de cabeça para baixo, como que simbolizando um monte e ao lado um papel escrito: ―Eu estive aqui te visitando‖!

(30)

– O RAPAZ E O CÃO –

Um rapaz, sentado num banco de praça, sob a sombra de uma árvore frondosa, fumava seu ―pacalzinho‖ de maconha.

Sentiu vontade de urinar. Levantou-se e foi ao pé de uma árvore e a regou sem nenhuma vergonha...

Quando ele ainda chacoalhava sua genitalha, um cão o observava a poucos metros e olhando com indignação, disse ao rapaz: — ―Eu, que, sou irracional posso fazer isso, mas, você que é racional, não tem vergonha do seu comportamento‖?

O rapaz levou um susto quando ouviu a reprimenda do cão e disse-lhe: — ―É que eu estava muito apertado‖!

E o cão falante continuou sua reprimenda para cima do mijão, dizendo-lhe: — ―Você é um grande porcalhão, aposto, que, não urinaria sobre sua cama nem dentro do seu prato‖! ...

Depois da lição de moral do cão o rapaz maconheiro, irritado tentou enxotá-lo, mas, o cão voltou a lhe falar:

— ―Além do mais, nós cães, só morremos se formos atropelados ou de velhice... Vocês maconheiros morrem bem cedo com seus pulmões podres e cheios dessa fumaça fedorenta‖!

A gota d’água entornou e o mijão apanhou uma pedra para afugentar aquele cão inoportuno que foi embora e não mais voltou.

MORAL DA HISTÓRIA: ―Mais vale um animal irracional que um homem racional‖!

(31)

– O REI NOMEIA O REI –

Numa terra distante e milenar, havia um pequeno garoto, que, pastoreava nos campos. Era bonito e esbelto entre todos os outros. O jovem era destemido e corajoso, atributos, que, exercitava nos seus afazeres. Certo dia fora molestado por um gigante filisteu que o desafiou e tentou mata-lo.

Houve uma contenda sem igualdade. O pequenino rapaz era uma pequena pulga diante do gigante ameaçador.

Num ato de inteligência e destemor, o pequeno rapaz, e da sua pequenez, armou-se de uma ―funda‖ munido de uma pedra.

Às ameaças do gigante filisteu, aceitou sem medo o terrível desafio, girando rapidamente sua arma em direção ao poderoso agressor. Ao soltar a pedra atingiu frontalmente a cabeça do gigante levando-o ao chão desfalecido.

A partir desse ato o garoto franzino cresceu e conquistou as afeições de um Poderoso Rei que o escolheu para também reinar.

O Rei não era deste mundo, mas, o escolheu para reinar no mundo. O Rei do céu entronava no reinado da Terra, o seu escolhido: ―O REI DAVI‖.

No reinado consolidou e firmou o poder real primeiro sobre a tribo de Judá e depois de Israel.

Davi no auge de seu reinado corrompeu-se com suas concubinas e governou até sua velhice quando preparou a entrega do seu reino ao seu filho Salomão.

E, Davi adormeceu com seus pais e foi sepultado na cidade de Davi. Seu reinado sobre Israel durou quarenta anos.

(32)

– QUEMCONTAUMCONTOAUMENTAUMPONTO – Um certo contador de contos, contou um conto do ―faz de conta‖ e encantou a todos pela sua objetividade. O contador, ao descer do trem, reuniu, pela sua palavra todo o público à sua volta para ouvi-lo. Falando em alta voz ele, parado no meio da estação disse:

— ―Vocês sabem o significa este momento?‖... E, sob os olhares atentos ele continua dizendo:

— ―Vocês acabaram de chegar ao fim de uma viagem no trem da vida‖...

— ―Isto é como a morte... É uma viagem sem volta‖. E todos os semblantes, que, o ouviam ficaram atônitos. E o contador de contos continuava:

— ―Sim! Todos vocês acabaram de chegar de uma viagem e agora terão de passar por uma triagem... Uma prestação de contas, pois seus nomes estão no livro da vida como uma caderneta, que, no fim do mês deve ser paga!

Naquele instante, todos os passageiros foram cercados por uns homens de branco que comeram a surgir daquela estação e um deles portava nas mãos, um grande livro de contabilidade e o apresentaram ao contador de contos que ao abri-lo começava a pronunciar, um a um, todos os nomes daqueles que o escutavam...

E todos, depois de ouvirem seus nomes pronunciados pelo contador de contos, foram confinados pelos homens de branco, dentro de uma grande sala ao lado da estação de trem.

Um deles, então, começou a ler sentenças que iam, desde o grande fogaréu até um grande campo coberto de lírios perfumados... Havia ainda outras sentenças, que, condena a um lugar, sem fogo, mas muito quente e abafado onde se podia ouvir

(33)

Um a um, após lida a sua sentença e prestação de conta do enorme livro da vida, iam sendo conduzidos conforme suas penas e pagamentos...

Depois de tudo concluído, o trem, que, se encontrava estacionado naquela estação, iniciou novo momento de volta. O chefe da estação, com uma foice nas mãos, apitava forte liberando o trem, que, partia vazio, para mais uma volta.

Após a estação vazia e silenciosa, uma criança surge na plataforma e indaga a um velhinho, que, havia ficado por ali:

— ―O senhor sabe me dizer se o trem volta logo, porque eu o perdi‖? ... E o idoso então, lhe respondeu:

— ―Deixe-me ver sua passagem‖?

A criança mostrou-lhe sua passagem e o idoso disse-lhe:

— ―Não se preocupe, a sua passagem não era para esse trem, mas você vai ter que esperar mais algum tempo e vai embarcar comigo. Vamos no mesmo trem‖.

(34)

– REPORTAGENS DO COTIDIANO – (Uma resenha da vida)

Como um repórter anônimo, saio a observar o espectro social do dia a dia. Misturo-me aos populares, que, vão e vem nas calçadas da vida. O palco então abre suas cortinas e iniciam-se os atos.

Logo que saio de minha casa defronte a uma bela pracinha arborizada vejo um grupo de jovens amontoados num bando imersos na fumaceira dos seus ―pacalzinhos‖. Passo ao largo, pois, eles não gostam dos olhares curiosos.

Mais um pouco à frente observo ainda na simpática pracinha, latas de cerveja vazias, bisnagas plásticas de refrigerante e garrafas de vidro jogadas sobre o gramado dos canteiros a poucos metros de uma lixeira.

Continuo caminhando e logo percebo a indisciplina do trânsito quando um carro faz uma conversão proibida à esquerda, cortando os outros que descem uma movimentada avenida.

Estou agora mais perto do centro da cidade. O movimento de carros e pedestres aumenta. Acesso então um calçadão, onde tenho dificuldades para transitar com os ciclistas que tomam o meu lugar na via exclusiva para pedestres.

Entro numa agência bancária. Ali vejo algo notório e costumeiro. Clientes de pouca idade ocupando os caixas destinados aos idosos, grávidas e portadores de deficiências, apesar da placa indicadora.

As diversas faixas para pedestres, não tem serventia alguma para o fim a que se destinam, pois, quase em todas elas, tentei atravessá-las, mas, os motoristas passam primeiro e corre-se o risco de um atropelamento.

Já é noite alta. Lá pelas 01,30hs, sou incomodado por gritos e alto falatório na pracinha. Saio e posso ver um bando

(35)

Mais tarde, lá pelas 04,00hs da madrugada um enorme estouro de bomba. Dois idiotas sem sono naturalmente, soltaram um rojão de um só tiro e possante em frente a nossa casa.

Observo também, durante o dia, os motoqueiros entregadores e suas rapidíssimas motos que serpenteiam por entre os carros, e, não respeitam a sinalização, faixas para pedestres, mão de trânsito... É um constante atentado à nossa segurança, tanto de motoristas quanto de pedestres!

A Empresa coletora do lixo da cidade é outra aberração da limpeza pública.

Aqueles enormes caminhões, que, absorvem os contêineres e manuseados pelos funcionários, quase sempre, deixam os locais dos contêineres, sujos com restos de lixo no chão. Eu mesmo já peguei na vassoura, varri e recolhi o resto, que, eles sempre deixam para trás.

Vejo também, veículos, que trafegam acima de 30km/h em vias curtas voando a quase 60/70 km/h. Outros estacionam nas esquinas a menos de três metros gerando acidentes, porque, tiram a visão de quem vai entrar.

Outro fato observado nesta reportagem é a dos alarmes residenciais que disparam na ausência dos moradores e permanecem por longo período infernizando nossos ouvidos principalmente à noite. Da mesma forma os alarmes dos carros.

A nossa cidade é especialista nos apagões. Por qualquer trovão ou ameaça de tempestade ou até mesmo por batidas de carros nos postes, ficamos duas, três até quatro horas sem energia.

Nossos aparelhos eletroeletrônicos são desligados abruptamente e correm o risco de sérias avarias.

Mas, o mau atendimento dos balconistas nas nossas lojas também merece ser comentado nesta reportagem. A falta de tato, de atenção e de cortesia são notórios. Quando se entra numa loja, a primeira impressão que se tem é, que, eles nos medem da cabeça

(36)

aos pés, para concluírem se somos pobres ou ricos e assim deduzirem o que iremos comprar!

Fico apreensivo quando dirijo pelos bairros mais afastados do centro... É que a maioria das pessoas, que, está sentada em mesas de bares nas calçadas ou caminhando, olham para você passando dentro do seu carro. Parece mais um olhar disparando flechas de algum tipo de ódio ou alguma bronca! ...

Mais bronqueado eu fico, quando, nas minhas caminhadas, ao cruzar com outras pessoas comuns eu as cumprimento sem nenhuma manifestação de reposta, mostrando assim, a falta de educação e estupidez...

Outro problema sério, que, mostra o nível negativo na preservação do meio ambiente é o acúmulo de lixo em locais próximos a escolas, hospitais e residências. Onde moro, há um contêiner de plástico para que toda a população ali deposite seu lixo. No entanto há os recalcitrantes ou, como queiram, ignorantes, que, acumulam o lixo em local mais próximo de suas casas, no chão das calçadas. Os cães aparecem, rasgam os sacos e fica aquela sujeira espalhada pelo chão e o mau odor invadindo nosso precioso ar respirado.

Já viram, quando chega a sexta-feira, à noite, os grupinhos da cerveja chegam em bandos, estacionam seus carros e se juntam nos bancos da pracinha. Ali bebem, regam as árvores com sua fedorenta urina, conversam, divertem-se na sua resenha e depois vão embora, deixando seu rastro de lixeira ao redor dos bancos.

Como diz um conhecido apresentador de telejornal: ―ISSO É UMA VERGONHA‖!

Os pais de crianças pequenas também entram nesta reportagem. Seus ―filhinhos‖ vêm para a nossa pracinha... Correm, andam de bicicleta... Pisam nos gramados... Ferem as plantas arrancando seus galhos... Tudo sob as vistas protetoras dos seus genitores, que, nem chamam a atenção dos pirralhos para

(37)

Assim como os marmanjos, que não são capazes de contornar um canto de canteiro, atravessando por cima da grama sem a menor parcimônia. Eu, que, resido defronte a esse belo logradouro jamais atravessei por cima dos canteiros para encurtar a minha distância!

Bem, esta reportagem seria muito maior, se não tivesse que encerrá-la para não ficar cansativa. O que cansa mesmo é a ignorância de muitas ―antas‖ soltas pelo cotidiano e que dariam muito mais reportagens!

(38)

– O SOL E A LUA –

Eis que a Lua começa a despontar no limiar do novo ano.

Ela então, ao pressentir o nascer do Sol, lhe pergunta ainda às escuras da noite:

— ―Caro amigo Sol, que, vais iluminar o primeiro dia do novo ano com tua poderosa luz, o que, achas do novo tempo, que, vais anunciar‖?

O amigo sol muito esperançoso, responde a Lua alegre e prateada no alto da abóboda celeste:

— ―Amiga Lua dou-te o meu até breve, porque, tenho muita coisa pra fazer... Está raiando o primeiro dia‖!

A humilde e garbosa Lua diz com um pouco de tristeza e saudades:

— ―Pois é amigo Sol você se prepara para teus afazeres diários ao novo ano, que, está a nascer, mas, eu estou um pouco triste, porque, para, muitos, não vou ser ícone da paixão dos namorados e casais, que, buscam seus romances à minha luz prateada‖!

E o Sol intrigado lhe diz:

— ―Mas amiga Lua, eu faço a minha parte durante o dia e você tem que fazer a sua à noite‖!

Responde então a Lua:

(39)

— ―Amigo Sol, o que, fazes de dia é a rotina dos humanos no dia a dia... Mas eu, que, não tenho o seu poder de luz, apenas acaricio o amor noturno e alimento seus prazeres e tudo passa rápido e muito efêmero! Os humanos estão cada vez mais sem amor e sem romance‖!

Diz o Sol mais esclarecido da verdade, que, disse a amiga lua:

— ―É verdade amiga Lua! Os humanos estão mais ambiciosos nas suas conquistas, que, se esquecem das noites enluaradas plenas de romances e se atiram com afinco ao dia para ganharem mais dinheiro, mais conforto, mais poderes na sociedade em que vivem‖!

Então, os dois amigos estelares, chegam a um acordo na filosofia de cada um, sobre seus valores aos humanos; Diz o Sol:

— ―Cara Lua, não posso te ajudar nos seus objetivos românticos, pois, o meu papel é produzir os dias para que eles trabalhem e conquistem seus objetivos na vida; Cabe a você, tentar de todas as formas, oferecer a eles alguma forma romântica e alimentá-los com amor, romance e banhá-los com seu luar prateado pleno de lúdicos momentos, ainda que rápidos, para que, no dia seguinte eu consiga motivá-los à labuta!‖! Então, Sol e Lua, deram-se as mãos para juntos presentearem os humanos, no seu dia a dia, ―dias de boa vontade e noites românticas‖!

(40)

– A REALIDADE DE UM SONHO –

Uma grande alegria invadiu minha alma, quando, caminhei ao vivo e a cores pelos caminhos e solos, que, Jesus passou na Terra Santa!

A cada ponto, que, destacava a presença do Mestre de Nazaré ardia o meu coração e eu me transportava aos idos de Jerusalém, Nazaré, Cafarnaum, Gericó, Belém, Caná...

Dois mil anos, que, se faziam presente ali e naquele instante, que, estávamos a contemplar as maravilhas das obras daquele Galileu.

Pude tocar com minhas mãos as rochas sagradas e saudosas donde o Mestre tocou ou realizou algum milagre!

Sob o altar da Basílica da Agonia, a rocha onde Jesus orou e suou sangue... A rocha onde Jesus assou e comeu os peixes com seus amigos, na praia do Mar da Galileia... A Sinagoga em Cafarnaum onde o Senhor curou o homem da mão seca e o paralítico, que, desceram do telhado... A renovação do meu Batismo nas águas do Jordão bem próximas do Mar da Galileia...

A cada momento um quadro santo passava em minha memória e meu espírito podia sentir Jesus ali presente conosco!

E ponho-me a pensar: Quanto Jesus andou junto com seus discípulos semeando o amor, anunciando o Reino do céu, curando doentes, ressuscitando mortos, ensinando e visitando seus amigos como o fazia com Lázaro e suas irmãs.

Minha alma encheu-se de alegria no Monte das Oliveiras com Jesus orando no silêncio e na paz fora das muralhas do Templo de Jerusalém!

Em Gericó a presença milenar do ―Sicômoro‖ onde subiu Zaqueu para ver Jesus. Ali eu senti vontade de pedir ao Mestre:

―Senhor, que, eu possa te ver também, pois, no mundo há muitos obstáculos, que, me impedem de poder vê-lo passar‖!

(41)

O toque na estrela onde nasce o Filho de Deus parece-me ter me mostrado que a nossa salvação começou ali na Estrela de Belém!

Senti-me ainda muito perto Dele caminhando na Estrada de Emaús ressuscitado e partindo o pão para mim!

E o meu êxtase completou-se na visita ao Santo Sepulcro...

Toquei na rocha sagrada do Gólgota e exaltei a Deus orando em línguas no Cenáculo!

Enfim, carreguei minha bateria de fé, peregrinando na Terra Santa e atualizando ao vivo e à cores os lugares por onde viveu nosso Senhor JESUS CRISTO, MARIA SANTÍSSIMA e os SANTOS APÓSTOLOS!

(42)

– UM CERTO GALILEU –

Voltei no tempo. O calendário levou-me ao ano um da nossa era. Vi-me na Terra onde Jesus foi criado junto de seu Pai José e de sua mãe Maria na bela Nazaré. Entre montanhas, desertos, e, muito calor senti os arrepios ali naquele mesmo lugar onde Maria surpreendeu-se com uma estranha visita: Um anjo do céu lhe apareceu e lhe avisou que ela conceberia sem concurso de homem, mas, por obra do Paráclito! Aproximei-me daquela gruta e senti os fluídos divinos da história, que, fui buscar! Tudo começou naquele lugar santo e bucólico! Uns quilômetros dali subi o Monte Tabor, onde um certo galileu transfigurou-se na frente de seus amigos. Alguns quilômetros e cheguei noutro lugar santo: ―Caná da Galileia‖ onde aquele Galileu transformou água em vinho e encheu seis talhas num casamento revelando seu primeiro

―milagre‖.

Subindo pela orla do Mar da Galileia pude contemplar outros pontos da divindade do galileu; Tabgha onde Ele escolheu alguns de seus discípulos, pescou com eles e comeu peixes naquela praia de agua doce. Mais à frente, Cafarnaum com a sinanoga e a casa de Pedro. Ali o Galileu curou um homem de mão seca.

Desceram-lhe à sua frente um paralítico e este tomou sua maca e saiu andando...

Nas águas calmas do grande lago de água doce, naveguei numa pequena escuna relembrando aquele Galileu, que, acalmou a tempestade e ensinou a muitos que o esperavam às margens.

Desci para Gericó donde o Galileu viu Zaqueu trepado no sicômoro e o convidou a recebê-lo em sua casa. Dali o Galileu retirou-se a um alto monte por quarenta dias. Ele haveria de descer de lá robustecido e pleno do Espírito Santo depois de ser tentado diversas vezes pelo demônio.

Refrescando-me no Rio Jordão, senti-me rejuvenescido ao

(43)

Bem-Aventuranças naquele Monte belo e florido. Aproximo-me então da Judéia. Antes conhecendo a bela Betânia de Lázaro e suas irmãs, amigos do Galileu. Logo à frente, a grande e impoluta Jerusalém dos Profetas e das altas muralhas e portões!

Mas, do lado de fora subi ao Monte das Oliveiras local preferido do Galileu para orar e ensinar seus discípulos.

Ele saia do Templo atravessava o Vale do Hedrom e se refugiava no silêncio e na paz longe da agitação da grande cidade no aconchego do Monte.

Entre oliveiras milenares eles se reuniam com o mestre Galileu até o dia fatal da traição. Então o Galileu sentiu uma horrenda e sinistra agonia!

Numa certa vez o Galileu, olhando Jerusalém suspirou fundo e diz: ―Ai de ti Jerusalém que mata seus profetas... De ti não vai ficar pedra sobre pedra‖!!!

E lá dentro das muralhas, com fluídos de dois mil anos pude materializar diversos locais, que, deixaram as marcas daquele Galileu: Seu sepulcro... O Cenáculo... A via dolorosa... Tudo ali dentro exalava a vida daquele Galileu!

Mas, saindo de Jerusalém e caminhando alguns quilômetros andei sozinho pela Estrada de Emaús relembrando, que, aquele Galileu ressuscitado não foi reconhecido pelos dois caminhantes que O convidaram a se hospedar naquela pequena estalagem onde ele aceitou e lá dentro jantando com eles, ―partiu o pão‖ e fora reconhecido!

Finalizando aquela viagem de dois mil anos, pude me aproximar do campo dos pastores, e, com eles alcançar o local de nascimento do Galileu chamado Belém!

Meu sonho estava sendo realizado naquelas paragens benditas por onde caminhou um certo Galileu chamado JESUS DE NAZARÉ.

(44)

– MAGDALA e TABGHA –

Dois locais de profundo bucolismo, que, trazem às lembranças fatos da história cristã. Banhadas pelo Mar de Genesaré, e pelos campos verdejantes da Galileia, ambas encerram no seu solo os passos de um Mestre Nazareno chamado Jesus, O Galileu.

MAGDALA é uma pequena aldeia de pescadores. Aí nasceu Maria Madalena irmã de Lázaro e Marta. Lázaro era de linhagem nobre (Príncipe) e sua família tinha algum destaque social. Eles moraram em MAGDALA antes de se mudarem para Betânia.

Apesar dessa linhagem Maria Madalena se prostituiu. Um certo dia estava ela possuída de sete demônios (espíritos impuros) e Jesus os expulsou.

Nas proximidades de MAGDALA fica o Monte das Bem Aventuranças (Chamado em Israel de Beatitudes) onde Jesus subiu e pregou para milhares de seus seguidores.

TABGHA, outra pequenina aldeia dos tempos de Jesus é o lugar da multiplicação dos pães às margens do Mar da Galileia.

Fica alguns quilômetros de Cafarnaum ao Norte, e, próxima do Monte das Bem Aventuranças.

Foi nessa pequena aldeia que Jesus ensinou a oração do PAI NOSSO aos discípulos.

TABGHA significa ―As sete fontes‖.

Jesus fez ainda muitos outros milagres e pregou o Reino nestas terras frescas e verdejantes da Galileia. Seus discípulos os escolheu e convidou nas margens do Mar da Galileia ou Lago de Genesaré, pois, a maioria deles era pescador.

(45)

– HISTÓRIA DO MONTE DO TEMPLO DE JERUSALÉM – 1. Na história bíblica o Monte do Templo de Jerusalém aparece pela primeira vez como uma das montanhas da Terra de Moriá. O lugar onde ABRAÃO, quase sacrificou em holocausto seu filho ISAAC e onde construiu um Altar.

2. Mais tarde o Rei DAVI adquiriu a área de Araúna, o Jebuseu, e, lá ergueu um altar.

3. Mais tarde o primeiro e o segundo templo foram construídos no alto do monte.

4. SALOMÃO o filho do Rei DAVI construiu o primeiro templo que durou sete anos de construção.

5. Quando da invasão de Judá em 586 AC, os babilônios destruíram totalmente o primeiro templo e levaram para o exílio os líderes de Judá.

6. Mais tarde os babilônios perderam a Judéia para os PERSAS (Rei Ciro) que permitiu o retorno dos exilados para casa.

7. Começa a reconstrução do segundo templo liderados por ZOROBABEL e JOSUÉ por volta de 515 AC.

8. Durante o período asmoniano o governo selêucida ANTÍOCO IV, DECLAROU Jerusalém uma cidade grega e começou a reprimir as práticas do judaísmo.

9. Os judeus liderados por JUDAS MACABEU, sublevaram-se em uma revolta armada.

10. Em 164 AC o templo foi purificado e restabelecido.

11. Em 37 AC, HERODES, O GRANDE, com apoio dos romanos foi declarado Rei da Judéia e antes de Cristo começou a reformar o templo em grande estilo, que, durou até 70 DC.

12. Na Revolta judaica contra Roma, o templo foi destruído pelos romanos sob o comando de TITO.

(46)

13. Durante o 2º século depois de Cristo, os romanos reconstruíram a cidade de Jerusalém como uma colônia romana dando-lhe o nome de ―AELIA CAPITOLINA‖.

14. Os romanos construíram seu próprio templo pagão dedicado a Deus Júpiter sobre o lugar do Templo do monte e proibiram os Judeus de entrarem na cidade sagrada

15. Durante a era bizantina depois, que, o cristianismo tornou-se a religião oficial do império, JERUZALÉM veio a ser uma cidade cristã.

16. Decorridos dez anos, JERUSALÉM mudou de mãos novamente passando ao domínio dos ÁRABES MULÇUMANOS.

17. Hoje no Monte do Templo de Jerusalém (Monte Moriá) ergue- se a imponente MESQUITA DA CÚPULA DA ROCHA sob o domínio mulçumano. Ela foi construída originalmente pelo califa ―ABD EI MALIK‖ entre 691-93 depois de Cristo.

(47)

– ÍNDICE DE CULTURA –

Neste final de ano tive o privilégio de visitar a Florida, o Estado americano de belas praias ao lado do Golfo do México.

Por diversas vezes estive pisando as brancas areias mais parecendo pó de talco de tão finas...

Mas, uma coisa chamou-me muito a atenção: Os usuários estavam sempre agrupados, sem correrias com suas cadeiras alinhadas e crianças brincando na alvura daquelas areias.

Tudo muito limpo e sem nenhum detrito ou pontinho, por mais minúsculo, que, fosse de lixo. Todos os banhistas comportavam-se com discrição e faziam questão de colocar seus detritos nas lixeiras por ali instaladas.

Nas proximidades das praias, um pouco atrás da linha da areia ficavam grandes instalações para atenderem necessidades fisiológicas dos usuários com água em bebedouros e sanitários muito limpos e higienizados.

Lá pelas 18.15h no ―Summer Time‖ americano, todos fitavam o sol se pondo com suas máquinas fotográficas e filmadoras, e, com extremo prazer curtiam em silêncio, como elevando uma prece aos céus, no magnífico espetáculo do tradicional POR DO SOL no belo Golfo do México.

Então, pude desfrutar um pouco daquela cultura americana onde todos respeitam o meio ambiente, notadamente aquelas belas praias de Sarasota, Punta Gorda, e, Boca Grande mantendo-as sempre limpas e acolhedoras às visitas de turistas e americanos.

Nas saídas da areia, grandes espaços com chuveiros e duchas, para a limpeza dos equipamentos (cadeiras, esteiras, guarda sóis) e banhos para limpar a areia do corpo... Tudo na mais perfeita ordem e sem atropelos.

A educação e o cavalheirismo é a tônica no comportamento das pessoas nesses locais.

(48)

Com isso chega-se à conclusão de, que, a educação de um povo contribui para esses confortos públicos, onde tudo é de todos e, todos cooperam na sua manutenção (limpeza, higiene e ordem).

Por fim, há, que, se destacar, que, o Estado da Flórida é belo pelo seu verde e planícies sem montanhas. E de sobra há ainda na sua parte sudeste um esplendoroso ―PANTANAL‖ com a presença controlada de jacaré, o que faz da região um ponto turístico que lembra o nosso pantanal mato-grossense.

(49)

– PESADELO OU REALIDADE? –

Leve bruma cinza encobre o silêncio e o bucolismo de uma grande cidade. Nas suas praias desertas apenas o cantar das gaivotas no mar sem embarcações. Nas avenidas patrulhadas pela caterva armada com armas pesadas, tudo está quieto e abandonado. Cidade fantasma outrora ―maravilhosa‖ sem encantos e anestesiada pelo crime.

Entrincheirados no alto do Pão de Açúcar, postos de observação dos traficantes e sob os braços abertos da grande estátua posicionadas as metralhadoras e fuzis de longo alcance, fazem a varredura dos poucos cidadãos, que, se arriscam a caminhar na mira das armas!

A grande baia está sob o domínio dos traficantes embarcados e ancorados. A grande Ponte também interditada e sem tráfego. Grandes túneis viraram moradia e postos de controle das facções.

A grande cidade estrangulada fica agora submissa da polícia assassina dos marginais da droga, que afastou o turismo e aprisionou todos os seus pontos!

Os dois aeroportos nas mãos de grupos fortemente armados. Não decolam nem aterrissam aviões. O grande estádio de futebol concentra facções que se reúnem para discutirem seus domínios.

O povo restrito às suas casas já passa fome e sede. As

―patrulhas assassinas‖ controlam todas as redes fornecedoras de alimentos e água. As escolas fecharam e foram ocupadas pelos bandidos.

À noite ouvem-se os tiros e rajadas como demonstração de força e amedrontamento. Quase ninguém ousa expor-se sob o risco de ser alvejados.

Sem policiamento, a segurança foi totalmente aniquilada pela potência das pesadas armas. O Estado de sítio está controlado

(50)

pelas facções e a cidade sitiada já não tem governo nem Instituições. Nada mais funciona. Tudo estagnado. A insegurança campeia impondo suas normas de violência sobre o povo assustado e reprimido.

A grande cidade vive oprimida sob uma ditadura de facções assassinas e o tráfico proporciona o consumo generalizado. Sob as miras de fuzis e metralhadoras de grandes calibres, eles desceram dos morros e ocupam, agora, toda a região central, de Copacabana onde montam suas centrais de controle expandindo às demais regiões periféricas do centro da grande cidade.

Não há mais circulação de veículos particulares nem coletivos. As avenidas e ruas estão interditadas com grandes barricadas.

Pessoas começam a ser alvejadas indiscriminadamente e tombam mortas atingidas aleatoriamente, pelas ruas. Tiros e rajadas são ouvidos por toda a cidade.

O caos é total. A inversão de valores foi completamente implantada. O Estado de direito foi abolido. As Leis agora são as do tráfico e das gangues da droga, que, determinam o controle da sociedade submissa e aprisionada pelo novo Estado do crime!

A Cidade Maravilhosa foi transformada na CIDADE DO CRIME DESVAIRADO.

Ela chegou ao fundo do poço e do túnel!

Quando o sol bateu na minha janela abri os olhos e acordei de um pesadelo. Tudo não passou de um ledo engano... Ou será, que, pode acontecer?

Referências

Documentos relacionados

Bombas Válvulas de controle Válvula solenóide Placas de orifício Medidores de vazão Válvula manual Termopares Transmissores de temperatura Indicadores de temperatura

Com base na literatura revisada, conclui-se pela importância da implantação de um protocolo de atendimento e execução de exame de Ressonância Magnética em

Deliberação: Em sessão realizada nesta data, o colegiado, à unanimidade, deliberou pela homologação do declínio de atribuição, nos termos do voto do(a) relator(a). Participaram

1 ? Os estabelecimentos de ensino superior público devem colaborar na formulação, pelo Estado, das políticas nacionais de educação, ciência e cultura, pronunciando-se,

b) política de substituição de linhas de cache FIFO e; c) política de atualização write back. Para implementação do protocolo de coerência, um campo que controla o estado de

9 78 MARTINEZ MELENDEZ ENRIQUE M CASTILLA  Y LEON Absoluta 15:19,0. 10 67 FLOR TEJEDOR MIGUEL M CASTILLA  Y LEON

De acordo com estes resultados, e dada a reduzida explicitação, e exploração, das relações que se estabelecem entre a ciência, a tecnologia, a sociedade e o ambiente, conclui-se

ANEXO VI – FORMULÁRIO PARA INTERPOSIÇÃO DE RECURSOS Formulário para interposição de recurso contra a pontuação da prova de títulos da seleção simplificada para bolsistas