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O REI NOMEIA O REI –

No documento casos & contos (páginas 31-38)

Numa terra distante e milenar, havia um pequeno garoto, que, pastoreava nos campos. Era bonito e esbelto entre todos os outros. O jovem era destemido e corajoso, atributos, que, exercitava nos seus afazeres. Certo dia fora molestado por um gigante filisteu que o desafiou e tentou mata-lo.

Houve uma contenda sem igualdade. O pequenino rapaz era uma pequena pulga diante do gigante ameaçador.

Num ato de inteligência e destemor, o pequeno rapaz, e da sua pequenez, armou-se de uma ―funda‖ munido de uma pedra.

Às ameaças do gigante filisteu, aceitou sem medo o terrível desafio, girando rapidamente sua arma em direção ao poderoso agressor. Ao soltar a pedra atingiu frontalmente a cabeça do gigante levando-o ao chão desfalecido.

A partir desse ato o garoto franzino cresceu e conquistou as afeições de um Poderoso Rei que o escolheu para também reinar.

O Rei não era deste mundo, mas, o escolheu para reinar no mundo. O Rei do céu entronava no reinado da Terra, o seu escolhido: ―O REI DAVI‖.

No reinado consolidou e firmou o poder real primeiro sobre a tribo de Judá e depois de Israel.

Davi no auge de seu reinado corrompeu-se com suas concubinas e governou até sua velhice quando preparou a entrega do seu reino ao seu filho Salomão.

E, Davi adormeceu com seus pais e foi sepultado na cidade de Davi. Seu reinado sobre Israel durou quarenta anos.

– QUEMCONTAUMCONTOAUMENTAUMPONTO – Um certo contador de contos, contou um conto do ―faz de conta‖ e encantou a todos pela sua objetividade. O contador, ao descer do trem, reuniu, pela sua palavra todo o público à sua volta para ouvi-lo. Falando em alta voz ele, parado no meio da estação disse:

— ―Vocês sabem o significa este momento?‖... E, sob os olhares atentos ele continua dizendo:

— ―Vocês acabaram de chegar ao fim de uma viagem no trem da vida‖...

— ―Isto é como a morte... É uma viagem sem volta‖. E todos os semblantes, que, o ouviam ficaram atônitos. E o contador de contos continuava:

— ―Sim! Todos vocês acabaram de chegar de uma viagem e agora terão de passar por uma triagem... Uma prestação de contas, pois seus nomes estão no livro da vida como uma caderneta, que, no fim do mês deve ser paga!

Naquele instante, todos os passageiros foram cercados por uns homens de branco que comeram a surgir daquela estação e um deles portava nas mãos, um grande livro de contabilidade e o apresentaram ao contador de contos que ao abri-lo começava a pronunciar, um a um, todos os nomes daqueles que o escutavam...

E todos, depois de ouvirem seus nomes pronunciados pelo contador de contos, foram confinados pelos homens de branco, dentro de uma grande sala ao lado da estação de trem.

Um deles, então, começou a ler sentenças que iam, desde o grande fogaréu até um grande campo coberto de lírios perfumados... Havia ainda outras sentenças, que, condena a um lugar, sem fogo, mas muito quente e abafado onde se podia ouvir

Um a um, após lida a sua sentença e prestação de conta do enorme livro da vida, iam sendo conduzidos conforme suas penas e pagamentos...

Depois de tudo concluído, o trem, que, se encontrava estacionado naquela estação, iniciou novo momento de volta. O chefe da estação, com uma foice nas mãos, apitava forte liberando o trem, que, partia vazio, para mais uma volta.

Após a estação vazia e silenciosa, uma criança surge na plataforma e indaga a um velhinho, que, havia ficado por ali:

— ―O senhor sabe me dizer se o trem volta logo, porque eu o perdi‖? ... E o idoso então, lhe respondeu:

— ―Deixe-me ver sua passagem‖?

A criança mostrou-lhe sua passagem e o idoso disse-lhe:

— ―Não se preocupe, a sua passagem não era para esse trem, mas você vai ter que esperar mais algum tempo e vai embarcar comigo. Vamos no mesmo trem‖.

– REPORTAGENS DO COTIDIANO – (Uma resenha da vida)

Como um repórter anônimo, saio a observar o espectro social do dia a dia. Misturo-me aos populares, que, vão e vem nas calçadas da vida. O palco então abre suas cortinas e iniciam-se os atos.

Logo que saio de minha casa defronte a uma bela pracinha arborizada vejo um grupo de jovens amontoados num bando imersos na fumaceira dos seus ―pacalzinhos‖. Passo ao largo, pois, eles não gostam dos olhares curiosos.

Mais um pouco à frente observo ainda na simpática pracinha, latas de cerveja vazias, bisnagas plásticas de refrigerante e garrafas de vidro jogadas sobre o gramado dos canteiros a poucos metros de uma lixeira.

Continuo caminhando e logo percebo a indisciplina do trânsito quando um carro faz uma conversão proibida à esquerda, cortando os outros que descem uma movimentada avenida.

Estou agora mais perto do centro da cidade. O movimento de carros e pedestres aumenta. Acesso então um calçadão, onde tenho dificuldades para transitar com os ciclistas que tomam o meu lugar na via exclusiva para pedestres.

Entro numa agência bancária. Ali vejo algo notório e costumeiro. Clientes de pouca idade ocupando os caixas destinados aos idosos, grávidas e portadores de deficiências, apesar da placa indicadora.

As diversas faixas para pedestres, não tem serventia alguma para o fim a que se destinam, pois, quase em todas elas, tentei atravessá-las, mas, os motoristas passam primeiro e corre-se o risco de um atropelamento.

Já é noite alta. Lá pelas 01,30hs, sou incomodado por gritos e alto falatório na pracinha. Saio e posso ver um bando

Mais tarde, lá pelas 04,00hs da madrugada um enorme estouro de bomba. Dois idiotas sem sono naturalmente, soltaram um rojão de um só tiro e possante em frente a nossa casa.

Observo também, durante o dia, os motoqueiros entregadores e suas rapidíssimas motos que serpenteiam por entre os carros, e, não respeitam a sinalização, faixas para pedestres, mão de trânsito... É um constante atentado à nossa segurança, tanto de motoristas quanto de pedestres!

A Empresa coletora do lixo da cidade é outra aberração da limpeza pública.

Aqueles enormes caminhões, que, absorvem os contêineres e manuseados pelos funcionários, quase sempre, deixam os locais dos contêineres, sujos com restos de lixo no chão. Eu mesmo já peguei na vassoura, varri e recolhi o resto, que, eles sempre deixam para trás.

Vejo também, veículos, que trafegam acima de 30km/h em vias curtas voando a quase 60/70 km/h. Outros estacionam nas esquinas a menos de três metros gerando acidentes, porque, tiram a visão de quem vai entrar.

Outro fato observado nesta reportagem é a dos alarmes residenciais que disparam na ausência dos moradores e permanecem por longo período infernizando nossos ouvidos principalmente à noite. Da mesma forma os alarmes dos carros.

A nossa cidade é especialista nos apagões. Por qualquer trovão ou ameaça de tempestade ou até mesmo por batidas de carros nos postes, ficamos duas, três até quatro horas sem energia.

Nossos aparelhos eletroeletrônicos são desligados abruptamente e correm o risco de sérias avarias.

Mas, o mau atendimento dos balconistas nas nossas lojas também merece ser comentado nesta reportagem. A falta de tato, de atenção e de cortesia são notórios. Quando se entra numa loja, a primeira impressão que se tem é, que, eles nos medem da cabeça

aos pés, para concluírem se somos pobres ou ricos e assim deduzirem o que iremos comprar!

Fico apreensivo quando dirijo pelos bairros mais afastados do centro... É que a maioria das pessoas, que, está sentada em mesas de bares nas calçadas ou caminhando, olham para você passando dentro do seu carro. Parece mais um olhar disparando flechas de algum tipo de ódio ou alguma bronca! ...

Mais bronqueado eu fico, quando, nas minhas caminhadas, ao cruzar com outras pessoas comuns eu as cumprimento sem ignorantes, que, acumulam o lixo em local mais próximo de suas casas, no chão das calçadas. Os cães aparecem, rasgam os sacos e fica aquela sujeira espalhada pelo chão e o mau odor invadindo nosso precioso ar respirado.

Já viram, quando chega a sexta-feira, à noite, os grupinhos da cerveja chegam em bandos, estacionam seus carros e se juntam nos bancos da pracinha. Ali bebem, regam as árvores com sua reportagem. Seus ―filhinhos‖ vêm para a nossa pracinha... Correm, andam de bicicleta... Pisam nos gramados... Ferem as plantas arrancando seus galhos... Tudo sob as vistas protetoras dos seus genitores, que, nem chamam a atenção dos pirralhos para

Assim como os marmanjos, que não são capazes de contornar um canto de canteiro, atravessando por cima da grama sem a menor parcimônia. Eu, que, resido defronte a esse belo logradouro jamais atravessei por cima dos canteiros para encurtar a minha distância!

Bem, esta reportagem seria muito maior, se não tivesse que encerrá-la para não ficar cansativa. O que cansa mesmo é a ignorância de muitas ―antas‖ soltas pelo cotidiano e que dariam muito mais reportagens!

No documento casos & contos (páginas 31-38)

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