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Ainda a propósito das eleições na FACED ou quando as ideias são o fundamento delas próprias

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(1)

AINDA A PROPOSITO DAS ELEiÇÕES

NA FACED OU QUANDO AS IDÉIAS SÃO

O FUNDAMENTO

DELAS PROPRIAS

nmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

Ozir Tesser

texto do Professor Joaquim Fernando Pimentel

ihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

1 '1

FEDCBA

t n n n d e s( 1 ) que tece considerações sobre três dos

I f pontos levantados por "mim em artigo

anterior-publicado no boletim informativo da FACED(2),

creve no esforço louvável de transformar as

r nças existentes na academia em debate aberto.

I ' . l i e reafirmo que na universidade a diversidade

ti. piniões, teorias e práticas, devem conquistar

1 1 1 1 1 • paço de discussão e de cotej amento.

Ao ler o artigo do estimado colega a primeira

1 1 " ão que me surge é sobre qual sua contribuição

1 0 d bate.

Em resumo, parece-me que Fernando expressa,

1 1 outros, os seguintes pontos de vista: afirma

I r queza da existência da pluralidade e

diversida-ti de idéias e teorias na academia; exprime o

dese-I( de "um conhecimento maior do pensamento

diversi-If do existente" na Faculdade, e de que se

instau-"a coragem de um debate contínuo, franco,

des-Jl tensioso e sem intenções de "converter" quem

1 \1 r que seja a tal ou tal linha de pensamento";

a-r > cia o processo de eleições paritárias ocorridas

1 1 1 Faculdade posicionando-se a favor das eleições

1 1 paritárias que dão maior peso ao corpo docente,

L' o, segundo ele, por força da inevitável

conjun-ura corporativista pela qual estaria passando a

iedade brasileira; insurge-se contra a conside~

ão de que o resultado das eleições na FACED

te-n h a sido descrito como uma vitória liberal

conser-v

dora, a ~xemplo do que ocorre no país em sua

(2)

transição democrática, apesar do que, avalia que os

setores "politicamente avançados" e que "são,

ge-ralmente, pioneiros de decisões socialmente

signi-ficativas, das quais a comunidade se beneficia, por

serem mais ousados, o que é digno de referência

po-sitiva e às vezes até de inveja" não estão

sufi-cientemente organizados e definidos, e portanto,

p:eparados para administrar; levanta algumas

ques-toes que gostaria de ver debatidas na Faculdade, e,

entre outras se indaga porque o Curso de Mestrado

não apresentou duas chapas e porque alguns doutores

se encontram fora do Mestrado; reclama "maior

aber-tura ao ingresso de outros profissionais" (?) no

Curso de Mestrado; questiona, sem nada precisar, os

critérios de seleção para ingresso no Curso; por

fim, faz algumas alusões imprecisas e vagas sobre

totalitarismo e partido único que não se vê. bem a

que título se enxertam no texto senão

gratuitamen-te, ou, talvez, como elo de união com afirmações

similares de outros setores da Faculdade que se

pautam pelo mesmo tipo de raciocínio(3).

E qual é este raciocínio? O articulista, salvo

melhor juízo, parece estabelecer uma relação

idea-lista entre as idéias e a realidade. O pensamento

ao invés de ter como referência os fatos, o real,

se transforma em demiurgo da realidade e sua

vali-dade se assenta apenas na lógica das idéias, bem ou

mal expressas, e não em seu confronto com o real.

Explico-me. A verdade passa a ser uma relação entre

idéias e não entre as idéias e os fatos. Esta

con-cepção poderá ser tão mais aliciante e perniciosa

quanto mais o escriba dominar a arte de escrever.

Entretanto, é tarefa da academia não apenas

desven-dar a essência que habita na aparência - o que é a

1u~a maior da ciência -, mas também buscar para

alem do discurso sua comprovação com os fatos.

Assim, Fernando faz uma série de considerações

e julgamentos sem muito se preocupar, como o

de-monstrarei, se eles têm assento na realidade do que

ocorre ou do que foi dito. O erro, salvo melhor

juízo, não me parece ser de concepção. Supõe-se

160

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FEDCBA

I " • I I ( ) I n d gado, seguramente concordaria com

es-I 1 " l.ntr p 1 da gnosio10gia.

() J llo b l ma é de prática idealista.

. 1 1 1 - ' v j amos: o art"icu1ista recrimina, no

omenta, a crítica ao ec1etismo e parece

cletismo com a existência de p1ura1idade

de práticas. Diz que, em meu artigo,

a posição de que a pluralidade de

Instituição de Ensino levaria

necessa-I I 1 1 1 1 1 I I L ' "a uma atitude eclética ou conducente a um

1 '" 1 1 1 1 1 vista unificado" (?). Não sei onde e em

'1 ''' 1 baseia para uma tal afirmação, senão na

h lpot de que defendendo o ecletism~, ele o _fa~,

I 1 1 1 I 1 1 ndo erroneamente o ecletismo. a convivenc~a

1 1 1 1 1 1 1 \\ mesma instituição de pontos de vista

dife-I 1 1 1 • Em meu artigo posicionei-me contra o

ec1:-I 1 1 1 I 0 exp1icitei o que ele significa. Em re1a~ao

1 1 ) p1uralismo sempre tenho defendido que a

e~isten-I 1 , dia de idéias divergentes

e

de concepçoes

di-V I l' devem poder encontrar na academia ~ seu

1u-• 1 1 d debate e de confronto. Esta posiçao, tenho

xpllcitado em várias ocasiões e é a concepção que

J lII' ide a organização curricu1ar do me~trado. Faço

I I rência aqui a alguns textos meus ja publicados:

,,~ indispensável resguardar a autonomia do

profes-I profes-I mas esta autonomia deve ser temperada pelo

de-It'L'

e confronto dos saberes transmiti~os, dentro

l i um clima de respeito à diversidade e à

plurali-tlld de concepções(4). "Não é pos~ível garantir a

«U

lidade de ensino sem buscar mecanismos de deb~te

d confronto entre professores, alunos e

prof~s-1 nais num clima de respeito à pluralidade de

, • . d

. ncepções"(5). Ao reforrnular o curr~culo e

mes-r do há

4

anos a Coordenação assim justificava a

ua nova estrutura: "Em sendo mais flexível, o novo

urrículo busca favorecer o confronto entre

dife-r ntes percepções do fenômeno educativo,

?roporcio-n ?roporcio-ndo ao aluno urna maior visão crítica das

propo~-tas educacionais. A nova estrutura curricular nao

visa porém, traduzir urna atitude eclética ou de

in-diferença face às diferentes propostas, mas sim,

(3)

garantir o espaço para que essas propostas se

ex-primam e se submetam

ihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

à crítica"(6).

O que nos parece lamentável é que se afirme o

direito à diversidade de opiniões como manto ao

va-le tudo, à ausência da crítica, ao ecletismo.

"Pro-fessores competentes de agudo senso crítico e

alu-nos estudiosos não poderão conviver com cursos

pou-co exigentes no trabalho intelectual, onde o

laxis-mo e a indiferença se mesclam ao ecletismo sem

ri-gor que acoberta posições teóricas inconsistentes e

que frequentemente se apresenta sob o falso manto

do pL u r 'a .I

FEDCBA

í smo " (5). Em que momento em nosso artigo

afirmei, como me atribue o autor, que a pluralidade

de idéias na instituição significaria

"necessaria-mente uma atitude eclética ou conducente a um ponto

de vista unificado"? Vale ressaltar que o

insurgi-mento do autor contra a descrição do ecletismo como

"um mosaíco montado a partir de inúmeros

pensado-res" - feita, não por mim, como incorretamente

dei-xa entrever, mas por outro autor por mim citado

descontextualiza o inciso da descrição dos traços

característicos descritos naquele artigo e que

con-vém recolocar. Eis portanto alguns traços

caracte-rísticos do ecletismo: "1. a desconfiança com os

"sistemas", que seriam camisas-de-força do

espíri-to; 2. a crença de que a "verdade" poderia ser o

resultado de um mosaico montado a partir de

inúme-ros pensadores, o que, além de livrarnos dos

peri-gos dos sistemas, nos permitiria um enriquecimento

indefinido, aproveitando-se de cada sistema "o

me-lhor" (••. ) 3. finalmente a crença tipicamente

nar-cisista e imatura de que, assim agindo, estaríamos

dando mostras de "espírito aberto", "esclarecido",

não dogmático (.••) ': ( 7 ) .

Fernando desconhece no seu artigo que os

tra-ços do pensamento eclético realçados pelo autor por

mim citado, tem exatamente como ponto de

referên-cia, não o uso do acervo histórico acumulado pela

humanidade através de gerações e através de

dife-rentes autores e diferentes opiniões, mas seu uso

indiscriminado, eclético, assistemático que faz

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" " re I r sua linha de raciocínio e sua visão de

mun-.1 .," - para usar uma expressão do próprio Fernando.

" lustificar ~ ecletismo confundindo-o com o

plu-I 1 1 i mo, Fernando defende uma causa incorreta, no

1 1 1 I1 modo de ver, mas isto é um direito seu. O que

\ I I ( ) lhe cabe como direito é atribuir a mim noçoes

'1 1 1 me são alheias.

Entretanto aproveito o ensejo para explicitar

1 1 1 1 I pouco mais a crítica ao ecletismo tão

frequente-1 frequente-1 frequente-1 nte adotado em nossos cursos. A posição eclética

plrte do princípio de que nenhuma corrente

filosó-t ica esgota a verdade e que todos os sistemas de

p nsamento contém elementos de verdade. e elementos

ti erro. O bom procedimento consistiria portanto em

olher nas várias correntes de pensamento o que é

nom e, verdadeiro e deixar de lado os elementos

er-rôneos. Ter-se-ia então uma verdade global composta

dos acertos dos vários sistemas.

Valho-me de Roland Corbisier(a' para fazer uma

crítica a esta posição que se situa entre o

dogma-tismo e o ceticismo. Diz o autor que das três

posi-ções, "a posição eclética é a mais ingênua, ou a

menos crítica, pois, ao propor-se essa

reconstitui-ção do todo, mediante a seleção e a composição de

parcelas que, por hipótese, o constituem, não toma

consciência de que a escolha dos elementos

verda-deiros supõe um critério que permita discerní-los,

reconhecê-Ios, como verdadeiros, separá-los dos

ou-tros, errôneos, e que esse critério só pode ser o

da própria verdade, previamente conhecida, não nos

seus fragmentos, distribuídos e esparsos nas

dou-trinas e nos sistemas errôneos, ou verdadeiros e

errôneos, mas na sua totalidade, pois só esse

co-nhecimento prévio, da verdade total, permitiria,

por assim dizer, sobrevoar os sistemas, e as

dou-trinas, detectando seus elementos verdadeiros para

incluí-Ios no sistema, ou na sua totalidade

verda-deira.

O ecletismo, portanto não passa de

de dogmatismo, embora possa parecer uma

liberalismo, progressista, compreensivo e

uma forma

forma de

(4)

te. N~ rea~idade não chega a um resultado, o da

re-constltuiçao da verdade, espécie de mosaico, cujo

desenho fosse a priori ignorado. Parte,

inconscien-temente, ~o desenho que, por isso mesmo, é anterior

ao conheClmento das partes ou dos elementos,

reco-nhecendo e c~nsiderando verdadeiros apenas aqueles,

dos outros slstemas e doutrinas, que, identificados

pelo des:n~o: nele se p~dem e~caixar. Além de

ingê-nua : prlm~rla, a posiçao ecletica, na medida em

q~e e dogmatica, incide no mesmo erro dessa

posi-çao, ignorando que a procura e o desenvolvimento da

verdade constituem um processo temporal, e que as

doutrinas e os sistemas não são parcialmente

verda-deiros e parcialmente falsos, mas representam e

ex-pr~mem, por ass~m dizer, o limite possível, a

fron-telra da con~ciencia humana em determinada época ou

fase _da historia". Esta longa citação fazia-se

ne-cessaria para de forma concisa e contundente deixar

claro porque o ecletismo embora constituindo um

re-curs~ :reque~te na academia, é frágil e apresenta

os V1C10S aClma enumerados.

Mas, vamos a um segundo ponto onde esse tipo

de raciocín~o idealista é ainda mais patente. Ao

comentar a primeira lição das eleições da FACED,

a-presentada por mim, como sendo o saldo positivo da

consulta paritária empregadaÇ9), o nosso

articulis-t~ distorce o rac~ocínio e dá mostras de que, ou

nao ~eu com atençao o texto que pretende comentar,

o~ nao entendeu o processo eleitoral ocorrido na

FACED, ou amba~ as coisas, evidência de que toma

suas elocubraçoes como suficiente prova da

realida-de dos fatos, ou do pouco zelo em entender os

dize-res dos outros.

Diz que "o artigo de avaliação aludido coloca

na primeira lição a ser inferida desse evento, ~

seu caráter corporativista" (sic! .•• ).

Contraria-mente a isto, digo em meu artigo que "o primeiro

saldo positivo ~o~ parece ser o_de ter comprovado

~ue a forma parltaria das eleiçoes na Universidade

e correta". Com efeito, tendo sido paritário o

pro-cesso ocorrido na Faculdade teria sido

.

infundada

FEDCBA

164

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H - P E . O D · C O S

'1

1 1 Ilquer crítica ao processo que nós mesmos

reivin-1 reivin-1 reivin-1 ' lmos. O artigo do colega, partindo de uma

per-I p'-o errônea do que ocorreu na Faculdade e de uma

I~I l itura do texto que pretende criticar

aden-I I l-se numa série de considerações que na realidade

IIltl mais fazem senão justificar sua posição

con-1 con-1 t ia às eleições paritárias. Esquece que sua

po-lç-o foi minoritária e que, felizmente, a

Faculda-l i oube "fugir" a "essas tendências

corporativis-I I " que o Fernando aprecia como inevitáveis no

I ual "estágio em que nos encontramos".

Contraria-m nte ao que diz o articulista, meu texto não só

1 1 recrimina o processo eleitoral havido na

Facul-ti de como também procura reforçar, com argumentos,

o certo da posição tomada pela Faculdade,

extrapo-I ndo a lição aQ nível da Universidade, onde, aí

im, o corporativismo dos professores predomina.

Sua posição é clara ao afirmar que "o peso maior

pretendido para o corpo docente tem sua razão de

r no fato de ser ele o único grupo estável, a

loúgo prazo, sobre quem recaem as consequências dos

resultados, bons ou maus (••• )". Sua argumentação é

questionável sob vários aspectos e principalmente

no que se refere à repercussão dos "resultados bons

maus" sobre o corpo docente mais do que sobre os

studantes e funcionários que adviria da escolha de

um ou outro candidato.

Em resumo, Fernando atribuiu a mim análises

que não estão no meu texto e que são suas, não

mi-nhas.

Podemos ainda observar o pouco cuidado em

ana-lisar a realidade quando Fernando menciona a

neces-sidade de abrir amplo debate na Faculdade sobre os

critérios de seleção ao mestrado ou questiona

ou-tros pontos relativos ao mestrado. De fato, tomando

posição através de indagações, não se dá ao

tra~a-lho de examinar em que elas se fundamentam. ~

pre-ciso se dar conta de que o prazer de indagar

escon-de uma posição e que, frequentemente, o

questiona-mento é a forma ladina de afirmar sem se

comprome-ter com o discurso implícito na pergunta. Toda

(5)

dag pelo horizonte teórico que a circunda

per-mit situ~r, o inquirente num campo

teóri-co-met~dolog1CO. Se por um lado, colocar bem o

pro-b~ema ~ obter ~ probabilidade de resolvê-lo,

colo-ca-lo 1napropr1adamente conduz ao vazio da resposta

ou ao desperdício do esforço. Se o articulista

fos-s: atento aos_fatos e buscasse escudar suas

percep-çoes em re:er~ncias ou citações objetivas, mais do

que e~ SUb]et1vismos ou ressentimentos de pessoas

que nao ousam fundamentar suas críticas poderia

contribuir mais com as mudanças para as q~ais

vaga-mente pretende colaborar. Assim, será seu

entendi-mento que ,os ~professores que coordenam ou que mais

tem contr1bu1do com o Mestrado nos últimos a

(

O ' nos,

,zlr, ~J~cques, Antonio Carlos, Lúcia, Susana,

Ma-r:-a, Aec1~, Manfredo, Sofia ••• ) "não pensam de modo

d1ferente ? Ou que a diversidade de pensamento

en-tre eles deixaria de ser uma riqueza para o

Mestra-do?

Indagou-se o meu interlocutor das razões pelas

quais alguns professores têm se afastado do Mestra-

FEDCBA

d

ihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

o,? T~ra~ is:o se dado pelo fato de termos suprimido

a obr1gator1edade das disciplinas? Tem faltado

con-vite insist:nte para que esses professores

compare-çam a reunioes a fim de exporem seus pontos de

vis-ta ao Colegiado ou nos seminários promovidos pelo

p:ograma? O~de :stão os argumentos, os fatos

obje-t1voS, as c1taçoes que esteiem as alusões

subjeti-vas e, por vezes, gratuitas? Onde, quando e com que

argumentos o Mestrado tem-se fechado "ao ingresso

de outros profissionais" ou também se tem recusado

a que os "critérios de seleção para esse Curso"

se-jam amplamente debatidos pela Faculdade? Os

Depar-tamentos, o Conselho Departamental, têm sido

infor-mados regu~armente a~erca destes processos, sem que

tenham hav1do sugestoes, protestos ou reclamações

fundadas neste sentido. Em todo caso fica aqui

rei-terada a disponibilidade em aceitar colaborações

que permitam encaminhar essas questões.

Quanto à crítica, a meu ver injusta, pela qual

t L b ' " d "

a r1 U1 a ocentes atitudes avançadas numa

insti-166 E d u c a ç ã o e m D e b a te , F o r t. 1 5 - 1 6 ja n .jd e z . 1 9 8 8

IIII~ 1 0 funcionalistas em outras, o articulista

1 1 1 1 1 1 I uma atitude leviana e emite um juízo

pre-1 pre-1 pre-1 pre-1 pre-1 (' bL d o , não apontando os deslizes que afirma

so-I1 I \ coerência teôrico-prática de quem perante o

'1 " Ii pretende ser juiz.

Para finalizar, e para não estender por demais

l A comentários, assinalo os últimos parágrafos

do (\ ticulista, onde acumula uma série de alusoes

v I ~ \ a realidades que não toma o cuidado de

exami-I1 1 om atenção e insinua posições totalitárias e

11 partido único sobre os quais não se vê bem a

« 1 \1 , e a quem quer se referir. Onde e como teria eu

1

xpr

sso, ou deixado entrever uma visão de dono da

v rdade, ou de que admitiria "unicamente um ponto

ti vista como válido"? O meu desafio a este tipo de

Ilusão consiste em solicitar provas, fatos,

cita-~) .•• e não meras afirmações gratuitas.

Enfim, em que pese o louvável esforço de por

por escrito tantas observações, o artigo de nosso

(' lega não deixa de preocupar por seu subjetivismo,

qu por vezes, se não afeta a honestidade do

propó-ito, ao menos deixa entrever pouco rigor na

análi-Que o debate se instaure na Faculdade, com

li-rdade, respeito e sem censura. Que os arranhões

d s discussões ou as chamuscacadas das palavras

in-lamadas não espantem os acadêmicos! Os embates na

universidade, onde sem pejo poderão aparecer

"ven-dores" e "vencidos" não são senão um pálido

re-lexo dos embates da vida social, onde, aí sim, as

lutas são mais decisivas e por vezes cruéis. As

oposições e diferenças na academia não podem ficar

medrontadas ou escondidas pelo melodrama

sentimen-tal de quem confunde posições derrotadas ou

vence-doras com inimizade afetiva, que mais tem a ver

com a mediocridade acadêmica do que com o debate

franco e aberto de concepções e de práticas

diver-gentes.

(6)

1 F E R N A N D E S , J . F . P im e n te l. A P r o p ó s ito d a s E le iç õ e s n a F A C E D . Edu-caçaã Not/cias. F o r ta le z a , U F C , n .O 1 0 , ju l- a g o ., 1 9 8 8 .

2 T E S S E R , O z ir . E le iç õ e s n a F a c u ld a d e : U m a A v a lia ç ã o d o P r o c e s s o E le ito -r a l.Educação Noticies. F o r ta le z a , U F C , n .O 9 , ja n ./8 8 .

3 F a ç o a q u i r e f e r ê n c ia à m e s m a a lu s ã o f e ita p e lo D e p a r ta m e n to d e F u n d a -m e n to s e m s e u a r tig o s o b r e " O P r o b le m a d a T e o r ia e P r á tic a n a E d u -c a ç ã o ." Educação em Debate. F o r ta le z a , U F C , n .o 1 1 , 1 .0 s e m e s tr e

d e 1 9 8 6 , p . 1 1 8 .

4 T E S S E R , O z ir . Jornal Universitário. F o r ta le z a , U F C , e d iç ã o e s p e c ia l, n o v e m b r o , 1 9 8 6 .

5 T E S S E R , O z ir . Sobre a Qualidade do Ensino na Universidade. Jornal

Universitário. F o r ta le z a , U F C , n .O 3 7 , ja n ./ju n . 1 9 8 8 .

6 J u s tif ic a tiv a d a n o v a e s tr u tu r a c u r r ic u la r d o M e s tr a d o e m E d u c a ç ã o d e 3 0 .0 4 .8 4 , e n v ia d a a o C E P E d a U F C e p u b lic a d a e m te x to m im e o g r a f a d o .

7 G O M E S , R . O M ito d a I m p a r c ia lid a d e : O E c le tis m o . C r ític a à R a z ã o T u p i-n iq u im . 4 .a e d ., S ã o P a u lo , C o r te z E d ., 1 9 8 0 p . 3 6 .

8 C O R B I S I E R , R o la n d . Introdução à Filosofia. 2 .a e d . R io d e J a n e ir o , C iv iliz . B r a s ile ir a , 1 9 8 6 , t. I , p . 1 6 5 ,1 6 6 .

9 ~ b o m r e c o r d a r q u e e n q u a n to o C o n s e lh o U n iv e r s itá r io d a U F C d e f in ir a a s e le iç õ e s p a r a a s D ir e ç õ e s d e F a c u ld a d e s e C e n tr o s c o m p e s o p r o p o r c io n a l d e s ig u a l e n tr e o s 3 s e g m e n to s d a c o m u n id a d e ( 2 0 % p a r a o s f u n c io n á r io s , 2 0 % p a r a o s a lu n o s e 6 0 % p a r a o s p r o f e s s o r e s ) . a F a c u ld a d e d e E d u c a ç ã o d e c id iu a d o ta r u m a p r o p o r c io n a l id a d e p a r itá r ia . O m e u a r tig o v is a m o s tr a r e s ta c o n q u is ta c o m o u m s a ld o p o s itiv o n o c o n te x to a tr a s a d o d a U n iv e r -s id a d e .

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