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Carlos Plácido. Domingos Ribeiro

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Academic year: 2021

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(2)

Domingos Ribeiro

◦ Docente Universitário

◦ Pós Graduado em Fiscalidade

◦ Mestrando em Fiscalidade

◦ ROC Estagiário

◦ Técnico Oficial de Contas Contactos:

domribeiro@net.novis.pt

Carlos Plácido

◦ Docente Universitário

◦ Pós Graduado em Fiscalidade

◦ Pós-Graduado em Gestão de Bancos e Seguradoras

◦ Mestrando em Gestão

◦ Técnico Oficial de Contas Contactos:

cplacido@ipca.pt

Carlos Plácido e Domingos Ribeiro

(3)

Pós Graduado em Fiscalidade

Mestrando em Fiscalidade

ROC Estagiário

Técnico Oficial de Contas Contactos:

domribeiro@net.novis.pt

Pós Graduado em Fiscalidade

Pós-Graduado em Gestão de Bancos e Seguradoras

Mestrando em Gestão

Técnico Oficial de Contas Contactos:

cplacido@ipca.pt

Apresentação disponível para download em:

http://domribeiro.webnode.com.pt Comentários dúvidas e sugestões

(4)

IRS/IRC Dossier fiscal (Org. e Preparão SEG 13

Bloco formativo I

o caso geral do dossier fiscal

Bloco formativo II

Situações novas e casos especiais Bloco formativo III

Preços de transferência /métodos de determinação

Bloco formativo IV

Preços de transferência – preparação do dossier

(5)

IRS/IRC Dossier fiscal (Org. e Preparão SE

Bloco 1

O caso Geral do Dossier

Fiscal

(6)

IRS/IRC Dossier fiscal (Org. e Preparão SEG 13

A obrigação de preparar o Dossier Fiscal foi introduzida pelo DL 55/2000

Antes a informação (parte dela) era entregue à DGCI com a declaração mod/22

A seguir foi introduzida a regulamentação dos preços de transferência – a qual (quando for o caso) acarreta especiais exigências de documentação a incluir no dossier

(7)

IRS/IRC Dossier fiscal (Org. e Preparão SE Sujeitos passivos de IRC, com excepção de entidades estatais e para-estatais isentas

Artigo 130º CIRC

1 - Os sujeitos passivos de IRC, com excepção dos isentos nos termos do artigo 9º, são obrigados a manter em boa ordem, durante o prazo de 10 anos, um processo de documentação fiscal relativo a cada período de tributação, que deve estar constituído até ao termo do prazo para entrega da declaração a que se refere a alínea c) do n.º 1 do artigo 117º, com os elementos contabilísticos e fiscais a definir por portaria do Ministro das Finanças.

(8)

IRS/IRC Dossier fiscal (Org. e Preparão SEG 13

Sujeitos passivos de IRS que possuam ou devam possuir contabilidade organizada - excluindo portanto os que estejam integrados no regime simplificado

art.º 129.ºdo CIRS

“1 - Os sujeitos passivos de IRS que, nos termos deste Código, possuam ou sejam obrigados a possuir contabilidade organizada devem constituir, até ao termo do prazo para entrega da declaração a que se refere o artigo 113.º, um processo de documentação fiscal relativo a cada exercício, que deve conter os elementos a definir por portaria do Ministro das Finanças.

(9)

IRS/IRC Dossier fiscal (Org. e Preparão SE Na parte que respeita aos preços de transferência – estão excluídos os sujeitos passivos que no exercício anterior não tenham atingido um volume de proveitos de € 3.000.000.

Mais a frente veremos com maior detalhe as entidades que estão obrigadas Portaria 1446-C/2001, de 21/12

Artigo 13.º

….

3 - Fica dispensado do cumprimento do disposto no n.º 1 o sujeito passivo que, no exercício anterior, tenha atingido um valor anual de vendas líquidas e outros proveitos inferior a € 3.000.000.

(10)

IRS/IRC Dossier fiscal (Org. e Preparão SEG 13

Há um conteúdo mínimo definido pela Portaria 359/2000 e diversas disposições legais dispersas pelos códigos fiscais

Exemplos:

No Código do IRC: art.º 38./n.ºs 3 e 6;art.º 63.º/n.º6; art.º 64.º/n.º5;

art.º66.º/n.º7; art.º 67.º/n.º6 e 7; art.º 78.º/n.ºs 2,3,4, 5 e 6;

art.º49.º/n.º6;art.º 120.º/n.º7;

No Código do IRS: art.129.º;

No Código do IVA: art.º 78.º/n.º 16;

No Decreto Regulamentar n.º 25.º/2009, de 14/09: art.º10.º/n.º2;

Decreto Lei n.º159.º/2009, de 13 de Julho; Actualização código IRC SNC

Portaria n.º 1446-C/2001, de 21/12: art.º13.º - Preços de Transferência

Circular n.º 9/2005, da DSIRC; - Obrigações dos mecenas

Instruções relativas ao preenchimento da declaração modelo 22 e da IES

(11)

IRS/IRC Dossier fiscal (Org. e Preparão SE Ainda que seja o órgão de gestão das empresas que responde perante a Administração Fiscal – a organização e preparação do Dossier Fiscal faz parte das funções do TOC

Estatuto da OTOC Artigo 6º

1 - São atribuídas aos técnicos oficiais de contas as seguintes funções:

a) Planificar, organizar e coordenar a execução da contabilidade das entidades que possuam, …

b) Assumir a responsabilidade pela regularidade técnica, nas áreas contabilística e fiscal, das entidades referidas na alínea anterior;

3 - Entende-se por regularidade técnica, …., bem como o envio para as entidades públicas competentes, pelos meios legalmente definidos, da informação

(12)

IRS/IRC Dossier fiscal (Org. e Preparão SEG 13

Apesar do conteúdo mínimo definido pela Portaria 359/2000 e diversas disposições legais dispersas pelos códigos fiscais o dossier fiscal deve no entanto:

ser encarado como um espaço mais amplo de diálogo com a AF – para justificar práticas assumidas em situações concretas

Neste módulo tratamos apenas do conteúdo genérico do Dossier – deixando para os módulos seguintes aspectos mais específicos e recentes

(13)

IRS/IRC Dossier fiscal (Org. e Preparão SE Acta da reunião ou assembleia de aprovação de contas, quando

legalmente exigida, ou declaração justificativa de não aprovação no prazo legal

Anexo ao balanço e demonstração de resultados

Balancetes sintéticos antes e após o apuramento dos resultados do exercício

Contratos ou outros documentos que definam as condições estabelecidas para os pagamentos efectuados a não residentes

Documentos comprovativos das retenções efectuadas ao sujeito passivo (n.º 3 do artigo 114.º do CIRS)

Documentos comprovativos dos créditos incobráveis

Listagem dos donativos atribuídos nos termos do Estatuto do Mecenato

Mapa de modelo oficial das mais-valias e menos-valias fiscais

Mapa de modelo oficial relativo aos contratos de locação financeira

(14)

IRS/IRC Dossier fiscal (Org. e Preparão SEG 13

Mapa de modelo oficial das reintegrações e amortizações contabilizadas

Mapa de modelo oficial do movimento das provisões

Mapa demonstrativo da aplicação do artigo 19.º do CIRC

Mapa do apuramento do lucro tributável por regimes de tributação

Mapa dos ajustamentos de consolidação

Relatório e contas anuais de gerência e parecer do conselho fiscal ou do conselho geral e documento de certificação legal de contas, quando

legalmente exigidos

Outros documentos mencionados nos Códigos ou em legislação complementar cuja entrega esteja prevista conjuntamente com a declaração de rendimentos

(15)

IRS/IRC Dossier fiscal (Org. e Preparão SE Guia de Controlo de Qualidade.

Capitulo 9 – Verificação Documental

1. Comprovativo da entrega da Modelo 22 e respectivo Anexo A

2. Comprovativo da entrega da IES e respectivos Anexos

3. Balanço

4. Demonstração dos Resultados por Naturezas

5. Demonstração dos Resultados por Funções

6. Demonstração dos Fluxos de Caixa e Anexo

7. Anexo ao Balanço e à Demonstração dos Resultados

8. Relatório de Gestão e Anexo

9. Acta de Aprovação das Contas

10. Certificação Legal das Contas

11. Relatório e Parecer do Conselho Fiscal / Fiscal Único

(16)

IRS/IRC Dossier fiscal (Org. e Preparão SEG 13

Guia de Controlo de Qualidade.

Capitulo 9 – Verificação Documental

12. Balancetes antes do apuramento

13. Lançamentos de fim de exercício

14. Balancetes após o apuramento

15. É evidente e fiável o apuramento lucro tributável - IRC , Trib Autónomas, Etc

Mapa de Apuramento do Lucro Tributável

Mapa de Calculo de das Tributações Autónomas 16. Mapas de amortizações

17. Mapas de provisões e ajustamentos

18. Mapa das mais e menos valias fiscais

19. Documento comprovativo de créditos incobráveis

(17)

IRS/IRC Dossier fiscal (Org. e Preparão SE Guia de Controlo de Qualidade.

Capitulo 9 – Verificação Documental

20. Discriminação dos donativos dedutíveis e não dedutíveis

21. Inventário das existências no final do exercício valorizado e assinado pelo órgão de gestão

22. Mapa discriminativo da imputação de rendimentos no caso de transparência Fiscal

23. Mapas das retenções efectuadas a terceiros (artº119º do CIRS) das diversas categorias, que permitem conferir o modelo 10

24. Fotocópia das guias dos pagamentos por conta e especial por conta

25. Fotocópia dos documentos comprovativos das retenções de I.R.

efectuadas por terceiros

26. Cópias das notas de liquidação de IRC enviadas pela DGI

(18)

IRS/IRC Dossier fiscal (Org. e Preparão SEG 13

Guia de Controlo de Qualidade.

Capitulo 9 – Verificação Documental

Sugestão:

Porque não incluir toda esta documentação no Dossier Fiscal ???

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IRS/IRC Dossier fiscal (Org. e Preparão SE

Basicamente temos dois tipos de elementos a incluir no dossier Fiscal:

1.

Elementos de Obrigatoriedade extra-fiscal

2.

Elementos cuja obrigatoriedade existe por

imposições fiscais

(20)

IRS/IRC Dossier fiscal (Org. e Preparão SEG 13

1.

Elementos de Obrigatoriedade extra-fiscal

Elaborados por motivos não (apenas) fiscais

Apenas devem ser Reunidos e Incluídos no Dossier Fiscal

Exemplos:

Acta da Assembleia Geral

Anexo ao Balanço e a Demonstração de Resultados

Balanço e Demonstrações de Resultados

Parecer do Conselho Fiscal

Certificação Legal de Contas

Balancetes Sintéticos antes e após Resultados

Inventario

….

(21)

IRS/IRC Dossier fiscal (Org. e Preparão SE 2.

Elementos cuja obrigatoriedade existe por imposições fiscais

Serão Alvo de uma Analise mais detalhada:

Neste Capitulo os mais genéricos

No Próximo Capitulo os mais específicos

Exemplos:

Pagamentos a Não Residentes

Comprovativos de Retenções Efectuadas ao Sujeito Passivo

Comprovativos dos Incobráveis

Mapa de Mais/Menos Valias; Depreciações; Provisões

Mapa Demonstrativo das obras Plurianuais.

(22)

IRS/IRC Dossier fiscal (Org. e Preparão SEG 13

Devido à maior dificuldade de controlo pela Inspecção Tributária – exige-se mais sustentação quanto às operações com não residentes

Menor Controlo por Parte da Administração Tributária pode potenciar o Fraude e a Evasão fiscal

Defesa da Administração Tributária – maiores exigências documentais que visam garantir a efectiva

indispensabilidade destes custos

(23)

IRS/IRC Dossier fiscal (Org. e Preparão SE Ainda que não seja verdade que a lei imponha a existência de contrato escrito em todas as operações com não residentes – devemos ter presente que incumbe aos sujeitos passivos demonstrar a indispensabilidade dos custos, nos termos do art.º 23.ºdo CIRC

Aquisição de mercadorias e outros Bens corpóreos

Indispensabilidade +/- fácil de demonstrar

Aquisição de Serviços

Indispensabilidade + difícil de demonstrar pelo que muitas vezes a existência de um contrato pode ajudar a demonstrar essa indispensabilidade De notar que mesmo no relacionamento com residentes a

componente imaterial dos serviços pode colocar em causa a sua indispensabilidade, pelo que também nestes casos a existência de um contrato será importante

(24)

IRS/IRC Dossier fiscal (Org. e Preparão SEG 13

O controlo das retenções na fonte que os sujeitos passivos invocam a seu favor é hoje feito automaticamente por via do cruzamento da sua declaração de rendimentos, com os valores declarados nas modelos 10 das entidades que efectuaram as retenções.

Porém, em caso de eventuais divergências – é importante que possamos demonstrar o direito às retenções que levamos em conta no apuramento do imposto a pagar

Parece que a referência ao art.º 114.ºdo CIRS está desajustada do que efectivamente se pretende

(25)

IRS/IRC Dossier fiscal (Org. e Preparão SE

A regra geral vai no sentido de retenção na fonte de IRS ou de IRC a propósito do pagamento de uma

grande variedade de rendimentos (relacionados com a prestação de serviços) efectuados a não residentes

Sendo que cabe sempre ao sujeito passivo

demonstrar (se for o caso) por que motivos deixa de cumprir a regra geral de retenção, efectuando

retenções reduzidas, ou não efectuando retenções.

(26)

IRS/IRC Dossier fiscal (Org. e Preparão SEG 13

Através da activação de uma convenção pode o não residente ou ficar dispensado de retenções ou estar sujeito a uma retenção a uma taxa reduzida

Compete ao Sujeito passivo provar que o beneficiário dos pagamentos por si efectuados, cumprem os requisitos para a dispensa (ou redução) de

retenção na fonte,

Devendo esta prova ser efectuada com a inclusão no dossier fiscal dos modelos RFID relativos a situação em causa

(27)

IRS/IRC Dossier fiscal (Org. e Preparão SE A lei prevê a consideração fiscal dos créditos cuja incobrabilidade decorra de processo de insolvência, de processo de execução ou de PEC – pelo que importa documentar essas situações

Já no anterior regime das provisões a Administração Fiscal entendia que a anulação de créditos incobráveis antes integralmente provisionados não dependia da prévia verificação das condições necessárias para o reconhecimento directo da incobrabilidade.

Importa levar em conta as regras de periodização do lucro tributável: o reconhecimento deve ser feito no exercício da

(28)

IRS/IRC Dossier fiscal (Org. e Preparão SEG 13

Artigo 36.º do CIRC

Perdas por imparidade em créditos

1 — Para efeitos da determinação das perdas por imparidade previstas na alínea a) do n.º 1 do artigo anterior, consideram-se créditos de cobrança duvidosa aqueles em que o risco de incobrabilidade esteja devidamente justificado, o que se verifica nos seguintes casos:

a) O devedor tenha pendente processo de insolvência e de recuperação de empresas ou processo de execução;

b) Os créditos tenham sido reclamados judicialmente;

c) Os créditos estejam em mora há mais de seis meses desde a data do respectivo vencimento e existam provas objectivas de imparidade e de terem sido efectuadas diligências para o seu recebimento.

(29)

IRS/IRC Dossier fiscal (Org. e Preparão SE

Artigo 36.º do CIRC

Perdas por imparidade em créditos

2 — O montante anual acumulado da perda por imparidade de créditos referidos na alínea c) do número anterior não pode ser superior às seguintes percentagens dos créditos em mora:

a) 25% para créditos em mora há mais de 6 meses e até 12 meses;

b) 50% para créditos em mora há mais de 12 meses e até 18 meses;

c) 75% para créditos em mora há mais de 18 meses e até 24 meses;

d) 100% para créditos em mora há mais de 24 meses.

(30)

IRS/IRC Dossier fiscal (Org. e Preparão SEG 13

Perdas por imparidade em créditos

Atenção que apenas devem ser reconhecidas imparidades, se existirem fundados indícios de imparidade (ou seja de

incobrabilidade)

Assim sendo, enquanto em POC, bastava como prova para a aceitação fiscal destas “imparidades” a prova da efectivação de

diligencias de cobrança, agora passa a ser obrigatório provar e documentar os indícios de imparidade (no dossier fiscal)

(31)

IRS/IRC Dossier fiscal (Org. e Preparão SE de clientes em 31 de Dezembro de 2010:

Além destas informações, a entidade possui a informação que o cliente a iniciou um processo de insolvência, em relação ao cliente c existe um processo em tribunal de reclamação do credito, e em relação ao cliente b, o atraso que se verifica nos

pagamento, foi fruto de uma fase complexa pelo qual ele passou, no entanto já ultrapassada e os seus prazos de pagamento já têm vindo a diminuir nos últimos meses.

Proceda ao tratamento contabilístico e fiscal da situação, considerando que até 2012 nada se alterou.

Cliente 6 < mora < 12 12 < mora < 18 18 < mora < 24 > 24 meses

Cliente a 10.000,00 € 15.000,00 € - € - €

Cliente b 10.000,00 € 10.000,00 € 10.000,00 € 10.000,00 €

Cliente c 5.000,00 € - € 10.000,00 € - €

(32)

IRS/IRC Dossier fiscal (Org. e Preparão SEG 13

Contabilisticamente Imparidade a Reconhecer:

Cliente Imparidade a reconhecer

Cliente a 25.000,00 €

Cliente b 0 €

Cliente c 15.000,00 €

Exercício Descrição Contabilisticamente Fiscalmente Quadro 07

2010 Imparidade reconhecida 40.000,00 18.750,00 + 21.250,00

2011 Imparidade reconhecida 0,00 18.750,00 - 18.750,00

2012 Imparidade reconhecida 0,00 2.500,00 - 2.500,00

Em relação ao cliente b nenhuma imparidade é reconhecida, pois não existem indícios objectivos de imparidade

(33)

IRS/IRC Dossier fiscal (Org. e Preparão SE Quanto a mais-valias fiscais – importa reter que passaram a ser consideradas as “DEPRECIAÇÕES E AMORTIZAÇÕES ACEITES FISCALMENTE”, em vez das “REINTEGRAÇÕES E AMORTIZAÇÕES PRATICADAS

Quanto a depreciações e amortizações - devemos garantir o cruzamento dos mapas respectivos com a contabilidade e justificar nos termos legais a prática de taxas diferentes das constantes das tabelas. Lembremos que agora podem ser consideradas fiscalmente amortizações superiores às contabilizadas

Quanto às “Provisões” – ver regras dos ajustamentos e

(34)

IRS/IRC Dossier fiscal (Org. e Preparão SEG 13

DEPRECIAÇÕES E AMORTIZAÇÕES

A sociedade “Amortizações Aceleradas, Lda” adquiriu em 2006, um determinado bem que se encontra registado na sua contabilidade como activo fixo tangível, pelo valor de 200.000,00.

A taxa máxima de depreciação do bem, prevista no respectivo Decreto Regulamentar, é 10%.

A sociedade amortizou o bem à taxa de 25%, durante os períodos de 2006 a 2009.

Qual o valor fiscalmente dedutível de amortização deste bem no período de tributação relativo a 2010?

(35)

IRS/IRC Dossier fiscal (Org. e Preparão SE

Exercício Descrição Contabilisticamente Fiscalmente Quadro 07

2006 Depreciação 50.000 20.000 +30.000

2007 Depreciação 50.000 20.000 +30.000

2008 Depreciação 50.000 20.000 +30.000

2009 Depreciação 50.000 20.000 +30.000

2010 Depreciação 0 20.000 -20.000

Normativos fiscais aplicados: artigo 34.º n.º1 alínea c) do CIRC e artigo 20.º do DR n.º 25/2009, de 14 de Setembro

Obviamente que todas estas correcções terão de estar

documentalmente suportadas no dossier Fiscal da entidade, pelo que o actual mapa de Depreciações e amortizações terá de ser

(36)

IRS/IRC Dossier fiscal (Org. e Preparão SEG 13

Está em causa o regime de apuramento do lucro tributável quanto a CONTRATOS DE CONSTRUÇÃO

Passou a ser obrigatória a aplicação do método da PERCENTAGEM DE ACABAMENTO

Deve fazer-se ESTIMATIVA ANUAL dos gastos necessários para a conclusão do contrato

A impossibilidade de controlar a correcta aplicação do método pode determinar AVALIAÇÃO INDIRECTA.

(37)

IRS/IRC Dossier fiscal (Org. e Preparão SE Contratos de construção - Contabilisticamente (IAS 11) NCRF 19 – Contratos de Construção:

O objectivo desta Norma é o de prescrever o tratamento contabilístico de réditos e custos associados a contratos de construção (NCRF 19 § 1).

Por força da natureza da actividade subjacente aos contratos de construção, a data em que a actividade do contrato é iniciada e a data em que a actividade é concluída caem geralmente em períodos contabilísticos diferentes.

Por isso, o assunto primordial na contabilização dos contratos de construção é a imputação do rédito do contrato e dos custos do contrato aos períodos contabilísticos em que o trabalho de construção seja executado

(38)

IRS/IRC Dossier fiscal (Org. e Preparão SEG 13

Contratos de construção - Contabilisticamente (IAS 11) NCRF 19 – Contratos de Construção:

Um contrato de construção pode ser negociado para a construção de um activo único tal como uma ponte, um edifício, uma barragem, uma estrada, um navio ou um túnel.

Um contrato de construção pode também tratar da construção de um número de activos que estejam intimamente relacionados ou interdependentes em termos da sua concepção, tecnologia e função ou do seu propósito ou uso final, como por exemplo: construção de refinarias ou de outras partes complexas de fábricas ou de equipamentos.

NCRF 19 § 4

(39)

IRS/IRC Dossier fiscal (Org. e Preparão SE Contratos de construção - Contabilisticamente (IAS 11) NCRF 19 – Contratos de Construção:

A determinação dos resultados de contratos de construção cujo ciclo de produção ou tempo de execução se inicie num período e tenha conclusão em período diferente, é efectuada com base no critério da percentagem de acabamento (ou seja, é abandonado o critério de encerramento da obra). (NCRF 19 §22 e 25)

A percentagem de acabamento no final de cada período de tributação corresponde à proporção entre os gastos suportados até essa data e a soma desses gastos com os estimados para a conclusão do contrato (artigo 19º CIRC nº 2)

(40)

IRS/IRC Dossier fiscal (Org. e Preparão SEG 13

Contratos de construção - Contabilisticamente (IAS 11) NCRF 19 – Contratos de Construção:

O método da percentagem de acabamento é aplicado numa base acumulada em cada período contabilístico às estimativas correntes de rédito do contrato e custos do contrato

Por isso, os efeitos de uma alteração na estimativa no rédito do contrato e nos custos do contrato, ou os efeitos de uma alteração na estimativa do desfecho de um contrato, são contabilizados como uma alteração na estimativa contabilística (aplicando a IAS 8-NCRF 4), ficando assim condicionados às normas de periodização do lucro tributável

(41)

IRS/IRC Dossier fiscal (Org. e Preparão SE Contratos de construção - Fiscalmente

(IAS 11) NCRF 19 – Contratos de Construção:

As regras constantes do artigo 19.º só têm aplicabilidade quando o ciclo de produção ou tempo de construção seja superior a um ano

Assim sendo se a obra se iniciar em Setembro de n e terminar em Abril de n+1 aplicamos a NCRF 19, mas não aplicamos o artigo 19º do CIRC

Face ao conceito de contratos de construção presente nos normativos contabilísticos, há que afastar deste artigo as obras efectuadas por conta própria vendidas fraccionadamente.

(42)

IRS/IRC Dossier fiscal (Org. e Preparão SEG 13

Contratos de construção - Fiscalmente

(IAS 11) NCRF 19 – Contratos de Construção:

Com efeito, a determinação de resultados nas obras efectuadas por conta própria vendidas fraccionadamente é efectuada à medida que forem sendo concluídas e entregues aos adquirentes, ainda que não sejam conhecidos exactamente os custos totais das mesmas (artigo 18.º n.º 6 do CIRC).

(43)

IRS/IRC Dossier fiscal (Org. e Preparão SE Contratos de construção - Fiscalmente

(IAS 11) NCRF 19 – Contratos de Construção:

Por outro lado, a comparação entre a percentagem de acabamento e a percentagem de facturação (circular n.º 5/90) não tem qualquer acolhimento em termos contabilísticos, pelo que não pode ser mais utilizada para efeitos fiscais

Não são dedutíveis as perdas esperadas relativas a contratos de construção correspondentes a gastos ainda não suportados (artigo 19º nº 3 do CIRC)

(44)

IRS/IRC Dossier fiscal (Org. e Preparão SEG 13

Contratos de construção - Fiscalmente

(IAS 11) NCRF 19 – Contratos de Construção:

Deixa de ser aceite o diferimento de 5% do rédito

para fazer face a garantias contratuais, mas passa a

ser admitida uma dedução de provisões para

garantias a clientes ainda que sujeita a limites (alínea

b) do n.º 1 do artigo 39.º do CIRC)

(45)

IRS/IRC Dossier fiscal (Org. e Preparão SE CONTRATOS DE CONSTRUÇÃO

Em 2010, a sociedade X, Lda celebra um contrato com uma entidade pública para a construção de uma pequena ponte.

A construção vai ser efectuada durante o período de 2 anos. O preço de venda estabelecido com o cliente foi de € 1.000.000,00 e os custos estimados são de € 800.000,00.

No primeiro ano, os gastos incorridos ascenderam a € 320.000,00 e o montante facturado foi de € 350.000,00.

Quais os Gastos/Rendimentos imputáveis ao período de tributação iniciado em 2010?

(46)

IRS/IRC Dossier fiscal (Org. e Preparão SEG 13

CONTRATOS DE CONSTRUÇÃO– DADOS

RÉDITO DO CONTRATO: 1.000.000

CUSTOS DO CONTRATO(ESTIMADOS): 800.000 NORMATIVO: 19º Nº1

2010

CUSTOSINCORRIDOS– 320.000 MONTANTEFACTURADO– 350.000

Exercíci o

Descrição Contabilisticamente Fiscalmente Quadro 07

2010 Redito de Vendas – (40%*1.000.000)

400.000€ 400.000€ 0

2010 Gastos do período (800.000 * 40%)

320.000€ 320.000€ 0

% acabamento = 320.000/800.00 = 40%

Mais uma vez no dossier Fiscal da entidade, deverá ficar prova documental acerca da forma como foram obtidos os valores em

causa, nomeadamente acerca da comprovação do calculo da percentagem de acabamento utilizada

(47)

IRS/IRC Dossier fiscal (Org. e Preparão SE Havendo sector(es) isento(s) e/ou com redução de taxa – importa que o sujeito passivo esclareça a repartição das componentes do lucro tributável pelos diferentes regimes

Quanto ao apuramento do resultado contabilístico, o próprio art.º 16.o CIRC determina que a contabilidade esteja organizada de modo a distinguir claramente os resultados segundo o respectivo regime

Importa que também esteja documentada (se for caso disso) a repartição dos benefícios fiscais e do reporte de prejuízos.

(48)

IRS/IRC Dossier fiscal (Org. e Preparão SEG 13

O regime tem em vista evitar que os lucros sejam tributados duas (ou mais) vezes: uma aquando da geração desses lucros e outra na altura da sua distribuição aos accionistas O art.º 121.º/7 do CIRC obriga à documentação no Dossier Fiscal da condição de residente na UE (quando for o caso) da entidade que distribui os lucros, mas será conveniente que se documentem outros aspectos, como, por exemplo, o tempo de detenção das partes sociais e a respectiva percentagem do capital social

Deve atender-se a que a “eliminação” da dupla tributação pode ficar-se por uma “atenuação” correspondente a 50%

(49)

IRS/IRC Dossier fiscal (Org. e Preparão SE O art.º 78.º/16 do CIVA dispõe que “Os documentos, certificados e comunicações a que se referem os n.ºs 8 a 11 do presente artigo devem integrar o processo de documentação fiscal…”

Trata-se da verificação dos pressupostos quanto aos processos de insolvência e outros, bem como quanto aos casos de certificação pelo ROC

Deve lembrar-se a obrigação de demonstrar a comunicação prevista no n. 11: “No caso previsto no n.º 7 e na alínea d) do n.º 8 é comunicada ao adquirente do bem ou serviço, que seja um sujeito passivo do imposto …”

(50)

IRS/IRC Dossier fiscal (Org. e Preparão SEG 13

Se a dissolução e liquidação de uma sociedade não forem simultâneas – devem considerar-se dois períodos de tributação dentro do mesmo ano: até à dissolução e depois da dissolução

Considerando que em termos declarativos vai tudo na mesma declaração mod/22 – Há que explicar os valores aí inscritos

Lembremos que, em princípio, todo o período de liquidação será tomado a final como um único período de tributação, mesmo que superior a um ano

(51)

IRS/IRC Dossier fiscal (Org. e Preparão SE Tratando-se de correcções não especificamente previstas no quadro 7 da declaração modelo 22- devem ser explicadas e documentadas no Dossier Fiscal, como decorre das instruções

Porventura será conveniente esclarecer e documentar mesmo outras correcções cujo montante não decorra directamente de leitura da contabilidade

(52)

IRS/IRC Dossier fiscal (Org. e Preparão SEG 13 Lucro Tributável sem Benefícios 150.850€

Benefícios

art.º 17º EBF - Criação emprego para jovens 48.650,00€

dec-lei 26/2004 - Mecenato Cientifico 3.580,00€

…. - €

Acréscimos de Reintegrações Resultantes de Reavaliações 18.650,00€

Realizações de Utilidade Social (art.º 40 CIRC) 7.650,00€

Total dos Benefícios Fiscais utilizados 78.530,00€

Lucro Tributável com Benefícios 72.320,00€

Taxa Aplicável 25,00%

IRC que seria Liquidado Sem Benefícios 37.712,50€

Limite de 60% previsto no artigo 92º CIRC 22.627,50€

IRC Liquidado com Benefícios 18.080,00€

A Acrescer Campo 371 da modelo 22 4.547,50€

Será aconselhável construir um mapa demonstrativo de todas as correcções efectuadas ao

resultado

contabilístico, no cálculo do lucro tributável,

especialmente as que não resultam directamente da contabilidade

(53)

IRS/IRC Dossier fiscal (Org. e Preparão SE Está em causa o apuramento da matéria tributável quanto a sujeitos passivos não empresariais

Os custos comuns (que tenham a ver com actividades sujeitas a tributação e com actividades não sujeitas ou isentas) devem ser repartidos por uma e outras.

Em princípio a repartição faz-se na proporção dos respectivos rendimentos, mas pode processar-se de forma diferente, com base em critérios que devem ser aceites pela DGCI e documentados no Dossier Fiscal

(54)

IRS/IRC Dossier fiscal (Org. e Preparão SEG 13

O anexo em causa refere-se a entidades com benefícios fiscais

De acordo com as instruções de preenchimento, deve ser incluída no Dossier Fiscal documentação que suporte as deduções relativas a Despesas de Investigação e Desenvolvimento, a Investimento em Protecção Ambiental, a Lucros Comerciais, Industriais e Agrícolas Reinvestidos (Decreto Leg. Regional 6/2000/M, de 28/2).

(55)

IRS/IRC Dossier fiscal (Org. e Preparão SE

As instruções de preenchimento destes quadros referem-se à inclusão no Dossier Fiscal, quanto a sujeitos passivos de IRC e de IRS, da documentação relativa aos preços de Transferência – questão que será analisada mais á frente

(56)

IRS/IRC Dossier fiscal (Org. e Preparão SEG 13

Será interessante incluir no Dossier outros elementos, como sejam:

Notificações e outras correspondência da DGCI, por exemplo quanto ao pedido do envio do próprio dossier, mas principalmente quanto a actos de inspecção do próprio exercício e correcções eventualmente resultantes;

justificação e documentos relativos aos ajustamentos em inventários, considerando que devem estar fundamentados

Perdas por imparidade em créditos de cobrança duvidosa, considerando as exigências legais em matéria de prova da condição de “duvidosos”

(57)

IRS/IRC Dossier fiscal (Org. e Preparão SE Será interessante incluir no Dossier outros elementos, como sejam:

Resumos de quantificação das tributações autónomas, para garantir e documentar os valores considerados

Quanto a casos em que possa ser questionável a indispensabilidade dos gastos, demonstração da efectividade dos consumos e da sua justificação na perspectiva empresarial

Documentos quanto à dispensa de retenção na fonte, como sejam os formulários relativos a não residentes e as comunicações de não obtenção de limites mínimos de rendimento (residentes)

(58)

IRS/IRC Dossier fiscal (Org. e Preparão SEG 13

Será interessante incluir no Dossier outros elementos, como sejam:

Cômputo e justificação dos subsídios associados a activos não correntes a incluir no lucro tributável nos termos do art.º22.º do IRC

Documentos relativos à eliminação da dupla tributação jurídica internacional

Mapa dos prejuízos fiscais dedutíveis, pelo menos nos casos em que seja preciso levar em conta correcções a exercícios anteriores processadas pelas Administração Fiscal

(59)

IRS/IRC Dossier fiscal (Org. e Preparão SE Será interessante incluir no Dossier outros elementos, como sejam:

Cômputo do limite global dos benefícios fiscais – tendo em conta que dispõe o art.º 92.ºdo CIRC

Relações do TOC com o cliente – pelo menos nos casos de prestação de serviços em regime de profissão livre, para registar troca de informações relevantes

Relações do TOC com a DGCI – para demonstrar o cumprimento das suas obrigações quanto a cada cliente

(60)

IRS/IRC Dossier fiscal (Org. e Preparão SEG 13

Segundo o n.º1 do art.º 130 – o dossier “deve estar constituído até ao termo do prazo para entrega da declaração a que se refere a alínea c) do n.º 1 do artigo 117.º “(IES)

Não obstante o Dossier só possa ser legalmente exigido, por norma, a partir de 15 de Julho – a sua constituição criteriosa sairá beneficiada se ao longo do exercício forem sendo incluídos na pasta os elementos que entretanto vão sendo naturalmente produzidos ao longo do exercício por razões legais que lhes digam especificamente respeito, bem como aqueles que possam ir sendo preparados, porventura com vantagem, na própria lógica de organização do Dossier.

(61)

IRS/IRC Dossier fiscal (Org. e Preparão SE

Segundo o n.º2 do artigo 130º – “deve estar centralizado em estabelecimento ou instalação situada em território português … ou nas instalações do representante fiscal ….

E segundo o n.º 3 – “Os sujeitos passivos que integrem o cadastro especial … e as entidades a que seja aplicado o regime especial de tributação dos grupos de sociedades são obrigados a proceder à entrega … conjuntamente com a declaração anual referida na alínea c) do n.º 1 do artigo 117.º”.

Referências

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