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Aula de 08/05/17 Derivativos

Derivativos são ativos que, como o próprio nome diz, derivam de outro ativo real ou financeiro. Eles são usados por investidores que querem se proteger da oscilação de preços futuros de ativos ou então que deseja alavancar suas posições.

O objetivo básico do mercado futuro é a possibilidade de proteger os investidores contra oscilações dos preços de seus produtos (no caso de produtores de perfil hedger, por exemplo) e seus investimentos financeiros (no caso de operadores no perfil de especuladores, por exemplo).

O conceito de se operar com derivativos, é obter um ganho financeiro nas operações de forma a compensar uma perda em outras atividades econômicas. Seu valor atrelado é exatamente o motivo pelo qual servem tão bem para limitar o risco de flutuações inesperadas de preço.

Uma das operações mais usadas e mais eficientes para proteção de investimento é o hedge.

Numa tradução literal do inglês, “hedge” quer dizer “cerca”. Na prática, é uma forma de proteger uma aplicação contra as oscilações do mercado. “O hedge significa menos risco para a posição do investidor, seja ela qual for”, explica Antônio Gonçalves, economista e professor do Instituto Bennet, do Rio de Janeiro. Antônio ressalta que, apesar de ser muito usado em operações cambiais, o hedge é também muito comum na proteção de preço de commodities. “Principalmente as agrícolas, que têm fortes oscilações de preços”, diz.

O investidor que faz um hedge admite que está assumindo uma posição de risco e que pode não ganhar tudo aquilo que espera. Mas, pelo menos, ele se protege e não perde tudo. Há operações tão arriscadas que o investidor pode até ser obrigado a colocar mais do que investiu.

Os operadores e analistas do mercado, em geral as pessoas mais acostumadas com esse tipo de operação, costumam usar a expressão “hedgiar” ou “fazer um hedge”. Isso significa que estão montando estratégias de proteção para diminuir o risco. As operações de hedge devem constar no regulamento dos fundos de investimentos. Portanto, se o investidor observar qualquer menção a esse tipo de operação, deve saber que o gestor do fundo está fazendo operações muito arriscadas e que está tomando providências para reduzir os riscos dessas operações.

Em geral, as operações de hedge são realizadas na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros).

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Digamos que uma empresa tenha dívidas em dólar, e queira se prevenir de eventual alta da moeda norte-americana. Ela vai a BM&F e compra um contrato de dólar futuro, garantindo que, em determinada data, poderá comprar determinada quantia de dólares a determinada cotação.

Se o dólar ultrapassar a cotação fixada, a empresa estará protegida, pois terá direito a comprar a moeda a um preço mais baixo. Operações como essa na BM&F.

Vamos dizer que um produtor de milho esteja planejando sua colheita para daqui a quatro meses. No entanto, ele não sabe a que preço vai estar o produto naquela época.

Para evitar que perca muito, caso haja uma queda brusca de preço, ele escolhe proteger sua margem vendendo um contrato futuro de milho.

Exemplo:

Um produtor de milho tem um custo de produção estimado em R$ 20,00 por saca, vendendo 50.000 sacas por um contrato futuro de R$ 24,00 por saca, para um fundo de investimento.

Quantidade de Sacas Custo Unitário Custo Total

50.000 R$ 20,00 R$ 1.000.000,00

Quantidade de Sacas Preço Unitário Valor Total

50.000 R$ 24,00 R$ 1.200.000,00

Lucro: 200.000,00

O fundo de investimento vendeu o contrato de milho por R$ 28,00 a saca, obtendo um lucro.

Quantidade de Sacas Custo Unitário Custo Total

50.000 R$ 24,00 R$ 1.200.000,00

Quantidade de Sacas Preço Unitário Valor Total

50.000 R$ 28,00 R$ 1.400.000,00

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SWAP

Swap significa troca. Essa é justamente a principal diferença entre o mercado de swap e os outros derivativos. O contrato consiste, segundo o Folheto Série Introdutória: Mercados Derivativos, elaborado pela BM&FBovespa, em um "acordo entre duas partes para troca de risco de uma posição ativa (credora) ou passiva (devedora), em data futura, conforme critérios preestabelecidos." Os swaps mais comuns são os de taxas de juro, câmbio e commodities. Os contratos são negociados em balcão e não são padronizados não havendo a possibilidade de transferência a outro participante nem antecipação do vencimento.

O swap é um instrumento muito importante para o mercado financeiro porque pode ser combinado com a emissão de um título e, dessa forma, viabilizar a troca da natureza da obrigação do tomador de empréstimos. Por isso é uma estratégia adotada pela tesouraria de grandes companhias, instituições financeiras e até pelo Banco Central.

No mercado de swap, os investidores negociam a troca de rentabilidade entre dois bens (mercadorias ou ativos financeiros), a partir da aplicação da rentabilidade de ambos a um valor em reais. Veja o exemplo:

Swap de dólar × Taxa prefixada.

Sua forma de cotação é a diferença entre a taxa de juro doméstica e a variação cambial - o cupom cambial. O valor dos indexadores incide sobre o valor de referência comum acordado entre as partes.

- Posição da instituição A: vendida em dólar + cupom cambial; comprada em taxa prefixada.

- Posição da instituição B: comprada em dólar + cupom cambial; vendida em taxa prefixada.

Se, no vencimento do contrato, a valorização do dólar for inferior à variação da taxa prefixada negociada entre as partes, receberá a diferença, ou seja, a parte que comprou em taxa prefixada e vendeu em dólar. Nesse caso, é a instituição A.

A liquidação da operação é essencialmente financeira e feita, conforme explicado, pela diferença entre os rendimentos no vencimento.

Algumas definições básicas:

- Contraparte: são os agentes que negociam o swap.

- Variáveis: preço ou taxa que será apurada ao longo de um período para valorizar o parâmetro.

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- Valor de referência: valor inicial sobre o qual incidirá a valorização do parâmetro. Pode ser chamado de principal.

- Parâmetros: são as fórmulas para cálculo dos fluxos; formam o conjunto de informações responsáveis pela valorização do contrato.

- Prazo: período de duração do contrato de swap. Conheça os principais tipos de Swap

Swap de taxa de juro: contrato em que as contrapartes trocam indexadores associados a seus ativos ou passivos e uma das variáveis é a taxa de juro. Exemplos

- Swap taxa de DI × dólar: trocam-se fluxos de caixa indexados ao DI por fluxos indexados à variação cambial mais uma taxa de juro negociada entre as partes. - Swap pré × taxa de DI: trocam-se fluxos de caixa indexados a uma taxa prefixada por fluxos indexados à taxa de DI.

Swap de moeda: contrato em que se trocam o principal e os juros em uma moeda pelo principal mais os juros em outra moeda.

- Swap fixed-for-fixed de dólar × libra esterlina: trocam-se os montantes iniciais em dólares e em libras. Durante o contrato, são feitos pagamentos de juros a uma taxa prefixada para cada moeda.

Swap de índices: contrato em que se trocam fluxos, sendo um deles associado ao retorno de um índice de preços (como IGP-M, IPC-Fipe, INLPC) ou de um índice de ações (Ibovespa, IBrX-50).

- Swap Ibovespa × taxa de DI: trocam-se fluxos de caixa indexados ao retorno do Ibovespa mais uma taxa de juro negociada entre as partes por fluxos indexados a uma variação ao DI, ou vice- versa.

Swap de commodities: contrato por meio do quais duas instituições trocam fluxos associados à variação de cotações de commodities.

Tributação: A tributação sobre swap obedece à tabela regressiva de renda fixa, o fato gerador é a obtenção de resultado positivo, o investidor não pode compensar prejuízos em swap com lucros em renda variável.

22,5% para investimentos com prazo inferior de até 180 dias; 20% para investimentos com prazo de 181 dias até 360 dias; 17,5% para investimentos com prazo de 361 dias até 720 dias; 15% para investimentos com prazo acima de 720 dias.

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Índice Futuro Bovespa

Nas operações com Índice Futuro do Ibovespa, o objeto de negociação é o índice de ações da Bolsa de Valores de São Paulo, denominado IBOVESPA. A operação consiste em compra ou venda de contrato do Índice Futuro do Ibovespa. Se o investidor através de uma análise, estratégia, acredita em um movimento de alta do índice, ele compra. Caso contrário, ele vende. Desta forma, a operação dará lucro para aqueles que anteciparem o movimento do índice à vista o IBOVESPA.

A negociação dos contratos de índice futuro é realizada via pregão na BM&F, sendo necessário que todas as ordens sejam passadas pela mesa de operações de uma Corretora. Caso o investidor tenha acesso a um Home Broker, ele poderá acompanhar as cotações do índice futuro através da tela de cotações.

O código do índice futuro é: IND + Mês + Ano. O índice futuro do Ibovespa tem os seguintes meses de vencimento: G (Fevereiro), J (Abril), M (Junho), Q (Agosto), V (Outubro) e Z (Dezembro).

O vencimento do contrato do índice futuro do Ibovespa ocorre em meses pares (fevereiro, abril, junho, agosto, outubro, dezembro), na quarta-feira mais próxima do dia 15 do mês de vencimento. Caso o dia 15 seja feriado ou não houver pregão na BM&F, a data de vencimento será o dia útil subsequente. Vale lembrar que a critério da BM&F, quando as condições de mercado assim exigir, pode ocorrer o vencimento em meses ímpares.

Cada ponto do índice futuro vale R$3,00 (valor definido pela BM&F) e o lote mínimo de contratos que pode ser negociado é de 5 contratos.

Para as operações com índice futuro é necessário o depósito de margem de garantia, que é um valor fixo por contrato, estabelecido com base na volatilidade do índice de referência. A margem de garantia é devida em D+1, com redução de 20% para hedgers, podendo ser alterada a qualquer momento, a critério da BM&F. Existem corretoras que exigem R$70.000,00 de margem para operar 5 contratos de Índice Futuro. O valor da margem pode ser depositado em dinheiro, ouro, cotas do FIF e, a critério da Bolsa, títulos públicos e privados, cartas de fiança, apólices de seguro, ações e cotas de fundos fechados de investimento em ações.

As operações com índice futuro não precisam ser liquidadas no mesmo dia (day trade), você pode carregar, caso ainda acredite em uma alta. Todos os clientes que carregam alguma posição são ajustados para um preço todos os dias. As posições em aberto ao final do pregão serão ajustadas com base no preço de ajuste do dia, determinado pela média ponderada das cotações dos negócios realizados nos últimos 30 minutos do pregão, conforme regras da Bolsa, com movimentação financeira em D+1.

O ajuste diário será calculado de acordo com as seguintes fórmulas: a) Ajuste das operações realizadas no dia: AD = (PAt - PO) x M x n.

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b) Ajuste das posições em aberto no dia anterior: AD = (PAt - PAt-1) x M x n, onde:

AD = valor do ajuste diário; PO = valor operado;

PAt = preço (em pontos) de ajuste do dia;

PAt-1 = preço (em pontos) de ajuste do dia anterior;

M = valor em reais de cada ponto do índice (R$ 3,00), estabelecido pela BM&F;

n = número de contratos negociados.

O valor de ajuste diário, se positivo, será creditado ao comprador e debitado ao vendedor. Caso o valor seja negativo, será debitado ao comprador e creditado ao vendedor.

Na data de vencimento, as posições em aberto, após o último pregão, serão liquidadas financeiramente pela Bolsa, mediante o registro de operação de natureza inversa (compra ou venda) à da posição, na mesma quantidade de contratos, pela média do Ibovepsa a vista nessa data, observada nas últimas duas horas e trinta minutos de negócios da sessão do pregão de viva voz da Bolsa de Valores de São Paulo, de acordo com a seguinte fórmula: VL = P x M.

Onde:

VL = valor de liquidação por contrato;

P = média do Ibovespa a vista, observada nas últimas 2 horas e 30 minutos de negócios da sessão do pregão de viva voz da Bovespa, no último dia de negociação;

M = valor em reais de cada ponto do índice (R$ 3,00), estabelecido pela BM&F.

Os resultados financeiros da liquidação serão movimentados no dia útil subsequente a data de vencimento.

Os custos da operação são: Taxa Operacional Básica (TOB): Para operações normais: 0,25%.

Para operações daytrade: 0,15% (compra e venda no mesmo dia). Taxa de Registro: R$ 0,20

Taxa de Liquidação (TL) (sobre o valor da liquidação): 0,25% (no vencimento) Taxa da BM&F (sobre TOB e TL): 2,93%

Tributação: Segue basicamente as mesmas regras das operações de ações. Sobre o lucro líquido o investidor deve pagar 20% para operações Day-Trade e 15% para operações normais, não há isenção.

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Dólar Futuro

O objeto de negociação do chamado dólar futuro é a taxa de câmbio de reais por dólar dos Estados Unidos, para entrega pronta, contratada nos termos da Resolução 1690/90, do Conselho Monetário Nacional-CMN.

A operação consiste em compra ou venda da taxa futura e dará lucro para aqueles que anteciparem o movimento do dólar comercial.

O dólar futuro vence sempre no primeiro dia útil (dia de pregão) do mês de vencimento do contrato.

Cada ponto do dólar futuro vale 50,00 (cinquenta reais) sendo o lote mínimo que pode ser negociado é de 5 contratos.

Na compra de por exemplo 5 contratos a 2950, o financeiro resultante será de R$ 737.500,00 (5 * 50 * 2950).

Os ajustes são divulgados pela BovespaBMF ao final de cada pregão e disponibilizado para consulta online.

No caso descrito acima, sendo o preço de ajuste 2957, haveria um crédito em d+1 de R$ 1.750,00 ((2957 – 2950) * 5 * 50).

Este ajuste pode ainda ser calculado pela valorização do financeiro resultante da compra a 2950: ((2957/2950) – 1) * 737.500 = (ganho percentual * 737.500) = R$ 1.750,00.

Todos os clientes que carregam alguma posição são ajustados para um preço todos os dias e as posições em aberto ao final de cada pregão serão ajustadas com base no preço de ajuste do dia, com movimentação financeira em D+1. Para os dois primeiros vencimentos, o preço de ajuste será estabelecido pela média ponderada dos negócios realizados nos últimos 15 minutos do pregão ou por um preço arbitrado pela BovespaBMF; para os demais, o preço de ajuste será estabelecido no call de fechamento.

A margem requerida para operar 5 contratos do dólar futuro é de R$ 100.000,00 reais (cem mil reais) mas pode ser modificada durante o tempo, e seu valor pode ser depositado em dinheiro ou em papéis (devidamente descontados do deságio proposto pela BovespaBMF.

Dólar futuro e as fórmulas de ajuste: Ajuste das operações realizadas no dia: AD = (PA t – PO) x M x n

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Ajuste das posições em aberto no dia anterior: AD = (PA t – PA t-1) x M x n

Onde:

AD = valor do ajuste diário; PAt = preço de ajuste do dia; PO = preço da operação;

M = multiplicador do contrato, estabelecido em 50; n = número de contratos;

PA t-1 = preço de ajuste do dia anterior.

Se o valor do ajuste diário for positivo ele será creditado ao comprador e debitado ao vendedor, caso contrário o valor será debitado ao comprador e creditado ao vendedor.

Custos da operação com dólar futuro: TOB (taxa operacional básica):

Para operações normais: 0,20%

Para operações daytrade (compra e venda no mesmo dia): 0,10% Taxa de Registro: R$ 0,20

Taxa de Liquidação (sobre o valor da liquidação): 0,20% (no vencimento) Taxa da BM&F (sobre TOB e TL): 1,50%

Mini Contratos

Ferramenta de proteção para investidores individuais, pequenas e médias empresas.

Os minicontratos futuros representam uma fração dos contratos-padrão e permitem a realização de operações com a mesma transparência e agilidade característica dos mercados de derivativos BM&F.

Com os minicontratos da BM&FBOVESPA você tem acesso muito mais simplificado ao mecanismo de proteção de preço (hedge) a custos operacionais baixos. Os valores são menores e acessíveis a investidores e a empresas de qualquer porte. A Bolsa oferece minicontratos de boi gordo, café, Ibovespa e dólar.

Para começar a operar minicontratos basta fazer um cadastro em uma corretora.

Referências

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