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12-jan-21 ELEVEN FINANCIAL RESEARCH 12-JAN-21. elevenfinancial.com. Este relatório tem distribuição permitida para os clientes de Start AAI

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12-jan-21

A renda fixa não morreu

É isso mesmo. Embora as manchetes às vezes “anunciem” a morte da renda fixa, é importante desmistificarmos que a renda fixa não é o CDI (Certificado de Depósito Interbancário, título emitido entre bancos e instituições financeiras e obtido através da média entre todas essas operações bancárias). A renda fixa está viva e em perfeita saúde,

embora o CDI atualmente esteja rendendo próximo a 1,90% ao ano, no atual cenário de Selic em 2%. A confusão, intencional ou não, pode ser motivada pela expressiva queda da

taxa básica de juros de outubro de 2016, quando estava em 14,25% ao ano para os atuais 2% ao ano, o que fez com que os títulos públicos federais e o famoso CDI perdessem atratividade entre aqueles investidores que, emprestando dinheiro para o governo, recebiam aproximadamente 1% ao mês, com risco quase nulo (e dobravam o capital em menos de dez anos). Como o recente aumento de CPFs cadastrados na bolsa vem mostrando, muitos investidores migraram para o mercado de renda variável e, muitas vezes, ignoraram a existência de um amplo leque de oportunidades entre os dois antípodas do risco.

É na parte do espectro mais próxima dos títulos públicos que se encontram os títulos

privados bancários de renda fixa e os títulos de crédito corporativo. Do primeiro grupo,

fazem parte os Certificados de Depósito Bancário (CDBs), as Letras de Crédito Imobiliário e do Agronegócio (LCIs e LCAs), os Depósitos a prazo com garantia do FGC (DPGEs), as Letras Imobiliárias Garantidas (LIGs), além das Letras Financeiras, que são divididas entre sêniores (LF Sênior), subordinadas de nível II (LFSNs) e as subordinadas complementares, mais conhecidas como perpétuas (LFSCs).

Já o segundo grupo consta de ativos que são emitidos por empresas que buscam capital para financiar a realização de projetos e/ou aquisições de pares, oferecendo o pagamento de juros e amortizações sob o capital investido, com fluxos de pagamentos mensais, semestrais, anuais ou somente no vencimento do título. Nesse grupo entram as debêntures (incentivadas ou não), os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs), os Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAs) e os Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC). Estes ativos, juntos aos títulos públicos federais, representam os principais investimentos dos fundos de crédito privado objetos deste relatório.

Antes de entrar nos detalhes sobre o funcionamento dos fundos de crédito privado e das análises dos três escolhido por nós, é bom lembrar um conceito que às vezes pode gerar dúvidas: a chamada marcação a mercado, que significa a atualização diária dos preços dos ativos, ou seja, define quanto um ativo valeria se fosse vendido naquele momento. A marcação a mercado é essencial para definir o valor da cota de um fundo, que é o resultado da soma dos valores de todos os ativos em carteiras (o patrimônio líquido) dividida pela quantidade de cotas. Um título de renda fixa com taxa pré-fixada, por exemplo, possui sua rentabilidade contratada no momento da aplicação somente se o investidor mantiver o título em carteira até o vencimento, visto que ao longo da vida do papel, a oscilação da curva de juros futura impactará diariamente na aplicação, devido à marcação a mercado: quando a taxa sobe, o preço unitário (PU) cai, e quando a taxa cai, o preço do título sobe.

Luca Valente Analista Bianca Ferreira Analista Felipe Beckel Analista

Raul Grego Lemos

Analista, CNPI

Contato:

fundos@elevenresearch.com

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Prós e contras de um fundo de investimento em títulos de crédito privado

Uma das características que mais diferencia o investimento através de um fundo das outras maneiras de investir é sem dúvida a gestão profissional, e os fundos de crédito privado não são exceções à “regra”. Muitos investidores preferem virar cotistas de um fundo e deixar que um profissional do mercado financeiro com anos de estudo e experiência faça a gestão do capital investido em busca da valorização do patrimônio e, consequentemente, da cota. No caso dos fundos de crédito privado, a figura do gestor assume particular relevância pelas características intrínsecas do mercado brasileiro: apesar de ser um segmento de mercado que totaliza cerca de R$ 7,8 trilhões (de acordo com o “Boletim de renda fixa - Anbima” de novembro de 2020), ainda é dominado por grandes players e não possui um mercado secundário suficientemente líquido e facilmente acessível para o investidor pessoa física. Daqui derivam três vantagens, fortemente interligadas entre si: a baixa aplicação mínima necessária para investir, a

diversificação e a liquidez. Através de um investimento mínimo de R$ 500,00 o investidor

consegue acessar um fundo de renda fixa cujo portfólio diversificado detém vários ativos, ou seja, uma carteira de títulos dificilmente replicável pelo investidor que, sozinho, precisaria de um investimento muito maior em função das negociações em lotes de títulos que caracterizam o mercado de crédito privado.

Já a vantagem ligada à liquidez é menos trivial: como acabamos de mencionar, os bancos e corretoras do país são os principais agentes do mercado secundário de crédito privado, no qual realizam operações de compra e vendas aplicando o chamado spread, dependendo da liquidez do mercado (o spread é a diferença entre as taxas para aplicações e resgates por parte dos investidores de varejo, que acabam pagando um “pênalti” na entrada e na saída do mercado secundário, reduzindo sua lucratividade, diferentemente do que ocorre com as principais assets e instituições financeiras). O gestor de fundo pode negociar condições melhores, tanto na compra quanto na venda, maximizando a rentabilidade, em grande parte devido ao volume financeiro que negociam e proximidade com os agentes de mercado, conhecidos como brokers. Para o investidor e cotista do fundo, a liquidez depende exclusivamente do prazo de resgate e liquidação financeira contidos no regulamento do fundo. Estes prazos definem o tempo no qual o cotista receberá o valor de seu investimento, em caso de resgate, e dependem da composição do portfólio do fundo: um fundo com prazo de resgate D+1 tenderá a destinar um nível maior de caixa para enfrentar eventuais pedidos de resgate, enquanto um fundo com prazo D+46, por exemplo, poderá ter em sua carteira ativos menos líquidos, ciente que terá mais tempo para vendê-los e, consequentemente, poderá assumir mais riscos e alongar sua carteira de crédito, com retornos maiores e que não significam necessariamente a tomada de maiores riscos nos emissores que compõem o portfólio do fundo.

Mas como não existe almoço de graça, tudo isso tem um custo: as taxas. Geralmente um fundo de investimento de crédito privado cobra uma taxa de administração, um percentual do valor investido pelo cotista que varia entre 0,50% e 0,80% ao ano e uma taxa de performance, aplicada quando o retorno do fundo superar o índice de referência (benchmark). Outro custo a ser considerado na hora de investir em um fundo de crédito privado é a antecipação do recolhimento do Imposto de Renda (IR), o chamado

“come-cotas”: duas vezes ao ano (em maio e novembro) automaticamente o número de cotas

que um investidor detém sofre uma redução equivalente ao percentual do IR sobre os rendimentos, que no extrato aparece como um resgate. A tributação depende do tempo de permanência da aplicação dentro do fundo e as alíquotas nas tabelas regressivas variam de 15,0% até 22,5% para os fundos de longo prazo e de 20,0% até 22,5% para os fundos de curto prazo.

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A renda fixa em 2020

O ano de 2020 começou com a premissas de ser um bom ano para os fundos de crédito privado, em particular para aqueles que passaram incólumes das turbulências de 2019 e que conseguiram incorporar em suas carteiras ativos com alto carrego. A chegada do coronavírus, porém, mudou tudo e, apesar de ter tido efeitos menores que outros mercados, a renda fixa também sofreu com o deflagrar da crise devido à pandemia. Até a Letra Financeira do Tesouro (LFT), considerado o ativo de maior segurança no mercado brasileiro, também sofreu em 2020, mas por outros motivos. A partir de agosto, os investidores passaram a exigir maiores prêmios para refinanciamento do estoque da Dívida Pública Mobiliária Federal (DPMF), o que acarretou numa forte abertura da curva de juros pré-fixados (LTN e NTN-F) e dos juros reais (Tesouro IPCA+, antiga NTN-B), pressão esta que reverberou também nas LFTs num cenário de deterioração das contas públicas, incertezas quanto à manutenção do teto de gastos e um carrego pouco atrativo para se manter em carteira com uma Selic de 2%. Com estes movimentos, as LFTs passaram a negociar com deságio em relação ao valor de face e apresentaram desvalorizações em todos os vencimentos no mês de setembro, pela primeira vez desde 2002. Felizmente, o mercado de lá para cá vem apresentando redução no deságio, visto que os investidores já se preparam para o aumento de taxas dos juros e a LFT voltará a ter atratividade nos próximos meses.

E assim como a queda foi menor em ativos de baixa volatilidade como os títulos de renda fixa, a retomada foi igualmente contida: todos os fundos escolhidos por nós da Eleven tiveram performance positiva no ano, embora igual ou até inferior ao CDI. O retorno foi

ainda maior se consideramos o investimento a partir da data que estes fundos começaram a fazer parte das nossas recomendações, tanto da carteira de renda fixa Eleven quanto em nossos fundos recomendados (sinalizadas nos gráficos abaixo pelos círculos azuis). Vale lembrar que a avaliação de um fundo de investimento em uma janela

temporal de doze meses, em particular em um ano excepcionalmente desafiador como 2020, corre o risco de produzir resultados equivocados. A presença de veículos de investimento em crédito privado no portfólio do investidor visa principalmente a diversificação do risco e a possibilidade de gerar retorno através do posicionamento em um mercado com pouca liquidez.

Spreads de crédito dos ativos com ratings AAA, AA e A

As principais agências de rating do mundo (Standard & Poor’s, Fitch e Moody’s) classificam os ativos de acordo com a qualidade de crédito, em ordem decrescente, em AAA, AA e A. Uma nota melhor corresponde a um menor spread, ou seja, um menor prêmio em relação aos ativos soberanos, tais como os títulos emitidos pelo governo federal, tanto pré-fixados, quanto indexados à taxa básica de juros e/ou inflação. Nos gráficos abaixo podemos observar claramente a diferença entre os menores spreads dos ativos com rating AAA e os spreads maiores que caracterizam os ativos high yield e com

rating A, devido à maior possibilidade de inadimplência ou acesso ao mercado de capitais

por parte dos emissores.

Atualmente, o mercado de crédito apresenta taxas condizentes com os riscos, definidos com taxas menores para os ativos considerados mais seguros (high grade) e taxas mais atrativas para os ativos que, costumeiramente, apresentam riscos mais elevados e possibilidades de default ou acionamento de waiver (o perdão das dívidas ou renegociação entre emissores e credores), acarretando perdas financeiras para quem adquiriu o crédito da companhia inadimplente.

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Figura 1: spreads de crédito em 28/12/2020 (linhas contínuas) e em 26/06/2020 (linhas tracejadas)

Fonte: Anbima, elaborado por Eleven Financial Research.

Os Melhores Fundos de Crédito Privado escolhidos pela Eleven

A análise das informações listadas acima e do cenário macroeconômico de taxa de juros é imprescindível na seleção de um fundo de crédito privado, mas é através da análise qualitativa da gestão, de seu processo de investimento e seu controle de risco que é possível ter conhecimento profundo da estratégia e fundamentar sua escolha de investimento. Por isso escolhemos três fundos de crédito privado que acreditamos

serem os melhores veículos para você diversificar seu portfólio de investimento. Os três fundos possuem características diferentes, em particular no que diz a respeito à composição do portfólio e, consequentemente, à liquidez. É indispensável que o investidor conheça seu perfil de investidor, seus objetivos e suas necessidades para que a escolha seja compatível com a tolerância ao risco e com a expectativa de retorno. 0,00 0,50 1,00 1,50 2,00 2,50 3,00 3,50 4,00 12 24 36 48 60 72 84 96 108 120

Duration (em meses)

AAA AAA

AA AA

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CNPJ:

23.556.185/0001-10

Início do fundo:

11/12/2015

Classificação Anbima:

Renda Fixa - Duração Livre Grau de Investimento

Gestor:

AZ Quest Investimentos Ltda

Administrador: BNY Mellon Público-alvo: Investidores em geral Aplicação inicial: R$ 500,00 Saldo mínimo: R$ 500,00 Prazo de resgate/liquidação: D+0/D+1 Taxa de administração: 0,40% a.a.

Taxa de administração máxima:

0,80% a.a. Benchmark: CDI Taxa de performance: Não há Patrimônio líquido: R$ 2.109,90 milhões

Patrimônio líquido médio em 12 meses:

R$ 2.642,69 milhões

AZ Quest Luce FIC FI RF CP LP

A gestora

A AZ Quest Investimentos é uma gestora de recursos independente fundada em 2001 que se associou em 2015 ao Grupo Azimut, empresa italiana com presença em 17 países. A casa

se especializou em gestão e possui diversos produtos e estratégias em fundos de ações, macro, crédito privado e arbitragem.

Hoje a AZ Quest detém R$ 16,30 bilhões em Asset under Management (de acordo com o

ranking Anbima de novembro de 2020) e com volume sob gestão de R$ 4,47 bilhões alocado

nas estratégias de renda fixa. A maior parcela (~R$ 5,05 bilhões) está alocada nas estratégias de fundo macro da casa. Ademais, a gestora detém R$ 1,6 bilhões em fundos offshore.

O fundo

O AZ Quest Luce tem como objetivo retorno ligeiramente acima do benchmark (101–103% do CDI), através da alocação de seus recursos majoritariamente em títulos de emissões bancárias e debêntures de baixo risco de crédito privado.

O fundo está enquadrado na Resolução 4.661, o que torna seu regulamento mais restritivo no que diz respeito ao nível de risco e tipo de operações permitidas. É vedado ao fundo

investir em ativos no exterior, realizar operações de day trade e alavancar o portfólio, por exemplo.

O curto prazo de resgate (D+1) torna o fundo extremamente atrativo para o perfil conservador. A alta parcela em caixa do fundo aplicada em títulos públicos traz a segurança atrelada à liquidez do produto.

Equipe

O portfolio manager de crédito é o Laurence Mello, engenheiro com uma vasta experiência no mercado de crédito, mais de cinco anos de casa e passagens pelo Banco Fator e Credit Suisse. Para completar o time de crédito conta com mais três analistas: Caio Colombo, co-gestor do fundo, iniciou sua carreira em 2011 no Banco Credit Suisse e desde 2015 integra o time da AZ Quest, Daniel Borini, com quase quinze anos de experiência e passagens nas áreas de risco, estruturação e análise de crédito em casas renomadas e, por fim, Tiago Rangel, iniciou sua carreira em 2015 como estagiário da mesa de crédito do Credit Suisse e desde 2018 integra o time da AZ Quest.

Processo de investimento

A gestão utiliza o modelo de análise fundamentalista e gestão ativa do portfólio de crédito privado. No início do processo de investimento há grande sinergia com a equipe econômica da casa, no qual são definidos os cenários local e global para definição das premissas macroeconômicas a serem incluídas nos modelos de análise.

Na sequência é realizada uma análise setorial completa com detalhes do posicionamento e estratégia na cadeia de produção para cada setor e uma análise corporativa, na qual verifica-se minuciosamente a saúde financeira e capacidade de crescimento da empresa. Nesta etapa há grande participação, contribuição e troca com o time de analistas de equities. O próximo passo é a análise detalhada da emissão, avaliação sobre todos os termos e condições do título específico. São verificadas quais são as garantias da emissão, parecer da área de risco sobre o duration e limites de concentração do título específico, emissor etc. na

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carteira do fundo respeitando sempre o seu regulamento. Após a construção da carteira, a gestão monitora e reavalia as posições e oportunidades do mercado para uma possível troca e/ou rebalanceamento das posições.

Portfólio e desempenho

Com a performance positiva de dezembro, o AZ Quest Luce encerrou o ano com retorno de +0,07%, apesar do drawdown verificado em março, quando o fundo teve perdas de 5,60%. Diferentemente do que aconteceu nos anos anteriores, quando o caixa do fundo chegava a representar aproximadamente 50% do patrimônio líquido, durante o ano a gestão optou por manter o fundo mais alocado e com um percentual de caixa menor para aproveitar as boas oportunidades que o mercado apresentou. Atualmente o fundo está com apenas 27% do PL em caixa e deve aumentar esse percentual nos próximos meses, tendo cerca de 65% do patrimônio alocado em debêntures e ~8% em FIDCs. A carteira está fragmentada em títulos de 18 setores diferentes, sendo que quase 35% estão divididos em três principais por ordem de relevância: setor elétrico, rodovias e saneamento. Com relação ao perfil de risco dos ativos, a carteira apresenta a seguinte composição: 24,44% com rating AAA, 44,11% com

rating entre AA+ e AA- e 4,73% entre A+ e A-.

Figura 2: performance do AZ Quest Luce FIC FI RF CP comparado com CDI desde o lançamento do fundo

Fonte: Bloomberg, elaborado por Eleven Financial Research.

0% 5% 10% 15% 20% 25% 30% 35% 40% 45% 50%

dez-15 jun-16 dez-16 jun-17 dez-17 jun-18 dez-18 jun-19 dez-19 jun-20 dez-20 AZ Quest Luce

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Distribuição

O AZ Quest Luce está disponível nas seguintes plataformas digitais de bancos e corretoras: • Andbank; • Ativa; • Azimut; • Banco Alfa; • Banco Inter; • Banco Original; • BTG Digital; • BS2; • CM Capital; • C6 Bank; • Daycoval; • Easynvest; • Fator; • Genial; • Guide; • Daycoval; • Easynvest; • Fator; • Genial • Guide; • Mirae; • MyCap; • Modal; • Necton; • Nova Futura; • Órama; • PI; • Planner; • RB Capital; • Rico¹; • Safra; • Warren; • XP¹.

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CNPJ:

30.910.553/0001-42

Início do fundo:

24/08/2018

Classificação Anbima:

Renda Fixa -Duração Baixa - Grau de Investimento

Gestor:

ARX Investimentos Ltda

Administrador: BNY Mellon Público-alvo: Investidores em geral Aplicação inicial: R$ 1.000,00 Saldo mínimo: R$ 1.000,00 Prazo de resgate/liquidação: D+30/D+31 Taxa de administração: 0,50% a.a.

Taxa de administração máxima:

0,80% a.a. Benchmark: CDI Taxa de performance: Não há Patrimônio líquido: R$ 1.335,48 milhões

Patrimônio líquido médio em 12 meses:

R$ 1.743,08 milhões

ARX Vinson FIC FI RF CP

A gestora

A ARX Investimentos é uma gestora de recursos independente fundada em 2001 e adquirida em 2008 pela área de investment management do grupo BNY Mellon. Além do

fundo de crédito privado objeto deste relatório, a grade de fundos da gestora inclui veículos de investimento com estratégias macro, de renda fixa, equity hedge, long & short e long

only).

Atualmente a ARX Investimentos detém R$ 18,76 bilhões em Asset under Management

(de acordo com o ranking Anbima de novembro de 2020) e a maioria do volume sob gestão (R$ 15,05 bilhões) está alocado nas estratégias de renda fixa da casa, focadas em ativos de crédito privado, debêntures incentivadas e títulos públicos.

O fundo

O ARX Vinson busca obter um retorno esperado de CDI+1,3% através da alocação de seus recursos em títulos públicos federais e ativos de crédito privado de alta qualidade, com volatilidade esperada entre 0,45% e 0,65% a.a.

O fundo está enquadrado na Resolução 4.661, o que torna seu regulamento mais restritivo no que diz respeito ao nível de risco e tipo de operações permitidas: é vedado ao fundo

investir em ativos no exterior, realizar operações de day trade e alavancar o portfólio, por exemplo.

Os custos moderados e os baixos valores de aplicação inicial e saldo mínimo de permanência fazem com que o ARX Vinson se torne um veículo atrativo para o investidor que busca acesso ao mercado de crédito privado através de uma gestão profissional. O prazo de resgate permite uma gestão ativa de mais longo prazo, sem necessidade de destinar uma parcela relevante da carteira para ativos-caixa.

Equipe

O time de crédito é composto por Pierre Massari Jadoul, o portfolio manager, e dois analistas, Lucas Gregolin Dias e Vitor Trova, todos egressos da gestora CA Indosuez. Pierre começou sua carreira em 2009, atuando na mesa de derivativos do banco Morgan Stanley. Em 2012 começou a gestão de renda fixa e crédito privado do CA Indosuez até 2018, quando assumiu a gestão da área de crédito da ARX e convidou os dois analistas para se juntarem ao time. Lucas e Vitor têm passagens pelo Santander Asset Management e Fator Corretora. Pierre e Lucas possuem certificação de Chartered Financial Analyst, CFA.

Processo de investimento

O processo tem origem na identificação de oportunidades de investimento tanto no mercado primário quanto no mercado secundário através de análises de risco, retorno e liquidez, levando em conta características dos ativos como rating e duration e do emissor como setor no qual opera, perfil da dívida, existência de outras emissões no mercado etc. O comitê de risco é responsável pela análise de crédito do emissor e da estrutura antes da alocação e possui o poder de veto em qualquer operação. Juntamente à área de compliance, é responsabilidade do comitê de risco a análise do risco legal, através do chamado

background check, que visa garantir que o emissor não esteja ou tenha sido envolvido em

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Após a identificação e as análises, a equipe de gestão e a equipe de risco decidem a alocação ótima no portfólio do fundo, com base nos objetivos de retorno, liquidez e volatilidade esperados e nas limitações impostas pelo mandato e pelas políticas internas de risco. Este comitê também é encarregado do controle e monitoramento das métricas de risco do portfólio do fundo.

Portfólio e desempenho

Em 2020 o ARX Vinson registrou retorno de +1,95%, enquanto o CDI rendeu +2,79%. Após uma queda de quase 4%, do topo em meados de março até o fundo registrado no dia 13 de abril, a gestão soube recompor sua carteira aproveitando das oportunidades do mercado, tanto primário quanto secundário. Foram as emissões primárias que se destacaram como contribuidoras de performance na segunda metade do ano, por efeito do vencimento dos períodos de lock-up: é assim chamada a cláusula contratual que impõe um período a partir da data emissão primaria, que geralmente dura 90 dias, no qual não é permitido ao investidor que adquiriu o papel na emissão primária a venda no mercado secundário. Sendo assim, no caso de emissões de dívida corporativa, a falta de um mercado secundário ativo gera ausência de preço. O time de gestão do ARX Vinson conseguiu entrar em diversas ofertas primárias nos meses sucessivos ao pico da crise caracterizadas por taxas atrativas, e que foi possível vender no mercado secundário, passado o período de lock-up e gerando o retorno que permitiu fechar o ano positivo.

Atualmente o fundo encontra-se com ~8% do patrimônio líquido em caixa, nível inferior à sua média histórica, após ter liquidado algumas emissões adquiridas no último trimestre do ano. Sazonalmente os primeiros dois meses do ano costumam ser caracterizados por baixa atividade no mercado primário, portanto a gestão está confortável com o atual patamar de caixa, que será aumentado em até 10% com as captações e as eventuais vendas no mercado secundário. As maiores alocações da carteira, cujo rating médio é AA, estão distribuídas principalmente entre debêntures (~60% do patrimônio líquido), FIDCs (~18% do PL) e LFs (~10% do PL). O carrego líquido do portfólio do fundo está em CDI+1,82% e a carteira tem

duration de 2,73 anos. Isso significa que, apesar das oscilações de preço, os ativos na carteira

atual do fundo vencem em 2,73 anos e, em caso de manutenção desses investimentos até o vencimento, o ganho apresentado seria CDI+1,82%.

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Figura 3: performance do ARX Vinson FIC FI RF CP comparado com CDI desde o lançamento do fundo

Fonte: Bloomberg, elaborado por Eleven Financial Research.

Distribuição

O ARX Vinson está disponível nas seguintes plataformas digitais de bancos e corretoras: • Andbank; • Ativa; • Azimut; • Banco Inter; • Banco Original; • BTG Digital; • CM Capital; • C6 Bank; • Daycoval; • Easynvest; • Genial; • Guide; • Mirae; • Modal; • Necton; • Nova Futura; • Órama; • PI; • Rico; • Warren; • XP. 0% 2% 4% 6% 8% 10% 12%

ago-18 dez-18 abr-19 ago-19 dez-19 abr-20 ago-20 dez-20

ARX Vinson CDI

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CNPJ: 35.505.971/0001-78 Início do fundo: 18/12/2019 Classificação Anbima: Renda Fixa

Duração Crédito Livre

Gestor: SPX Crédito Administrador: Intrag DTVM Ltda Público-alvo: Investidores em geral Aplicação inicial: R$ 1.000,00 Saldo mínimo: R$ 1.000,00 Prazo de resgate/liquidação: D+45/D+46 Taxa de administração: 0,60% a.a.

Taxa de administração máxima:

1,20% a.a.

Benchmark:

CDI

Taxa de performance:

20% do que exceder o benchmark

Patrimônio líquido:

R$ 179,74 milhões

Patrimônio líquido médio em 12 meses:

R$ 135,20 milhões

SPX Seahawk FIC RF CP LP

A gestora

A SPX é uma gestora de recursos independente fundada em setembro de 2010 por profissionais que trabalham juntos há mais de 20 anos e são egressos do Banco BBM. Em

seu início, o foco era a gestão de fundos multimercados devido ao background da equipe. Com o crescimento da casa, recursos sob gestão e time, diversificaram em novos produtos com a criação da área de equities, expansão internacional através dos escritórios baseados em Londres, Washington D.C. e, mais recentemente, Nova Iorque, e a criação da área de crédito.

Atualmente a SPX Capital detém R$ 34,19 bilhões em Asset under Management (de acordo

com o ranking Anbima de novembro de 2020) e a maioria do volume sob gestão (R$ 26,39 bilhões) está alocado nas estratégias de fundos multimercados. Se considerarmos os veículos de fundos offshore, o AuM fica próximo de R$ 40 bilhões e o volume nos fundos multimercados aumenta para R$ 31 bilhões.

O fundo

O SPX Seahawk busca obter um retorno superior ao CDI através da alocação de seus recursos em crédito de empresas com capital aberto e com rating mínimo BBB, concentrando o portfólio em ativos de emissores com rating maior que AA. A volatilidade esperada do fundo é entre 0,50% e 1,50% a.a. e os títulos que compõem o fundo são, principalmente, debêntures, NPs, FIDCs, CDBs e Letras Financeiras.

O fundo também está enquadrado na Resolução 4.661, de modo que seu regulamento não permite realizar operações como investir em ativos no exterior, realizar operações de day trade e alavancar o portfólio.

Equipe

A liderança da casa está sob a responsabilidade do comitê executivo composto pelos sócios fundadores Rogério Xavier, Daniel Schneider e Bruno Pandolfi e também pelo sócio Leonardo Linhares, responsável por toda estratégia de equities. O time conta hoje com mais de 150 colaboradores, sendo 40 dedicados exclusivamente à gestão. A nova equipe de crédito está liderada por Beny Parnes, ex-economista chefe da gestora que fez carreira no Banco BBM e teve passagem pelo Banco Central do Brasil. A gestão do fundo está sob responsabilidade de Albano Franco, que se juntou ao time da SPX em 2019, após uma carreira de 15 anos no BTG Pactual na qual chegou à co-gestão da área de crédito do banco.

Processo de investimento

O processo é caracterizado por uma avaliação contínua e um monitoramento constante do mercado de crédito. Na primeira etapa são geradas as ideias de investimento em dois comitês principais: o “Comitê Macro”, para construção de cenários macroeconômicos e de mercado e o “Comitê Micro”, para discussões bottom-up sobre os aspectos mais relevantes a serem aprofundados através da análise fundamentalista. Nesta fase, todo o ecossistema internacional e plural da gestora contribui positivamente para uma maior assertividade. A abordagem ativa do portfólio faz com que a gestão esteja sempre atenta às oportunidades do mercado para rotação e trocas das posições, busque participar ativamente liderando em renegociação de covenants (quando há a necessidade de renegociar as limitações acordadas com o emissor do ativo ou parte devedora), efetue visitas e mantenha o contato frequente com as empresas analisadas e demais participantes do mercado local.

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Visando uma correta diversificação do portfólio do fundo, o time de gestão procura manter baixa representatividade nas emissões primárias, o que significa uma preocupação maior com a liquidez futura do ativo. Além disso, prezam por uma gestão de risco criteriosa utilizando ferramentas de análise para mensuração do risco da carteira inteira e dos riscos específicos de cada empresa com modelagem financeira própria e cálculos de probabilidade de inadimplência revisados com afinco. Possuem um baixo limite de concentração por emissor e atuam constantemente na avaliação de liquidez do fundo, monitorando inclusive o fluxo de aplicações e resgates diariamente para melhor gestão de caixa do fundo. Prezam por concentrar os investimentos em ativos de setores com maior previsibilidade de fluxo de caixa, como por exemplo, bancos, setor elétrico e concessões rodoviárias.

Portfólio e desempenho

Em dezembro de 2020 o SPX Seahawk completou doze meses registrando um retorno positivo de 2,78% no ano. O fundo não saiu imune da crise originada pelo coronavírus, e em março apresentou perda de 3,93% com uma leve perda de 0,03% em abril. No entanto, conseguiu se recuperar ao longo do ano e terminar com um ganho excedente ao seu

benchmark. Diferentemente de outros fundos, neste período o patrimônio não registrou

resgates líquidos e houve até captação positiva devido ao fato de ter sido lançado há pouco tempo e de ter como maiores cotistas os sócios e outros investidores da primeira hora. Esta conjunção favorável contribuiu para montagem da carteira com ativos a preços descontados na fase mais crítica da crise de 2020. Ademais, conseguiram comprar papeis de oferta primária de alta qualidade e taxa atrativa quando a curva já “estava fechada”, como Cosan e B3.

Atualmente o portfólio do fundo encontra-se com carrego bruto de CDI+3,44%, com 2,9 anos de duration e aproximadamente 5% do patrimônio líquido em caixa. Vale lembrar que o prazo de resgate de D+45 permite manter um percentual maior alocado e maior controle dos fluxos de aplicações e resgates. A performance do último mês do ano, em 0,25% contra o CDI de 0,16%, foi particularmente beneficiada pelas operações de venda de alguns papéis que saíram do período de lock-up, gerando retorno e liquidez para outras emissões à frente. Apesar do começo do ano ser costumeiramente mais “calmo” do lado das emissões primárias, a gestão continua participando ativamente em roadshow e reuniões com o mercado em busca de oportunidades de investimento atrativas.

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Figura 4: performance do SPX Seahawk FIC RF CP comparado com CDI desde o lançamento do fundo

Fonte: Bloomberg, elaborado por Eleven Financial Research.

A distribuição

O fundo está aberto para novos investimentos e disponível nas seguintes corretoras e plataformas de distribuição: • BTG Pactual Digital²; • Genial; • Guide; • Órama; • Pi; • XP³.

² disponível através do SPX Seahawk Access FIC RF CP LP (CNPJ: 35.343.590/0001-30) ³ disponível através do SPX Seahawk Advisory FIC RF CP LP (CNPJ: 35.648.999/0001-64)

-6% -5% -4% -3% -2% -1% 0% 1% 2% 3% 4%

dez-19 mar-20 jun-20 set-20 dez-20

SPX Seahawk CDI

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ELEVEN FINANCIAL RESEARCH | 12-JAN-21 DISCLAIMER

Este documento foi elaborado e distribuído pela Eleven Financial Research unicamente para uso do destinatário original, e tem como objetivo somente informar os investidores, não constituindo oferta de compra ou de venda de nenhum título ou valor mobiliário contido neste relatório. As decisões de investimentos e estratégias financeiras devem ser realizadas pelo próprio leitor.

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Conforme o artigo 20, parágrafo único da ICVM 598/2018, o analista Raul Grego Lemos declara-se inteiramente responsável pelas informações e afirmações contidas neste relatório de análise. De acordo com a exigência regulatória do artigo 21 previsto na ICVM 598, de 18 de abril de 2018, o analista de valores mobiliários, responsável principal por este relatório, declara:

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