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Estudo da viabilidade técnico-econômica para a instalação de uma empresa produtora de pigmentos inorgânicos

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Academic year: 2021

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BARBARA FURLAN HÜBBE BIANCA BOTELHO ROUSSENQ

DAVI MARTINS ESPEZIM ROGÉRIO DE SOUZA JUNIOR THALITA MARTINS GOULART

ESTUDO DA VIABILIDADE TÉCNICO-ECONÔMICA PARA A INSTALAÇÃO DE UMA EMPRESA PRODUTORA DE PIGMENTOS INORGÂNICOS

Tubarão 2017

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BARBARA FURLAN HÜBBE BIANCA BOTELHO ROUSSENQ

DAVI MARTINS ESPEZIM ROGÉRIO DE SOUZA JUNIOR THALITA MARTINS GOULART

ESTUDO DA VIABILIDADE TÉCNICO-ECONÔMICA PARA A INSTALAÇÃO DE UMA EMPRESA PRODUTORA DE PIGMENTOS INORGÂNICOS

Relatório Técnico/Científico apresentado ao Curso de Engenharia Química da Universidade do Sul de Santa Catarina como requisito parcial à aprovação da disciplina de Projetos para Engenharia Química II.

Orientador: Prof. Esp. Diogo Quirino Buss.

Tubarão 2017

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AGRADECIMENTOS

Primeiramente, a família Koncor gostaria de agradecer ao Senhor da vida, por cada dia nos proporcionar mais umaoportunidade para corrermos atrás de nossos sonhos. Gostaríamos, também, de agradecer os familiares, amigos (as), namorados (as) e todos que de alguma forma nos ajudaram nessa grande caminhada.

Professor é luz quando estamos na escuridão, é passar seu conhecimento sem esperar nada em troca, é acreditar quando já perdemos a esperança. É pensando desta forma que queremos agradecer de coração todos os professores que nos passaram seus conhecimentos, mas em especial os professores Cesar Renato Alves da Rosa, Diogo Quirino Buss, Jonathan Alexsander Bork e Marcos Marcelino Mazzucco, por disponibilizarem seus tempos a nos ajudarem.

Agradecer, ainda, aos amigos Felipe Bertoncini, Ana Paula da Rosa, Letícia Perito, Mirela Exterkoetter e Mário Silveira, por estarem presentes em algumas etapas desse processo e que com carinho se propuseram a ajudar.

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“Descobrir consiste em olhar para o que todo mundo está vendo e pensar uma coisa diferente”. (Roger Von Oech)

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Formulário de Inscrição Título do Projeto Global:

Estudo da viabilidade técnico-econômica para a instalação de uma empresa produtora de pigmentos inorgânicos.

Investimentos, Fontes de Recursos e Duração: Investimento total (Invest.

fixo + C.G.): R$ 4.380.276,24

Montante de recursos

próprios: R$ 250.000,00

Valor/Fontes de

financiamento/capital: R$ 4.150.000,00 / BNDES

Duração Prevista para

implantação: 6 meses

Entidade Proponente

Nome: Engenharia Química/ Universidade do Sul de Santa Catarina - EQM/ UNISUL.

Responsável pelo Projeto: Prof. Esp. Diogo Quirino Buss.

Cargo: Prof. da Disciplina Projetos de Graduação em Engenharia Química II / UNISUL.

(6)

Pigmentos são substâncias insolúveis utilizadas em diversas misturas a fim de conferir-lhes cor, opacidade e resistência, através de sua dispersão física. A infinidade de cores utilizadas nos mais distintos materiais é facilitada pela ampla variedade de pigmentos existentes, sendo eles dados como: orgânicos, inorgânicos, naturais, sintéticos, minerais, etc. Os pigmentos inorgânicos apresentam uma boa estabilidade química e térmica, e sua produção pode ser alcançada a partir de diversos métodos ou pelo uso de pigmentos minerais.

O presente projeto aplica um pouco de cada conhecimento transpassado durante todo o período universitário e tem como finalidade estudar e avaliar a pré-viabilidade técnico-econômica da implantação de uma indústria de pigmentos inorgânicos, a Koncor.

A Koncor foi dimensionada para produzir, inicialmente, três pigmentos, o azul da prússia, a magnetita e a hematita, o pigmento azul, preto e vermelho, respectivamente. Além dos pigmentos, a Koncor também produzirá o cloreto férrico, matéria-prima utilizada nas três rotas de produção dos pigmentos e como agente coagulante/floculante na estação de tratamento dos efluentes. Visando a minimização de impactos ambientais, a produção do cloreto férrico será a partir de sucatas ferrosas, isto é, a Koncor a partir de um rejeito produzirá produtos com alto valor agregado.

Palavras-chave: Empresa; Pigmentos; Sucata; Viabilidade.

(7)

Pigments are insoluble substances used in a variety of blends in order to give them color, opacity and strength by their physical dispersion. The infinity of colors used in all kinds of different materials is achieved by the wide variety of pigments available, such as: organic, inorganic, natural, synthetic, mineral, etc. Inorganic pigments have good chemical and thermal stability and their production can be reached by various methods or by the use of mineral pigments.

This project applies a bit of each knowledge passed through the entire university period and aims to study and evaluate the technical-economic pre-feasibility of the implementation of an inorganic pigment industry called Koncor.

Koncor was initially designed to produce three pigments, prussian blue, magnetite and hematite, the blue, black and red pigment, respectively. In addition to the pigments, Koncor will also produce ferric chloride, the raw material used in all the three pigment production routes and as a coagulating/flocculating agent in the effluent treatment plant. Aiming to minimize environmental impacts, the production of ferric chloride will be from ferrous scrap, thus, Koncor will obtain products with high added value from a reject.

Keywords: Company; Pigments; Waste; Viability.

(8)

Tabela 1 - Empresas atuantes no mercado atual...35

Tabela 2 - Análise de fatores externos...36

Tabela 3 - Análise de fatores internos...36

Tabela 4 - Cruzamento dos dados...37

Tabela 5 – Resultado do cruzamento dos dados...38

Tabela 6 - Equipamentos, Instrumentação e Controle do Processo...59

Tabela 7 - Equipamentos: Linhas de Entrada e Saída...61

Tabela 8 - Legenda de Setores...63

Tabela 9 - Princípios de Operação da Unidade...65

Tabela 10 - Balanço de massa integrado por equipamento...67

Tabela 11- Origem, classificação e destinação dos resíduos sólidos da Koncor...82

Tabela 12 - Relação da Classificação Nacional de Atividades Econômicas – CNAE...92

Tabela 13 - Dimensionamento do SESMT...92

Tabela 14 - Dimensionamento da CIPA...93

Tabela 15 - Relação da Classificação Nacional de Atividades Econômicas – CNAE...93

Tabela 16 - Fatores 6 M’s...110

Tabela 17 - Os 5s e seus significados...112

Tabela 18 - Objetivos da qualidade...117

Tabela 19 - Indicadores de Desempenho...117

Tabela 20 - Indicadores de desempenho dos objetivos da qualidade...118

Tabela 21 - Documentação do SGQ...119

Tabela 22 - Investimento Inicial...125

Tabela 23 - Capital próprio...126

Tabela 24 - Custos fixos da empresa Koncor. ...127

Tabela 25 - Custos variáveis da empresa Koncor. ...128

Tabela 26 - Preço de venda dos pigmentos. ...129

Tabela 27 - Preço estimado para produção de FeCl3. ...129

Tabela 28 - Preço de venda dos pigmentos com FeCl3 comprado. ...130

Tabela 29 - Depreciação dos bens da Koncor...131

(9)

Figura 1 - Comparativo das vantagens associadas aos pigmentos inorgânicos e

orgânicos...30

Figura 2 - Comparativos entre pigmentos inorgânicos naturais e sintéticos...30

Figura 3 - Pigmento magnetita...31

Figura 4 - Mineral magnetita...31

Figura5 - Estrutura cristalina da magnetita...31

Figura 6 - Pigmento hematita...32

Figura 7 - Mineral hematita...32

Figura8 - Estrutura cristalina da hematita...32

Figura 9 - Pigmento azul da prússia...33

Figura 10 - Estrutura química do azul da prússia...33

Figura 11- Logomarca da Empresa Koncor...36

Figura 12 - Importações e Exportações de corantes, pigmentos e branqueadores em toneladas de 2006 a 2011...40

Figura 13 - Arte da embalagem dos pigmentos Koncor...45

Figura 14 - Os 4P’s do Marketing...46

Figura 15 - Diagrama de Blocos do Processo...53

Figura 16 - Fluxograma de Equipamentos...59

Figura 17 - Legenda do Fluxograma de Equipamentos...60

Figura 18 - Perspectiva da empresa Koncor...60

Figura 19 - Layout da empresa Koncor...61

Figura 20 - Ácido clorídrico concentrado...62

Figura 21 - Hidróxido de sódio 50%...63

Figura 22 - Peróxido de hidrogênio...63

Figura 23 - Sulfato ferroso monohidratado...64

Figura 24 - Ferrocianeto de Potássio...64

Figura 25 - Instrumentação e Controle de Processo...70

Figura 26 - Legenda do Fluxograma de Equipamentos...71

Figura 27 - Geometria de cilindros e cones...76

Figura 28 - Fluxograma geral do tratamento de efluentes...89

Figura29 - Processo de tratamento de efluente. ...91

Figura30 - Bolsa desaguardora...92

Figura31 - Modelo do Certificado de Aprovação de Instalações...96

Figura32 - Modelo de Declaração de Instalações...97

(10)

Figura34 - Modelo de ficha de controle de entrega dos Equipamentos de Proteção

Individual...101

Figura 35 - Comprovante de recebimento do Equipamento de Proteção Individual...101

Figura36 - Layout da empresa com demarcações...107

Figura37 - Mapa de risco... ...109

Figura38 - Diagrama de causa e efeito...114

Figura39 - Fluxograma dos processos de gestão da qualidade...114

Figura40 - Partes 1, 2 e 3 da RP.Fonte: Os autores, 2017...115

Figura41 - Parte 4 da RP...116

Figura42 - Avaliação da não conformidade e eliminação da causa...117

Figura43 - Verificação da implantação e eficácia da ação...118

Figura44 - Sucatas ferrosas...120

Figura45 - Pigmentos...120

Figura46 - Pesquisa de satisfação dos clientes...126

Figura47 - Fatores externos e internos...134

Figura48 - Parâmetros para dimensionamento das bandejas...182

Figura49 - Parâmetros para cálculo das bombas e ventiladores...185

Figura50 - Potências requeridas pelas bombas e ventiladores...186

Figura51- Parâmetros de Cálculo da Caixa de Gordura...189

Figura52- Dimensões da Caixa de Gordura...189

Figura53 - Ilustração de Caixa de Gordura...189

Figura54 - Parâmetros de Cálculo da Fossa Séptica (NBR 7229/1993...190

Figura55-Dimensões da Fossa Séptica...190

Figura56 - Funcionamento Geral de uma Fossa Séptica...191

Figura57 - Parâmetros de Cálculo do Filtro Anaeróbio (NBR 13969/97)...191

Figura58- Dimensões do Filtro Anaeróbio...192

Figura59 - Princípio de Funcionamento do Filtro Anaeróbio...192

Figura60 - Parâmetros de Cálculo do Sumidouro (NBR 13969/97)...193

Figura61- Dimensões do Sumidouro...194

Figura62- Esquema de construção do Sumidouro...194

Figura63- Payback Simples...230

Figura64- Payback Simples mensal...230

Figura65- Payback Descontado...231

Figura66 - Fluxo de caixa...232

Figura67- Despesas com funcionários...232

Figura68- Salários com encargos (anual)...233

(11)

Figura70- Infraestrutura...234

Figura71- Capital de giro...234

Figura72- Despesas administrativas...234

Figura73- Despesas Administrativas...234

Figura 74 - Plano de atividades do gerenciamento estratégico e de marketing...237

Figura 75- Plano de atividades da engenharia básica...237

Figura 76 - Plano de atividades da engenharia ambiental...237

Figura 77 - Plano de atividades da engenharia de segurança do trabalho...237

Figura 78 - Plano de atividades do controle de qualidade...238

Figura 79 - Plano de atividades da engenharia econômica...238

Figura 80 - Plano de atividades coletivo...238

(12)

1 INTRODUÇÃO...17 2 JUSTIFICATIVA...18 3 OBJETIVOS...19 3.1 OBJETIVO GERAL...19 3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS...19 4 PIGMENTOS...20 4.1 MAGNETITA...21 4.2 HEMATITA...22 4.3 AZUL DA PRÚSSIA...24

PLANO DE ESTRATÉGIA E MARKETING...25

5 PLANO DE ESTRATÉGIA E MARKETING...26

5.1 INTRODUÇÃO...26 5.2 OBJETIVOS...26 5.2.1 Objetivo geral...26 5.2.2 Objetivos específicos...26 5.3 IDENTIDADE ESTRATÉGICA...27 5.3.1 Definição de negócio...28 5.3.2 Missão...28 5.3.3 Visão... 28 5.3.4 Valores da empresa...28 5.4 PARCEIROS ENVOLVIDOS...29 5.4.1 Fornecedores...29 5.4.2 Outros parceiros...29

5.5 MICRO E MACRO LOCALIZAÇÃO...30

5.5.1 Micro Região...30

5.5.2 Macro Região...31

5.6 ESTUDO DE MERCADO E CONDIÇÕES DE COMERCIALIZAÇÃO...31

5.6.1 Fatores Econômicos...31

5.6.2 Fatores Socioculturais...31

5.6.3 Concorrência...32

5.6.4 Fatores internos...33

5.6.5 Análise de Oportunidades e Ameaças, Forças e Fraquezas...33

5.6.6 Plano de Ação Para os Pontos Fracos...35

5.6.7 Definição de público alvo...35

(13)

5.7 MARKETING...37 5.7.1 Preço... 37 5.7.2 Produto...38 5.7.3 Promoção...38 5.7.4 Praça... 38 5.8 ESTRATÉGIA COMPETITIVA...39

5.8.1 Controle e retroalimentação da estratégia...39

5.9 CONCLUSÃO...40 ENGENHARIA BÁSICA...41 6 ENGENHARIA BÁSICA...43 6.1 INTRODUÇÃO...43 6.2 OBJETIVOS...43 6.2.1 Objetivo geral...43 6.2.2 Objetivos específicos...43 6.3 DESCRIÇÃO DO PROCESSO...44

6.3.1 Compra da sucata ferrosa...44

6.3.2 Síntese do FeCl2...45

6.3.3 Lavagem e filtragem...45

6.3.4 Síntese do FeCl3...45

6.3.5 Solubilização dos reagentes sólidos...46

6.3.6 Síntese dos pigmentos...46

6.3.7 Lavagem e filtragem...47

6.3.8 Secagem...47

6.3.9 Moagem...48

6.3.10 Envase...48

6.3.11 Armazenamento e expedição...48

6.3.12 Tratamento dos efluentes...48

6.4 FLUXOGRAMA DOS EQUIPAMENTOS...49

6.5 PERSPECTIVA, PLANTA BAIXA E LAYOUT...51

6.6 MATÉRIAS PRIMAS...53

6.7 EQUIPAMENTOS...56

6.8 INSTRUMENTAÇÃO E CONTROLE...60

6.9 PRINCÍPIOS DE OPERAÇÃO DA UNIDADE...62

6.10 BALANÇO DE MASSA INTEGRADO...64

6.11 EQUAÇÕES PARA O DIMENSIONAMENTO DOS EQUIPAMENTOS...66

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6.11.2 Trocadores de calor...68

6.11.3 Secador de Bandejas...69

6.11.4 Bombas Centrífugas e Ventilador Industrial...71

6.11.5 Silos...72 6.11.6 Agitadores mecânicos...73 6.12 CONCLUSÃO...73 ENGENHARIA AMBIENTAL...74 7 ENGENHARIA AMBIENTAL...75 7.1 INTRODUÇÃO...75 7.2 OBJETIVOS...76 7.2.1 Objetivo geral...76 7.2.2 Objetivos específicos...76

7.3 KONCOR E O MEIO AMBIENTE...76

7.4 LEGISLAÇÃO AMBIENTAL...77

7.5 RESÍDUOS SÓLIDOS...78

7.6 CONSCIENTIZAÇÃO AMBIENTAL...79

7.7 TRATAMENTO DE EFLUENTES...80

7.7.1 Descrição do processo de tratamento de efluente...81

7.8 CONCLUSÃO...83

ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO...84

8 ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO...85

8.1 INTRODUÇÃO...85

8.2 OBJETIVOS...85

8.2.1 Objetivo geral...85

8.2.2 Objetivos específicos...85

8.3 LEGISLAÇÃO DE SEGURANÇA DO TRABALHO...86

8.3.1 Normas Regulamentadoras...86

8.3.2 Disposições finais...99

8.4 GERENCIAMENTO DE RISCOS...99

8.4.1 Mapa de riscos...99

8.5 CONCLUSÃO...101

GESTÃO E CONTROLE DA QUALIDADE...102

9 GESTÃO E CONTROLE DA QUALIDADE...103

9.1 INTRODUÇÃO...103

9.2 OBJETIVOS...103

(15)

9.2.2 Objetivos específicos...103

9.3 FERRAMENTAS DA QUALIDADE...104

9.3.1 Diagrama de causa e efeito (Ishikawa) e brainstorming...104

9.3.2 5S... 109 9.4 CONTROLE DA QUALIDADE...110 9.4.1 Controle da matéria-prima...110 9.4.2 Produto acabado...111 9.5 GESTÃO DA QUALIDADE...113 9.5.1 Política da qualidade...113 9.5.2 Objetivos da qualidade...114 9.5.3 Indicadores de desempenho...114 9.5.4 Certificação...116

9.5.5 Controle de documentos e registros...116

9.5.6 Pesquisa de satisfação dos clientes...117

9.6 CONCLUSÃO...118 ENGENHARIA FINANCEIRA...120 10 ENGENHARIA FINANCEIRA...121 10.1 INTRODUÇÃO...121 10.2 OBJETIVOS...121 10.2.1 Objetivo geral...121 10.2.2 Objetivos específicos...121 10.3 INVESTIMENTOS...122 10.3.1 Recursos financeiros...122 10.4 ANÁLISE DE CUSTOS...124 10.4.1 Custos Fixos...124 10.4.2 Custos variáveis...124 10.5 PRECIFICAÇÃO...125 10.6 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS...127 10.6.1 Depreciação...127 10.6.2 Fluxo de caixa...128

10.7 MÉTODOS DE ANÁLISE DE INVESTIMENTOS...128

10.7.1 Taxa Mínima de Atratividade (TMA)...128

10.7.2 Payback Simples...129

10.7.3 Payback Descontado...129

10.7.4 Método do Valor Presente Líquido (VPL)...129

(16)

10.7.6 Ponto de Equilíbrio...130 10.8 SENSIBILIDADE A FATORES EXTERNOS...131 10.9 CONCLUSÃO...132

(17)

1 INTRODUÇÃO

O desenvolvimento tecnológico e a evolução dos processos produtivos trazem impactos negativos ao meio ambiente, afetando a saúde de diferentes classes de seres vivos. Nos últimos anos, cada vez mais as considerações ambientais passaram a ter um papel prioritário na maioria dos países tendo-se notado, nesse contexto, um esforço no reaproveitamento de resíduos. Atualmente, a consciência empresarial de reciclagem faz com que várias empresas busquem soluções alternativas almejando reciclar e agregar valor comercial ao seu produto.

Segundo Mendonça (2008), o desenvolvimento do planejamento está na comprovação da ideia, ou seja, na solução de possíveis problemas. No entanto, quanto mais inovadora a ideia do empreendimento, tem-se maior dificuldade em despertar o interesse de sócios, investidores, fornecedores e clientes. Diante desta realidade, torna-se importantíssimo o processo do projeto do empreendimento, a fim de dar credibilidade ao negócio e principalmente, analisar os riscos e planejar ações para minimizá-los.

Os métodos de planejamento são realizados a partir de simulações e planos de negócio para verificar sua viabilidade. Nestes métodos elaboram-se cenários para a análise de políticas públicas, incentivos fiscais, mercado, meio-ambiente e outros, aprimorando a ideia inicial do empreendimento e abrindo portas para novos caminhos que possibilitem a diferenciação da empresa no mercado e consequentemente a valorização do produto e do negócio.

Desta forma, este projeto tem como objetivo realizar um planejamento estratégico, de marketing, de controle da qualidade, de engenharia básica e de viabilidade econômica de uma empresa que utiliza um resíduo, a sucata ferrosa, como fonte de matéria-prima para a produção de pigmentos inorgânicos.

(18)

2 JUSTIFICATIVA

A importância do pigmento para o ser humano está ligada a uma realidade muito distante da qual se realmente tem conhecimento. De todos os mais variados e conhecidos fenômenos físicos um dos que mais atrai o homem é a composição da luz, por unir mundos totalmente distintos, arte e ciência, através da cor.

De acordo com o CRQ IV (Conselho Regional de Química IV Região) o grande salto no ramo das indústrias de pigmentos, surgiu com a revolução industrial. Os materiais de origem natural já não supriam mais a demanda e fez-se necessário a busca por novas soluções e, com isto, iniciou-se a busca pela síntese de pigmentos com poder alto de pigmentação e fácil processo de produção.

De acordo com a ABIQUIM (Associação Brasileira da Indústria Química), a utilização dos pigmentos nos processos industriais tem aumentado muito, juntamente, com as importações e exportações dos mesmos. Sendo assim, fez-se necessário o desenvolvimento de novas técnicas, sabendo que o mercado visa produtos que buscam soluções ambientais, mas acima de tudo alta qualidade e baixo custo de venda.

Existem inúmeros resíduos que ainda não possuem uma utilização, e desta forma, são descartados de forma incorreta no meio ambiente. Contudo, empresas através de processos industriais, visam formas de reaproveitar esses resíduos, unindo a vantagem de obter uma matéria prima de baixo custo e a solução de graves problemas ambientais.

Um resíduo sólido abundante é a sucata metálica, que costuma levar de 300 a 500 anos para deteriorar-se completamente e retomar a forma de minério de ferro. Do ponto de vista sustentável vê-se na sucata metálica um potencial de exploração a ser transformada a favor da sociedade. Sua coleta e transformação, por meio de um processo produtivo, desempenham um papel importante na limpeza das cidades, diminuindo o volume de lixo metálico e melhorando a qualidade de vida das pessoas que vivem no local.

Os metais ferrosos são os únicos itens encontrados na natureza que podem ser reaproveitados em sua totalidade e serem transformados em peças novas, por isto neste projeto, buscar-se-á analisar e desenvolver sistemas, produtos e processos de engenharia de uma empresa fabricante de pigmentos inorgânicos, que utiliza como principal matéria-prima a sucata ferrosa, considerando o impacto das atividades no contexto social e ambiental.

(19)

3 OBJETIVOS

3.1 OBJETIVO GERAL

Analisar a viabilidade técnico-econômica da implantação de uma indústria produtora de pigmentos inorgânicos na região norte de Santa Catarina.

3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

 Desenvolver a gestão de marketing e o planejamento estratégico com objetivo de aprimorar a comercialização dos produtos Koncor;

 Dimensionar os principais equipamentos do processo operacional, visando à diminuição dos impactos ambientais e os gastos gerados nas etapas de produção;

 Criar uma política de segurança de trabalho que esteja de acordo com as legislações trabalhistas brasileiras, a fim de promover a saúde e integridade dos colaboradores;

 Descrever o planejamento da gestão e controle da qualidade e determinar as análises a serem realizadas;

 Realizar um planejamento de gerenciamento ambiental em suas diretrizes ecológicas, social, econômica e tecnológica, visando atender as legislações e a promover o desenvolvimento sustentável;

 Analisar a viabilidade econômica e financeira para o projeto de implantação da empresa Koncor Cia Ltda.

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4 PIGMENTOS

De todos os fenômenos físicos que são conhecidos pela ciência, o que gera maior fascínio e possui grande importância para a sociedade é a composição da cor (Pinheiro, 2008). Desta forma, as cores dos pigmentos são fatores determinantes no processo de escolha e venda de produtos comercializados em vários setores da indústria.

Define-se pigmento um particulado sólido, orgânico ou inorgânico, branco, preto, colorido ou fluorescente, que seja insolúvel no substrato no qual venha a ser incorporado e que não reaja quimicamente ou fisicamente com este. Ao contrário do que acontece com os corantes, os quais são solúveis no substrato e com isto, perdem suas características estruturais e cristalinas, os pigmentos fornecem a cor através da simples dispersão mecânica no meio a ser colorido (Bondioliet al, 1998).

Os pigmentos orgânicos e inorgânicos diferenciam-se entre si em vários aspectos, como se pode notar na figura 1. Geralmente, os pigmentos orgânicos são usados para fins decorativos, como na indústria têxtil, e os inorgânicos em processos que se necessita de altas temperaturas e, também, como agentes protetores do substrato ao qual estão aderidos. Os pigmentos também são classificados em naturais e sintéticos, como demonstra a figura 2.

A maior utilização de pigmentos concentra-se nas indústrias de tintas, vernizes, plásticos, couro, materiais de construção e cerâmicas. Para a aplicação dos pigmentos, deve-se primeiro, checar a compatibilidade dos mesmos com os demais componentes químicos do sistema, como esmaltes, opacificantes, aditivos. Uma das mais importantes características dos pigmentos é quanto as suas propriedades óticas, como a opacidade, que é a capacidade de impedir a transmissão da luz através da matriz. A cor de um pigmento é devida ao fato que as partículas absorvem somente certos comprimentos de onda do espectro da luz visível, dispersando o restante. Pigmentos brancos difratam todo o espectro da luz visível mais eficientemente do que absorvem, enquanto que os pigmentos pretos comportam-se exatamente ao contrário e os coloridos absorvem e dispersam seletivamente a luz.

No Brasil, segundo a Associação Brasileira de Química (ABIQUIM), o mercado relacionado a corantes e pigmentos movimentou em 2007, cerca de 515 bilhões de dólares. Logo, a busca por condições melhores de negociação e produtos nacionais com maior qualidade fez com que a Koncor desenvolvesse pigmentos inorgânicos sintéticos com um diferencial em seu processo produtivo aplicados em uma grande variedade de produtos.

(21)

Figura 1 - Comparativo das vantagens associadas aos pigmentos inorgânicos e orgânicos.

Fonte: BUXBAUM e PFAFF, 2005.

Figura 2 - Comparativos entre pigmentos inorgânicos naturais e sintéticos.

Fonte: Fonte: BUXBAUM e PFAFF, 2005.

4.1 MAGNETITA

A magnetita é o mineral ferrimagnético mais importante da natureza e está presente em rochas ígneas, sedimentares e metamórficas (Molina, 2013). A magnetita é formada pelos óxidos de ferro II e III (FeO.Fe2O3), cuja fórmula química é Fe3O4. As ligações entre os íons de ferro se fazem através dos íons de oxigênio e apresentam a estrutura de espinélio inversa, que forma uma rede cúbica de face centrada (Agrella

(22)

Filho). Quando a magnetita está em seu estado mineral possui a cor preta metalizada e quando está na forma de pó (pigmentos) apresenta a colocação preta opaca.

Figura 3 - Pigmento magnetita.

Fonte: Earth Pigments, 2017.

Figura 4 - Mineral magnetita.

Fonte: Dreamstine, 2017.

Figura5 - Estrutura cristalina da magnetita.

(23)

4.2 HEMATITA

A Hematita é um óxido de ferro muito importante encontrado em rochas ígneas, metamórficas e, principalmente, sedimentares, nas quais é normalmente produto da oxidação de outros minerais que contém ferro. Este pigmento possui a fórmula química α-Fe2O3, onde a letra α é usada para diferenciar a hematita (pigmento vermelho) da maghemita (pigmento marrom), já que ambas possuem a mesma fórmula química. A hematita apresenta estrutura romboédrica constituída por hexágonos sobrepostos onde os íons de Fe3+ situam-se nos vértices dos hexágonos. Quando encontradas na natureza possuem brilho metálico e coloração variando entre preta, cinza, marrom, marrom avermelhado e vermelho. Já em seu estado pó, ou seja, como pigmento, é exclusivamente vermelha.

Figura 6 - Pigmento hematita.

Fonte: Indiamart, 2017.

Figura 7 - Mineral hematita.

Fonte: MM Gerdau, 2017.

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Fonte: Oliveitaet al, 2013.

4.3 AZUL DA PRÚSSIA

O ferrocianeto férrico, mais conhecido como azul da prússia, é um pigmento de fórmula química Fe4[Fe(CN)6]3 e coloração azul escura, muito empregado em pinturas, tingimentos de tecidos e em processos de impressão fotográfica blueprint.

O azul da prússia foi descoberto por acidente em 1704 em Berlim pelo químico e pintor Heinrich Diesbach, que tentava produzir um pigmento vermelho, mas devido ao uso de uma porção impura de carbonato de potássio o pigmento tornou-se azul. Mais tarde, químicos ingleses passaram a produzir o pigmento e vendê-lo sob o nome de azul da prússia por ser o colorante empregado no tingimento dos tecidos dos uniformes militares prussianos (Bernardes, 2012).

Figura 9 - Pigmento azul da prússia.

Fonte: Kremer Pigmente, 2017.

(25)

Fonte: IFA, 2012.

(26)
(27)

5 PLANO DE ESTRATÉGIA E MARKETING

5.1 INTRODUÇÃO

A elaboração do plano de estratégia e marketing deve permitir que as perspectivas de sucesso de um novo negócio potencializem, tendo comprometimento com os mercados que pretendem atingir de forma assertiva e competitiva. A dinâmica das variáveis controláveis e incontroláveis que interferem nas relações de troca entre as empresas com e sem fins lucrativos e seus respectivos mercados, requerem um monitoramento contínuo das ameaças e oportunidades daí resultantes (Seitz, 2005).

A implantação do plano de estratégia e marketing gera benefícios imensuráveis para empresa como a determinação de pontos fortes e fracos, buscando formas de tornar os pontos fracos em fortes, e as oportunidades e ameaças que a empresa irá enfrentar desde sua instalação.

Além disto, uma estratégia bem definida deve detalhar o mercado que a empresa irá focalizar, de tal forma que os envolvidos no processo dentro da organização direcionem energia e esforços nos segmentos tidos como mais vantajosos em relação à concorrência, tornando possível o desenvolvimento de uma estratégia de marketing para cada segmento escolhido (Kotler, 1998).

A empresa Koncor irá atuar em um mercado muito promissor, pois, segundo a Associação Brasileira de Química (ABIQUIM), o mercado relacionado a corantes e pigmentos movimentou em 2007 cerca de 515 bilhões de dólares. Logo, a busca por condições melhores de negociação e produtos nacionais com maior qualidade fez com que a Koncor desenvolvesse produtos com um diferencial em seu processo produtivo aplicados em uma grande variedade de produtos.

5.2 OBJETIVOS

5.2.1 Objetivo geral

Avaliar o uso das ferramentas de estratégia e marketing com objetivo de aprimorar a comercialização dos produtos Koncor, visando oferecer um produto com qualidade diferenciada e preço competitivo perante o mercado consumidor.

5.2.2 Objetivos específicos

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 Determinar os métodos de comercialização dos produtos;  Estimar os pontos fortes e fracos da Koncor;

 Identificar o público alvo dos pigmentos produzidos na empresa.

5.3 IDENTIDADE ESTRATÉGICA

O negócio refere-se à empresa Koncor, Indústria de pigmentos, que contará com uma boa infraestrutura e dará seus primeiros passos em 2018. Ela irá contar com o desenvolvimento e comercialização de pigmentos inorgânicos com aplicação em diversos meios do mercado atual.

A busca por produtos com alta qualidade fez com que o projeto dos pigmentos Koncor buscasse um diferencial perante o mercado de pigmentos. A empresa terá em seu processo de fabricação uma vertente muito importante, o reaproveitamento de resíduos de ferro (sucatas) com aplicação da produção de pigmentos inorgânicos, com o objetivo de tornar-se uma referência industrial no cenário catarinense.

A unidade irá se localizar na cidade de Joinville (SC) e visa alcançar o mercado local com um produto de qualidade e com melhores preços quando comparado aos produtos comercializados de regiões mais distantes das empresas consumidoras dos pigmentos.

Figura 11- Logomarca da Empresa Koncor.

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5.3.1 Definição de negócio

A empresa Koncor atuará no ramo de pigmentos produzindo inicialmente três cores de pigmentos: vermelho, preto e azul; focalizando suas vendas às indústrias de argamassas, cerâmicas, polímeros e tintas, sendo embalados em embalagens de papelão de 20 Kg.

Os principais pigmentos sintéticos de óxido de ferro comercializados no mercado mundial são os amarelos (goetita), os laranjas (lepidocrocita), os vermelhos (hematita), os marrons (maghemita), os pretos (magnetita), e a mistura destes (Cornell e Schwertmann, 2003). Estes pigmentos demandam uma porção de volume maior do que o mercado de todos os outros pigmentos coloridos combinados. O baixo custo destes pigmentos em relação aos orgânicos unido com as vantagens de estabilidade química, alta opacidade e poder de cobertura, mantém este pigmento em um grau elevado de vendas. Desta forma, a Koncor visa, futuramente, produzir os demais pigmentos mencionados.

5.3.2 Missão

Servir diferentes segmentos da indústria química, produzindo/fornecendo produtos com excelência, alinhados com os nossos valores e contribuindo com o bem comum.

5.3.3 Visão

Ser a indústria referência no segmento da produção de pigmentos do Estado de Santa Catarina, destacada e reconhecida por sua ética e comprometimento, gerando resultados positivos para os acionistas, colaboradores e clientes.

5.3.4 Valores da empresa

 Dedicação às soluções de resíduos sólidos;  Satisfação total dos clientes;

 Aperfeiçoamento contínuo dos produtos;  Responsabilidade com os colaboradores.

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5.4 PARCEIROS ENVOLVIDOS

O mercado de pigmentos no estado de Santa Catarina tem se mostrado promissor, tendo sua demanda exclusivamente dependente das indústrias que necessitam desse produto em uma determinada etapa de seu processo. Sabe-se de uma grande competitividade, pois é notável que a presença de grandes distribuidoras de produtos importados ainda retém a maior fatia do mercado. Contudo, a presença da empresa no ambiente próximo aos fornecedores de matérias-primas e ao mesmo tempo de clientes, coloca a empresa em situação de conforto, possibilitando uma maior afirmação da marca Koncor.

Atualmente, empresas que tem a coloração como determinante na escolha de seus produtos pelos clientes sabem o quão importante é a parceria com fornecedores de pigmentos. Porém, o fato de a maioria desses pigmentos serem importados por distribuidoras geram contratempos entre a empresa que compra os pigmentos e seus fornecedores. Problemas como prazos de entregas, dificuldades para soluções de patologias apresentadas na coloração de seus produtos, impostos sobre importação, constante variação do dólar e diferenças de poder de pigmentação de um lote para outro geram desconforto entre os mesmos.

A empresa buscará comercializar seus produtos com alta qualidade, tendo como mercados potenciais: indústrias de argamassas, cerâmicas, tintas e outros.

5.4.1 Fornecedores

A empresa Koncor contará em seu processo de produção com um insumo principal para produção de pigmentos, o cloreto férrico, o qual será produzido pela própria empresa a partir de sucatas ferrosas. Nesse contexto, a sucata será obtida através de parcerias com empresas de reciclagem de ferro que buscam o reaproveitamento desses materiais para possível comercialização.

Os demais insumos (sulfato ferroso, hidróxido de sódio 50%, ácido clorídrico concentrado, peróxido de hidrogênio e o ferrocianeto de potássio) serão comprados diretamente de fornecedores de produtos químicos.

5.4.2 Outros parceiros

Apesar da venda direta para as indústrias ser o principal foco, a empresa adotará o método de comercialização seus produtos através de distribuidoras, trazendo como diferencial a busca por soluções para os rejeitos, boa localidade,

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facilidade nos prazos de entrega e preços mais atrativos aos mais variados mercados que utilizam pigmentos.

Além disso, sabe-se da necessidade de contratar serviços de energia elétrica, água, internet, transporte e telefone. Para o caso da energia elétrica e água, a empresa contará com os serviços da Celesc e Águas de Joinville. No caso da internet e telefone, a empresa pesquisará no mercado os planos que melhor se encaixem para seu dia a dia e os melhores preços. Por fim, para o transporte, será contratada uma empresa que trabalhe com fretes, para evitar que o produto chegue aos clientes com valores oscilatórios de fretes que possam influenciar na continuidade da compra dos produtos.

5.5 MICRO E MACRO LOCALIZAÇÃO

A empresa será localizada na cidade de Joinville, na Rodovia Governador Mário Covas. A definição de escolha desta cidade se deu pelo grande polo industrial da região, além do fácil acesso aos fornecedores de sucata de ferro. O fato de estar em uma área industrial aumenta as possibilidades de vendas para as empresas locais e negociações de aditivos para o processo.

É importante mencionar, ainda, que a prefeitura de Joinville conta com um Programa de Desenvolvimento da Empresa Joinvilense (Pró-empresa), que visa incentivar a fixação de novas empresas através de benefícios fiscais com objetivo de gerar mais oportunidades de empregos na cidade. Esse plano de ação permite maior aumento no desenvolvimento da cidade e competitividade nos setores da indústria. Atualmente, empreendimentos com projetos inovadores como a Koncor têm seus benefícios estendidos até seis anos. Ademais, sabe-se do grande potencial das cidades que estão em torno de Joinville, cidades como Araquari tem sido palco de grandes investimentos industriais, como a instalação da empresa de fios de elastano Hyosung e a uma das empresas do grupo BMW. Logo, todos esses fatores aumentaram as possibilidades de negócio da Koncor, proporcionando maior visibilidade dos seus futuros clientes.

5.5.1 Micro Região

O município de Joinville situa-se na região norte do estado de Santa Catarina. Pertencente a Associação de Municípios do Nordeste de Santa Catarina (AMUNESC), conta com cerca de 577.077 habitantes em uma área de 1.126,106 km² de extensão (IBGE, 2017).

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5.5.2 Macro Região

A cidade de Joinville é a terceira maior cidade da região Sul do Brasil. Tem como limites ao Norte os municípios de Campo Alegre e Garuva, ao Sul o município Araquari, Guaramirim e Schroeder, a Leste o município São Francisco do Sul e a Oeste, o município de Jaraguá do Sul.

5.6 ESTUDO DE MERCADO E CONDIÇÕES DE COMERCIALIZAÇÃO

5.6.1 Fatores Econômicos

De acordo com a Associação Brasileira da Indústria Química (ABIQUIM) o mercado de pigmentos é promissor e baseando-se em dados de importação e exportação de pigmentos, corantes e branqueadores, conforme figura 12, percebe-se que apesar das exportações continuarem crescendo, as importações possuem um crescimento considerável.

Figura 12 - Importações e Exportações de corantes, pigmentos e branqueadores em toneladas de 2006 a 2011.

Fonte: Associação Brasileira da Indústria Química (ABIQUIM), 2017.

5.6.2 Fatores Socioculturais

O reconhecimento da importância das cores no cotidiano dos seres humanos aconteceu a cerca de 20 mil anos (ABIQUIM, 2017). Com o seu surgimento, juntamente, com uma grande variedade, as cores se tornaram peças indispensáveis em diversos itens do dia a dia das pessoas. Atualmente, a busca por produtos de qualidade e que, principalmente, se encaixem no jeito do consumidor tornaram as

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cores um quesito de extrema importância no momento da escolha de um produto, como por exemplo: escolha de uma roupa, utensílios domésticos, materiais de acabamento para residência, materiais escolares, entre outros.

Pensando nisso, a empresa busca comercializar um produto com diferencial em seu processo produtivo. Tendo como público alvo as indústrias que tem como matéria-prima os pigmentos, a empresa Koncor fornecerá um produto de alta qualidade e com localização facilitada para indústrias pertencentes à AMUNESC.

5.6.3 Concorrência

No Brasil já existem algumas empresas que já atuam no segmento dos pigmentos, tendo uma grande importância para o crescimento do comércio desses produtos, conforme observamos na Tabela 1, essas empresas de alguma forma influenciam nesse mercado.

Tabela 1 - Empresas atuantes no mercado atual.

Produtor Produtos

A Chemical Corantes ácidos, corantes básicos e corantes diretos Bann Química Corantes à tina

Basf Pigmentos orgânicos, corantes básicos, agentes de branqueamento óptico

Brancotex Pigmentos orgânicos

Cabot Negro de Fumo

Clariant Agentes de branqueamento óptico, corantes ácidos, corantes básicos, corantes a cuba, corantes diretos, corantes dispersos, corantes ao enxofre, corantes mordentes, corante pré-metalizados, corantes reativos, pigmentos orgânicos

ColumbianChemical s

Negro de Fumo

Dry Color Pigmentos orgânicos

DuPont Dióxido de titânio

DyStar Corantes azoicos, brancos óticos e dispersão de pigmentos.

Lanxess Pigmentos orgânicos

Millennium/Cristal Dióxido de titânio

Fonte: Associação Brasileira da Indústria Química (ABIQUIM), 2017.

Apesar da existência dessas empresas, a Koncor, como já citado anteriormente, possui o diferencial que é sua localização em relação ao mercado consumidor que visa alcançar inicialmente. Logo, esse fator irá facilitar na

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consolidação de parcerias com as indústrias que atuam em segmentos que utilizam pigmentos em seu processo produtivo.

5.6.4 Fatores internos

A Koncor entrará no mercado de pigmentos no ano de 2018, por este motivo, não será uma marca inicialmente conhecida pelas indústrias da região. Porém, por ser uma empresa que possui um corpo técnico especializado, composto por cinco engenheiros químicos, alguns com experiência na área industrial, gera uma maior confiança para consumidor. Sem contar o aumento contínuo da importância dos óxidos de ferro como pigmentos coloridos está baseado na sua baixa toxicidade, estabilidade química, ampla variedade de cores, boa razão performance/custo, entre outros (Buxbaum, et. al, 2005).

5.6.5 Análise de Oportunidades e Ameaças, Forças e Fraquezas

A Análise S.W.O.T. também conhecida como análise F.O.F.A. em português, é uma ferramenta da administração, usada na análise do ambiente interno e externo, com o objetivo de determinar estratégias para empresa. Dentro desse contexto, foi feita análise identificando as Forças e Fraquezas da empresa e pontuamos Oportunidades e Ameaças internas para a mesma (NETO, 2011).

Tabela 2 - Análise de fatores externos. FATORES EXTERNOS

OPORTUNIDADES AMEAÇAS

 Aumento da demanda  Forte concorrência

 Aumento do custo do dólar  Produto novo no mercado Fonte: Os Autores, 2017.

Tabela 3 - Análise de fatores internos FATORES INTERNOS

FORÇAS FRAQUEZAS

 Localização estratégica  Não há cartela de cliente

 Grande corpo técnico  Pouca variedade de cor

Fonte: Os Autores, 2017.

Após a determinação dos fatores externos e internos é necessário o cruzamento dos dados, com objetivo de determinar o tipo de estratégia que a empresa

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deve adotar. Logo, cada variável é relacionada com outra variável pontuando-a de 1 a 5 com grau de interferência. Sendo assim, é possível observar o somatório final.

Tabela 4 - Cruzamento dos dados.

FRAQUEZAS X AMEÇAS PRODUTO NOVO NO MERCADO

NÃO HÁ CARTELA DE CLIENTE 3

POUCA VARIEDADE DE COR 4

FORTE CONCORRÊNCIA

NÃO HÁ CARTELA DE CLIENTE 3

POUCA VARIEDADE DE COR 3

TOTAL 13

FRAQUEZAS X OPORTUNIDADES AUMENTO DO CUSTO DO DÓLAR

NÃO HÁ CARTELA DE CLIENTE 3

POUCA VARIEDADE DE COR 3

AUMENTO DA DEMANDA

NÃO HÁ CARTELA DE CLIENTE 4

POUCA VARIEDADE DE COR 4

TOTAL 14

FORÇAS X AMEAÇAS PRODUTO NOVO NO MERCADO

LOCALIZAÇÃO ESTRATÉGICA 4

GRANDE CORPO TÉCNICO 4

FORTE CONCORRÊNCIA

LOCALIZAÇÃO ESTRATÉGICA 4

GRANDE CORPO TÉCNICO 4

TOTAL 16

FORÇAS X OPORTUNIDADES AUMENTO DO CUSTO DO DÓLAR

LOCALIZAÇÃO ESTRATÉGICA 4

GRANDE CORPO TÉCNICO 4

AUMENTO DA DEMANDA

LOCALIZAÇÃO ESTRATÉGICA 5

GRANDE CORPO TÉCNICO 5

TOTAL 18

Fonte: Os Autores, 2017.

Tabela 5 – Resultado do cruzamento dos dados.

Ameaças Oportunidades

Fraquezas 13 14

Forças 16 18

Fonte: Os Autores, 2017.

Por fim, percebe-se que o quadrante forças x oportunidades obteve o maior resultado, determinando que a empresa irá atuar com uma estratégia ofensiva, visando o crescimento e o desenvolvimento dos fatores positivos do negócio.

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5.6.6 Plano de Ação Para os Pontos Fracos

 Não há cartela de cliente

Com o objetivo de alcançar seus primeiros clientes e expandir a marca, a Koncor optará pela divulgação em mídias sociais e a distribuição de amostras do produto para possíveis clientes, previamente definidos.

 Pouca variedade de cor

A Koncor investigará a possibilidade de incrementar novas cores de pigmentos para que os clientes tenham uma maior variedade de opções.

5.6.7 Definição de público alvo

De acordo com Modanez e Giuliani (2007) o uso da cor tornou-se um fator decisivo na imagem de um produto, sendo o principal elemento na transmissão de uma mensagem. Entende-se que nos mais variados segmentos a influência da cor na decisão de compra é muito alta, tornando-se estratégia de venda para quem manejá-las, contribuindo positivamente para o crescimento de uma marca ou produto.

Dentro desse contexto, um dos segmentos principais da atuação do pigmento desenvolvido pela Koncor é o mercado da construção civil. A indústria da construção civil é um dos setores mais importantes da economia e o desenvolvimento do país estão ligados diretamente ao crescimento desse setor. Sabe-se que nos últimos 10 anos o segmento passou por um significativo processo de expansão no Brasil, com o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do setor superando o do país. Esse crescimento implica em novos desafios em relação à inovação, tecnologia, qualificação profissional e ao estabelecimento de ambientes de negócios que favoreçam a produtividade, a competitividade empresarial e o desenvolvimento do país. Logo, a empresa Koncor, através da venda direta ou distribuições pretende alcançar as empresas da região da Metropolitana Catarinense com seus pigmentos, proporcionando qualidade e satisfação aos seus clientes.

5.6.8 Formas de comercialização

A embalagem possui um lugar importante no processo de venda, se igualando ao produto que nela é embalado. Segundo Mestriner (2001) ela é uma ferramenta estratégica para comunicação com os consumidores. Em todos os setores

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da indústria as embalagens mais funcionais e práticas são indispensáveis, tendo função de proteger, conservar e possibilitar seu transporte seguro. Os pigmentos Koncor serão comercializados em embalagens de papelão de 20 Kg, conforme mostrado na figura 13. A embalagem de papelão foi a escolhida por ser a mais apropriada para este tipo de produto, mantendo as características dos pigmentos inalteradas.

Figura 13 - Arte da embalagem dos pigmentos Koncor.

Fonte: Os Autores, 2017.

5.7 MARKETING

Estar na frente da concorrência e ser a primeira escolha do consumidor são objetivos de toda empresa. Para tanto, é preciso ter em mãos ferramentas de marketing para entender o mercado e gerenciar com competência a empresa. Todo o processo de compreender o desejo do consumidor e entregar a eles produtos ou serviços com qualidade é chamado de marketing.

Segundo Mota (2009) o estudo do marketing é composto por inúmeras etapas relacionadas à criação de um produto e a forma que esse será entregue. Podem-se citar algumas: planejamento estratégico, ambientes, entre outras. Esse conjunto de etapas tem como objetivo criar relações de sucesso ao produto e assim aumentar a lucratividade da empresa. Para Frederico(2008) a utilização do marketing

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tem gerado crescimento econômico, ao coordenar esforços para conduzir a oferta até a demanda. As práticas de marketing contribuem para o dimensionamento e na distribuição da oferta com o objetivo de satisfazer as necessidades do mercado. Dentre desse contexto, a Koncor irá aplicar a ferramenta 4P’s do marketing: preço, produto, promoção e praça, conforme vemos na figura abaixo.

Figura 14 - Os 4P’s do Marketing.

Fonte: Google imagens, 2017.

5.7.1 Preço

A busca por produtos ou serviços com preços diferenciados é o maior desafio para todo setor de compras de uma empresa. Entende-se que o preço final de um produto é o fator mais avaliado no processo de compra. A empresa tem a função de gerar valor e satisfazer seu cliente. Ao marketing cabe trabalhar estratégias na percepção de custo-benefício pelo cliente, usando de ferramentas como: descontos, bons prazos, condições de financiamento, que venham concretizar a venda dos produtos comercializados pela empresa.

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5.7.2 Produto

A definição de produto é o ponto inicial de qualquer empresa. A escolha do produto, leva em conta a orientação da empresa, suas necessidades e o desejo do público-alvo. A criação do produto deve priorizar o benefício ao consumidor, marca, embalagem e qualidade de design. O diferencial do pigmento Koncor, perante o mercado, será o reaproveitamento de rejeitos de ferro (sucatas), levando ao consumidor um produto ambientalmente consciente e com elevada qualidade.

5.7.3 Promoção

Esta ferramenta transforma o produto em um ativo comercializável, logo, as formas de promover os pigmentos Koncor serão as seguintes:

 Propaganda: A empresa realizará a divulgação através de mídias sociais onde serão apresentados os seus produtos e suas especificações técnicas, reforçando suas características.

 Distribuição de amostras: Para promover um conhecimento do produto, por parte dos clientes, a empresa disponibilizará inicialmente amostras de cada cor, a fim de firmar a qualidade dos pigmentos.

5.7.4 Praça

A aplicação desta etapa no processo funciona como uma ponte entre o produto e o consumidor. Deste modo, a distribuição de amostras será realizada diretamente aos clientes através de distribuidores, de acordo como sua capacidade produtiva inicial. A distribuição do produto ocorrerá inicialmente na AMUNESC.

5.8 ESTRATÉGIA COMPETITIVA

Diante de um momento de grande complexidade na economia, com a existência de muitos competidores em todos os setores da indústria, torna necessário o desenvolvimento de uma estratégia competitiva. O principal objetivo dessa atividade é tornar a empresa apta a embolsar, buscando vantagens sobre seus concorrentes. Para Porter (1986) a estratégia competitiva busca estabelecer lucros contra as forças que determinam a competição nos setores industriais. O desafio enfrentado pelos

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gestores consiste em escolher um contexto ambiental em que suas competências e recursos possam produzir vantagens competitivas perante ao mercado.

Segundo Quinn e Mintberg (1998), estratégia é o plano que integra as principais metas, políticas e sequências de ações de uma organização. Uma estratégia bem formulada ajuda a ordenar os recursos de uma empresa para uma postura singular e viável, com base em suas competências e deficiências internas, mudanças no ambiente, etc.. Para Coelho (1997) a estratégia é como um processo sistemático de coleta, tratamento, análise da informação sobre atividades dos concorrentes, tecnologias e tendências gerais dos negócios, visando a tomada de decisão e atingir as metas estratégicas da organização. Com base nisso, a empresa irá em busca de clientes que procuram um diferencial em suas matérias-primas, atrelado a preços competitivos. Por fim, no processo de produção, a qualidade da matéria-prima tem importância fundamental para a funcionalidade do produto final, logo, além da necessidade de manter fornecedores que atendam a demanda necessária, no prazo correto e com preços atrativos, será prezada pela boa qualidade dos aditivos utilizados pela Koncor.

5.8.1 Controle e retroalimentação da estratégia

O controle da estratégia aplicada é uma etapa essencial para avaliar o desempenho e verificar a eficiência da empresa. A avaliação dos métodos da estratégia tem como objetivo garantir que os objetivos definidos serão alcançados de acordo com o planejado pela equipe de marketing. O contato direto com os distribuidores e clientes será o principal método para analisar o desempenho da estratégia definida pela empresa, sendo possível avaliar o perfeito funcionamento da estratégia competitiva.

5.9 CONCLUSÃO

A construção do plano de negócio de uma empresa parte, comumente, de uma ou mais pessoas com aspecto empreendedor que através de uma ideia inovadora, buscando tornar visível todo o processo de abertura de seu negócio, com a finalidade de obter lucros e minimizar ocasionais falhas. Portanto, é considerado uma ferramenta de gestão que planeja e controla todos os aspectos essenciais para abertura de um negócio, possibilitando identificar as oportunidades e as dificuldades que o empreendedor terá perante seu negócio.

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O presente projeto apresentou, por meio do levantamento de dados, os requisitos indispensáveis a serem considerados para a abertura de uma empresa produtora de pigmentos a base de sucata metálica e outros reagentes. Buscou-se a identificação de oportunidades e ameaças do mercado de pigmentos, considerando importações e exportações, o levantamento dos investimentos financeiros, a projeção do fluxo de caixa e a identificação de diferenciais competitivos. Ainda, conforme as necessidades determinadas pelo corpo técnico, projetou-se a empresa preparando-a para produção em grande escala, ampliando as possibilidades de alcance do público alvo da empresa.

Ademais fatores internos e externos, determinaram o perfeito funcionamento do plano de negócios, tendo em vista que o mercado é suscetível à entrada de novos concorrentes. Por este motivo, torna-se relevante o controle constante das estratégias da empresa, minimizando possíveis erros no plano de negócio.

Por fim, conforme os dados apresentados, conclui-se, que o projeto de viabilidade de uma empresa de pigmentos da cidade de Joinville (SC) alcançou plenamente os objetivos propostos e é perfeitamente viável.

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6 ENGENHARIA BÁSICA

6.1 INTRODUÇÃO

É uma realidade mundial a crescente aplicação de diretrizes ambientais no contexto produtivo das empresas e pensando nisto, decide-se criar uma empresa com a ideologia de minimizar ao máximo a quantidade de efluentes gerados no processo. A ideia é que a Koncor utilize um “lixo” para produzir um produto e que consiga utilizar seu próprio “lixo” até não ser mais viável utilizá-lo. Antes de por em prática a empresa em questão, deve-se fazer um projeto especificando o dia a dia da empresa, incluindo as matérias-primas e equipamentos utilizados, o horário de funcionamento de cada equipamento, a quantidade de efluentes gerados, a instrumentação e controle do processo, a área necessária para a instalação do empreendimento e o layout da empresa, para que tudo seja construído de forma organizada, facilitando o trabalho dos operários, reduzindo os custos e minimizando futuras complicações. Após a conclusão da parte de engenharia básica de uma empresa, os sócios terão em mãos todas as necessidades da empresa e a partir daí, podem fazer o estudo da viabilidade econômica para sua aplicação.

6.2 OBJETIVOS

6.2.1 Objetivo geral

Dimensionar os principais equipamentos da empresa Koncor, sobretudo visando à diminuição dos impactos ambientais e os gastos gerados nas etapas de produção.

6.2.2 Objetivos específicos

 Descrever o processo de produção dos pigmentos;

 Descrever o processo de obtenção do cloreto férrico a partir da sucata;  Descrever as matérias-primas utilizadas nos processos;

 Descrever os princípios de operação da empresa;

 Definir e dimensionar os equipamentos que melhor atendem as necessidades do processo;

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 Realizar os balanços de massa e energia;  Desenvolver o fluxograma de equipamentos;

 Desenvolver o fluxograma de instrumentação e controle;  Ilustrar a planta baixa e o layout da empresa.

6.3 DESCRIÇÃO DO PROCESSO

O processo de engenharia inicia-se com a sintetização da principal matéria-prima utilizada no processo, o cloreto férrico, o qual é obtido a partir da sucata ferrosa comprada de ferros velhos. Após ser obtido o cloreto férrico, pode-se dar início à produção individual de cada pigmento, que ocorrem em reatores distintos e envolvem diferentes reagentes. Ao final das reações, os pigmentos passarão pelos processos de lavagem, filtragem e secagem, até chegarem à etapa de redução da sua granulometria para, por fim, serem embalados e expedidos, como demonstra o diagrama de blocos abaixo:

Figura 15 - Diagrama de Blocos do Processo.

Fonte: Os Autores, 2017. 6.3.1 Compra da sucata ferrosa

A compra da sucata ferrosa se dá devido a principal matéria-prima utilizada no processo, o cloreto férrico, ser sintetizada pela própria empresa a partir dela. A sucata comprada (contendo um teor mínimo de 80% de ferro) é descarregada no pátio localizado no exterior do galpão da empresa e à medida que for necessária sua

Síntese dos pigmentos Solubilização dos reagentes sólidos Síntese do FeCl3 Moagem Secagem Lavagem e filtragem Tratamento dos efluentes Envase Armazenamento e expedição Compra da sucata ferrosa

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utilização, as peças serão carregadas do pátio até o reator de diluição ácida com o auxilio de uma empilhadeira. A produção do cloreto férrico ocorre de forma descontínua, realizando-se uma batelada por dia. Em cada batelada produzem-se 5000 kg de cloreto férrico e, para isto, precisa-se de aproximadamente 2087 kg de sucata ferrosa.

6.3.2 Síntese do FeCl2

Para a produção do cloreto férrico (FeCl3) precisa-se, primeiramente, diluir a sucata ferrosa em ácido clorídrico concentrado em um tanque de aço inox 316, formando o cloreto ferroso (FeCl2) conforme mostra a seguinte reação de dupla troca:

2 Fe (s) + 4 HCl(l) 2 FeCl2(l) + 2 H2 (g)

Esta diluição deve ser conduzida sob agitação constante a uma temperatura de aproximadamente 90ºC por 1 hora. Deseja-se apenas o ferro da solução ácida formada, portanto faz-se necessário separar os demais metais oriundos da sucata. Para tanto, mantém-se constante a agitação e a temperatura e deve-se corrigir o pH da solução com hidróxido de sódio 50% para aproximadamente 3,5, pH em que apenas os íons de ferro se precipitam.

6.3.3 Lavagem e filtragem

Após a correção do pH, o cloreto ferroso estará em seu estado sólido e deverá ser separado do restante da solução. A separação ocorrerá num filtro prensa, que irá manter a fração sólida no interior de suas placas e bombear a fração líquida atida de impurezas para a estação de tratamento de efluentes da empresa. Enquanto o cloreto ferroso vai sendo armazenado nas placas, será bombeada água pura para o filtro, com o intuito de purificar o cloreto ferroso. A água utilizada é previamente desmineralizada e sofre correção de pH para 3,5, para que não altere o pH do cloreto ferroso e ele mude da fase sólida para a líquida. Após a lavagem, aciona-se a unidade hidráulica que prensará os sólidos e formará tortas de cloreto ferroso, que retornarão para o mesmo reator dando continuidade ao processo de fabricação da matéria-prima.

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6.3.4 Síntese do FeCl3

Com as tortas já no reator, acrescenta-se mais uma vez o ácido clorídrico para que o cloreto ferroso retome ao seu estado líquido. Adiciona-se, também, o peróxido de hidrogênio, que age como oxidante, conforme a reação:

FeCl2 (s) + 1/2 H2O2 (l) + HCl(l) FeCl3 (aq) + H2O(l)

A mistura deve permanecer a 90ºC por mais 1 hora. Uma vez homogeneizada a mistura, ocorrerá a transformação do cloreto ferroso em cloreto férrico, o qual será armazenado juntamente com seu subproduto, a água, em um tanque de polietileno localizado na parte de fora do galpão.

6.3.5 Solubilização dos reagentes sólidos

Como os reagentes serão todos bombeados para dentro do reator, será necessário fazer a diluição em água dos reagentes sólidos sulfato ferroso e ferrocianeto de potássio. A quantidade de água será apenas a necessária para a solubilização dos mesmos, para que não aumente muito o tamanho dos reatores. Após total solubilização, os reagentes serão diretamente bombeados para dentro de seus respectivos reatores. A solubilização do ferrocianeto de potássio é quase que imediata e a do sulfato ferroso é estimada em cerca de 20 minutos. Ambos serão solubilizados no mesmo tanque agitado, portanto, o mesmo deve ser lavado entre um procedimento e outro. Esta etapa do processo será realizada à temperatura ambiente e os reagentes sólidos serão adicionados manualmente ao tanque.

6.3.6 Síntese dos pigmentos

Serão depositadas nos reatores o cloreto férrico previamente obtido a partir da sucata e as demais matérias primas necessárias para a obtenção de cada pigmento. Cada pigmento será submetido a um processo próprio, haja vista as peculiaridades únicas que cada um apresenta.

Para a obtenção da magnetita, o pigmento preto, deve-se adicionar a solução de cloreto férrico no reator e esperar até que atinja a temperatura de 70ºC. Após a temperatura alcançada, deve-se, então adicionar os demais reagentes. Primeiro adiciona-se a solução de sulfato ferroso e aguarda-se a homogeneização da mistura. Após homogeneização, adiciona-se o hidróxido de sódio 50% até o pH subir

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de 3 para 9. Deixa-se a mistura sob aquecimento por 1 hora, mantendo-a a uma temperatura de aproximadamente 70ºC. A reação de obtenção da magnetita ocorre em apenas uma etapa, a qual é mostrada a seguir:

FeSO4.H2O(aq) + 2 FeCl3(aq) + 8 NaOH(aq) Fe3O4(aq) + Na2SO4(aq) + 6 NaCl(aq) + 5 H2O(l)

Caracteriza-se por ser uma reação de dupla troca com coprecipitação, em que ambos os íons Fe+2 e Fe+3 precipitam.

Já para a obtenção do pigmento azul da prússia (o pigmento azul, como o próprio nome já expõe) e a hematita (pigmento vermelho), não há necessidade de esperar o cloreto férrico atingir os 70ºC para adicionar os demais reagentes. Em adição ao cloreto férrico, adiciona-se a solução de ferrocianeto de potássio para a obtenção do azul da prússia, como mostra:

4 FeCl3(aq) + 3 K4Fe(CN)6(aq) Fe4[Fe(CN)6]3(aq) + 12 KCl(aq)

E de hidróxido de sódio 50% para elevação do pH de 3 para12 para a obtenção da hematita:

FeCl3(aq) + 3 NaOH(aq) Fe(OH)3(aq) + 3 NaCl(aq) 2 Fe(OH)3(aq) Y-Fe2O3(aq) + 3 H2O(l)

Deixam-se as misturas formadas reagindo a aproximadamente 70ºC por 1 hora. As quantidades necessárias de cada reagente e as formadas de cada produto foram calculadas pelo balanço de massa e são mostradas na tabela 8.

6.3.7 Lavagem e filtragem

A lavagem e a filtragem dos pigmentos já produzidos serão com um filtro prensa específico para ambas as funções, como explicado no item 6.3.3. Durante este processo serão removidos cerca de 60% da umidade encontrada nos pigmentos, facilitando, assim, o posterior processo de secagem. Após este procedimento encerrar, as tortas de pigmentos serão colocadas manualmente nas bandejas do secador de bandejas.

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6.3.8 Secagem

Para a secagem dos pigmentos será utilizado um secador de bandejas projetado especificamente para a empresa. O processo terá duração de 4 horas, no qual se utilizará a recirculação de ar quente a 150ºC como agente secante. Os pigmentos entrarão com uma umidade de 40% e após o tempo de secagem, atingirão uma umidade quase nula.

6.3.9 Moagem

Encerrado o processo de secagem, os pigmentos, apesar de já apresentarem granulometria superfina, se encontrarão aglomerados, e por isso, se faz necessário o processo de moagem. Serão utilizados para tal processo, moinhos de martelos capazes de reduzir e desaglomerar as partículas até o tamanho desejado de 37 µm. A moagem terá duração de aproximadamente 1 hora e cada pigmento terá seu moinho específico, uma vez que é de extrema dificuldade a lavagem dos martelos presentes em seu interior. Quando as partículas já possuem uma granulometria adequada, são expelidas e armazenadas em silos localizados logo abaixo de cada moinho, para posterior envase.

6.3.10 Envase

Os pigmentos serão envasados em sacos de papelão com capacidade de 20 kg. O papelão, nesse caso, revela-se como o material mais apropriado para a preservação das propriedades físicas e químicas do produto, sem perder a qualidade.

6.3.11 Armazenamento e expedição

Os pigmentos, após envase, serão acondicionados em paletes, os quais serão identificados por cor e estocados em prateleiras próximas ao setor de expedição. Por fim, o processo de expedição dos produtos seguirá a seguinte logística: após a negociação por intermédio dos representantes da Koncor, os produtos serão encaminhados aos clientes. O caminhão será carregado com os paletes obedecendo cronograma previamente estabelecido pelo setor de vendas, o qual será contratado na modalidade de terceirização.

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6.3.12 Tratamento dos efluentes

O tratamento dos efluentes gerados nos processos será feito utilizando uma caixa separadora de água e óleo, um tanque adensador e uma bolsa desaguadora, tal processo de tratamento é mais bem explicado no item 7.7.1.

6.4 FLUXOGRAMA DOS EQUIPAMENTOS

Para as três rotas de síntese dos pigmentos usam-se equipamentos semelhantes, por isto, fez-se um único fluxograma de equipamentos representando todo o processor, o qual é descrito pela figura 16. Para a síntese do cloreto férrico utiliza-se o reator encamisado (R-01) e para as sínteses dos pigmentos, três reatores encamisados representados por (R-02), um para a magnetita (R-02M), um para a hematita (R-02H) e outro para o azul da prússia (R-02A).

Na obtenção do cloreto férrico, serão adicionados manualmente ao reator a sucata ferrosa e o peróxido de hidrogênio e através de bombas centrífugas as demais soluções. A bomba J-02 é responsável por bombear o ácido clorídrico do tanque de armazenamento TT-01, a J-06 bombeia o hidróxido de sódio do TT-03 e a J-03 bombeia a água já desmineralizada no desmineralizador DS-01 e armazenada no TT-04. A bomba de deslocamento positivo J-09 serve para transferir a solução de cloreto ferroso formada na etapa de síntese do cloreto férrico para o filtro prensa P-02, onde a solução é lavada e filtrada. A torta de cloreto ferroso é retirada manualmente do filtro prensa e levada novamente ao reator R-01, enquanto que a parte líquida é conduzida para a caixa separadora de água e óleo TT-06. A bomba J-09 é responsável, também, por transferir ao tanque de armazenamento TT-02 o cloreto férrico produzido.

O reator R-02, como citado anteriormente, está representando no fluxograma três reatores distintos. É semelhante nos três reatores a entrada de água desmineralizada e cloreto férrico, para isto, utilizam-se as bombas J-03 e J-04 respectivamente. Cada reator produz um tipo de pigmento e, por isto, necessitam de reagentes distintos. No R-02M é necessário adicionar com a bomba centrífuga J-06 o hidróxido de sódio do TT-03 e o sulfato ferroso com a bomba J-05, previamente solubilizado em água no TT-05. No R-02H adiciona-se apenas o hidróxido de sódio e no R-02A o ferrocianeto de potássio, previamente solubilizado no mesmo tanque que o sulfato ferroso (TT-05).

Referências

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