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[Recensão a] Sebastião José de Carvalho e Melo Memórias secretíssimas do Marquês de Pombal e outros escritos.

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Academic year: 2021

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[Recensão a] Sebastião José de Carvalho e Melo — Memórias secretíssimas do

Marquês de Pombal e outros escritos

Autor(es):

Almeida, Luís Ferrand de

Publicado por:

Imprensa da Universidade de Coimbra

URL

persistente:

http://hdl.handle.net/10316.2/46527

DOI:

https://doi.org/10.14195/0870-4147_21_7

Accessed :

11-Feb-2021 13:27:55

digitalis.uc.pt impactum.uc.pt

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Bibliografia

achegas a esta lista mais duas novas obras. Trata-se de O Baixo Mondego nos finais da Idade Média, dissertação de doutoramento de Maria Helena da Cruz Coelho, Coimbra, 1983, e da Chance­ laria de D. Pedro I, dirigida por A. H. de Oliveira Marques, Lis­ boa, 1984.

Pelas razões apontadas, e feitas as pequenas correcções suge­ ridas, julgamos que História Florestal, Aquicola e Cinegética é um valioso trabalho, de grande utilidade para o investigador, estando, por isso, de parabéns os seus Autores.

Maria Teresa Nobre Veloso

Sebastião José de Carvalho e Melo — Memórias secretíssimas

do Marquês de Pombal e outros escritos. Publicações Europa- -América. «Estudos e documentos», n.° 193. Mem Martins, s. d. (1984). 323 pp.

O liberalismo português, mesmo nas primeiras décadas que se seguiram ao fim da monarquia absoluta, mostrou um singular interesse pela figura de Pombal, pelas suas reformas e os seus escritos. É muito significativo que logo em 1820 tenha sido publi­ cado em Lisboa um volume de Cartas e outras obras selectas do Marquez de Pombal, Ministro, e Secretario d'Estado do Senhor El-Rei D. José I, e não o é menos o facto de, até 1861, a obra ter sido largamente aumentada e reeditada quatro vezes.

Os textos impressos eram de diversa natureza, desde cartas e outros papéis políticos, avisos e ordens respeitantes ao ter­ remoto de 1755, apologias das suas reformas escritas pelo próprio Marquês e petições a D. Maria I após a saída do poder, até simples correspondência familiar. A colecção, desordenada e falha de critério, estava cheia de erros e deturpações, a ponto de uma «advertencia» do tomo m da 4.a edição (Lisboa, 1849) justificar

pela ansiedade do público em 1er e possuir a obra a «excessiva pressa em dar-se ao Prelo» e a ausência de ordem cronológica, que o editor prometia seguir em futuras reimpressões (p. 7).

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Tal não veio a acontecer na 5.a edição (1861), que, em todo o caso,

os editores pretenderam apresentar «expurgada de immensos erros, que tinham as edições anteriores» (t. ii, p. 324).

Entretanto, um dos escritos aqui incluídos, as Observações de Pombal sobre o estado do País, a propósito da inauguração da estátua equestre (1775), tinha já sido objecto de edições inde­ pendentes (uma das quais saída em 1821), com o título de Memo­ rias secretissimas do Marquez de Pombal, appresentadas ao Senhor Rei D. José, dois annos antes da sua morte.

Ora, o recente centenário pombalino (1982) deu origem, como seria de esperar, a bastantes publicações. Aproveitando a onda, surgiu o volume de que trata a presente recensão. Embora utilizando o título, mais aliciante para o grande público, de Memó­ rias secretíssimas, constitui, na realidade, a 6.a edição das Cartas

e outras obras selectas, sem que o leitor seja disso avisado, como cumpria. É verdade que uma pequena nota ao fundo da p. 46 informa: «A «Notícia» [sobre a vida e escritos do Marquês de Pombal], o «Discurso» [para servir de esclarecimento à obra], bem como todas as notas de rodapé, são retiradas da 5.a edição

de Cartas e Outras Obras Selectas do Marquês de Pombal, publi­ cada em 1861». Mas nem uma palavra sobre os documentos, afinal «retirados» da mesma colectânea!

Temos, ao menos, uma reedição melhorada ? Vejamos. Procurou-se introduzir uma certa ordem cronológica, aliás não rigorosa (*); mas, para além disso, o organizador (?) ou reorga­ nizador limitou-se a excluir vários textos sem explicar porquê, a actualizar a ortografia e a reproduzir no início do volume, à maneira de introdução, o capítulo que Oliveira Martins escreveu sobre Pombal na sua História de Portugal (l.a ed. em 1879).

Para esclarecimento destes escritos temos de nos contentar com algumas notas da edição de 1861, em geral desactualizadas, como é natural (muitas vêm já das edições anteriores!), e por vezes animadas de um patrioteirismo ingénuo. Nenhuma preocupa­ ção com a questão de saber se os documentos novamente publi­ cados estão transcritos de forma exacta e completa nà obra uti­

(*) Estão fora dessa ordem, pelo menos, os documentos das pp. 52-53, 68-71, 109-137, 224-244 e 286-297.

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Bibliografia 205

lizada como fonte (2) ; total esquecimento ou desconhecimento

dos problemas críticos que eles podem levantar, especialmente o da autenticidade de alguns.

É extraordinário que ainda agora continue a atribuir-se a Sebastião José de Carvalho e Melo, com a maior naturalidade, a autoria das pseudo-cartas supostamente dirigidas ao ministro inglês lord Chatham (pp. 68-71) e com razão tidas por apócrifas desde há mais de um século (3). Não menos surpreendente é con­

tinuar a considerá-lo autor de um Discurso político (pp. 138-189) que há muito se sabe ser tradução de um panfleto anti-britânico e pró-francês, o Discours politique de Ange Goudar, aparente­ mente editado na Haia em 1756. A demonstração está feita desde 1902 pelo historiador alemão Hans Schorer (4) e a ela jun­

tou novos elementos, pouco depois, o inglês G. C. Wheeler(5).

Embora o artigo de Schorer pareça ser praticamente desco­ nhecido em Portugal (6), outros autores trataram posteriormente

o tema e chegaram às mesmas conclusões, merecendo especial referência, pela sua importância, os artigos de José Barreto (7)

(2) Um exemplo elucidativo é o da carta de 5 de Outubro de 1773, de Pombal ao Reitor da Universidade de Coimbra. Compare-se o texto aqui publicado (pp. 52-53) com o que se encontra em M. Lopes de Almeida, Documentos da Reforma Pombalina, vol. i (1771-1782), Coimbra, 1937, pp. 104-106.

(3) Francisco Luiz Gomes, Le Marquis de Pombal. Esquisse de sa vie publique, Lisboa, 1869, pp. 199-206; M. Pinheiro Chagas, Historia de Portugal, 3.a ed., vol. vu, Lisboa, 1902, pp. 23-28; J. Lúcio de Azevedo, O Marques de Pombal e a sua época, 2.a ed., Rio de Janeiro-Lisboa, 1922, p. 216, n. 2, e p. 358, nota.

(4) Gefàlschte Schriften Pombais, in Historisches Jahrbuch, vol. xxm,

1902, pp. 270-304. O A. parece que não conheceu qualquer tradução por­ tuguesa do Discurso, mas teve acesso aos extractos editados por John Smith (Memoirs of the marquis of Pombal,2 vols., Londres, 1843) e verificou a sua coincidência com o texto de Ange Goudar (Op. cit.,pp. 277-291).

(5) The * Discours politique * attributed to Pombal, in The English

Historical Review,vol. xix, 1904, pp. 128-131.

(6) Faz-lhe uma alusão indirecta o estudo de J. S. da Silva Dias, citado na nota 8 (p. 192, n. 14).

(7) O«Discurso Político» falsamente atribuído ao Marquês de Pombal,in

Revista de História das Ideias,vol. iv, t. i, Coimbra, 1982, pp. 385-428. O A. já pouco antes tinha escrito, sobre o assunto, um artigo de jornal (Marquês

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e José S. da Silva Dias (8). Mas tudo é ignorado na nova edição

da antiga colectânea, fiel aos velhos erros. Em suma, inteira desactualizaçao e completa falta de espírito crítico. Um bom exemplo de como não se deve organizar e publicar hoje uma colecção de textos históricos.

Luís Ferrandde Almeida

David E. Vassberg — La venta de tierras baldías. El comuni-

tarismo agrario y la corona de Castilla durante el siglo XVI. Tradução de David Pradales Ciprés, Julio Gómez Santa Cruz, Gilbert B. Heartfiel, Gloria Garza-Swan. Servicio de Publi­ caciones Agrarias. Ministerio de Agricultura, Pesca y Ali­ mentación. Madrid, 1983. 265 pp.

Nas estruturas de propriedade do Antigo Regime a proprie­ dade e os usos comunitários tinham um peso significativo, que foi, entretanto, diminuindo à medida que se alargavam as áreas cul­ tivadas e se desagregavam as antigas estruturas.

As medidas políticas tendentes à supressão desta forma de

de Pombal: a história de uma fraude, in Expresso, n.° 497, 8 de Maio de 1982, supl. A Revista, p. 34-R).

(8) Pombalismo e Projecto Político, in Cultura. História e Filosofia, vol. ii, Lisboa, 1983, pp. 186-201. Ver também: Catálogo de Manuscritos (Códices 3051 a 3160), Publicações da Biblioteca Geral da Universidade, Coimbra, 1971, pp. 60-61; Maria Luisa Lemos, Secção de Manuscritos da Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra. Inventário sumário, Coim­ bra, 1974, p. 16, n. 5 e 6; José Ribeiro Júnior, Colonização e Monopólio no Nordeste Brasileiro. A Companhia Geral de Pernambuco e Paraíba (1759- -1780), São Paulo, 1976, pp. 40-41. Recentemente foi editada uma tra­ dução portuguesa antiga, com introdução e notas, por M. Manuela P. de Oliveira da Costa Guedes, Uma corrente de opinião pública setecentista, in Boletim do Arquivo Histórico Militar vol. 52.°, Lisboa, 1984, pp. 9-120. A A. conhece o «trabalho muito bem documentado» de José Barreto, mas diz que ele «procura provar ser o texto de Ange Goudar» (p. 15), como se não estivesse mais que provado por este e outros estudiosos.

Referências

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