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Português 10 Ano

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Academic year: 2021

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Texto

(1)

P

Á

GiNA

SEGU NTE

Português

10.

o

ano

FILOMENA MARTINS

GRAÇA MOURA

CADERNO

DE

ACTIVIDADES

(2)

Sequência

1

Textos do Domínio Transaccional e do Domínio Educativo

Ficha 1– Declaração... 4 Ficha 2– Relatório ... 5 Ficha 3– Requerimento ... 8 Ficha 4– Regulamento ... 10 Ficha 5– Contrato ... 13

Sequência

2

Textos de Carácter Autobiográfico

Ficha 6– Memórias... 17 Ficha 7– Memórias... 19 Ficha 8– Diário... 22 Ficha 9– Carta ... 24 Ficha 10– Retrato ... 26 Ficha 11– Descrição... 28

Ficha 12– Camões Lírico ... 30

Sequência

3

Textos Expressivos e Criativos

Ficha 13– Poesia ... 34

Ficha 14– Poesia ... 37

Sequência

4

Textos dos Media

Ficha 15– Entrevista ... 40

Ficha 16– Artigo de apreciação crítica... 43

Ficha 17– Resumo... 46

Ficha 18– Crónica jornalistica e literária... 47

Sequência

5

Contos do Século XX

Ficha 19– Conto ... 52

Soluções

Índice

55

(3)

Textos do Domínio Transaccional

e do Domínio Educativo

TEXTOS DO DOMÍNIO TRANSACCIONAL – são aqueles que têm como objectivo satisfazer algumas necessidades de comunicação burocrática e administrativa e que se utilizam principalmente em serviços.

TEXTOS DO DOMÍNIO EDUCATIVO – são os textos referentes à actividade pedagógica.

Declaração Relatório Requerimento Regulamento Contrato

Acções ⴱdeclarar ⴱrelatar ⴱrequerer ⴱregulamentar ⴱcontratar

Emissor ⴱo declarante ⴱo relator ⴱo requerente

ⴱa entidade regulamentadora ⴱórgãos dirigentes ⴱos contraentes ou outorgantes Interlocutor ⴱlocal de trabalho ⴱescola ⴱtribunal, etc. ⴱos superiores hierárquicos ⴱo chefe de determinado serviço ⴱo presidente de determinada instituição ⴱos utilizadores, associados de determinada instituição ou colectividade ⴱos próprios contraentes Pessoa interessada ⴱ a pessoa que solicita ⴱ o relator e/ou destinatário ⴱo requerente ⴱa entidade regulamentadora e os utilizadores/associados ⴱ os contraentes Registo ⴱformal ou informal ⴱ formal

e informal ⴱformal ⴱformal ⴱformal

Estrutura ⴱabertura ⴱcorpo ⴱfecho ⴱprimeira página: – título – nome do destinatário – nome do autor – data e local da realização ⴱpáginas seguintes: – sumário – introdução – parte central – conclusão ⴱabertura ⴱencadeamento ⴱfecho ⴱpreâmbulo ⴱnormas gerais ⴱcompetências ⴱdireitos ⴱdeveres * Existem regulamentos menos elaborados. ⴱabertura ⴱencadeamento ⴱfecho

(4)

Sequência 1

F I C H A 1

Declaração

Leitura

Declaração de Privacidade

A Elaconta declara que os dados pessoais dos clientes registados no seu website são apenas utiliza-dos pela Elaconta para processamento das encomendas efectuadas, personalização do website por parte do cliente e envio da newsletter Elaconta para o e-mail do cliente (se essa opção for seleccionada pelo cliente durante o processo de registo na loja online).

Garante ainda que a informação que nos disponibiliza não será vendida ou cedida a terceiros. Lisboa, 31 de Outubro de 2009 O declarante, Elaconta http://www.elaconta.pt/declaracao_privacidade (adaptado) Orientação de leitura 1.Lê o texto.

1.1Identifica o tipo da declaração apresentada. 1.2Refere o declarante e o destinatário. 1.3Explicita a finalidade desta declaração.

2.O conteúdo do texto evidencia actualidade. Justifica a afirmação.

1.Tendo em conta a situação de comunicação que o enunciado apresenta, identifica o registo utilizado.

2.Estabelece as correspondências adequadas entre as colunas A, B e C, identificando os actos

ilocutórios presentes nas expressões transcritas bem como a intencionalidade comunicativa de cada uma delas.

3.Classifica os verbos «declarar» e «garantir», seleccionando as opções correctas:

4.Transcreve do texto duas frases subordinadas substantivas completivas.

Funcionamento da Língua

Coluna A Coluna B Coluna C

a)«A Elaconta declara»

b)«A Elaconta garante ainda»

1.Acto compromissivo 2.Acto declarativo I.Prometer II.Declarar a)declarar b)garantir 1.verbo assertivo 2.verbo compromissivo 3.verbo directivo 4.verbo volitivo 5.verbo expressivo 6.verbo declarativo 5

Considera o texto estudado. Elabora uma declaração de acordo com as seguintes directrizes: um(a) cliente expressa à Elaconta a exigência de confidencialidade dos seus dados pessoais.

(5)

F I C H A 2

Relatório

Leitura

Relatório de Viagem

Unidade: Beta, Lda. Período: 07/09/2010 a 14/09/2010 Local: Luanda – Angola De: João Manuel Albuquerque

Sumário (cronologia da viagem):

07/09 • Viagem de ida. 08/09 • Chegada a Luanda.

• Levantamento da situação da paginação da lista. 09/09 • Verificação de ficheiros de paginação.

• Identificação da origem dos erros encontrados.

10/09 • Esclarecimento sobre as anomalias detectadas na utilização do software. • Informação sobre as regras da paginação, nomeadamente a continuação

de figu rações.

• Correcção de páginas.

11/09 • Instalação do software gerador e visualizador de postscript. • Formação na utilização do software.

• Início da geração de postscript.

12/09 • Formação e testes à geração de postscript da separação de cores. 13/09 • Continuação de testes e verificação de postscript da separação de cores.

• Parametrização da base de dados. • Viagem de regresso.

14/09 • Chegada a Lisboa.

Introdução:

Objectivo: Instalação do software para gerar postscript de páginas, montar o sistema de con-trolo de envio de ficheiros e parametrização da Base de Dados.

Parte central (situação encontrada):

• A paginação não estava concluída, havendo necessidade de recorrer a serviços de um ope-rador externo.

• Verificou-se que alguns computadores não tinham instalados o software e as fontes neces-sários para trabalhar, o que dificultou algumas tarefas e retirou capacidade de resposta. • Ao verificar as páginas entretanto já produzidas, notou-se a existência de duplicações, de

muitos erros de ortografia, fruto de desconhecimento da Língua Portuguesa, e textos mal carregados na base de dados, denotando deficiências várias, quer na acção de conferência, quer no tratamento dos erros de extracção.

5 10 15 20 25 30

(6)

Sequência 1

35

40

Conclusões e Sugestões:

• Verifica-se a necessidade de uniformizar o software nas estações de trabalho da Arte, a fim de rentabilizar os equipamentos, principalmente em períodos críticos de trabalho.

• Sugere-se que, enquanto não forem assimilados os processos de produção e a Base de Dados não for considerada um pouco mais estável, se separem as funções de introdução das de con-ferência, sendo estas desempenhadas por pessoas distintas.

in Relatório de Viagem (adaptado)

Orientação de leitura

1.Identifica, do texto:

a)o tipo de relatório

b)o título

c)o nome do autor

d)o período de tempo a que se reporta

e)o local onde foi desenvolvido o trabalho, objecto do relatório

2.Atenta no Sumário e na Introdução.

2.1Indica quantos dias foram despendidos na concretização do objectivo enunciado na Introdução.

3.Relê a Parte central, as Conclusões e as Sugestões.

3.1Caracteriza a situação encontrada.

3.2Regista as afirmações que revelam a conclusão e a sugestão do relator.

4.A linguagem é predominantemente:

a)objectiva.

b)subjectiva.

4.1Refere, no presente relatório, três características deste tipo de discurso.

1.Considera as palavras:

a)viagem d)nomeadamente

b)paginação e)início

c)informação f)base

1.1Identifica as palavras complexas.

1.2Clarifica e classifica o seu processo de formação.

(7)

2.Transcreve do texto:

a)dois nomes próprios

b)dois nomes comuns não contáveis

c)dois quantificadores numerais

d)dois adjectivos

e)dois neologismos (empréstimos)

3.Refere adjectivos da família dos seguintes nomes: a)paginação d)geração

b)origem e)dinamismo

c)anomalia f)introdução

3.1Indica o grau superlativo absoluto sintético de: a)fraco

b)fugaz c)estável d)distinto

4.«Verificou-se que alguns computadores não tinham instalados o software e as fontes

neces-sárias para trabalhar, o que dificultou algumas tarefas e retirou capacidade de resposta.» (ls. 27-28)

4.1Transcreve as frases:

a)subordinada substantiva completiva

b)coordenada copulativa

c)subordinante

d)subordinada adjectiva relativa restritiva

4.2Selecciona as funções sintácticas correspondentes aos vocábulos destacados em 4: a)sujeito simples

b)modificador preposicional

c)complemento directo

Elabora um relatório de uma visita de estudo que tenhas apreciado.

(8)

Sequência 1

F I C H A 3

Requerimento

Leitura

Exmo. Sr.

Chefe da Repartição de Finanças de Sabugal

João Miguel Teixeira, contribuinte fiscal n.o333131800, residente na Rua José Relvas, n.o65,

3.oD, Sardoal, tendo sido notificado do valor tributável atribuído à sua fracção autónoma, sita em

Sabugal, Lote 19, freguesia de Sabugal, inscrita na matriz sob o artigo 805 e descrita na caderneta de avaliações n.o599 sob o n.o62, vem, por este meio, requerer a V. Exa. que se digne mandar

proceder à 2.aavaliação do referido prédio nos termos do artigo 279 do Código da Contribuição

Predial e do Imposto sobre a Indústria Agrícola, em virtude de achar exagerado o valor atribuído na 1.aavaliação, com os seguintes fundamentos:

1. O prédio que contém a referida fracção localizase numa zona suburbana de fraca acessi -bilidade.

2. Neste local é impossível obter o rendimento anual de E 3694,75.

Solicito, assim, que seja considerado o valor patrimonial de E 15 749,64 para a referida fracção. Para o efeito, indica para seu louvado o Sr. José Manuel da Conceição Justo, contribuinte n.o333241693, residente na Rua Alves Redol, n.o16, 1.oA, Sardoal.

Pede deferimento,

Sardoal, 26 de Setembro de 2009 O Requerente,

________________________________________

Orientação de leitura

Aplica os teus conhecimentos, respondendo às questões.

1.Identifica o destinatário do requerimento apresentado.

2.Refere a sua natureza.

3.Apresenta a causa desta petição.

4.O requerente apresenta dois argumentos que justificam o seu pedido.

4.1Indica-os.

4.2Explica o sentido da expressão «zona suburbana de fraca acessibilidade».

5.Explicita o significado de: «Pede deferimento».

6.Delimita as três partes em que o texto se estrutura.

(9)

1.Procura num dicionário o significado dos vocábulos:

a)notificado; b)tributável; c)autónoma; d)sita; e)patrimonial.

2.Identifica o registo de língua presente no requerimento.

3.«vem, por este meio, requerer a V. Exa, que se digne mandar proceder à 2.aavaliação». 3.1Refere o princípio regulador da interacção discursiva observado na expressão transcrita?

3.2Apresenta a designação da forma de tratamento utilizada pelo requerente.

4.Transcreve três exemplos do acto ilocutório directivo, esclarecendo a sua intencionalidade comunicativa.

5.«zona suburbana de fraca acessibilidade»

5.1Classifica e esclarece o processo de formação dos vocábulos destacados.

6.«tendo sido notificado do valor tributável».

6.1Integra nas respectivas classes e subclasses as palavras «valor» e «tributável».

7.«O prédio que contém a referida fracção localiza-se numa zona suburbana». 7.1Divide e classifica as orações da expressão transcrita.

7.2Refere as funções sintácticas das palavras destacadas.

Funcionamento da Língua

1.Lê atentamente os fragmentos textuais A, B, C e D, partes constituintes de um requerimento para solicitar o Estatuto de Trabalhador Estudante.

1.1Ordena estes fragmentos e reescreve o requerimento, de acordo com a estrutura desta tipolo-gia textual.

2.Elabora um requerimento dirigido ao Coordenador da Biblioteca da tua escola para requisitares

um volume valioso que se revele fundamental para um trabalho de investigação.

Escrita

vem, por este meio, requerer o Estatuto de Trabalhador Estudante, nos termos do Regulamento em vigor.

A

Mariana Sofia Lencastre Sousa, moradora na Av. Gago Coutinho, n.º 9, 1.º Dto, 1000-224 Lisboa, com o telefone 211 234 567, inscrita no Curso de Ciências Sociais do Ensino Secundário, 10.º Ano, Turma A, n.º 28,

B

Pede deferimento. 25/10/2009

Mariana Sofia Lencastre Sousa

C

Exmo. Sr. Director

(10)

Sequência 1

F I C H A 4

Regulamento

Universidade do Algarve

Regulamento de Funcionamento das Bibliotecas

I – Leitores

Art. 1.°

São bibliotecas da Universidade do Algarve a Biblioteca Central, as bibliotecas da ESE, ESGHT e EST e a biblioteca do Pólo de Portimão.

Art. 2.°

As bibliotecas da UAlg estão abertas à comunidade académica e à comunidade externa, nomeadamente a:

1. Alunos, docentes, investigadores e funcionários da Universidade do Algarve.

2. Utilizadores de arquivos e de outros serviços de documentação e/ou informação no âmbito dos respectivos protocolos de colaboração.

3. Outros utilizadores, desde que possuidores do cartão de leitor.

II – Sala de leitura

Art. 3.°

Os utilizadores das bibliotecas podem entrar nas instalações com pastas, carteiras ou mochilas. Caso se revele necessário, à saída, o funcionário procederá à verificação dos pertences.

Art. 4.°

Nas salas de leitura o utilizador poderá servir-se de publicações das bibliotecas e/ou de outros materiais estranhos às mesmas, desde que não perturbe o normal funcionamento desses espaços, nem ponha em causa a integridade e o bom estado de conservação dos documentos, do mobiliá-rio, do equipamento e das instalações.

Art. 5.° Nas salas de leitura e gabinetes nela integrados:

1. Não é permitido fumar, comer, beber, ou tomar quaisquer atitudes que ponham em causa o ambiente de silêncio e disciplina exigido nesses espaços.

2. Não é permitida a utilização de telemóveis, pelo que estes terão de estar desligados durante o período de permanência nestes espaços.

3. Caso se verifique qualquer atitude que ponha em causa o bom funcionamento das salas de leitura, o utilizador será avisado e, em caso de reincidência, identificado, sendo a ocorrência comunicada superiormente.

4. Os utilizadores não podem utilizar em grupo mesas de leitura individuais, nem deslocar mesas ou cadeiras para lugares diferentes daqueles onde estejam colocadas.

(11)

5. As obras consultadas devem ser colocadas nas mesas e nunca recolocadas nas estantes pelos utilizadores.

6. É expressamente proibido anotar, riscar, dobrar ou de qualquer outra forma danificar o material utilizado, assim como retirar do mesmo qualquer carimbo ou etiqueta. O não cum-primento desta disposição implica, além de outras possíveis sanções, a reposição da publica-ção danificada ou o seu pagamento integral.

7. Os funcionários podem, a todo o momento, interpelar e proceder a acções de verificação, caso observem comportamentos que indiciem danos nas obras das bibliotecas.

8. É reservado o direito de impedir o acesso às bibliotecas a qualquer utilizador cujo compor-tamento se tenha anteriormente revelado inadequado no local.

Art. 6.° Horário:

1. O horário de funcionamento das bibliotecas será anualmente afixado em local visível nas bibliotecas.

2. As alterações ao horário de funcionamento das bibliotecas serão, exceptuando situações imprevistas, sempre anunciadas com uma antecedência de três dias e mediante aviso escrito afixado em local visível na biblioteca.

III – Leitura de presença

Art. 7.°

Entende-se por «Leitura de presença» a que é efectuada nas salas de leitura, dentro dos horá-rios de funcionamento.

Art. 8.°

Os leitores têm direito à leitura de presença de todos os documentos que se encontrem nas salas de leitura em regime de livre acesso.

Art. 9.°

A documentação que se encontra em arquivo deverá ser solicitada no balcão de atendimento ou, antecipadamente, por correio electrónico. (...)

http://www.bib.ualg.pt

Orientação de leitura

1.O texto apresentado é o Regulamento das Bibliotecas da Universidade do Algarve.

1.1Classifica-o como:

a)regulamento geral;

b)ou regulamento parcial.

1.2Justifica a tua opção.

(12)

Sequência 1

3.Selecciona a tipologia textual em que se insere: a)texto descritivo

b)texto conversacional c)texto instrucional ou directivo 4.Considera o Art. 2.°.

4.1Indica as condições de acesso à biblioteca estipuladas aos utilizadores não pertencentes à comunidade académica.

5.Regista, de forma sintética, o que o conteúdo do Art. 4.o.

6.Lê o Art. 5.oe assinala com verdadeiro (V) ou falso (F) as seguintes afirmações: a)É proibido sorrir.

b)Cada mesa só pode ser ocupada por uma pessoa.

c)Os leitores têm de arrumar as obras nas estantes de onde as tiraram.

d)Assinalar, na obra requisitada, um assunto do interesse do leitor é punível com sanção.

e)Um funcionário pode impedir a entrada de um utilizador frequente.

7.De acordo com o Art. 6.o, esclarece se o horário anual de funcionamento pode ser alterado.

Fundamenta a tua resposta.

8.Refere os procedimentos necessários para aceder a documentos que não estão nas salas de leitura.

1.Identifica a classe de palavras em que se insere a numeração que ordena os artigos.

2.Classifica as seguintes frases quanto ao tipo e à polaridade:

a)Não é permitido fumar, comer, beber, ou tomar quaisquer atitudes que ponham em causa o ambiente de silêncio ou disciplina exigido nesses espaços.

b)Os leitores têm direito à leitura de presença de todos os documentos que se encontrem nas salas de leitura em regime de livre acesso.

3.Esclarece a constituição morfológica dos vocábulos:

a)«documentação»

b)«deverá»

4.Classifica sintacticamente as frases:

a)e nunca recolocados nas estantes pelos utilizadores (Art. 5.o).

b)que se encontrem nas salas de leitura (Art. 8.o).

4.1Refere a função sintáctica das expressões destacadas.

Funcionamento da Língua

Considera que a tua escola vai realizar um concurso para uma revista on-line onde serão divulgadas mensalmente as suas actividades culturais.

Elabora três artigos que integrem o regulamento desse concurso.

(13)

F I C H A 5

Contrato

Leitura

Entre SOTRANSBER, com sede em Rua Ricardo Reis, n.° 20, Lisboa, matriculada na Conservatória do Registo Comercial de Lisboa sob o n.° 123410 com o contribuinte fiscal n.° 132736233, com o ramo de actividade Transportes, daqui em diante designada como Primeiro Outorgante.

António José Rodrigues Oliveira, de nacionalidade portuguesa, residente em Praceta de Mário de Sá-Carneiro, n.° 11, 1. B, Odivelas, com o contribuinte fiscal n.° 149992244, portador da carta de condução n.° L-129113, válida até 01/02/2047, daqui em diante designado de Segundo Outorgante, é celebrado o presente contrato de trabalho, que se regerá pelas seguintes cláusulas:

1.a

O segundo outorgante é admitido ao serviço do primeiro outorgante com a categoria profis-sional de motorista, a fim de desempenhar as funções da sua especialidade, ou quaisquer outras, desde que compatíveis com a sua qualificação profissional.

2.a

1– A retribuição a auferir pelo segundo outorgante é mensal, fixada em 750 € (setecentos e cinquenta euros), a qual será paga em cheque, e sobre a qual incidirão os descontos legais.

2– À retribuição referida será acrescido o respectivo subsídio de alimentação, correspondente a 5 € (cinco euros) por cada dia efectivo de trabalho.

(...) 4.a

O segundo outorgante prestará um horário de trabalho de 40 horas semanais, distribuídas da seguinte forma: oito horas por dia, de segunda a sexta-feira.

5.a

O presente contrato terá início em 02/01/2009 e caduca em 02/01/2010. 6.a

1. Em tudo não previsto neste contrato, vigorarão as disposições legais aplicáveis.

2. O segundo outorgante aceita ser admitido ao serviço pelo primeiro outorgante, nos termos e condições acima referidas.

7.a

O presente contrato é feito em duplicado e composto por uma página que vai ser assinada pelos dois outorgantes, sendo a sua celebração datada a 02/01/2009.

O primeiro outorgante __________________________________ O segundo outorgante __________________________________

(14)

Sequência 1

Orientação de leitura

1.Identifica a estrutura do texto. 2.Classifica esta tipologia textual.

3.Refere outra designação para «outorgante».

4.As cláusulas são numeradas, por ordem, da 1.aà 7.a. 4.1Diz o que entendes por cláusulas.

5.Enuncia as condições aceites pelo segundo outorgante.

6.Explicita como decidiram as duas partes dar solução a questões não acordadas no documento.

1.Apresenta sinónimos de:

a)compatíveis

b)auferir

c)efectivo

2.No texto, as formas verbais encontram-se predominantemente no Presente e no Futuro Imperfeito do Modo Indicativo da forma activa da forma passiva.

2.1Fundamenta a afirmação anterior, retirando exemplos do texto.

2.2Justifica a presença dos referidos tempos verbais no texto.

3.Selecciona, da primeira cláusula, os marcadores discursivos utilizados.

3.1Classifica-os.

4.Dos seguintes vocábulos, selecciona os flexionáveis:

a)entre d)diante

b)sede e)primeiro

c)fiscal f)outorgante

4.1Integra na respectiva classe as palavras constantes das alíneas a), e) e f).

5.Dá continuidade à seguinte unidade discursiva: o primeiro outorgante foi admitido ao serviço do segundo. Para tal, acrescenta-lhe:

a)uma frase subordinada adverbial causal.

b)uma frase coordenada conclusiva.

c)uma frase subordinada adverbial concessiva.

Funcionamento da Língua

Imagina que és um compositor de música rock e estabeleces contrato a termo certo com uma editora discográfica.

Redige três cláusulas respeitantes:

a) aos prazos de entrega das letras e/ou das músicas;

b) ao motivo da necessidade deste colaborador para a actividade da empresa; c) à quantidade monetária auferida pelo compositor.

(15)

Textos de Carácter Autobiográfico

AUTOBIOGRAFIA – narrativa em que um autor dá a conhecer momentos da sua vida sob a forma documental e/ou ficcional.

A autobiografia pode concretizar-se em Memórias, Diários, Cartas e Auto-Retratos.

BIOGRAFIA – texto predominantemente narrativo sobre as vivências e experiências da vida de determinada personalidade.

A autobiografia e a biografia podem ser ilustradas com fotografias.

Diário

sentimentosvivências/experiências

projectos de vida

anseios

dúvidas

ambições

fracassos

vitórias

considerações críticas sobre a realidade quotidiana discurso da 1.apessoa elevada subjectividade 䉯 䉯 Eu retrato da interioridade Passado vivências experiências sentimentos Memória colectiva 䉭 䉭 䉭 䉭

comunicação unilateral

por escrito

criação de um confidente inanimado

papel 䉯 䉯

múltiplos registos 䉯 individuais 䉯 䉯 Eu memória individual Presente recordação, evocação, lembrança

Memórias

expressão e registo

(16)

䉭 䉭 䉭 䉭 䉭 䉭 䉯 䉯 䉯 Carta Retrato Vós

serviços

entidades

instituições Objectivos

Solicitar algo

Fazer intercâmbios comerciais

Reclamar DestinatárioCarta oficial: formal Tu

conhecido

íntimo Objectivos

Dar a conhecer sentimentos

Fazer confidências

Informar Carta familiar: informal 䉭 䉭 Missiva do eu = Emissor icónica:

pintura

desenho

escultura

fotografia

interior

exterior escrita humana de espaço estático semi-estático dinâmico Verbos:

ser

estar Verbos:

ser

estar

de acção nome + adjectivos + advérbios representação, descrição de alguém ou de uma realidade

individual

físico

psicológico colectiva

físico

psicológico

(17)

F I C H A 6

Memórias

Leitura

Certa manhã, finalmente, vimos o pai de Juanito. Quando atravessámos a colina do poste da energia eléctrica, iam ambos, ele e o garoto, um pouco adiante, cada um levando aos ombros um objecto que não pudemos identificar. Ele era um homem esgalgado, e mais alto me parecia, vestido de camisa escura, inflada por fora das calças, assim de vulto recortado sobre a lividez do amanhecer. Nenhum deles nos deu importância. A passada de Juanito imitava a do pai, a mesma cadência, a mesma sobrançaria de movimentos. Eles ali iam a encher o horizonte! E não sei que altivez, que majestade eles me transmitiram. Não fui o único, decerto, a reagir desse modo, pois o amuo da Maria Adélia, ao verificar que o ganapo lhe não respondia ao aceno («Olha o finório! Parece que vai ao lado de um rei»), teve para mim um significado idêntico.

Concordámos em barrarlhes o caminho à entrada do bairro, e, então, o pai de Juanito ver --se-ia forçado a dialogar connosco. Havia muitas coisas a dizer, e, mais do que isso, a nossa curiosidade, aguçada nesses meses, bem merecia que o ensejo não fosse desperdiçado.

Mas nada decorreu como prevíamos. Eles deviam ter prosseguido a sua jornada, ou têla --iam desviado para se furtarem à nossa coscuvilhice, pois quando voltámos a encontrar Juanito já o pai ia longe. «Foi caçar arrebelas» – disse o catraio. E bem notámos que mentia. Ainda hoje o que recordo do homem esgalgado é essa imagem fugaz de grandeza, a força da sua solidão ou do seu desdém, presas à minha memória como uma revelação, e não posso ajustá-lo ao que depois aconteceu.

O reencontro com Juanito, nessa manhã, deu-se em circunstâncias que muito decidiram das nossas intenções a seu respeito: uma criança chorou numa das barracas, alguém, lá dentro, a castigava do berreiro, embora o castigo apenas servisse para que o choro fosse mais bravo; e em certo momento, ouvida a perrice da criança por toda a colina, Juanito correu, desvairado, donde se ocultara, e ei-lo a procurar a irmã nas choças que mais vezes a abrigavam. No seu rosto houve ferocidade, pânico e, depois de tranquilizado («Não era ela! Não era ela!»), uma alegria sôfrega, convulsiva. Nunca o vira tão sociável e expansivo.

Fernando Namora, Retalhos da Vida de um Médico, Bertrand Editora, 1975-1983

5 10 15 20 25 Orientação de leitura

1.Considera os seguintes tópicos:

a)mudança de intenções: a acção de Juanito e)impressão causada nos observadores

b)plano do narrador e da companheira f)situação inicial

c)impressão presa na memória g)caracterização de Juanito e do pai

d)fracasso do plano

1.1Ordena-os de acordo com a continuidade e a progressão do texto.

1.2Delimita os momentos a que correspondem.

2.Explicita o sentido das afirmações:

a)«vulto recortado sobre a lividez do amanhecer» (ls. 4-5) b)«merecia que o ensejo não fosse desperdiçado» (l. 12) c)«ouvida a perrice da criança por toda a colina» (l. 22)

(18)

Sequência 2

3.O texto apresenta-nos uma situação que faz parte das vivências do narrador.

Refere de que modo este se encontrava envolvido nela.

a)emocionalmente c)socialmente b)circunstancialmente d)politicamente

4.Completa a seguinte grelha com elementos linguísticos do texto que remetem para a deixis pes-soal, temporal e espacial.

4.1A partir do quadro, tira conclusões sobre o carácter memorialista do texto.

5.Refere os sentimentos que se evidenciam face a Juanito e face a seu pai, nas recordações do narrador. Elementos linguísticos deixis pessoal eu (sujeito de enunciação) eu + Maria Amélia deixis temporal deixis espacial

1.Substitui a conjunção «Quando» (l. 1) por uma locução de sentido equivalente.

2.Transforma em discurso indirecto a seguinte frase: «Olha o finório! Parece que vai ao lado de um rei» (l. 9)

3.«E bem notámos que mentia.» (l. 15)

3.1Substitui «bem» por um vocábulo com sentido equivalente.

3.2Integra o vocábulo na classe a que pertence.

3.3A frase é:

a)subordinada adjectiva relativa.

b)subordinada substantiva completiva.

c)subordinada adverbial consecutiva.

4.Das palavras «fugaz» (l. 16) e «memória» (l. 17) forma palavras acrescentando-lhes sufixos derivacionais.

5.Atenta nas seguintes palavras:

a)«decerto» / de certo

b)«houve» / ouve

c)«vira» / virá

5.1Escreve frases, usando cada uma das formas com propriedade vocabular.

Funcionamento da Língua

Na escola, estabeleceste já alguns laços de amizade. Escreve um texto autobiográfico, de 100 a 150 palavras, sobre os teus amigos de infância.

(19)

Vou contar o que aconteceu na Vega Central, o mercado maior e mais popular de Santiago do Chile. Alguém veio um dia buscar-me de automóvel, fazendo-me entrar no veículo sem saber exactamente para onde e ao que ia. Levava no bolso um exemplar do livroEspaña en el corazón. Dentro do carro expli-caram-me que estava convidado para fazer uma con-ferência no Sindicato dos Carregadores da Vega.

Quando entrei naquela sala desordenada, senti o frio do Nocturno de José Asunción Silva, não só pelo adiantado Inverno como pelo ambiente, que me dei-xava atónito. Sentados em caixotes ou em improvisa-dos bancos de madeira, uns cinquenta homens aguardavam-me. Alguns tinham à cinta um saco amarrado em jeito de avental, outros cobriam-se com velhas camisolas remendadas e outros desafiavam o

frio mês de Julho chileno com o torso nu. Eu sentei-me por detrás da mesinha que me separava daquele estranho público. Todos me fitavam com os olhos carbónicos e estáticos do povo do meu país.

Lembro-me do velho Laferte. Àqueles espectadores imperturbáveis, que não movem um músculo da cara e olham fixamente, Laferte designavaos com um nome que me fazia rir. Disse --me uma vez na pampa salitreira: «Repara, lá no fundo da sala, apoiados à coluna, estão a olhar para nós dois muçulmanos. Só lhes falta o albornoz para se assemelharem aos impávidos cren-tes do deserto».

Que fazer com este auditório? De que poderia falar-lhe? Que coisas da minha vida seriam capazes de lhes interessar? Sem atinar numa decisão e escondendo o desejo de sair a correr, agarrei no livro que levava comigo e disse-lhes:

– Estive em Espanha há pouco tempo. Havia lá muita luta e muitos tiros. Ouçam o que escrevi sobre aquilo.

Devo notar que o livro España en el corazón nunca me pareceu de fácil compreensão. Revela um esforço de clareza, mas está embebido do torvelinho daquelas grandes, múltiplas dores.

O facto é que pensei ler umas tantas estrofes, juntar umas quantas palavras, e despedir -me. Mas as coisas não aconteceram assim. Ao ler poema após poema, ao sentir o silêncio, como de água profunda, em que as minhas palavras caíam, ao ver como aqueles olhos e sobrancelhas escuras seguiam intensamente a minha poesia, compreendi que o livro chegava aos destinatá-rios. Continuei a ler mais e mais, comovido eu próprio pelo som da minha poesia, agitado pela magnética relação entre os meus versos e aquelas almas abandonadas.

A leitura durou mais de uma hora. Quando me preparava para sair, um daqueles indivíduos levantou-se. Era dos que tinham o saco atado em torno da cintura.

5 10 15 20 25 30 35 40

F I C H A 7

Memórias

Leitura

(20)

Sequência 2

Orientação de leitura

Depois de leres atentamente o texto, responde às questões. Selecciona as afirmações correctas:

1.O sujeito da enunciação:

a)narra uma experiência pessoal.

b)descreve a Vega Central.

c) conta a história de alguém que «um dia» o veio buscar «de automóvel».

d)analisa o seu quotidiano.

2.O texto é autobiográfico porque:

a)a sua temática é de carácter moralista.

b)relata aventuras e suas consequências.

c)o eu recorda vivências marcantes.

d)conta um episódio da guerra civil de Espanha.

3.Identifica quem «levava no bolso um exemplar do livro España en el corazón.

a)O emissor.

b)A pessoa que transportou o emissor.

c)Um trabalhador chileno.

d)Laferte.

4.O conferencista, ao entrar na sala, sentiu:

a)vergonha. c)estranheza.

b)constrangimento. d)alegria.

5.O público era constituído por:

a)desempregados. c)adolescentes.

b)trabalhadores. d)burgueses.

6.O auditório era:

a)uma «sala desordenada». c)o povo do seu país.

b)um mercado chileno. d)os governantes do seu país.

7.O emissor leu poemas sobre:

a)o sofrimento provocado por um conflito armado.

b)a vida quotidiana em Espanha.

c)as dores provocadas pelo trabalho árduo.

d)um grande amor.

– Quero agradecer-lhe em nome de todos – disse em voz alta. – Quero dizer-lhe, além disso, que nada até hoje nos impressionou tanto.

Ao proferir estas palavras, estalou nele um soluço. Outros mais choraram também. Saí para a rua por entre olhares húmidos e rudes apertos de mão.

Poderá um poeta continuar a ser o mesmo depois de passar por estas provas de frio e fogo? Pablo Neruda, Confesso Que Vivi, Bibliotex Editor, 2003

(21)

8.A mensagem do livro España en el corazón:

a)acalmou o público. c)entristeceu o público. b)comoveu o público. d)exaltou o público. 9.No final da conferência o poeta sentiu:

a)problemas de consciência. c)responsabilidade.

b)remorso. d)decepção.

10.Selecciona, do texto, as expressões que evidenciam o seu carácter memorialista.

1.Considera a transcrição:

«Alguém veio um dia buscar-me de automóvel, fazendo-me entrar no veículo sem saber exacta-mente para onde e ao que ia. Levava no bolso um exemplar do livro España en el corazón. Dentro do carro explicaram-me que estava convidado para fazer uma conferência no Sindicato dos Carregadores da Vega.»

1.1Assinala as substituições lexicais.

2.Da frase «Sentados em caixotes ou em improvisados bancos de madeira, uns cinquenta homens aguardavam-me», selecciona uma catáfora de «uns cinquenta homens».

3.Refere o modo de relato do discurso utilizado no texto.

4.Identifica os diferentes locutores.

5.Reescreve a seguinte transcrição, usando outro modo de relato do discurso: «– Quero agrade-cer-lhe em nome de todos (…). Quero dizer-lhe, além disso, que nada até hoje nos impressionou tanto.»

6.Reescreve a seguinte frase, passando os pronomes pessoais da 1.apessoa para a 3.apessoa do

singular:

«Eu sentei-me por detrás da mesinha que me separava daquele estranho público.» (ls. 17-18)

7.Apresenta antónimos de:

a)«amarrado» (l. 15) d)«impávidos» (l. 23)

b) «estáticos» (l. 18) e)«rudes» (l. 44)

c)«imperturbáveis» (l. 20);

Funcionamento da Língua

Todos nós nos emocionamos.

Num texto autobiográfico, de 80 a 120 palavras, desenvolve a afirmação em itálico, tendo em conta: momentos inesquecíveis da tua vida; identificação dos diferentes estados de espírito experienciados.

(22)

F I C H A 8

Diário

Sequência 2

Abril, 22 Na quarta-feira, à entrada da aula, veio ter comigo o contínuo de serviço e queixou-se-me do Fosco. O Fosco fizera barulho, pulara, cantara, dançara ou lá o que foi antes de chegar… Assumi um ar de seriedade digno de um grande actor, e disse ao homenzinho – «Já trato do assunto», e ao Fosco, para que o homem ouvisse, «Vamos ajustar contas». Depois fechei a porta; esperei, escu-tando, que se afastasse o empregado; e quando os seus passos se não ouviam já, anunciei que no próximo dia seria julgado o Fosco. Ele que escolhesse o seu advogado de defesa, um deles que propusesse advogado da acusação.

Fixe bem todo o professor tem de cumprir o que promete ao aluno. Caso contrário, «há con-cluído», como, em tradução, diria o Radice. É que eles não esquecem – ou só esquecem o que os não interessa. E nós temos de ser exemplo de tudo – a começar, temos de dar o exemplo de bem cumprir. Mal entrei, vi logo na secretária o Poeta e o Gabriel; o Fosco estava entretido a despejar o cesto dos papéis, para uma improvisação feliz de banco de réu. E o debate começou, seguido com interesse e relativa seriedade da parte do público. O ataque não foi brilhante. Mas o Poeta – com que brilho, com que imaginação, com que correcção de vocabulário e riqueza de argumentos não defendeu o seu constituinte!

Eu ia sempre «puxando» por cada um (o réu também falou, porque tinha «alguma coisa a ale-gar em sua defesa») e assim aquela aula, levada a brincar, teve o mérito de pôr os moços a falar sem o constrangimento com que recontam um trecho acabado de ler.

Prestou-se a coisa, também, a aquisição de vocabulário: juiz, juízo, julgar e outras palavras relacionadas com a audiência foram tratadas antes dela.

E surgiu então uma ideia, aplaudida por todos, e que vem ao encontro da Semana do Animal: passaremos a fazer, de vez em quando, julgamentos de animais e fábulas. O Lobo, de «O Lobo e o Cordeiro», a Cigarra, a Formiga, a Raposa, de «O Corvo e a Raposa», virão ao tribunal.

Sebastião da Gama, Diário, Edições Ática, 1993

Leitura

5 10 15 20

F I C H A 8

Diário

(23)

Orientação de leitura

1.O emissor relembra um episódio da sua vida. 1.1Situa-o no tempo e no espaço.

1.2Regista as acções geradoras da situação conflituosa. 1.3Refere a solução que o professor deu ao problema.

2.Na frase «Fixe bem todo o professor tem de cumprir o que promete ao aluno.» (l. 8), o comporta-mento de um professor é objecto de reflexão.

2.1Transcreve exemplos textuais ilustrativos da relação professor-aluno.

3.A aula do «julgamento» do Fosco foi, segundo o narrador, um êxito. Explicita porquê.

4.A ideia da comparência de animais de fábulas naquele tribunal gerou uma reacção nos rapazes.

4.1Transcreve a expressão que revela o sentimento de agrado por parte dos alunos.

4.2Esclarece o interesse de tal actividade no espaço-aula de Português.

5.O narrador evoca um dia da sua vida de professor.

5.1Classifica o narrador quanto à presença.

5.2Identifica as marcas autobiográficas presentes no texto.

1.Tomando como referente «o contínuo», transcreve do texto os seus co-referentes anafóricos.

2.«Fixe bem todo o professor tem de cumprir o que promete ao aluno.» (l. 8)

2.1Classifica o acto ilocutório presente na frase transcrita e esclarece a sua intencionalidade comunicativa.

3.Considera o vocábulo «justiça».

3.1Retira do texto palavras do seu campo semântico.

3.2Selecciona vocábulos que se integram na família de «justiça».

Funcionamento da Língua

O excerto sugere reflexões sobre temáticas diversas.

Elabora um texto expositivo, de 100 a 150 palavras, desenvolvendo uma das opções apresentadas:

A justiça – valor universal e intemporal

A vida como aprendizagem

O papel do professor no século XXI

A aprendizagem escolar

Trabalho de equipa

Professor(es) meu(s) amigo(s) Aplica as regras da textualidade.

(24)

Sequência 2

F I C H A 9

Carta

Meu amigo:

Sete horas da manhã. Pela janelinha sem vidro do meu quarto entra uma coluna de sol que empoeira de oiro o sobrado. As pedras, de que é construído este casebre, são mal unidas e toscas. Dum lado arrima-se aos penedos: sinto palpitar o coração dos montes. Do outro lado abre para o panorama, píncaros sobre píncaros, fragas revolvidas e um ar tão fino que me farto de o beber.

Cheira bem. Pela fresta vejo pedras, montes cobertos de neve, o céu, coisas grandes e eternas… Porque fugi ao ódio, aos desesperos, aos mil nadas que complicam a vida?… Para ter este pão negro, que tão bem me sabe, este ar e esta paz que me penetram. Sou feliz. Vivo!…

Cismo e a paz é tanta neste triste casebre onde o pão não sobra, que o não trocaria pelas maio-res riquezas do mundo. O meu sonho corre, incha, transborda. Ninguém o tolda. Farto -me…

Esta gente que me rodeia, pobres cavadores, pastores, homens que se parecem um pouco com as árvores pela sua simplicidade e grandeza – e porque dão sombra também, são criaturas dife-rentes das que tu conheces… Sombra, perguntas? Não é a bondade das árvores – a sua sombra? Nunca sentiste, junto a um velho sobro, a simpatia e frescura de que seus ramos se evolam?

Pois muitos homens dão sombra como as árvores: acolhem; estendem os ramos, protegendo os que se aproximam; a simpatia que de certas criaturas se exala é uma frescura só comparável à frescura das árvores.

Raul Brandão, A Farsa, Ferreira e Oliveira Ed., 1903

Leitura

5

10

(25)

Orientação de leitura

1.A observação do espaço físico é feita do interior para o exterior.

1.1Descreve o casebre e enquadra-o na paisagem.

1.2Indica as reacções benéficas que esse ambiente provoca no emissor.

2.Refere o motivo pelo qual o «eu» se encontra instalado naquele «triste casebre».

3A pobreza é profunda, mas não seria trocada «pelas maiores riquezas do mundo» (ls. 9-10).

3.1Explica esta aparente contradição.

4.«O meu sonho corre, incha, transborda» (l. 10).

4.1Identifica a figura de estilo que mais se evidencia nesta transcrição.

4.2Caracteriza o estado de espírito do sujeito de enunciação.

5.Retrata o «eu» em «Esta gente que (…) rodeia» (l. 11).

6.Tendo em conta o registo utilizado no início da carta, classifica-a.

6.1A carta está incompleta. Termina-a, aplicando os conhecimentos que possuis sobre a sua estrutura.

1.Na carta, existem referências concretas ao interlocutor.

1.1Transcreve marcas deícticas que o comprovam.

2.Identifica os actos ilocutórios presentes nas expressões:

a)«Cheira bem» (l. 6)

b)«Sombra, perguntas?» (l. 13).

2.1Explicita a sua intencionalidade comunicativa.

3.Selecciona, do primeiro parágrafo, os nomes no grau diminutivo.

4.Considera as expressões: «pão negro» (ls. 7-8) e «pobres cavadores» (l. 11).

4.1Esclarece o valor (restritivo / não restritivo) dos adjectivos.

4.2Refere o grau superlativo absoluto sintético de: «tosca», «negro», «feliz», «pobre» e «grande».

5.Clarifica as diferentes acepções do vocábulo «pão» nas seguintes frases:

a)Comeu o pão que o diabo amassou.

b)O pão de centeio é o que mais aprecio.

c)Sai, de madrugada, para ganhar o pão de cada dia.

d)A cultura é o pão do espírito.

5.1Constrói três frases onde utilizes a palavra «coluna» com diferentes acepções.

Funcionamento da Língua

As férias de Natal chegaram. Vais passá-las em casa de um colega (num local do interior ou do lito-ral do país).

Elabora uma carta, dirigida à tua melhor amiga, contando-lhe os acontecimentos experienciados nesse espaço.

(26)

Sequência 2

No mais fundo de ti, eu sei que traí, mãe. Tudo porque já não sou o retrato adormecido no fundo dos teus olhos. Tudo porque tu ignoras

que há leitos onde o frio não se demora e noites rumorosas de águas matinais. Por isso, às vezes, as palavras que te digo são duras, mãe,

e o nosso amor é infeliz.

Tudo porque perdi as rosas brancas que apertava junto ao coração no retrato da moldura.

Se soubesses como ainda amo as rosas, talvez não enchesses as horas de pesadelos. Mas tu esqueceste muita coisa;

esqueceste que as minhas pernas cresceram, que todo o meu corpo cresceu,

e até o meu coração ficou enorme, mãe!

Olha – queres ouvir-me? – às vezes ainda sou o menino que adormeceu nos teus olhos; ainda aperto contra o coração rosas tão brancas

como as que tens na moldura; ainda ouço a tua voz:

Era uma vez uma princesa no meio de um laranjal…

Mas – tu sabes – a noite é enorme, e todo o meu corpo cresceu. Eu saí da moldura,

dei às aves os meus olhos a beber. Não me esqueci de nada, mãe. Guardo a tua voz dentro de mim. E deixo-te as rosas.

Boa noite. Eu vou com as aves!

Eugénio de Andrade, Poesia, Fundação Eugénio de Andrade, 2000

Poema à Mãe

5 10 15 20 25 30 35 Orientação de leitura

1.Neste poema, o poeta afirma «eu sei que traí, mãe.» (v. 2).

1.1Explicita a forma como se revela essa «traição» na relação entre mãe e filho.

2.A imagem estática do «retrato adormecido» (v. 4) evolui para o dinamismo «Eu saí da moldura» (v. 33).

2.1Refere os factores que determinaram essa evolução.

3.Ao longo do poema está patente a dualidade perda / recuperação.

3.1Indica o modo como se concretiza.

3.2Refere a importância da reiteração do advérbio «ainda» (vs. 23, 25, 28).

3.3Identifica a figura de estilo presente em «rosas tão brancas» (v. 26) e explicita o seu valor expressivo.

4.Interpreta a simbologia subjacente à referência a «aves» (v. 38).

Leitura

(27)

1.Selecciona do texto dois conectores discursivos e classifica-os.

2.O percurso de vida do sujeito poético é expresso através de verbos que nos transportam para momentos diferentes.

2.1Inventaria as formas verbais que se referem ao passado e as que se reportam ao presente.

2.2Tira conclusões.

Funcionamento da Língua

O crescimento de um adolescente implica transformações físicas e psicológicas, vividas, de modo mais ou menos consciente, pelo próprio e observadas com interesse pelos adultos, sobretudo por aqueles que lhe estão mais próximos (a família, os amigos). Muitas vezes, surgem dúvidas, conflitos e uma adaptação contínua às novas realidades.

Num texto autobiográfico, de 100 a 150 palavras, relembra as modificações que tens experienciado, ao longo da tua vida, bem como as mudanças nas relações com os teus familiares mais queridos.

(28)

Sequência 2

Leitura de imagem

F I C H A 1 1

Retrato

1. Observa o retrato. 1.1Identifica: a)os diferentes planos b)o plano privilegiado

2.Atenta nas diferentes partes da figura humana.

2.1Caracteriza-a nos seguintes aspectos:

a)físico (tamanho, formas, postura)

b)atitude(s)

c)expressão fisionómica, gestos (olhar, boca, lábios, movimento / estatismo)

Jean Auguste Dominique Ingres,

Retrato da Condessa de Haussonville

(29)

Orientação de leitura

1.Selecciona, da descrição da figura feminina, os vocábulos referentes:

a)aos traços físicos b)ao vestuário e acessórios

2.Caracteriza psicologicamente a mulher, partindo dos enunciados transcritos:

a)«beicinho de mágoa risonha» (ls. 5-6)

b)«delicada palidez» (l. 7)

c)«ironia inteligente que neles brilhava» (l. 9)

d)«riram contando as suas desventuras» (ls. 9-10)

e)«Ela suspirava, comicamente, pela sua camisinha de dormir» (l. 15)

f)«olhando-o fixamente» (l. 18)

g)«pupilas (…), negras impenetráveis» (l. 20)

Leitura

Envergava um abrigo de pelica azul de anil, apertado à cintura, e uma gorra de pescador, do mesmo material, de onde lhe escapavam os caracóis negros e finos. A malinha de mão pousada no colo.

– Do sexto andar? É curioso, também de lá venho, agora mesmo...

Contou-lhe o que perdera, os seus esforços. E ela confessou-lhe, com um beicinho de mágoa risonha, que entre outras coisas deixara lá em cima a sua chemisette de nuit.

Alguma coisa, que não pôde logo definir, o interessou nela: a delicada palidez, a finura incoercível das feições, a energia da expressão, os olhos estreitos e longos que pareciam corta-dos a buril, e a ironia inteligente que neles brilhava. Sentacorta-dos lado a lado, riram contando as suas desventuras. Não fizeram delas um poema, mas, o que era muito saudável, um pedaço de humor. Ali, dois andares acima, onde um bombeiro obstinado e façanhudo lhes proibira subir, ele estava perdendo quanto possuía, sobretudo os seus esquissos e todo o seu dinheiro, que por preguiça ainda não depositara num banco. Só lhe restava a trincheira reles do Bon-Marché (que efectivamente encolhera, como profetizara o camarada do ascensor) e a roupa usada que vestira para sair à noite. Ela suspirava comicamente pela sua camisinha de dormir, que nem tempo tivera de enfiar no saco; pelas pantufas bordadas e o estojo de toillete, que deixara naquele sexto andar onde, que pena, tinham sido vizinhos sem o saber.

– Mas eu já o tinha visto: ontem, no hall do hotel – disse ela olhando-o fixamente. Depois as suas narinas, que pareciam de marfim, bateram, e o coração do artista respondeu às upas. As pupilas dela, negras impenetráveis, flutuavam num branco levemente azulado. As pestanas, compridas e luzentes, não pareciam sair-lhe do rebordo das pálpebras, mas duma pregazinha de cetim da pele. Nunca vira olhos parecidos.

José Rodrigues Miguéis, Cinzas de Incêndio

5

10

15

20

Elabora um texto descritivo, de 100 a 200 palavras, caracterizando o(a) teu(tua) melhor amigo(a).

(30)

Sequência 2

F I C H A 1 2

Camões Lírico

Orientação de leitura

1.Divide o poema em três partes e delimita-as.

1.1Apresenta uma frase que sintetize cada um dos momentos.

2.O sujeito poético interpela o «tu».

2.1Refere a acusação que lhe é dirigida.

2.1.1Transcreve expressões que fundamentem a resposta.

3.Refere os sentimentos que dominam o sujeito poético.

4.O poema é autobiográfico.

4.1Identifica o acontecimento funesto da vida de Camões que é referenciado.

5.O poema é rico em figuras de estilo.

5.1Identifica uma perífrase, uma metáfora e uma apóstrofe e esclarece o valor expressivo de cada uma delas.

6.Faz a análise formal do poema.

Leitura

Ah! minha Dinamene! Assim deixaste Quem não deixara nunca de querer-te! Ah! Ninfa minha, já não posso ver-te, Tão asinha esta vida desprezaste! Como já pera sempre te apartaste De quem tão longe estava de perder-te? Puderam estas ondas defender-te Que não visses quem tanto magoaste? Nem falar-te somente a dura Morte Me deixou, que tão cedo o negro manto Em teus olhos deitado consentiste! Ó mar! Ó céu! Ó minha escura sorte! Que pena sentirei que valha tanto, Que inda tenha por pouco viver triste?

Luís de Camões, Sonetos, Publicações Europa-América

5

(31)

1.Transcreve, do texto, expressões do campo semântico de «morte»/«morrer». 2.«asinha» (v. 4) é um arcaísmo. Justifica a afirmação.

3.Cria uma frase com uma palavra homónima de «pena» (v. 13).

4.No poema, o sujeito poético refere-se ao passado, ao presente e ao futuro.

4.1Selecciona do texto formas verbais que fundamentem a afirmação anterior.

4.2Na 1.a estrofe, o sujeito poético distingue diferentes momentos passados. Transcreve

a forma verbal que situa os acontecimentos num passado mais longínquo.

5.Classifica sintacticamente as seguintes orações:

a)«que tão cedo o negro manto» / «Em teus olhos deitado consentiste» (vs. 10–11); b)«Que valha tanto» (v. 13).

5.1Identifica o sujeito e o complemento directo na oração da alínea a).

Funcionamento da Língua

Num texto descritivo, de 150 a 200 palavras, caracteriza física e psicologica-mente uma pessoa por quem tenhas grande admiração.

(32)
(33)

Textos Expressivos e Criativos

TEXTO POÉTICO – Composição [geralmente] em versos (livres e/ou providos de rima) cujo con-teúdo apresenta uma visão emocional e/ou conceptual na abordagem de ideias, estados de alma, sentimentos, impressões subjectivas, etc., quase sempre expressos por associações imagéticas.

Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, Círculo de Leitores

Revelação da Vida Acto poético = empenho total do ser

«O acto poético é o empenho total do ser para a sua revelação.»

Eugénio de Andrade revelação do poeta revelação do set Acto poético 䉭 䉭 linguagem superior do entendimento da vida 䉭 䉭 䉭 Nascimento da poesia ESTRUTURA

Variável

Predominantemente em verso

Agrupamento dos versos em estrofes

Com ou sem rima

CARACTERÍSTICAS DO DISCURSO

Centrado na 1.apessoa gramatical

Predomínio da subjectividade

Linguagem conotativa e polissémica

Uso abundante de figuras de estilo

(34)

Sequência 3

F I C H A 1 3

Poesia

Leitura

Manuel Bandeira

Este poeta está Do outro lado do mar

Mas reconheço a sua voz há muitos anos E digo ao silêncio os seus versos devagar Relembrando

O antigo jovem tempo tempo quando Pelos sombrios corredores da casa antiga Nas solenes penumbras do silêncio Eu recitava

«As três mulheres do sabonete Araxá» E minha avó se espantava

Manuel Bandeira era o maior espanto da minha avó Quando em manhãs intactas e perdidas

No quarto já então pleno de futura Saudade,

Eu lia

A canção do «Trem de ferro» E o «Poema do beco»

Tempo antigo lembrança demorada

Quando deixei uma tesoura esquecida nos ramos da cerejeira Quando

Me sentava nos bancos pintados de fresco E no Junho inquieto e transparente As três mulheres do sabonete Araxá Me acompanhavam

Tão visíveis

Que um eléctrico amarelo as decepava

Estes poemas caminharam comigo e com a brisa Nos passeados campos da minha juventude

Estes poemas poisaram a sua mão sobre o meu ombro E foram parte do tempo respirado

Sophia de Mello Breyner Andresen, a Poética III, Geografia, Editorial Caminho, 2001

5 10 15 20 25 30

(35)

Orientação de leitura

1.Este poema pode dividir-se, globalmente, em três momentos.

1.1Delimita-os, estabelecendo a correspondência com as frases que os resumem.

a)O «eu» poético recorda a juventude e os sentimentos provocados pela extraordinária criação

poética de Manuel Bandeira, representada por três poemas.

b)O «eu» reconhece a influência benéfica e harmoniosa da poesia do poeta brasileiro na sua

vida.

c)O sujeito poético presta sentida homenagem ao poeta Manuel Bandeira. 2.Da primeira estrofe, transcreve as expressões que afirmam:

a)Manuel Bandeira não é um poeta de nacionalidade portuguesa.

b)O «eu» poético guarda na memória a poesia exemplar de Manuel Bandeira.

3.Caracteriza o ambiente propício à declamação de poemas nesse «jovem tempo».

4.Identifica o sentimento que a avó experienciava ao ouvir a neta recitar poemas de Manuel Bandeira.

5.«No quarto já então pleno de futura / Saudade» (vs. 14-15)

5.1Explicita a simbologia do espaço referido no verso 14.

5.2Interpreta a intensa saudade antecipada temporalmente.

6.Na penúltima estrofe, o «eu» poético detém-se particularmente nesse tempo passado.

6.1Refere as recordações que guarda na memória.

6.2Esclarece o facto de «As três mulheres do sabonete Araxá» estarem «Tão visíveis / Que um eléctrico amarelo as decepava» (vs. 24-27).

(36)

Sequência 3

1.Transcreve os adjectivos presentes nas 2.ae 3.aestrofes. 1.1Escreve os antónimos correspondentes.

2.Classifica o vocábulo «Relembrando» (v. 5).

2.1Explicita o valor aspectual que ele assume no poema.

3.Faz o levantamento das formas verbais, completando o quadro:

3.1Interpreta a relação estabelecida entre o tempo presente e o passado.

4.Estabelece a correspondência correcta entre as orações e a sua classificação sintáctica: a)«Mas reconheço a sua voz» (v. 3) 1.oração subordinada adverbial consecutiva b)«Quando deixei uma tesoura esquecida nos 2.oração coordenada copulativa

ramos da cerejeira» (v. 20) 3.oração coordenada adversativa

c)«Que um eléctrico amarelo as decepava» (v. 27) 4.oração subordinada adverbial temporal d)«E foram parte do tempo respirado» (v. 31)

4.1Atenta nas palavras sublinhadas nas frases e selecciona a função sintáctica correcta:

a)predicado

b)complemento directo

Funcionamento da Língua

Modo Indicativo Presente Pretérito Imperfeito Pretérito Perfeito Simples 1.aestrofe está, 2.aestrofe recitava, 3.aestrofe era, 4.aestrofe deixei, 5.aestrofe caminharam,

(37)

F I C H A 1 4

Poesia

Natal, e não Dezembro

Entremos, apressados, friorentos, numa gruta, no bojo de um navio,

num presépio, num prédio, num presídio, no prédio que amanhã for demolido… Entremos, inseguros, mas entremos. Entremos, e depressa, em qualquer sítio, porque esta noite chama-se Dezembro, porque sofremos, porque temos frio. Entremos, dois a dois: somos duzentos, duzentos mil, doze milhões de nada. Procuremos o rastro de uma casa, a cave, a gruta, o sulco de uma nave… Entremos, despojados, mas entremos. Das mãos dadas talvez o fogo nasça, talvez seja Natal e não Dezembro, talvez universal a consoada.

David Mourão-Ferreira, Antologia Poética, Publicações Dom Quixote, 1983

Leitura

5

10

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Sequência 3

1.Selecciona, do texto, as palavras do campo semântico de «Natal».

2.Refere o acto ilocutório predominante no texto. Justifica.

3.Selecciona as conjunções presentes na primeira estrofe.

3.1Justifica a sua utilização.

4.Identifica a classe do vocábulo «talvez».

4.1Explica a sua expressividade no contexto em que é utilizado.

Funcionamento da Língua

Num texto expressivo e criativo, de 100 a 150 palavras, desenvolve um dos seguintes temas:

A amizade

A solidariedade

O respeito pela diferença

A paz no mundo

Escrita

Orientação de leitura

1.Interpreta a expressividade de repetição da forma verbal «Entremos». 2.O poema é, socialmente, interventivo.

2.1Transcreve expressões que fundamentem a afirmação anterior.

3.Usa uma única palavra para exprimir o conceito subjacente a «Das mãos dadas» (v. 14). 4.Explicita o sentido da metáfora «o fogo nasça» (v. 14).

5.Os últimos dois versos, de forma sintética, constituem-se como a expressão de uma enorme esperança.

5.1Escreve um texto de cerca de sessenta palavras sobre a mensagem que eles veiculam.

6.Analisa o texto enquanto «Arte poética» e regista:

elementos que lhe conferem ritmo (binário / ternário)

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Textos dos

Media

JORNALISMO – Actividade profissional associada à publicação, sob as mais di ver sas formas (imprensa escrita, rádio, televisão, agência noticiosa ou redes telemáticas), de informações rela-cionadas com acontecimentos recentes, que constituem a actualidade.

JORNAL – Publicação impressa periódica, ha bitual mente quotidiana, destinada a difundir infor-mações gerais.

Fala-se de jornal electrónico ou digital quando a publicação utiliza os re cursos da informática e é difun dida através de um site da Internet.

Quando as informações são difundidas através de uma estação de rádio fala-se de jornal radiofó-nico e quando são difundidas através da televisão fala-se de jornal televisivo ou telejornal. JORNALISTA – Profissional que trabalha quer como profissional independente quer numa ou mais empresas mediáticas (agência noticiosa, jornal, rádio, televisão ou revista de informação) e que assegura a selecção, o tratamento, a inter pre tação e a difusão dos factos susceptíveis de se tornarem acon te cimentos de interesse público.

Adriano Duarte Rodrigues, Dicionário Breve da Informação e Comunicação, Editorial Presença, Lisboa (adaptado)

título

lead

corpo da notícia

linguagem precisa e objectiva

norma

linguagem objectiva / / subjectiva

registo de língua corrente (por vezes cuidado)

linguagem subjectiva

texto literário ou paraliterário

linguagem subjectiva

registo cuidado

título

resumo introdutório

desenvolvimento: registos noticiosos; declarações; descrições; análise; informações respeitantes à cor local

conclusão

título

estrutura variável

título

introdução

desenvolvimento

conclusão 䉭 䉭 䉭 䉭 䉭 䉭 䉭 䉭 䉭 䉭 䉭 䉭 䉭 TEXTO INFORMATIVO TEXTO OPINATIVO

notícias reportagem crónica

estrutura

artigo

tem por base uma

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Sequência 4

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Entrevista

Poucos meses no terreno renderam mil e uma fotografias, todas a preto e branco. E delas Duarte Belo fez Terras Templárias de Idanha, um livro como uma arquitectura – os seus livros têm esse carácter construído –, em que junta o ponto de vista das imagens a texto. (…)

Arquitecto de formação, Duarte Belo, nasci-do em Lisboa, em 1968 – filho nasci-do poeta Ruy Belo –, faz um sistemático levantamento fotográfico do território português, uma espécie de geografia de imagens, em que essencialmente procura captar um olhar renovado sobre a paisagem. Em Novembro, irá apresentar outro projecto, com os fotó-grafos José Manuel Rodrigues, Aníbal Lemos e David Infante: uma leitura de Évora Contemporânea, à luz da classificação de património mundial.

Jornal de Letras: O que lhe interessou particularmente neste trabalho sobre Ida nhaa --Nova?

Duarte Belo: Registar uma espécie de tempo longo, que está muito presente naquelas ter-ras, que são um património natural, com uma paisagem relativamente bem preservada. Mas também com uma série de memórias muito presentes, de vários períodos históricos, desde o pré-romano ao medieval, e mesmo com algumas marcas mais contemporâneas, de intervenções mais recentes.

Como surgiu este projecto?

Já tinha feito uma exposição em Idanhaa --Nova, no Centro Cultural Raiano, em 1998. Mais recente mente, fui convidado, assim como uma série de pessoas ligadas às artes e à escrita, a passar lá um fim-de-semana. A ideia nasceu desse conhecimento, apresentei a pro-posta que foi imediatamente aceite e depois integrada nas comemorações dos 800 anos da doação aos Templários da vila de Idanha. Fiz o projecto num período concentrado de tempo, dois ou três meses em que estive lá a fotografar.

Qual o critério que decide a escolha das fotografias que integra no livro?

Faço sempre um grande número de fotogra-fias precisamente para poder fazer essa esco-lha. E tentei cobrir todas as situações que me parecem significativas do trabalho que se desenvolveu no concelho de Idanha-a-Nova, que é o terceiro maior do país, e nessa medida tem uma paisagem muito extensa. Imedidanha --a-Nova, Idanha-a-Velha ou Monsanto são referências da paisagem portuguesa, particu-larmente da raia. Mas além dos lugares signi-ficativos e do seu povoamento, a escolha incidiu também sobre fotografias que revelas-sem aspectos sensíveis dessa realidade. E que não fossem muito conhecidos, uma vez que são paisagens muito exploradas do ponto de vista fotográfico. 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60

Leitura

Gestos sobre a paisagem

Há anos que percorre o país procurando ver na paisagem «de onde vimos e para onde vamos». É um registo de reflexão sobre o território e o povoa-mento português que faz em milhares de fotografias. Um levantapovoa-mento que Duarte Belo, 38 anos, irá publicar numa edição de dez volumes. (…) Ao JL, o fotógrafo fala do seu trabalho e do último livro, Terras Templárias

Referências

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