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ANÁLISE EXPERIMENTAL DE RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO AXIAL E CLASSIFICAÇÃO DO BLOCO DE CONCRETO PROPOSTO BLOCO CAIÇARA

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ANÁLISE EXPERIMENTAL DE RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO

AXIAL E CLASSIFICAÇÃO DO BLOCO DE CONCRETO PROPOSTO

– “BLOCO CAIÇARA”

Alan Gomes

Estudante do Curso de Engenharia Civil

Unaerp - Universidade de Ribeirão Preto – Campus Guarujá alllaann94@gmail.com

Resumo: O presente trabalho objetiva apresentar um novo tipo de bloco, tanto para o uso de vedação como para estrutural, e, também, uma breve introdução sobre os blocos existentes no mercado, existentes na atualidade. Serão feitos ensaios destrutivos com o bloco proposto, para que sejam comparados, de acordo com a NBR 6136/2014, com os outros tipos de blocos de concreto. A partir dos métodos utilizados, será apresentado um bloco de concreto, sendo de grandes dimensões e com adição de EPS (poliestireno expandido) em sua composição a fim de se obter uma diminuição em seu peso final.

Palavras chave: Bloco caiçara, Ensaio destrutivo, Bloco Estrutural, Bloco de Vedação.

Área de conhecimento: Exatas.

1. Introdução

Até o final do século XIX, a alvenaria era um dos principais materiais de construção. As construções da época eram então erguidas segundo regras puramente empíricas, através do conhecimento adquirido ao longo dos séculos. (CAMACHO, 2006).

A alvenaria é de grande importância para as construções, pois servem como vedação, oferecendo conforto térmico e acústico aos usuários, além de poder atuar também com função estrutural. Pode ser executada com blocos cerâmicos ou blocos de concreto, este último sendo o foco deste trabalho.

Os Blocos convencionais de concreto são usados na construção tanto para vedação como para estrutura e são compostos por argamassa, uma mistura de cimento Portland, areia grossa e água. Sua resistência e dimensões variam de acordo com o tipo de uso do bloco, os estruturais tendem a resistir mais que os blocos de vedação, não solicitados por cargas além do seu peso próprio. A classificação dos blocos de concreto é determinada pela ABNT NBR 6136:2014.

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2 O bloco de vedação, que está presente na maioria das construções atualmente no Brasil, é um material utilizado apenas como fechamento da estrutura, sem a necessidade de suportar nada além de seu peso próprio.

Por sua vez, com uma resistência maior à compressão, o bloco estrutural atua na construção substituindo elementos como pilares e vigas presentes em estruturas convencionais. O bloco estrutural porem tem seu peso mais elevado em relação ao bloco de vedação.

Bloco estrutural deve ter à resistência determinada pela norma para que consiga suportar o peso da construção, já que atua com a função de estrutura. O traço da argamassa também deve ser levado em consideração, pois deverá ter uma resistência aceitável por norma.

Neste trabalho será então apresentado um bloco de concreto, sendo de grandes dimensões e com adição de EPS (poliestireno expandido) em sua composição a fim de se obter uma diminuição em seu peso final.

2. Objetivos

2.1. Objetivo Geral

Desenvolvimento de bloco de concreto com EPS e ensaios para verificação de sua capacidade resistente.

2.2. Objetivos Específicos

Como objetivos específicos, têm-se:

I. Determinar dimensões, o traço a ser usado, peso e classificar o bloco proposto através de ensaios de compressão axial para que possa ser determinada sua resistência e classificação de acordo com a norma. II. Especificar os benefícios do uso do bloco, com a adição do EPS.

3. Métodos

A partir de especificações da norma ABNT NBR 6136 (2014), foram determinadas as dimensões da peça a ser projetada, baseadas no volume e peso pretendido do bloco.

Para a elaboração do desenho técnico foi utilizado o software autoCAD. Para uma simulação dos efeitos das ações externas (carregamentos) no bloco projetado foi utilizado o software de elementos finitos Lisa.

Segundo a norma ABNT NBR 6136 (2014), “as dimensões nominais dos blocos vazados de concreto, modulares e submodulares devem corresponder às dimensões constantes”.

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3 Tabela 1 – Dimensões nominais

Fonte: ABNT NBR 6136 (2014, pág.5).

3.1. Estrutura interna

Sua estrutura interna foi projetada em hexágonos, forma geométrica que apresenta uma ótima resistência. Foi utilizado como exemplo o favo que é formado de alvéolos de base hexagonal, contendo apenas 0,3 mm de espessura, o alvéolo pode resistir um esforço de até 30 vezes o correspondente ao seu peso. Um alvéolo, que constitui os favos, é formado no total por 3 losangos e 6 trapézios, possuindo a forma de um prisma hexagonal regular, aberto em uma extremidade e formando um ápice triédrico na outra.

Segundo Pappus da Alexandria³ (*290 - †350) as abelhas eram de alguma forma dotadas de uma previsão geométrica.

“Existindo, então, três figuras que possam preencher o espaço ao redor de um ponto: o triângulo, o quadrado e o hexágono, as abelhas têm sabiamente selecionado para a sua estrutura aquela que contém mais ângulos, suspeitando de fato que ela poderia acondicionar mais mel do que qualquer das outras duas”. Pappus da Alexandria (*290 - †350)

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4 A área de um hexágono decomposto em seis triângulos equiláteros pode ser obtida através da fórmula, em que a área do lado do hexágono e h é a atura do triângulo equilátero.

ou

O hexágono usado para compor a estrutura interna do bloco, foi determinado com as seguintes dimensões a = 0.08 m e h = 0.07 m estas dimensões foram determinadas empiricamente, após tentativas de obter um bloco com grandes dimensões, com o menor uso de material e menor peso. Esse efeito será mostrado no calculo do peso do bloco mais a frente.

Calculo da Área:

A= 3 x 0.08 x 0.07= 0.0168 m²

Figura 1: Imagem dimensões do hexágono

Fonte: Elaborado pelo autor (2016).

Através da equação acima, chegou-se a uma área de 0.0168 m² ou 1.68 cm². Com essas dimensões do hexágono, foi formado o bloco. O espaçamento entre foi determinado 3 cm, para que obtenha uma boa resistência, e economia no material de produção.

Figura 2: Imagem espaçamento dos hexágonos

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5 Para que se obtenha 3 cm na junção de um bloco ao outro, foi determinado que as laterais do bloco serão de 1.5 cm de espessura, para que na união com bloco vizinho resulte 3 cm.

Figura 3: Imagem junção dos Blocos

Fonte: Elaborado pelo autor (2016).

Para a composição de 1 m² serão necessários 8 blocos inteiros e mais 4 “meio bloco” que são as peças de acabamento, formando assim a estrutura da figura a seguir:

Figura 4: Imagem metro quadrado da estrutura interna bloco proposto com “meio bloco”

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6 Sua geometria hexagonal formada por triângulos tem uma grande resistência e tem eficácia na distribuição de cargas. Quando solicitada por cargas externas sua força pode ser eventualmente distribuída das seguintes maneiras:

Figura 5: Imagem distribuição de cargas na estrutura interna do bloco proposto

Fonte: Elaborado pelo autor (2016).

Figura 6: Imagem distribuição de cargas na entre os hexágonos

Fonte: Elaborado pelo autor (2016).

Simulação dos efeitos das ações externas no software de elementos finitos Lisa.

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7 Figura 7: Imagem efeitos das ações externas sobre o bloco

Fonte: Elaborado pelo Professor Marcelo Choukri (2016).

Figura 8: Imagem Deformação do bloco

Fonte: Elaborado pelo Professor Marcelo Choukri (2016).

3.2. Traço

Por ser um bloco de grandes dimensões, foi proposto o uso de EPS, pois como característica o EPS tem um peso específico de 9 kg/m³ que pode chegar até 40 kg/m³ normalmente, mais de 97% de seu volume é constituído por ar, reduzira o peso do bloco significativamente.

A utilização de concreto leve se faz necessária em obras onde se requer uma estrutura mais leve e redução da carga sobre as fundações, e características desejadas para a edificação (ROSSIGNOLO, 2003).

Para a composição do bloco foi usado cimento Portland CP II - E – 32, areia média grossa, EPS e água. O traço foi determinado de acordo com o manual de utilização EPS na construção civil da ABRAPEX (2006) que é apresentado na tabela a seguir:

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8 Tabela 2: Traço do EPS

Fonte: Manual de utilização EPS na construção civil da ABRAPEX

Para a dosagem dos materiais usados no traço, foi utilizado com copo de medida de 500 ml. Como o traço e para 1 saco de cimento de 50 kg, foi dividido por um fator de 40, assim diminuindo a quantidade de material a ser utilizado.

Tabela 3: Traço do EPS dividido por fator de 40 Densidade

Nominal (Kg/m³)

EPS (litros) Adesivo (Kg) Água p/ adesivo (litros) Cimento (L) Areia (litros) Água Total (litros) 700 3,500 0,0035 0,070 1,250 0,375 0,367 800 3,250 0,00325 0,065 1,250 0,600 0,400 900 2,950 0,003 0,060 1,250 0,750 0,425 1000 2,725 1,250 0,975 0,562 1100 2,525 1,250 1,200 0,562 1200 2,375 1,250 1,500 0,570 1300 2,175 1,250 1,725 0,570 1400 2,000 1,250 2,000 0,575 1500 1,825 1,250 2,025 0,575 1600 1,625 1,250 2,550 0,582

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3.3. Ensaio de compressão

O método utilizado para o ensaio de compressão se encontra na ABNT NBR 12118:2014 Blocos vazados de concreto simples para alvenaria - Métodos de ensaio.

3.4. Aparelhos

A aparelhagem segundo a ABNT NBR 12118 (2014), diz que para execução do ensaio é necessária uma prensa que atenda às condições a seguir:

a) cumprir com os requisitos da ABNT NBR NM ISO 7500-1. Para laboratórios de ensaios, a máquina de ensaio deve pertencer às classes 0,5 ou 1. Para laboratórios instalados em obras e fabricas, admite-se também a utilização de máquinas de ensaio classe 2;

b) ser equipada com dois pratos de apoio de aço, com dureza superficial de no mínimo 55 HRC (55 Rockwell C), um dos quais articulados, que atuem na face superior do corpo de prova. Quando as dimensões dos pratos de apoio não forem suficientes para cobrir o corpo de prova, uma placa de aço monolítica com as características estabelecidas em 6.1-c) e 6.1-d) deve ser colocada entre os pratos e o corpo de prova;

c) as superfícies planas e rígidas dos pratos de apoio não podem apresentar desníveis superiores a 0,08 mm para cada 400 mm;

d) Espessuras mínimas das placas de apoio: - 50 mm para cargas até 1 000 kN; - 75 mm para cargas até 2 000 kN; - 100 mm para cargas até 3 000 kN;

e) possuir instrumentos que permitam a medição e a leitura de cargas máximas com aproximação de ± 2%;

f) ser provida de dispositivo que assegure distribuição uniforme dos esforços ao corpo de prova e ser capaz de transmitis a carga de modo progressivo e sem choques. (ABNT NBR 12118, 2014, p.6)

3.5. Execução

A execução do ensaio de compressão axial segundo a ABNT NBR 12118 (2014):

Todos os corpos de prova devem ser ensaiados de modo que a carga seja aplicada na direção de esforço que o bloco deve suportar durante o seu emprego, devendo o bloco ser posicionado com a parede a maior espessura na parte superior.

O corpo de prova deve ser colocado na prensa de modo que o seu centro de gravidade coincida com o eixo de carga dos pratos da prensa.

Durante o carregamento do corpo de prova, os dispositivos de comando da prensa devem ser controlados de forma que a tensão aplicada, calculada em relação à área bruta, aumente progressivamente e sem choques à razão de:

a) (0,15 ± 0,03) Mpa/s, o que corresponde a (15 ± 3) N/cm².s, para blocos com resistência característica especificada superior ou igual a 8 Mpa;

b) (0,05 ± 0,01) Mpa/s, o que corresponde a (5 ± 1) N/cm².s ou (0,5 ± 0,1) kgf/cm².s, para blocos som resistência característica especifica inferior a 8 Mpa. (ABNT NBR 12118, 2014, p.8)

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3.6. Apresentação de resultados

Segundo a ABNT 12118 (2014) nos resultados devem conter as seguintes informações no relatório:

a) o valor médio de cada uma das dimensões reais da seção de trabalho dos corpos de prova (largura, b, e comprimento, l) expressas em milímetros (mm);

b) o lote e a idade dos corpos de prova;

c) o valor da carga máxima referente a cada corpo de prova ensaiado, expresso em newtons (N);

d) o valor da resistência à compressão para cada corpo de prova arredondado ao décimo de unidade, expresso em megapascais (Mpa). Esse valor deve ser obtido dividindo-se a carga máxima em newtons (N), observando durante o ensaio, pela área bruta dos blocos em milímetros quadrados (mm²);

e) o valor da resistência característica à compressão da amostra, calculada segundo a ABNT NBR 6136, expresso em megapascais (Mpa);

f) o valor da umidade relativa média dos blocos no momento do ensaio de compressão, expresso em porcentagem (%);

g) a condição de atendimento a 6.2.3;

c) a classificação e a avaliação da conformidade do resultado da amostra segundo a classe do bloco, conforme a ABNT NBR 6136. (ABNT NBR 12118, 2014, p.8)

3.7. Classificação dos blocos

Segundo a ABNT NBR 6136 (2014), Blocos vazados de concreto simples para alvenaria – Requisitos, os requisitos para a classificação dos blocos estão apresentados na tabela a seguir:

Tabela 4 - Requisitos para resistência característica à compressão, absorção e retração

Fonte: ABNT NBR 6136 (2014, pág.7).

“Para a aplicação abaixo do nível do solo, devem ser utilizados blocos Classe A”. (ABNT NBR 6136, 2014, p.7)

”Permite-se o uso de blocos com função estrutural classe C, com largura de 90 mm, para edificações de no máximo um pavimento”. (ABNT NBR 6136, 2014, p.7)

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11 “Permite-se o uso de blocos com função estrutural classe C, com largura de 115 mm, para edificações de no máximo dois pavimentos”. (ABNT NBR 6136, 2014, p.7)

“Permite-se o uso de blocos com função estrutural classe c, com largura de 140 mm e 190 mm, para edificações de até cinco pavimentos”. (ABNT NBR 6136, 2014, p.7)

“Os blocos de largura de 65 mm têm seu uso restrito para alvenaria sem função estrutural”. (ABNT NBR 6136, 2014, p.7)

4. Desenvolvimento

4.1. Dimensões

Serão utilizadas as dimensões de largura somente, para que tenha um padrão com outros tipos de blocos de concreto.

O dimensionamento da altura e comprimento foi determinado em 14x24x47, para que em 1 m² sejam usados uma média de 10 blocos, comparado com um bloco estrutural com as maiores dimensões que são 14x19x39, em média é usada 13,4 blocos por metro quadrado. Portanto com essas dimensões serão usados um número menor de blocos por metro quadrado.

Figura 9: Imagem Dimensões do bloco proposto

Fonte: Elaborado pelo autor (2016).

Figura 10: Imagem metro quadrado do bloco proposto

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12 Para um melhor acabamento foi projetado o “meio bloco” peça utilizada para o preenchimento lateral do conjunto.

Figura 11: Imagem meio bloco

Fonte: Elaborado pelo autor (2016).

Figura 12: Imagem meio bloco estrutura interna

Fonte: Elaborado pelo autor (2016).

A utilização da peça para enchimento facilitará o acabamento do bloco em suas extremidades.

Figura 13: Imagem metro quadrado com meio bloco

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4.2. Classificação

Cálculos para delimitar os tipos e a composição do bloco mais leve, com blocos apresentando EPS e outros só com a argamassa. Limitado o peso do bloco para 10 kg para que não haja dificuldade no assentamento e não prejudique o assentador, portanto os blocos que passarem de 10 kg serão descartados para a comparação com outros tipos de blocos.

Bloco composto inteiramente de argamassa.

Para calcular o peso do bloco será usado peso específico da Argamassa (cimento e areia) que segunda à ABNT NBR 6120:2014 Cargas para o cálculo de estruturas de edificações, o peso específico é de: 1900 kg/m³.

E para o uso do EPS o peso específico será usado os seguintes pesos específicos: (700, 1000, 1400, 1600) kg/m³.

Revestimento Externo do Bloco:

Figura 14: Imagem revestimento externo

Fonte: Elaborado pelo autor (2016).

Cálculo do revestimento externo:

Calculando o peso usando peso especifico da argamassa de 1900 kg/m³.

Área 0,1033 m²

Volume 0,1033 m² x 0,03 m x 2 = 0,006198 m³ Pr1 0,006198 m³ x 1900 kg/m³ = 11,7762 kg

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14 Estrutura Interna do bloco:

Figura 15: Imagem estrutura interna

Fonte: Elaborado pelo autor (2016).

Cálculo da Estrutura interna:

Área 0,0411 m²

Volume 0,0411 m² x 0,08 m = 0,003288 m³

Pe1 0,003258 m³ x 1900 kg/m³ = 11,7762 kg

Peso total do bloco composto somente por argamassa:

Pt = Pr1 + Pe1 11,7762 kg + 6,2472 kg = 18,0234 kg

Bloco composto de argamassa com EPS em todo o bloco.

Para calcular o peso do bloco será usado peso específico da Argamassa (cimento e areia) que segunda à ABNT NBR 6120:2014 Cargas para o cálculo de estruturas de edificações, o peso específico é de: 1900 kg/m³.

E para o uso do EPS o peso específico será usado os seguintes pesos específicos: (700, 1000, 1400, 1600) kg/m³.

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15 Figura 16: Imagem revestimento externo

Fonte: Elaborado pelo autor (2016).

Cálculo do revestimento externo:

Cálculo, usando peso especifico do EPS de (700, 100, 1400, 1600) kg/m³.

Área 0,1033 m² Volume 0,1033 m² x 0,03 m x 2 = 0,006198 m³ Pr1 0,006198 m³ x 700 kg/m³ = 4,3386 kg Pr2 0,006198 m³ x 1000 kg/m³ = 6,1980 kg Pr3 0,006198 m³ x 1400 kg/m³ = 8,6772 kg Pr4 0,006198 m³ x 1600 kg/m³ = 9,2970 kg

Estrutura Interna do Bloco:

Figura 17: Imagem estrutura interna

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16 Cálculo da Estrutura interna:

Cálculo, usando peso especifico do EPS de (700, 100, 1400, 1600) kg/m³.

Área 0,0411 m² Volume 0,0411 m² x 0,08 m = 0,003288 m³ Pe1 0,003288 m³ x 700 kg/m³ = 2,3016 kg Pe2 0,003288 m³ x 1000 kg/m³ = 3,2880 kg Pe3 0,003288 m³ x 1400 kg/m³ = 4,6032 kg Pe4 0,003288 m³ x 1600 kg/m³ = 5,2608 kg

Peso total do bloco composto por argamassa em seu revestimento e EPS em sua estrutura interna:

Pt1 = Pr1 + Pe1 4,3386 kg + 2,3016 kg = 6,6402 kg Pt2 = Pr2 + Pe2 6.1980 kg + 3,2880 kg = 9,4860 kg Pt3 = Pr3 + Pe3 8,6772 kg + 4,6032 kg = 13,2804 kg Pt4 = Pr4 + Pe4 9,2970 kg + 5,2608 kg = 14,5578 kg 5. Conclusões 5.1. Análise

Foi estabelecido um peso máximo para os blocos estudados de 10 kg. Por ser um bloco de grandes dimensões, se apresentarem um peso muito elevado prejudicará ergonomicamente o assentador. Por essa questão então foi estabelecido um peso máximo.

Os blocos compostos somente de argamassa apresentaram um peso muito alto ultrapassando o limite estabelecido, com isso dificultaria seu assentamento, e prejudicaria o assentador de bloco. Sendo assim será descartado seu uso.

Pt1 18,0234 kg

Já os blocos que em seu revestimento composto por argamassa e EPS em toda sua estrutura, não apresentaram um peso elevado que são:

Pt1 6,6402 kg

Pt2 9,4860 kg

Já, os seguintes blocos apresentaram um peso elevado, deixando assim difícil seu assentamento que são:

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Pt3 13,2804 kg

Pt4 14,5578 kg

Por tanto os Blocos que serão usados para pesquisa são os Pt1 e Pt2. Já os blocos Pt3 e Pt4 como apresentaram um peso superior a 10 kg serão descartados da pesquisa.

Com os blocos escolhidos de acordo com seu peso, limitando-os para até 10 kg, será feito comparações com os blocos que existem no mercado, tanto blocos para vedação como o estrutural, para mostrar as vantagens e desvantagens do uso desse bloco proposto.

Os tipos de blocos de concreto que se encontram no mercado são o estrutural e de vedação, a diferença entre elas é que o bloco estrutural e utilizado para suportar não só seu peso próprio, mas toda a estrutura, sendo utilizado graute (graute e um tipo de argamassa com aditivo) para aumentar a resistência da estrutura, assim não necessita do uso de vigas ou pilares em sua estrutura, pois esse tipo de bloco foi projetado para resistir cargas da estrutura. Já o bloco de vedação foi projetado para resistir apenas seu peso próprio, necessitando assim de vigas e pilares para transferir sua carga. Essas são as diferenças apresentadas do bloco estrutural para o bloco de vedação. A comparação será realizada com os dois tipos de bloco.

A tabela a seguir apresenta a quantidade de material obtida com a utilização da densidade de 1000 Kg/m³, dividida por um fator 40 para facilitar a dosagem.

Tabela 5: Traço do EPS dividido por fator 40 Densidade

Nominal (Kg/m³)

EPS (litros) Adesivo (Kg) Água p/ adesivo (litros) Cimento (L) Areia (litros) Água Total (litros) 700 3,500 0,0035 0,070 1,250 0,375 0,367 800 3,250 0,00325 0,065 1,250 0,600 0,400 900 2,950 0,003 0,060 1,250 0,750 0,425 1000 2,725 - - 1,250 0,975 0,562 1100 2,525 - - 1,250 1,200 0,562 1200 2,375 - - 1,250 1,500 0,570 1300 2,175 - - 1,250 1,725 0,570 1400 2,000 - - 1,250 2,000 0,575 1500 1,825 - - 1,250 2,025 0,575 1600 1,625 - - 1,250 2,550 0,582

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18 Com a densidade de 1000 Kg/m³ define-se o seguinte traço:

Densidade (Kg/m³) EPS (litros) Adesivo (Kg) Água p/adesivo (litros) Cimento (L) Areia (litros) Água Total (litros) 1000 (Kg/m³) 2,725 - - 1,250 0,975 0,562

Utilizando assim esse traço no processo de confecção do bloco utiliza-se 5 vezes até o preenchimento da forma, cuja espessura é de 14 cm. Então para a confecção de um bloco será utilizada a seguinte quantidade de materiais:

Densidade (Kg/m³) EPS (litros) Adesivo (Kg) Água p/adesivo (litros) Cimento (L) Areia (litros) Água Total (litros) 1000 (Kg/m³) 13,625 - - 6,250 4,875 2,800 Para 5 blocos: Densidade (Kg/m³) EPS (litros) Adesivo (Kg) Água p/adesivo (litros) Cimento (L) Areia (litros) Água Total (litros) 1000 (Kg/m³) 68,125 - - 31,250 24.375 14,000

Na utilização de 1 saco de cimento (50 Kg/m³) são confeccionados 8 blocos, que apresenta o seguinte traço:

Densidade (Kg/m³) EPS (litros) Adesivo (Kg) Água p/adesivo (litros) Cimento (L) Areia (litros) Água Total (litros) 1000 (Kg/m³) 109,000 - - 45 24.375 14,000

Definido o traço e a quantidade de material a ser utilizado, serão realizados ensaios de compressão axial para assim classifica-lo de acordo com a NBR 6136 (2014). Foi realizado um primeiro teste de compressão utilizando anilhas de 10, 15, 20, 25 Kg para obter um valor de carga suportada.

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19 Foram colocados no total 415 Kgf (0.78 Kgf/cm²) sobre o bloco, que não apresentou nenhum sinal de fadiga, porém, por motivos de segurança o teste foi interrompido.

Figura 18: Imagem teste

Fonte: Elaborado pelo autor (2016).

Espera-se que em testes de laboratório, o bloco suporte de 3,0 Mpa a 8 Mpa, resistência de blocos com função estrutural. Caso não atinja o resultado esperado, poderão ser realizadas alterações nas dimensões do bloco ou na composição do traço aumentando assim a densidade utilizada, de 1000 Kg/m³ para 1400 Kg/m³.

6. Referências

ABRAPEX – Associação Brasileira de Poliestireno Expandido. Manual de utilização Eps na construção civil, São Paulo: Pini, 2006.

BRASIL, Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT, Comissão de Estudos de Documentação, NBR 14931, ABNT, São Paulo, SP.

BRASIL, Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT, Comissão de Estudos de Documentação, NBR NM 67, ABNT, São Paulo, SP.

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20 BRASIL, Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT, Comissão de Estudos de Documentação, NBR 6118, ABNT, São Paulo, SP.

CAMACHO, J. S. Projeto de Edifícios de Alvenaria Estrutural. Ilha Solteira, 2006. ROSSIGNOLO, J. A. Concreto leve de alto desempenho modificado com SB para pré- fabricados esbeltos – dosagem, produção, propriedades e microestrutura. 2003. 220 f. Tese (Doutorado) – Inter unidades EESC/IFSC/IQSC, Universidade de São Paulo, São Carlos (São Paulo), 2003.

Referências

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