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FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO **MESTRADO EM ADMINISTRAÇÃO E GOVERNANÇA CORPORATIVA** SÁVIO DE LUNA PINTO

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FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO **MESTRADO EM ADMINISTRAÇÃO E GOVERNANÇA CORPORATIVA**

SÁVIO DE LUNA PINTO

FORMAÇÃO DE CARTEIRA DE TRANSPARÊNCIA DA INFORMAÇÃO E PERFORMANCE PARA EMPRESAS DE TECNOLOGIA DA NASDAQ

São Paulo 2017

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SÁVIO DE LUNA PINTO

FORMAÇÃO DE CARTEIRA DE TRANSPARÊNCIA DA INFORMAÇÃO E PERFORMANCE PARA EMPRESAS DE TECNOLOGIA DA NASDAQ

Dissertação apresentada ao Programa de Mestrado Profissional em Administração – Governança Corporativa do Centro Universitário das Faculdades Metropolitanas Unidas como requisito para a obtenção do título de Mestre em Administração (com ênfase profissional em governança corporativa).

Orientador: Fernando de Almeida Santos

São Paulo 2017

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SÁVIO DE LUNA PINTO

FORMAÇÃO DE CARTEIRA DE TRANSPARÊNCIA DA INFORMAÇÃO E PERFORMANCE PARA EMPRESAS DE TECNOLOGIA DA NASDAQ

Data de Aprovação: ___de __________de_____.

Banca Examinadora:

_______________________________________________________________________ Presidente: Prof. Dr. – Orientador(a).

Faculdades Metropolitanas Unidas – FMU

_______________________________________________________________________ Membro Externo: Prof. Dr.

Faculdades Metropolitanas Unidas - FMU

_______________________________________________________________________ Membro Interno: Prof. Dr.

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Dedico essa dissertação ao meu pai, Domingos Sávio de Almeida Pinto

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AGRADECIMENTOS

Ao orientador e Prof. Dr. Fernando de Almeida Santos, pelo apoio e orientação, pela paciência e confiança e por me inspirar em descobrir os caminhos da academia.

Ao Prof. Dr. Alessandro Marco Rosini, membro da banca, pelo conhecimento transmitido nas disciplinas da Pós-Graduação e pelas sugestões e críticas para esse trabalho.

Ao Prof. Dr. Cláudio Carvajal, membro da banca, pela contribuição no desenvolvimento desse trabalho.

Aos meus professores do mestrado em Administração em Governança Corporativa da FMU por todo o conhecimento transmitido.

Especial agradecimento aos meus colegas do programa de Pós-Graduação Daniel Tonon e Paulo Tempesta pela ajuda na construção do caminho ao título de mestre.

A todos os meus colegas do programa de Pós-Graduação pelas discussões e pelo conhecimento trocado.

Agradecimento, também, a todos os funcionários do departamento de pós-graduação em administração da FMU.

Agradeço também aos meus colegas de trabalho do Google pela compreensão e suporte durante esse período.

Por fim, agradeço a minha família: minha noiva, pelo amor, compreensão e carinho; ao meu irmão, pela parceria inabalável e atemporal; a minha mãe, pelo amor e preocupação; e ao meu pai, por tudo.

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“Transportai um punhado de terra todos os dias e fareis uma montanha” Confúcio

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SUMÁRIO LISTA DE QUADROS ... 8 LISTA DE TABELAS ... 9 RESUMO ... 13 INTRODUÇÃO ... 1 1.1 Delimitações ... 1 1.2 Objetivo Geral ... 1 1.3 Objetivo Específico ... 2 1.4 Justificativa ... 2 1.5 Estrutura do Trabalho ... 4 1. REFERENCIAL TEÓRICO... 5

1.1. TRANSPARÊNCIA EM GOVERNANÇA CORPORATIVA ... 5

1.1.1. Transparência como Estratégia ... 7

1.1.2. Para Além dos Relatórios Financeiros ... 8

1.1.3. Tecnologia e Disclousure ... 9

1.2. BOLSA DE VALORES DE MERCADO ... 12

1.2.1. Níveis Diferenciados e Transparência ... 12

1.2.2. Fatores que Determinam o Investimento ... 12

1.2.3. Índices e Indicadores de Performance ... 14

2. METODOLOGIA DE PESQUISA ... 19

2.1. ANÁLISE EXPLORATÓRIA DAS EMPRESAS ... 19

2.2. FORMAÇÃO DO ÍNDICE ... 21

2.3. AVALIAÇÃO SOBRE O ROTEIRO DE PESQUISA ... 22

3. DADOS DA PESQUISA ... 28

4. ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS DADOS ... 50

4.1. ROTEIRO DE PESQUISA ... 50

4.2. INFORMAÇÕES MAIS COMUNS ... 51

4.3. FORMAÇÃO DO ÍNDICE ... 52 CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 53 REFERÊNCIAS ... 54 Anexo I ... 64 Anexo II... 67 Anexo III ... 71

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LISTA DE QUADROS

Quadro I – Categorias de Informação aos Investidores do Website Corporativo ... 11

Quadro II – Matriz teórica da pesquisa ... 15

Quadro III – Roteiro de Pesquisa ... 19

Quadro IV – Matriz Metodológica de Amarração ... 27

Quadro V – Ocorrência das informações pesquisadas em empresas americanas ... 41

Quadro VI – Ocorrência das informações pesquisadas em empresas estrangeiras ... 43

Quadro VII – Dados da Pesquisa ... 44

Quadro VIII – Dez empresas com maior valor de transparência para participação no índice ... 47

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Classificação da dificuldade de se encontrar o relatório de Proxies ... 23

Tabela 2 – Dados sobre a facilidade de se encontrar os relatórios Proxies ... 28

Tabela 3 – Existência da informação sobre novos produtos ... 28

Tabela 4 – Presença de notícias sobre o mercado (ambiente) em que a empresa se encontra ... 29

Tabela 5 – Presença de canal (site) para relacionamento com o investidor ... 29

Tabela 6 – Existência de notas explicativas nos relatórios financeiros ... 29

Tabela 7 – Comparação das ações com os mercados ... 30

Tabela 8 – Guia de governança corporativa ... 30

Tabela 9 – Canal de denúncia dos relatórios enviados ... 30

Tabela 10 – Atualizações das informações enviadas aos órgãos reguladores ... 31

Tabela 11 – Relatório anual completo ... 31

Tabela 12 – Relatório trimestral, incluindo relatórios financeiros atualizados ... 31

Tabela 13 – Presença de arquivos da SEC ... 32

Tabela 14 – Existência de link para o site da SEC junto da página com seus arquivos ... 32

Tabela 15 – Informações financeiras em outro idioma além do inglês ... 32

Tabela 16 – Preços atuais das ações da empresa nos mercados de atuação ... 33

Tabela 17 – Textos de comentários e apresentações ... 33

Tabela 18 – Calendário de eventos de interesse do investidor ... 33

Tabela 19 – Presença da informação sobre a cobertura de analistas ... 34

Tabela 20 – Informações sobre as corretoras ... 34

Tabela 21 – Dados mensais mais recentes ... 34

Tabela 22 – Plano de Dividendos ... 34

Tabela 23 – Relatório de responsabilidade social empresarial ... 35

Tabela 24 – Identidade dos membros do conselho de administração ... 35

Tabela 25 – Estrutura do conselho de administração... 35

Tabela 26 – Composição acionária da empresa ... 36

Tabela 27 – Estrutura de informação em outros mercados ... 36

Tabela 28 – Qualificação professional de diretores e conselheiros ... 36

Tabela 29 – Regra de conduta para diretores ... 36

Tabela 30 – Procedimento para seleção de diretores e conselheiros ... 37

Tabela 31 – Publicação da função e escritório dos diretores ... 37

Tabela 32 – Regras de funcionamento do conselho de administração ... 37

Tabela 33 – Descrição das condições de independência dos conselheiros ... 38

Tabela 34 – Remuneração dos diretores e dos conselheiros ... 38

Tabela 35 – Descrição explícita dos poderes dos diretores ... 38

Tabela 36 – Descrição das relações entre diretores e acionistas ... 39

Tabela 37 – Divulgação dos escritórios de diretores em outras empresas ... 39

Tabela 38 – Interesses dos diretores em parcela do capital da empresa ... 39

Tabela 39 – Taxas pagas às firmas de auditoria ... 39

Tabela 40 – Composição da carteira de transparência ... 48

Tabela 41 – Resultados do índice ITI-D de 2014 a 2017 ... 49

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Tabela 43 – Dados completos da pesquisa ... 67 Tabela 44 – índice ITI-D 2014 à 2017 ... 71

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LISTA DE GRÁFICOS

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

BOVESPA – Bolsa de Valores de São Paulo BM&F – Bolsa de Mercadorias e Futuro CEO – Chief Executive Officer

CVM – Comissão de Valores Mobiliários

GAAP – Generally Accepted Accounting Principles IBGC – Instituto Brasileiro de Governança Corporativa IGC – Índice de Governança Corporativa

IPC – Índice de Preço ao Consumidor

ITI-D – Índice de Transparência da Informação Determinante NDX – Índice NASDAQ 100

NASDAQ – National Association of Securities Dealers Automated Quotations OECD – Organization for Ecnomic Co-operation and Development

RSC – Responsabilidade Social Corporativa SOX – Sarbannes-Oxley Act

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RESUMO

Esse trabalho teve como objetivo desenvolver uma carteira de empresas de tecnologia com alta transparência para identificar quais as informações consideradas mais relevantes por essas empresas. A partir de uma pesquisa exploratória desenvolveu-se um roteiro de pesquisa para identificar a presença de informações de transparência nas páginas web de relacionamento com o investidor das empresas. Dessa forma, foi possível estabelecer uma carteira de transparência que apresentou crescimento no valor das ações de 2014 à Maio de 2017 e apresentou mais informações que apenas os relatórios financeiros.

Palavras-Chave: Transparência, Governança Corporativa, Bolsa de Valores, Carteira de Investimentos.

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ABSTRACT

This Project had the goal to develop an investment portfolio with high transparency to identify which information were considered more relevant to those companies. By using an exploratory research it was developed a script to identify the presence of disclosure information on the investors relations web page of those companies. That way, it was possible to establish a disclosure portfolio that presented growth from 2014 to may 2017 and also showed more information than just the financial reports.

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1 INTRODUÇÃO

A Governança Corporativa é um conceito que aborda a gestão para maximizar os retornos dos stakeholders, sendo um sistema pela qual as organizações são dirigidas (IBGC, 2009). LA PORTA et al (2000) afirmam que a Governança Corporativa é um mecanismo de proteção aos investidores externos de possíveis conflitos com profissionais da organização.

Com a globalização das transações viu-se necessário sistemas que pudessem proteger os stakeholders. Dessa forma, o aprimoramento dos padrões contábeis e órgãos reguladores tiveram um papel importante nessa evolução.

Esse papel de transparência exercido pela formação de padrões e normas teve como objetivo apontar que a empresa em questão era bem gerida e não apresentaria problemas futuros que pudessem prejudicar os investidores.

Uma das formas de transação entre investidor e empresa é o investimento a partir das ações das empresas nas bolsas de valores. E essa relação entre bolsa de valor como meio de investimento e site como canal de relacionamento com o investidor foi analisada e discutida no decorrer dessa dissertação conforme os parâmetros descritos nesse capítulo introdutório.

1.1 Delimitações

O tema da pesquisa é a transparência da informação.

Quanto ao universo da pesquisa: a NASDAQ apresenta 112 empresas categorizadas como pertencentes a indústria de tecnologia. Entretanto, a pesquisa foi realizada com 40 empresas dentre as de maior valor e menor valor de mercado.

1.2 Objetivo Geral

Esse projeto apresenta como objetivo geral: Criar uma carteira hipotética de investimento com 10 empresas (25% da amostra) das empresas com melhor transparência.

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2 A pesquisa exploratória foi a escolhida para a compreensão das informações apresentadas pelas empresas que compõe a amostra. A amostra composta de 40 empresas de Tecnologia do Global Select Market da NASDAQ representa 35% do total de empresas de Tecnologia do nível de mercado da NASDAQ no primeiro trimestre de 2017.

A pesquisa desenvolvida é qualitativa e exploratória a partir da análise das informações disponíveis para os investidores com um roteiro de questões referentes a transparência. Dessa forma, foram identificados a posição dessas empresas em relação a transparência de informações e categorizados nos valores booleanos um (“apresenta”) ou zero (“não apresenta”), com uma exceção para o arquivo proxy statement (analisado de acordo com a sua existência e facilidade de ser encontrado).

Para a formação do índice foram utilizados 25% das empresas (10) do universo pesquisado, selecionadas por estarem no topo do ranking. Dessa forma, foi necessário agrupar as empresas com resultados altos de transparência e identificar o corte para participar da carteira hipotética. Em seguida, foi encontrada a variação diária das ações dessa carteira para ser utilizada como índice.

1.3 Objetivo Específico

Como objetivo específico, a pesquisa apresenta:

 Desenvolver uma proposta de roteiro de informações necessárias para a divulgação na página web de relação com os investidores em relação à transparência;

1.4 Justificativa

A necessidade de proteção aos investidores evoluiu a partir de escândalos, o mais notório foi o ocorrido em 2001 da empresa Enron (BORGERTH, 2007). Com a descoberta do caso Enron, os governos foram obrigados a desenvolver leis que reduzissem a facilidade com que a Enron manipulou seus números. A principal lei aprovada (em 2002) e de impacto mundial foi a Sarbannes-Oxley (SOX, 2002). Dessa forma, os investidores estariam mais seguros dos números apresentados. Essa foi uma das

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3 medidas mais importantes para que a confiança dos investidores nas empresas fosse restaurada (BORGERTH, 2007). Atualmente, essa transparência entre empresa e investidor é visível nas áreas de relação com o investidor de cada empresa.

Healy e Palepu (2001), em revisão de literatura e dados empíricos, propuseram questionamentos, muitos ainda sem resposta, ao modelo de transparência. Seus questionamentos incluem, mas não se limitam à, quais os tipos necessários de informação a serem regulamentadas, quão efetivo são os auditores, quais fatores afetam a decisão da gerência de divulgar certas informações e a receptividade dos investidores das informações divulgadas. Partindo desse pressuposto, a pesquisa desenvolvida procura encontrar os tipos de informação a serem divulgadas de acordo com os determinantes que fazem com que os investidores confiem em uma organização.

A pesquisa realizada por Healy e Palepu (2001) também propõe o avanço tecnológico e a globalização como fatores importantes na evolução da transparência e adicionam o avanço da organização das empresas (alianças e logística) e mudanças em estratégias econômicas e financeiras. Dessa forma, a tecnologia também passa a ser ponto focal da transparência no âmbito da forma.

A justificativa da pesquisa remete a sua relevância para demonstração de confiança das empresas ao mercado de investimentos por tratar a transparência para além dos resultados financeiros e a importância da discussão nesse âmbito. Ou seja, confiança na empresa devido ao conhecimento de fatores interno e externos como seu conselho de administração, planejamentos, aquisições, notícias e outras informações que podem influenciar na performance futura. De acordo com Healy e Palepu (2001) a assimetria de informação que poderia acarretar em diferentes recomendações para os investidores possui como uma das soluções a própria informação. Almeida (2009) afirma também que a lei e as regulamentações de mercado não são suficientes para gerar confiança, sendo essa completada pela comunicação.

Além disso a pesquisa inicia uma carteira hipotética e explica sua metodologia e composição que pode ser adotada para futuros analistas e bolsas da valores para compra de ações. A escolha da bolsa NASDAQ deve-se ao valor aproximado de mercado de $ 9.6 trilhões de dólares em que é composta de acordo com seu site. Empresas de

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4 tecnologia também foram definidas como amostra devido a proximidade do pesquisador com a indústria.

1.5 Estrutura do Trabalho

Essa pesquisa contemplou seis capítulos: Introdução, Referencial Teórico, Metodologia de Pesquisa, Resultados da Pesquisa, Análise e Discussão da Pesquisa e Considerações Finais.

O referencial teórico abordado foi dividido em dois conceitos: transparência em governança corporativa e desempenho das empresas para acionistas.

Transparência em Governança Corporativa:

Reunião de conceitos referentes a transparência e Governança Corporativa. Esse capítulo tem como objetivos identificar os estudos referentes a transparência e que formas de transparência já foram abordadas anteriormente; e Contextualizar a transparência, sua relevância e os benefícios pressupostos; além de apontar a formação do roteiro de transparência utilizado na pesquisa.

Bolsa de Valores e Mercado:

Esse capítulo tem como objetivo identificar estudos anteriores referente a determinantes para investimento; assim como impacto da transparência no investimento e nos níveis diferenciados das bolsas de valores.

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5 1. REFERENCIAL TEÓRICO

O referencial proposto nesse capítulo teve como objetivo identificar o que já se sabe sobre transparência como um tópico de Governança Corporativa e apresentar seus pressupostos, ou seja, suposições de como os conceitos interferem na confiança.

1.1. TRANSPARÊNCIA EM GOVERNANÇA CORPORATIVA

De acordo com o IBGC (2009) a Governança Corporativa deve abordar quatro princípios básicos: transparência; equidade; prestação de contas e responsabilidade corporativa. “A adequada transparência resulta em um clima de confiança” (IBGC, 2009).

A OECD (2015) apresenta a transparência como um modelo que deve garantir informações corretas sobre a organização, incluindo os relatórios financiais, indicadores de performance, posse, e governança. Para Borgia (2005) a definição de transparência evoluiu de informações passivas sobre a verdade para uma moção constante em informar e solicitar que sejam verificados tanto os pontos positivos quanto os negativos.

A relevância da transparência da informação obteve destaque a partir dos escândalos de 2001 envolvendo a Enron e o surgimento da SOX (Sarbannes-Oxley Act de 2002) para evitar problemas de Governança Corporativa (ANDRADE e ROSSETTI, 2006). Borgia (2005) já havia remetido a evolução da Governança Corporativa e da transparência a um histórico de crises em sua análise de como prevenir crises e escândalos com o disclousure (transparência). Borgia (2005) aponta o histórico das crises e escândalos desde 1700 (com a crise de uma companhia marítima), passando pela quebra da bolsa de 1929, até os escândalos de 2001 envolvendo a Enron.

Muitas pesquisas foram encontradas tratando a Governança Corporativa e a Transparência como uma estratégia de negócios para evitar futuros problemas com Stakeholders. Em pesquisa de Manzaneque, Priego e Merino (2016) foi avaliada a relação entre mecanismos de governança corporativa e a probabilidade de problemas financeiros em empresas na bolsa espanhola. Os resultados encontrados apontam indicadores positivos de redução da probabilidade de problemas financeiros como proporção de diretores independentes, liderança do conselho de administração e tamanho do conselho.

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6 Já Bhagat e Black (2000) e Weisbach, (1998) não encontraram relação positiva entre presença de diretores independentes e performance das empresas. Entretanto, um modelo que ajuda a supor um dos motivos para essa distopia entre conceito e realidade e mesmo os diferentes resultados encontrados nas pesquisas foi discutido por Gonzáles (2006).

Gonzáles (2006) supõe um comportamento de horda no conselho em que o desconhecimento das informações leva ao movimento de seguir a decisão definida pelo presidente. Em seu modelo, Gonzáles (2006) propõe testes experimentais utilizando membros independentes do conselho que sejam líderes de conhecimento na área da empresa; composição de comitês dentro do conselho e o apontamento de um diretor especializado na área como líder do conselho. Estudos que corroboram problemas entre a relação da performance e a governança corporativa foram realizados no mercado asiático por Chuanrommanee e Swierczek (2007) e Ghazali (2010) e apontaram distopia entre o que é informado e o que o que é realizado.

Shawtari et al (2016) também levantaram o questionamento sobre a governança corporativa e seu impacto na performance, que apresenta pouco impacto com a análise das médias, mas correlação de performance significante quando analisada em alguns quartis de performance.

Entretanto, em análise do conselho de administração relacionada com a performance, Pinto et al (2016) encontraram correlação positiva entre tamanho do conselho e performance e de presença de membros com mestrado e performance. Esse estudo é suportado pela análise de conselhos de administração de Andrade et al (2009) que também encontraram correlação positiva entre tamanho do conselho, desempenho e valor de mercado. O estudo de Pinto et al (2016) baseou-se na performance das empresas de petróleo e gás em relação as informações sobre a formação do conselho de administração. E, Shawtari et al (2016), também perceberam a necessidade de analisar o desempenho não por médias e sim por grupos de estudo.

Andrade et al (2009) verificaram que empresas maiores apresentam conselhos maiores e também maior número de conselheiros externos. Esse tipo de composição pode estar atrelado com as afirmações de Gonzáles (2006) sobre o comportamento de horda e de Chuanrommanee e Swierczek (2007) sobre a diferença do que é informado e a

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7 realidade, visto que um volume maior de conselheiros; principalmente externos; poderia ajudar a prevenir esse tipo de comportamento.

Mesmo com esses estudos encontrando correlações positivas entre tamanho do conselho e desempenho (PINTO et al, 2016; ANDRADE et al, 2009), foram realizadas ressalvas quanto a força de correlação moderada positiva e a sugestão de novos estudos sobre o tema devido a dificuldade de se obter resultados com maior correlação.

1.1.1. Transparência como Estratégia

Borgia (2005) afirma que a globalização teve um papel acelerador na evolução da Governança Corporativa e no impacto para os investidores de forma que novas tecnologias e plataformas foram necessárias para enfrentar a competição e quebrar barreiras de negociação e investimento. Oliveira, Lopes e Cunha (2008) confirmam a análise de Borgia (2005) afirmando que a transparência ganhou dimensões globais a medida que se viu necessário desenvolver padrões de formatação dos relatórios financeiros para que a globalização das empresas ainda permitisse compreensão das mesmas por parte dos investidores. Dessa forma, iniciou-se o processo de harmonização dos relatórios financeiros nos requisitos e critérios de transparência.

Oliveira, Lopes e Cunha (2008) declaram ainda que os emitentes dos relatórios financeiros devem assegurar a transparência com fluxo regular de informações. Borgia (2005) em sua pesquisa afirma que a busca por melhores sistemas de Governança passaram a ser questões prioritárias e estratégicas para as corporações. Seguindo essa linha, a OECD (2015) afirmou que uma transparência ajuda a atrair capital e manter confiança. Tinoco, Escuder e Yoshitake (2011) colocam que a transparência corporativa é uma forma importante de proteger também o interesse dos shareholders minoritários.

A diferença abordada por Borgia (2005) e Oliveira, Lopes e Cunha (2008) no tema de pesquisa deve ser levada em consideração devido a semelhança nos resultados. Enquanto Borgia (2005) trata da Governança Corporativa como objeto predominante do disclousure, Oliveira, Lopes e Cunha (2008) discorrem apenas sobre os relatórios financeiros divulgados. Borgia (2005) ainda abre a porta para a ideia de que transparência deve incorporar e debater sobre novos tipos de informação a serem divulgadas.

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8 Em pesquisa realizada por Dalmácio e Paulo (2004), é possível observar a preocupação com a qualidade da informação apresentada para melhor interpretação dos resultados de uma empresa. Como resultados, encontraram os fatores divulgação de estratégia de negócios, modelo de governança, plano de gestão, remuneração dos executivos, compra e venda de ativos e outros relacionados a aspectos econômicos; e em relação a aspectos sócio ambientais identificaram informações de balanço e responsabilidade social. Ao realizar análise similar em relação a tipos de informações divulgadas Melo, Ponte e Oliveira (2007) encontraram baixo nível de compartilhamento de informações por empresas brasileiras, principalmente no âmbito das informações não-obrigatórias, pois apenas 5 itens dos 21 pesquisados eram divulgados por mais de 50% das empresas analisadas.

1.1.2. Para Além dos Relatórios Financeiros

Nesse quesito é importante ressaltar que os conteúdos abordados e concluídos se assimilam de forma que um deveria incorporar o outro. Enquanto a Governança Corporativa contempla os relatórios financeiros divulgados pela transparência, a transparência também deve incorporar a Governança. Entretanto, muitas pesquisas que abordam a transparência só o fazem do ponto de vista dos relatórios financeiros, mesmo ao considerar que a transparência representa uma parte da Governança Corporativa e observar o conceito que aborda as informações da organização proposto pela OECD (2015).

Pesquisa de Gutierrez, Garcia e Cañizares (2013) referente a transparência na Espanha é um importante passo para a aproximação da transparência como conjunto de informações da Governança Corporativa que podem influenciar os resultados de uma empresa. No estudo, é apresentado uma tabela de informações divulgadas referentes ao consumidor, sociedade, funcionários e ambiente (informações encontradas no relatório de Responsabilidade Social Corporativa - RSC).

Nos princípios da Governança Corporativa desenvolvidos pela OECD (2015) é descrito como uma forte transparência aquela que demonstra: os resultados financeiros; objetivos da companhia e informações não financeiras; informações dos proprietários e principais stakeholders; remuneração de membros do conselho e executivos chave;

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9 informações sobre os membros do conselho; transações com terceiros; riscos previsíveis; problemas com funcionários ou stakeholders; e estruturas e políticas de governança.

Borgia (2005) coloca os fatores relevantes para a governança corporativa como: regras legislativas; ética comportamental e planejamento gerencial. Assim, para evitar escândalos e crises com os investidores, uma empresa deve resolver soluções referentes a esses três tópicos e que contemplem: Estrutura organizacional e ownership, missão, valores, definição de negócios, visão do futuro, mensuração de valor, planejamento estratégico e políticas. Borgia (2005) afirma também que a maioria dos artigos de mídia sobre as empresas fazem parte da transparência, pois demonstram como cada empresa conduz seus negócios. Já Rosario, Pérez e Cañadas (2012) abordam três tipos de informação divulgada em sua pesquisa em empresas de capital de risco: informações de governança corporativa; informações de atividade; e informações financeiras.

Além do conteúdo divulgado, a pesquisa de Amaral et al (2008) indica que empresas que divulgam mais cedo seus resultados apresentam maior possibilidade de terem melhores resultados, enquanto resultados tardios indicam má performance. A principal descoberta desse estudo foi o impacto do excesso de controle dos acionistas na demora para divulgação dos resultados. Em Botosan e Plumlee (2000) foi encontrado que a divulgação de resultados dentro do período correto por trimestre também apresenta relação positiva com os resultados.

Além dos tipos de informação, a veracidade e qualidade da mesma também retratam a confiança do stakeholder. Um problema identificado por Carneiro, Luca e Oliveira (2008) foi a falta de informações negativas sobre relatórios socioambientais de empresas petroquímicas. No caso, a inexistência dessas informações e a existência apenas de informações positivas coloca em cheque a veracidade do relatório dessas empresas. Dessa forma, o relatório torna-se desassociado de sua função primária que é transparecer para a sociedade o reflexo do que ocorre nas empresas.

Em seguida, foi tratada a forma como o conteúdo é divulgado.

1.1.3. Tecnologia e Disclousure

Borgia (2005) conclui em sua pesquisa que a tecnologia é um dos principais fatores para disseminação e barateamento da transparência. A internet como tecnologia e

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10 plataforma de transparência foi estudada também no âmbito público por Platt Neto, Cruz e Vieira (2006) quando abordaram os públicos interessados e os tipos de informação divulgadas para as contas públicas da UFSC.

Tratando do conteúdo, Rosario, Pérez e Cañadas (2012) mostraram como a internet também permitiu a divulgação de mais informações, tanto financeiras como não financeiras. Em sua pesquisa, Rosario, Pérez e Cañadas (2012) encontraram que empresas com pior reputação tendem a apresentar maior quantidade de informações em sua página web de relação com investidores, ou seja, a transparência atrelada a necessidade de melhorar a imagem da empresa. Almeida (2009) realizou pesquisa semelhante e encontrou correlação positiva entre capitalização das empresas e sua transparência, ou seja, quanto maior a capitalização da empresa, maior sua transparência.

Silva et al (2009) criaram um método para análise do conteúdo divulgado no website corporativo. Em suas pesquisas, observaram 37 tipos de informações divulgadas, sendo 17 financeiras e 20 relacionadas a governança conforme Quadro I:

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11 Quadro I – Categorias de Informação aos Investidores do Website Corporativo

Informações financeiras 1. Relatório anual completo

2. Relatórios trimestrais incluindo relatórios financeiros

3. Outros arquivos da CVM além dos relatórios anuais (Relatório de Informações Anuais-IAN, por exemplo)

4. Link para o website da Comissão de Valores Mobiliários – CVM 5. Texto das notícias financeiras mais recentes

6. Visão geral consistente do desempenho da firma (perguntas mais frequentes, fatos recentes, notícias rápidas)

7. Informações financeiras em outro idioma além do português 8. Histórico dos preços das ações

9. Preços atuais das ações da empresa nos mercados onde tem ações negociadas 10. Textos de comentários e apresentações (por exemplo, os road shows do desempenho

trimestral)

11. Discussão das vantagens de um investidor em manter a posse das ações da empresa 12. Calendário de eventos de interesse do investidor (por exemplo, a data de distribuição

dos dividendos)

13. Link para os dados das ações em um website diferente 14. Cobertura de analistas

15. Informação sobre a(s) sua(s) corretora(s) (endereço ou link direto) 16. Dados financeiros mensais mais recentes

17. Informações detalhando um plano de reinvestimento de dividendos Governança corporativa

1. Relatórios de responsabilidade social empresarial 2. Identidade dos membros do conselho de administração

3. Estrutura do conselho de administração 4. Composição acionária da empresa

5. Política de disseminação de informações nos mercados 6. Texto acerca do conceito de governança corporativa 7. Referência às boas práticas de governança corporativa adotadas

8. Qualificação profissional de diretores e conselheiros

9. Onde a empresa está listada e relatórios financeiros segundo padrões nacionais 10. Regra de conduta para diretores

11. Procedimento para seleção e eleição de diretores e conselheiros 12. Publicação da função e escritório dos diretores

13. Regras de funcionamento do conselho de administração 14. Descrição das condições de independência dos conselheiros

15. Remuneração dos diretores e dos conselheiros 16. Descrição explícita dos poderes dos diretores 17. Descrição das relações entre diretores e acionistas 18. Divulgação dos escritórios de diretores em outras empresas

19. Interesses dos diretores em parcela do capital da empresa 20. Taxas pagas às firmas de auditoria

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12 1.2. BOLSA DE VALORES DE MERCADO

Esse tópico aborda o crescimento das empresas na bolsa de valor, além dos índices e impactos dos analistas no mercado acionário.

1.2.1. Níveis Diferenciados e Transparência

Estudo realizado por Nardi e Nakao (2008) apresenta os níveis diferenciados da bolsa de valores brasileira Bovespa e pesquisa se existe correlação entre a presença das empresas nos níveis diferenciados e o impacto da sua imagem para os stakeholders. Dentre os requisitos para os níveis diferenciados estão: maior liquidez das ações; redução do custo de capitação; maior segurança aos investidores entre outros. No estudo, 89% das empresas que responderam o questionário concordaram que a adesão a um mercado de nível superior influenciava a percepção dos investidores. Lima et al (2015) também identificaram em seu estudo melhor performance de empresas presentes nos níveis diferenciados em relação ao novo mercado. Já o estudo de Bach, Kudlawicz e Silva (2015) não encontrou influência no desempenho na entrada em níveis diferenciados da BOVESPA.

1.2.2. Fatores que Determinam o Investimento

Em Garcia e Liu (1999) foi identificado que até o ano de 1999, existiam poucos estudos referentes a determinantes da evolução do mercado de ações. Por isso, o estudo realizado por eles sobre os fatores macroeconômicos para o desenvolvimento das bolsas de valores foi um primeiro passo na escada descrita nesse capítulo. O método utilizado por Garcia e Liu (1999) para analisar desenvolvimento do mercado, e que também foi escolhido nessa pesquisa para a seleção da NASDAQ, foi a capitalização do mercado.

Em estudo realizado por Jaccques et al (2011) com foco na importância da contabilidade para a governança corporativa foram discutidos o receio de algumas empresas na divulgação dos resultados contábeis devido a concorrência. Além disso, abordou que os padrões contábeis permitem o melhor desempenho das ações, pois possibilita uma avaliação correta da empresa.

(27)

13 Crespo (2007) estudou as decisões que levam ao investidor decidir onde investir e também as decisões que cercam o gestor de fundos. Em sua pesquisa, encontrou que para o mercado espanhol os fatores principais de investimento são as variáveis financeiras e o histórico de rentabilidade das carteiras, além disso encontrou grande aversão ao risco por parte desses investidores. Em relação a aversão ao risco, Iglesias et al (2015) encontraram resultados contrários ao analisar os questionários de saúde do instituto de Pesquisa do Envelhecimento Econômico Mannheim. A pesquisa de Iglesias et al (2015) apontou correlação negativa entre aversão ao risco e decisão de investir, concluindo que indivíduos menos dispostos a riscos apresentam menor tendência a investir. Iglesias et al (2015) também observaram que a idade apresenta uma influência não linear (até certa idade infere positivamente e depois passa a aumentar negativamente), enquanto a educação exerce impacto positivo.

Ao contrário de Crespo (2007) e Iglesías et al (2015), Kimura (2003) optou por analisar os investimentos relacionados a estratégias comportamentais e não ao risco e performance de carteira. Os resultados encontrados apontam uma regularização do mercado, após dezesseis semanas do investimento comportamental, com a performance real das empresas e baixo valor de estratégias comportamentais.

Outro fator alvo de inúmeras pesquisas referente aos determinantes de investimento é o impacto dos analistas, fundos de investimento e gestores de investimento no desenvolvimento do mercado de ações.

A influência de analistas na bolsa de valores foi estudada por Ambrozini (2008) ao abordar o papel de formadores de mercado na liquidez das ações. Essa pesquisa encontrou influência positiva em 51% das empresas analisadas. Martinez (2011) abordou o tópico analisando a quantidade de analistas relacionados com as previsões para cada empresa e encontrou uma correlação negativa entre quantidade de analistas e erros de previsão. Ou seja, Martinez (2011) conclui que quanto maior a quantidade de analistas responsáveis por prever os resultados, menor o risco.

Uma abordagem de análise de investimento e performance diferente foi desenvolvida por Martínez (2013). Sua pesquisa utilizou o padrão de buscas na internet pelos mercados financeiros para a criação de um índice de aversão ao risco. As conclusões remeteram que padrões de busca relacionados a dinheiro, bolsa de valores e

(28)

14 ações são coerentes com padrões de subida dos índices analisados; pesquisas por rendas fixas preveem resultados negativos para commodities.

Outro abordagem selecionada foi a de Montalvan et al (2017), correlacionando a adoção dos códigos e padrões de governança corporativa de empresas na bolsa peruana com os valores pagos em dividendos. Outra descoberta desse estudo foi que a concentração das ações atua negativamente para o pagamento de dividendos.

Em Correia e Amaral (2014), a discussão sobre a liquidez obteve foco central. Esse estudo colocou como objetivo encontrar os fatores que contribuíam para a liquidez das ações e encontrou a governança corporativa como ponto principal para maior liquidez devido a confiabilidade de investimento; e também encontrou correlação entre baixa liquidez das ações e o pagamento de dividendos por parte das empresas.

Em análise de fatores externos na volatilidade do mercado, Ludlow e Mota (2006) encontraram resultados que confirmam a queda de investimento ou aumento devido a notícias ruins. Além disso, encontraram que notícias ruins apresentam maior impacto que as boas notícias. Uma das notícias com resultado mais significativo foi o IPC (índice de Preços do Consumidor) e como sua queda gera maior volatilidade no mercado.

1.2.3. Índices e Indicadores de Performance

No mercado de ações brasileiro, a Bovespa criou o índice IGC em 2001 para verificar a performance de empresas com alto padrão de Governança (LIMA et al, 2015). O índice IGC é uma carteira teórica de ações e sua composição é ponderada pelos ativos em circulação (BM&FBOVESPA, 2015).

Vartanian (2012) pesquisou o efeito do índice da Dow Jones, taxas de câmbio e preços das commodities sobre o ibovespa. Os resultados indicaram um efeito a curto prazo na ibovespa positivo, mas a inexistência de uma correlação a longo prazo. Já Bonanno, Vandewalle e Mantegna (2000) realizaram estudo que mostra a correlação de índices da bolsa de valores de todo o mundo. A relevância dessa pesquisa aponta que um grupo de índices pode ser utilizado para vincular informação econômica de diferentes economias mundiais.

Urquiza, Navarro e Trombetta (2009) realizaram pesquisa para analisar o escopo de um índice levando em consideração seis tipos de informações: ambiente; evolução;

(29)

15 objetivos, estratégias e políticas; informação relacionada a política de dividendos; informação sobre futuros investimentos; organização e estrutura corporativa. Em seu estudo, Urquiza, Navarro e Trombetta (2009) relatam que o escopo do índice é avaliado como a qualidade do índice erroneamente, pois faltam evidências que suportem essa questão.

Correia, Amaral e Louvet (2011) desenvolveram um índice de Governança Corporativa no Brasil e o validaram versus indicadores de mercado. A composição do índice partira da média ponderada dos principais componentes identificados, dente eles: transparência, proteção dos investidores minoritários, incentivos, conselho e propriedades. Dentre os resultados encontrados, descobriram que dois fatores apresentam maior peso no índice, a transparência e a proteção dos investidores minoritários. Além disso, encontraram associação positiva entre performance financeira e o índice de governança. A contribuição da pesquisa de Correia, Amaral e Louvet (2011) passa pelo desenvolvimento do índice e pela validação do mesmo versus liquidez e cotação.

Outra pesquisa que abordou a criação de um índice foi a realizada por Bach, Kudlawicz e Silva (2015) para a formação do IGOV (Índice de Governança Corporativa). A pesquisa teve como objetivo comprovar a proposta de Silveira (2004) em relação ao desenvolvimento financeiro das empresas da BOVESPA. Essa pesquisa encontrou duas variáveis influenciando no desempenho financeiro das empresas: propriedade e estrutura do conselho. Entretanto, essa influencia foi baixa, possibilitando uma ocorrência de outros fatores. Essa influência ocorreu negativamente para o conselho de administração, ou seja, a presença do CEO também como presidente do conselho; e positiva para menor concentração (abaixo de 70%) das ações em um único controlador (BACH, KUDLAWICZ e SILVA, 2015).

No quadro II é possível observar como os estudos evoluem e se complementam ao longo do tempo, além da necessidade de se reproduzir afirmações para maior confiabilidade dos conceitos.

Quadro II – Matriz teórica da pesquisa

(30)

16

Conceitos Conclusões Autores

Transparência A transparência como estratégia para empresas evoluírem na negociação global

e a evolução da tecnologia para esse fim

BORGIA, 2005

Transparência Relatam a importância do fluxo de informações para a transparência

OLIVEIRA, LOPES e CUNHA, 2008 Transparência Apontam a transparência como uma

estratégia para proteger os stakeholders minoritários

TINOCO, ESCUDER E YOSHITAKE, 2011

Transparência Transparência é o conjunto de informações da governança corporativa que podem influenciar os resultados de uma empresa

GUTIERREZ, GARCIA E CAÑIZARES, 2013

Formação do conselho

Presença de Membros independentes no Conselho não apresentaram melhor

performance WEISBACH, 1998; BHAGAT e BLACK, 2000; Formação do conselho

Comportamento de horda de membros independentes seguindo as decisões do presidente do conselho por falta de

conhecimento do negócio

GONZÁLES, 2006

Formação do conselho

Encontraram relação positiva entre proporção de conselheiros independentes, CEO diferente de presidente do conselho e

tamanho do conselho versus resultados financeiros MANZANEQUE, PRIEGO E MERINO, 2016; BACH, KUDLAWICZ e SILVA, 2015 Formação do conselho

Encontraram correlação entre o tamanho do conselho e o desempenho positivo das

ações

PINTO et al, 2016; e ANDRADE et al 2009

Formação do conselho

Presença de Membros independentes no Conselho não apresentaram melhor

performance

WEISBACH, 1998; BHAGAT e BLACK,

(31)

17

Conceitos Conclusões Autores

Tipos de informação

Encontraram como fatores importantes a divulgação de estratégia de negócios, modelo de governança, plano de gestão, remuneração dos executivos e compra e

venda de ativos

DALMÁCIO E PAULO, 2004

Tipos de informação

Inexistência de informações que podem apresentar dados negativos colocam em cheque a veracidade dos dados positivos

CARNEIRO, LUCA e OLIVEIRA, 2008

Tipos de informação

Empresas com Pior reputação tendem a apresentar maior quantidade de informações em sua página web de relação

com investidores

ROSARIO, PÉREZ e CAÑADAS, 2012

Tipos de informação

Encontrou correlação positiva entre capitalização das empresas e sua

transparência

ALMEIDA, 2009

Tipos de informação

Desenvolvimento de roteiro para avaliação da qualidade das informações nos websites

SILVA et al, 2009

Bolsa de valores e transparência

Presença em níveis superiores da bolsa de valores aumentam a percepção dos

investidores NARDI e NAKAO, 2008; LIMA et al, 2015 Bolsa de valores e transparência

Estudo não encontrou influência no desempenho na entrada em níveis

diferenciados da BOVESPA. BACH,KUDLAWICZ e SILVA, 2015 Fatores que contribuem para o investimento

Variáveis financeiras e histórico de rentabilidade das carteiras contribuem para

o investimento, além disso encontrou grande aversão ao risco por parte desses

investidores.

(32)

18

Conceitos Conclusões Autores

Fatores que contribuem

para o investimento

Apontou correlação negativa entre aversão ao risco e decisão de investir, concluindo

que indivíduos menos dispostos a riscos apresentam menor tendência a investir

IGLESIAS et al (2015)

Fatores que contribuem

para o investimento

Maior cobertura de analistas permite maiores investimentos MARTINEZ, 2011 Fatores que contribuem para o investimento

Baixa correlação entre liquidez das ações e pagamento de dividendos CORREIA e AMARAL, 2014 Fatores que contribuem para o investimento

Encontraram resultados que confirmam a queda de investimento devido a notícias

ruins

LUDLOW e MOTA, 2006

Indicadores de desempenho

Exploração de índices como a taxa de câmbio que afetam a Bovespa em um

período curto de tempo

VARTANIAN, 2012

Indicadores de desempenho

Análise de que grupos de índices podem ser utilizados para vincular informações

econômica de diferentes economias mundiais. BONANNO, VANDEWALLE e MANTEGNA, 2000 Indicadores de desempenho

Transparência e a proteção dos investidores minoritários foram os principais fatores de peso no índice. Além

disso, encontraram associação positiva entre performance financeira e o índice de

governança desenvolvido

CORREIA, AMARAL e LOUVET, 2011

(33)

19 2. METODOLOGIA DE PESQUISA

A metodologia de pesquisa foi dividida em duas etapas: Análise qualitativa exploratória das empresas; e Formação do índice.

As empresas analisadas da NASDAQ foram quarenta empresas de Tecnologia e podem ser verificadas de acordo com a Tabela I encontrada no Anexo I. (informações acessadas em Março de 2017) e respondem por 32% das empresas de tecnologia da NASDAQ.

2.1. ANÁLISE EXPLORATÓRIA DAS EMPRESAS

Foram selecionadas 40 empresas da NASDAQ com a seguinte metodologia: as dez primeiras empresas de tecnologia classificadas pelo valor de mercado, as dez últimas empresas classificadas por valor de mercado e mais vinte empresas espaçadas entre essas empresas com o objetivo de alcançar 40 (32% do universo total).

Em seguida, as quarenta empresas foram avaliadas com um roteiro estruturado com os valores zero (não apresentam) ou um (apresentam) as informações do Quadro III. A existência dessas informações pode ser encontrada na página web de relacionamento com os investidores de cada site (não necessitando do envio do questionário para as empresas) e a não existência dessa página acarretará no preenchimento do valor zero para todos os quesitos.

O roteiro do Quadro III foi desenvolvido a partir da pesquisa realizada por Silva et al (2009), além incorporar, por meio da técnica de análise de conteúdo (BARDIN, 1977), a pesquisa de Urquiza, Navarro e Trombetta (2009). As informações duplicadas foram removidas e os requisitos locais foram adequados (como a linguagem e os órgãos reguladores). Ao total, foram respondidas 41 questões referentes a transparência de cada empresa da NASDAQ.

Quadro III – Roteiro de Pesquisa

Dificuldade de encontrar o Relatório de Proxies Novos Produtos

(34)

20 Aquisições

Ambiente (Informações sobre outras empresas e mercado) Canal de relacionamento com investidores

Notas Explicativas Histórico diário das Ações

Comparação das Ações (por tempo) com outras empresas/ mercados Código de Ética

Guia de Governança Corporativa Canal de denúncias dos relatórios enviados

Atualizações das informações enviadas ao órgão reguladores Relatório anual completo atualizado

Relatórios trimestrais incluindo relatórios financeiros atualizados Arquivos da SEC

Link para o website da SEC

Informações financeiras em outro idioma além do inglês Preços atuais das ações da empresa nos mercados

Textos de comentários e apresentações Calendário de eventos de interesse do investidor

Cobertura de analistas

Informação sobre a(s) sua(s) corretora(s) Dados financeiros mensais mais recentes

Plano de dividendos

(35)

21 Identidade dos membros do conselho de administração

Estrutura do conselho de administração Composição acionária da empresa Estrutura de Informação em outros mercados Qualificação profissional de diretores e conselheiros

Regra de conduta para diretores

Procedimento para seleção e eleição de diretores e conselheiros Publicação da função e escritório dos diretores

Regras de funcionamento do conselho de administração Descrição das condições de independência dos conselheiros

Remuneração dos diretores e dos conselheiros Descrição das relações entre diretores e acionistas Divulgação dos escritórios de diretores em outras empresas

Interesses dos diretores em parcela do capital da empresa Taxas pagas às firmas de auditoria

Fonte: Elaborado pelo autor, 2017. Baseado em: Silva et al (2009) e Urquiza, Navarro e Trombetta (2009)

2.2. FORMAÇÃO DO ÍNDICE

Para a formação do índice, os valores encontrados foram somados para cada empresa, ranqueando-as no quesito transparência. As 10 empresas no topo da tabela (25%) foram escolhidas para fazer parte da Carteira hipotética.

A participação ponderada das ações na carteira hipotética foi realizada a partir do percentual da capitalização de mercado. Considerando a soma da capitalização de mercado dessas 10 empresas como 100%, cada uma terá a participação de acordo com

(36)

22 sua representatividade do valor total. Essa metodologia se aproxima do método usado pela Bovespa (2015) para a ponderação do índice IGC.

Cálculo de composição ponderada da carteira (Ca): Ca = Ce / Ct

Para esse cálculo, Ce representa a capitalização de cada uma das empresas e Ct a capitalização de mercado total das 10 empresas.

Para o índice desenvolvido foi dado o nome de ITI-D (Índice de Transparência da Informação Determinante) para indicar que trata de todas as informações relevantes, não apenas as informações financeiras. Esse índice indica a variação dia a dia da carteira de transparência a partir da função:

ITI-D = (((f)(Dx / Dx-1) -1) *100%

Sendo a função de Dx os dias em que a bolsa da NASDAQ esteve aberta para negociação desde de 2014 e Dx -1 o dia anterior, o índice ITI-D representa a variação dessa carteira.

2.3. AVALIAÇÃO SOBRE O ROTEIRO DE PESQUISA

O roteiro de pesquisa foi avaliado de acordo com cada questão encontrada no site de acordo com descrição a seguir, utilizando a proposta de variáveis dicotômicas de Bragança (1977):

a) Dificuldade de encontrar o arquivo Proxy-Statement (relatório de proxies)

O arquivo Proxy apresenta muitas das informações do roteiro e é um arquivo direcionado para o acionista e sua preparação para reuniões da empresa. A dificuldade de se encontrar o arquivo foi classificado a de acordo com a tabela 1 abaixo.

(37)

23 Tabela 1 – Classificação da dificuldade de se encontrar o relatório de Proxies

Localização do arquivo Valor Atribuído

Página Inicial do site 3

Área de relatórios financeiros 2

Outras áreas do site 1

Não existe no site 0

Fonte: elaborado pelo autor

b) Novos produtos

A definição da “presença” (valor 1) ou “não presença” (valor 0) dessa informação considera a área de notícias da página de relação com os investidores e a constatação de algum lançamento de produto nos anos entre 2014 a 2017.

c) Aquisição

Sua presença condiz com a informação sobre aquisições de empresas na página. Caso a empresa não apresente essa informação devido a inexistência de aquisições, foi constatada a “não presença” da informação.

d) Ambiente

Relacionado com informações sobre outras empresas do mercado e podem ser: notícias, comparação das ações e outros.

e) Canal de relacionamento com investidores

Definido pela existência de um website de domínio da empresa e com uma área reservada as informações para investidores.

f) Notas explicativas

Existência de notas explicativas nos relatórios financeiros. Observada principalmente pela sigla Non-GAAP(non generally accepted accounting principles).

(38)

24 Relacionado a existência de gráfico ou tabela com as informações sobre variação diária das ações. Imagens estáticas do histórico foram consideradas como informação “não presente” devido a possibilidade de desatualização da mesma.

h) Comparação das ações por tempo com outras empresas/índices

Gráfico ou tabela de comparação diária das ações da empresa versus outras ações. i) Código de Ética

Código de ética da empresa, podendo estar junto ao guia de conduta. j) Guia de Governança Corporativa

Guia de governança corporativa da empresa, é necessária a existência de página ou arquivo com esse nome.

k) Canal de denúncias dos relatórios enviados

Foram considerados apenas as opções de contato em que havia a menção de envio anônimo da informação.

l) Atualizações das informações enviadas ao órgão reguladores Existência de data de envio nos relatórios da SEC.

m) Relatório anual completo

Existência de relatório financeiro referente ao fechamento do último ano de 2016. n) Relatórios trimestrais, incluindo relatório financeiro atualizado

Necessária a existência do relatório financeiro do último trimestre. o) Arquivos da SEC

Existência de página do site da empresa com arquivos enviados para a SEC. p) Link para o website da SEC

Existência de link direto para a página da SEC que confirma a presença dos arquivos mencionados.

q) Informações financeiras em outro idioma além do inglês

Opção de alterar o idioma da página de relação com os investidores para idiomas além do inglês.

(39)

25 Atualização dinâmica entre preço reportado no site e preço nas bolsas de valores. s) Comentários e apresentações

Apresentações e/ou comentários em vídeo, áudio ou powerpoint sobre produtos ou eventos da empresa.

t) Calendários de eventos de interesse do investidor

Existência de eventos futuros para o investidor. A existência de um calendário com apenas datas anteriores e/ou sem marcação de futuros compromissos não caracteriza um calendário com eventos de interesse.

u) Cobertura de analistas

Informação sobre analistas financeiros responsáveis pela análise dos relatórios da empresa para os mercados.

v) Informações sobre a corretora

Nome da corretora responsável pela auditoria da empresa. Informação foi comumente encontrada no relatório de proxies.

w) Dados financeiros mensais mais recentes Relatório mensal de até um trimestre anterior. x) Plano de dividendos

Menção da estratégia de aplicação dos dividendos ou menção ao pagamento do mesmo aos acionistas. Não pagamento dos dividendos sem plano de ação caracterizou-se nessa pesquisa como inexistência da informação. Informação foi comumente encontrada no relatório de proxies.

y) Relatório de responsabilidade social

Guia ou relatório de responsabilidade social da empresa como a existência de projetos sociais ou ambientais.

z) Identidade dos membros do conselho de administração

A existência dos nomes dos conselheiros na página de relação com investidores ou no relatório de proxies.

(40)

26 Menção as responsabilidades de cada membro do conselho, incluindo o presidente do conselho e a possível presença do CEO. Informação encontrada na página de relação com investidores ou no relatório de proxies.

bb) Composição acionária

Informação sobre percentual acionário de cada grupo de investimentos ou pessoas físicas. Informação encontrada no relatório de proxies.

cc) Estrutura de informação em outros mercados

Estrutura de riscos enfrentados em mercados estrangeiros ao país de origem da empresa. Informação encontrada nos relatórios de proxies categorizada pela existência do termo risk oversight.

dd) Qualificação profissional de diretores e conselheiros

Existência de currículo reduzido dos membros do conselho de administração. Informação encontrada no relatório de proxies ou na página de relacionamento com o investidor.

ee) Regra de conduta para investidores

Informações de código de ética ou de conduta existentes no relatório de proxies. ff) Procedimento para seleção e eleição de diretores e conselheiros

Existência de guia sobre funcionamento das eleições para membros do conselho e/ou guia sobre as qualificações para futuros membros.

gg) Publicação da função dos escritórios dos diretores

Existência de tabela com a separação das funções dos diretores entre os comitês de auditoria, governança e compensação.

hh) Regras de funcionamento do conselho de administração Existência de descrição dos poderes e deveres do conselho. ii) Descrição das condições de independência dos conselheiros

Indicação de quais conselheiros são independentes. jj) Remuneração dos diretores e conselheiros

(41)

27 kk) Descrição das relações entre diretores e acionistas

Informação sobre quais as obrigações dos diretores para o acionista e/ou indicações de direitos dos acionistas, como votações em andamento. Informações encontradas no relatório de proxies.

ll) Divulgação dos escritórios de diretores de outras empresas (subsidiárias/parceiras) Presença de informação do nome e função de diretores de empresas subsidiárias ou parceiras.

mm) Interesse dos diretores em parcela do capital da empresa Informação sobre a aquisição de novas ações por parte da diretoria. nn) Taxas pagas à firmas de auditoria

Informação sobre valor recebido pelas firmas de auditoria.

O quadro IV retrata a matriz da metodologia analisada para alcançar os objetivos da pesquisa.

Quadro IV – Matriz Metodológica de Amarração Objetivo Justificativa Referencial

Teórico Metodologia Universo da Pesquisa Método de Análise Criação do índice ITI-D (Índice de Transparênci a da Informação Determinante Atuais indicadores com foco em informações financeiras Principais artigos sobre o tema iniciam uma abordagem de outros indicadores para o investiment o além da performanc e financeira Pesquisa qualitativa e exploratória a partir da análise de conteúdo 40 empresas de Tecnologi a da NASDAQ (32% do total das empresas de Tecnologi a) Análise das informaçõe s presentes nas páginas de relação com o investidor

(42)

28 3. DADOS DA PESQUISA

Nesse capítulo foram reproduzidos os dados da pesquisa. No anexo II é possível encontrar a tabela de pesquisa em sua totalidade (com o preenchimento do roteiro de 40 empresas).

É possível analisar a relevância de cada questão do roteiro de pesquisa para as empresas analisadas a partir das tabelas abaixo.

A Tabela 2 apresenta os dados sobre a dificuldade de se encontrar o arquivo de proxies nos sites. O que ela indica é que empresas americanas apresentaram maior preocupação com esse arquivo, muitas vezes o colocando na página inicial do canal de relacionamento com o investidor.

Tabela 2 – Dados sobre a facilidade de se encontrar os relatórios Proxies Dificuldade de se encontrar os relatórios Proxies Americanas Estrangeiras 0 12% 86% 1 15% 14% 2 38% 0% 3 35% 0%

Fonte: Dados da pesquisa, 2017

Na tabela 3 é possível identificar que apesar da alta preocupação em relatar os novos produtos por parte das empresas americanas (81% das empresas americanas analisadas apresentavam essa informação), apenas 36% das empresas de outros países (estrangeiras) consideraram essa informação em suas páginas de relacionamento com o investidor.

Tabela 3 – Existência da informação sobre novos produtos

Novos Produtos Americanas Estrangeiras

0 19% 64%

1 81% 36%

(43)

29 A tabela 4 aponta que poucas empresas observaram relevância em informar seus investidores sobre o mercado em que ela se encontra. Dentre as empresas americana 19% apresentaram algum dado, enquanto apenas 7% das empresas estrangeiras analisadas possuíam a informação.

Tabela 4 – Presença de notícias sobre o mercado (ambiente) em que a empresa se encontra

Ambiente Americanas Estrangeiras

0 81% 93%

1 19% 7%

Fonte: Dados da pesquisa, , 2017

Apenas 4% das empresas americanas analisadas não possuíam um website de relacionamento com os investidores, conforme tabela 5.

Tabela 5 – Presença de canal (site) para relacionamento com o investidor Canal de Relacionamento

com o Investidor Americanas Estrangeiras

0 4% 0%

1 96% 100%

Fonte: Dados da pesquisa, 2017

Maior parte das empresas analisadas possuíam notas explicativas, o que retrata a importância dessa questão para a contabilidade internacional (observado na tabela 6).

Tabela 6 – Existência de notas explicativas nos relatórios financeiros Notas

Explicativas Americanas Estrangeiras

0 8% 14%

1 92% 86%

(44)

30 A existência de comparação entre empresas se mostrou de baixa relevância para empresas estrangeiras (sem presença nas empresas pesquisadas), enquanto 38% das empresas americanas apresentam a informação de acordo com a tabela 7.

Tabela 7 – Comparação das ações com os mercados Comparação das Ações (por tempo) com

outras empresas/ mercados

Americana s Estrangeira s 0 62% 100% 1 38% 0%

Fonte: Dados de pesquisa, 2017

A tabela 8 mostra que tanto empresas americanas quanto empresas estrangeiras consideram o guia de governança corporativa uma informação relevante para apresentar a possíveis investidores.

Tabela 8 – Guia de governança corporativa

Guia de Governança Corporativa Americanas Estrangeiras

0 0% 14%

1 100% 86%

Fonte: Dados de pesquisa, 2017

A preocupação sobre a possibilidade de realizar denúncias anônimas ainda não está presente no dia a dia das empresas, visto que a maioria das empresas optou por não mencionar de acordo com a tabela 9.

Tabela 9 – Canal de denúncia dos relatórios enviados

Canal de denúncias dos relatórios enviados Americanas Estrangeiras

0 73% 93%

1 27% 7%

Fonte: Dados de pesquisa, 2017

A tabela 10 aponta a preocupação das empresas com a necessidade de mostrar a ocorrência de atualização das informações aos órgãos reguladores.

(45)

31 Tabela 10 – Atualizações das informações enviadas aos órgãos reguladores Atualizações das informações enviadas ao órgão

reguladores

Americanas Estrangeiras

0 4% 7%

1 96% 93%

Fonte: Dados da pesquisa, 2017

Tabela 11 aponta a importância do relatório anual, tanto para empresas americanas quanto para estrangeiras.

Tabela 11 – Relatório anual completo

Relatório anual completo atualizado Americanas Estrangeiras

0 8% 21%

1 92% 79%

Fonte: Dados da pesquisa, 2017

Os relatórios financeiros trimestrais também estiveram presentes em alto % das empresas pesquisadas (superior a 70%), conforme tabela 12

Tabela 12 – Relatório trimestral, incluindo relatórios financeiros atualizados Relatórios trimestrais incluindo relatórios financeiros

atualizados American as Estrangeir as 0 8% 14% 1 92% 86%

Fonte: Dados da pesquisa, 2017

A tabela 13 aponta a presença de arquivos da SEC encontrados diretamente no site. Para 100% das empresas americanas e grande parte das estrangeiras esse foi o caso.

(46)

32 Tabela 13 – Presença de arquivos da SEC

Arquivos da SEC Americanas Estrangeiras

0 0% 14%

1 100% 86%

Fonte: Dados da pesquisa, 2017

Poucas empresas (menos de 40%), tanto americanas quanto estrangeiras, identificaram a necessidade de apresentar o link para o site da SEC de acordo com a tabela 14.

Tabela 14 – Existência de link para o site da SEC junto da página com seus arquivos Link para o Website da SEC Americanas Estrangeiras

0 92% 86%

1 8% 14%

Fonte: Dados da pesquisa, 2017

43% das empresas estrangeiras de tecnologia analisadas na NASDAQ tiveram a preocupação em apresentar as informações em mais de um idioma, enquanto apenas 12% das empresas americanas fizeram o mesmo. Dados encontrados na tabela 15.

Tabela 15 – Informações financeiras em outro idioma além do inglês Informações financeiras em outro idioma além do

inglês Americanas Estrangeiras

0 88% 57%

1 12% 43%

Fonte: Dados da pesquisa, 2017

Para as empresas analisadas, essa informação se mostrou relevante (mais de 70% das empresas americanas e estrangeiras a apresentaram em seus websites). Entretanto, para empresas americanas é possível observar uma relevância superior de 21pps em relação a empresas estrangeiras.

Em relação à presença do preço das ações (tabela 16), a informação se mostrou relevante tanto para empresas americanas (92%) quanto para estrangeiras (71%).

Referências

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