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UMA PALAVRA ÀS CRIANÇAS E AOS JOVENS ESTUDANTES DO MST

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Academic year: 2019

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UMA PALAVRA ÀS CRIANÇAS

E AOS JOVENS ESTUDANTES

DO MST

Neste ano o MST completa 15 anos. Muitos de vocês nasceram e cresceram debaixo das lonas pretas, protegidos pela coragem e pela resistência de seus pais e de nossa bandeira de luta. Muitos ainda

continuam nos acampamentos; outros já estão assentados e partilham agora o desafio de transformar a terra conquistada num lugar onde as famílias trabalhem com alegria e fecundem as sementes de uma nova vida no campo. O MST acredita que vocês possam ser os continuadores da luta dos seus pais e companheiros, uma tarefa que só terminará quando não houver mais nenhum sem-terra em nosso país, quando a Reforma Agrária, de fato, for uma realidade. Este será um passo

importante para ajudar a construir o Brasil que

queremos.

Aproveitem bem este tempo de estudo

porque ele é muito importante diante dos

desafios de preparar um futuro diferente. Mas também não deixem de participar das

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1984-:199:9

ou assentamento. Elas são nossa principal escola. Cultivem nossos símbolos e nossos ideais. São eles que deixaremos a vocês como herança, junto com a história da qual vocês também já são sujeitos.

DEwr.u·~~~ A todos que participaram do

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_,._,,._...,..- s ~'-·-""" .... ~~. T Concurso Nacional

o

Brasil que

queremos agradecemos a disposição e o

engajamento e convocamos para

participar do Concurso deste ano: 1999: Feliz Aniversário MST! Procurem as orientações

junto à sua escola ou junto ao Setor de

Educação do seu estado. Ajudem a divulgá-las para que tenhamos ainda mais escolas e estudantes envolvidos com esta iniciativa.

Cada um de nós deve ocupar uma

trincheira de luta. A de vocês, estudantes, é a

de garantir uma escola de comunicade e para todos. E o Concurso Nacional nos ajudará a alcançar esses objetivos.

Vamos ao estudo,

Vamos à luta!

Um abraço afetuoso da Direção Nacional

1984-'1999

DE LUTAS· CONQU!Sl'Al»DIGNll>Allf.

2° Concurso

Nacional para as

Escolas e os

Estudantes do MST

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TEMA:

1999: FELIZ ANIVERSÁRIO MST!

APRESENTAÇÃO

Em 1998 realizamos o Concurso Nacional de Redações e Desenhos "O Brasil que queremos". A seleção nacional aconteceu em dezembro e a premiação dos estudantes será feita em Brasília, num encontro de confraternização a ser

realizado de 15 a 17 de março de 1999. · Participaram do Concurso estudantes das escolas de 1 ª a 4ª e de 5ª a 8ª séries de acampamentos e assentamentos de 14 estados. Mesmo sem a participação total dos estados e das escolas, consideramos que o concurso obteve êxito,

principalmente pela qualidade das

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'19S4-i1999

deste ter sido o nosso primeiro concurso nacional, podem ser

superados à medida que tivermos

bem presentes seus objetivos e nos engajarmos para garantir o seu bom desenvolvimento.

O processo e o produto do primeiro concurso nos mostrou a

potencialidade pedagógica e política deste tipo de atividade:

• como ferramenta de trabalho de base junto aos nossos

assentamentos e acampamentos; • como tarefa que fortalece nossa

organicidade;

• como instrumento de diagnóstico de como está acontecendo a educação de nossos estudantes; • como atividade educativa de

nossas crianças, de nossos jovens e adultos, de nossas comunidades.

Por isto, neste ano de 1999, estamos

realizando o nosso 2º Concurso Nacional.

Desta vez como parte das comemorações

dos 15 anos do MST. Além dos estudantes

de ensino fundamental, que já participaram do primeiro concurso, agora estamos

convocando também nossos alfabetizandos jovens e adultos, e nossos estudantes do ensino médio (2º grau).

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Temos certeza de que, se toda a nossa organização se comprometer com a realização deste concurso nacional,

estaremos perto de consolidá-lo como mais uma das atividades educativas e culturais regulares do nosso Movimento,

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OBJETIVOS

Com a realização do 2º Concurso Nacional queremos:

• Comemorar o aniversário do MST. • Mobilizar as escolas em torno de uma atividade que envolva o conjunto dos assentamentos e acampamentos e fortaleça o sentimento de pertença ao MST.

• Cultivar a memória da luta pela terra e pela Reforma Agrária em cada uma das nossas comunidades.

• Desenvolver o valor educativo do resgate e registro da história do povo.

• Desafiar o conjunto dos estudantes do MST a expressar suas idéias e seus sentimentos sobre o MST e sua história.

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DESENVOLVIMENTO

DO CONCURSO

O 2º Concurso Nacional, com o tema "1999: FELIZ ANIVERSÁRIO MST!" será desenvolvido em duas modalidades que explicaremos a seguir:

Modalidade 1 : Escolas

1. Objetivo específico

Resgatar nossa história.

2. Atividade

PESQUISA sobre a história do

assentamento ou acampamento feita pelos estudantes, coordenados pela Escola e garantindo o envolvimento de toda a comunidade.

3. Método

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letras de canções feitas nas lutas, mapas ... E, o mais importante: é

preciso garantir a participação da

comunidade no processo de resgate

de sua própria história.

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Também deve fazer parte deste

processo a utilização de toda a pesquisa feita como conteúdo de várias aulas neste ano letivo.

4. Produto

Para a seleção dos trabalhos, cada escola

deverá entregar um RELATÓRIO como

resultado da pesquisa realizada. Este relatório deverá conter:

• uma introdução que explique como foi feita a pesquisa;

• uma narração da história do

assentamento ou acampamento com a maior riqueza de detalhes possível; • uma conclusão que sintetize as lições

tiradas da história e, se possível, que faça uma relação entre a história do assentamento (ou acampamento) e a história do MST;

• um anexo com as cópias dos principais documentos encontrados, das

entrevistas feitas, com fotografias, poemas, canções, símbolos ...

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5. Título

Cada escola terá liberdade para criar um título que melhor identifique o seu trabalho. Um exemplo: "Memória do Assentamento Zumbi dos Palmares".

Todos os trabalhos selecionados serão destinados ao Centro de Documentação do MST.

6. Participantes

Poderão participar todas as escolas de ensino fundamental (1 ª a 4ª ou 5ª a 8ª séries) dos assentamentos e

acampamentos, ou que recebam estudantes destas áreas.

Observações:

• No caso de um assentamento (ou acampamento) ter mais do que uma escola, poderá ser feito um único

trabalho através da cooperação entre as escolas existentes.

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s

7. Seleção

Os trabalhos serão selecionados em dois níveis:

Estadual: todas as escolas que

realizarem a pesquisa poderão enviar o seu produto para o Setor de

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Educação do MST do Estado. Um júri

estadual fará a seleção dos

5

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melhores trabalhos do estado e os enviará para seleção nacional. Caberá às instâncias estaduais do MST definir como e quando será feita a divulgação e a premiação das escolas selecionadas no estado.

Nacional: Um júri nacional analisará

todos os relatórios de pesquisa

recebidos e fará a seleção dos

5

(cinco)

melhores trabalhos do país. Caberá às instâncias nacionais do MST definir como e quando será feita a divulgação e a premiação das escolas selecionadas.

8. Identificação

O relatório deverá ter em sua capa, os seguintes dados de identificação: • Nome da Escola

• Nome de uma pessoa responsável para contato

• Endereço para correspondência • Nome do Assentamento ou

Acampamento

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• Município • Estado

Trabalhos sem identificação não serão considerados na seleção.

De preferência o texto do relatório deverá ser datilografado ou digitado. Serão aceitos também os trabalhos escritos à mão, desde que tenham uma letra legível.

9. Calendário

O 2º Concurso Nacional obedecerá ao seguinte calendário e etapas:

Primeira etapa: Realização da atividade

nas escolas.

Período: abril a setembro 99.

Data limite para o recebimento dos

relatórios na Secretaria Estadual do MST

(A/C do Setor de Educação): 30 de

setembro 99.

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Segunda etapa: Seleção Estadual.

Período: todo o mês de outubro 99.

Data limite para recebimento dos

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relatórios de pesquisa selecionados

nos estados na Secretaria Nacional do

Setor de Educação em Brasília: 15 de

novembro 99. Os relatórios deverão ser

enviados para o Escritório Nacional do MST em Brasília/DF(A/C do Setor de Educação).

Terceira etapa: Seleção Nacional.

Período: dezembro 99.

A seleção será feita através de Júri

constituído especialmente para esta tarefa, em data e local a ser definido pela

Coordenação do 2º Concurso Nacional.

1 O. Critérios para seleção

Serão levados em conta os seguintes critérios para seleção, em todos os níveis:

• Coerência em relação ao objetivo específico desta modalidade do Concurso.

• Riqueza de detalhes da narração da história e dos materiais coletados.

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• Demonstração de envolvimento da comunidade na pesquisa.

- Criatividade.

- Estética da apresentação do relatório.

Modalidade 2: Estudantes

1. Objetivo específico

Produzir uma mensagem para os 15 anos

do MST.

2. Atividade

Cada estudante, individualmente, através de atividades proporcionadas pela escola,

deverá ELABORAR UMA MENSAGEM

ARTÍSTICA que homenageie os 15 anos

do MST. Cada estudante terá liberdade de escolher a forma de expressar esta

mensagem. A condição é que chegue a um produto que possa ser enviado para

apreciação em outro local. Pode ser uma carta, um conto, uma crônica, um poema, uma canção, uma peça teatral , um jogral, um cordel ... Pode ser um desenho, uma pintura, uma colagem, uma escultura, um artesanato .. . ou pode ser ainda uma outra forma de expressão que a criatividade de cada estudante inventar.

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por concorrer através de um único trabalho, podendo utilizar nele mais de uma forma de expressão artística. Também deverá dar um título ao trabalho.

3. Participantes

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Nesta modalidade poderão participar:

• estudantes das escolas de ensino fundamental dos assentamentos e acampamentos;

• estudantes dos programas de alfabetização de jovens e adultos; • estudantes dos cursos de ensino médio

(2º grau supletivo ou regular) do MST.

Observação: Os estudantes que estudam

em escolas de fora dos assentamentos e acampamentos, ou em escolas ou cursos não diretamente ligados ao MST, também

poderão participar do Concurso

Nacional, desde que haja uma articulação direta do assentamento ou acampamento de origem do estudante com o Setor de Educação do estado.

4. Seleção

Os trabalhos serão selecionados em três níveis:

• local (escola, assentamento/ acampamento ou curso); •estadual;

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ll

-•nacional.

Em cada nível deverá ser constituído um júri que analisará os trabalhos realizados

fazendo a seleção de:

10 (dez) trabalhos de estudantes de

1ª a4ª série;

5 (cinco) trabalhos de estudantes de

5ª a 8ª série;

5 (cinco) trabalhos de estudantes

de programas de alfabetização de jovens e adultos;

5 (cinco) trabalhos de estudantes de

ensino médio (2º grau).

Observação: No caso dos estudantes de

Cursos Formais do MST (2º grau) que tenham abrangência nacional ou regional (alunos de mais de um estado), a seleção terá apenas dois níveis:

•seleção dos 5 (cinco) melhores trabalhos em cada curso;

• seleção nacional, onde disputarão junto com os demais trabalhos selecionados nos estados.

Em cada um dos níveis deverá ser definido como e quando acontecerá a divulgação e a premiação dos trabalhos selecionados.

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5. Identificação

Cada trabalho deverá conter os seguintes dados de identificação: • Nome do/a estudante, idade e série.

Nome da escola ou do curso. • Endereço completo para

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correspondência.

• Nome da pessoa responsável pela coordenação desta atividade.

• Nome do assentamento ou acampamento.

• Município. • Estado.

Trabalhos sem identificação não serão considerados na seleção.

6. Calendário

A modalidade "estudantes" obedecerá o seguinte calendário e etapas de atividades:

Primeira etapa:

Realização da atividade nas escolas ou cursos.

Período: abril a setembro 99.

Data limite para o recebimento dos

trabalhos na Secretaria Estadual do MST (A/C do Setor de Educação): 30 de

setembro 99 .

,)

Segunda etapa:

Seleção Estadual. Período: Outubro 99.

Data limite para recebimento dos trabalhos selecionados nos estados no Escritório Nacional do MST em Brasília (A/C do Setor

de Educação): 15 de novembro 99.

•Terceira etapa:

Seleção Nacional

Período: Dezembro 99.

A seleção será feita através de Júri

constituído especialmente para esta tarefa em data e local a ser definido pela

Coordenação do 2º Concurso Nacional.

7. Critérios para seleção

Deverão ser levados em conta os seguintes critérios em todos os níveis da seleção dos trabalhos desta modalidade:

• Coerência com o objetivo específico desta modalidade.

• Originalidade. • Criatividade.

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LANÇAMENTO NACIONAL

DE WTAS•CONQU1SfA.M>IGNtl>AOE

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O lançamento do Concurso

Nacional com o tema "1999: FELIZ

ANIVERSÁRIO MST!" será feito

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durante a cerimônia de premiação do

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º

Concurso prevista para março de

1999 em Brasília.

"O que lembro, tenho."

(Guimarães Rosa)

MST - Setor de Educação

Brasília, fevereiro de 1999.

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MST: 15 anos de

lutas e conquistas

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A luta pela Reforma Agrária já trilhou

um longo caminho em nosso país. A história do Brasil pode ser contada através da luta pelo direito de trabalhar a terra. Desde a resistência dos povos indígenas, os quilombos, Canudos, Contestado, o cangaço, Caldeirão, as revoltas de Porecatu, Formoso, Dona nhoca, sudoeste do Paraná, até as organizações mais recentes das Ligas camponesas, das Ultab's, do Master, fortemente reprimidos pelo golpe militar de

1964.

E agora, já com quinze anos de estrada,

o MST. Somos os continuadores da mesma luta. Caminhantes e seguidores do mesmo ideal. Passamos por muitos sacrifícios, muitas lutas, muitas dores. Porém, se olharmos para trás, veremos também muitas conquistas.

Ao falar das nossas conquistas, não pretendemos nos vangloriar. Queremos apenas registrar que valeu a pena. E deixar, como legado às novas gerações que se somam à luta, que "lutar sempre vale a pena", como dizia o poeta Fernando Pessoa.

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temos trabalho o ano inteiro, casa e produzimos alimentos. Construímos nove cooperativas centrais, 81 cooperativas locais, de produção, serviços e

comercialização, e duas cooperativas de crédito. Temos mais de 45 unidades agroindustriais. Conquistamos linhas de

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crédito específicas para a Reforma

Agrária, como o Procera, e

financiamentos do BNDES para a

agroindústria. Estamos orgulhosos de produzir as primeiras sementes agroecológicas de hortaliças no país.

Mas, o mais importante é que, em todas as áreas conquistadas do latifúndio e

transformadas em Reforma Agrária, agora vivem 20, 30 vezes mais famílias do que antes. Mais famílias com trabalho, mais alimentos sendo produzidos.

Os resultados sociais das áreas conquistadas também são gratificantes. Praticamente eliminamos a mortalidade infantil nos assentamentos. Não há mais fome.

Continuamos pobres, mas acima de tudo conquistamos a dignidade de cidadãos.

Quando se rompe a cerca do latifúndio, rompe-se a cerca do voto de curral, do coronelismo, da dominação política. Agora caminhamos de cabeça erguida, sem a vergonha da opressão. Esse valor da cidadania conquistada, não se mede com dados estatísticos.

No campo político também tivemos muitas conquistas. Para muitos acadêmicos, para os políticos conservadores, para as elites dominantes, a Reforma Agrária já era coisa do

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passado. Nossa luta e teimosia recolocou a Reforma Agrária na pauta de discussão da sociedade e de todos os últimos governos. É verdade que nos custou caro. Quantas caminhadas e ocupações, quantas notícias distorcidas pela imprensa, sempre servil aos governantes. Mas quem conseguirá esquecer, quem conseguirá contar a história do Brasil, sem falar da multidão que parou Brasília, no dia 17 de abril de 1997? A Marcha Nacional acolheu e foi acolhida pela sociedade. Até hoje, uma das maiores manifestações populares contra a política neoliberal do governo FHC. Muitas leis tiveram que mudar. Outras não mudaram. Mas a realidade foi mais forte e legítima. Finalmente, o mais alto Tribunal da República, o STF, teve que reconhecer que as ocupações massivas de terra são legais, legítimas e necessárias para a Reforma Agrária avançar.

Deixamos de ser servos. Deixamos de ser jeca-tatus. Deixamos de ser apenas os simplórios caipiras, como queria o Presidente, e passamos a ser atores ativos da história de nosso país.

Mas, o que mais nos alegra ao olhar o caminho percorrido, é perceber que pela primeira vez na história universal dos movimentos camponeses, conseguimos demonstrar que a Reforma Agrária não é apenas a conquista da terra e da cidadania. Mas, também da Educação. Guiados pelos ensinamentos do nosso mestre Paulo Freire,

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educação libertadora de crianças, jovens e adultos. Hoje, nos orgulhamos de fazer uma campanha massiva de alfabetização de adultos, de ter mais de 75 mil crianças em nossas escolas, dos 2.800

professores nas escolas de primeiro e segundo graus, nas áreas de

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assentamentos. Dos cursos alternativos

de magistério, administração

cooperativista e pedagogia. Além dos convênios com diversas universidades

brasileiras, que contribuem no enriquecimento da nossa proposta pedagógica e na

erradicação do analfabetismo no campo. Um gigantesco esforço, reconhecido e premiado pelo Unicef.

Nesse enorme esforço de compreender a Reforma Agrária como uma luta de todos, o MST participou, nesses 15 anos, de inúmeras atividades culturais. Voltadas para nossa própria base ou para a sociedade como um todo. Dezenas de livros e teses acadêmicas foram escritas. Muitos filmes, alguns

premiados, como Terra para Rose, O Sonho de Rose, Cinco Séculos de Paciência e Ternura, foram produzidos. Nossa luta assumiu,

também, a forma de poesia e música. Com ela difundimos nossos ideais, ocupamos o espaço nas rádios e promovemos a gravação do nosso primeiro CD. Muitos artistas e

intelectuais se somaram a nós nessa luta, com arte, alegria, beleza e ciência. Certamente ficará registrada na história das artes, a brilhante campanha internacional, promovida por Sebastião Salgado, Chico Buarque e José

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Saramago, Prêmio Nobel de Literatura de 1998, difundindo nossa luta pela TERRA.

Tudo isso são conquistas coletivas, de todos os que caminharam conosco nesses 15 anos. Pagamos um elevado preço. Muitos companheiros tombaram. Pagaram com a vida o direito de querer ser cidadãos. E foram tantos. Alguns, anonimamente golpeados pela mão do latifúndio ou pelo braço armado do Estado: as polícias militares. Houve massacres, como os de Corumbiara (RO) e Eldorado dos Carajás (PA). Perdemos valorosas lideranças. Como esquecer o jovem Oziel, de apenas 17 anos, morrer sob tortura, gritando "viva o MST'?

O caminho é ainda longo e extenuante,

mas olhando para trás temos certeza da vitória. São 15 anos que já fazem parte da história do Brasil. Todos os que lutam pela Reforma Agrária, são construtores dessa história.

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22 Concurso Nacional para as Escolas e os

Estudantes do MST, é uma publicação do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra - MST

Escritório do MST

Edifício Arnaldo Villares - Salas 211/212 SCS - Quadra 6 Bloco A Número 11 O 70032-000 - Brasília - DF

Fone: (061 )322-5035 Fax: (061)225-1026 Diagramação: Zenaide Busanello Impressão: Gráfica e Editora Peres

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Referências

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