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DAIANE DRANCKA INSATISFAÇÃO CORPORAL E A RELAÇÃO COM O ESTADO NUTRICIONAL DE ADOLESCENTES RURAIS E URBANOS EM UMA ESCOLA PÚBLICA DO SUDOESTE DO PARANÁ

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DAIANE DRANCKA

INSATISFAÇÃO CORPORAL E A RELAÇÃO COM O ESTADO NUTRICIONAL DE ADOLESCENTES RURAIS E URBANOS EM UMA ESCOLA PÚBLICA DO

SUDOESTE DO PARANÁ

GUARAPUAVA 2010

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DAIANE DRANCKA

INSATISFAÇÃO CORPORAL E A RELAÇÃO COM O ESTADO NUTRICIONAL DE ADOLESCENTES RURAIS E URBANOS EM UMA ESCOLA PÚBLICA DO

SUDOESTE DO PARANÁ

Trabalho de Conclusão de Curso a ser apresentado ao Departamento de Nutrição, da Universidade Estadual do Centro-Oeste (UNICENTRO), como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Nutrição.

Orientador (a): Profª. Priscilla Franceschini

GUARAPUAVA 2010

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INSATISFAÇÃO CORPORAL E A RELAÇÃO COM O ESTADO NUTRICIONAL DE ADOLESCENTES RURAIS E URBANOS EM UMA ESCOLA PÚBLICA DO

SUDOESTE DO PARANÁ

BODY DISSATISFACTION AND RELATIONSHIP WITH THE NUTRITIONAL STATUS OF ADOLESCENTS RURAL AND URBAN IN A PUBLIC SCHOOL OF

THE SOUTHWEST OF PARANA

DRANCKA, Daiane1

FRANCESCHINI, Priscilla2

1

RESUMO

Atualmente o culto a magreza do corpo está tomando proporções cada vez maiores, e este ideal é agravado por vários fatores: culturais, familiares, pressão da mídia, amigos e tendências. A população adolescente é a mais afetada pela pressão em busca de um corpo perfeito, e devido a isso a maioria encontra-se insatisfeita com seu corpo. Em razão disto o objetivo do estudo foi analisar a insatisfação corporal de um grupo escolar de adolescentes, composto por indivíduos do sexo feminino e masculino, residentes na área rural e urbana de uma cidade no sudoeste do Paraná. Foram utilizados métodos de avaliação antropométrica para aferição de peso e estatura para cálculo do Índice de Massa Corporal (IMC), e aplicou-se o “Body

Shape Questionnaire” juntamente com algumas questões complementares para

obtenção de dados referentes a satisfação corporal. Relacionaram-se os valores de IMC calculados com as respostas obtidas nos questionários. Verificou-se que a maioria da população (89,5%) encontra-se na faixa de eutrofia de acordo com a classificação da Organização Mundial da Saúde1 (OMS) para o (IMC), porém observou-se que uma grande porcentagem esta insatisfeita com seu peso (74,7%), mesmo estando na faixa ideal. Recomenda-se uma introdução precoce de educação nutricional nas escolas, visando orientar as crianças e adolescentes sobre as condições ideais de peso, e expor os danos causados à saúde pela prática de métodos errôneos para o controle do peso.

Palavras-chaves: Adolescente, Imagem corporal, Estado nutricional

1 Acadêmica de Nutrição da Universidade Estadual do Centro Oeste - UNICENTRO 2 Docente do curso de Nutrição na Universidade Estadual do Centro Oeste - UNICENTRO

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ABSTRACT

Nowadays the worship about the thinness is taking bigger proportion, and this ideal is intensifying many factors: cultural, family, midea pressure, friends and tendency. The teenagers population is the most affected by this pressure in having a perfect body, and for this reason the mostly is isatisfied with his body. For this reason the objective of this study was analyse the body isatisfaction of a school teenagers group formed with male and female sex people , living in an urban and countryside of a city in Paraná State. Were used antoprometric methods to have the weight and height to calculate the corporal mass index, and also was aplicated the “Body Shape

Questionnaire” with some complementar questions to obtain data about the body

satisfaction.

So were relationed the IMC value calculated with the answers obtained from the questionnaire. Was verified that the majority of population (89,5%) is in level of eutrofic according to the classification of the Health Wrold Organization¹ (OMS) to the (IMC), though was observed that a big part is insatisfied with its weight (74,7%), even beeig in the ideal lane. So is recommended an precocious introduction of nutritional education in schools, to orient children and teennagers about the ideal conditions of weight an height, and show them demage about heath by using wrong methods to control the weight.

Key-words: Teenager, corporal image, nutritional state

INTRODUÇÃO

Cronologicamente, a adolescência é o período dos 10 aos 19 anos de idade, faixa etária definida pela Organização Mundial da Saúde1 (OMS), compreendendo a transição entre a infância e a vida adulta, sendo caracterizado por intensas mudanças somáticas, psicológicas e sociais1.

As modificações que ocorrem no organismo dos adolescentes têm uma relação muito importante com os padrões alimentares adotados e com as recomendações nutricionais para a faixa etária, pois esses fatores são determinantes para as condições de saúde do adolescente2.

Na fase da adolescência o crescimento atinge seu pico de velocidade máxima, e coincidindo com esse crescimento acelerado é observado um real aumento do apetite, com consequente aumento da ingestão de alimentos calóricos. Tudo isso para satisfazer um adequado preenchimento das necessidades energéticas3.

Existem variações significativas entre os dois gêneros, uma vez que o masculino ingere a cada idade quantidades maiores de alimentos que fornecem maior aporte calórico4.

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Com grande frequência consomem refeições de modo irregular e também tendem a omiti-las, principalmente o desjejum, ou substituir refeições importantes, como o almoço, por lanches. Essa prática é mais frequente entre as meninas, que mantêm uma dieta inadequada nutricionalmente, como forma de perder peso5,6.

Tanto a preocupação com o corpo na adolescência, quanto a influência que ele exerce sobre as condições de saúde do indivíduo são temas bastante explorados na literatura7. Evidências mostram que o comportamento alimentar e a imagem corporal são construídos ainda na pré-adolescência. Lowes e Tiggemann8 afirmam que por volta dos seis anos de idade, as meninas já apresentam, particularmente, o desejo de emagrecer, demonstrando precocemente uma insatisfação com o corpo. Vários estudos que focam a insatisfação corporal, principalmente nos pré-adolescentes, sugerem que as preocupações exageradas com o corpo não são exclusivas da adolescência, mas sim, que estão presentes em praticamente todas as faixas etárias9,10.

A imagem corporal, segundo a literatura atual, é dividida em duas características. A estima, que se reporta ao quanto a pessoa gosta ou não de seu corpo, e além do peso e da forma do corpo, também podem ser considerados outros aspectos, como cabelo ou rosto. E a insatisfação corporal, que é a preocupação diretamente com o peso, forma do corpo e gordura corporal11.

Essa insatisfação com o corpo vem sendo identificada mesmo em pessoas com estado nutricional adequado, problema este que deriva de vários fatores como influencia dos amigos e familiares, pressão social e da mídia e a idealização por determinados modelos padrões de corpo7. Pesquisas demonstraram que revistas destinadas a mulheres mais jovens, retratam modelos mais magras do que nas revistas destinadas a mulheres mais velhas, e também expõem essas modelos com menos roupas12. Park13 investigou o efeito que a leitura de revistas de moda tem sobre o desejo de ser magra, e descobriu que esse tipo de leitura aumenta direta e indiretamente o desejo de emagrecer.

Cahill e Mussap14 conduziram um estudo para explorar as alterações nos estados emocionais após a visualização de imagens de corpos considerados ideais, como meio de verificar as mudanças que ocorrem no organismo. O estudo mostrou que após a exposição a modelos de corpo magros, as mulheres registraram aumento no estado raiva, ansiedade, depressão e insatisfação com o corpo. Tais

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mudanças podem levar a alterações nos hábitos alimentares, almejando um corpo mais magro, desencadeando distúrbios alimentares15.

Todo adolescente tem em sua mente um corpo idealizado, e quanto mais o seu corpo real se distanciar do imaginário, maior será a chance de frustração, motivo este que pode comprometer a sua auto-estima16. Os sentimentos de insatisfação com a imagem corporal podem influenciar de modo geral a vida das pessoas, tanto seu desempenho profissional e até mesmo o relacionamento interpessoal17,18.

O corpo magro corresponde ao modelo de beleza imposto pela sociedade, não considerando os fatores relacionados com a saúde e as diferentes constituições da população. Esse padrão distorcido de beleza leva um número cada vez maior de mulheres a se submeterem a dietas para controle de peso, ao excesso de exercícios físicos e ao uso indiscriminado de laxantes, diuréticos e drogas anorexígenas, atitudes que podem levar a sérios problemas de saúde19.

Estas mulheres têm uma visão extremamente rígida sobre seu corpo, percebido como gordo, feio, rejeitável e inaceitável. Algumas mais vulneráveis acabam desenvolvendo transtornos alimentares na busca pela imagem ideal20.

A insatisfação com o próprio corpo pode ser o ponto inicial para a evolução da anorexia nervosa e da bulimia nervosa. A excessiva preocupação com o corpo, que é traduzida pela insatisfação com o peso e/ou a forma corporal, é geralmente seguida por uma dieta rigorosa, que tem uma força capaz de desenvolver transtornos alimentares. Tanto a anorexia como a bulimia são quadros clínicos mais frequentes no sexo feminino, relacionadas a práticas, sem sucesso, de atingir o corpo ideal21.

Os homens não estão livres de apresentar distúrbios alimentares, porém mesmo assim a anorexia é mais presente no sexo feminino, sendo até nove vezes mais frequente nas mulheres e apenas cerca de 10% das pessoas diagnosticadas com anorexia ou bulimia são do sexo masculino. O "Mental Health Foundation" estima que futuramente, 1 entre 20 mulheres sofrerão alguns sintomas de transtorno alimentar22.

A Universidade de São Paulo e a Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto observaram em estudos, que mais de 50% das adolescentes em idade escolar apresentam algum tipo de comportamento de risco para o desenvolvimento de transtornos alimentares, e acredita-se que isso se deve as pressões sociais e vários outros fatores que afetam principalmente as populações mais jovens20.

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O crescente grau de urbanização também trouxe intensas mudanças no estilo de vida dos adolescentes, expondo-os a atividades sedentárias, hábitos alimentares inadequados, e como consequência de tudo isso, entre outras, os problemas relacionados à obesidade. Estudos recentes sugerem que uma alimentação inadequada representa um forte indicador de insatisfação corporal entre os adolescentes22.

A forma de apresentação de um mesmo alimento é diferenciada na área rural e na área urbana, e essa diferença é relacionada diretamente com o poder aquisitivo, ou seja, com o nível econômico do consumidor23.

Alguns estudos mostram que quando comparadas as populações urbanas e rurais, a população urbana de baixa renda apresenta uma ingestão calórica inferior do que a rural. A população urbana consome mais alimentos processados, em relação à área rural, e a população urbana de baixa renda consome mais proteína e gordura animal24.

São vários os estudos realizados no Brasil que têm como foco principal a insatisfação corporal, porém são voltados principalmente para os escolares das áreas urbanas, ficando um vazio em relação aos adolescentes das áreas rurais25.

Diante disso e da grandiosa exigência de um padrão de beleza magro para as mulheres e um porte atlético para os homens, o estudo teve como objetivos: a) verificar a prevalência de insatisfação corporal em adolescentes domiciliados nas áreas urbana e rural; b) verificar a influência da inadequação nutricional (índice de massa corporal) na insatisfação corporal desses adolescentes.

MATERIAIS E MÉTODOS

Trata-se de um estudo transversal que foi realizado no Colégio Estadual Castelo Branco na cidade de Bom Sucesso do Sul - PR, no período de dezembro de 2009. O trabalho foi analisado e aceito pelo comitê de ética da Universidade Estadual do Centro Oeste – UNICENTRO, conforme anexo 1. A população inicial era constituída de 250 indivíduos, incluindo meninos e meninas da 5ª série do ensino fundamental até o 3º ano do ensino médio nos períodos matutino, vespertino e noturno, que representavam 100% dos alunos da instituição. Participaram do estudo somente 96 alunos, que representam 38,4% da população. A faixa etária compreendida foi de 11 a 17 anos.

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Foram excluídos da pesquisa os alunos que não possuíam idade completa de 11 anos e idade acima de 18 anos. Gestação e não apresentação do termo de consentimento assinado pelo responsável (APÊNDICE I) também foram motivos de exclusão. Considerou-se como perdas aqueles alunos que, após duas tentativas em dias e horários diferentes, não puderam ser pesados e medidos.

Aferiu-se a estatura dos voluntários com auxílio de fita métrica inelástica com variação de 0,1 cm, estendida na parede, sem rodapé, com o auxílio de um esquadro de madeira. Os adolescentes foram avaliados com o mínimo de roupas e descalços. O peso foi obtido utilizando-se balança digital portátil da marca YESHM, com capacidade de 200 kg e precisão de 0,1 kg. Os valores obtidos foram utilizados para o cálculo do Índice de Massa Corporal (IMC), utilizado para a verificação do estado nutricional dos adolescentes, conforme preconizado pela OMS1 para a faixa etária. Os dados foram coletados nas dependências da escola, em local que não estava sendo utilizado para outras atividades no dia. Os alunos foram retirados nos horário de aula normal, com prévio consentimento do professor. Se ausentaram da sala de aula 3 ou 4 alunos por vez, por um tempo estimado de 10 minutos.

Os dados de peso e estatura foram anotados em um cabeçalho anterior ao questionário de satisfação corporal. Neste mesmo local, questionou-se a série que o aluno estava cursando, turno, idade e local de residência, se rural ou urbana.

Foi respondido o questionário “Body Shape Questionnaire” (ANEXO 2), para obtenção do nível de insatisfação corporal. Explicou-se o questionário em sala de aula, e os alunos responderam em casa. Aplicou-se um questionário complementar com questões sobre auto-percepção corporal. Os questionários foram utilizados para verificação da satisfação corporal dos adolescentes, e após foi comparado com os valores obtidos de IMC, verificando se realmente o aluno está fora do seu peso ideal, ou está insatisfeito com seu corpo, porém encontra-se dentro da faixa ideal de peso para estatura, com um diagnóstico nutricional adequado.

A pontuação obtida no questionário foi classificada de acordo com a versão original de Cooper et al26.

- Nenhuma preocupação - quando a pontuação for inferior ou igual a 110 pontos.

- Leve - quando a pontuação for superior a 110 pontos e inferior ou igual a 138 pontos.

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- Moderada - quando a pontuação for superior a 138 pontos e inferior ou igual a 167 pontos.

- Grave - quando a pontuação for superior a 167.

Também foram respondidas algumas perguntas elaboradas pelas

pesquisadoras, para fins de complementação de informações, como: se trabalha, tipo de atividade física praticada, se faz alguma dieta para reduzir o peso, local de moradia e questões correspondentes ao peso idealizado pelo aluno (APÊNDICE II).

A análise dos dados foi realizada através de estatística descritiva – média frequência, desvio padrão. A análise estatística foi realizada por meio de teste T de Student e teste qui-quadrado, com auxílio do software Excel®, com nível de significância de 0,05 (p<0,05).

RESULTADOS E DISCUSSÃO

A população estudada divide-se em feminino e masculino, tendo em ambos os sexos alunos domiciliados na área rural e na área urbana.

A amostra do sexo feminino de 67 alunas, que corresponde a 69,8% da população total, apresentou idade média de 13,3 anos ± 1,8 anos, peso médio de 51,69 kg ± 12,13 kg, altura média de 1,59 m ± 0,08 m e IMC médio 20,39 kg/m² ± 3,95 kg/m².

O grupo feminino foi separado em rural e urbano, de acordo com o local de residência, e as classificações encontram-se no quadro 1:

Quadro 1:

FEMININO

URBANA (n=29) RURAL (n=38)

IDADE 12,8 anos ± 1,6 anos 13,7 anos ± 1,9 anos

PESO 48,37 kg ± 11,10 kg 54,23 kg ± 12,4 kg

ALTURA 1,57 m ± 0,08 m 1,6 m ± 0,08 m

IMC 19,43 kg/m² ± 3,21 kg/m² 21,11 kg/m² ± 4,33 kg/m²

Magreza grau III 6,9% (n=2) 7,9% (n= 3)

Magreza grau II 20,69% (n=6) 7,9% (n=3)

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Eutrofia 55,17% (n=16) 63,15% (n=24)

Sobrepeso 3,44% (n=1) 10,52% (n=4)

Obesidade grau I - 5,27% (n=2)

Obesidade grau II - -

Obesidade grau III - -

Comparando as duas populações percebe-se que a desnutrição é mais presente na área urbana, contendo um total de 12 meninas classificadas com algum grau de desnutrição, enquanto que na área rural 8 encontram-se nesse estado. Classificadas com sobrepeso, apenas 1 menina urbana e 4 rurais, sendo que nestas ainda classificam-se 2 com obesidade grau 1, fator não encontrado entre as meninas da área urbana. De acordo com o teste T de Student não foi encontrado um valor de p significativo (p=0,07) entre os valores de IMC da área rural e urbana.

As domiciliadas na área rural apresentaram média de peso e IMC elevados, se comparados à área urbana, porém verifica-se que de acordo com a OMS1 os valores de IMC apresentados estão dentro do recomendado, diagnosticando eutrofia para a amostra feminina.

Os gráficos 1 e 2 ilustram as porcentagens de alunas do sexo feminino classificados de acordo com o IMC.

GRÁFICO 1 - Urbano Feminino

7% 21% 14% 55% 3% Magreza grau 3 Magreza grau 2 Magreza grau 1 Eutrofia Sobrepeso

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GRÁFICO 2 - Rural Feminino 8% 8% 5% 63% 11% 5% Magreza grau 3 Magreza grau 2 Magreza grau 1 Eutrofia Sobrepeso Obesidade grau 1

A média da soma dos pontos obtidos no questionário aplicado para avaliação da satisfação corporal foi de 79,43 para a amostra feminina geral. Para a área urbana foi de 71,91, e para a área rural de 85,13. Conforme a classificação de Cooper et al a média dos valores não apontam riscos de preocupação com o corpo. Dividindo-se a amostra feminina em rural e urbana verificam-se os resultados apresentados no quadro 2. Quadro 2: FEMININO URBANA (n=29) RURAL (n=38) PONTOS 71,91 85,13 Sem preocupação 96,55% (n=28) 81,5% (n=31) Preocupação leve - 10,51% (n=4) Preocupação moderada - 5,26% (n=2) Preocupação grave 3,44% (n=1) 2,71% (n=1)

Verifica-se com isso que as meninas residentes na área rural apresentam uma maior preocupação com o corpo, com teste qui-quadrado um valor de p significativo (p=0,05), fato que pode estar relacionado com a presença de valores de IMC mais elevados na mesma área, caracterizando assim maior grau de insatisfação corporal.

Triches e Giugliani27, partindo da hipótese que escolares que residem em municípios pequenos ou em área rural estariam mais satisfeitos com os seus corpos,

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que escolares residentes na área urbana, por serem menos pressionados a adotarem os modelos padrões atuais de beleza veiculados pela mídia, avaliaram a prevalência de insatisfação corporal em escolares do sexo feminino de dois municípios. Os resultados indicaram alta prevalência de insatisfação corporal, sendo que escolares da zona urbana (65,6%) estavam mais insatisfeitos que os da zona rural (52,6%). Os resultados são contrários aos do presente estudo, onde a amostra feminina rural apresentou maior insatisfação corporal.

Dev et al28 analisaram 200 adolescentes do sexo feminino de 2 escolas urbanas e 2 escolas rurais no distrito de Gombak na Malásia, e verificaram que a média de IMC para a área urbana foi de 20,27 Kg/m² e para a área rural foi de 19,65 Kg/m², estando ambas na faixa de eutrofia. Em relação à percepção da imagem corporal, 39% das entrevistadas da área urbana dizem estar acima do peso enquanto apenas 20% realmente são assim classificadas. Entre as meninas da área rural 12% relatam sentir-se acima do peso, porém apenas 10% assim estão quando verificados os valores de IMC. Com isso observou-se que a ocorrência de excesso de peso é o dobro entre as adolescentes urbanas do que as rurais, gerando assim mais casos de insatisfação corporal. Jackson e colaboradores29, também verificaram que entre jovens do sexo feminino no Egito, as estudantes de escolas urbanas eram classificadas com sobrepeso/obesidade em maior quantidade em relação às estudantes das escolas rurais, resultando assim em maiores porcentagens de insatisfação corporal, 10% e 5% para urbanas e rurais, respectivamente.

A amostra do sexo masculino, de 29 alunos, que corresponde a 30,2% da população total, apresentou idade média de 13,4 anos ± 1,9 anos, peso médio de 50,5 kg ± 12,84 kg, altura média de 1,62 m ± 0,13 m e IMC médio de 18,93 kg/m² ± 2,7 kg/m².

A amostra masculina foi separada em rural e urbana, de acordo com o local de residência, e as classificações encontram-se no quadro 3:

Quadro 3:

MASCULINO

URBANA (n=11) RURAL (n=18)

IDADE 12,18 anos ± 0,98 anos 14,11 anos ± 2 anos

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ALTURA 1,53 m ± 0,11 m 1,67 m ± 0,12 m

IMC 17,95 kg/m² ± 1,96 kg/m² 19,53 kg/m² ± 2,96 kg/m²

Magreza grau III 9,1% (n=1) 11,12% (n=2)

Magreza grau II 27,27% (n=3) 5,55% (n=1) Magreza grau I 36,36% (n=4) 16,66% (n=3) Eutrofia 27,27% (n=3) 61,12% (n=11) Sobrepeso - 5,55% (n=1) Obesidade grau I - - Obesidade grau II - -

Obesidade grau III - -

Na comparação das duas áreas percebe-se que na área urbana a desnutrição é mais presente, contendo um total de 8 meninos classificados com algum grau de desnutrição, enquanto que na área rural 6 encontram-se neste estado. Apenas 1 menino rural foi classificados com sobrepeso e em nenhuma das áreas foram encontrados casos de obesidade para os meninos. Não foi encontrado um valor de p significativo (p=0,06) entre os valores de IMC da amostra masculina da área rural e urbana.

Verificou-se que os meninos da área rural têm valores de peso e IMC elevados em relação aos da área urbana, porém os valores, mesmo elevados, estão dentro dos padrões.

Os gráficos 3 e 4 ilustram as porcentagem de alunos classificados de acordo com o IMC.

GRÁFICO 3 - Urbano Masculino

9,09% 27,27% 36,36% 27,27% Magreza grau 3 Magreza grau 2 Magreza grau 1 Eutrofia

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GRÁFICO 4 - Rural Masculino 11% 6% 17% 60% 6% Magreza grau 3 Magreza grau 2 Magreza grau 1 Eutrofia Sobrepeso

Os pontos somados no questionário aplicado atingiram média geral de 52,38 para os meninos. As porcentagens da amostra masculina rural e urbana encontram-se no quadro 4: Quadro 4: MASCULINO URBANA (n=11) RURAL (n=18) PONTOS 53 52 Sem preocupação 90,9% (n=10) 94,4% (n=17) Preocupação leve 9,1% (n=1) 5,6% (n=1) Preocupação moderada - - Preocupação grave - -

As porcentagens encontradas foram parecidas, porém verificou-se através do teste T de Student que o valor de p não é significativo (p=0,45). Mesmo a área urbana contendo uma grande porcentagem de desnutrição ainda revelou que alguns alunos preocupam-se com sua imagem corporal, já que o questionário avaliativo era voltado à obesidade.

Classificando-se a pontuação obtida nos questionários, verifica-se que a maioria dos alunos, tanto meninas quanto meninos, tiveram uma pontuação baixa, o que significa uma ausência de preocupação com o corpo. Porém analisando-se as respostas do questionário aberto, constatou-se que uma grande porcentagem de

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alunos está insatisfeita com o peso, ou por estar acima ou abaixo do desejado, e uma pequena parcela apenas declara estar satisfeito com o peso atual.

Dentre a amostra feminina da área urbana, 96,55% obtiveram pontuação abaixo de 100, sendo assim classificadas como sem preocupação com o corpo. No questionário aberto, 7,40% (n=5) declaram desejar aumentar o peso, 26,80% (n=18) desejam diminuir e apenas 9% (n=6) estão satisfeitas. As meninas da área rural classificadas como sem preocupação com o corpo, resultam em 81,5%, porém nas perguntas abertas, 3% (n=2) almeja aumentar o peso, 41,80% (n=28) diminuir e 12% (n=8) declaram estar satisfeitas.

A amostra masculina residente na área urbana foi classificada com 90,9% sem preocupação com o corpo, e deixou claro que 17,24% (n=5) desejam aumentar o peso, 6,90% (n=2) diminuir e 13,80% (n=4) não desejam mudar. Na área rural 94,4% foram classificados como sem preocupação, mas 20,69% (n=6) estimam aumentar o peso, 17,24% (n=5) diminuir e 24,13% (n=7) permanecer com o peso atual.

O gráfico 5 ilustra as porcentagens de acordo com o desejo de aumentar, diminuir ou manter o peso atual das amostras feminina rural e urbana, e masculina rural e urbana.

Tais resultados apontaram para a presença de insatisfação corporal entre os adolescentes, sendo que a maior preocupação da população estudada é o peso, fator este que não pode ser visualizado na pontuação do Body Shape Questionnaire. Justifica-se pelo fato deste relacionar o peso com outras questões, como partes

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especificas do corpo, sentimento de culpa por ingerir alimentos, práticas para perda de peso, como vômito ou dietas rígidas, e não o fator peso isolado.

Em estudo de Petroski et al30 foi verificado que a insatisfação com a imagem

corporal foi similar (p>0,05), sendo que 64,2% dos adolescentes da área rural e 62,8% da área urbana apresentavam-se insatisfeitos. Em ambas as áreas residenciais, o desejo predominante era de reduzir o peso corporal. A diferença percentual verificada foi mínima, porém observa-se uma maior insatisfação na área rural, o mesmo verificado no presente estudo.

Verificou-se que uma grande porcentagem dos alunos avaliados encontra-se na faixa ideal de peso para estatura, com os valores de IMC classificados como normal, e mesmo assim está insatisfeita com seu peso e a forma física de seu corpo. Na amostra masculina há uma insatisfação decorrente do baixo peso em que se encontram, fator que deve ser analisado separadamente para verificação de possíveis causas para essa magreza. Na amostra feminina é mais facilmente visualizada a insatisfação com o peso derivada da fixação por corpos magros, almejando assim a diminuição do peso ignorando se é de uma escolha saudável ou não.

Em estudo de Branco et al20 foi verificado que a percepção corporal é mais comprometida nas meninas do que nos meninos. Das 348 adolescentes em eutrofia, 152 (43,6%) se identificaram com algum excesso de peso, e das 42 que apresentaram sobrepeso, 20 (47,6%) se acharam obesas. Para os meninos, verificou-se que, dos 443 eutróficos, 85 (19,2%) se acharam em sobrepeso; dos 95 em sobrepeso, 25 (26,3%) se consideraram eutróficos; dos 35 em obesidade, 15 (42,8%) se identificaram com as figuras de sobrepeso e 1 (2,8%) em eutrofia. Anteriormente pôde-se observar no gráfico 5, que as meninas, tanto da área rural quanto da urbana, igualmente têm a percepção corporal mais distorcida, enquanto os meninos percebem o corpo com menos distorção.

CONCLUSÃO

Os dados do presente estudo nos levam a concluir que atualmente a prevalência de insatisfação corporal entre os adolescentes é elevada e continuamente crescente. Independente do local de moradia, rural ou urbano, os adolescentes estão expostos a vários fatores de risco desencadeantes da

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insatisfação corporal, sendo alguns desses riscos o estado nutricional, as formas do corpo, a pressão da mídia por corpos idealizados, almejando a magreza no sexo feminino e o porte atlético no masculino.

A distorção da imagem corporal é verificada mesmo em indivíduos que apresentam valores de IMC adequados, e isso leva a iniciação de práticas para o controle do peso que podem ser prejudiciais à saúde, principalmente pelo fato de serem realizadas sem acompanhamento de profissionais habilitados na área.

Sugere-se a introdução da prática de educação nutricional nas escolas, com objetivos de orientar hábitos alimentares mais saudáveis, explicar sobre os riscos à saúde predispostos por práticas inadequadas de controle do peso sem orientação e da busca incessante pelos padrões de beleza propostos, que são prejudiciais a saúde. São necessários maiores estudos nessa linha, a fim de investigar e entender a complexa dinâmica individual e social do adolescente.

REFERÊNCIAS

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(18)

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11 Smolak L, Levine MP. Body image in children. In: Thompson JK, Smolak L, editors. Body image, eating disorders and obesity in youth: assessment, prevention and treatment. Whashington (DC): American Psychological Association; 2001; 41-66. 12 Bessenoff G, Del Priore R. Mulheres, peso e idade: Social comparação de imagens de revista ao longo da vida. Sex Roles. 2007; 56(3): 215-222.

13 Park S. A influência da mídia sobre a suposta influência do desejo da mulher de ser magro. Communication Research. 2005; 32(5): 594-614.

14 Cahill S, Mussap A. Emotional reactions following exposure to idealized bodies predict unhealthy body change attitudes and behaviors in women and men. Journal of Psychosomatic Research. 2007; 62(6): 631-639.

15 Harrison K, Cantor J. A relação entre o consumo de mídia e transtornos alimentares. Jornal de Comunicação. 2007; 47(1): 40-67.

16 Fleitlich BW, Larino MA, Cobelo A, Cordas TA. Anorexia nervosa na adolescência. J Pediatria. 2000; 76:323-329.

17 Anderson LA, Eyler AA, Galuska DA, Brown DR, Brownson RC.Relationship of satisfaction with body size and trying to lose weight in a national survey of overweight and obese women aged 40 and older, United States. Prev Med. 2002; 35(4):390-6. 18 Provencher V, Bégin C, Gagnon-Girouard MP, Gagnon HC, Tremblay A, Boivin S, et al. Defined weight expectations in overweight women: anthropometrical, psychological and eating behavioral correlates. Int J Obes. 2007; 31(11):1731-38. 19 Oliveira FP, Bosi MLM, Vigário OS. Comportamento alimentar e imagem corporal em atletas. Revista Brasileira de Medicina do Esporte. 2003; 6(9):56-348.

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21 Alves E, Vasconcelos FAG; Calvo MCM, Neves J. Prevalência de sintomas de anorexia nervosa e insatisfação com a imagem corporal em adolescentes do sexo

(19)

feminino do Município de Florianópolis, Santa Catarina, Brasil. Cad. Saúde Pública. 2008; 24(3)503-512.

22 Conti MA, Frutuoso MFP, Gambardella AMD. Excesso de peso e insatisfação corporal em adolescentes. Revista de Nutrição. 2005; 18(4):491-497.

23 Corseuil MW, Pelegrini A, Beck C, Petroski EL. Prevalência de insatisfação com a imagem corporal e sua associação com a inadequação nutricional em adolescentes. Revista de Educação Física/UEM. 2009; 20(1):25-31.

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28 Dev ROD, Permal V, Sofian MFO. Rural Urban Differences in Body Image Perception, Body Mass Index and Dieting Behaviour Among Malay Adolescent Malaysian Schoolgirls. Euro Journals Publishing. 2009; 34 (1):69-82.

29 Jackson RT, Motaza R, Rawia SE. Rural urban differences in weight, body image, and dieting behavior among adolescent Egyptian schoolgirls. International Journal of Food Sciences and Nutrition. 2003; 54, 1-11.

30 Petroski EL, Pelegrini A, Glaner MF. Insatisfação corporal em adolescentes rurais e urbanos Motricidade Fundação Técnica e Científica do Desporto. 2009; 5(4):13-25.

(20)
(21)
(22)

APÊNDICE 1

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Título do Projeto: - AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA E O GRAU DE SATISFAÇÃO CORPORAL DE ADOLESCENTES EM UMA ESCOLA DO SUDOESTE DO PARANÁ

Pesquisador Responsável: Daiane Drancka Professor Orientador: Priscilla Franceschini

Instituição a que pertence o Pesquisador Responsável: Universidade Estadual do Centro Oeste - UNICENTRO

Telefones para contato: (46) 3234 1109 Nome do

voluntário:____________________________________________________________________ Idade: _______ anos R.G. Responsável legal (Pai/Mãe): _____________________________

Seu filho (a) está sendo convidado (a) a participar do projeto de pesquisa “AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA E O GRAU DE SATISFAÇÃO CORPORAL DE ADOLESCENTES EM UMA ESCOLA DO SUDOESTE DO PARANÁ”, de responsabilidade da pesquisadora Priscilla Franceschini.

- Este trabalho tem por objetivo avaliar o estado nutricional dos adolescentes estudantes do Colégio

Estadual Castelo Branco, da cidade de Bom Sucesso do Sul – PR, o grau de satisfação destes com seus corpos, e a relação da pratica de atividades físicas com o local de moradia (urbana ou rural). Com o grande aumento de distúrbios alimentares induzidos pela mídia e pela moda, este tipo de estudo visa identificar possíveis riscos, podendo assim tratá-los a tempo.

- Serão aferidas as medidas de peso e estatura dos alunos em horário escolar, pela pesquisadora orientada.Também será respondido um questionário devidamente elaborado, com questões sobre auto-percepção corporal, pratica de atividades físicas, local de moradia, formas de lazer e questões correspondentes ao peso idealizado pelo aluno

- A presente pesquisa não oferece riscos e desconfortos aos pesquisados, já que não serão realizados métodos invasivos.

- Com base nos resultados poderá ser avaliada a ocorrência de distúrbios alimentares, realizando-se

assim uma educação nutricional e estimulação da pratica de atividades físicas.

- Em casos de duvidas acerca dos procedimentos, riscos, benefícios e outros assuntos relacionados

com a pesquisa ou com o tratamento individual, os responsáveis poderão entrar em contato pelo telefone citado acima, ou na própria instituição de pesquisa, que entrará em contato com o pesquisador.

- A participação do aluno nesta pesquisa é totalmente voluntária, e este poderá retirar seu termo de

consentimento a qualquer momento, ou seja, poderá desistir da pesquisa quando desejar, sem que isto traga prejuízos à continuidade do estudo.

- Os resultados obtidos poderão ser divulgados no meio acadêmico, porém todas as informações obtidas nos procedimentos da pesquisa, como peso, estatura e demais respostas citadas no questionário, serão mantidas em sigilo, garantindo assim a confidencialidade das informações geradas e a privacidade do sujeito da pesquisa.

- Os alunos voluntários não terão gastos para participar da pesquisa, já que esta será realizada nas

dependências da escola em horários de aula, não necessitando que o aluno se desloque de sua residência em outros horários.

- Os voluntários não serão indenizados pela participação na pesquisa, ou seja, não receberão nenhum valor em dinheiro.

Eu, __________________________________________, RG nº _____________________________, ( nome pai ou mãe ) (nº RG pai ou mãe )

responsável legal por ________________________________, RG nº _________________________ (nome do aluno) ( RG do aluno)

declaro ter sido informado e concordo com a sua participação, como voluntário, no projeto de pesquisa acima descrito.

Bom Sucesso do Sul, _____ de ______________ de _______ _______________________________

(23)

ANEXO 2

BODY SHAPE QUESTIONNAIRE

Questionário aplicado para verificação de insatisfação corporal e coleta de dados: peso, estatura, nome, série, turno e local de residência – rural ou urbana.

Peso Altura IMC Pontos

aaaaoo aaaaaa aaaaaa

Nome:___________________________________________ Idade:_____________ Série:__________ Turno:___________ Urbana ( ) Rural ( )

Questionário

Gostaria de saber como tem se sentido em relação ao seu corpo no último mês: 1. NUNCA 2. RARAMENTE 3. ALGUMAS VEZES 4. FREQUENTEMENTE 5. MUITO FREQUENTEMENTE 6. SEMPRE

1. Sentir-se entediado (a) faz você se preocupar com sua aparência física?

1 2 3 4 5 6

2. Sua preocupação com a aparência fisica chega ao ponto de você pensar que você deveria fazer uma dieta?

1 2 3 4 5 6

3. Já lhe ocorreu que suas coxas, seus quadris e suas nádegas são grandes demais para o restante do seu corpo?

1 2 3 4 5 6

4. Você tem receio de que poderia engordar ou ficar mais gordo? 1 2 3 4 5 6

5. Você anda preocupado (a) achando que o seu corpo não é firme o suficiente?

1 2 3 4 5 6

6. Ao ingerir uma refeição completa e sentir o estomago cheio, você se preocupa em ter engordado?

1 2 3 4 5 6

7. Você já se sentiu tão mal com a sua forma fisica a ponto de chorar? 1 2 3 4 5 6

8. Você deixou de correr porque achou que seu corpo poderia balançar?

1 2 3 4 5 6

9. Estar com pessoas magras, do mesmo sexo que o seu, faz você reparar em sua forma fisica?

1 2 3 4 5 6

10. Você já se preocupou com o fato de suas coxas poderem ocupar muito espaço quando se senta?

1 2 3 4 5 6

(24)

quantidade de alimento?

12. Você tem reparado na forma fisica de outras pessoas do mesmo sexo que o seu, e ao se comparar, tem se sentido em desvantagem?

1 2 3 4 5 6

13. Pensar na sua forma fisica interfere na sua capacidade de se concentrar em outras atividades?

1 2 3 4 5 6

14. Estar nu (por exemplo quando toma banho) faz você se sente gordo (a)?

1 2 3 4 5 6

15. Evita usar roupa que marque as suas formas? 1 2 3 4 5 6

16. Já pensou em eliminar as partes gordas do seu corpo? Ex – cirurgia plástica

1 2 3 4 5 6

17. Comer doces, pastéis, ou outros alimentos com muitas calorias faz sentir-se gordo (a)?

1 2 3 4 5 6

18. Evita ir a acontecimentos sociais (por exemplo, uma festa) por se sentir mal com a sua imagem?

1 2 3 4 5 6

19. Sente-se muito gordo ou arredondado? 1 2 3 4 5 6

20. Você sente vergonha do seu corpo? 1 2 3 4 5 6

21. A preocupação com a sua forma fisica levou você fazer dieta? 1 2 3 4 5 6

22. Sente-se melhor com a sua imagem quando tem o estômago vazio (por exemplo, de manhã)?

1 2 3 4 5 6

23. Pensa que a imagem que tem deve-se à sua falta de autocontrole? 1 2 3 4 5 6 24. Preocupa-a que outras pessoas possam ver “pneus” à volta da sua

cintura ou do seu estômago?

1 2 3 4 5 6

25. Você acha injusto que outras pessoas do mesmo sexo que o seu sejam mais magras do que você?

1 2 3 4 5 6

26. Já vomitou para se sentir mais magro? 1 2 3 4 5 6

27. Quando está com outras pessoas preocupa-lhe poder estar ocupando muito espaço (por exemplo quando está sentado num sofá ou no carro?)

1 2 3 4 5 6

28. Preocupa-se que a sua pele tenha aspecto de casca de laranja (celulite)?

1 2 3 4 5 6

29. O reflexo do seu corpo num espelho faz você se sentir mal com a sua imagem?

1 2 3 4 5 6

30. Tem beliscado partes do corpo para saber quanta gordura tem? 1 2 3 4 5 6

31. Evita situações em que as outras pessoas possam ver o seu corpo? (Por exemplo, vestiários comuns de piscinas)

1 2 3 4 5 6

(25)

33. Você fica mais preocupado quando (a) com sua forma fisica quando esta junto com outras pessoas?

1 2 3 4 5 6

34. A preocupação com a sua figura faz você pensar que precisa de fazer mais exercício físico?

(26)

APÊNDICE 2

35. Qual é o peso que você gostaria de ter? _____________________

36. Faz algum tipo de atividade fisica? Qual?

___________________________________________________________________

37. Trabalha ou ajuda os pais na lavoura? O quê faz?

___________________________________________________________________

38. Faz academia ou alguma atividade com a intenção de reduzir ou manter seu peso?

___________________________________________________________________

39. Faz alguma dieta para reduzir ou manter o peso? Qual?

Referências

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