Apˆendice
A
Parametriza¸c˜
oes microf´ısicas do modelo 1D
O modelo 1D utilizado nesta tese de doutorado possui seis categorias de hidrometeoros mais o vapor d’´agua (v), sendo got´ıculas de nuvem (cw), gotas de chuva (r), cristais de gelo (i), flocos de neve (s), graupel (g) e granizo (h). O vapor d’´agua e os hidrometeoros interagem entre si atrav´es de condensa¸c˜ao/evapora¸c˜ao/sublima¸c˜ao, colis˜ao-coalescˆencia, agrega¸c˜ao, acres¸c˜ao e auto-convers˜oes. Em alguns desses processos, parˆametros como a eficiˆencia de coleta e densidade dos hidrometeoros s˜ao necess´arios para descrevˆe-los. Assim, as Tabelas A.1 e A.2 apresentam os valores desses parˆametros para cada um dos hidrometeoros do modelo. A seguir, as parametriza¸c˜oes dos processos microf´ısicos utilizada no modelo 1D s˜ao brevemente descritas.
Tabela A.1 -Valores da eficiˆencia de coleta entre os hidrometeoros x e y (εxy) utilizadas nas equa¸c˜oes de microf´ısica do modelo 1D. A unidade da temperatura T para ´e emo
C.
εxy ´agua de nuvem (y = cw) cristais de gelo (y = i) neve (y = s)
chuva (x = r) 1.0 1.0 −
cristais de gelo (x = i) 1.0 0.1 exp(0.1T ) −
neve (x = s) 0.3 0.1 exp(0.1T ) 0.1 exp(0.1T )
graupel (x = g) 0.8 1.0 −
granizo (x = h) 0.9 1.0 −
1) P COND: Condensa¸c˜ao de vapor em got´ıculas de nuvem
A convers˜ao de vapor d’´agua em got´ıculas de nuvens ´e dada segundo Yau e Austin (1979):
Tabela A.2 -Densidade dos hidrometeoros usada na microf´ısica do modelo 1D. ρx (kgm− 3 ) ´ agua de nuvem (x = cw) 1000 chuva (x = r) 1000 neve (x = s) 100 graupel (x = g) 400 granizo (x = h) 900 P COND = ρe(qv− qvs) 1 + L2vqvs CpRvT2 (A.1)
onde qv ´e a raz˜ao de mistura de vapor d’´agua da nuvem, qvs ´e a raz˜ao de mistura de
satura¸c˜ao, T ´e a temperatura da nuvem, Lv ´e o calor latente de vaporiza¸c˜ao, Cp ´e o
calor espec´ıfico do ar `a press˜ao constante e Rv a constante do g´as para o vapor d’´agua.
Logo, haver´a condensa¸c˜ao de got´ıculas de nuvem quando qv > qvs e haver´a evapora¸c˜ao das
got´ıculas quanto qv < qvs.
2) P RAUT : Auto-convers˜ao de got´ıculas de nuvem em gotas de chuva
O processo de auto-convers˜ao de got´ıculas de nuvem em gotas de chuva ´e parametrizado de acordo com Kessler (1969):
P RAUT = ρe α m´ax{0., (qcw− qcw0)} (A.2)
onde qcw0 ´e o limite de raz˜ao de mistura para a auto-convers˜ao e α ´e a taxa de convers˜ao.
Se qcw < qcw0 n˜ao h´a convers˜ao. Por´em, se qcw > qcw0 parte da ´agua de nuvem (qcw) ´e
convertida em ´agua de chuva (qr) `a uma taxa α. Em nuvens continentais (isto ´e, nuvens
formadas em ambientes com altas concentra¸c˜oes de CCNs) a auto-convers˜ao ´e ineficiente, enquanto que em nuvens mar´ıtimas (baixa concentra¸c˜ao de CCNs) a auto-convers˜ao ´e eficiente. Logo, valores altos de qcw0 e baixos de α devem ser usados para simula¸c˜oes
de nuvens continentais, enquanto que baixo e altos valores, respectivamente, de qcw0 e α
devem ser usados para nuvens mar´ıtimas. Baseado nas observa¸c˜oes de Orville et al. (1999), os valores de α e qcw0 para esses tipos de nuvens s˜ao:
Apˆendice A. Parametriza¸c˜oes microf´ısicas do modelo 1D 187
• continental: α = 0.001s−1, e q
cw0 = 1gkg−1
• mar´ıtima: α = 0.02s−1, e q
cw0 = 0.1gkg−1
3) P REV P : Evapora¸c˜ao das gotas de chuva
A evapora¸c˜ao das gotas de chuva ´e calculada segundo Lin et al. (1983):
P REV P = 2π(Sw− 1)N0rKw−1 0.78 λr + 0.31NSchmidt1/3 Γ(2.5 + 0.5br) (A.3) × ρear µ 1/2P0 P 0.2 λ−(2.5+0.5br)
onde ρe ´e a densidade do ar, S ´e a supersatura¸c˜ao da nuvem em rela¸c˜ao `a ´agua l´ıquida
(Sw = qv/qvs), µ ´e a viscosidade do ar, NSchmidt ´e o n´umero de Schmidt, P ´e a press˜ao no
interior da nuvem, P0´e a press˜ao da superf´ıcie, N0r e λrs˜ao, respectivamente, o parˆametro
de interse¸c˜ao e o parˆametro de decl´ınio da distribui¸c˜ao exponencial (equa¸c˜ao 4.9) das gotas de chuva, e ar e br s˜ao os coeficientes da velocidade terminal (equa¸c˜ao 4.13, Tabela 4.1).
O parˆametro Kw ´e dado por:
Kw = Lv Ka Lv RvT − 1 + 1 ρeqvsφ (A.4)
onde Ka´e a condutividade t´ermica do ar e φ ´e a difusividade do vapor d’´agua no ar.
4) P INT : Nuclea¸c˜ao prim´aria de cristais de gelo
A nuclea¸c˜ao de cristais de gelo segue a parametriza¸c˜ao de Meyers et al. (1992):
NINT = ∂Ni−Nucl
∂z m´ax{0, w} (A.5) P INT = ρ−1
e mi0NINT (A.6)
Ni−Nucl = Ni0exp(αiSi− βi) (A.7)
onde w ´e a velocidade vertical, mi0´e a massa inicial dos cristais de gelo (= 10−12kg), Ni0
´e a concentra¸c˜ao inicial (= 103m−3), α
i = 0.1296, βi = −0.639, e SSi ´e a supersatura¸c˜ao
ambiente em rela¸c˜ao ao gelo (Si = qv/qsi − 1). A nuclea¸c˜ao ocorre somente se T < 0oC,
5) P CW HF Z: Produ¸c˜ao de cristais de gelo por congelamento homogˆeneo de ´
agua de nuvem
Para temperaturas menores que -40oC, toda ´agua de nuvem ´e congelada e transformada
em cristais de gelo, ou seja:
P CW HF Z = 0, T > −40oC ρ−1 e qcw, T <= −40oC (A.8)
e a produ¸c˜ao da concentra¸c˜ao de cristais de gelo passa a ser:
NCW HF Z = P CW HF Z mi0
(A.9)
onde mi0 = 10−12kg.
6) P DEP I: Crescimento (ou sublima¸c˜ao) de cristais de gelo por difus˜ao de vapor d’´agua
Para 0 < T < −40oC, o cresimento de cristais de gelo por deposi¸c˜ao de vapor d’´agua ´e
dado por (Rutlegde e Hobbs, 1983):
P DEP I = 2πSiNiV ENTi ABi (A.10) ABi = L2 s KaRvT2 + 1 ρqvisφ (A.11)
onde V ENTi ´e o efeito da ventila¸c˜ao associada `a precipita¸c˜ao. Esse efeito ´e muito
compli-cado (Ferrier, 1994) e foi mantido constante de valor V ENTi = 10.38 (Petersen, 1997).
Para T ≥ −40oC, raz˜ao de deposi¸c˜ao de vapor d’´agua em cristais de gelo segue a equa¸c˜ao A.1, por´em para a raz˜ao de mistura de satura¸c˜ao em rela¸c˜ao ao gelo qvsi e o calor
latente de sublima¸c˜ao Ls, ou seja:
P DEP I = ρe(qv− qvsi) 1 + L2sqvs
CpRvT2
(A.12)
7) P xDEP : Crescimento (ou sublima¸c˜ao) de neve, graupel e granizo por difus˜ao de vapor d’´agua
Apˆendice A. Parametriza¸c˜oes microf´ısicas do modelo 1D 189
Para T < 0oC, o cresimento de neve, graupel e granizo por deposi¸c˜ao de vapor d’´agua
´e semelhante `a evapora¸c˜ao das got´ıculas de chuva A.13 (Lin et al., 1983):
P REV P = 2π(Si− 1)N0xKi−1 0.78 λx + 0.31NSchmidt1/3 Γ(2.5 + 0.5bx) (A.13) × ρeax µ 1/2P0 P 0.2 λ−(2.5+0.5bx)
onde ρe ´e a densidade do ar, Si ´e a supersatura¸c˜ao da nuvem em rela¸c˜ao ao gelo (Si =
qv/qvsi), N0x e λxs˜ao, respectivamente, o parˆametro de interse¸c˜ao e o parˆametro de decl´ınio
da distribui¸c˜ao exponencial (equa¸c˜ao 4.9) dos hidrometeoros x = s, g, h, e ax e bx s˜ao os
coeficientes da velocidade terminal (equa¸c˜ao 4.13, Tabela 4.1). O parˆametro Ki ´e dado
por: Ki = Ls Ka Ls RvT − 1 + 1 ρeqvsiφ (A.14)
8) P xAUT : Auto-convers˜ao de cristais de gelo em neve e de neve em graupel A auto-convers˜ao de cristais de gelo (y = i) em flocos de neve (x = s) e de flocos de neve (y = s)em graupel (x = g) seguem os conceitos propostos por Kessler (1969) para got´ıculas de nuvem (equa¸c˜ao A.2). Logo, a agrega¸c˜ao pode ser escrita como (Lin et al., 1983):
P xAUT = αxyρem´ax{0., (qy − qy0)} (A.15)
onde αxy ´e a taxa de convers˜ao do hidrometeoro y em hidrometeoro x, e qy0 ´e o limite
de raz˜ao de mistura para ocorrer agrega¸c˜ao. Os valores de qi0 e qs0 s˜ao, respectivamente,
1gkg−1 e 0.6gkg−1.
9) P xACW : Produ¸c˜ao de chuva atrav´es de colis˜ao-coalescˆencia de got´ıculas de nuvem
Uma vez formadas as gotas de chuvas, neve, graupel e granizo, eles colidem com as as got´ıculas de nuvem e coalescem/acrescem. Assim coalescˆencia/acres¸c˜ao de got´ıculas de nuvem (y = cw) pelos demais hidrometeoros (x = r, s, g, h) ´e dada por Lin et al. (1983):
P xACW = π 4ρeqyεxyaxN0x Γ(3 + bx) λ3+bx x P0 P 0.4 (A.16)
onde ax e bx s˜ao os coeficientes da velocidade terminal (equa¸c˜ao 4.13, Tabela 4.1), N0x e λx
s˜ao os parˆametros de intersec¸c˜ao e de forma da distribui¸c˜ao exponencial (equa¸c˜ao 4.9), qy
´e a raz˜ao de mistura das got´ıculas de nuvem ou cristais de gelo, P ´e a press˜ao no interior da nuvem, P0 ´e a press˜ao da superf´ıcie, ρe´e a densidade do ar, e εxy ´e a eficiˆencia de coleta
entre os hidrometeoros x e y. Os valores de εxy s˜ao apresentados na Tabela A.1.
No caso das gotas de chuva e do granizo, todas as got´ıculas coalescidas passam para as categorias de chuva e granizo, respectivamente. J´a no caso da neve, graupel ´e um processo de 3 componentes, ou seja, as got´ıculas coalescidas podem transformar fazer com que a neve (graupel ) permane¸ca na categoria neve (graupel ) e/ou passe para a categoria graupel (granizo). Assim, as vari´aveis δ3 e δ4 nas equa¸c˜oes 4.18, 4.19 e 4.20 representam a fra¸c˜ao
da massa distribuida entre as categorias neve e graupel (δ3) e entre graupel e granizo (δ4),
dispon´ıvel em Lin et al. (1983) e Rutlegde e Hobbs (1983).
10) P CIMLT : Produ¸c˜ao de got´ıculas de nuvem pelo derretimento de cristais de gelo
Para temperaturas maiores que 0oC, todos cristais de gelo s˜ao derretidos e
transforma-dos em got´ıculas de nuvem, ou seja:
P CIMLT = 0, T < 0oC ρ−1 e qi, T ≥ 0oC (A.17)
11) P xMLT EV : Evapora¸c˜ao de neve, graupel e granizo em derretimento Para T >= 0oC, a evapora¸c˜ao de neve, graupel e granizo ´e semelhante `a evapora¸c˜ao
das got´ıculas de chuva A.13 (Lin et al., 1983):
P xMLT EV = 2π(Sw− 1)N0xKw−1 0.78 λx + 0.31NSchmidt1/3 Γ(2.5 + 0.5bx) (A.18) × ρeax µ 1/2P0 P 0.2 λ−(2.5+0.5bx)
Apˆendice A. Parametriza¸c˜oes microf´ısicas do modelo 1D 191
12) P xW GEV : Evapora¸c˜ao de graupel e granizo molhados
A evapora¸c˜ao de graupel (x = g) e granizo x = h que se encontram em crescimento molhado, segue os princ´ıpios da evapora¸c˜ao do cristais de gelo P DEP I (equa¸c˜ao A.10) por´em para T ≥ 0oC: P xW GEV = 2πSwNiV ENTx ABw (A.19) ABw = L2 v KaRvT2 + 1 ρqvsφ (A.20)
onde V ENTx ´e o efeito da ventila¸c˜ao no hidrometeoro x associada `a precipita¸c˜ao, dado
por (Ferrier, 1994): V ENTx = 0.78 λ2 x + 0.31NSchmidt ρeax µ 1/2P0 P 2Γ(2.5 + 0.5bx) λ2.5+0.5bx x (A.21)
13) P MxACW : Coleta de got´ıculas de chuva pela neve, graupel e granizo em molhados
A coleta de got´ıculas de chuva pela neve, graupel e granizo ´e dada pela mesma equa¸c˜ao de coleta de got´ıculas desses hidrometeoros seco, ou seja, pela equa¸c˜ao A.16 por´em ocor-rendo em temperaturas maiores que 0oC.
14) P IF W : Convers˜ao de ´agua de nuvem em neve pelo processo de Bergeron A parametriza¸c˜ao do processo de Bergeron assume o crescimento de flocos de neve por deposi¸c˜ao e acres¸c˜ao baseado em um cristal de gelo de 50µm, dado por Hsie et al. (1980):
P IF W = N50(a1ma502 + πεcwiρlR250v50) (A.22)
onde a1 e a2 s˜ao parˆametros dependetes da temperatura, e R50, m50 e v50 s˜ao
respectiva-mente o raio, massa e velocidade terminal do cristal de gelo de 50µm. N50´e a concentra¸c˜ao
desses cristais e εcwi´e a eficiˆencia de colis˜ao entre os cristais e as got´ıculas de nuvem (tabela
A.1).
No caso da convers˜ao dos cristais de gelo em neve, a parametriza¸c˜ao do processo de Bergeron tamb´em assume cristal de gelo de 50µm (Hsie et al., 1980):
P IF C = qi ∆t1
(A.23)
onde ∆t1 ´e um parˆametro de escala de tempo com dependˆencia na temperatura dado por
Hsie et al. (1980).
16) P xACI: Coleta de cristais de gelo por chuva, neve, graupel e granizo A coleta de cristais de gelo por chuva, neve, graupel e granizo (x = r, s, g, h) ´e dada por Ferrier (1994): P xACI = π 4ρeεxiqiaxN0x Γ(3 + bx) λ3+bx x P0 P 0.4 (A.24)
onde εxi pode ser encontrado na Tabela A.1, e ax e bx est˜ao na Tabela 4.1. No caso de
x = r (P RACI) o tipo de hidrometeoro formado ap´os a coleta ´e dado atrav´es do diˆametro das gotas de chuva:
• se D0r <= 0.5mm, ent˜ao ´e formado flocos de neve (x = s);
• se 5 < D0r <= 1.0mm, ent˜ao ´e formado graupel (x = g);
• se D0r > 1.0mm, ent˜ao ´e formado granizo (x = h).
17) P IHMx: Produ¸c˜ao secund´aria de cristais de gelo durante a agrega¸c˜ao de gotas congeladas por graupel e granizo
A concentra¸c˜ao de pequenos cristais de gelo (splinters) produzidos por grama de ´agua de nuvem coletada por graupel e granizo (x = g, h), P GACW e P HACW (equa¸c˜ao A.16), ´e dado por Hallet e Mossop (1974):
NIHMx = 3.5 × 108P xACWa + T
b (A.25)
onde T ´e dado em Celsius, a = 3 e b = 3 para −3 > T ≥ −5oC, e a = 8 e b = 4 para
Apˆendice A. Parametriza¸c˜oes microf´ısicas do modelo 1D 193
A raz˜ao de mistura da produ¸c˜ao secund´aria de cristais de gelo ´e dada a partir da concentra¸c˜ao de pequenos cristais de gelo (splinters) NIHMx considerando os splinters com massa 10−12kg:
P IHMx = NIHMx × 10−12ρ
e (A.26)
18) P xMLT : Produ¸c˜ao de chuva atrav´es do derretimento de neve, graupel e granizo
A taxa de derretimento dos hidrometeoros x = s, g, h ´e baseada no balan¸co entre a condu¸c˜ao e a convec¸c˜ao de calor na superf´ıcie das part´ıculas (Lin et al., 1983):
P xMLT = −2πN0xKaT
V ENTx
Lf
(A.27) Ka = 2.3823 × 10−2+ 7.1176 × 10−5T (A.28)
onde T ´e a temperatura ambiente (oC), L
f ´e o calor latente de fus˜ao, N0x ´e o parˆametro
de interse¸c˜ao, e V ENTx ´e o fator de ventila¸c˜ao do hidrometeoro x dado por:
V ENTx = Cx+ DxNSchmidt ρeax µ 1/2P0 P 0.2 1 λ2.5+0.5bx x (A.29)
sendo que Cx = 0.78 e Dx = 0.31 para x = g, h, Cx = 0.65 e Dx = 0.4 para x = s, e
NSchmidt ´e o n´umero de Schmidt (Pruppacher e Klett, 1997).
19) P xACR: Coleta de chuva por neve, graupel e granizo
A taxa de acres¸c˜ao de gotas de chuva por x = s, g, h ´e dada por Lin et al. (1983):
P xACR = π2εrxN0rN0x|vr− vx|ρr 5 λ6 rλx + 2 λ5 rλ2x + 0.5 λ4 rλ3x ! (A.30)
onde εrx e ρcw s˜ao dados nas Tabelas A.1 e A.2, respectivamente. Assim como no caso de
P xACI (equa¸c˜ao A.24), os limites de Dor para formar neve, graupel ou granizo s˜ao:
• se D0r <= 0.5mm, ent˜ao ´e formado flocos de neve (x = s);
• se D0r > 1.0mm, ent˜ao ´e formado granizo (x = h).
20) P xACRM: Produ¸c˜ao de chuva atrav´es da colis˜ao de gotas de chuva com neve, graupel e granizo em derretimento
A produ¸c˜ao de chuva atrav´es da colis˜ao de gotas de chuva com neve, graupel e granizo em derretimento ´e dada por:
P xACRM = −4187TP xACR Lf
(A.31)
onde T ´e a temperatura ambiente (oC), L
f ´e o calor latente de fus˜ao e P xACR ´e a raz˜ao
de mistura da coleta de chuva por x = s, g, h dada pela equa¸c˜ao A.30 (Rutlegde e Hobbs, 1983).
21) P xACW M: Produ¸c˜ao de chuva atrav´es da colis˜ao de got´ıculas de nuvem com neve, graupel e granizo em derretimento
Analogamente `a produ¸c˜ao de chuva atrav´es da colis˜ao de gotas de chuva com neve, graupel e granizo em derretimento (P xACRM), a produ¸c˜ao de chuva atrav´es da colis˜ao com got´ıculas de nuvem ´e dada por:
P xACW M = −4187TP xACW Lf
(A.32)
onde T ´e a temperatura ambiente (oC), L
f ´e o calor latente de fus˜ao e P xACW ´e a raz˜ao
de mistura da coleta de chuva por x = s, g, h dada pela equa¸c˜ao A.16 (Rutlegde e Hobbs, 1983).
22) P IF R: Congelamento de gotas de chuva
O congelamento probabil´ıstico de gotas de chuva ´e dado por:
P IF R = 1.0739 × 107N0r(exp(−0.66T ) − 1)
1 λr
!7
(A.33)
Apˆendice A. Parametriza¸c˜oes microf´ısicas do modelo 1D 195
23) P IACR: Congelamento de gotas de chuva atrav´es do contato com cristais de gelo
A acres¸c˜ao de gotas de chuva pelos cristais de gelo pode ser escrita como (Rutlegde e Hobbs, 1983): P IACR = π 2 24εriNiN0rρrar Γ(6 + br) λ6+br r P0 P 0.4 (A.34)
onde εri ´e a eficiˆencia de coleta das gotas de chuva pelo cristais de gelo (Tabela A.1), Ni ´e
a concentra¸c˜ao total de gelo (equa¸c˜ao 4.21), N0r e λr s˜ao os parˆametros de interse¸c˜ao e de
decl´ınio da distribui¸c˜ao exponencial das gotas de chuva (equa¸c˜ao 4.9), ρr ´e densidade das
gotas de chuva (Tabela A.2), ar e br s˜ao os coeficientes da velocidade terminal (equa¸c˜ao
4.13, Tabela 4.1), P ´e a press˜ao no interior da nuvem, e P0 ´e a press˜ao da superf´ıcie.
Os limites de Dor para formar neve, graupel ou granizo s˜ao:
• se D0r <= 0.5mm, ent˜ao ´e formado flocos de neve (x = s);
• se 5 < D0r <= 1.0mm, ent˜ao ´e formado graupel (x = g);
• se D0r > 1.0mm, ent˜ao ´e formado granizo (x = h).
24) P xACS: Coleta de flocos de neve pela chuva, graupel e granizo
A coleta de flocos de neve por x = r, g, h ´e an´aloga `a P xACR, ou seja (Lin et al., 1983):
P xACS = π2εsxN0sN0x|vs− vx|ρs 5 λ6 sλx + 2 λ5 sλ2x + 0.5 λ4 sλ3x ! (A.35)
onde εsx e ρs s˜ao dados nas Tabelas A.1 e A.2, respectivamente. No caso de x = r, os
limites de Dor para formar neve, graupel ou granizo s˜ao:
• se D0r <= 0.5mm, ent˜ao ´e formado flocos de neve (x = s);
• se 5 < D0r <= 1.0mm, ent˜ao ´e formado graupel (x = g);
• se D0r > 1.0mm, ent˜ao ´e formado granizo (x = h).
25) P MRACS: Produ¸c˜ao de chuva atrav´es da coleta de neve em derretimento Se a temperatura for superior a 0oC, a coleta de neve por gotas de chuva ´e transformada
em chuva simplesmente pelo derretimento de P RACS (equa¸c˜ao A.35), ou seja:
P MRACS = 0, T < 0oC P RACS, T ≥ 0oC (A.36)
26) P CONV : Convers˜ao de cristais de gelo em neve
A convers˜ao de cristais de gelo em neve ´e dada pela m´axima massa de cristais permitida mi−m´ax = 2.0 × 10−9kg:
P CONV = m´axn0 ; qi− mi−m´ax
Ni
ρe
o
(A.37)
onde Ni ´e a concentra¸c˜ao de n´umero e qi ´e a raz˜ao de mistura de cristais (Rutlegde e
Hobbs, 1983).
27) P W ACx: Coleta de neve e graupel por ´agua de nuvem
Analogamente ao congelamento de chuva por contato com cristais de gelo (P IACR), a coleta de neve e graupel por ´agua de nuvem ´e dada por Lin et al. (1983):
P W ACx = π 2 24εcwxNcwN0xρxax Γ(6 + bx) λ6+bx x P0 P 0.4 (A.38)
onde ax e bx s˜ao os coeficientes da velocidade terminal de x = s, g (Tabela 4.1).
28) P RACG: Coleta de graupel por gotas de chuva
Analogamente `a P xACR, a coleta de graupel por gotas de chuva ´e dada por (Lin et al., 1983): P RACG = π2εrgN0rN0g|vr− vg|ρg 5 λ6 gλr + 2 λ5 gλ2r + 0.5 λ4 gλ3r ! (A.39)
onde εrg e ρg est˜ao nas Tabelas A.1 e A.2, respectivamente. Os limites de Dor para formar
neve, graupel ou granizo s˜ao:
Apˆendice A. Parametriza¸c˜oes microf´ısicas do modelo 1D 197
• se 5 < D0r <= 1.0mm, ent˜ao ´e formado graupel (x = g);