Este trabalho pretende analisar a validade constitucional das normas previstas nos artigos 475-L, parágrafo primeiro, e 741, parágrafoúnico, ambas do Código de Processo Civil. Tais normas inseriram uma forma de inexigibilidade de título executivo, seja judicial ou extrajudicial, que se fundamente em texto normativo declarado inconstitucional pelo Su- premo Tribunal Federal. Há muita controvérsia doutrinária a respeito da aplicação destes dispositivos legais. A jurisprudência tem, em sua grande maioria, aplicado literalmente o dispositivo. Será realizada análise necessária das opiniões doutrinárias sobre o tema, análise da jurisprudência sobre o assunto e sobre as duas Ações Diretas de Inconstitucionalidades propostas pelo Conselho Federal da OAB (ADI 2418 e ADI nº 3740), nas quais se contesta a constitucionalidade dos diplomas normativos. Após, será realizada a necessária ponderação de princípios constitucionais para, ao final, apontarmos nossa conclusão sobre o tema.
SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. MITIGAÇÃO DA SÚMULA 691/STF. DEPOSITÁRIO INFIEL. PRISÃO CIVIL. INADMISSIBILIDADE. ORIENTAÇÃO PLENÁRIA DESTE SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. ORDEM CONCEDIDA DE OFÍCIO. 1. O Plenário do Supremo Tribunal Federal firmou a orientação de que só é possível a prisão civil do "responsável pelo inadimplemento voluntário e inescusável de obrigação alimentícia" (inciso LXVII do art. 5º da CF/88). Precedentes: HCs 87.585 e 92.566, da relatoria do ministro Marco Aurélio. 2. A norma que se extrai do inciso LXVII do artigo 5º da Constituição Federal é de eficácia restringível. Pelo que as duas exceções nela contidas podem ser aportadas por lei, quebrantando, assim, a força protetora da proibição, como regra geral, da prisão civil por dívida. 3. O Pacto de San José da Costa Rica (ratificado pelo Brasil - Decreto 678, de 6 de novembro de 1992), para valer como norma jurídica interna do Brasil, há de ter como fundamento de validade o § 2º do artigo 5º da Magna Carta. A se contrapor, então, a qualquer norma ordinária originariamente brasileira que preveja a prisão civil por dívida. Noutros termos: o Pacto de San José da Costa Rica, passando a ter como fundamento de validade o § 2º do art. 5º da CF/88, prevalece como norma supralegal em nossa ordem jurídica interna e, assim, proíbe a prisão civil por dívida. Não é norma constitucional -- à falta do rito exigido pelo § 3º do art. 5º --, mas a sua hierarquia intermediária de norma supralegal autoriza afastar regra ordinária brasileira que possibilite a prisão civil por dívida. 4. Na concreta situação dos autos, a prisão civil do paciente foi decretada com base nos artigos 652 do Código Civil e 904, parágrafoúnico, do Diploma Civil Adjetivo. A autorizar, portanto, a mitigação da Súmula 691. 5. Habeas corpus não conhecido. Ordem concedida de ofício. (grifei e negritei)
ParágrafoÚnico: Atenção! No caso de algum membro da equipe não comparecer ou chegar atrasado ao evento, (ou seja, não chegar até as 09h00 se for aluno da manhã, ou não chegar até as 20h20 se for aluno da noite), ele estará automaticamente desclassificado do processo e não concorrerá com sua equipe que, diferente dele, chegou no horário. O líder da equipe deverá, assim que chegar ao evento, ou seja, no máximo uma (1) hora antes, comunicar à Comissão Organizadora quais serão os alunos que realmente apresentarão, seguindo esse requisito de chegada para o evento, no máximo uma hora antes. Isso porque a Comissão Organizadora estará realizando controle de frequência dos alunos inscritos.
A presente pesquisa pretende avaliar os efeitos da aplicação do parágrafoúnico do artigo 40 da Lei de Propriedade Industrial, que confere possibilidade de prorrogação da vigência da patente em relação ao acesso aos medicamentos genéricos. Apresenta algumas reflexões sobre a proteção da propriedade intelectual enquanto direito fundamental. Verifica também a situação do processo de análise de pedidos de pa- tentes de responsabilidade do Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi), como forma de entender o que levou o legislador a intro- duzir o referido parágrafoúnico no artigo 40 da Lei de Propriedade Industrial, especialmente no que se refere aos medicamentos genéricos. O método utilizado é o dedutivo, com base na revisão bibliográfica da legislação, doutrina e jurisprudência. Conclui que o parágrafoúnico do artigo 40 da Lei de Propriedade Industrial, que deveria ser utilizado apenas em casos excepcionais, é aplicado sistematicamente ante a ques- tão do backlog. Conclui também que a aplicação do referido dispositivo normativo retarda a entrada de novos medicamentos genéricos no mercado, impedindo um maior acesso da população aos mesmos, em regra mais baratos, e tão seguros e eficazes quanto os medicamentos originais.
RESUMO O presente artigo tem por objetivo uma análise crítica da súmula 381 do Superior Tribunal de Justiça. Essa análise tem como ponto de partida o parágrafoúnico do art. 112, do Código de Processo Civil, que lhe servirá de parâmetro. O estudo da incompetência relativa e da incompetência absoluta e suas relações com a referida súmula igualmente será empreendido. O poder/dever do juiz de declarar de ofício a sua incompetência absoluta. A vedação das normas do Código acerca da declaração da incompetência relativa, de ofício. A possível flexibilidade dessa norma de proibição. Fundamentos e precedentes utilizados na elaboração da Súmula também serão abordados.
A Lei Complementar nº 104/2001 acrescentou ao artigo 116 do Código Tributário Nacional o seu parágrafoúnico. Posto que tal dispositivo foi inserido no Capítulo III do Codex tributário, que trata da ocorrência do fato gerador e, especificamente, no seu artigo 116, destinado à regulamentação do momento da sua ocorrência, estaríamos diante de uma norma geral que afetaria a constatação de ocorrência de tal fenômeno jurídico. Diante dessa inovação legislativa de alcance geral nas relações jurídico-tributárias, inicialmente analisa-se a sua interação com os demais elementos que compõem o sistema jurídico nacional, verificando sua adequação, formal e material. Particularmente, em face da imensa pertinência temática ao tema e à sua regência na seara do Direito Tributário como subsistema, analisa-se o Princípio da Legalidade, seu alcance e desdobramentos, para promover o confronto das prescrições e dos efeitos trazidos com a inserção do parágrafoúnico ao artigo 116 do Código Tributário Nacional. Igualmente, por decorrência da própria análise de tal instituto axiológico, passa-se a verificar o conteúdo, o alcance e os desdobramentos do Princípio da Segurança Jurídica, o qual inquestionavelmente possui grande abstração e penetração no sistema jurídico nacional, a fim de confrontar seu corolário e imposições com o conteúdo e os reflexos jurídicos do dispositivo sob investigação. Da mesma forma, abordam-se institutos e temas correlacionados ao objeto central de estudo, conferindo um maior aprofundamento à reflexão sobre a sua adequação aos princípios analisados e às demais normas gerais que regem o Direito Tributário no Brasil. Ao final, diante de todas constatações obtidas sobre tema proposto, promove-se a devida conclusão do estudo.
A TRU do TRF da 4ª. Região decidiu, na sessão de 13/02/2009, por excluir qual- quer benefício de valor mínimo, tanto recebido por idoso como por deficiente, conforme foi noticiado nos autos 2009.70.51.011338-7, Rel. Juíza Federal Ana Carine Busato Daros. A TNU aproximou-se mais da posição por nós defendida ao decidir pela ‘... possibilidade da exclusão, no cálculo da renda, para efeito de aferição da miserabilidade, dos rendimentos auferidos por idoso integrante do grupo familiar, no montante correspondente a 01 (um) salário mínimo, mesmo que se cuide de benefício de natureza previdenciária, aplicando, por analogia, o art. 34, parágrafoúnico, da Lei n. 8.742/93.’ (TNU, 2007.70.51.00.4256-6, Rel. Juiz Federal Élio Wanderley de Siqueira Filho, por unanimidade, data do jul- gamento: 28/05/2009 – grifou-se).
Por outro lado, autores como Greco (2011), Torres (2013), defendem que o CTN recebeu com o acréscimo, no seu artigo 116, de um Parágrafoúnico, uma norma geral antielisiva com base na teoria da proibição do abuso do direito. Seria segundo estes, uma clausula geral antiabuso e teria como escopo combater o planejamento tributário feito pelo contribuinte, quando este abusa do direito de planejar seus negócios para economizar tributos, incorrendo em elisão abusiva e consequentemente em ato ilícito. Para esta corrente a ilicitude do abuso do direito estaria explicitamente positivada no artigo 187 do Código Civil e projetaria influência sobre a interpretação do abuso do direito no CTN.
Parágrafo único - O direito comum será fonte subsidiária do direito do trabalho, naquilo em que não for incompatível com os princípios fundamentais deste. Haja vista serem os direitos [r]
A simples leitura do disposto no parágrafoúnico do art. 52 da Constituição Federal nos dá a exata noção de que a penalidade a ser aplicada consubstancia-se na perda do cargo com a inabilitação do Presidente da República para exercer qualquer ou cargo. Ou seja, não há que se falar aqui em pena principal e pena acessória, vez que trata-se de uma única penalidade, e não duas cumulativas. Entretanto, a história jurídica nos demonstra que não foi desta forma sempre; vez que antes do surgimento da Lei n°1.079/1950 aplicavam-se as penas de forma separada tendo como pena principal a perda do cargo, e como pena acessória a inabilitação dos oito anos. A existência de pena acessória justifica-se com a ideia de possibilitar o agravamento da pena de acordo com a gravidade observada no crime de responsabilidade observado.
ParágrafoÚnico - O Programa de que trata o caput deste artigo poderá também, por meio de convênios próprios, abranger órgãos ou entidades da Administração Pública federal, estadual e municipal ou Poderes de Estado quando suas respectivas atividades envolverem o concurso das Forças de Segurança Estaduais. ”
De modo contrário, Carlos Medeiros defendeu que seu posicionamento sempre foi divergente, desde quando exerceu o cargo de Consultor Geral da República e emitiu parecer cuja conclusão era a de que o Presidente da República devia cumprir as leis, “[...] ainda que sancionadas pelo Govêrno anterior, ainda que S. Exa. Entendesse que essas leis estavam maculadas da eiva de inconstitucionalidade” (STF, 1966, p. 330). Na posição de Ministro do Supremo, Carlos Medeiros defendeu sua tese em julgamento colegiado e novamente a afirmava. Durante o processo legislativo, tanto o Legislativo quanto o Executivo tiveram a oportunidade de se oporem ou repudiarem projetos de lei por vício de constitucionalidade. Afastado o vício e posta em vigor, a lei goza da presunção de constitucionalidade e, portanto, deve ser obedecida, inclusive pelo Presidente da República, que, no ato de sua posse, presta o compromisso de manter, defender e cumprir a Constituição da República, e deve observar as suas leis, nos termos do art. 83, parágrafoúnico, da CF/46. 90
Parágrafo único - Ressalvada a cobrança de ingresso a visitantes, cuja receita será destinada em pelo menos 50% (cinqüenta por cento) ao custeio da manutenção e fiscalização, bem como [r]
27 – parágrafo único - As companhias seguradoras que mantêm o seguro obrigatório de danos pessoais causados por veículos automotores de vias terrestres, de que trata a L[r]
Parágrafo único - Considera-se necessitado, para os ns legais, todo aquele cuja situação econômica não lhe permita pagar as custas do processo e os honorários de advogado, sem prejuíz[r]
Art. I ' Este Código, em seu Livro Primeiro, regula, com fundamento na Emenda Constitucional n 7 18, de 1 ’ de dezembro de 1965, o sistema tri butário nacional e estatui a lei complementar a que essa Emenda se refere na alínea “c” do inciso IV do art. 2\ no art. 4’, nos §§ 2' e 4a do art. 9\ nos §§ 1' c 2' do art. 12, no parágrafoúnico do art. 15; e, em seu Livro Segundo, determina, com fundamento na alínea "b" do inciso X V do art. 5’ da Constituição, as normas gerais de direito financeiro, relativas à matéria tribu tária, aplicáveis à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, sem prejuízo da respectiva legislação complementar, supletiva ou regulamentar.
PARÁGRAFOÚNICO – Quaisquer benfeitorias que forem realizadas no imóvel deverão ter aprovação prévia e por escrito do LOCADOR e, quando aprovadas, pertencerão ao imóvel, renunciando o LOCATÁRIO a qualquer direito de retenção ou indenização, assumindo os encargos ou danos decorrentes destas, salvo se optar o LOCATÁRIO pela reposição do imóvel no seu estado original, cabendo neste caso, o LOCATÁRIO fazer reposição por sua conta e risco, no prazo que lhe for designado.
venda de veículos; portanto, possuía know-how para aferir, por ocasião do exercício de sua atividade, a regularidade da documentação e da numeração do motor do veículo adquirido. Assim, não há, evidentemente, a vulnerabilidade material a que se refere a Lei Consumerista. Inteligência da teoria finalista mitigada. Precedentes. 2.RESPONSABILIDADE CIVIL. 2.1. Ato ilícito. Comprovado que, ainda na fábrica, houve distorção entre os dados da nota fiscal, lançados no BIN - Base de índice Nacional, e os dados reais do veículo, relativamente à numeração do motor. Nestes lindes, é evidente a prática de ato ilícito pelas demandadas: a ré Peugeot Citröen do Brasil Automóveis Ltda. por ter emitido nota fiscal com dados diversos da realidade; e a ré Bretagne Comercial Ltda., na condição de incorporadora da concessionária Le Pont, por não ter averiguado a regularidade da documentação repassada. 2.2. Nexo causal verificado. Ausência de comprovação de qualquer das alegadas excludentes. 2.3. Danos morais. Nos termos da Súmula 227, do Superior Tribunal de Justiça, "a pessoa jurídica pode sofrer dano moral". Comprovados danos à honra objetiva, tendo em vista as tentativas frustradas de revenda do veículo, em decorrência das irregularidades verificadas. 2.4. Quantum indenizatório mantido. Valorada a culpa concorrente da vítima, bem como a tríplice função da indenização por dano moral (compensar, punir e educar). 2.5. (...) Lucros cessantes. É evidente que, desde a aquisição do veículo, OBRIGAÇÃO DE FAZER. Ilegitimidade passiva da ré Bretagne quanto ao pedido de condenação à obrigação de regularização do veículo. Normas do Detran/RS que estabelecem que, em caso de divergência entre a numeração do veículo e os padrões informados pela montadora, a regularização fica condicionada à apresentação de um laudo elaborado pela fábrica - no caso, pela corré Peugeot -, como forma de comprovar a licitude da origem do veículo. 4. Provimento parcial de apelo que não interfere na sucumbência, na forma do artigo 21, parágrafoúnico, do Código de Processo Civil. APELO DA RÉ PEUGEOT CITRÖEN DO BRASIL AUTOMÓVEIS LTDA. DESPROVIDO. RECURSO DA RÉ BRETAGNE COMERCIAL LTDA. PROVIDO PARCIALMENTE. UNÂNIME”. 167
c) indicar representantes para tratar de seus interesses junto à ENAP. Parágrafo Único - O auxílio financeiro a que se refere o caput deste artigo corresponde a 50% da[r]
Para a definição do preço de abertura e/ou de aceitação de proposta para a venda dos estoques públicos será observado o disposto no artigo 16 desta Portaria. Parágrafo único - O dispo[r]