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X X Desenha apenas características que pertencem

Aluno 25: “É o que transporta os glícidos Que são os nutrientes.”

Quando foi solicitado a outro aluno que explicitasse o que tinha compreendido acerca da fotossíntese, o aluno demonstrou que ainda não tinha compreendido bem este processo, referindo apenas um fator que entra neste processo:

Professora: “Explica o que entendes por fotossíntese.”

Aluno 25: “É um… processo que inclui o sol, a luz solar, que vai alimentar a planta.”

O conteúdo em que eu penso que os alunos tiveram mais facilidade, durante esta quinzena, foram os órgãos de reserva das plantas (aula do dia 6 de abril). Penso que por ser um conteúdo mais concreto e mais relacionado com o quotidiano dos alunos, estes não demonstraram grandes dificuldades em esquematizar as informações, em grande grupo.

Na aula do dia 11 de abril, os alunos realizaram uma atividade prática-laboratorial, de observação de estomas ao microscópio. Para a realização desta atividade tentei que os alunos se recordassem dos componentes de um microscópio e das regras de utilização do mesmo. Ao mesmo tempo, para que os alunos compreendessem o procedimento da atividade tentei criar uma atividade de ordenação dos diversos passos do procedimento, em grande grupo. Desta forma, penso que os alunos estiveram mais ativos durante a análise do procedimento da atividade. Considero que demorei algum tempo a explicar como iria decorrer a atividade de observação, o que poderá ter levado a que nem todos os alunos conseguissem observar as suas próprias preparações (preparadas em grupo) ao microscópio. Ao mesmo tempo, penso que no decorrer desta atividade houve alguma confusão, o que também poderá ter contribuído para que nem todos os grupos pudessem utilizar e observar as suas próprias preparações ao microscópio. Tendo em conta que só havia três microscópios disponíveis, um deles ficou com uma preparação que todos os alunos poderiam observar e os outros dois poderiam ser utilizados pelos diversos grupos. De acordo com Martins, et al. (2007, p. 38), as tarefas práticas são muito importantes para os alunos

como forma de potenciar o seu envolvimento físico com o mundo exterior, aspecto crucial para o desenvolvimento do próprio pensamento (…). No entanto, não é a simples manipulação de objectos

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e instrumentos que gera conhecimento. É necessário questionar, reflectir, interagir com outras crianças e com o professor, responder a perguntas (…), para que uma actividade prática possa criar na criança o desafio intelectual que a mantenha interessada em querer compreender fenómenos, relacionar situações, desenvolver interpretações (…).

No relatório de observação, o aluno 18 afirma que: “Observamos a parede celular e dentro dela vários estomas redondos com o ostíolo e as células-guarda lá dentro” (fig. 1). A partir desta observação podemos perceber que o aluno ainda não compreendeu onde se encontram os estomas (se dentro ou fora das células vegetais). O aluno 10 conclui que “[o]s estomas são constituído por um ostíolo e duas células-guarda; os estomas são encontrados na parte interior da folha” (fig. 2). Este aluno conseguiu observar a constituição dos estomas e afirma que os estomas estão no interior das folhas. Quando o aluno afirma que “os estomas são encontrados no interior da folha” poderá não ter compreendido que os estomas não fazem parte da constituição das células vegetais.

Figura 1 - Observação do aluno 18 (Relatório)

Figura 2 - Conclusão do aluno 10 (Relatório)

Penso que, nesta quinzena, as aulas foram muito expositivas e que deveria ter encontrado estratégias que levassem os alunos a construir o conhecimento de forma mais ativa. Contudo, devido ao facto de querer abordar vários conteúdos não consegui que os alunos participassem tanto quanto deveriam. Assim sendo, nas próximas semanas deverei melhorar este aspeto.

Bibliografia

Martins, I. P., Veiga, M. L., Teixiera, F., Tenriero-Vieira, C., Vieira, R. M., Rodrigues, A. V. & Couceiro, F. (2007). Educação em Ciências e Ensino Experimental - Formação de

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A

NEXO

11

-

R

EFLEXÃO DA

9.

ª E

10.

ª

S

EMANAS DE

P

RÁTICA

P

EDAGÓGICA

C

IÊNCIAS DA

N

ATUREZA

Durante esta quinzena nem todas as planificações foram cumpridas. Na aula do dia 2 de maio, segunda-feira, a observação de frutos demorou mais tempo do que eu tinha previsto, fazendo com que não fosse possível abordar a germinação das sementes, nessa mesma aula. Deste modo, os conteúdos acerca da reprodução das plantas sem flor também não foram totalmente abordados na aula do dia 4 de maio, como estava inicialmente planificado. Contudo, com a aula do dia 9 de maio, foi possível abordar os restantes conteúdos, esclarecer as dúvidas dos alunos para a ficha de avaliação e realizar algumas tarefas de consolidação de conteúdos.

Ao longo desta quinzena, tentei abordar os conteúdos de uma forma menos estanque e compartimentada, tentando que os alunos fizessem conexões entre os diversos conteúdos. Desta forma, em comparação com a quinzena anterior, penso que consegui melhorar um pouco neste aspeto, relacionando os novos conteúdos com os conteúdos que já tinham sido abordados com os alunos, anteriormente. Por exemplo, na aula em que a germinação das sementes foi abordada (4 de maio), tentei que os alunos refletissem acerca da atividade experimental realizada no ano anterior, relativamente à germinação do feijão. Assim, os alunos conseguiram recordar-se de algumas condições necessárias para que ocorra a germinação das sementes e relacionar essas condições com os conteúdos que estavam a ser abordados.

Tal como na quinzena anterior, tentei que a participação dos alunos fosse variada, questionando- os e solicitando que contribuíssem com a sua opinião durante as discussões em grande grupo. Desta maneira, eu consegui perceber mais facilmente se os alunos estavam a compreender o que estava a ser abordado, sendo ao mesmo tempo uma forma de os auxiliar a organizar o pensamento. No entanto, nem sempre foi fácil gerir as discussões em grande grupo, visto que há alunos que colocam diversas questões e que nem sempre respeitam as regras de sala de aula. Penso que ainda deveria manter uma postura mais firme perante os alunos e não permitir certos comportamentos que estes têm durante as aulas.

Durante as aulas tentei estar atenta ao vocabulário empregue pelos alunos e por mim mesma, corrigindo-o sempre que não estava correto, cientificamente.

Nestas duas semanas tentei não recorrer ao uso de materiais em suporte de PowerPoint, de forma a diversificar as estratégias usadas em sala de aula. Assim, para abordar a reprodução de plantas sem flor, por exemplo, na aula do dia 4 de maio, construí um esquema da reprodução do feto, em diálogo com os alunos. Notei que, em comparação com o uso de esquemas em PowerPoint, os alunos ficaram mais interessados em registar nos seus cadernos diários o esquema construído no

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quadro. Ao mesmo tempo, notei que a construção do esquema em grande grupo levou a que os alunos discutissem e refletissem acerca dos conteúdos. Por conseguinte, notei que os alunos estiveram atentos, interessados e, ao mesmo tempo, conseguiram estabelecer relações entre os conteúdos, sistematizando-os e registando a informação.

Outra estratégia que tentei adotar durante esta quinzena foi levar para a sala de aula alguns recursos que permitiram aos alunos visualizar os conteúdos que estavam a ser abordados. Um exemplo disso foram os frutos que os alunos puderam observar, assim como folhas de feto com soros na página inferior. O facto de estar atenta às observações dos alunos também me permitiu levar outros recursos para a sala de aula. Por exemplo, na aula do dia 2 de maio, após a observação de frutos, um aluno questionou:

Aluno 27: Mas nem todas as plantas com flor têm fruto. Então e as roseiras?