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2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.6 Utilização de SAAP no Mundo

2.6.10 Índia:

 Balisana:

Os habitantes ergueram um sistema de aproveitamento de água pluvial comunitário a partir de um tanque de barro com trezentos anos de idade. A água pluvial é encaminhada do tanque para um poço de recarga. Esta é depois bombada para um reservatório onde se armazena até à sua utilização final (CSE, 2002).

2.6.11 Japão:

 Tokyo:

No estádio Tokyo, ou Tokyo Dome, é utilizada um sistema de aproveitamento de águas pluviais incidentes nas cúpulas dos estádios, com área de captação de 16000 m2, com intuito a serem posteriormente utilizadas para descargas de autoclismos e rega de espaços verdes. Em Sumida, um dos distritos de Tokyo, a arena Ryogoku Kokugikan de combate de sumo utiliza a água pluvial em grande escala para o ar condicionado e nas descargas de autoclismos. A água pluvial é captada a partir do telhado, com uma área de 8400 m2, e levada para um tanque de armazenamento subterrâneo com capacidade de 1000 m3. No Distrito de Mukojima, também em Tokyo, os moradores criaram o “Rojison”, um Sistema de Aproveitamento de Águas Pluviais simples e único que permite o aproveitamento das águas pluviais incidentes na cobertura dos edifícios, utilizando-as para rega de jardins, combate a incêndios e assegurando também água para usos potáveis em situações de emergência. Na Figura 8 está representado o Tokyo Dome (Zaizen et al., 1999).

Figura 8 - Tokyo Dome (Fonte:http://www.tokyo-dome.co.jp/)

 Fukuoka:

Em Fukuoka, o Fukuoka Dome tem um sistema semelhante ao do estádio Tokyo, com área de captação de 25900 m2 e um tanque de 1800 m3 de capacidade. Com este sistema, a utilização de águas pluviais consegue atender até 65% do consumo de águas não potáveis, aproveitando cerca de 75% da precipitação incidente, traduzindo-se em poupanças bastante significativas (Zaizen et al., 1999).

 Nagoya:

O Nagoya Dome tem um sistema semelhante aos estádios abordados anteriormente, onde a área de captação é de 35000 m2 e o tanque de armazenamento tem capacidade de 1500m3 que alimenta posteriormente as descargas de autoclismos e a rega de espaços verdes (Zaizen et al., 1999).

2.6.12 Jordânia:

Na Jordânia realizou-se um estudo em 12 regiões com intuito de avaliar a potencialidade do aproveitamento das águas da chuva e fornecer algumas sugestões e recomendações relativas à melhoria, tanto a nível de quantidade como de qualidade da

água da chuva captada. Desde então construíram-se cisternas de recolha de água para lidar com a grave escassez de água. Segundo o censo de 2004, existem cerca de 33229 cisternas com um volume médio de 20 m3 (Abdulla e Al-Shareef, 2009).

2.6.13 Namíbia:

Devido às condições climatéricas, a utilização de água da chuva para fins domésticos tornou-se a mais popular fonte de água na Namíbia. Apesar do seu potencial, os habitantes da Namíbia não estão habituados ao aproveitamento de água pluviais e há apenas algumas organizações envolvidas na introdução deste conceito nas comunidades rurais. A UNICEF apoiou a construção de cerca de 40 tanques de águas pluviais de fibrocimento com capacidades de 5 m3 em escolas do Norte em 1992 e 1993 (Nghipandulwa, 1993; Dyer, 1999).

2.6.14 Quénia:

Desde 1970 que existem alguns projetos, que combinados com os esforços da população e dos construtores locais, usando o seu próprio projeto indígena, são responsáveis pela construção de inúmeros tanques espalhados pelo país (UNEP, 2006).

No distrito de Laikipia, na década de 1980, a recuperação de águas pluviais foi introduzida por organizações ligadas à Igreja e foi notavelmente bem-sucedida (Hartung, 2007).

2.6.15 Reino Unido:

 Ilha das Bermudas:

Nas Bermudas os telhados têm uma característica original. São em pedra calcária, têm forma de cunha e são colocadas de maneira a formar coletores inclinados que conduzem a água pluvial para tanques de armazenamento. Os sistemas de aproveitamento de água pluvial na ilha são regulados pela Public Health Actque. Esta requer que as superfícies de captação sejam caiadas com tinta branca de látex e com pintura sem metais. Os proprietários têm o dever de manter as superfícies de captação, os tanques e as condutas em boas condições. Os telhados devem ser repintados a cada dois ou três anos e os tanques devem ser limpos no mínimo uma vez em cada seis anos (UNEP, 2006).

Foi publicado pela Building Services Research and Information Association (BSRIA), um Guia de Utilização de água não potável, nomeadamente para a água pluvial, em habitações domésticas (Environment Agency, 1999).

O Millenium Dome em Londres é um dos maiores sistemas de reutilização de água na Europa. Foi projetado para fornecer 500 m3 de água por dia, através da combinação da utilização de águas pluviais, cinzentas e subterrâneas, para descargas de autoclismos e urinóis. No entanto, a contribuição das águas pluviais é limitada a 100 m3 por dia, devido a restrições de armazenamento no local (Hills et al., 2002).

As águas pluviais provenientes da cobertura, com uma área de mais de 100.000 m2, são encaminhadas para um reservatório de 800 m3 (Villarreal e Dixon, 2005).

2.6.16 Singapura:

No aeroporto de Changi existe um sistema de aproveitamento de águas pluviais que funciona com a recolha da água proveniente das pistas de aterragem e dos espaços verdes das redondezas. Esta água é encaminhada para dois reservatórios onde um é utilizado para o controlo dos fluxos de água quando ocorrem escoamentos superficiais maiores e evitar inundações e o outro é usado para recolha do escoamento. (UNEP, 2006). Na Figura 9 está representado o aeroporto de Changi em Singapura.

2.6.17 Suécia:

Em Ringdansen, uma área residencial em Norrköping, foram estudadas possibilidades de implementação de um sistema de captação de água da chuva. Foi gerado um software para quantificar o potencial de economia de água do sistema. O desempenho do sistema de aproveitamento de águas pluviais é calculado pela eficiência de poupança de água. Aparelhos padrão e de baixo consumo de água têm sido considerados nessa avaliação de conservação da água. A área de captação é a área dos telhados de 1100 apartamentos, cerca de 27600 m2 (Villareal e Dixon, 2005).

2.6.18 Tailândia:

São utilizados sistemas com a água pluvial proveniente de telhados a ser armazenada em jarros com capacidades de cem a dois mil litros. Um exemplo prático da poupança que estes sistemas representam, é que um jarro de dois mil litros custa 17 € e pode armazenar, na estação seca, água suficiente para uma casa onde habitam seis pessoas, num máximo seis meses (UNEP, 2006).

2.6.19 Uganda:

No Vale do Oruchinga, a sul de Mbarara, a recuperação de águas da chuva provou ser uma abordagem promissora desde a sua introdução em 1993. Devido aos problemas de escassez temporária de água superficial e ausência de água subterrânea, a recolha de águas da chuva foi visto como uma possível solução (Hartung, 2007).

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