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I. Em Évora existe uma curiosa lenda sobre a sua conquista aos mouros. Vamos conhecê-la? Quando terminares, responde às questões que te são colocadas.

Lenda de Geraldo Geraldes, o Sem Pavor

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Vocabulário:

1. Pavor s.m. grande temor com espanto ou sobressalto 2. Arriscar v.tr. pôr em risco; aventurar

3. Trovador s.m. poeta lírico 4. Alcaide s.m. governador

5. Chegar aos ouvidos de = ficar a saber

6. À margem da lei = pessoa que se envolve em brigas e não se rege pelas leis= rufião;

rufia

7. Dotes = habilidades

1. Como se chama a cidade de Évora durante a sua ocupação pelos mouros?

2. Qual a importância desta cidade para D. Afonso Henriques? Justifica a tua resposta com uma frase do texto.

3. Quem era Geraldo Geraldes e qual a sua reputação?

4. Quais as medidas tomadas por Geraldo Geraldes para conquistar Yeborath?

5. O que é que facilitou o sucesso do plano de Geraldo, o Sem Pavor?

6. Qual a atitude tomada pelo rei D. Afonso Henriques, quando teve conhecimento destes factos heróicos?

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II. Na lenda de Geraldo Geraldes, o Sem Pavor, o protagonista passa de bandido a herói. Achas que o rei tomou a decisão correta? Redige um texto em que apresentes o teu ponto de vista.

Notas:

1. Évora: É uma cidade portuguesa, capital do Distrito de Évora, na região do Alentejo e sub-região do Alentejo Central, com 49 252 habitantes, em 2011. O seu centro histórico bem-preservado é um dos mais ricos em monumentos de Portugal, o que lhe vale o epíteto de Cidade-Museu. Em 1986, o centro histórico da cidade foi declarado Património Mundial pela UNESCO.

2. D. Afonso Henriques: Afonso I (25 de julho de 1109 – 6 de dezembro de 1185), também chamado de Afonso Henriques e apelidado de "o Conquistador", foi o primeiro Rei de Portugal de 1139 até sua morte.

3. Mouros: são considerados, originalmente, os povos oriundos do Norte de África, praticantes do Islão, nomeadamente Marrocos, Argélia, Mauritânia e Saara Ocidental, invasores da região da Península Ibérica, Sicília, Malta e parte de França, durante a Idade Média.

III. A Quinta das Lágrimas foi palco de um dos maiores dramas amorosos da história de Portugal? Lê este pequeno texto para conheceres melhor os seus contornos.

Estamos na Quinta das Lágrimas. Estão a ver aqui umas janelas e um pórtico a querer parecer que é gótico… Não é. Aquilo foi feito no século XIX para recordar o drama de Inês de Castro. Aquela a quem Camões chamou “a mísera e mesquinha que depois de morta foi rainha”. Inês de Castro era uma dama galega de uma grande família da Galiza. Era bisneta de um rei, o rei Sancho IV, um grande rei. Era uma figura da primeira nobreza, muito bonita, e chamavam-lhe a “colo de garça”. Ora colo queria dizer pescoço. A garça, como sabem, tem um pescoço muito alto. Isto representa que devia ser uma mulher de grande elegância. Veio para Portugal em 1345, quando o nosso príncipe herdeiro casou com a princesa espanhola Dona Constança e a princesa, como de costume, trouxe um séquito de jovens consigo. Uma delas era a Inês de Castro. Parece, também é verdade, que o nosso príncipe D. Pedro casa com a Dona Constança, mas deitou logo os olhos para aquela lindíssima rapariga que vinha com ela, a Inês. O príncipe teve, de Dona Constança, filhos. Um deles, o Dom Fernando, que veio a reinar em Portugal. Teve outros…mas entretanto a rainha morreu de parto do último filho. E o rei ficou viúvo. E aí liga-se abertamente à Dona Inês de Castro.

Estiveram aqui nestes bancos, junto desta ponte. Tiveram três filhos. E isto é que é

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surpreendente: em 1355, exatamente no dia 7 de janeiro, o rei D. Afonso IV manda os homens encarregados de fazer justiça, e aqui no paço onde ela vivia… ela foi degolada.

Vocabulário:

1. Pórtico s.m. porta monumental 2. Mísera adj. pobre; desgraçado 3. Mesquinha adj. pobre; infeliz

4. Séquito s.m. acompanhamento; cortejo 5. Paço s.m. residência da família nobre; palácio 6. Degolar v.tr. decapitar; cortar o pescoço

Notas:

1. Coimbra: É uma cidade portuguesa da Região Centro de Portugal, com mais de dois milhões de habitantes. Coimbra é uma cidade historicamente universitária, por causa da Universidade de Coimbra, uma das maiores universidades de Portugal, que foi fundada em 1290 por D. Dinis. É considerada uma das mais importantes cidades portuguesas, devido a infraestruturas, organizações e empresas nela instalada para além da sua importância histórica e privilegiada posição geográfica no centro de Portugal continental, entre as cidades de Lisboa e do Porto. Ao nível de serviços oferecidos, é acima de tudo no ensino e na saúde que a cidade consegue maior notoriedade. O feriado municipal ocorre a 4 de julho, em memória da rainha Santa Isabel de Aragão, padroeira da cidade.

2. Quinta das Lágrimas: Localiza-se na margem esquerda do Mondego, na freguesia de Santa Clara, na cidade e concelho de Coimbra, no distrito de mesmo nome, em Portugal. Ocupa uma área de 18,3 hectares em torno de um palácio do século XIX requalificado em nossos dias como hotel de luxo. Nos seus jardins encontram-se as chamadas Fonte dos Amores e Fonte das Lágrimas. A quinta e as duas citadas fontes são célebres por terem sido cenário dos amores do príncipe D. Pedro e da fidalga D.

Inês de Castro.

IV. Escreve um pequeno texto no qual refiras uma das razões que terá levado o pai de D. Pedro a mandar matar Inês de Castro.

V. Antes e ter tomado a decisão de matar D. Inês, o rei deve ter falado com o filho. Imagina esse diálogo e escreve-o.

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VI. Outra lenda portuguesa muito famosa é a do milagre das rosas. Leia o texto e fique a saber mais sobre essa lenda.

Lenda das rosas de Rainha Santa Isabel

D. Dinis, rei português que ocupou o trono entre 1279 e 1325, casou com a princesa D.

Isabel de Aragão, sendo ela ainda muito criança.

D. Isabel de Aragão foi uma das mais populares rainhas de Portugal e é conhecida como Rainha Santa, devido a muitos milagres que o povo lhe atribui, entre os quais o célebre milagre das rosas.

Com doze anos apenas, D. Isabel veio para Portugal, tendo casado com D. Dinis, que muito a amou desde então. Tinha a fama de possuir virtudes excecionais e também uma beleza pouco vulgar, calma e equilibrada.

O milagre das rosas aconteceu numa época em que D. Dinis tinha decidido acabar com o que dizia ser um esbanjamento do tesouro público, por parte de sua mulher que distribuía o que tinha pelas pessoas mais necessitadas.

De acordo com a lenda, D. Dinis foi avisado de que, no dia seguinte, contrariando as suas ordens, D. Isabel sairia com ouro e prata para distribuir pelos pobres. Exaltado, D.

Dinis decidiu que, no dia seguinte, iria surpreender a rainha quando ela saísse do palácio.

Na manhã seguinte, uma gélida manhã de sol de janeiro, D. Isabel estava com as aias no jardim e trazia o manto cheio de moedas. De repente, surgiu D. Dinis, seu esposo, que a queria surpreender quando ela desse esmola aos pobres. A rainha empalideceu, pois temia a reação do marido ao descobrir o dinheiro que trazia escondido no manto.

Saudaram-se, contudo, cortesmente e D. Dinis perguntou:

- Onde vai, senhora, tão pela manhã?

- Vou ao Convento de Santa Cruz, meu senhor!

- E o que leva no regaço, minha rainha?

Houve um instante de hesitação antes que a rainha respondesse:

- São rosas, meu senhor, são rosas!

- Rosas, senhora? – gritou encolerizado D. Dinis. – Rosas, em janeiro?! Quer, sem dúvida, enganar-me!

Digna e muito lentamente, largando a ponta do manto, D. Isabel respondeu:

- Senhor, uma rainha de Portugal não mente!

E, naquele momento, todos os que estavam presentes viram cair-lhe do manto, do local onde julgavam só haver moedas, uma chuva belíssima de rosas brancas.

1. Responda às perguntas.

a) Quem são as duas personagens principais desta lenda portuguesa?

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b) Quais são as caraterísticas que esta lenda pretende destacar em relação a D. Isabel?

c) Qual foi a reação do rei perante a frase da rainha “São rosas, meu senhor, são rosas”?

d) Por que motivo teve D. Dinis essa reação?

2. Faça o resumo do texto.

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BIBLIOGRAFIA

1. Falas Português? Português Língua Não Materna Nível B1, da autoria de Susete Albino e Manuel Castro, Editora Porto Editora, Porto (Portugal), 2009.

2. Na Onda do Português 2, da autoria de Ana Maria Bayan Ferreira e Helena José Bayan, Editora Lidel – Edições Técnicas, Lda., Lisboa (Portugal), 2011.

3. Português 6 Preparar os Testes, da autoria de Graciete Moutinho e Idalina Ferreira, Editora Areal Editores, Lisboa (Portugal), 2012.

4. Essencial Língua Portuguesa 8ºano, da autoria de Maria Manuel Oliveira/ Cristiana Monteiro, Editora Oficina do Livro- Sociedade editorial, Lda., Alfragide (Portugal), 2010.

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