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Entre 2016 e 2017, organizamos uma série de atividades e ações internas e externas. Inicialmente, criamos um cronograma das ações que visava mapear os auditórios da UFRN que poderiam ser adaptados como sala de exibição, além do mapeamento de Mostras e Cineclubes que acontecem na UFRN, contatos com cineclubes e com a Cinemateca do IFRN. Nossa primeira ação foi compor uma mesa redonda sobre cinema na UFRN, que contou com a participação do bolsista Lenart Verissimo como debatedor na 1ª Mostra de Curtas do Núcleo Audiovisual Boi de Prata (DECOM), representando o Cine UFRN. Em 2016, tivemos participação na organização e no registro de várias atividades relacionadas ao cinema e ao audiovisual no projeto Cine UFRN, entre elas podemos citar:

• mostra de filmes durante a XIV Semana de Antropologia da UFRN-CCHLA/UFRN;

de 16 a 18 de maio de 2016, no auditório B do CCHLA;

• lançamento dos documentários As mulheres das Rocas são as vozes do samba e

Mestre Zorro, no auditório B do CCHLA;

• Festival do Minuto – Auditório Labcom; Mostras, de 07 a 08 de junho, no Labcom/

Decom/UFRN;

• exibição do filme Yes, Nós Temos Cinema, um documentário sobre o audiovisual

potiguar;

• mesa redonda sobre coletivos audiovisuais – com exibição de Filmes Coletivo Caboré

com participação de Marcia Lohss, Keila Senna, Alexandre Santos, Eloisa Klein – BCZM;

• mostra de filmes etnográficos – filmes premiados no edital Pierre Verger – ABA

(Associação Brasileira de Antropologia);

• Projeto de Extensão – Workshop de documentários com Smarthphone – com o

bolsista Pedro Gabriel. O Curso Intensivo de Documentário teve como objetivo principal definir o documentário e o diferenciar das outras formas de criação audiovisual a fim de preparar os alunos para o desenvolvimento e a realização de um curta-metragem documental em grupo. De forma teórica e prática, todo processo de criação foi abordado, desde a escolha do tema, pesquisa de campo, roteiro de filmagem, captação e montagem a fim de que o aluno pudesse vivenciar cada etapa. Essa foi uma parceria com a especialização em cinema da UFRN;

102 • – CCHLA – Auditório B do CCHLA, 19 de agosto de 2016;Mostra do Filme Livre – Sessão Mundo Livre (filmes feitos por brasileiros no exterior)

• Mostra Cineclubes Livres – Auditório B CCHLA, 2016;

• Mostra de filmes Africanos – Parceria com Cinemateca da Embaixada da França;

• Curso gratuito contemplado pelo XI Edital de Cinema e Vídeo da SECULTCE,

ministrado pelo diretor, roteirista e dramaturgo Thiago B. Mendonça, e produzido pela Alumbramento Filmes em parceira com a Vila das Artes, com capacidade para 40 alunos;

• Mostra Lilian Santiago Sola – Cineasta negra, produtora cultural e professora

universitária, com formação em História e mestrado em Integração da América Latina pela Universidade de São Paulo (USP);

• Workshop de Documentário com a cineasta Lilian Santiago Sol.

O ano de 2017 foi marcante para o Cine UFRN ao integrar também o Festival Glomus, evento de música e dança que reuniu alunos e professores do mundo todo numa extensa programação realizada em parceria com a UFRN. Na ocasião, o CINE UFRN ofereceu uma Oficina de Percussão com membros da Escola de Samba Balanço do Morro, do bairro das Rocas, Natal/RN, nossos convidados, direcionada aos estudantes e professores de diferentes países que se encontravam em Natal por ocasião do Festival. Ao final dessa oficina, fizemos o pré-lançamento do CD Mestre Zorro e o Samba Canguleiro, realizada pelo projeto Narrativas, Memória e Itinerários, parceiro do CINE UFRN.

Em março de 2017, tivemos a presença do Prof. Alziro Barbosa ministrando um Curso de Direção de Fotografia, realizado em parceria com a Canne e a Fundação Joaquim Nabuco e um dos eventos com o público mais significativo do ano, a palestra com o cineasta Marcelo Gomes, que fez um relato sobre sua carreira e trajetória no cinema pernambucano até os dias de hoje. Após a exibição e o lançamento do filme Joaquim, houve um bate-papo com o público. A palestra foi muito bem recebida e lotou o auditório, o público foi maior do que o esperado. Recebemos além do público interno e interessados em geral, duas turmas de Cinema da UNP.

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Em abril de 2017, na Semana de Luta Pela Terra, Prática de Saberes Indígenas, foi realizada a Oficina de vídeo para os indígenas & Concurso de Fotografia em Sagi. A Oficina de vídeo foi pensada como um momento de aproximação entre os indígenas e a produção audiovisual. Visou-se ainda fazer uma breve exposição da história do cinema, das técnicas básicas de produção, dos equipamentos mais utilizados e dos termos técnicos, além de desvendar a possibilidade de produzir audiovisual com smartphones. O concurso de fotografia, por sua vez, foi a parte final do evento integrado, quando os alunos que participaram da visita à Aldeia Potiguara Trabanda, em Sagi, puderam coletar imagens com tema livre, a partir da proposta da comemoração ao Dia do Índio, que posteriormente entraram em exibição no Centro de Convivência Djalma Marinho.

A oficina de vídeos alcançou uma boa participação. Os indígenas tiveram uma aproximação mais específica com o universo da produção audiovisual e com as possibilidades de fazê-lo com equipamentos simples, com baixo custo e em diversas condições, o que esperamos, tenha servido de impulso para que iniciem suas próprias produções e registros documentais. Talvez num formato mais extenso, tivéssemos mais sucesso na execução.

O concurso de fotografia, última parte do evento dedicado aos indígenas, visou sensibilizar os visitantes quanto à luta desses povos no RN, criando um contato visual afetivo e aproximando a vivência durante a visita. Os registros coletados carregam essa atmosfera e serão enviados à Aldeia ao final de sua exibição no Centro de Convivência Djalma Marinho, marcada para o final de junho de 2017.

Em julho, foi a vez de apoiarmos um coletivo muito importante para o audiovisual potiguar, foi a primeira parte do Festival Goiamum, o #Drops 1, com a participação da diretora Theresa Jessouroun, que na ocasião lançava seu mais novo documentário À Queima

Roupa. Após sua exibição, houve debate com pesquisadores da área de violência urbana e

autoridades locais.

Em mais uma parceria com o Coletivo Caboré Audiovisual, o Cine UFRN promoveu a “Pré-estreia do filme No Fim de Tudo, que consiste em uma coprodução do Coletivo Caboré e da Mangue Filmes. O filme foi contemplado pelo edital Cine Natal 2014 e contou com recursos oriundos da Prefeitura do Natal, BRDE, da Ancine e do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA). A pré-estreia contou também com a exibição de making of, seguido de um bate-papo com a equipe. A parceria entre o CINE UFRN e o Coletivo Caboré tem rendido bons frutos. Nessa pré-estreia, o debate sobre a questão da representatividade Trans* foi acalorado. Teve uma ótima participação do público, que lotou o auditório, bem como de estudantes e professores que pesquisam na área de gênero e sexualidade.

104 Atuamos novamente em conjunto com outro de nossos parceiros, o coletivo

Goiamum, no Festival Goiamum Audiovisual 2017 - Drops #2: Diversidade. Por meio de workshops e laboratórios, visamos fomentar e difundir o segmento audiovisual por meio do tripé exibição, formação, diálogos sobre políticas públicas e outros assuntos. Nas suas edições especiais nomeadas de Drops, o Goiamum Audiovisual coloca o cinema como ferramenta social importantíssima que dá o ponto de partida para todas as reflexões.

Resultante do Concurso de Fotografia de Sagi, tivemos também a Exposição Fotográfica Aldeia Trabanda – Sagi, realizada de 28 a 30 de junho de 2017, no Centro de Convivência Djalma Marinho. Os registros foram coletados em visita realizada no mês de abril desse ano, por ocasião de atividade conjunta integrante do evento Saberes Ancestrais: Diálogos Corporais, coordenado pelo programa Chão de Saberes, que abrange o Ciclo de Estudos e Vivências com Comunidades Quilombolas e o II Encontro de Capoeira e Dança. Em parceria com o Programa Chão de Saberes, tivemos a Mostra dos filmes Rosário Negro e Irmandade, parte integrante do evento Ciclo de Estudos e Vivências com Comunidades Quilombolas.

Em 2018, Lisabete Coradini debateu o filme O Labirinto do Fauno, de Guillermo Del Toro, no evento Marcas do que se foi? Cinema e Resistência ao Fascismo. Trata-se de um projeto de extensão vinculado ao Cine CCSA e realizado em outubro de 2018 no auditório do Nepsa.

Por fim, o CINE UFRN cumpriu com uma missão complexa, promoveu o diálogo, consolidou projetos coletivos. Espera-se que a sala de cinema se transforme num espaço de uso coletivos e que possa ser compartilhado pela comunidade acadêmica e pela sociedade em geral. A implantação do CINE UFRN está inserida no contexto de promoção e agregação de valor simbólico ao cinema, de veicular produções audiovisuais produzidas no âmbito acadêmico e produções audiovisuais realizadas no estado do RN, contribuindo, assim, para o debate sobre a memória e a preservação da história audiovisual do estado do RN.

Atualmente, estamos modelando uma parceria com a Rede Nacional de Pesquisa ( RNP) para a exibição de filmes da Rede de Cinemas Digitais (Cinemas em Rede) que tem por objetivo explorar as possibilidades abertas pelas redes de computadores (Internet) para a circulação de conteúdos e ampliação do acesso a bens culturais e simbólicos. A tarefa da implantação da sala de cinema continua sendo desafiadora porque deve atender tanto a comunidade universitária quanto os bairros que compõem o entorno do Campus, escolas públicas, projetos sociais e festivais de cinema internos e externos, por exemplo. Afinal, esse é um do objetivo de uma universidade pública.

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