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11 – A Deusa Alquímica

No documento As Deusas e a Mulher.pdf (páginas 178-184)

Afrodite

Coloco Afrodite, deusa do amor e da beleza, numa categoria toda sua como deusa alquímica, designação apropriada para o processo extraordinário ou poder de transformação que ela, sozinha, teve. Na mitologia grega, Afrodite foi uma presença impressionante que motivou os mortais e as divindades (com exceção das três deusas virgens) a se apaixonarem e conceberem nova vida. Para Pigmalião, ela transformou uma estátua em mulher viva (em contraste, Atenas transformava pessoas em pedra). Ela inspirou poesia e discurso convincente, e simboliza o poder transformativo e criativo do amor.

Embora tenha algumas características em comum com as deusas virgens e com as vulneráveis, ela não pertence a nenhum grupo. Como deusa que teve a maior quantidade de ligações sexuais, Afrodite não foi definitivamente uma deusa virgem- embora fosse como Artemis, Atenas e Héstia, fazendo o que lhe agradava. Nem foi uma deusa vulnerável - embora fosse como Hera, Deméter e Perséfone, ligadas com as divindades masculinas e/ou tendo filhos. Ao contrário delas, contudo, Afrodite nunca foi vitimada e não sofreu. Em todos os seus relacionamentos, os sentimentos de desejo eram mútuos; nunca foi vítima da paixão indesejável de um homem por ela. Valorizava a experiência emocional com os outros mais do que a independência dos outros (que motivava as deusas virgens); ou laços permanentes com os outros (que caracterizavam as deusas virgens).

Como deusa alquímica, Afrodite compartilha algumas semelhanças com as outras duas categorias, embora seja intrinsecamente diferente de ambas. Para Afrodite as ligações são importantes, mas não como compromissos a longo prazo com outras pessoas, o que é característica das deusas vulneráveis. Afrodite procura consumar os relacionamentos e gerar vida nova. Esse arquétipo pode ser expresso através de relação física ou através de um processo criativo. O que ela procura difere do que as deusas virgens procuram, mas, como elas, é capaz de enfocar o que é pessoalmente significativo para ela; outros não podem afastá-la de seu objetivo. E visto que o que ela valoriza é exclusivamente subjetivo e não pode ser medido em termos de realização ou reconhecimento, Afrodite é, paradoxalmente, mais semelhante à anônima e introvertida Héstia - que aparentemente é a deusa mais dessemelhante de Afrodite.

A quem quer que Afrodite impregne com beleza torna-se irresistível. Resulta uma atração magnética, "a química" acontece entre os dois, e eles desejam união acima de tudo. Sentem um poderoso impulso de ficarem mais íntimos, de terem relação sexual, de consumarem ou "conhecerem" o outro, que é o termo bíblico. Enquanto esse ímpeto pode ser puramente sexual, o impulso é muitas vezes mais profundo, representando um ímpeto que é igualmente psicológico e espiritual. A relação sexual é sinônimo de comunicação e comunhão; consumação pode falar de um ímpeto em direção à inteireza ou perfeição; união é associar-se como um, e conhecer é compreender realmente um ao outro. O desejo de conhecer e de ser conhecido é o

que gera Afrodite. Se esse desejo conduz à intimidade física, a impregnação e a nova vida podem se fazer. Se a união for também de mente, coração ou espírito, o novo crescimento ocorre em esferas psicológicas, emocionais ou espirituais.

Quando Afrodite influencia um relacionamento, seu efeito não é limitado ao romântico ou ao sexual. O amor platônico, a conexão da alma, a amizade profunda, a comunicação e a compreensão empática são todas expressões de amor. Onde quer que o crescimento seja gerado, uma visão mantida, um potencial desenvolvido, uma centelha de criatividade encorajada - como pode acontecer com a consultoria, o aconselhamento, a paternidade, a direção, o ensino, a publicação e fazer psicoterapia e análise - então Afrodite lá está, afetando ambas as pessoas envolvidas.

Qualidade de consciência: como "ribalta"

A espécie de consciência associada com Afrodite é única. As deusas virgens são associadas com a consciência enfocada e são os arquétipos que possibilitam às mulheres concentrarem-se no que lhes importa. A receptividade das deusas vulneráveis é equacionada com a percepção difusa. Mas Afrodite tem uma qualidade de consciência toda própria, a que chamo consciência de Afrodite. A consciência de Afrodite é enfocada e, contudo, receptiva; tal consciência igualmente compreende o que é presenciado, e é afetada por isso.

A consciência de Afrodite é mais enfocada e intensa do que a percepção difusa das deusas vulneráveis. Mas é mais receptiva e atenta àquilo em que focaliza do que a consciência enfocada das deusas virgens. Dessa forma não é nem como um abajur de uma sala de estar que ilumina tudo dentro do raio de seu brilho, com uma luz aquecedora, suave, nem como um holofote ou raio laser. Penso na consciência de Afrodite como análoga às luzes do teatro que iluminam o palco. O que contemplamos à luz da ribalta dramatiza ou magnífica o impacto da experiência sobre nós. Compreendemos e reagimos àquilo que vemos e ouvimos. Essa iluminação especial nos ajuda a sermos emocionalmente transportados por uma sinfonia, ou sermos movidos por uma peça ou pelas palavras de um orador; sentimentos, impressões do sentido e memórias são extraídos de nós, em resposta àquilo que vemos e ouvimos. Sucessivamente, aqueles que estão no palco podem se tornar inspirados e energizados pela afinidade que sentem vindo da platéia. O que é iluminado pela "ribalta" absorve nossa atenção. Somos atraídos facilmente pelo que vemos, e ficamos descontraídos em nossa concentração. O que vemos na luz dourada da consciência de Afrodite torna-se fascinante: um rosto de pessoa ou seu caráter, uma idéia sobre a natureza do universo, ou a translucidez e forma de uma tigela de porcelana.

Qualquer pessoa que já se apaixonou por alguém, ou por um lugar, uma idéia ou um obj eto enfoca e compreende com a consciência de Afrodite. Mas nem toda gente que usa a consciência de Afrodite fica apaixonado. O modo "apaixonado" como Afrodite trata outra pessoa como se ele ou ela fossem fascinantes e belos é característico das mulheres que personificam o arquétipo, e é um modo natural de relatar e colher informações para muitas mulheres e homens que gostam das pessoas e enfocam sua atenção total concentrada nelas.

Tal mulher compreende as pessoas do mesmo modo que um "connoisseur" de vinhos fica atento e observa as características de um novo vinho. Para apreciar

completamente a metáfora, imagine um aficionado do vinho apreciando o prazer de conhecer um vinho desconhecido. Ela (ou ele) ergue a taça voltada para a luz a fim de examinar a cor e a pureza do mesmo. Aspira o buquê, experimenta lentamente um trago para testar sua qualidade e suavidade; saboreia ainda o ressaibo. Mas seria um engano supor que a "atenção e interesse" que ele tributa ao vinho signifique que este determinado seja especial, de valor, ou ainda apreciável.

Esse é o engano que as pessoas geralmente cometem quando são sensíveis à mulher que usa a consciência de Afrodite. Aquecendo-se no fulgor de seu foco, elas se sentem atraentes e interessantes enquanto ela faz com que as pessoas se abram e reage de modo carinhoso ou afirmativo, em vez de avaliativo ou crítico. E seu estilo estar envolvida genuinamente e a cada momento no que quer que a interesse. O efeito na outra pessoa pode ser sedutor - e ilusório, se seu modo de interagir cria a impressão de que ela está fascinada ou enamorada, quando realmente não está.

A consciência de Afrodite, criatividade e comunicação

Minha própria descoberta da consciência de Afrodite começou com as observações de que nem a "consciência enfocada" nem a "percepção difusa" descreviam o que eu estava fazendo em meu trabalho de psicoterapia. Comparando observações com artistas e escritores, descobri que no trabalho criativo estava em vigor um terceiro método, que vim a chamar "consciência de Afrodite".

Numa sessão de terapia observei que diversos processos vão adiante simultaneamente. Estou absorvida em ouvir minha paciente, que tem minha atenção arrebatada e minha compaixão. Ao mesmo tempo minha mente permanece ativa, associando mentalmente o que estou ouvindo. Fatos que já sei sobre a pessoa vêm à mente talvez um sonho passado, ou conhecimento sobre a família, um incidente anterior ou acontecimento da atualidade na vida dela ou dele que podem ter uma relação. Algumas vezes uma imagem vem à tona, ou uma metáfora se torna sugestiva. Ou posso ter uma resposta emocional própria para o material ou para o modo como ele é expresso; e observo. Minha mente está trabalhando ativamente, mas de modo receptivo, estimulada por minha absorção na outra pessoa.

O que respondo durante uma sessão analítica é como uma parte de um grande mosaico, um importante detalhe num quadro muito maior, apenas parcialmente completo dessa pessoa em terapia comigo, que também é alguém com quem estou envolvida num processo recíproco. Se estamos envolvidos num trabalho transformativo, um campo emocional é gerado entre nós, suficientemente poderoso para tocar-nos a ambos. Como observou Jung, a análise envolve a totalidade de ambas as personalidades. Igualmente as atitudes conscientes e os elementos inconscientes no médico e paciente estão envolvidos num processo em que ambos são profundamente afetados. "O encontro de duas personalidades é como a mistura de duas substâncias químicas diferentes: se houver uma combinação qualquer, ambas serão transformadas".1

Ao fazer terapia, tornei-me gradualmente consciente de que, além da consciência de Afrodite, de atuação recíproca e receptiva, que facilita a mudança e o crescimento,

também tive que manter uma distância emocional mais favorável. Se me sinto muito identificada ou estou intimamente identificada com meu paciente, necessito de alguma objetividade essencial. Se estou muito distante falta-me amor ao meu paciente, perco uma conexão de empatia decisiva, sem a qual não há suficiente energia transformativa para ocasionar mudança mais profunda. Condizente com Afrodite, que teve a invulnerabilidade de uma deusa virgem e o envolvimento de uma deusa vulnerável, a consciência de Afrodite tem ambas as qualidades. A consciência de Afrodite está presente em todo trabalho criativo, incluindo aquele que é feito em solidão. O diálogo de "relacionamento" está então entre a pessoa e o trabalho, do qual alguma coisa nova emerge. Por exemplo, observe o processo quando um pintor está comprometido com a pintura e a tela. Ocorre um intercâmbio absorto: o artista reage ou é receptivo às contingências criativas da tinta e do pincel; inicia ativamente uma corajosa pincelada, nuança e cor; e depois, vendo o que acontece, mostra-se sensível. É uma interação; a espontaneidade combina com a habilidade. E uma interação entre artista e tela, e como resultado alguma coisa que nunca existiu antes é criada. Além do mais, enquanto o pintor focaliza algum detalhe à sua frente, mantém também uma percepção de toda a tela em sua consciência. As vezes volta atrás e vê objetivamente aquilo em que esteve tão subjetivamente envolvido em criar. Está absorvido, envolvido - e também um tanto isolado e objetivo.

Na boa comunicação e igualmente no processo criativo, há uma interação. A conversa, por exemplo, pode ser banal, sem significado, tocante - ou pode ser uma forma de arte, tão espontânea, comovente e bela quanto a improvisação musical ou as sessões de jazz, quando a alma alça vôo com a música e paira nos ares em alturas rapsódicas por um momento, e toca na corda profunda no momento seguinte. A interação é espontânea na forma, mas a sua substância pode ser profunda e comovente. Os participantes sentem excitamento e descobertas conforme cada um por sua vez desperta uma resposta no outro. Mutuamente experienciam a consciência de Afrodite, que proporciona o campo energético ou a tela de fundo para a comunicação ou a criatividade acontecerem. Para onde a música irá, ou como a conversação evoluirá, a princípio não é conhecido ou planejado. A descoberta, o nascimento de algo novo, é elemento-chave na criatividade e na comunicação.

Onde quer que a consciência de Afrodite esteja presente, aparece a energia: os amantes irradiam bem-estar e energia intensificada; a conversa brilha, estimulando pensamentos e sentimentos. Quando duas pessoas realmente encontram uma à outra, ambas recebem energia do encontro e sentem mais vitalidade do que antes, independentemente do conteúdo - o qual, em terapia, pode ser material muito penoso. O trabalho torna-se fortalecedor em vez de exaustivo. Absorvidos por quem está conosco, ou pelo que estamos fazendo, perdemos a noção do tempo, característica que Afrodite compartilha com Héstia.

Portadora de visão

Para fazer com que um sonho se torne realidade, deve-se ter um sonho, acreditar nele, e trabalhar em direção a ele. Muitas vezes é essencial que outra pessoa significativa acredite que o sonho é possível: essa pessoa é portadora de visão, cuja fé é muitas vezes crucial. Em Seasons of a Man's Life, Daniel Levinson descreve a função de uma "mulher especial" na fase de transição da entrada de um jovem no

mundo adulto. Levinson alega que tal mulher tem uma conexão especial com a realização do sonho dele. Ela o ajuda a dar forma e vive o sonho. Ela compartilha e aceita o sonho, acredita no jovem como herói do seu sonho, junta-se a ele em sua jornada e proporciona um santuário onde as aspirações dele podem ser imaginadas e as esperanças acalentadas.2 Essa mulher especial é semelhante à descrição de Toni Wolf de "mulher hetaira"3 (da palavra grega para cortesã, que era educada, culta, e extraordinariamente livre para a mulher daquela época; em alguns aspectos era como uma gueixa japonesa), um tipo de mulher cujos relacionamentos com os homens têm qualidades igualmente eróticas e de companheirismo. Ela deve ser a sua femme

inspiratrice ou musa. De acordo com Wolf, a hetaira fertiliza o lado criativo de um

homem e o ajuda nele. Toni Wolf, analista junguiana e antiga paciente de Jung, foi sua colega e, de acordo com algumas pessoas, também sua amante. Ela pode ter sido "a mulher especial" de Jung, a mulher hetaira que inspirou a teoria junguiana.

Algumas vezes certa mulher tem o dom de atrair diversos ou muitos homens, que a vêem como a mulher especial. Ela tem a habilidade de ver o potencial deles, acreditar em seus sonhos, e inspirá-los a alcançá-los. Lou Salome Andreas, por exemplo, foi a mulher especial, musa, colega e companheira erótica para certo número de homens famosos e criativos, incluindo Rilke, Nietzsche e Freud.4 Tanto as mulheres quanto os homens precisam ser capazes de imaginar que seu sonho é possível, e precisam que outra pessoa olhe para eles e para seus sonhos com a consciência vivificante de Afrodite. As pessoas refletem por que há tão poucas artistas mulheres famosas, ou grandes cozinheiras, ou regentes de orquestra, ou filósofas notáveis. Entre as razões dadas devem estar aquelas mulheres com falta de comunicação do sonho. As mulheres alimentaram o sonho para os homens, mas os homens em geral não têm alimentado muito bem o sonho para as mulheres em suas vidas.

Esse estado de coisas é parcialmente um resultado dos papéis estereotipados que de um lado limita a imaginação, e de outro abafa as oportunidades para as mulheres. Mas os obstáculos tangíveis (do tipo "nenhuma mulher pode inscrever-se") estão decrescendo, como acontece com a falta de modelos.

O efeito Pigmalião

Penso que o portador de visão - terapeuta, mentor, professor ou progenitor com boa mão para o plantio - sob a orientação de quem outros vicejam e desenvolvem seus dons, desperta o que o psicólogo de pesquisa Robert Rosenthal chamou de efeito Pigmalião.5 Esse termo descreve a influência das expectativas positivas no comportamento dos outros. Ele é assim denominado em conformidade com Pigmalião, que se apaixonou pela escultura que fizera da mulher perfeita, uma estátua que foi

2

Daniel J. Levinson, The Seasons of a Man's Life. Ballantine Books, New York, publicado em acordo com Alfred A. Rnopf, 1979, p. 109.

3

Toni Wolff, "A Few Thoughts on the Process of Individuation in Women". Spring, 1941, pp. 91- 93.

4 H. Peters, My Sister, My Spouse: A Biography of Lou Andreas-Salome. Norton, New York,

1962.

5

Robert Rosenthal, "The Pygmalion Effect Lives", Psychology Today, setembro de 1973, pp. 56-62. Texto definitivo: Robert Rosenthal e Lenore Jacobson, Pygmalion in the Classroom: Teacher Expectation and Pupil's Intellectual Development, Holt, Rinehart, & Winston, New York, 1968.

restaurada à vida por Afrodite e tornou-se Galatéia. Da mesma forma, na peça Pigmalião, de George Bernard Shaw, Henry Higgins transformou uma florista suburbana em senhora elegante - pela qual ele depois se apaixonou. A peça de Shaw foi a base para a peça da Broadway de Alan Jay Lerner, intitulada My Fair Lady. Rosenthal descobriu que os estudantes vivem de acordo com as expectativas que os professores têm deles. Ele estudou os alunos de um gueto, cujos desempenhos acadêmicos decaem quanto mais eles permanecem na escola. Essas crianças tendem a ter professores que estão convencidos de que as crianças não são capazes de aprender. Rosenthal planejou um projeto de pesquisa para determinar o que vinha primeiro, se a expectativa ou o desempenho. Ele concluiu que nossas expectativas exercem nos outros uma influência extraordinária, da qual muitas vezes não temos conhecimento.

Conforme eu lia a pesquisa de Rosenthal, pensei sobre minha paciente Jane, oriunda de um lar de fala espanhola e que a princípio era considerada como lenta na escola. Ela ingressou na quarta série academicamente atrasada em comparação aos colegas de classe, tão convencida quanto seus professores precedentes de que ela não era brilhante. Mas sua professora da quarta série a viu sob um diferente prisma, exigiu dela, e lhe apresentou metas que ela esperava que Jane iria alcançar. A atenção transformou a aluna de nove anos de idade numa aluna excelente, que agora falava abertamente em classe e sentia-se bem consigo mesma. Anos mais tarde, Jane também tornou-se uma professora inspirada que via e fazia ressaltar o potencial de seus alunos.

O efeito Pigmalião de Afrodite também é relacionado àquilo que eu chamo de sua alquimia. Na Europa medieval, a alquimia era igualmente um processo físico no qual as substâncias eram unidas num esforço de transformar material inferior em ouro, e um empenho psicológico esotérico de transformar a personalidade do alquimista. Nós experienciamos a alquimia de Afrodite quando nos sentimos atraídos por outra pessoa e nos apaixonamos; nós a sentimos quando somos tocados por seu poder de transformação e criatividade; nós a conhecemos quando apreciamos a capacidade que temos de transformar o que focalizamos em belo e apreciado porque está imbuído de nosso amor. O que quer que seja usual e não desenvolvido é o material "inferior" da vida do dia-a-dia, que pode ser transformado em "ouro" através da influência alquímica e criativa de Afrodite - do mesmo modo que a estátua de Galatéia feita por Pigmalião foi transformada em mulher verdadeira, com vida, através do amor.

Bibliografia

12 – Afrodite: deusa do amor e da beleza, mulher criativa e

No documento As Deusas e a Mulher.pdf (páginas 178-184)