• Nenhum resultado encontrado

A face figurativa da representação social sobre alfabetização

4 ALFABETIZAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS: REPRESENTAÇÕES

4.3 A face figurativa da representação social sobre alfabetização

A “[...] a representação social é a preparação para a ação, não só porque guia os comportamentos, mas sobretudo porque remodela e reconstitui os elementos do ambiente no qual o comportamento deve acontecer.” (MOSCOVICI, 2012, p. 46). É nessa direção que caminha nossas análises das representações de professores da EJA sobre alfabetização. Tendo em vista que, as representações tanto guiam quanto explicam as condutas, nos debruçamos nos estudos dessas representações, a fim de compreender os seus universos, os quais possuem elementos constituintes e se processam na dinâmica da vida social, se manifestando nas condutas, no caso do nosso objeto, nas práticas pedagógicas de alfabetizar.

Para tanto, tomamos como elemento da objetivação da representação social de alfabetização, as observações realizadas nas salas de aula da Educação de Jovens e Adultos, como meio potencializador de nossas análises, aliadas às entrevistas feitas com as docentes participantes desse estudo, que ao revelar suas conceituações acerca deste objeto, nos possibilitaram conhecer suas representações sociais destes. Buscamos, pois compreender os contextos das condutas pedagógicas de alfabetização, decorrentes da representação social desta. Sendo o conceito e a imagem, faces de uma mesma moeda para a representação social.

Sendo assim, descreveremos as observações realizadas nas salas de aula das docentes de cada escola. Na escola 1, temos descritas as atividades desenvolvidas no decorrer de quatro dias consecutivos:

Tabela 1 – Descrição das observações realizadas na turma de nível I da EJA (docente Esperança)

1ºdia 2ºdia 3ºdia 4ºdia

Trabalho com o gênero textual rótulo;

Encartes de supermercados, lista de compras e uso de instrumentos de cálculo; Resolução de questões de adição e escrita do nome próprio; Escrita de nomes de objetos que iniciam com as letras do alfabeto.

Fonte: Elaborada pela autora (2017).

Na aula sobre o gênero textual rótulo, a docente já havia solicitado previamente que os jovens e adultos trouxessem os rótulos de casa. Em sala, de posse dos rótulos trazidos pelos

próprios estudantes, a docente pediu para a turma observar as características e informações contidas nas embalagens e foi perguntando para a turma quais eram as informações contidas... posteriormente, leu um texto do livro didático que tratava das características do gênero textual estudado.

A docente orientou a organização de grupos para melhor analisar os rótulos. Os grupos conversavam sobre as características do gênero, bem como comentavam sobre as mudanças na produção de embalagens de alimentos... diziam que em suas épocas era tudo diferente, as marcas dos produtos, as composições e assim trocavam informações uns com os outros sobre como tinham ocorrido mudanças na indústria de alimentos...

Por fim, a docente pediu para que os grupos organizassem os rótulos por categoria: alimentos, higiene, cosméticos, etc., e solicitou que os estudantes trouxessem no dia seguinte encartes de supermercado e calculadoras.

Na segunda aula, da observação, a docente trabalhou com os encartes de supermercado trazidos pelos estudantes.

A docente pediu que a turma elaborasse uma lista de compras consultando os encartes para ver os produtos e preços. No momento da escrita, Esperança fez algumas intervenções individuais com os estudantes que estavam com mais dificuldades de escrever; a mesma orientava os alunos a observarem os sons das palavras; como se constituía cada silaba e como se formava a palavra.

Após elaborarem as listas de compras, a professora sugeriu que os estudantes fizessem comparações de preço a partir dos encartes. Os preços deveriam ser registrados ao lado do nome de cada produto das listas. Em seguida, os estudantes teriam de fazer os cálculos – utilizando a calculadora – para saber o quanto gastariam em suas compras. Os estudantes que não tinham muita habilidade com o instrumento, eram ajudados pelos colegas e pela docente.

Na terceira aula, a docente realizou duas atividades: uma envolvendo o nome próprio e a outra a resolução de questões de adição. Na primeira atividade os estudantes foram convidados a assinarem uma lista com seus nomes; na segunda atividade os estudantes tinham que resolver uma situação problema envolvendo a operação de adição. Durante a resolução da questão, a docente abordou a estrutura das contas de adição, explorando os números e sinais. Retomando a atividade com a escrita do nome próprio, a docente pergunta se todo mundo conseguiu assinar a lista. Alguns adultos diziam não ter conseguido sós, mas com a ajuda de colegas. Uma aluna fala da dificuldade e da vergonha de não saber escrever o próprio nome e a docente pega o “gancho da fala” para discutir a importância social do nome. Instala-se na sala

uma conversa sobre o assunto, na qual cada estudante trouxe relatos de alguma situação de constrangimento por não saber assinar o nome...

Na quarta observação, a docente realizou uma atividade de escrita de nomes de objetos que iniciavam com cada letra do alfabeto. Posteriormente a docente fez a correção no quadro da escrita das palavras, questionado aos estudantes como se escrevia cada palavra mencionada por ela. Os alfabetizandos olhavam atentamente para ver se tinham escrito corretamente a grafia das palavras.

Na semana seguinte de observações, foram registradas as seguintes atividades da turma de nível II da EJA, docente Transformação:

Tabela 2 – Descrição das observações realizadas na turma de nível II da EJA (docente Transformação)

1ºdia 2ºdia 3ºdia 4ºdia

Atividade do livro didático sobre pontuação; Leitura de um poema; discussão sobre os movimentos sociais da cidade e atividade do livro de matemática. Escrita de um cartão de aniversário para os aniversariantes do trimestre; Produção textual.

Fonte: Elaborada pela autora (2017).

Na primeira aula observada, a docente realizou uma atividade no livro didático de português sobre sinais de pontuação. No quadro fez uns exemplos de contextos de escrita em que se usam os sinais de pontuação. No livro explorou o gênero textual bilhete, destacando suas características e composição. Em seguida, realizou a leitura de um bilhete no qual não havia nenhum sinal de pontuação. E pediu para que a turma o reescrevesse fazendo as devidas pontuações. A docente os auxiliou fazendo as correções no quadro. Em continuidade a atividade do livro, ela pediu aos estudantes que lessem um texto que falava do uso da virgula. Os estudantes leram empolgados e acharam engraçado a colocação das virgulas no texto que mudava o sentido do contexto.

Nesse dia também realizaram uma lista de comidas para a festa de aniversariantes que ocorreu nessa mesma semana.

Na segunda aula observada a docente fez a leitura de um poema e em seguida perguntou aos estudantes o que entenderam do texto. Os mesmos disseram não ter compreendido o poema. A docente abordou as características desse gênero textual e retomou a pergunta. A turma arriscou-se em responder e logo começaram a estabelecer relação com suas trajetórias de vida,

sobre recomeço (tema do poema); a docente perguntou se eles já haviam produzido um poema antes e os alunos responderam que não escreviam porque não sabiam, mas que pediam a outras pessoas para escrever para suas paqueras. E começaram a relatar que achavam perigoso pedir para outra pessoa escrever algo para eles, pois “se não for alguém de confiança pode até fazer uma maldade” (fala de uma estudante). Nesse víeis, a docente discutiu a importância de saber ler e escrever e ressaltou que, apesar de alguns não saber ler, eles possuem muitos outros conhecimentos...

Posterirormente, um estudante suscitou uma discussão sobre os movimentos de protestos que ocorriam na cidade de Natal contra a reforma trabalhista e previdenciária. Os estudantes questionavam se era válido participar desses movimentos, se tinham resultados e perguntou se a professora participava. A mesma disse que participava e seguiu numa conversa instigante com a turma sobre os movimentos de protestos33, destacando os pontos das ditas reformas, o que implicaria na vida deles, quais seriam as perdas de direito, etc.

Por fim, a docente realizou uma atividade do livro de matemática sobre sistema de numeração decimal.

Na terceira aula observada, a docente juntamente aos estudantes organizou a sala para a comemoração dos aniversários do trimestre. Antes da comemoração, a docente solicitou que os estudantes elaborassem um cartão de felicitação para algum dos aniversariantes. Eles realizaram os cartões e entregaram aos seus respectivos colegas.

Na quarta observação os estudantes realizaram uma avaliação que a docente solicitou. Ela pediu que eles formassem duplas e conversassem sobre questões de suas vidas; com um roteiro previamente estabelecido, os alfabetizandos o seguiam e conversavam uns com os outros perguntando sobre os motivos que os fizera desistir e retornar à escola. Eles escreveram pequenos textos sobre suas questões pessoais – cada colega registrava as informações do outro e compunha o texto. Em seguida, a docente pediu que eles identificassem no texto os substantivos próprios e comuns (assunto já estudado por eles, segundo a docente).

Em relação as observações realizadas nas turmas das docentes da escola 2, descreveremos as atividades realizadas durante a semana de observação. Entenda-se aqui o termo usado “Atividade” como toda ação pedagógica desenvolvida com os estudantes da EJA.

33 Os protestos se deram em decorrência das reformas do governo Temer que promoveu o golpe político no ano de 2016, deflagrando o “Impeachment” da presidente Dilma Rousseff. As reformas desse governo previam a diminuição dos direitos trabalhistas e previdenciários sob a justificativa de uma reforma na economia do país.

Tabela 3 – Descrição das observações realizadas na turma de nível II da EJA (docente Libertação)

1ºdia 2ºdia 3ºdia 4ºdia

Atividade sobre a diferença dos usos das consoantes N e M nas palavras; Continuidade da atividade com os usos da letra N; separação e classificação de sílabas; Continuidade da atividade com a consoante N; introdução das consoantes: M e L e ditado de frases; Leitura e interpretação textual.

Fonte: Elaborada pela autora (2017).

No primeiro dia de aula observado, a docente realizou uma atividade com os usos da consoante “N”. Ela iniciou a aula comentando com os alunos acerca da diferença dos usos das consoantes “N” e “M”. A mesma explicou que por terem sons semelhantes as pessoas confundem os usos dessas letras. Em seguida, a docente entregou uma atividade impressa aos alunos e orientou como seria sua realização.

A atividade consistia em completar um quadro de palavras com a letra “N”. Após concluírem essa primeira parte da atividade, os alunos deveriam escolher duas palavras do quadro de palavras com a consoante “N” e escrever uma frase... individualmente cada estudante concentrou-se em sua atividade e realizou uma leitura em tons de sussurro para então registrar as respostas da atividade.

Depois dos primeiros 20 minutos de realização da atividade, a docente passou de mesa em mesa observando quem conseguiu realizar a atividade e auxiliou os alunos com mais dificuldade de registrar a escrita. Nesse momento, uma aluna solicitou ajuda da professora para escrever a frase a qual tinha sido solicitada. A docente incitou a aluna a escrever e chamou sua atenção para a escrita dos verbos no infinitivo, como na frase que a aluna havia escrito: “o meu amigo gosta de liga (ligar) para negocia (negociar) com o governo o aniversário da cidade”. A professora, então reescreveu com a aluna colocado os verbos no infinitivo.

Posteriormente, a docente foi ao quadro e escreveu algumas palavras da lista de palavras com a consoante “N”, questionando aos alunos qual a palavra que ela escrevia no quadro (pedia para que lessem as palavras).

No tempo livre, após a realização da atividade, a docente solicitou que os alunos colorissem os desenhos da atividade (ilustrações de objetos iniciados com a consoante N).

No segundo dia de observação, a professora retomou com os alunos a aula anterior e explicou que iriam continuar estudando a letra “N”. Em seguida, entregou a atividade aos alunos, a qual tinha os seguintes comandos:

1. Forme palavras utilizando a linha numérica; para cada número há uma sílaba com a letra “N”, seja no início ou final da palavra.

Exemplo: 0 (NA) ... 11 (VE); dessa forma, 0 + 11= NAVE.

Os estudantes realizaram a atividade individualmente e a docente observou como os alunos organizaram as palavras de acordo com os comandos. Em seguida, pediu para que eles lessem as palavras formadas. A professora iniciou a leitura apontando no quadro a escrita das palavras e os alunos acompanhavam, um de cada vez leu uma palavra que havia formado.

Quando concluíram essa atividade, a docente entregou uma outra atividade que consistia em separar e classificar as sílabas das palavras iniciadas com a letra “N”. Depois de entregar as atividades, a docente explicou como se classificavam as sílabas... e disse: “quando eu digo que a palavra é dissílaba, quer dizer que ela tem quantas sílabas?” os alunos foram respondendo e assim ela prosseguiu explicando a classificação das palavras por sílaba...

Durante a realização da atividade, alguns alunos chamam a professora em particular e dizem não saber classificar todas as palavras. A docente então foi ao quadro e retomou a explicação e fez junto aos alunos a classificação das palavras, explicando porque são dissílabas, trissílabas, monossílaba, polissílaba...

No terceiro dia de observação, a docente ressaltou que iria continuar trabalhando com a letra “N”, destacando agora os sentidos das palavras quando muda a colocação da letra. Dessa forma, distribuiu uma atividade na qual a referida consoante deveria vir no meio das palavras, como por exemplo na palavra “VETO” acrescentando a letra N no meio dessa palavra, muda- se também seu significado, passando então a ser “VENTO”.

Seguidamente, a consoante que acrescentaria às palavras seria a letra “M”. Por exemplo: BOBA, acrescentando a referida letra, muda-se para “BOMBA”. Por fim, a consoante trabalhada foi a letra “L” seguindo a mesma lógica da atividade anterior.

Os alunos desenvolveram a atividade com desenvoltura, no entanto, alguns demostraram dúvidas quanto a constituição de algumas palavras. A docente foi solicitada a ir de mesa e mesa auxiliar os alunos na elaboração desta atividade. Ela então foi e ajudou cada aluno que estava com dúvida.

Posteriormente, a docente fez um ditado de frases. Chamou a atenção da turma e disse que iria ditar algumas frases para eles escreverem. Assim, seguiu a atividade, na qual alguns alunos demostraram dificuldades na escrita de algumas palavras com sílabas mais complexas, como na frase ditada pela docente: “eu quero três reais de pães”. Na escrita das sílabas “QUE” da palavra quero e “PÔ de pães. A docente incitou os alunos a pronunciar as palavras e a grafar segundo a pauta sonora. Depois disso, a professora reescreveu as frases no quadro e pediu para que os estudantes corrigissem.

No último dia de aula observada, a professora iniciou dizendo que iriam ler um texto e fazer algumas questões interpretativas. Assim, ela disse para a turma: “vamos ler para saber o que está lendo...”. Entregou um texto para cada estudante e pediu que lessem silenciosamente. Após a leitura silenciosa dos alunos, a professora foi a frente e realizou a leitura em voz alta. Em seguida, leu algumas questões de interpretação do texto e solicitou que os alunos respondessem.

Durante a realização da atividade alguns alunos – com ar de constrangimento – chegaram até a professora e disseram que não haviam compreendido o texto e não sabiam responder as questões. A professora retomou a leitura, dando ênfase para os trechos que respondiam as questões solicitadas.

Descreveremos a seguir as observações da turma da segunda docente da escola 2: Tabela 4 – Descrição das observações realizadas na turma de nível I da EJA (docente Dialógica)

1ºdia 2ºdia 3ºdia 4ºdia

Trabalho com o gênero textual acróstico e explicação da realização de um concurso de poesias; Produção do gênero textual poesia; Estruturas silábicas (CRA, CRE, CRI, CRO, CRU) e (TRA, TRE, TRI, TRO, TRU) e trava língua;

Trabalho com a consoante G.

Fonte: Elaborada pela autora (2017).

Na primeira aula observada, a docente iniciou a aula falando sobre o dia em homenagem as mães. Conversou com os alunos sobre a importância da mãe na sociedade. Em seguida, escreveu no quadro a palavra “mamãe” e pediu para a turma ler. Os alunos num esforço silábico leram a palavra e a professora seguiu perguntando aos alunos os nomes de suas mães e os escreveu no quadro em forma de acróstico.

A docente explicou a estrutura do texto, disse que esse tipo de texto é escrito na vertical e geralmente serve para caracterizar alguém ou alguma coisa. Em seguida, pediu para que cada aluno atribuísse características às suas mães, de acordo com as letras iniciais dos nomes das mesmas. Assim, os alunos fizeram, como no exemplo abaixo34:

Linda

Uma grande mulher

Inteligente

Zen

Amiga

Dessa forma, os alunos iam ditando as características para cada nome de suas mães e a professora assumia o papel de escriba, incitando os alunos a pensar como escrevia cada palavra que eles diziam. Ela fazia questionamentos do tipo: “como escreve a palavra inteligente?...”; os alunos davam seus palpites de escrita e a professora foi elaborando junto a eles a escrita de cada palavra.

Ao término dessa primeira parte, a professora abordou a questão de um evento que ocorreria na escola: um concurso de poesia em homenagem as mães. Explicou o regulamento do concurso, explicitando que cada aluno poderia escrever três poesias para concorrer. Cada turma da escola iria ter um aluno premiado, os quais ganhariam premiações diversas. Também explicou as características de uma poesia e sua estrutura. Os alunos ficaram entusiasmados com a ideia, no entanto, demostraram receio de escrever as poesias já que não dominam ainda o sistema de escrita. A professora os tranquilizou ressaltando que os ajudaria, mas que eles deveriam criar as poesias e ela ajudaria na elaboração da escrita dos mesmos.

No segundo dia de aula observada, a docente falou aos alunos que eles deveriam iniciar suas produções das poesias, tendo por tema a homenagem as mães. Assim, os alunos foram direcionados à biblioteca onde escreveram suas poesias com auxílio da professora e se escreveram no concurso (a bibliotecária estava realizando as inscrições dos alunos por turma). Durante o processo de escrita, alguns alunos repetiram a estrutura do texto anterior: o acróstico. E outros disseram não querer se inscrever, pois iriam entregar suas poesias às suas mães. A professora explicou que eles poderiam tirar cópias para entregarem as suas mães, mas estes não aceitaram. A docente, então seguiu orientando os alunos na escrita das poesias;

chamando a atenção para composição das palavras, da pauta sonora da língua. Ao concluírem depositaram na caixa na qual estavam sendo armazenadas as poesias para concorrer ao concurso.

Na terceira aula observada, a docente conversou com a turma sobre as estruturas silábicas: CRA, CRE, CRI, CRO, CRU. Indicou algumas palavras que se iniciam com essas sílabas, dando por exemplo as palavras: cravo, creme, crivo... em seguida, escreveu um enunciado no quadro, o qual solicitava que os alunos completassem as palavras com as seguintes estruturas silábicas: TRA, TRE, TRI, TRO TRU...

Os alunos começaram a realizar a tarefa; alguns tiravam dúvidas com a professora em relação a escrita de algumas palavras. Após a realização da atividade pelos alunos, a professora foi até o quadro realizou correções. Ela foi perguntando aos alunos como eles realizaram a atividade e foi registrando no quadro.

Posteriormente, a professora escreveu um trava-língua no quadro e algumas questões relacionadas ao texto. As questões consistiam em dizer a quantidade de palavras do trava- língua; quantas vezes as palavras se repetiam dentro dele... os alunos demostraram dificuldades em encontrar as palavras no trava-língua. Então, a docente foi até o quadro e realizou a leitura do mesmo e foi questionando a turma sobre as respostas da atividade que havia solicitado. Com a ajuda dela os alunos realizaram a atividade.

Na última aula observada, a docente iniciou explicando que iriam realizar uma atividade sobre o uso da consoante “G” em nomes de pessoas, animais e objetos. Assim, distribuiu uma atividade na qual os alunos deveriam categorizar num quadro de palavras iniciadas com a letra “G” de acordo com as três categorias apresentadas pela docente: animais, objetos e pessoas. Os alunos tentaram ler as palavras para então categorizá-las. No entanto, sentiram dificuldades e a docente insistiu que tentassem ler sozinhos.

Após a tentativa dos alunos, a professora foi a frente e escreveu no quadro as palavras para cada categoria, questionando a turma sobre qual palavra cabia em cada categoria. Os alunos, ainda com dificuldades em ler as palavras para dizer a qual categoria pertencia, tentaram e responderam. A professora os elogiou pela tentativa de leitura e ressaltou a importância de eles construírem autonomia e segurança no processo de leitura.

Ao analisarmos a conduta pedagógica das docentes da escola 1 com suas respectivas