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A M ETA apontando uma arma.

No documento AMeta-EliyahuGoldratt (páginas 63-65)

Finalmente eu disse: - Se vocês souberem dela, por favor, digam-lhe para me telefonar. Estou muito preocupado com ela.

Uma hora mais tarde, chamei a polícia. Mas, como já esperava, eles não

ajudariam a menos que eu tivesse alguma prova de que algum crime acontecera. Fui

colocar as crianças na cama.

Depois da meia-noite, eu ainda estava olhando para o teto escuro do quarto quando ouvi um carro fazendo uma manobra na nossa estrada. Pulei da cama e corri até

a janela. Quando cheguei lá, o carro já estava indo embora. Era apenas um estranho fazendo a volta.

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A segunda-feira de manhã foi um desastre.

Ela começou com Dave tentando fazer o café da manhã para ele mesmo, para Sharon e para mim, o que era uma coisa boa e responsável. Mas ele estragou tudo. Enquanto eu estava no chuveiro, ele tentou fazer panquecas. Estava fazendo a barba quando ouvi a briga dos dois na cozinha. Corri para baixo e encontrei Dave e Sharon se empurrando. Havia uma frigideira no chão com montes de massa, preta de um lado e crua do outro, espalhados pelo chão.

- Ei! O que está acontecendo? gritei.

- É tudo culpa dela! gritou Dave, apontando para a irmã. - Você estava deixando queimar tudo! disse Sharon. - Não estava!

Estava saindo uma fumaça do fogão, onde alguma coisa tinha derramado. Fui desligar o botão.

Sharon apelou para mim. - Eu só estava tentando ajudar. Mas ele não deixou. Depois se virou para Dave: - Até eu sei fazer panquecas.

- Certo, como vocês dois querem ajudar, podem limpar tudo - disse. Quando tudo estava aparentemente em ordem, dei-lhes cereais frios com leite. Tivemos outra refeição em silêncio.

Por causa dos problemas e do atraso, Sharon perdeu o ônibus da escola. Levei Dave até a porta e fui procurar por ela para leva-Iá de carro até a escola. Estava deitada na cama.

-Quando você quiser, senhorita Rogo. -Não posso ir à escola.

-Por que não? -Estou doente.

-Sharon, você tem de ir à escola. -Mas eu estou doente!

Sentei na beirada da cama.

- Sei que você está triste, disse a ela. Eu também estou. Mas estes são os fatos: tenho de ir trabalhar. Não posso ficar em casa com você e não vou deixá-la aqui sozinha. Você pode passar o dia na casa de sua avó. Ou pode ir para a escola.

Ela se sentou. Coloquei meu braço em volta dela.

Depois de um momento, ela disse: - Acho que vou à escola.

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Dei-lhe um abraço e disse: - Isso mesmo, garota. Sabia que você faria a coisa certa.

Depois de deixar as crianças na escola, fui para o trabalho. Já passava das nove horas. Quando entrei, Fran me passou um papel com um recado. Eu o peguei e li. Era de Hilton Smyth, marcado "urgente" e sublinhado duas vezes.

Telefonei para ele.

- Bem, já era tempo, disse Hilton. Tentei entrar em contato com você há uma hora.

Virei os olhos. - Qual é o problema, Hilton?

-Seu pessoal está sentado em cima de cem submontagens de que preciso. -Hilton, nós não estamos sentados em cima de nada.

Ele levantou a voz. - Então por que elas não estão aqui? Tenho o pedido de um cliente que não posso expedir porque seu pessoal pisou na bola!

-Dê-me os detalhes e farei com que alguém examine isso. Ele me deu alguns números de referência e eu os escrevi. -OK, farei alguém entrar em contato com você.

-É melhor você fazer mais do que isso, amigo. É melhor garantir que tenhamos essas submontagens no final do dia - e quero dizer todas as 100 peças, não 87, nem 99, mas sim todas elas. Porque não vou mandar meu pessoal fazer duas preparações para a montagem final por causa do seu atraso.

-Veja, faremos o possível, mas não vou fazer nenhuma promessa.

-É? Bem, vamos colocar desta maneira. Se nós não recebermos 100 submontagens de você hoje, vou conversar com Peach. E, pelo que soube, você já tem problemas suficientes com ele.

-Ouça, amigo, minha situação com Bill Peach não é da sua maldita conta. O que faz você pensar que pode me ameaçar?

A pausa foi tão longa que pensei que ele fosse desligar o telefone. Depois ele disse: - Talvez você devesse ler sua correspondência. - O que você quer dizer com isto?

Pude ouvi-lo sorrir.

- Apenas me mande as submontagens até o final do dia, disse ele suavemente. Adeusinho.

Desliguei.

- Estranho, murmurei.

Falei com Fran. Ela chamou Bob Donovan para mim e depois avisou a equipe que haveria uma reunião às dez horas. Donovan entrou e pedi a ele para mandar um expedidor ver o que estava segurando o serviço para a fábrica de Smyth. Quase

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rangendo os dentes, disse a ele para assegurar que as submontagens saissem naquele dia mesmo. Depois que ele saiu, tentei esquecer o telefonema, mas não consegui. Finalmente perguntei a Fran se havia chegado algo recentemente que mencionasse Hilton Smyth. Ela pensou por uns momentos, depois pegou uma pasta.

- Este memorando chegou na sexta-feira, disse ela. Parece que o Sr. Smyth recebeu uma promoção.

Peguei o memorando que ela passara para mim. Era de Bill Peach. Era

um comunicado que ele havia nomeado Smyth para a recém-criada função de gerente de produtividade da divisão. A nomeação seria efetivada no final daquela semana. A descrição das funções dizia que todos os gerentes de fábrica fariam relatório detalhado para Smyth, que "daria atenção especial ao melhoramento da produção e da produtividade, com ênfase na redução dos custos".

E eu comecei a cantar: - Ah, que linda manhã ...!

Todo o entusiasmo que eu esperava da equipe em relação ao que aprendera no final de semana... bem, não o tive. Talvez eu tivesse pensado que tudo o que precisava fazer era entrar e abrir a boca para revelar minhas descobertas e todos eles se converteriam instantaneamente pela exatidão óbvia. Mas nada funcionou dessa maneira. Nós - Lou, Bob, Stacey e Ralph Nakamura, que cuidávamos do processamento de dados da fábrica - estávamos na sala de reuniões. Eu estava na frente deles, perto de uma prancheta onde havia um bloco enorme de papel, cujas folhas estavam cobertas de pequenos diagramas que eu tinha desenhado durante a explicação. Investi algumas horas nessas explicações. Mas já era quase hora do almoço e eles não estavam nada impressionados.

Ao olhar para os seus rostos, pude ver que eles não sabiam o que fazer com o que lhes dissera. OK, acho que vi um leve ar de compreensão nos olhos de Stacey. Bob Donovan estava em cima do muro; ele parecia ter entendido intuitivamente alguma coisa. Ralph não tinha muita certeza do que eu estava dizendo. E Lou estava franzindo as sobrancelhas* Um simpatizante, um indeciso, um confuso e um cético.

- OK,qual é o problema? perguntei. Eles olharam uns para os outros.

- Vamos lá, disse. Isto é como se eu tivesse acabado de provar que dois mais dois são quatro e vocês não estão acreditando. Olhei para Lou. - Que tipo de problemas vocês estão tendo?

Lou balançou a cabeça. - Não sei, Alex. É que... bem, você disse como imaginou tudo isto ao observar um grupo de garotos em uma excursão no bosque.

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