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Bristol, Grã-Bretanha

No final de 1940 e no início de 1950 um grande número de escolas especiais para crianças com paralisia cerebral abriram com investigação médica e terapia. Estas incluíam Claremont School em Bristol, St. Margaret’s School em Croydon, Princess

Margaret Rose School em Edimburgo, Cheyne Walk Centre for Spastic Children em

Chelsea, Londres, Carlson House School em Birmingham e Dame Hannah Rogers

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A Claremont School for Spastics em Bristol foi uma das primeiras escolas a abrir com o objectivo de aceitar o crescente número de crianças com paralisia cerebral e uma das poucas a ser financiada e administrada inteiramente pelas autoridades locais. Em 1951 com uma equipa de autoridades locais, tais como um médico geral, um psicólogo educacional e a pediatra Dra. Grace E. Woods fazia a selecção das crianças para a escola (Woods, 1994: 23).

Paris, França

Em Paris, Madame Albitrecchia tinha os seus próprios métodos para ajudar as crianças a ultrapassar os seus problemas. Na sua visita a Inglaterra em 1959 leu um relatório na conferência sobre “Spatial Difficulties associated with Cerebral Palsy” organizado pelo British Council for the Welfare of Spastics no Hospital for Sick

Children na Great Ormond Street em Londres. Ela era Directora da Educação Especial

no Centre d’Aide aux Enfants Paralysés em Paris. No seu relatório, ela enfatizou a sua crença de que os problemas de aprendizagem eram devidos à falta do conceito da imagem do corpo, com a falta do sentido do tacto; e também devido às dificuldades visuais e auditivas, com a falta de sentido de ritmo (Woods, 1994:69).

Conferências

A troca de impressões e de práticas entre vários investigadores sobre o diagnóstico e o tratamento da paralisia cerebral infantil é de extrema importância, por isso a visita a outros países para assistir a conferências e estar a par do trabalho desenvolvido por outros é a melhor forma de o fazer. Ao longo dos anos têm sido organizadas várias conferências em vários países do mundo:

América, 1960

Segundo Woods (1994:70) a conferência foi realizada no Hotel Waldorf Astoria em Nova Iorque em 1960. A instituição organizadora chamava-se A Sociedade Internacional para a Reabilitação dos Incapacitados. A conferência tinha como tema “Reabilitação e Paz Mundial”. A expressão “criança excepcional” foi utilizada em substituição da expressão “criança deficiente”. Houve uma secção da conferência especialmente dedicada à Paralisia Cerebral Infantil. Nesta parte a Dra. Grace Woods apresentou o seu relatório sobre “Diagnóstico precoce da Paralisia Cerebral”.

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O 9º Congresso Mundial para a Reabilitação dos Incapacitados foi realizado em

Copenhaga em 1963. Todos os palestrantes tinham o desejo consensual de fazer tudo o que fosse possível pelas crianças com paralisia cerebral através dos canais administrativos bem organizados (Woods, 1994: 71).

Japão, 1965

De acordo com Woods (1994:74) esta conferência foi realizada em Tóquio em 1965. Uma grande parte desta conferência foi dedicada à Paralisia Cerebral. E participaram vários profissionais de todo o mundo.

Em Tóquio existiam muitos centros para os incapacitados. Um dos mais conhecidos era a escola Komei Crippled. Nesta escola funcionavam duas classes especiais para crianças com paralisia cerebral e com deficiência mental. Os japoneses tinham uma grande variedade de equipamentos para treinar e assistir as crianças incapacitadas.

Alemanha, 1966

O 10º Congresso Mundial foi realizado em Wiesbaden com a conferência preliminar de Educação Especial nas Montanhas Harz em 1966. A orientação conclusiva seguiu no sentido de que nenhum tratamento pode ser considerado o melhor, mas todas as formas de tratamento podem ser o indicador da melhor escolha da metodologia a utilizar (Woods, 1994: 73).

Checoslováquia, 1967

De acordo com Woods (1994:76) o segundo Simpósio Internacional de Paralisia Cerebral foi realizado em Praga em 1967. O tema do simpósio centrou-se nos métodos de tratamento e problemas de aprendizagem, tema já discutido em conferências anteriores.

Hong Kong, 1968

Esta conferência foi organizada pelo Concelho para os Física e Mentalmente Incapacitados de Hong Kong e realizada no Hotel Hilton em 1968. A parte dedicada à paralisia cerebral foi aberta pela Dra. Grace E. Woods com o seu relatório sobre

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“Avaliação Precoce e Completa da Criança Multideficiente”. O desenvolvimento dos serviços para os indivíduos com paralisia cerebral em Hong Kong estavam ligados com os serviços de Singapura e da Malásia. A Associação Espástica de Hong Kong foi fundada em 1963 e mais tarde foi construída a Escola Espástica de John F. Kennedy na Ilha de Hong Kong (Woods, 1994:77).

Irlanda, 1970

Segundo Woods (1994: 73) o 11º Congresso Mundial foi realizado em Dublin em 1970 com a secção sobre Educação Especial em Cork, realizada na semana anterior. Segundo Woods foram conferências bem conduzidas. A organização esteve a cargo do Dr. John Bermingham e foi excelente. Neste congresso tomou-se consciência da ajuda dada pelas instituições católicas às crianças incapacitadas.

Austrália,1972

As primeiras unidades de tratamento da paralisia cerebral foram estabelecidas em Mosman, Sydney, New South Wales em 1945. A Dra. Claudia Burton Bradley foi a directora destas unidades até 1962. Em 1972, foi realizada a Conferência Mundial sobre a Paralisia Cerebral em Sydney (Woods, 1994: 73).

Irão, 1975

De acordo com Woods (1994:81) a Educação Especial do 13º Congresso Mundial de Reabilitação foi realizado em Teerão em 1975. No Irão não existia nenhuma ajuda específica para as crianças com paralisia cerebral, pois estas eram canalizadas para as escolas para os débeis mentais. Contudo, o Irão desenvolveu um bom serviço para os Surdos, devido ao interesse de uma família da “nobreza”, que tinha familiares surdos.

Portugal

Em 1976, a Sociedade Internacional da Paralisia Cerebral, hoje separada da Reabilitação Internacional, realizou a sua conferência trienal em Lisboa. Havia um centro quase modelo para as crianças com paralisia cerebral, que abriu quando Portugal ainda era governado pela ditadura, com a ajuda de membros da classe alta que se dedicaram a ajudar os mais necessitados. O centro atendia todas as necessidades das crianças desde a infância até à adolescência sem qualquer interferência do governo. O

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centro estava equipado com equipamentos especialmente desenhados, tais como, cadeiras, gatinhadores, instalações sanitárias. Os membros da direcção do centro assistiam frequentemente a conferências no sentido de ajustar todos os métodos de tratamento discutidos nas conferências para aplicar nas crianças. Havia movimentos no sentido de abrir mais centros como este noutras partes do país (Woods, 1994:82).