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Verificação das hipóteses de investigação a partir dos dados recolhidos

Nível III – Inclusão Limitada Em que as actividades académicas e sociais se desenrolam na sala de educação especial O professor de educação especial dirige o

5.7. Verificação das hipóteses de investigação a partir dos dados recolhidos

(H1) A criança frequenta a escola que frequentaria se não tivesse PC

No sentido de verificar a H1 as professoras foram questionadas sobre se os seus alunos com paralisia cerebral frequentam a escola da sua área de residência como defende a Declaração de Salamanca de 1994. Nos dados recolhidos através das entrevistas, todas as professoras confirmaram que os seus alunos frequentam a escola da área onde residem.

(H2) A criança está integrada numa classe regular com crianças da mesma idade Com o intuito de verificar a H2 pudemos observar se os alunos com paralisia cerebral estão integrados numa classe regular com crianças da mesma idade como defende a Declaração de Salamanca de 1994. O William (aluno da escola A) é um menino com 6 anos de idade e, como referimos previamente, na caracterização dos participantes e da situação de observação, está integrado numa classe regular do 1º ano de escolaridade com alunos com a mesma idade. O James (aluno com paralisia cerebral da escola B) é um menino com 7 anos de idade e, como mencionámos anteriormente, na caracterização dos participantes e da situação de observação, está integrado na classe regular do 2º ano de escolaridade com alunos da mesma idade. A Mélanie e o Mark (alunos com paralisia cerebral da escola C) são alunos com 7 anos de idade e estão a frequentar o 2º ano de escolaridade num classe regular com alunos dos quatro anos de escolaridade.

(H3) A sua actividade desenvolve-se a 100% na sala de aula regular

Com o intuito de verificar a H3 pudemos observar se as actividades académicas e sociais dos alunos com paralisia cerebral se desenvolvem a 100% na sala de aula regular. O William (aluno da escola A) desenvolve as suas actividades académicas e sociais na sala de aula regular e na sala de educação especial, onde, segundo a professora de educação especial, faz o reforço das aprendizagens que são promovidas na sala de aula ao longo da semana, como também, faz a aprendizagem de novas competências específicas ao aluno com paralisia cerebral. Por isso não está a 100% na sala de aula regular.

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O James (aluno da escola B) desenvolve as suas actividades académicas e sociais na sala de aula com algum apoio prestado pela professora de educação especial. Por isso está a 100% na sala de aula regular.

A Mélanie e o Mark (alunos da escola C) desenvolvem as suas actividades académicas e sociais maioritariamente na sala de educação especial devido ao problema de epilepsia. Onde a professora de educação especial inicia os conteúdos de forma mais específica e depois a professora titular de turma consolida-os na sala de aula. Por isso não estão a 100% na sala de aula regular.

(H4) A sua actividade desenvolve-se a 50% na sala de aula regular e 50% na sala de apoio

Com o objectivo de verificar a H4 pudemos observar se as actividades académicas e sociais dos alunos com paralisia cerebral se desenvolvem 50% na sala de aula regular e 50% na sala de apoio. Como referimos acima, o William (aluno da escola A) desenvolve as suas actividades académicas e sociais na sala de aula regular e na sala de educação especial, onde, segundo a professora de educação especial, faz o reforço das aprendizagens que são promovidas na sala de aula ao longo da semana, como também, faz a aprendizagem de novas competências específicas ao aluno com paralisia cerebral. Por isso está 50% na sala de aula regular e 50% na sala de apoio.

O James (aluno da escola B) desenvolve as suas actividades académicas e sociais na sala de aula com algum apoio prestado pela professora de educação especial. Por isso está a 100% na sala de aula regular.

A Mélanie e o Mark (alunos da escola C) desenvolvem as suas actividades académicas e sociais maioritariamente na sala de educação especial devido ao problema de epilepsia. Onde a professora de educação especial inicia os conteúdos de forma mais específica e depois a professora titular de turma consolida-os na sala de aula. Por isso não está nem a 50% na sala de aula regular nem 50% na sala de apoio.

(H5) A sua actividade desenvolve-se a 100% na sala de apoio

No sentido de verificar a H5 pudemos observar se as actividades académicas e sociais dos alunos com paralisia cerebral se desenvolvem a 100% na sala de apoio. Como referimos acima, o William (aluno da escola A) desenvolve as suas actividades

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académicas e sociais na sala de aula regular e na sala de educação especial, onde, segundo a professora de educação especial, faz o reforço das aprendizagens que são promovidas na sala de aula ao longo da semana, como também, faz a aprendizagem de novas competências específicas ao aluno com paralisia cerebral. Por isso não está a 100% na sala de apoio.

O James (aluno da escola B) desenvolve as suas actividades académicas e sociais na sala de aula com algum apoio prestado pela professora de educação especial. Por isso está a 100% na sala de apoio.

A Mélanie e o Mark (alunos da escola C) desenvolvem as suas actividades académicas e sociais maioritariamente na sala de educação especial devido ao problema de epilepsia. Onde a professora de educação especial inicia os conteúdos de forma mais específica e depois a professora titular de turma consolida-os na sala de aula. Por isso está 80% na sala de apoio.

(H6) A criança beneficia de PEI

Com o objectivo de verificar a H6 pudemos observar se as crianças com paralisia cerebral beneficiam de PEI (Programa Educativo Individual) como defende o Decreto-lei 3/2008 de 7 de Janeiro. O programa educativo individual é um documento onde se determina os apoios especializados, a adequação do processo de ensino e de aprendizagem e as tecnologias de apoio que a criança beneficia. São os serviços especializados de educação especial quem determina os apoios especializados, adequa o processo de ensino e de aprendizagem que o aluno deve beneficiar e as tecnologias de apoio. Deve haver a participação activa da família e sua anuência. A elaboração do PEI deve decorrer no prazo máximo de 60 dias. A coordenação do PEI deve estar a cargo do professor titular de turma (Decreto-Lei 3/2008 de 7 de Janeiro). As professoras foram questionadas quanto às medidas educativas do Decreto-lei 3/2008 de 7 de Janeiro que foram aplicadas aos seus alunos com paralisia cerebral. A professora titular e a professora de educação especial do William (aluno da escola A) mencionaram que este beneficia de apoio pedagógico especializado, de adequações no processo de avaliação e de tecnologias de apoio e que todas estas medidas constam do programa educativo individual do aluno. Portanto o William beneficia de PEI.

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A professora titular e de educação especial do James (aluno da escola B) revelaram que este beneficia de apoio pedagógico personalizado, de adequações curriculares individuais, de adequações no processo de avaliação e de tecnologias de apoio e que todas estas medidas constam no programa educativo individual do aluno. Portanto o James também beneficia de PEI.

A professora titular e a professora de educação especial da Mélanie e do Mark (alunos da escola C) destacaram que estes alunos beneficiam de apoio pedagógico personalizado, de adequações curriculares individuais, de adequações no processo de avaliação e de tecnologias de apoio e que todas estas medidas constam nos seus programas educativos individuais. Portanto estes alunos beneficiam de PEI, igualmente.

(H7) A criança beneficia de adaptações curriculares

Com o intuito de verificar a (H6) pudemos observar se as crianças com paralisia cerebral beneficiam de adaptações curriculares como defende o Decreto-lei 3/2008 de 7 de Janeiro. As adaptações curriculares têm como padrão o currículo comum e não podem pôr em causa as orientações curriculares / competências terminais de ciclo ou de disciplinas (consoante o nível de ensino). Podem consistir na introdução de áreas curriculares específicas que não façam parte do currículo comum (Braille, orientação e mobilidade, …); na adequação do currículo dos alunos surdos com ensino bilingue; na introdução de objectivos e conteúdos intermédios em função das competências terminais do ciclo, de curso, das características de aprendizagem e dificuldades específicas dos alunos; na dispensa de actividades que sejam de difícil execução em função da incapacidade do aluno (apenas quando se verifique que as tecnologias de apoio não se revelam suficientes).

A professora titular e a professora de educação especial do William (aluno da escola A) referiram, quando questionadas sobre as medidas do Decreto-lei 3/2008 de 7 de Janeiro, aplicadas ao aluno, que o aluno este ano lectivo não beneficiou de adaptações curriculares. O William consegue acompanhar o currículo comum do 1º ano de escolaridade. Mas mencionaram que para o próximo ano lectivo o William terá de beneficiar de adaptações curriculares.

A professora titular e a professora de educação especial do James (aluno da escola B) mencionaram, quando questionadas sobre as medidas do Decreto-lei 3/2008

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de 7 de Janeiro, aplicadas ao aluno, que o aluno está a beneficiar de adaptações curriculares adequadas às suas necessidades educativas, isto é, está a seguir o currículo comum do antigo 2º ano de escolaridade por ser menos exigente e mais leve.

A professora titular e a professora de educação especial da Mélanie e do Mark (alunos da escola C) indicaram, quando questionadas sobre as medidas do Decreto-lei 3/2008 de 7 de Janeiro, aplicadas aos alunos, que estes estão a beneficiar de adaptações curriculares de acordo com as necessidades educativas especiais dos alunos devido à paralisia cerebral e ao problema associado a esta – a epilepsia.

(H8) A criança beneficia de um regime especial de avaliação

No sentido de verificar a H8 pudemos observar se as crianças com paralisia cerebral beneficiam de um regime especial de avaliação conforme defende o Decreto-lei 3/2008 de 7 de Janeiro. O regime especial de avaliação pode consistir na alteração de tipo de provas; nos instrumentos de avaliação e certificação; nas formas e meios de comunicação; na periodicidade, duração e local.

A professora titular e a professora de educação especial do William (aluno da escola A) referiram, quando questionadas sobre as medidas do Decreto-lei 3/2008 de 7 de Janeiro, aplicadas ao aluno, que o aluno este ano lectivo está a beneficiar de um regime especial de avaliação adequado às suas necessidades educativas especiais.

A professora titular e a professora de educação especial do James (aluno da escola B) mencionaram, quando questionadas sobre as medidas do Decreto-lei 3/2008 de 7 de Janeiro, aplicadas ao aluno, que o aluno está a beneficiar de um regime especial de avaliação adequado às suas necessidades educativas especiais.

A professora titular e a professora de educação especial da Mélanie e do Mark (alunos da escola C) indicaram, quando questionadas sobre as medidas do Decreto-lei 3/2008 de 7 de Janeiro, aplicadas aos alunos, que estes estão a beneficiar de um regime especial de avaliação de acordo com as necessidades educativas especiais dos alunos devido à paralisia cerebral e ao problema associado a esta – a epilepsia.

(H9) Nunca é deixada para trás, ou seja, não sofre retenções

Com o intuito de verificar a H9 pudemos observar se as crianças com paralisia cerebral não sofrem retenções quando frequentam o 1º ciclo do ensino básico na escola

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regular pública. Pudemos verificar, em conversa com a professora titular de turma e com a professora de educação especial, que o William (aluno da escola A) não sofreu retenção porque está a frequentar o 1º ano de escolaridade e está a acompanhar o currículo comum do 1º ano de escolaridade, já reconhece as letras e as silabas e já consegue ler. Por isso irá transitar para o 2º ano de escolaridade.

No diálogo que tivemos com a professora titular de turma e com a professora de educação especial, pudemos verificar que o James (aluno da escola B) não sofreu retenção, deste modo, está a frequentar o 2º ano de escolaridade como os colegas da sua idade. E como está a seguir o currículo do antigo 2º ano de escolaridade que aborda os mesmos conteúdos que o actual, mas é menos exigente e mais leve e por isso mais adequado às suas necessidades educativas, irá transitar para o 3º ano de escolaridade.

Na troca de impressões que tivemos com a professora titular de turma e com a professora de educação especial, pude verificar que a Mélanie e o Mark (alunos da escola C) que estes alunos ainda não sofreram retenções, desta feita, estão a frequentar o 2º ano de escolaridade. Contudo, devido ao problema associado à paralisia cerebral – à epilepsia, que tem como consequência o esquecimento de competências e aprendizagens já adquiridas, as professoras ainda estavam a ponderar se iriam reter ou não os alunos no 2º ano de escolaridade.

(H10) Beneficia de uma relação privilegiada por parte dos docentes e colegas No sentido de verificar a H10 pudemos notar se as crianças com paralisia cerebral beneficiam de uma relação privilegiada por parte dos colegas. As professoras titulares e as professoras de educação especial foram questionadas sobre a aceitação e integração do/a aluno/a com paralisia cerebral por parte dos colegas. A professora titular e a professora de educação especial do William (aluno da escola A) referiram que os colegas aceitam-no muito bem e ajudam-no nas actividades dentro e fora da sala. Ao longo do trabalho de observação pude verificar que os colegas procuram sempre ajudá- lo a todos os níveis, por exemplo na mobilidade de uns espaços para outros, no transporte de materiais e alimentação (lanche). O William está muito bem integrado. Desta feita, beneficia de uma relação privilegiada por parte dos colegas.

A professora titular e a professora de educação especial do James (aluno da escola B) revelaram que os colegas aceitam-no muito bem e procuram ajudá-lo sempre

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nas actividades dentro e fora da sala de aula. Ao longo do trabalho de observação pude verificar que os colegas procuram sempre ajudá-lo a todos os níveis, por exemplo, no transporte de materiais e alimentação (lanche). O James está muito bem integrado. Deste modo, beneficia de uma relação privilegiada por parte dos colegas.

A professora titular e a professora de educação especial da Mélanie e do Mark (alunos da escola C) mencionaram que os colegas aceitam-nos muito bem e tentam ajudá-los nas actividades dentro e fora da sala de aula. As professoras revelaram que nesse sentido a inclusão da Mélanie e do Mark é plena. Ao longo do trabalho de observação pude verificar que os colegas procuram sempre ajudá-lo a todos os níveis, por exemplo na mobilidade de uns espaços para outros, no transporte de materiais e alimentação (lanche). A Mélanie e o Mark estão muito bem integrados. Por isso, beneficiam de uma relação privilegiada por parte dos colegas.

Com objectivo de verificar a H10 pudemos notar se as crianças com paralisia cerebral beneficiam de uma relação privilegiada por parte dos professores titulares de turma. Ao longo do trabalho de observação pudemos verificar que a professora titular do William (aluno da escola A) está muito motivada para a inclusão do William na turma, porque preocupa-se em elaborar e pesquisar actividades e materiais (recursos audiovisuais) que possam, não só, atender às necessidades do aluno, como também, promover a aquisição de competências. Nesse sentido, localiza o aluno na fila da frente para chegar ao aluno mais facilmente e pode atender às suas necessidades e apoiá-lo sempre que for necessário. Verificámos ainda a relação de empatia entre a professora titular e o William e o carinho com que a professora o trata. Desta feita, beneficia de uma relação privilegiada por parte da professora titular de turma.

Relativamente à professora titular do James (aluno da escola B) como tem alguma experiência no âmbito da educação especial sente-se mais motivada e mais preparada para a inclusão do James na turma. Nesse sentido, já utiliza estratégias com o aluno para atender às suas necessidades e para promover a aquisição de competências. Para além da utilização dessas estratégias, das quais abordaremos mais à frente, a professora localiza o James na fila da frente da sala de aula para facilitar o acesso ao mesmo e poder responder às suas necessidades e apoiá-lo sempre que este sente dificuldade na realização de uma qualquer tarefa. Atestámos ainda a relação de empatia

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entre a professora titular e o James e o carinho com que a professora o trata. Deste modo, beneficia de uma relação privilegiada por parte da professora titular de turma.

Quanto à professora titular da Mélanie e do Mark (alunos da escola C), esta não está muito receptiva à inclusão da Mélanie e do Mark na sua turma. Porque, como não tem formação na área da educação especial não se sente preparada e motivada nesse sentido. A professora refere que, estes alunos, requerem muita atenção devido à paralisia cerebral e à epilepsia (como já referi anteriormente) e tem o dobro do trabalho na planificação das actividades, e como consequência disso, a restante turma fica prejudicada ao serem deixados para trás. A professora titular e a professora de educação especial decidiram que a Mélanie e o Mark passariam a maior parte do tempo na sala de educação especial, onde a professora de educação especial introduz as temáticas e as competências de acordo com o PEI de cada aluno e a professora titular consolida essas temáticas e competências na sala de aula com a Mélanie e o Mark e com a restante turma. A professora revelou que esta estratégia tem tido bons resultados. Pude observar que a professora de educação especial tem um papel importantíssimo no processo educativo destes alunos. A professora titular recorre aos materiais que a professora de educação especial lhe faculta para poder atender às necessidades dos alunos e promover a consolidação das temáticas e das competências na sala de aula. Atestámos ainda o carinho com que a professora trata a Mélanie e o Mark. Desta feita, após tudo o que foi exposto, os alunos não beneficiam de uma relação privilegiada por parte da professora titular de turma.

(H11) A percepção dos professores de 1º ciclo quanto à inclusão facilita o processo inclusivo dos alunos com paralisia cerebral na classe regular.

No sentido de verificar a H11 pudemos analisar se a percepção dos professores de 1º ciclo quanto à inclusão facilita o processo inclusivo dos alunos com paralisia cerebral. Nesse sentido, primeiramente, questionámos as professoras titulares e as professoras de educação especial se concordam ou não com a inclusão e as escolas inclusivas e porquê.

A professora titular da escola A diz que concorda com a inclusão e as escolas inclusivas, desde que haja meios e recursos humanos e físicos para isso. As razões que expôs porque concorda são: porque é benéfico tanto para a criança com necessidades educativas especiais significativas como também para a turma e que a criança com

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necessidades educativas especiais significativas é igual às outras crianças sem necessidades educativas especiais significativas e por isso têm o mesmo direito de frequentar uma escola pública como se não tivessem necessidades educativas especiais significativas.

A professora de educação especial da mesma escola (escola A), quando questionada sobre a mesma temática, disse que claro que concorda com a inclusão as escolas inclusivas. E acha que estamos a andar no bom caminho. Porque existe mais receptividade dos colegas quanto à inclusão. A razão que refere porque concorda é porque a inclusão só traz vantagens tanto para a criança com necessidades educativas especiais significativas como também para os restantes alunos porque há uma aprendizagem mútua entre todos.

A professora titular da escola B quando questionada sobre a inclusão e as escolas inclusivas referiu que concorda, porque as crianças com necessidades educativas especiais significativas têm o mesmo direito de frequentar uma escola do ensino regular pública da sua área de residência como as outras crianças sem necessidades educativas especiais significativas, porque existe uma aprendizagem mútua entre todos e porque a deficiência não é um entrave ao progresso educativo dos mesmos.

A professora de educação especial da mesma escola (escola B) quando questionada sobre a mesma temática, mencionou que concorda plenamente com a inclusão e as escolas inclusivas por causa da sua formação académica. Contudo, refere que a inclusão é ainda uma utopia tanto a nível humano como material porque ainda há colegas que não estão receptivos a esta filosofia. Pensam que os alunos com necessidades educativas especiais só atrapalham o seu trabalho com a restante turma e que deveriam estar em escolas próprias. Mas ela disse que só há vantagens para estes alunos estarem em escolas regulares públicas.

A professora titular da escola C, quando questionada sobre a inclusão e as escolas inclusivas, disse que a inclusão tem aspectos positivos e menos positivos. E citamos, Não diria que são aspectos negativos mas sim menos positivos. E justificou, ao dizer que os alunos com necessidades educativas especiais significativas requerem muita atenção e acompanhamento e, em consequência, a restante turma sai prejudicada e para que isso não aconteça é necessário mais recursos humanos.

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A professora de educação especial da mesma escola (escola C), quando questionada sobre a mesma temática, mencionou que claro que concorda com a inclusão e as escolas inclusivas e refere que em Portugal a inclusão se faz de uma forma positiva, e que, conhecendo a realidade de outros países, Portugal está no bom caminho e refere ainda que os colegas estão mais receptivos quanto à inclusão.

Seguidamente, questionámos as professoras titulares e as professoras de educação especial sobre o que são práticas educativas inclusivas.

A professora titular e a professora de educação especial da escola A responderam que práticas educativas inclusivas são adaptações das actividades e das estratégias às necessidades educativas do aluno com necessidades educativas especiais significativas. Acrescentaram ainda que é tentar trabalhar para o aluno com necessidades educativas especiais significativas pensando também na turma.

A professora titular da escola B, quando questionada sobre o que são práticas