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Nível III – Inclusão Limitada Em que as actividades académicas e sociais se desenrolam na sala de educação especial O professor de educação especial dirige o

5.8. Reflexão dos dados apresentados

Escola A

As entrevistas revelaram que na escola A as orientações inclusivas da Declaração de Salamanca de 1994 e as medidas do Decreto-lei 3/2008 de 7 de Janeiro estão a ser implementadas ao verificarmos que o William frequenta a escola da sua área de residência, está integrado numa classe regular com crianças da mesma idade, beneficia de apoio pedagógico especializado, de adequações no processo de avaliação e de tecnologias de apoio e que todas estas medidas constam do programa educativo individual do aluno. Logo, beneficia de PEI. A aprendizagem adapta-se às suas necessidades, recebe apoio pedagógico suplementar no contexto do currículo regular e

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não um currículo diferente, adquire conhecimentos com as suas experiências e com assuntos práticos, a avaliação formativa integra-se ao longo do seu processo educativo, beneficia de apoio prestado pela professora de educação especial, utiliza recursos técnicos adequados que o ajudam a promover o seu sucesso educativo (computador/quadro interactivo/mobiliário escolar), a equipa pedagógica e os pais são os responsáveis pelo seu processo educativo, os seus pais participam activamente na sua educação, a APPCV e os serviços de saúde e acção social colaboram com terapeutas ocupacionais, psicólogos educacionais e transporte. E o envolvimento de pessoas com deficiência, que obtiveram sucesso, na educação do William é feito através de sensibilizações, como palestras e convívios, a nível do agrupamento de escolas.

No que concerne à percepção das professoras de 1º ciclo quanto à inclusão de alunos com paralisia cerebral, as entrevistas destacaram que as professoras da escola A concordam com a inclusão do William na classe regular, porque só traz benefícios para todos os alunos no sentido de haver uma aprendizagem mútua entre todos. As professoras sentem-se muito motivadas para a inclusão ao verificarmos o seu interesse na elaboração e pesquisa de actividades e recursos audiovisuais que possam ser propostos não só ao William como também à restante turma e a isto se denomina de práticas educativas inclusivas. Com isto, as percepções das professoras da escola A quanto à inclusão facilitam o processo inclusivo do William na classe regular.

Relativamente às condições que são proporcionadas aos alunos com paralisia cerebral, as entrevistas revelaram que, na escola A, estas são inspiradas na filosofia da inclusão ao verificarmos que o William beneficia de apoio prestado pela professora de educação especial e pelos funcionários da escola, beneficia de uma relação privilegiada por parte das professoras e dos colegas pelas razões já mencionadas anteriormente, não sofreu retenções pelos motivos apresentados antes, a escola tem mobiliário adaptado (cadeira), o aluno consegue movimentar-se pelo espaço escolar devido às características da escola apresentadas na caracterização dos participantes e dos contextos de observação, e utiliza alguns recursos materiais de que a escola dispõe, como o computador e o quadro interactivo, que lhe permitem desenvolver as suas potencialidades e promover a sua aprendizagem.

Quanto às práticas educativas das professoras do 1º ciclo com alunos com paralisia cerebral, as entrevistas revelaram que na escola A estas têm em conta uma

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abordagem inclusiva. Ao verificarmos que as estratégias e as metodologias utilizadas, como a diversificação das actividades, a adequação destas à problemática do William, a apresentação de actividades que possam ser realizadas tanto pelo aluno como pela restante turma, um plano de aula global para toda a turma com apoio diferenciado para o William e a localização do aluno na fila da frente, são práticas que promovem a inclusão do William na classe regular.

Por fim, quanto ao nível de inclusão proposto por Correia (2008) dos alunos com paralisia cerebral na classe regular das escolas de 1º ciclo, abordado anteriormente, as entrevistas destacaram que na escola A, o William está no nível II – Inclusão Moderada – porque desenvolve as suas actividades académicas e sociais na sala de aula regular e na sala de educação especial, onde faz o reforço das aprendizagens que são promovidas na sala de aula ao longo da semana, como também, faz a aprendizagem de novas competências específicas ao aluno com paralisia cerebral. Por isso está 50% na sala de aula regular e 50% na sala de apoio. O seu programa de intervenção é dirigido pela professora titular e pela professora de educação especial.

Escola B

As entrevistas revelaram que na escola B as orientações inclusivas da Declaração de Salamanca de 1994 e as medidas do Decreto-lei 3/2008 de 7 de Janeiro estão a ser implementadas ao verificarmos que o James frequenta a escola da sua área de residência, está integrado numa classe regular com crianças da mesma idade, beneficia de apoio pedagógico especializado, de adequações curriculares individuais, de adequações no processo de avaliação e de tecnologias de apoio e que todas estas medidas constam do programa educativo individual do aluno. Logo, beneficia de PEI. A aprendizagem adapta-se às suas necessidades, adquire conhecimentos com as suas experiências e com assuntos práticos, a avaliação formativa integra-se ao longo do seu processo educativo, beneficia de apoio prestado pela professora de educação especial, utiliza recursos técnicos adequados que o ajudam a promover o seu sucesso educativo (computador/quadro interactivo), a equipa pedagógica e os pais são os responsáveis pelo seu processo educativo, os seus pais participam activamente na sua educação, a APPCV e os serviços de saúde e acção social colaboram com terapeutas ocupacionais, psicólogos educacionais. E o envolvimento de pessoas com deficiência, que obtiveram

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sucesso, na educação do James é feito através de palestras e convívios, a nível do agrupamento de escolas.

Quanto à percepção das professoras de 1º ciclo quanto à inclusão de alunos com paralisia cerebral, as entrevistas destacaram que as professoras da escola B concordam com a inclusão do James na classe regular, porque só traz benefícios para todos os alunos no sentido de haver uma aprendizagem mútua entre todos, porque ele tem o mesmo direito de frequentar a escola como qualquer outra criança e porque a deficiência não é um entrave ao seu progresso educativo. As professoras sentem-se mais motivadas para a inclusão por causa da sua experiência e formação na área da educação especial. Desta feita, as percepções das professoras da escola B quanto à inclusão facilitam o processo inclusivo do James na classe regular.

No que concerne as condições que são proporcionadas aos alunos com paralisia cerebral, as entrevistas revelaram que, na escola B, estas são inspiradas na filosofia da inclusão ao verificarmos que o James beneficia de apoio prestado pela professora de educação especial e pelos funcionários da escola, beneficia de uma relação privilegiada por parte das professoras e dos colegas pelos motivos já mencionados anteriormente, não sofreu retenções pelas razões apresentadas anteriormente, a escola tem material escolar adaptado, o aluno consegue movimentar-se pelo espaço escolar devido às características da escola apresentadas na caracterização dos participantes e dos contextos de observação, e utiliza alguns recursos materiais de que a escola dispõe, como o computador e o quadro interactivo, que lhe permitem desenvolver as suas potencialidades e promover a sua aprendizagem.

Relativamente às práticas educativas das professoras do 1º ciclo com alunos com paralisia cerebral, as entrevistas revelaram que na escola B estas têm em conta uma abordagem inclusiva. Ao verificarmos que o aluno acompanha todas as actividades realizadas na sala de aula, as estratégias e as metodologias utilizadas, como a apresentação de power points e o uso do computador, apesar de seguir um plano diferenciado o James trabalha os mesmos conteúdos como a turma (referido anteriormente) e a localização do aluno na fila da frente, são práticas que promovem a inclusão do James na classe regular.

Por fim, quanto ao nível de inclusão proposto por Correia (2008) dos alunos com paralisia cerebral na classe regular das escolas de 1º ciclo, abordado anteriormente, as

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entrevistas destacaram que na escola B, o James está no nível I – Inclusão Total – porque desenvolve as suas actividades académicas e sociais na sala de aula com algum apoio prestado pela professora de educação especial. Por isso está a 100% na sala de aula regular. A professora titular recebe orientações da professora de educação especial. A professora titular dirige o programa de intervenção.

Escola C

As entrevistas revelaram que na escola C as orientações inclusivas da Declaração de Salamanca de 1994 e as medidas do Decreto-lei 3/2008 de 7 de Janeiro estão a ser implementadas ao verificarmos que a Mélanie e o Mark frequentam a escola da sua área de residência, estão integrados numa classe regular com crianças da mesma idade, beneficiam de apoio pedagógico especializado, de adequações curriculares individuais, de adequações no processo de avaliação e de tecnologias de apoio e que todas estas medidas constam dos seus programas educativos individuais. Logo, beneficiam de PEI. A aprendizagem adapta-se às suas necessidades, recebem apoio pedagógico suplementar no contexto do currículo regular e não um currículo diferente, adquirem conhecimentos com as suas experiências e com assuntos práticos, a avaliação formativa integra-se ao longo dos processos educativos de cada um, beneficiam de apoio prestado pela professora de educação especial, utilizam recursos técnicos adequados que os ajudam a promover o sucesso educativo de cada um (computador/quadro interactivo/mobiliário escolar), a equipa pedagógica e os pais são os responsáveis pelos seus processos educativos, os seus pais participam na educação de cada um, a APPCV e os serviços de saúde e acção social colaboram com terapeutas ocupacionais, psicólogos educacionais. E o envolvimento de pessoas com deficiência, que obtivera sucesso, na educação da Mélanie e do Mark é feito através de sensibilizações, como palestras e convívios, a nível do agrupamento de escolas.

No que concerne à percepção das professoras de 1º ciclo quanto à inclusão de alunos com paralisia cerebral, as entrevistas destacaram que a professora titular da escola C não está muito receptiva quanto à inclusão da Mélanie e do Mark na classe regular, porque requerem muita atenção e acompanhamento e, em consequência, a restante turma fica prejudicada. A professora não se sente muito motivada para a inclusão porque refere que tem o dobro do trabalho na planificação das actividades para tentar envolver a Mélanie e o Mark nas actividades propostas à turma. E por isso,

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recorre à professora de educação especial nesse sentido. Com isto, as percepções da professora titular da escola C quanto à inclusão não facilitam o processo inclusivo da Mélanie e do Mark na classe regular ao verificarmos que estes alunos passam a maior parte do tempo na sala de educação especial.

Relativamente às condições que são proporcionadas aos alunos com paralisia cerebral, as entrevistas revelaram que, na escola C, estas são inspiradas na filosofia da inclusão ao verificarmos que a Mélanie e o Mark beneficiam de apoio prestado pela professora de educação especial e pelos funcionários da escola, beneficiam de uma relação privilegiada por parte dos colegas contudo, não beneficiam de uma relação privilegiada por parte da professora titular pelas razões já mencionadas anteriormente, não sofreram retenções pelos motivos apresentados antes, a escola tem mobiliário adaptado (cadeira), os alunos consegues deslocar-se pelo espaço escolar devido às características da escola apresentadas na caracterização dos participantes e dos contextos de observação, e utilizam alguns recursos materiais de que a escola dispõe, como o computador e o quadro interactivo, que lhe permitem desenvolver as suas potencialidades e promover a sua aprendizagem.

Quanto às práticas educativas das professoras do 1º ciclo com alunos com paralisia cerebral, as entrevistas revelaram que na escola C estas não têm em conta uma abordagem inclusiva. Ao verificarmos que as estratégias e as metodologias utilizadas, como a exploração da linguagem através da imagem e as técnicas específicas de leitura e escrita, são estratégias que promovem a aprendizagem dos alunos, mas que não promovem a inclusão da Mélanie e do Mark na classe regular.

Por fim, quanto ao nível de inclusão proposto por Correia (2008) dos alunos com paralisia cerebral na classe regular das escolas de 1º ciclo, abordado anteriormente, as entrevistas destacaram que na escola C, a Mélanie e o Mark estão no nível III – Inclusão Limitada – porque desenvolve as suas actividades académicas e sociais maioritariamente na sala de educação especial devido ao problema de epilepsia. Onde a professora de educação especial inicia os conteúdos de forma mais específica e depois a professora titular de turma consolida-os na sala de aula. Por isso está 80% na sala de apoio. A professora de educação especial dirige o programa de intervenção.

138 Capítulo 4