• Nenhum resultado encontrado

A paternidade socioafetiva e o reconhecimento do vínculo de filiação socioafetivo

Havendo o conflito entre as verdades biológicas e socioafetiva, ainda há divergências acerca deste embate, sendo de extrema importância referir, portanto, o posicionamento que alguns doutrinadores oferecem frente à ocorrência do mesmo.

Para Fachin (apud PEREIRA, 2015, p. 58):

A verdade socioafetiva não é menos importante que a verdade biológica. A realidade jurídica de filiação não é, portanto, fincada apenas nos laços biológicos, mas na realidade do afeto que une pais e filhos, e se manifesta em sua subjetividade e, exatamente, perante o grupo social e à família.

No entender de Dias (2015, p. 397):

A partir do momento em que a filiação afetiva passou a prevalecer sobre a biológica, todas as demandas envolvendo vínculos de filiação adquiriram, necessariamente, causa de pedir (grifo do autor) complexa. Apesar de as ações serem baseadas na realidade biológica, não é suficiente a prova da verdade genética. É necessária a comprovação da inexistência da filiação afetiva. Na ação em que é buscada a desconstituição do vínculo de filiação, a verdade socioafetiva tem a preferência.

Luiz Edson Fachin, ministro do Supremo Tribunal Federal, salienta a importância do elemento socioafetivo para o estabelecimento da filiação, com as seguintes palavras:

O reconhecimento do fundamento biológico da filiação, com o desenvolvimento das técnicas da engenharia genética, a atenuação da presunção pater is est, a vedação constitucional ao tratamento discriminatório e o consequente acesso dos filhos outrora ilegítimos ao estatuto jurídico da filiação, em patamar de igualdade com os denominados filhos legítimos, foram significativos avanços do Direito no que tange a questão do estabelecimento da paternidade. Todavia, sendo a paternidade um conceito jurídico e, sobretudo, um direito, a verdade biológica da filiação não é o único fator a ser levado em consideração pelo aplicador do Direito: o elemento material da filiação não é tão-só o vínculo de sangue, mas a expressão jurídica de uma verdade socioafetiva. O elemento socioafetivo da filiação reflete a verdade jurídica que está para além do biologismo, sendo essencial para o estabelecimento da filiação (FACHIN, 2008, p. 24).

Ao encontro destes dizeres, posiciona-se Nunes (2009, p. 238), que confere a verdade biológica um papel secundário quando comparada a socioafetiva no tocante a identificação da autêntica paternidade, visto que a referida, por ser um produto do relacionamento mantido no seio da família, “propicia que esta cumpra sua função social de modo pleno, sendo o seu

reconhecimento uma forma de prestigiar-se a comunidade familiar e garantir a esta desejável estabilidade”.

No ano de 2016, houve a fixação de significativa tese a partir do julgamento do Recurso Extraordinário n° 898.060, anteriormente mencionado neste. O Supremo Tribunal Federal, pelos votos da maioria dos Ministros presentes, e de acordo com os termos do voto que fora proferido pelo Relator, Ministro Luiz Fux, negou provimento ao mesmo, assim como, fixou o entendimento de que “A paternidade socioafetiva, declarada ou não em registro público, não impede o reconhecimento do vínculo de filiação concomitante baseado na origem biológica, com os efeitos jurídicos próprios” (RE n° 898.060, 2016).

Ao adotar tal posicionamento, o Supremo Tribunal Federal veio reconhecer, primeiramente, a coexistência de ambos os vínculos parentais, no sentido de que a existência de paternidade socioafetiva não exime de responsabilidade o pai biológico, incluindo-se, os efeitos patrimoniais decorrentes do ora mencionado vínculo. Ainda, repercutiu fortemente ao referenciar a necessidade da tutela jurídica concomitante para, novamente, ambos os vínculos de paternidade, seja de origem afetiva ou biológica, em atento, sobretudo, aos princípios constitucionais da dignidade da pessoa humana, com previsão no art. 1º, inc. III da Carta Magna42, igualmente ao princípio da paternidade responsável, conforme refere o art. 226, §7º43, do mesmo disposto legal.

Indispensável destacar o entendimento do Relator, Ministro Luiz Fux (2016, p. 17 e 19) acerca do tema, no momento de seu voto ao tempo do julgamento do RE n° 898.060, quando referiu que:

[...] descabe pretender decidir entre a filiação afetiva e a biológica quando o melhor interesse do descendente é o reconhecimento jurídico de ambos os vínculos. Do contrário, estar-se-ia transformando o ser humano em mero instrumento de aplicação dos esquadros determinados pelos legisladores. É o direito que deve servir à pessoa, não o contrário.

42Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do

Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos: III – a dignidade da pessoa humana.

43Art. 227. É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com

absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão:

[...] Todos os pais devem assumir os encargos decorrentes do poder familiar, sendo que o filho desfruta de direitos com relação a todos. Não só no âmbito do direito das famílias, mas também em sede sucessória.

Acompanhando os dizeres anteriormente expostos, votou, quanto à ora mencionada tese, o Ministro Ricardo Lewandowski (2016, p. 10), reconhecendo a coexistência da paternidade:

[...] A paternidade biológica ou socioafetiva - o parentesco - não precisa, data vênia, ser necessariamente formalizada; portanto, independe de registro. Então, se ela é reconhecida anteriormente, posteriormente ou concomitantemente, registrada ou não, pouco importa. Nós decidimos aqui que é possível a coexistência dessa dupla paternidade ou desse duplo parentesco.

Em sentido contrário, posicionou-se o Ministro Edson Fachin ao tempo da votação do RE n° 898.060, entendendo haver o parcial provimento do mesmo, haja vista que “o vínculo biológico, com efeito, pode ser hábil, por si só, a determinar o parentesco jurídico, desde que na falta de uma dimensão relacional que a ele se sobreponha, e é o caso, no meu modo de ver, que estamos a examinar” (STF, 2016). No seu entendimento, portanto, deveria prevalecer a verdade socioafetiva, pois há um vínculo de afeto com o pai, e ao mesmo tempo, um vínculo biológico com o genitor, uma pessoa com a qual não convivera ao longo de sua vida, sendo assim, impossível confundir exclusivamente o parentesco com a questão biológica debatida. Deste modo, deveria o primeiro se impor frente ao segundo.

Ainda, o nobre Ministro (STF, 2016) referenciou que nem sempre o vínculo biológico coexiste com os demais critérios, exemplificando sua concepção com o método da inseminação artificial heteróloga e também a adoção.

Refere-se que embora seja recente a manifestação pelo Supremo Tribunal Federal acerca do tema, a jurisprudência tem reconhecido e aplicado à tese fixada pelo mesmo, habilitando a investigação de paternidade, ainda que existente o vínculo socioafetivo, enaltecendo-se assim, a dupla paternidade e seus efeitos, em caráter concomitante de responsabilidades44.

44APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE AFIRMAÇÃO DE PATERNIDADE BIOLÓGICA. PAI REGISTRAL.

APARENTE CONFLITO ENTRE PATERNIDADE BIOLÓGICA E SOCIOAFETIVA. RECONHECIMENTO DO VÍNCULO BIOLÓGICO PARA TODOS OS EFEITOS. POSSIBILIDADE. SENTENÇA REFORMADA. 1. A testagem de DNA apurou a probabilidade da paternidade biológica no significativo índice de 99,99%. 2. Reconhecida a paternidade biológica, prospera o pedido do autor, de que esse reconhecimento gere todos os seus efeitos, inclusive os de caráter registral e patrimonial, na medida em que, se é o próprio filho quem busca o

reconhecimento do vínculo biológico com outrem, porque durante toda a sua vida foi induzido a acreditar em uma verdade que lhe foi imposta por aqueles que o registraram, não é razoável que se lhe imponha a prevalência da paternidade socioafetiva, a fim de impedir sua pretensão, ainda que haja a consequência patrimonial advinda do reconhecimento do vínculo jurídico de parentesco.

3. Tese de repercussão geral fixada pelo Supremo Tribunal Federal, por ocasião do julgamento do RE nº 898.060, no sentido de que “a paternidade socioafetiva, declarada ou não em registro público, não impede o reconhecimento do vínculo de filiação concomitante baseado na origem biológica, com os efeitos jurídicos próprios”.

4. Sentença reformada. Inversão dos ônus sucumbenciais. APELAÇÃO PROVIDA, POR MAIORIA. (Apelação Cível Nº 70071224745, Oitava Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Ricardo Moreira Lins Pastl, Julgado em 09/03/2017) (grifo meu).

CONCLUSÃO

Estamos vivendo novos parâmetros do direito de família, as novas relações familiares, as diferentes formas de constituição de família, inclusive, a dificuldade de se estabelecer um conceito de família, esta enfrentada também pela doutrina, tamanha a evolução, extensão de seu conteúdo e significado. Estes parâmetros são acompanhados primordialmente pelos valores basilares das relações humanas, dentre estes, há de se destacar a valoração da dignidade da pessoa humana, do amor, da solidariedade, do respeito ao próximo, do afeto, entre outros.

O advento da CF/88 representou fundamental divisor quanto à proteção da família no ordenamento jurídico brasileiro, indo para além da mera disposição em seu texto, mas resguardado especial proteção por parte do Estado, ao mesmo tempo, estabelecendo preceitos de igualdade, de respeito, nunca vistos antes no direito, eliminando de uma vez por todas, quaisquer diferenças havidas entre os membros da sociedade, e especificamente quanto ao objeto de estudo deste trabalho, entre os filhos, no tocante aos seus direitos e qualificações.

A proteção da família, conferida pela Carta Magna, reveste-se de grande importância, sendo reconhecida como indispensável para as relações humanas. Assim, disposições elencadas de seus artigos acabaram sendo reproduzidas de forma integral em dispositivos legais que vieram surgir posteriormente à sua promulgação, como por exemplo, o Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei n° 8.069/900) e o Código Civil brasileiro no ano de 2002. O perpassar dos anos trouxe inúmeras evoluções para o direito de família, e dentre estas, há de se destacar o vínculo de filiação socioafetivo, sobretudo, a partir da CF/88, de onde passou a ganhar notoriedade, figurando com maior constância nos tribunais, para análise de casos

concretos e seus efeitos decorrentes, assim como, em estudos científicos pela doutrina e estudantes acadêmicos.

A filiação socioafetiva, como já sabido, se baseia nos vínculos sentimentais do amor, do carinho, do respeito, do devido cuidado, do convívio, não resultando da consanguinidade, da origem biológica, mas sim, da origem do afeto. A CF/88 e Código Civil brasileiro, principais dispositivos legais vigentes responsáveis pelo trato das questões ligadas ao direito de família não trazem, no corpo de seu texto legal, expressamente a palavra afeto, contudo, entende-se como implícita a sua existência. A falta de legislação especifica do respectivo tema constitui-se em um dos maiores empecilhos para o seu devido reconhecimento e equivalência ao vínculo biológico.

No ano de 2013, o Supremo Tribunal Federal reconheceu repercussão geral ao tema da prevalência da paternidade socioafetiva em detrimento a paternidade biológica, pelos interesses significativos que poderiam resultar para os campos econômico e jurídico, mas, sobretudo, ao campo social. A fixação da tese no ano de 2016 pelo STF, de que a existência de paternidade socioafetiva, seja ela, declarada ou não em registro público, não impossibilita a busca pelo conhecimento e posterior reconhecimento concomitante do vínculo de filiação biológico e dos efeitos dele decorrente, incluindo-se os patrimoniais, representou um verdadeiro marco para o tema, haja vista que pela primeira vez, falou-se em equivalência dos vínculos da paternidade, ou seja, a inexistência da preponderância de um sobre o outro, como há muitos anos se traduzia no âmbito do direito brasileiro. Deste modo, a dupla paternidade restou por admitida para a pessoa interessada, ademais, reconheceu-se a paternidade socioafetiva mesmo diante da falta de seu registro.

Apesar do entendimento por parte de alguns doutrinadores acerca da necessária prevalência do vínculo socioafetivo frente ao biológico sempre que estiverem conflitando, à tese fixada pelo Supremo Tribunal Federal parece ser a mais correta frente ao tema, pois evidencia um equilíbrio ao reconhecer juridicamente ambos os vínculos de paternidade, não deixando de eximir qualquer um destes de seus efeitos. Assim, admite-se a coexistência dos mesmos, fato que também é evidenciado nos julgados analisados, embora que seja recente a manifestação por parte do STF.

A discussão da prevalência de um sobre o outro, não deve ser o centro do embate, haja vista que ambos são inegavelmente importantes para as relações familiares, cada qual com suas características e pressupostos, e por isso, merecem a devida proteção e embasamento legal, visto que o mais importante não é o estabelecimento de critérios que determinam as qualidades ou as deficiências dos vínculos, nenhum é maior ou melhor que o outro, pelo contrário, é de suma importância levar em consideração o melhor interesse do descendente, facultando-o buscar conhecer a sua origem e permitindo-lhe gozar de todos os efeitos decorrentes com o seu reconhecimento, inclusive, patrimoniais. Contudo, sabe-se que as questões patrimoniais não se constituem no verdadeiro valor que integram o seio familiar, cujo fundamento deve sempre recair no amor, na atenção, no afeto, no respeito mútuo entre pais e filhos, seja presente no vínculo biológico ou socioafetivo.

REFERÊNCIAS

AGUIAR, Lilian Maria Martins de. Casamento e formação familiar na Roma Antiga. Brasil

Escola, [s.d.]. Disponível em: <http://brasilescola.uol.com.br/historiag/casamento-formacao-

familiar-na-roma-antiga.htm>. Acesso em: 25 nov. 2016.

BRASIL. Código civil. Brasília, 2002.

_____. Código de Processo Civil. Brasília, 2015.

_____. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília, 1988.

_____. Decreto nº 99.710, de 21 de novembro de 1990. Brasília, 1990.

_____. Lei n° 4121, de 27 de agosto de 1962. Dispõe sobre a situação jurídica da mulher casada. Brasília, 1962.

_____. Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990. Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá outras providências. Brasília, 1990.

_____. Projeto de lei n° 470, de 2013. Brasília, 2013.

_____. Projeto de lei n° 6.583, de 2013. Brasília, 2013.

CARVALHO, Carmela Salsamendi de. Filiação socioafetiva e “conflitos” de paternidade

ou maternidade. Curitiba: Jiruá, 2012.

COULANGES, Fustel de. A cidade antiga. 2006. Disponível em: <http://www.ebooks brasil.org/adobeebook/cidadeantiga.pdf>. Acesso em: 26 nov. 2016.

DIAS, Maria Berenice. Manual de direito das famílias. 10. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2015.

DINIZ, Maria Helena. Curso de direito civil brasileiro: direito de família. 30. ed. São Paulo: Saraiva, 2015.

GAGLIANO, Pablo Stolze; PAMPLONA FILHO, Rodolfo. Novo curso de direito civil: direito de família. 7. ed. São Paulo: Saraiva, 2017.

GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito civil 3: esquematizado. 4. ed. São Paulo: Saraiva, 2017.

IBDFAM – INSTITUTO BRASILEIRO DE DIREITO DE FAMÍLIA. Dicionário reformula

conceito de família. 2016. Disponível em: <http://www.ibdfam.org.br/noticias/5990/

Dicion%C3%A1rio+reformula+conceito+de+fam%C3%ADlia>. Acesso em: 05 dez. 2016.

_____. Projeto de estatuto das famílias é apresentado no Senado. 2013. Disponível em: <http://www.ibdfam.org.br/noticias/5182/Projeto+de+Estatuto+das+Fam%C3%ADlias+%C3 %A9+apresentado+no+Senado>. Acesso em: 07 dez. 2016.

LÔBO, Paulo. Direito civil: família. 4. ed. São Paulo: Saraiva, 2011.

LUZ, Valdemar Pereira da. Manual de direito de família. São Paulo: Manole, 2009.

MACHADO, João Luís de Almeida. A vida em família na antiguidade clássica. 2005. Disponível em: <http://www.planetaeducacao.com.br/portal/artigo.asp?artigo=405>. Acesso em: 25 nov. 2016.

MADALENO, Rolf. Curso de direito de família. 6. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2015.

MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PARANÁ. Súmula 301. Segunda seção, julgado em 18/10/2004, DJ 22/11/2004, p. 425.

NOGUEIRA, Jacqueline Filgueiras. A filiação que se constrói: o reconhecimento do afeto como valor jurídico. São Paulo: Memória Jurídica Editora, 2001.

NUNES, João Batista Amorim de Vilhena. Família e sucessões: reflexos atuais. Curitiba: Juruá, 2009.

OAB/RS. OAB/RS manifesta contrariedade ao estatuto da família. 2015. Disponível em: <http://www.oabrs.org.br/noticias/oabrs-manifesta-contrariedade-ao-estatuto-familia/19343>. Acesso em: 08 dez. 2016.

PEREIRA, Caio Mário da Silva. Instituições de direito civil: direito de família. 15. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2002.

PORTANOVA, Rui. Ações de filiação e paternidade socioafetiva. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2016.

STJ – SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. Filiação socioafetiva não impede

reconhecimento de paternidade biológica e seus efeitos patrimoniais. 2017. Disponível

em: <http://www.stj.jus.br/sites/STJ/default/pt_BR/Comunica%C3%A7%C3%A3o/noticias/ Not%C3%ADcias/Filia%C3%A7%C3%A3o-socioafetiva-n%C3%A3o-impede-reconhecime nto-de-paternidade-biol%C3%B3gica-e-seus-efeitos-patrimoniais>. Acesso em: 03 nov. 2017.

_____. Recurso extraordinário n° 898.060. 2016. Disponível em: <http://www.stf.jus. br/arquivo/cms/noticiaNoticiaStf/anexo/RE898060.pdf>. Acesso em: 04 nov. 2017.

_____. Recurso extraordinário n° 898.060. 2016. Disponível em: <http://redir.stf.jus. br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=13431919>. Acesso em: 04 nov. 2017.

_____. REsp 1618230/RS. Rel. Ministro Ricardo Villas Bôas Cueva, terceira turma, julgado em 28/03/2017, DJe 10/05/2017.

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO RIO GRANDE SUL. Apelação cível nº 70069224129. Oitava Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Luiz Felipe Brasil Santos, julgado em 11/08/2016.

_____. Apelação cível nº 70071224745. Oitava Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Ricardo Moreira Lins Pastl, julgado em 09/03/2017.