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A-2 TÉCNICAS E INSTRUMENTOS FINANCEIROS

No documento BNP Paribas InstiCash (páginas 44-48)

A. Disposições Gerais

Com vista a uma gestão segura da carteira e/ou à protecção dos seus activos e passivos, a Instituição poderá, para cada subfundo, recorrer às técnicas e instrumentos apropriados relativos a Valores Mobiliários e ao Mercado Monetário.

Além disso, cada subfundo está nomeadamente autorizado a participar em operações tendo por objecto a venda de contratos a prazo relativos a divisas, bem como a venda de opções de compra ou a compra de opções de venda relativa a divisas, de modo a proteger os seus activos contra flutuações cambiais ou a optimizar o seu rendimento, e a uma boa gestão da sua carteira.

A Instituição pode recorrer a instrumentos financeiros derivados cujos subjacentes podem ser valores mobiliários e instrumentos do mercado monetário, tanto com objectivos de cobertura (hedging) como de investimento (trading) da carteira.

Os subfundos sofisticados recorrem amplamente a instrumentos financeiros e/ou a estratégias ou instrumentos mais complexos, tanto com objectivos de cobertura (hedging) como de investimento (trading).

Todos os subfundos são não sofisticados.

Os subfundos não sofisticados detêm posições em instrumentos financeiros derivados menos complexos e menos importantes ou recorrem a instrumentos financeiros derivados exclusivamente com objectivos de cobertura (hedging).

Quando tais operações impliquem o recurso a instrumentos derivados, as respectivas condições e limites têm de corresponder às disposições do presente Anexo.

Quando um subfundo recorrer a instrumentos derivados com objectivos de investimento (trading), só os pode utilizar dentro dos limites da sua política de investimento.

Para cada subfundo, o risco global ligado aos instrumentos derivados não pode exceder o valor total dos activos líquidos da sua carteira. Os riscos são calculados levando em conta o valor corrente dos activos subjacentes, do risco da outra parte, da evolução previsível dos mercados e do tempo disponível para liquidar as posições.

A Instituição utiliza um processo de gestão dos riscos que lhe permite monitorizar e avaliar permanentemente os riscos associados às posições e à respectiva contribuição para o perfil de risco geral da carteira;

Os subfundos têm de utilizar sistemas de avaliação de riscos compatíveis com o seu perfil de risco, com o objectivo de assegurar a avaliação segura de todos os riscos suportados.

1.2. Limitação do risco global inerente aos Instrumentos Financeiros Derivados

Cada subfundo deverá certificar-se de que o risco global ligado aos instrumentos derivados não exceda o valor total dos activos líquidos da sua carteira. Isso implica que o risco global inerente à utilização de instrumentos financeiros derivados não pode ultrapassar 100% dos activos líquidos de cada subfundo e, portanto, que o risco global assumido por eles não pode ultrapassar senão temporariamente os 200% dos seus activos líquidos, e isto após se ter em consideração as garantias com o fim de avaliar os riscos da contraparte e da compensação (netting).

1.3. Limitação de eventual recurso temporário a empréstimos

O risco global assumido pelos subfundos por via de empréstimos temporários está limitado a 10%, de forma a que o risco global nunca possa ultrapassar os 210% do VPL.

1.4. Método de cálculo dos riscos de mercado globais

Cálculo dos riscos de mercado

Tanto para subfundos sofisticados como para não sofisticados, os riscos de mercado devem ser avaliados de acordo com uma abordagem VaR (Value at Risk) combinada com testes de robustez (stress test); tem de ser aplicada uma abordagem VaR com base regular. Neste tipo de abordagem, as perdas máximas que podem ser geradas pela carteira e as derivadas de um subfundo são calculadas relativamente a determinado prazo e intervalo de confiança. Os subfundos devem utilizar os testes de resistência (stress tests) para facilitar a gestão dos riscos provenientes de eventuais variações anormais do mercado.

O cálculo de Value-at-Risk deve ser efectuado de acordo com os seguintes padrões: intervalo de confiança unilateral de 99%, prazo de detenção equivalente a 1 mês (20 dias), período de observação efectiva (histórico) dos factores de risco de pelo menos 1 ano (250 dias), salvo se se justificar um período de observação mais curto por um significativo aumento da volatilidade dos preços, actualização trimestral dos dados e frequência de cálculo em princípio quotidiana. Substituindo os precedentes, e desde que exista justificação adequada, podem ser utilizados parâmetros diferentes dos acima descritos em casos particulares, com o acordo prévio da CSSF.

Cálculo dos riscos da contraparte

De acordo com o presente Anexo, o risco da contraparte numa transacção sobre instrumentos derivados de mercado de balcão não pode exceder 10% dos activos líquidos do subfundo quando a contraparte for um dos estabelecimentos de crédito referidos no ponto A -1. A. 6. supra, ou 5% dos seus activos nos outros casos. O ponto III.2. da circular 07/308 trata detalhadamente as normas relativas à avaliação dos riscos da contraparte.

Aplicando os pontos A -1 A. 7. (i) e (ii) do presente Anexo, os instrumentos financeiros derivados do mercado de balcão devem ser alvo de uma avaliação precisa, verificável quotidianamente e de forma independente pela Instituição.

B. Instrumentos financeiros derivados

(a) Disposições específicas relativas aos “Credit Default Swap” (CDS)

Os subfundos estão autorizados a recorrer aos “Credit Default Swap” (CDS). Um CDS corresponde à transferência do risco associado a uma dada entidade devedora (empresa ou estado soberano) de uma das partes (o comprador do CDS) para a outra parte (o vendedor do CDS). Esta operação traduz-se por uma transferência líquida, do vendedor para o comprador, do risco suportado correspondente à diferença entre o valor nominal e o valor de mercado do título de dívida emitido pelo mutuário, subjacente ao CDS. Essa transferência ocorre apenas quando surge uma “falha de pagamento”. A falha de pagamento ocorre ao nível da entidade devedora, sendo assimilável, por exemplo, à sua liquidação, impossibilidade de reestruturar a sua dívida ou incapacidade de respeitar o plano de reembolsos predefinido.

A maioria dos contratos de CDS baseia-se numa liquidação física, através da qual o vendedor paga ao comprador o valor nominal do título de dívida subjacente contra entrega do título em questão. Uma alternativa consiste na liquidação do contrato contra pagamento, ou seja o vendedor paga ao comprador a diferença entre o valor nominal e o valor no mercado. Em contrapartida dessa cobertura, o comprador de um CDS paga, em regime regular, um prémio ao vendedor. O pagamento dos prémios termina logo que ocorra uma falha de pagamento (incumprimento).

A Instituição pode celebrar contratos de CDS única e exclusivamente com base em documentos normalizados (e, mais especificamente, em contratos ISDA) e com instituições financeiras de primeira ordem, especializadas neste tipo de transacções.

A avaliação “mark-to-market” destes instrumentos é determinada com frequência idêntica à do valor patrimonial líquido.

A exposição de cada subfundo aos CDS, conjugada com a exposição do mesmo subfundo às demais técnicas e instrumentos, não pode em caso algum ultrapassar o valor líquido total da sua carteira.

Podem-se celebrar contratos de CDS com os seguintes objectivos:

a. de cobertura: a Instituição pode celebrar contratos de CDS com vista a precaver-se contra os riscos específicos ou gerais relacionados com a sua actividade de crédito ao adquirir esse tipo de protecções.

b. objectivo de gestão segura da carteira - a Instituição pode celebrar contratos de CDS com vista a adquirir exposições gerais ou específicas relacionadas com sua actividade de crédito, de modo a cumprir os seus objectivos de investimento.

Acumulados com outros instrumentos derivados, os contratos de CDS devem ser celebrados de modo a que a exposição à totalidade dos activos subjacentes não seja superior à prevista pelas restrições aos investimentos.

A exposição relativa aos contratos de CDS vendidos corresponde ao valor nominal subjacente do contrato, enquanto a exposição inerente aos contratos de CDS comprados corresponde ao valor actual dos prémios a pagar.

(b) Limites de utilização

Nas operações que impliquem a utilização de instrumentos derivados, as condições e limites supra fixados no capítulo A-1 “Restrições ao Investimento”, secção A, ponto (7), Secção C, pontos (9), (10), (11), (13) e (14) e Secção D, ponto (1) devem ser respeitadas.

Finalmente, em caso algum pode o recurso a transacções incidindo sobre instrumentos derivados ou outras técnicas e instrumentos financeiros levar a Instituição a desviar-se dos objectivos de investimento expostos no Prospecto.

(c) Riscos - Advertência

Tendo em vista a optimização do rendimento das respectivas carteiras, todos os subfundos estão autorizados a recorrer às técnicas e instrumentos derivados referidos no presente Anexo (nomeadamente, os contratos de trocas de taxas de juros, de divisas e outros instrumentos financeiros, contratos de opções e opções sobre valores mobiliários, sobre taxas de juros ou sobre contratos a prazo), respeitando as condições constantes no presente Anexo.

Chama-se a atenção dos investidores para o facto de as condições dos mercados e as regulamentações em vigor poderem restringir o recurso a estes instrumentos. Não é possível fornecer qualquer garantia de sucesso no tocante à utilização destas estratégias. Os subfundos que recorrem a estas técnicas e instrumentos assumem riscos e encargos inerentes a estes investimentos que, de outra forma, não teriam de assumir. Adicionalmente, chama-se a atenção dos investidores para o risco acrescido de volatilidade decorrente do recurso, por parte destes subfundos, a estas técnicas e instrumentos com outros objectivos que não os de cobertura. Se as previsões dos Gestores e Gestores Delegados relativamente aos movimentos dos mercados de valores, divisas e taxas de juros se revelarem inexactas, a situação do subfundo em questão poderá tornar-se pior do que se não tivesse havido recurso a estas estratégias.

No âmbito da utilização de instrumentos derivados, cada subfundo pode efectuar transacções de mercado de balcão em contratos “forward” e “spot” sobre índices ou outros instrumentos financeiros, bem como sobre swaps sobre índices ou outros instrumentos financeiros com bancos ou com instituições do mercado de capitais de primeira qualidade, especializadas na matéria e intervindo como contrapartes. Apesar de os mercados correspondentes não serem necessariamente reputados mais voláteis do que os restantes mercados a prazo, os operadores encontram-se mais mal protegidos contra qualquer falha nas suas transacções nesses mercados por os contratos aí negociados não serem garantidos por qualquer câmara de compensação.

C. Operações de recompra, colocação em pensão e concessão ou obtenção de empréstimos de

títulos

(a) Recompra e colocação em pensão

A Instituição pode, tendo em vista a boa gestão da carteira, participar em operações de recompra ou de colocação em pensão que consistem na compra e venda de títulos, sendo que os termos desses acordos conferem o direito

ou a obrigação ao vendedor (contraparte) de recomprar os títulos ao comprador pelo preço e prazo acordado entre as partes no termo do acordo, ou, no caso da colocação em pensão, no final do prazo a contraparte assume a obrigação de retoma do bem em pensão, e a Instituição assume a responsabilidade de lho restituir, ou vice-versa

A Instituição pode actuar tanto como compradora ou vendedora em contratos de recompra ou em contratos de colocação em pensão. Não obstante, a sua participação nas operações em questão está sujeita às seguintes regras:

(i) A Instituição pode apenas comprar ou vender títulos com acordo de recompra ou de colocação em pensão quando a contraparte dessas operações for uma instituição financeira de primeira ordem e sujeita a regras de supervisão prudencial consideradas pela CSSF como equivalentes às previstas pela legislação comunitária.

(ii) Durante o período de vigência de um acordo de aquisição de recompra, a Instituição não pode alienar ou oferecer em penhor ou garantia os títulos objecto do contrato antes de a outra parte ter exercido o seu direito de recompra ou de o prazo de recompra ter expirado.

(iii) Quando a Instituição estiver aberta à recompra, deve procurar manter o valor das operações de recompra ou de colocação em pensão a um nível que lhe permita a todo o tempo fazer face a ordens de resgate apresentadas por titulares de participações/accionistas.

A Instituição deve dispor, no final do prazo de pensão ou da operação de recompra (vendedor), dos activos necessários para pagar o preço acordado de restituição à Instituição.

Os títulos que sejam objecto de acordo de recompra ou de colocação em pensão devem corresponder à política de investimento da Instituição e devem, juntamente com os outros títulos em carteira da Instituição, respeitar globalmente as restrições de investimento da Instituição e as disposições da circular CSSF 08/356.

(b) Concessão e obtenção de empréstimo de títulos

A Instituição pode participar em operações de concessão ou obtenção de empréstimos de título, com a condição de respeitar as seguintes regras:

(i) A Instituição pode somente conceder ou solicitar empréstimos sobre títulos no âmbito de um sistema normalizado, organizado por instituição de compensação de títulos reconhecida ou por instituição financeira de primeiríssima ordem e sujeita a regras de supervisão prudencial consideradas pela CSSF como equivalentes às previstas pela legislação comunitária.

(ii) No âmbito das operações de empréstimo, a Instituição deve receber uma garantia cujo valor, no momento da celebração do contrato, seja pelo menos igual à avaliação do valor global dos títulos emprestados.

Esta Garantia é dada sob forma de activos líquidos e/ou de títulos emitidos ou garantidos por um Estado membro da OCDE, por autarquias locais ou por instituições e organismos supranacionais de carácter comunitário, regional ou mundial, e bloqueados em nome da Instituição até ao termo do contrato de empréstimo.

Se a garantia for dada em espécie, a Instituição pode reinvesti-la da forma descrita na circular CSSF 08/356. As garantias prestadas sem ser em espécie devem ser emitidas por entidade independente da contraparte. A Instituição deve procurar manter o valor das operações de recompra ou de colocação em pensão a um nível apropriado ou poder solicitar a restituição dos títulos emprestados, de forma que lhe permita a todo o tempo fazer face às suas obrigações de resgate e que essas operações não comprometam a gestão dos activos da Instituição de acordo com a sua política de investimento.

(iii) A Instituição não poderá dispor dos títulos emprestados durante o período de empréstimo, salvo se existir uma cobertura através de instrumentos financeiros permitindo que a Instituição proceda à restituição dos títulos emprestados ao ser encerrada a transacção.

A Instituição tem de receber antes ou simultaneamente com a transferência dos títulos emprestados uma garantia cujo valor corresponda, durante todo o prazo do empréstimo, a pelo menos 90% do montante da avaliação global dos títulos emprestados (incluindo juros, dividendos e outros direitos eventuais).

(iv) A Instituição apenas pode apenas participar em operações de empréstimo de títulos nas seguintes circunstâncias excepcionais: (x) quando a Instituição se comprometer a vender títulos da sua carteira num momento em que esses títulos estejam a ser registados junto de uma autoridade governamental e por isso não se encontrem disponíveis; (y) quando os títulos que foram emprestados não tenham sido restituídos dentro do

devido prazo; e (z) de modo a evitar a impossibilidade de uma entrega de títulos no caso de o Depositário não cumprir a sua obrigação de entrega dos títulos em questão.

No documento BNP Paribas InstiCash (páginas 44-48)

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