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A utilização da televisão na sala de aula

No documento MEE.pdf (10.16Mb) (páginas 198-200)

A televisão, além de ser um meio de FRPXQLFDomRVRFLDOVHFRQÀJXUDFRPRXPHVSDoR onde múltiplas aprendizagens acontecem. E esse é um motivo pelo qual a escola deve utilizá-la como objeto de estudo. Ao se envolver com a leitura do TXHpYLVWRQDWHOHYLVmRSURIHVVRUHVHDOXQRVWrP a oportunidade de discutir temas bastante atuais, FRPRSRUH[HPSORDVJXHUUDVQR2ULHQWH0pGLRD crise econômica dos países da Europa, as eleições, D YLROrQFLD HWF 1HVVH DVSHFWR R SURIHVVRU GHYH

WDPEpPOHYDURVDOXQRVDLGHQWLÀFDUHPFRPRGLIHUHQWHVJUXSRVVRFLDLV se sentem em relação à forma como estão sendo representados na tela da TV (o caso dos negros, das domésticas, etc.).

A vasta programação da televisão faz parte da vida da maioria da população, independente da qualidade atribuída aos programas, dos padrões éticos adequados à formação de caráter ético e moral dos telespectadores. Os programas são vistos pelos alunos, sendo imprescindível à escola estar atenta a essa realidade, passando a incorporar no seu projeto político pedagógico a inclusão das mídias, no sentido de ser um recurso para a aprendizagem.

Para isso, é necessário repensar a escola, a forma como ela vem se apropriando (ou não), do que é veiculado pela TV. Para tanto, é preciso TXHRVSURIHVVRUHVÀTXHPDWHQWRVSDUDRTXHHVWiVHQGRYHLFXODGRQRV diferentes programas de TV e fazer (re) leituras destes, explorando-os nas áreas diferentes do conhecimento, partindo daquilo que os mesmos Mi VDEHP DMXGDQGRRV D DYDQoDU QHVWH SURFHVVR H D LGHQWLÀFDU QRYRV aspectos dos conteúdos veiculados nestes programas.

Nessa perspectiva, é imprescindível que o professor compreenda o processo de comunicação de um veículo como a televisão, que oferece uma gama de opções de leituras, uma vez que ela mescla textos (orais e escritos), imagens em movimento, som, trilha sonora, constituindo- se num poderoso instrumento de aprendizagem. Infelizmente, muitos professores ainda estão presos a sua rotina escolar ou são despreparados SDUDDXWLOL]DomRSHGDJyJLFDGRDXGLRYLVXDO5HDÀUPDPRVTXHQmRGi para educar, hoje, sem que não sejam utilizados os recursos das mídias, no caso aqui, destacamos a mídia televisiva. É preciso educar os alunos, de forma que eles compreendam as linguagens e as mensagens da TV, com o propósito maior de reconhecer como é seu funcionamento como PtGLDFRPHUFLDO )LVFKHU 

É importante que os professores conheçam a linguagem, a programação, as condições de produção e de recepção da TV e, assim, possam utilizá-las pedagogicamente. Para que isso seja feito, é necessário TXH R SURIHVVRU WHQKD SULPHLUDPHQWH FRQVFLrQFLD GH PHOKRUDU VXD TXDOLÀFDomR HQTXDQWR WHOHVSHFWDGRU H VHJXQGR SHUFHED TXH GDGD D sua natureza, o próprio conteúdo da televisão sugere uma perspectiva interdisciplinar.

O professor deve levar seus alunos a perceberem que a realidade apresentada nas telenovelas e programas de seriados, por exemplo, não é a mesma realidade vivida pela maioria dos seus telespectadores. Dependendo do grupo social a que o aluno pertença, torna-se difícil conviver com as duas realidades. Os alunos precisam ser conduzidos a

que o acesso a esta é mais fácil) na vida das pessoas.

Num trabalho com a TV em sala de aula, o professor deve, também, estar atento para pensar nas diversas possibilidades de utilização, não priorizando nenhuma particularidade. Assim, ele pode utilizar-se de sua programação – já que existem programas para diferentes faixas etárias – para introduzir conteúdos, aprofundá-los ou ilustrá-los. Embora o papel da escola e da televisão seja distinto na sociedade, há uma grande aproximação entre elas. A escola precisa ver a TV com outro olhar.

Também, não dá mais para negar o quanto a TV nos afeta e o quanto nos seduz DR ÀFDUPRV GLDQWH GHOD 3RU LVVR QD HVFROD alguns equívocos precisam ser desfeitos como, por exemplo, o fato do professor não querer discutir com os alunos o conteúdo dos programas veiculados na TV comercial. Nessa perspectiva, o professor deve, também, evitar dar conselhos para os alunos, no sentido GH QmR ÀFDUHP PXLWDV KRUDV GLDQWH GD 79

até porque conselhos dessa natureza não funcionam. O caminho a ser seguido é o da leitura crítica e criativa.

Ao optar por utilizar a programação televisiva na sala de aula, o professor pode discutir com os alunos as escolhas que foram feitas ao elaborar, por exemplo, a propaganda de um produto, como o sabão Omo, D&RFDFRODDPDUJDULQD3ULPRUHWF(QÀPYHUDVHVFROKDVTXHIRUDP pensadas e adotadas para cada programa que é veiculado e, no caso, aqui, pensar naqueles programas a que as crianças e adolescentes costumam mais assistir. Nessa perspectiva, uma opção é ter um olhar mais atento para os diferentes programas de TV, vendo quais suas possibilidades de uso na sala de aula, de forma que os alunos se tornem telespectadores mais críticos, o que contribuirá para fazer suas escolhas, ao assistir à TV.

(QÀPpIDWRTXHD79LQFRUSRUDHPVXDSURJUDPDomRMRUQDOLVPR SXEOLFLGDGHHSURSDJDQGDÀOPHVSURJUDPDVGHDXGLWyULRHWF3DUDTXH o professor possa levar para sala de aula e discutir aspectos da vasta programação televisiva, ele precisa rever suas práticas pedagógicas para fazer uso pedagogicamente de imagens que incitam ao consumo, outras ao prazer e ao lazer e outras à busca da informação.

O professor de língua espanhola, por exemplo, tem na programação televisiva um excelente recurso a ser explorado nas aulas. As atividades podem se concentrar, primeiramente, na leitura crítica dos programas de TV (como se faz com qualquer outra língua) e, posteriormente, trabalhar com produções de textos, realização de pesquisa, etc, e todas as orientações postas neste texto.

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