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4. METODOLOGIAS DE SERVIÇOS PÚBLICOS DE ATER GRANDE DO

4.1 ATER pública sob orientação agroecológica no Estado do Rio Grande do

4.1.3 AACC – ATER voltada para o feminismo

A Associação de Apoio às Comunidades do Campo do Rio Grande do Norte (AACC) é uma organização social de interesse público, fundada em setembro de 1985. A organização tem como temáticas centrais: a agricultura familiar, a assessoria técnica à agricultura familiar, à economia solidária e o feminismo e presta assessoria na área de beneficiamento e comercialização de matérias primas de origem rural. A AACC/RN tem por missão “contribuir com a autodeterminação de agricultores e agricultoras familiares do Rio Grande do Norte através dos processos de agroecologia, economia solidária e convivência com o semi-árido" (fonte: www.aaccrn.org.br).

Atua no Rio Grande do Norte em projetos de assentamentos e comunidades rurais do município de São Miguel e em outros municípios dos territórios do Mato Grande e da Grande Natal. Através do Programa 1 Milhão de Cisternas, do Projeto do Núcleo Estadual de Assistência Técnica em Economia Solidária (NEATES) e do projeto Semeando Agroecologia desenvolve, também, ações nos territórios do Sertão do Apodi e Assu-Mossoró. Em São Miguel do Gostoso a organização concentra a maior parte de sua atuação. Atua com agricultores e agricultoras no tema da agroecologia, na organização comunitária e no

feminismo provendo a assistência técnica.

No Território do Mato Grande, a AACC/RN atua na gestão territorial, através de participação no colegiado. Opina acerca de ações públicas em nível territorial e, eventualmente, leva temas que é do interesse da organização para as reuniões, como, por exemplo, a construção de cooperativa da agricultura familiar do território. Através da Rede PARDAL, em projeto financiado pela União Europeia, do Fórum Estadual de Economia Solidária do Rio Grande do Norte e da Rede Xique-Xique a organização participa de debates e mobilizações nos territórios do Sertão do Apodi, no Mato Grande e no Território Terra dos Potiguares.

A estrutura metodológica de extensão rural e assistência técnica agroecológica da Instituição foi formada em período anterior à Nova ATER. Há aproximadamente 15 anos, a coordenação trouxe a discussão acerca da agricultura orgânica. Migrou a prática de extensão rural do sistema convencional para a agricultura orgânica e, em seguida, para a agroecologia. Entre 1996 e 1997 iniciou um processo de experimentação com produção orgânica. Nesta experimentação foram adotadas técnicas limpas com a eliminação de agrotóxicos, adubos, substituição de insumos e técnicas de manejo. Nessa perspectiva, a AACC iniciou algumas experimentações com a produção de abacaxi e melão na região oeste adaptando técnicas, formas de plantar e provocando reflexos que conduziram à necessidade de focar a atuação institucional na agricultura alternativa.

Entre 1996 a 2000 o viés da agricultura alternativa expandiu-se dentro da Instituição tornando-se a forma principal de extensão rural. No período de 2000 a 2002 a agricultura alternativa passou a fazer parte do planejamento quadrienal. O entrevistado AA1 afirma que, em período anterior a ATER, a instituição já abordava dimensões da nova ATER:

(...) nós não sentimos esse impacto da mudança da ATER, nós não sentimos isso porque nós já fazíamos e seguíamos muito os princípios que são mais visíveis dentro da nova ATER, todos eles a gente já seguia a nível metodológico como fazer coisas, então, para nós não sentimos muito impacto nessa mudança.(AA1)

No entanto, entre 2002 e 2003, a AACC optou pela temática agroecológica como norteadora das ações de extensão rural:

Olha, é a nova ATER é uma construção mais recente aí nos últimos anos, principalmente ela está traduzida na nova lei de ATER, que foi aprovada há pouco tempo e a experiência com a agroecologia a gente começou aqui em São Miguel do Gostoso também lá Mossoró, a que teve mais continuidade foi aqui e começamos lá em 2003, então posso lhe dizer que ela começa depois da nova ATER. (AA2)

ano, realizou um levantamento no município de São Miguel do Gostoso onde houve a indicação para o início de um trabalho com agroecologia. Foi realizado contato inicial com o Fórum Municipal de Associações de São Miguel do Gostoso (que reúne associações de agricultores familiares, principalmente de assentamentos rurais) e foi anunciado o início de uma ação vinculada à temática agroecológica. Os técnicos, inicialmente, visitaram associações, comunidades rurais e assentamentos a fim de iniciar diálogos para diagnosticar a receptividade da temática. De aproximadamente 20 comunidades rurais visitadas, 6 manifestaram o interesse em participar dos projetos relacionados à agroecologia.

Iniciaram-se, então, oficinas de diagnóstico rápido participativo com momentos de conversas para identificar a evolução da agricultura na região e as transformações que ocorreram ao longo do tempo. O diagnóstico foi realizado de forma coletiva e identificado que as comunidades abandonaram algumas práticas tradicionais e passaram a utilizar operações mecanizadas insumos químicos. A partir desse diagnóstico inicial, foram definidos eixos de intervenções para a coletividade e para cada associação de acordo com os interesses dos grupos produtivos. A maior parte da população interessada eram mulheres. Iniciou-se então o processo de assessoria e formação com uma capacitação em relações de gênero, com a assistente social da AACC, para o fortalecimento da identidade de grupo e capacitação em áreas relacionadas à autonomia das mulheres, direitos e saúde. Após estas capacitações, iniciou-se a implantação de projetos produtivos nas comunidades assessoradas.

A equipe técnica transita, necessariamente, por três dimensões de acordo com as especificidades de cada área de formação: agroecologia, economia solidária e feminismo. A equipe técnica é formada por quatro agrônomos, um técnico agrícola, um técnico em apicultura, uma assistente social, uma historiadora, um economista e dois profissionais do cooperativismo. A equipe de pessoas que trabalha diretamente com a administração da Instituição é composta por contadores e administradores.

As ações são financiadas por diversas entidades parceiras e pelo Governo Federal. Os órgãos do Governo financiadores, de maior representatividade, são o MDA e o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE)/Secretaria Nacional de Economia Solidária (SENAES). Há financiamentos, ainda advindos da União Européia (organização não governamental francesa), da Fundação Konrad Adenauer (de origem alemã) e parceria com o Programa Um Milhão de Cisternas através da Articulação do Semiárido Brasileiro. Os projetos dirigidos para a agroecologia são realizados em parceria com o MDA.

Os projetos de fomento à agroecologia da AACC ocorrem, prioritariamente, em São Miguel do Gostoso, sendo estendida por outras regiões de acordo com a extensão territorial

que cada proposta trabalhada. O processo de seleção dos grupos que participam do processo formativo em agroecologia varia de acordo com a natureza e o perfil que o projeto exige. A AACC prioriza formas de seleção participativas através do diálogo com as comunidades, na seleção do público beneficiário, conforme caracteriza AA1.

(...) nós temos prioridades em São Miguel do Gostoso com relação a experimentação agroecológica, (...) são várias formas de definir um público conforme a direção que o projeto está trabalhando, os projetos que são em São Miguel do Gostoso nos dialogamos conforme as organizações populares em São Miguel do Gostoso, então toda vez que a gente vai definir uma comunidade nova para trabalhar, a agente dialoga como eles, vamos trabalhar em “tal” comunidade , é porque eles indicaram para a gente trabalhar com “tal” comunidade, (...) quando a gente vai na comunidade e discute na comunidade a gente entende que é uma seleção pública, mas não daquele jeito formal, colocando edital, aí tem alguns que já exigem isso, aí a gente faz edital, elege uma comissão de seleção que geralmente envolve agricultores, por exemplo, NEATES, para contratar tantos técnicos que iam trabalhar como escolher as comunidades, a gente teria agricultores representando na comissão de seleção além de técnicos da instituição. Então depende muito do tipo de projeto, geralmente a gente privilegia alguma forma que seja participativa. Todas elas são um processo que começa no território, depois vai para o município, depois vão para a comunidade onde tem critérios, quem tem mais pessoas idosas na casa... Então todos os nossos projetos a gente tenta tirar metodologias que privilegiam uma própria escolha, uma definição de público que seja democrático, que sempre tenha o envolvimento da comunidade. (AA1)

Projetos em que a AACC é convidada a executar em forma de parceria que já tenha apontado um público beneficiário ou uma forma de seleção do público beneficiário como, por exemplo, exigência de abertura de editais, são executados pela Instituição na forma estipulada.

No tocante a metodologia agroecológica, inicialmente, a sensibilização a participação dos agricultores é realizada através de visitas as comunidades para apresentação da proposta e discussão com as associação em reuniões, com a finalidade de estabelecer parcerias, com duração indefinida:

A sensibilização ocorre num período muito indefinido. Ela compreende a visita nas comunidades à apresentação da proposta, discussão com a associação. Isso aí pode levar duas ou três reuniões. Aquela sensibilização que eu considero.... é mais apresentação para definir a parceria ali na comunidade. Então é aproximadamente de três meses. Mas no início é para contato. Se considerasse a sensibilização depois do processo já para fomentar uma primeira formação do tema. Aí já pega um período mais longo de seis meses a um ano. (AA2)

AA1 corrobora com pensamento de AA2, explicitando o caráter indefinido. O entrevistado AA2, acrescenta, ainda, o respeito ao ritmo da população e do saber local (GLIESSMAN, 2000):

É um pouco mais complexo porque cada grupo de beneficiados, cada coletivo, cada associação comunitária, cada grupo de experimentação, cada família tem um ritmo, uma base de conhecimento e a gente sempre tenta buscar uma discussão ampla reunindo a comunidade, as famílias para um debate e tentar perceber em que nível eles estão. Muitos já tem alguma discussão sobre o assunto e fica mais fácil. Agente já vai direto para o trabalho, outras exigem uma capacitação e aí a gente organiza oficinas e cursos, que possam trabalhar com a iniciação ou temas. Mas tem lugares que a gente chega e fica impressionado, São Miguel do Gostoso mesmo, tem comunidades que a gente nunca trabalhou, mas como fazem parte de um coletivo municipal que a gente já discute a agroecologia com eles há algum tempo, eles já entende da agroecologia e não estão fazendo, mas muitas vezes tem uma noção boa. Você chega e não precisa fazer nenhuma capacitação é mais experimentação direta. É já vamos uma plano de trabalho um trabalho com hortaliças um trabalho com quintal, vai depender muito do nível em que a comunidade está, se a comunidade tiver um conhecimento distante da agroecologia nós fazemos formação na área de capacitação, se não nós fazemos algumas oficinas de produção de início de trabalho, vai depender muito do nível que cada comunidade está. (AA1)

Os projetos envolvendo agroecologia foram iniciados com grupos produtivos em São Miguel do Gostoso, em parceria com a Rede Pardal. Foi realizado um contato inicial com o Fórum de Associações de São Miguel do Gostoso e iniciado um processo seletivo. Os técnicos fizeram visitas às comunidades para identificar quais comunidades tinham interesse em participar e o critério para a participação foi o interesse e a disponibilidade. Após o início do projeto em agroecologia com a comunidade, a seleção do público beneficiário ocorre através da indicação do Fórum Municipal de Associações de São Miguel do Gostoso.

A formação em agroecologia é composta por oficinas temáticas, intercâmbios, experimentações diretas conduzidas por técnicos da entidade, em suas áreas de atuação, baseada na pesquisa ação:

A gente trabalha muito com a ideia da experimentação da pesquisa-ação (...) a gente trabalha com a realidade local. Agente tem que definir quais são os problemas a serem avançados a partir de um diálogo com a comunidade. Então não é nós que vamos definir quais são os problemas que eles tem na produção e nem eles. É o diálogo entre nós e eles, esse fluxos de saberes, e aí definimos um plano de trabalho, onde a gente monitora esse plano de trabalho durante um tempo para ver se já tá sendo resolvido. (AA2)

As formações não tem formato ou carga horária fixa, sendo realizadas de acordo com o ritmo, o engajamento e o grau de entendimento de cada comunidade. O processo é precedido por um debate a fim de diagnosticar o nível de entendimento acerca da agroecologia. Quando o diagnóstico inicial aponta para um bom nível de entendimento em agroecologia, a AACC inicia as experimentações diretas, com plano de trabalho direcionado para a construção de canteiros de hortaliças, trabalhos com quintais, criação de animais e

outros tipos de cultivo dependendo do nível em que a comunidade está. Quando o diagnóstico demonstra que a comunidade não tem entendimento acerca da agroecologia, são organizadas oficinas e cursos para que possam trabalhar a iniciação.

AA1 fala no emprego de metodologias de pedagogia alternativas de construção do conhecimento:

Não adianta fazer um curso todo formal na sala de aula na carteira, durante 6 meses a para depois agora vocês estão formados e podem fazer agroecologia. Não é assim. É o fazer e aprender contínuo. Então é no dia-a-dia que você aprende e faz. Buscar o conhecimento traz a dúvida. Geralmente a gente não tem resposta para as coisas de imediato, porque são sempre coisas novas, que a gente também tem que entender que o conhecimento estar sendo construído. Então essa humildade de saber que não é o nosso conhecimento que é o principal, não é o conhecimento que é o principal é o novo conhecimento que a gente vai gerar a partir dos confrontos desses conhecimentos e saberes. (AA1)

O entendimento de AA1 sobre a valorização do saber local está alinhado ao que Gliessman (2000) sugere, qual seja o desenvolvimento histórico das atividades agrícolas de uma região, pela via da seleção de práticas mais sustentáveis, levando em consideração a realidade local:

Então a gente sempre orienta todos os técnicos que eles sempre tem que ter uma clareza que nós não sabemos tudo e nem os agricultores também. Nós nem podemos tratar o agricultor como muitas organizações tratam como se fossem literalmente santificando o agricultor que o conhecimento dele é a coisa mais sábia do mundo, porque da mesma forma que a gente erra eles também erram. Por exemplo, às vezes a gente chega lá, é que o conhecimento agricultor deve ser extremamente preservado, você chega lá e o agricultor está com neocídio. Neocídio é um veneno para carrapato e ele aplicando para acabar com o pulgão das plantas, onde é que ele aprendeu isso? Ele aprendeu através do conhecimento popular, e então ele viu que a pulga é parecida com o pulgão, aí ele joga lá na pulga mata, aí joga no pulgão pensa que vai matar também. (AA2)

Para intercâmbios, a Instituição utiliza a metodologia Campesino a Campesino. As comunidades beneficiadas escolhem o tipo de atividade que irá produzir e a AACC promove uma visita técnica a outros grupos que trabalham na atividade há algum tempo, a fim de conhecerem a experiência, identificarem o processo de construção dos conhecimentos para o desenvolvimento da atividade e trocarem informações relativas à atividade.

A intervenção formativa é balizada em princípios da pesquisa-ação. A pesquisa-ação tem base empírica e é concebida e realizada em estreita associação com ações ou resolução de problemas coletivos em que pesquisadores e demais participantes estão envolvidos de modo cooperativo ou participativo (THIOLLENT, 1986). Os técnicos da Instituição, todavia, identificam problemas na produção através de diálogo ou indicação dos produtores e fazem

plano de trabalho com os agricultores através de experimentações agroecológicas e monitoramento a fim de verificar se a ação está contemplando a resolução do problema.

A Instituição inicia o período de assessoria técnica (como forma de acompanhamento) após a implantação dos projetos. Após o processo formativo, as visitas técnicas têm periodicidade semanal e vão ocorrendo de acordo com a necessidade do grupo. A duração da assessoria técnica depende diretamente da vigência do projeto que está sendo executado. Geralmente, o período de vigência dos projetos é de um ano a um ano e meio, sendo este, portanto um fator limitante em relação ao acompanhamento dos grupos. Algumas vezes, quando o projeto de agroecologia encerra, a AACC consegue prolongar a assessoria técnica aos grupos por período maior, através de outro projeto que a possibilite tal ação a depender da necessidade do grupo, podendo alcançar até três anos de duração. Alguns grupos que participaram de projetos relacionados à agroecologia, após o período de assessoria sistematizado, não necessitam mais do acompanhamento por dominarem as técnicas. Outros grupos iniciam a experimentação com outras culturas e criações de animais diferentes dos que iniciaram, demandando período de assessoria técnica mais prolongado.

A avaliação do processo de extensão rural agroecológica entre a AACC e os grupos que recebem assessoria técnica ocorre, sistematicamente, uma vez por ano. Na ocasião, os técnicos e a comunidade assessorada realizam a avaliação da assessoria técnica e planejamento para o ano seguinte. Outra forma de avaliação do processo de extensão rural agroecológica ocorre em fórum técnico, fórum ordinário que acontece pelo menos uma vez por mês entre os técnicos. Nesse fórum, algumas questões de ordem técnica, que não estão sendo solucionadas, são levadas para discussão pela equipe. A avaliação interna da metodologia de extensão rural agroecológica é realizada no planejamento quadrienal, quando ocorrem várias oficinas para a reflexão das metodologias utilizadas pela instituição. Nessa ocasião, ocorre uma reflexão detalhada da metodologia empregada e, como resultado dessas oficinas, saem diretrizes a serem seguidas no quadriênio.

Figura 4: Metodologia de ATER na AACC

Pesquisa Direta. Elaboração do Autor.

SELEÇÃO DO PÚBLICO

Está descrita no projeto?

Visita a associações

SENSIBILIZAÇÃO

PROCESSO FORMATIVO

ACOMPANHAMENTO

AVALIAÇÃO

Fórum técnico na instituição Avaliação da assessoria em reunião anual e planejamento das

ações para o ano seguinte. Diálogo com a comunidade

beneficiária do projeto

Formações nas temáticas e experimentações diretas Intercâmbios Formação em temáticas transversais (protagonismo juvenil, envolvimento voluntário, segurança alimentar, relações de gênero).

Visitas sistemáticas dos técnicos as propriedades

Abertura de edital de seleção pública

Apresentação da proposta Estabelecimento de parceria

com a comunidade

Há entendimento da temática agroecológica? Não

Sim Não

Em relação à comercialização da produção agroecológica, o principal canal de escoamento da produção, das associações que a AACC acompanha, é a feira agroecológica. A AACC orientou a implantação de várias feiras agroecológicas no estado do Rio Grande do Norte com submissão de projetos junto a órgãos financiadores, captando infraestrutura e incentivando o funcionamento. Estas feiras, de âmbito local, funcionam nos municípios próximos às unidades de produção agroecológica. Com a expansão da produção, de maneira que gere excedente para a comercialização em outras localidades, se pretende expandir as feiras agroecológica para centros urbanos no estado. Para que os agricultores pudessem vender produtos nas feiras agroecológicas, a AACC promoveu oficinas com temáticas relacionadas ao custo de produção para que pudessem entender a formação de preço. A instituição assessora também as associações na formação de cooperativas para a comercialização de produtos e participa das discussões do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) na tentativa de facilitar escoamento da produção agroecológica.

A produtividade das experiências acompanhadas pela AACC sem conseguido superar problemas tais como, solos arenosos ou outras limitações de ordem natural. As experiências têm trazido produção para consumo e comércio em nível local. Os consumidores dos produtos agroecológicos, nas comunidades, têm cada vez mais crescente entendimento de que os produtos ofertados nas feiras são sadios e livres de agrotóxicos, embora com alguma resistência quanto ao preço superior em relação ao produto convencional.